1
Influência da profilaxia postural na qualidade de vida de pré-adolescentes
Lélia Maria Santos do Nascimento De Lazzari 1
Liane Maria Vargas Barboza2
Resumo
O presente estudo apresenta uma pesquisa bibliográfica sobre as principais
doenças relacionadas à coluna vertebral cujas dores obrigam as pessoas a assumir
uma postura viciosa para aliviá-las. O estudo será complementado com uma
pesquisa empírica onde serão selecionados alunos de 10 a 12 anos das 5ª séries
da Escola Estadual Renné Carvalho de Amorim, em Ipanema Pontal do Paraná.
Através deste estudo faremos uma comparação dos problemas posturais destes
alunos, propondo a consciência corporal através de orientação postural. Fazendo
também que os mesmos analisem a imagem corporal e a própria postura através de
profilaxia adequada. Iremos propor as crianças que associem a boa postura com a
saúde e o vigor físico e a má postura com doença e mal estar. Sabe-se que a
profilaxia postural precoce acarretará em menores gastos no futuro. Deve-se
considerar também que a faixa de crescimento vertebral se estende até os 15,16
anos nas meninas e nos meninos até mais ou menos 17 anos. É, portanto, até esta
idade limite que o jovem precisa do máximo cuidado (FISCINGER,1984, p. 17). Não
esquecendo que as condições atuais de ambiente, em que as crianças limitam-se a
brincar, em pequenos espaços, em apartamentos, imobilizados na frente da
televisão e dos computadores. Nas horas de lazer e ambientes poluídos graças ao
progresso. Por estas mudanças ambientais apresentam problemas a prevenir e
solucionar como imperativo para evitar uma degeneração do aparelho locomotor.
Considerando que uma postura correta, a sua alteração evidentemente trará
conseqüências não só posturais, mas também psíquicas. Sendo a profilaxia e a
conscientização, os grandes segredos da prevenção a da correção. Considero
importante que os educadores e seus pais conheçam os principais problemas
posturais, e possam através deste aprendizado melhorar sua qualidade de vida. Os
problemas de coluna e as dores nas costas são os motivos mais comuns que
afastam as crianças das aulas de Educação Física e os adultos do trabalho e das
atividades diárias, por isso esses fatores chamam a atenção, e são importantes
para a escolha do tema: profilaxia postural. Com certeza, um grande número de
crianças sofre de desconforto postural, mas não são encaminhadas para
tratamento. Padrões viciosos de postura sentada devido à inadequação das
carteiras escolares, tendo início em idade precoce, são difíceis de corrigir mais
tarde porém se forem vistos a tempo pelos professores de educação Física, pelos
médicos, enquanto são desvios de pequena intensidade que são fáceis de corrigir,
por isso é melhor prevenir de que corrigir.
Palavras-chave: Profilaxia postural. Qualidade de vida. Problemas de coluna. Préadolescentes.
Professora da disciplina de Educação Física da Escola Estadual prof. Renné Carvalho de Amorim, Ipanema ,
Pontal do Paraná, PR. Pós - graduada em Ciências do Movimento Humano (Ibepex) e em Gestão, supervisão e
orientação educacional (Faculdade Baggozi). E-mail: [email protected]
1
2
Professora Doutora do Setor de Educação - Universidade Federal do Paraná - General Carneiro, 460 - Edifício
D. Pedro I - 5º andar. CEP: 80.060-150 - Curitiba – Paraná. E-mail: [email protected]
2
ABSTRACT
This works presents a bibliographic research about the main diseases related to the
spine and the pain caused which forces people to a bad stance trying to relieve it. 5 th
degree students from 10 to 12 years old of the Renné Carvalho de Amorim State
School will be selected to take part in a complementary empirical research at
Ipanema Pontal do Paraná. Though this research we will make a comparison of
those students’ posture and suggest corporal conscience though a corporal
guidance. We will also make them analyze their self corporal image and posture
through a proper prophylaxis. The students will be taught to associate good stance
with health and physical vigor and bad stance with disease and discomfort. An early
postural prophylaxis will result in less spending in the future. It must be considered
that girls’ spine growing goes to an age range between 15 and 16 years old and
boys’ to a range of 17 years old. Then, that is the age limit in which young need to
be assisted more carefully. It must not be forgotten the present conditions of the
environment which limit children to play in small places, apartments, still in front of
the computer or the TV set, in the free time and polluted environment because of the
progress. It must be considered that a good stance results not just in a better
posture, but in a better physic condition. Considering prophylaxis and awareness the
biggest secrets of prevention and repair, I consider important that educators and
parents know the main postural problems and can improve quality of life though this
learning. Spine problems and backache are the most common cause that drifts
children away from Physical Education classes and adults from work. That’s why
those problems attract attention and are important to choose the subject: Postural
Prophylaxis. There are many children who certainly have postural problems but they
are not taken for treatment. Vicious patterns of bad stance while sitting due to
improper school desks since early ages are very difficult to change later. Otherwise
if it is detected in time by Physical Education teachers and doctors while they are
low intensity problems it is easier to correct, that’s why it is better prevention than
cure.
