Obtenção de Estimativas para Amostragem Estratificada para Verificar a Disciplina de Estatística em Outros Cursos 1 Analu Cabral de Medeiros, 2 Aline Carla da Silva, 3 Kleber N. N. O. Barros 1 UEPB/CCT/DE/ Bolsista PIBIC- Rua Baraúnas, 351, 58429-500, Campina Grande - PB, Tel/fax: (83) 3315 3342 – email: [email protected] 2 UEPB/CCT/DE/ Estudante - Rua Baraúnas, 351, 58429-500, Campina Grande PB, Tel/fax: (83) 3315 3342 – email: [email protected] 3 UEPB/CCT/DE/ Prof. Assistente–Rua Baraúnas,351, 58429-500,Campina Grande - PB, Tel/fax: (83) 3315 3342 – email: [email protected] RESUMO O plano de amostragem aleatória estratificada é utilizado com frequência nas mais variadas pesquisas, sejam elas de ordem qualitativa ou quantitativa. Dentre as aplicações da amostragem estratificada (AE) se destacam pesquisas de agrícolas, florestais (Péllico Neto & Brena, 1997). Nesse plano de amostragem são produzidas variáveis auxiliares, onde são extraídas informações que reduzem as variâncias e aumentam a precisão das estimativas dos parâmetros. Com base na amostragem estratificada realizamos uma pesquisa para verificar algumas questões, como aprendizado e aceitação dos alunos em relação a disciplina de estatística para os cursos da área saúde e exatas; utilizando os estimadores tipo razão e regressão, analisaremos a relação entre as variáveis do estudo em questão. E conseguimos verificar alguns resultados como que a maior parte dos entrevistados disseram que a metodologia utilizada pelos docentes favorece na aprovação,e que a disciplina de Estatística tem uma importância grande para o seu curso PALAVRAS CHAVE: Amostragem Estratificada, Estimador tipo Razão, Estimador tipo Regressão. INTRODUÇÃO Quando uma população em estudo se divide em sub-populações ou estratos, é normal que a variável em estudo não seja homogênea entre eles, porém esse comportamento pode estar presente dentro de cada estrato. Dessa forma, a retirada da amostra uniforme por meio de sorteio poderia comprometer os resultados obtidos. Quanto menor a amostra maior seria a sua influência em relação ao total. Para evitar esse tipo de ocorrência adotamos um plano amostral estratificado em uma pesquisa realizada, tendo como população os centros CCBS e CCT do Campus I da UEPB; onde a estratificação foi feita por curso. Partindo do ponto que a disciplina de Estatística é utilizada na grande maioria dos cursos de todas da universidade. Realizamos um estudo a fim analisar o aprendizado dos alunos e a aceitação da disciplina nos cursos, levando em consideração a metodologia utilizada pelo docente, utilizando como instrumento de medida um questionário com cinco perguntas. METODOLOGIA Criamos um questionário com o objetivo de sabermos a situação dos alunos que cursam a disciplina relacionada à estatística básica, estatística descritiva ou bioestatística. A partir desse questionário prosseguimos em algumas etapas: i. Entrevista com alunos das áreas que a estatística é aplicada; ii. Estratificação por curso; iii. Modelagem de Dados; iv. Tabulação dos dados (media variância e intervalo de confiança) v. Criação de gráficos; vi. Analise dos dados; Para fazermos a análise dos dados utilizamos a amostragem estratificada, que nos possibilita verificar melhor cada média, cada variância e seus intervalos de confiança. Quando duas ou mais variáveis são obtidas por questionário, o pesquisador pode se interessar por relacioná-las de alguma forma. Assim, se utiliza uma variável auxiliar, para melhorar as estimativas da variável de interesse. Seguindo está proposta, podemos utilizar dois estimadores comumente empregados em amostragem: o estimador tipo razão e o estimador tipo regressão O questionário era contido de 5 pergunta tais como: 1 - Você foi aprovado na primeira vez que cursou alguma disciplina relacionada à estatística? 2.- De acordo com a escala abaixo qual a importância dessa disciplina para você? 3 - A metodologia utilizada pelo docente favoreceu o uso da disciplina em sua área? 4 - Como foi sua experiência com a disciplina? 