ÁREA 1
11.02.2009
Data: 16.05.2012
Veículo: A Tarde Online
Assunto:
Assunto:Luta marcial entre robôs auxilia no desenvolvimento científico
Seção: Notícias
Link: http://atarde.uol.com.br/noticia.jsf?id=5837359
Luta marcial entre robôs auxilia no desenvolvimento científico
No imaginário popular, a robótica está diretamente associada aos androides incríveis do futuro ou aos filmes
de ficção científica de Hollywood. Mas, quem pensa assim está enganado. A robótica, ciência que estuda o
desenvolvimento de máquinas, robôs e programas de computador, está mais inserida nas nossas vidas do
que imaginamos. Da medicina ao cortador de grama do jardim, passando pelo auxílio em buscas e resgates e
culminando com as artes marciais, há um dedinho dessa ciência com ares futuristas em muito do que nos
cerca.
Sim, eu disse artes marciais. Inclusive, neste final de semana, tem competição de robôs aqui em Salvador.
Trata-se do III Extreme Cyber Fight, um campeonato de luta entre robôs criados por equipes de estudantes de
Engenharia de Controle e Automação, chamada de mecatrônica, e outros cursos da área de exatas. O evento
acontece na Faculdade Área 1, na Paralela, neste sábado, 19, às 9h, e também no dia 26, mesmo horário,
quando será a grande final. Outra faculdade que sediará uma luta de sumô de robôs – II Campeonato de
Robôs - é a Unijorge, no dia 25, às 18h, no campus Paralela. Os eventos são abertos ao público.
Simulando uma luta de MMA (Mixed Marcial Arts), dentro das regras do UFC (Ultimate Fighting
Championship), o III Extreme Cyber Fight tem direito a arquibancada posicionada, dois competidores com
seus respectivos robôs e juiz.
De acordo com as regras, os robôs têm como tarefa se manter dentro da arena, enquanto tentam localizar e
empurrar seus adversários para fora do espaço. Os alunos que manuseiam os controles conseguem este feito
através da aplicação de técnicas avançadas de eletrônica e programação.
“Apesar de toda a estrutura similar aos combates de UFC, a disputa tem um regulamento que pune ações
ofensivas e violentas”, ressalta o professor Lázaro Silva, um dos envolvidos com o evento.
Ainda segundo as regras, fica proibido o uso de dispositivo que arremesse qualquer material no oponente,
como líquidos, pó ou ar; uso de dispositivos inflamáveis; proferir palavras de insulto para o oponente ou juiz,
colocar dispositivo de voz no robô ou escrever palavras ofensivas no corpo do robô. As disputas ocorrem em
três rounds, com um minuto e meio cada.
Ciência em desenvolvimento - De acordo com a organização do III Extreme Cyber Fight, um dos
principais objetivos da competição é proporcionar às equipes e grupos de pesquisa a oportunidade de
expor seus projetos, desenvolvidos através de uma tecnologia de ponta. Durante o combate, são
apresentados ao público iniciativas de robótica que estão sendo desenvolvidas na Bahia, aumentando o
incentivo à criação de novos grupos e a ascensão do estado no cenário tecnológico nacional.
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Veículo: A Tarde Online
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Segundo o Professor Marcos Guimarães Fonseca, de Engenharia Elétrica, Mecatrônica e Computação da
Área 1 e um dos organizadores do evento, a cada edição, o interesse, nível e número de inscritos aumenta.
Ainda de acordo com o professor, o Extreme Cyber Fight viabiliza a interação entre alunos calouros e
veteranos, que trocam conhecimentos principalmente nas áreas de computação, produção, elétrica e
mecatrônica.
Na opinião de Marcos Guimarães, o evento ainda estimula a criatividade, o trabalho em equipe e também
possui um viés lúdico.”Além disso, motiva os alunos a utilizar e aplicar, com propriedade, toda experiência
obtida durante o período acadêmico, no mercado de trabalho”, explica.
Para o aluno Osvaldo Alves, que cursa o 10º semestre de Engenharia de Controle e Automação, participar do
projeto ajuda no desenvolvimento do raciocínio, na elaboração de projetos e gestão de custos, além de
auxiliar a parte prática do aprendizado de disciplinas como eletrônica, mecânica, física matemática e robótica,
entre outras.
Osvaldo, que participa do Extreme Cyber Fight pela segunda vez, explica que a competição envolve inclusive
estudantes a partir do primeiro semestre. “As equipes são formadas por dois alunos, o custo para a
elaboração dos projetos é responsabilidade dos alunos, porém contamos com o suporte dos laboratórios da
faculdade”, detalha o competidor. De acordo com o aluno, participar do projeto ainda auxilia a melhorar o
currículo e arrumar um emprego mais rápido, benefício que é tão buscado por jovens recém-formados.
Unijorge - Os robôs brigões da competição na Unijorge foram construídos por estudantes do curso de
Engenharia da instituição. Além do II Campeonato de Robôs, a Coordenação dos cursos de Engenharia
também realiza, entre os dias 21 a 25, o I Workshop de Engenharia e a Mostra de Projetos Integradores.
Durante o workshop vão ocorrer palestras sobre energia eólica, legislação ambiental, automação e
empreendedorismo. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no portal da Unijorge. Já a mostra de
projetos tem o objetivo de aliar a teoria ensinada em sala de aula com a prática, a partir de uma pesquisa
realizada sobre um tema proposto pelos professores. Os estudantes podem, inclusive, apresentar protótipos
construídos por eles.
Formação superior – Atualmente, o curso de mecatrônica é oferecido nos níveis superior e técnico em
Salvador. Quem se interessa pela área vai encontrar a graduação, que em média dura cinco anos, nas
faculdades Área 1, Faculdade de Tecnologia e Ciência (FTC), Unifacs, Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia da Bahia (Ifba) e Senai.
Já o curso técnico em mecatrônica, que tem a duração média de dois anos, é oferecido também pelo Ifba e
Senai; além da Escola de Engenharia Eletro-Mecânica da Bahia (EEEMBA) e Fundação Baiana de
Engenharia (FBE).
Robótica no ensino médio - Além dos cursos superiores, algumas escolas baianas resolveram investir na
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robótica para auxiliar no aprendizado dos alunos do segundo ciclo do ensino fundamental (5 º ao 9 º ano) e
ensino médio. Colégios como a Cândido Portinari, em Salvador, e o Nossa Senhora de Fátima
Sacramentinas, em Vitória da Conquista, oferecem a disciplina na grade curricular.
No Cândido Portinari, a matéria está na grade há 7 anos. Para os alunos do 6º ano, a disciplina é oferecida
como matéria obrigatória, enquanto para os que cursam do 7º ano até o 3º do ensino médio, a robótica pode
ser cursada como disciplina optativa, ou curso livre.
De acordo com a coordenadora de cursos livres do Cândido Portinari, Milene Cedraz, o ensino na disciplina
trás diversos benefícios aos alunos, como a melhora no desenvolvimento psíquico e lógico, além do incentivo
à criatividade..
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