Key-words: Postural Prophylaxis. Quality of life. Spine Problems. Teenagers.
3
Introdução
Segundo o artigo XXV da Declaração dos Direitos Humanos todo ser humano
tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar-lhe, e a sua família, saúde e
bem-estar (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS NO BRASIL, 2008).
O bem estar de todo cidadão depende da sua postura física e de como
exerce suas atividades diárias.
Saúde também é uma qualidade de vida, condição ou estado de bem-estar
que apresenta um componente biológico e um comportamental, que são alterados
de acordo com o relacionamento indivíduo x meio. Sendo que qualidade de vida,
seja ela boa ou excelente, é aquela que oferece um mínimo de condição para que
os indivíduos ligados a ela possam desfrutar de todas suas potencialidades, ou
seja, viver, trabalhar, estudar, se divertir, ou quem sabe até, simplesmente existir
(VERDERI, 2002).
Uma postura adequada nas tarefas do dia-a-dia é o principal fator para se
evitar os desequilíbrios posturais. A conscientização do indivíduo sobre a profilaxia
postural pode levá-lo a redução do esforço corporal e a melhor qualidade de vida.
O grande número de fatores ambientais que afetam a saúde humana é um
indicativo da complexidade e das interações no meio ambiente. A maioria dos
problemas ambientais tem causas múltiplas e também podem ter efeitos múltiplos.
Em consequência, a saúde, o ambiente e o desenvolvimento estão estreitamente
vinculados. O desenvolvimento depende dos esforços de melhorar a saúde e
reduzir os riscos ambientais. Ao mesmo tempo, a melhoria da saúde só pode ser
atingida mediante aos esforços conjuntos dos serviços de saúde, do setor público e
do privado, da comunidade e do indivíduo (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA
SAÚDE, 2008).
A postura corporal e a qualidade de vida estão interligadas. Neste contexto o
professor de Educação Física tem um papel fundamental de orientar os educandos
e a comunidade local sobre a importância de uma boa alimentação, da necessidade
de realizar atividades físicas com frequência, para prevenção de problemas
posturais e promoção da qualidade de vida.
O objetivo deste trabalho é propor a comunidade escolar um Programa de
Educação Postural.
Os objetivos específicos são:
4
Elaborar um questionário para levantar os hábitos posturais dos alunos das 5ª
séries;
Comparar os problemas posturais levantados pelos alunos antes e após as ações
desenvolvidas;
Propor a Educação Postural com orientação;
Analisar a imagem corporal e a própria postura através de profilaxia adequada;
Propor aos alunos que associem a boa postura com a saúde e o vigor físico e a má
postura com doença e mal estar;
Pesquisar principais doenças relacionadas à coluna vertebral, cujas dores obrigam
a pessoa a assumir uma postura viciosa para aliviá-las.
A hipótese deste trabalho versou sobre a falta de informações corretas que
levam os alunos, entre 10 a 12 anos, da Escola Pública, e não adotar posturas
corretas para melhorar sua qualidade de vida.
Metodologia
A pesquisa é aplicada porque serão investigados os hábitos posturais da
comunidade escolar e serão desenvolvidas orientações.
Esta pesquisa é classificada como bibliográfica, pois será realizada uma
fundamentação teórica a respeito dos hábitos posturais, que será complementada
com pesquisa empírica e com trabalho de campo.
A pesquisa é exploratória, porque com o uso de um posturograma será
analisada a postura estática dos alunos, através da visualização do problema nas
posições frente, costas e perfil. Além disto, serão feitos testes de comprimento,
flexibilidade e marcha, para avaliação da postura dinâmica. Também serão
aplicados questionários com os alunos para avaliar seu comportamento frente suas
atividades diárias e para que possam levar os pais a uma reflexão sobre a
importância dos principais problemas posturais.