5 - Sobre o professor lecionar a disciplina, você define como? . A tabela a seguir mostra as fórmulas para a amostragem estratificada simples, isto é, sem a utilização de estimadores tipo razão ou regressão, utilizando estimadores razão e utilizando estimadores do tipo regressão. Tabela1 – Formulas de Amostragem Estratificada Fórmulas AE Simples Médias Variâncias Intervalos de Confiança Ӯst = ∑ℎ = 1ℎӯℎ AE estimador tipo razão AE estimador tipo regressão Ӯr = r • μx Ӯreg = ӯ + b⃰(μx − ) = ӯℎ ℎ=1 ! 1 ( ℎ% − ӯℎ) ℎ − 1 "#$ Ӯst ± t • s(Ӯst) s(Ӯr) ≈ ! 1 + (1 − ') (% − (%) s(Ӯreg) = ()* − 2-⃰).*/0⃰12 ) ( − 1) "#$ Ӯr ± t4v(Ӯr) Ӯreg ± 678 + 9v(Ӯreg) RESULTADOS E DISCUSSÃO A partir de uma amostragem piloto com 33 alunos das áreas de saúde e exatas, onde dessas áreas foram escolhidos sete cursos: Fisioterapia, Enfermagem, Licenciatura em Matemática, Licenciatura em Física, Licenciatura em Química e Química Industrial, Odontologia e Licenciatura em Computação. Com o critério de exclusão de alunos que não tenham cursado alguma disciplina relacionada à estatística. Calculamos utilizando o software R e analisamos suas médias, variâncias e Intervalos de confiança, percebendo que para esse determinado estudo da variável de interesse, o uso da amostra estratificada diminui o erro e aumenta a confiabilidade, com base nisso verificamos que 85% dos alunos foram aprovados na primeira vez que cursou alguma disciplina relacionada a estatistica, 35% deles avaliaram como regular a importancia da disciplina de estatistica para o desempenho na área. Tendo como variavel auxiliar a aprovação dos alunos. P2 P3 P4 P5 Média Erro Padrão Intervalo de Confiança 1.94 18.90 10.71 0.00013 0.418 0.115 0.681 13.91 1.82 0,000046 0.653 0.01339963 1.739 19.44 [-31.115; 34.593] 0.520 0,00000033 [0.5199; 0.5200] 1.691 0.751 [0.4594; 2.923] 1.943 17.40 [-27.46; 31.349] 0.84 0,00000146 [0.83997; 0.84003] 0.417 0.01918 [0.3855; 0.4485] [-30.001; 33.881] [10.709; 10.710] [0.229; 0.606] ´[-22.827; 24.189] [1.819; 1.820] [0.6310; 0.675] P2= Importância da disciplina para os alunos. P4= A Experiência com a disciplina. P3= A metodologia utilizada pelo docente. P5= Método de Lecionar dos docente. Figura 1- Aprovação dos Alunos na disciplina rovação 85% dos alunos que foram aprovados, ainda percebemos que Mesmo tendo um alto nível de aprovação Figura 2:: Metodologia favoreceu a compreensão da disciplina 7 6 6 5 4 4 3 2 1 0 1 2 Verificamos que 52% dos alunos afirmaram que a metodologia utilizada pelo docente favoreceu a compreensão da disciplina, e 48% afirmaram o contrário que a metodologia não favoreceu a compreensão. Figura 3: Metodologia do docente favoreceu na compreensão da disciplina Como vimos 43% dos alunos afirmaram que é regular a metodologia do docente ao ensinar os alunos a disciplina de estatística, já 12% afirmou que é péssima a metodologia de alguns docente. Figura 4: Grau de Importância da Disciplina Verificamos que 34% dos alunos afirmaram que é regular a importância da disciplina na carreira que estão cursando, já 9% desses alunos entrevistados afirmaram que é ótima a importância dessa disciplina para a carreira deles. Figura 5: Método do docente lecionar a disciplina Podemos perceber que 49% dos alunos afirmaram que é regular o método de lecionar dos docentes, porém 9% dos entrevistados disseram que é péssimo o método de lecionar dos docentes. CONCLUSÕES Neste trabalho investigou-se a relação dos alunos de alguns cursos da UEPB da area de saúde e exatas, com a disciplina de estatística, e com uma amostra piloto podemos verificar que os alunos dão uma importância acima da média à estatística, mas a porcentagem ainda é pequena quando relacionada ao nível de aprovação. E mais da metade dos alunos, ou seja, 52% afirmaram que a metodologia usada pelo docente favorece nos estudos, porém 9% desses alunos afirmou que o modo como o professor leciona e suas experiências com a disciplina é péssimo. REFERÊNCIAS 1. COCHRAN, W.. Sampling Techniques. John Wiley & Sons, Inc. NY, New York, 1977. 2. COSTA, A. F. B, et. al.. Controle Estatístico de Qualidade. Atlas, São Paulo, SP, 2011. 3. CRAWLEY, M. J.. The R Book. John Wiley & Sons, Chichester, West Sussex, England, 2007. 4. PÉLLICO NETO, S. & BRENA, D. A.. Inventário Florestal. Câmara Brasileira do Livro, São Paulo, SP, 1997.