ANÁLISE FISIOLÓGICA DO CO-CULTIVO DE H. SEROPEDICAE E
SMR1 E A. BRASILENSE ABV5 COM PLÂNTULAS DE TRIGO
Camila Gazolla Volpiano
IC voluntária
Marise Fonseca dos Santos
Introdução/Objetivos: Frontana e CD 120 são duas
variedades de trigo, que como outras enfretam as
consequências de decréscimo de produtividade
causadas pelos vernanicos sulistas. Este trabalho
teve objetivo avaliar in vitro o efeito de duas
bactérias promotoras de crescimento vegetal, H.
seropedicae SmR1 e A. brasilense AbV5, em
plântulas de trigo com um agente promotor de
estresse hídrico no meio de cultivo, o polietilenoglicol
(PEG 6000).
Método: Plântulas inócuas foram transferidas após 28
dias de cultivo em meio MS sólido para 10 mL de
1/10 meio MS líquido com ou sem PEG e inoculados
com H. seropedicae ou/e A. brasilense. Ao final de 5
dias no co-cultivo de cada tratamento (inclsuive
controles) foram determinadas as concentrações de
AIA - ácido indol-acético (Glickmann & Dessaux, 1995),
ACB - ácido alfa-ceto-butírico (Penrose & Glick, 2003) e
PTN - proteínas totais (Hartree, 1972).
.
GLICKMANN, E.; DESSAUX, Y. A Critical Examination of the Specificity of the Salkowski
Reagent for Indolic Compounds Produced by Phytopathogenic Bacteria. Appl Environ
Microbiol, n. 61, v.2, p.793-796, 1995.
PENROSE, D. M.; GLICK, B. R. Methods for isolating and characterizing ACC
deaminase-containing plant growth-promoting rhizobacteria. Physiol Plant, n. 118, v.1, p.
10-15, 2003.
HARTREE, E. F. Determination of protein: a modification of the Lowry method that gives a
linear photometric response. Analytical Biochemistry, n.2, v.48, p.422-427, 1972.
Resultados/Discussão: Na cv. CD120 em tratamentos sem
PEG e com H. seropedicae a concentração de AIA foi superior.
Em Frontana as quantidades de AIA foram menores (cerca de
10 vezes) se comparadas a cv. CD120, todavia destacaram-se
os tratamentos sob a condição de estresse (PEG) e com A.
brasilense. Em relação a tratamentos com PEG ambas as
bactérias
demonstraram
desempenhos
semelhantes
associadas a cv. CD120. As quantidades de ACB aumentaram
na presença de PEG e H. seropedicae para ambas as
cultivares (ação da enzima ACC desaminase que decompõe o
percursor do etileno). A proteína total aumentou na presença
de PEG comparando os controles para ambas cultivares. A
proteína total na cv. CD120 foi maior em tratamentos com
bactérias sem PEG comparados ao controle (sem PEG e
bactérias), indicando que a mudança ocorre em função das
bactérias. Esta resposta não foi observada na maioria dos
tratamentos com bactérias e PEG e comparados aos controles
com PEG em ambas as cultivares, indicando morte celular da
planta.
Conclusões: A associação de H. seropedicae é mais efetiva e
diminuiu o efeito do etileno com CD120. Frontana associa-se
melhor com A. brasilense. O PEG causa morte celular no
sistema ou exsudação de proteínas pelas cultivares ensaiadas.
Estes dados corroboram com a literatura onde a interação é
específica quanto à variedade e a bactéria
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