Quanto aos dados a pesquisa classifica-se em qualitativa-quantitativa.
O trabalho será desenvolvido na Escola Estadual Professora Renne Carvalho
de Amorim, localizada no Balneário Ipanema, no município de Pontal do Paraná.
A população será constituída por educandos da escola. A amostra será
composta por educandos de faixa-etária entre 10 a 12 anos, das 5ª séries da
Educação Básica.
5
Os principais problemas posturais, entre alunos de 10 a 12 anos, das 5ª
séries da Escola Estadual Professora Renne Carvalho de Amorim, devem ser
identificados para que os mesmos sejam encaminhados à orientação clínica.
Deve-se considerar também que esta faixa etária (10 a 12 anos) antecede a
faixa de crescimento vertebral que se estende até os 15,16 anos nas meninas,
portanto até esta idade limite que a jovem precisa do máximo cuidado
(FISCHINGER, 1984, p.17).
Não esquecer que as crianças ficam muito tempo imobilizado na frente da
televisão e dos computadores nas horas de lazer. Considerando que o tônus
muscular é responsável por uma postura correta, a sua alteração evidentemente
trará consequências não só posturais, mas também psíquicas.
Considerem-se também os fatores econômicos, pois a prevenção através de
profilaxia postural precoce acarretará em menores gastos na vida adulta.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.5.1 Coluna vertebral na postura ereta
A posição ereta bípede do homem resultou da evolução da espécie em
milhões de anos de seleção natural, segundo a concepção darwiana, pela quais as
espécies que apresentam variações favoráveis são preservadas e as que
apresentam mudanças desfavoráveis tendem a ser destruídas (FISHINGER, 1984,
p. 128).
O homem é da família dos primatas, que inclui, entre outros, os macacos, e é
de aparecimento tardio na evolução, estando incluída nas classes dos mamíferos.
Os primeiros mamíferos apareceram na Terra 90,50 milhões de anos atrás,
depois da queda dos répteis e eram pequenos comedores de insetos, que, graças
aos seus membros móveis, podiam se manter na água a se arrastar na terra. A
promoção, desenvolvida durante a vida aquática, já era natural para eles, e com o
passar do tempo se adaptaram a subir em objetos no chão e em árvores
gradualmente os membros posteriores se adaptaram para sustentar o peso do
corpo, as mãos para apanhar comida e segurar objetos interessantes para melhor
examiná-los. Nesse período, os mamíferos tiravam a sua alimentação das arvores
altas, e assim tinham que desenvolver a agilidade e destreza.
(FISHINGER, 1984, p.130) cita que:
6
Talvez, por condições climáticas desfavoráveis, as vegetações altas
diminuíram e desenvolveu-se a vegetação rasteira, e esses macacos
tiveram que competir com animais quadrúpedes, rápidos e adaptados por
milhões de anos à tarefa de caçar e comer carne. Outra vez, sob a pressão
da seleção natural, nossos ancestrais tiveram que adotar uma postura
mais ereta, para continuar apanhando a alimentação vegetariana nas
árvores e melhor se defender para caçar, para comer e digerir a carne.
A adoção da postura ereta esteve associada à libertação dos membros
superiores da locomoção para a fabricação de objetos e instrumentos de caça, além
de aumentar o campo de visão.
A posição ereta do homem só foi possível pelas modificações que surgiram
na coluna. A cabeça teve que se equilibrar na porção superior da coluna e, assim,
permitir que os olhos pudessem ficar voltados para frente; a cabeça e o tronco
tiveram que se equilibrar sobre os membros inferiores, pó meio da cintura pélvica, e
o corpo todo teve que se apoiar no espaço ocupado pelas plantas dos pés, com isso
modificando o centro de gravidade.
2.5.2 Evolução da postura na criança
Segundo APPLETON, citado por KNOPLICH (1985, p. 133) o feto da
espécie humana encontra-se no útero, numa posição de flexão total com a coluna
em “C”, Cifótica. O único músculo de intervenção voluntária que está em atividade é
o Ilipsoas, que permite o feto dar pontapés.
Na vida pós-natal, a criança consegue, logo nas primeiras semanas,
levantar a cabeça, o que é feito pela presença da musculatura antigravitacional do
pescoço e resultar na lordose cervical. Aos nove meses, quando a criança começa
a engatinhar e a sentar surge à presença da musculatura lombar, antigravitacional,
que molda a curva da região lombo sacral. O início do amadurecimento
neuromuscular, que se manifesta no controle dos esfíncteres e dos glúteos permite
a criança ficar em pé (KNOPLICH, 1985, p.133).
Na Figura 1 a Coluna Vertebral da criança e do adolescente, está representada
a evolução cronológica do desenvolvimento da postura no homem.
7
Figura 1 - Evolução cronológica do desenvolvimento da postura no homem
Fonte: KNOPLICK, 1985, p. 134
Nota: A - Coluna no útero não tem nenhuma curvatura. B - Formação da lordose cervical para
suportar a elevação da cabeça. C - Formação da lordose lombar devido à força
antigravitacional dos músculos erector spinae (es) e à restrição do músculo iliopsoas (ip). D Postura ereta do adulto, mostrando a poderosa ação antigravitacional dos músculos eretores
(es o he = extensores do quadril) e, como antagonistas, os fracos músculos (f) flexores do
pescoço e do abdômen.
Como pode ser observada na Figura 1 há uma evolução cronológica do
desenvolvimento da postura no homem.
Durante os dois primeiros anos de vida, as vértebras lombares crescem
rapidamente, com conseqüente alongamento lombar e aumento das nádegas,
resultantes da posição ereta. A taxa de crescimento em altura diminui rapidamente
nos dois primeiros anos e continua a diminuir na idade pré-escolar, havendo um
pequeno aumento entre 11 e 14 anos, para as meninas, e entre 12 e 15 anos, para
os meninos. A mesma relação ocorre em relação ao peso (KNOPLICH, 1985, p.135)
À medida que a criança cresce, ocorrem variações na postura; não são
defeitos, mas parte do método de resposta da criança às exigências da gravidade.
Em geral, a taxa de crescimento diminui rapidamente nos dois primeiros anos de
vida e continua a diminuir no período pré-escolar. Meninas e meninos geralmente
não diferem muito em tamanho antes dos nove anos de idade, apesar das meninas
serem ligeiramente mais gordas e um pouco mais baixas que os meninos, e os
meninos, em geral um pouco mais musculosos. Depois do nono aniversário, as
meninas começam a crescer mais rapidamente, esse aumento na taxa de
8
crescimento continua por dois ou três anos. A velocidade máxima é atingida pela
menina por volta dos doze anos. O desenvolvimento então se torna menor e após
três anos não há mais aumento na estatura. Entre as idades de dezesseis e dezoito
anos, o crescimento em altura cessa. Notamos que o máximo da velocidade de
crescimento ocorre com a idade de doze anos, aproximadamente um ano antes da
menarca (ASHER ,1976, p. 47).
Os padrões de postura na infância variam com a idade, sexo, estágio de
desenvolvimento e tipo de corpo. Para analisarmos estes padrões cada criança é
examinada em quatro posições: lateral, posterior, anterior e sentado com as pernas
esticadas. Pede-se também para a criança exercitar-se e observa-se a postura
durante exercícios (ASHER, 1976, p.13).
2.5.3 Anatomia da coluna vertebral e suas conexões
A Coluna Vertebral é uma estrutura agregada, normalmente formada por
todas as 33 vértebras e pelos componentes que as unem em uma única entidade
funcional e estrutural do “eixo” do esqueleto axial (MOORE; DALLEY, 2007, p. 458).
As 33 vértebras são organizadas em cinco regiões: sete cervicais, doze
torácicas, cinco lombares, cinco sacrais e quatro coccígeas. Só há movimento
significativo entre as 25 vértebras superiores. Das nove vértebras inferiores, a cinco
vértebras sacrais estão fundidas em adultos formando o sacro e após
aproximadamente trinta anos de idade as quatro vértebras coccígeas se fundem
para formar o cóccix (MOORE; DALLEY, 2007, p. 439).
A coluna pode dar flexibilidade ou rigidez conforme exigir a ocasião. Cada
vértebra é colocada num mesmo plano, e consiste de um corpo e um arco; os
corpos são separados um dos outros pelos discos intervertebrais, os quais são
feitos de uma rígida cartilagem fibrosa; os arcos vertebrais se unem para formar um
canal, o qual protege a medula espinhal.
Ela funciona como uma haste forte e flexível que pode girar e mover-se
para frente, para trás e para os lados. Ela encerra e protege a medula espinal,
sustenta a cabeça e serve como ponto de fixação para as costelas, o cíngulo do
membro inferior e os músculos do dorso (TORTORA; GRABOWSKI, 2006).
Na Figura 2 podem ser observadas as curvas da coluna vertebral.
9
Figura 2 – Coluna vertebral
Fonte: GEOCITIES, 2008
A Coluna Vertebral exibe cinco curvaturas na postura ereta – duas em nível
cervical e as três restantes ocupando cada uma os níveis torácico, lombar e sacral.
A forma destas curvaturas é variável e frequentemente alterada por distúrbios
patológicos.
Curvaturas cervicais: Há normalmente duas curvaturas na coluna cervical: a cervical
superior, que se estende do occipital ao áxis, e a curvatura lordótica, mas extensa
da coluna cervical inferior, que se estende do áxis ate a segunda vértebra torácica.
A curvatura cervical inferior é convexa em sentido anterior e é direcionada
inversamente em relação à curvatura cervical superior.
A curvatura torácica é côncava em sentido anterior, estendendo-se de T2 a
T12. A concavidade é devida a maior depressão da porção posterior dos corpos
vertebrais neste nível. Na parte superior há, frequentemente, uma ligeira curvatura
lateral com convexidade dirigida para um dos dois lados, direito ou esquerdo.
A curvatura lombar é convexa em sentido anterior e se estende de T12 até a
junção lombossacra.
10
A curvatura sacral se estende da junção lombossacra ao cóccix. Sua
concavidade anterior dirige-se para frente e para baixo (OLIVER; MIDDLEDITCH,
1998, p.1).
Estas curvaturas auxiliam a dissipar as forças verticais compressivas,
suprindo desta forma a coluna de uma importante capacidade de absorção de
choques. As curvaturas da coluna dorsal, desta forma, permitem que em alguma
proporção as forças compressivas sejam absorvidas pelos ligamentos vertebrais
(OLIVER; MIDDLEDITCH, 1998, p. 2).
2.5.4 As funções mecânicas da coluna vertebral
A coluna vertebral é o centro de suporte do organismo humano, sendo,
pois o eixo e o centro de gravidade do corpo. Tem três funções:
•
A de sustentação do organismo - que é desempenhada através dos
ossos da coluna, que são as vértebras e pelos discos intervertebrais,
assim a posição ereta do homem sobre dois pés só foi possível
graças à coluna e aos músculos. A coluna teve que se adaptar, e, ao
invés de ser um tubo rígido, passou a ter as curvas. Os músculos
também tiveram que se desenvolver em varias camadas nas costas
para permitir que a coluna mantivesse a posição vertical, que é
antigravitacional. Assim, a posição ereta só foi possível à custa da
estrutura óssea da coluna cervical e do desenvolvimento dos
músculos adequados no pescoço, à cabeça estaria sempre
pendendo para o peito, em virtude do seu peso. O mesmo raciocínio
aplica-se ao tronco. Dificilmente poderíamos ficar de pé, sem
cairmos para frente ou para trás, se não fosse à sustentação da
coluna e da força realizada pelos músculos das costas (KNOPLICH,
1990, p. 46-47).
•
A de movimentação do corpo – esta função é realizada pelas
articulações entre a parte posterior das vértebras e principalmente
pela musculatura. Toda posição que adquire no espaço corresponde
a um novo eixo de equilíbrio adequado para que não se produza
uma queda ao solo. Assim, no instante em que se procura levantar
um objeto do chão, o centro de gravidade ou de equilíbrio do
11
organismo é modificado, obrigando um grupo de músculos a se
contrair e a outros a se relaxarem para permitir que o corpo fique
nessa posição, se cair (KNOPLICH, 1990, p. 47).
•
A de proteção – a medula nervosa é um prolongamento do cérebro e se
constitui numa parte do sistema nervoso central. Assim como os ossos
do crânio protegem o cérebro, a coluna vertebral protege como se fosse
um estojo, a medula nervosa (KNOPLICH, 1990, p. 46).
As funções mecânicas da coluna vertebral são:
1- É um eixo de suporte do corpo;
2- Protege a medula e as raízes nervosas;
3- É o eixo de movimentação do corpo.
As duas primeiras funções são antagônicas e conflitantes com a terceira.
Esse conflito deve ser a razão da complexidade da Coluna Vertebral. Enquanto os
movimentos podem ser mais bem obtidos com uma estrutura de múltiplas
articulações com vários graus de liberdade e eixos de movimentação (KNOPLICH,
1985, p. 97).
Além dessas três funções, podem-se identificar as seguintes: 1 – a coluna
transfere o peso e o movimento de flexão da cabeça e do tronco para a pélvis; 2permite o suficiente movimento entre a cabeça, o tronco e a pélvis (WHITE, citado
por KNOPLICK, 1985, p. 99).
Funcionalmente, as curvas fisiológicas permitem que a coluna aumente a
sua flexibilidade e capacidade de absorver os choques, enquanto mantém a tensão
e estabilidade adequada das articulações intervertebrais (HIRSCH, citado por
KNOPLICK, 1985, p. 99)
2.5.5 Movimentos da coluna vertebral
A amplitude de movimento da coluna vertebral varia de acordo com a região
e o indivíduo. Algumas pessoas conseguem fazer movimentos extraordinários, como
acrobatas que iniciaram seu treinamento na infância. A amplitude de movimento
normal possível em adultos jovens saudáveis é tipicamente reduzida em 50% ou
mais com o envelhecimento (MOORE; DALLEY, 2007, p. 469).
12
Os movimentos da coluna ocorrem principalmente para aumentar os dos
braços e pernas ou, no caso da coluna cervical, para posicionar a cabeça em
benefício dos órgãos dos sentidos (OLIVER, 1999, p.10).
Os
movimentos
vertebrais
são
orientados
pelas
articulações
interapofisárias e limitados, especialmente por tirantes fibrosos, os ligamentos
longitudinais anteriores e posteriores, o ligamento amarelo e os ligamentos
interespinhosos
(MERCURIO, 1997, p. 8).
A movimentação da coluna vertebral, dobrando-se o tronco em relação às
pernas, chama-se flexão, o movimento inverso é a extensão.
A movimentação para um lado e para o outro chamamos de inclinação à
esquerda ou à direita. A movimentação de ombros em torno de um eixo vertical que
passe pela cabeça, com as pernas fixas ao solo, produz torção da coluna, que pode
ser horária - no sentido dos ponteiros do relógio – e anti-horária – no sentido
inverso ao movimento dos ponteiros do relógio. A coluna vertebral pode também
realizar movimentos de compressão, alongamento ou movimentos de deslizamento
(MERCURIO, 1997, p. 9).
A coluna vertebral é capaz de flexão, extensão, flexão e extensão lateral, e
rotação (torção). A flexão da coluna vertebral para a direita ou esquerda a partir da
posição neutra (ereta) é a flexão lateral; o retorno à postura ereta a partir de uma
posição de flexão lateral é a extensão lateral (MOORE; DALLEY, 2007, p. 469).
A flexão é o mais amplo de todos os movimentos da coluna vertebral, sendo
mais livre na região lombar, ao passo que a extensão é mais livre na região cervical.
O movimento lateral é mais amplo na espinha lombar do que na torácica. A caixa
torácica limita a inclinação lateral do tórax. As duas primeiras vértebras cervicais, o
atlas e ao áxis, diferem das outras cinco; o atlas não tem corpo e o espaço onde
deveria estar o corpo é ocupado pelo processo odontoide do atlas. A cabeça se
inclina para frente e para trás em extensão e flexão na articulação atlantoccipital e
também se inclina ao redor de um eixo ântero-posterior. O único movimento que
ocorre na articulação atlantaxial é o de rotação. Os músculos que vão dos
processos transversais das vértebras e espinhas localizadas superiormente na
coluna vertebral (semi-espinhal do pescoço e multifido) puxam o pescoço para trás,
mas a cabeça é inclinada para trás por músculos que partem dos processos
articulares das vértebras cervicais, dos processos transversos cervicais inferiores e
dos processos transversos das vértebras torácicas superiores e se inserem no
occipício (semi-espinhal da cabeça e obliquo superior da cabeça). A cabeça é
13
flexionada sobre a espinha por músculos que se originam nos processos
transversos das vértebras torácicas superiores e se inserem no occipício (semiespioccipital).
A coluna realiza movimentos de flexão (corpo para baixo), extensão (corpo
para trás), lateroflexão (corpo para o lado) e rotação. Esses movimentos são
realizados só no pescoço e na região lombar às custas do pequeno movimento das
vértebras locais e da coluna como um todo, sem dor. A região torácica, por causa
das costelas, não se movimenta (KNOPLICH, 1990, p.43).
O que acontece durante a flexão repetitiva ou sustentada frequentemente é
mais importante do que durante um movimento simples de flexão. A maioria das
atividades da vida moderna envolve mais flexão do que extensão. É essa tendência
que é o perigo para a maioria das costas. Os movimentos repetitivos de flexão
produzem uma mudança da forma dos ligamentos em razão da tensão constante,
aumentando a amplitude normal de flexão (OLIVER, 1999, p. 10).
2.5.6 Alterações das Curvas da Coluna
Segundo (LUNDERVOLD, 1951, p. 296), problemas posturais podem ter inicio
numa idade precoce, e um número crescente de crianças parece apresentar dores
na região dorsal, sendo a principal causa indicada, a inadequação das carteiras
escolares. Seguramente, um número maior de crianças sofre de desconforto, mas
não é remetido para tratamento. Padrões viciosos de postura sentados, quando
tendo início numa idade precoce, são difíceis de corrigir mais tarde, e isto enfatiza a
necessidade de se projetar cadeiras e mesas que possam ser ajustados às
peculiaridades individuais, ao lado da educação postural no âmbito escolar.
“As afecções da coluna são tão frequentes, que devem ser tratadas como uma
epidemia. Procurando meios concretos para tratá-las, mas, deve-se o que é mais
importante, procurar meios para preveni-las.” (WOOD, 1995)
O professor de Educação Física e o técnico desportivo são elementos
principais na triagem destes problemas, visto que desde que bem embasado poderá
evitar problemas desta ordem para o seu educando ou atleta em fase de
crescimento, elemento que é a principal vitima de exercícios inadequados e
posturais compensatórios do esporte (BERTASSONI NETO, 1999).
2.5.6.1 Escoliose
14
A escoliose (dorso curvo) é caracterizada por uma curvatura lateral anormal
acompanhada por rotação das vértebras. A escoliose é a deformidade mais comum
da coluna vertebral em meninas púberes (12-15 anos) (MOORE; DALLEY, 2007, p.
474).
Escoliose é um termo geral usado para descrever qualquer curvatura lateral
da coluna. Essa deformidade que mais freqüentemente se desenvolve na infância,
pode levar a anomalias estruturais na pelve, vértebras e caixa torácica. A curvatura
pode ocorrer nas regiões cervical, torácica ou lombar da coluna. Escoliose se não
detectada e tratada durante os anos de crescimento pode levar a deformidade
grave, afetando drasticamente a aparência e possivelmente encurtado a expectativa
de vida. A chave para prevenir curvaturas na coluna é a identificação precoce
destes problemas (KISNER, 1992, p. 519).
A escoliose tem pequena sintomatologia clínica, que é vista inicialmente
pelos professores de Educação Física, pelos pediatras e clínicos gerais, os quais,
geralmente, têm dado pouca atenção para os desvios de pequena intensidade, que
são fáceis de corrigir, mas ficam alarmados com as grandes curvaturas (KNOPLICH,
1985, p. 217).
2.5.6.1.1 Classificação
A escoliose classifica-se em escoliose idiopática, congênita, do bebê e
paralítica, estática, pós-traumática e antálgica.
1 – Escoliose idiopática – Infantil, é rara, verifica-se desde o nascimento até a idade
de 3 anos. Resolvem-se 80 a 90% das curvas sem tratamento, nos 10% restantes
há um progresso na curva, levando a uma escoliose muito grave. É mais frequente
em meninos e curva predominante é a esquerda.
2 – Escoliose congênita – orgânica, pela formação em bloco de varias vértebras ou
por defeito das costelas e dos músculos.
3 – Escoliose do bebê – quando a mãe atende a bebê sempre do mesmo lado, bebê
chupa o polegar e vira sempre para o mesmo lado, quando colocado na cama
contra a parede e a criança vira sempre para o mesmo lado.
15
4 – Escoliose paralitica – após poliomielite, paralisia cerebral, distrofia muscular.
São mais frequentes as escolioses nas sequelas de paralisias assimétricas,
principalmente quando atingidos os músculos abdominais.
5 – Escoliose estática
Ascendente – contraturas da articulação coxofemoral, encurtamento dos MMII
com a curva primária lombar e geralmente compensada por uma secundária dorsal.
Descendente – amputação do membro superior, elevação de escapula, lesões
adquiridas da extremidade superior.
6 – Escoliose pós-traumática – após fraturas ou luxações, após processos
inflamatórios, com deformações e destruição de uma ou mais vértebras sendo a
causa mais comum a tuberculose – moléstia de Pott.
7 - Escoliose Antálgica – o protótipo são as discopatias que irritam por processo
inflamatório, raízes que formam o nervo ciático (nervo peroneal e tibial). O paciente
compensa se inclinado lateralmente procurando, assim, diminuir a compressão
sobre estas raízes curvaturas (KNOPLICH, 1985).
2.5.6.2 Lordose
É a curvatura que se observa no perfil de uma coluna vertebral, na
convexidade da região cervical e na região lombar.
Lordose, é caracterizada por uma rotação anterior da pelve (a parte superior
do sacro inclina-se ântero- inferiormente) nas articulações do quadril, causando um
aumento anormal na curvatura lombar; a coluna vertebral curva-se mais
anteriormente. (MOORE; DALLEY, 2007, p. 474).
A lordose esta diretamente ligada com a obliqüidade pélvica, que deve estar
em torno de 20 graus. Se ela for superior a este valor haverá um aumento de
16
lordose e um conseqüente deslocamento do centro de gravidade e realinhamento
de todas as curvas para uma compensação.
A lordose esta mais associada às mulheres por varias razões estruturais e
de ordem postural.
2.5.6.3 Cifose
A cifose é o aumento da curvatura normal convexa posterior normal.
(MERCURIO, 1997, p. 91). Cifose, embora esse termo na verdade seja usado para
designar a curvatura normal aqui, e seja coloquialmente conhecida como corcova
ou corcunda, é caracterizado por um aumento anormal da curvatura torácica; a
coluna vertebral curva-se posteriormente (MOORE; DALLEY, 2007, p. 474).
O tipo mais comum de cifose é a postural, também conhecido pela
denominação de dorso curso postural. A causa desta curvatura exagerada na
verdade não e uma patologia definida da coluna, mas sim a posição em que o
adolescente desenvolve as suas atividades diárias e que pode causar essa
curvatura.
As meninas, por quererem esconder os seios, tendem a curvar os ombros
para frente acentuando a curvatura torácica. No adulto, o dorso curvo postural pode
ser decorrente de uma atividade profissional no desempenho de um trabalho.
Com o decorrer dos anos, esta atitude viciosa pode causar uma alteração na
estrutura da vértebra e transformar esta cifose postural em uma deformidade
(MERCURIO, 1997, p. 91).
2.5.7 Postura
ASHER (1976) define postura como a posição do corpo no espaço a que dá
um bom relacionamento entre as partes, com o menor esforço, evitando a fadiga. É
óbvio que, com isso, pode-se admitir que existem posturas melhores e uma ideal.
Mas esses padrões variam muito até os 10 anos de idade, quando as crianças estão
constantemente testando novas maneiras de reagir à gravidade.
Existem padrões culturais e mentais que influem na postura. O porte, a
atitude e a pose. Que são às vezes usados como sinônimos de postura são eventos
transitórios e podem ser diferenciados. O porte significa o modo de andar, a pose é
17
a postura forçada para uma foto, ou até de exibicionismo, e a atitude postural esta,
mas ligada com estados emocionais, tais como medo e cólera.
A postura no adulto é mais que isso. É um hábito permanente de colocar o
corpo no espaço, posição que o individuo sempre volta depois do exercício e do
descanso. É característica do individuo e, provavelmente, depende da imagem que
a própria pessoa faz do seu corpo.
Para Kendall e Col., citado por Kisner (1992) a postura é a posição do corpo
que envolve o mínimo de estiramento e de “stress” das estruturas do corpo com o
menor gasto de energia para se obter o máximo de eficiência do uso do corpo.
A Academia Americana de Ortopedia definiu a postura como sendo um
arranjo relativo das partes do corpo e define como as estruturas de suporte do
corpo, os músculos e ossos, que protegem o corpo contra uma agressão (acidente)
ou deformidade progressiva (KISNER, 1992).
A
boa
postura
esta
ligada
a
fatores
musculares
inadequados
e,
provavelmente a problemas emocionais.
GAIARSA citado por KISNER (1992, p.150) define que atitude “(talvez a
nossa definição de postura) é a posição e disposição do corpo num dado instante e
num ato que está preparando.”
Postura é “uma posição ou atitude do corpo, o arranjo relativo das partes do
corpo para uma atividade especifica, ou uma maneira característica de alguém
sustentar seu corpo.” (KISNER, 1992, p. 434)
Para (KNOPLICH, 1985, p. 48) dá-se o nome de postura a posição que o
corpo assume no espaço em função do equilíbrio desses quatro constituintes
anatômicos: vértebras, discos, articulações e músculos.
“Postura é a posição assumida pelo corpo, quer seja por meio da ação
integrada dos músculos operando para contra atuar com a força da gravidade, quer
seja quando mantida durante inatividade muscular” (MIDDLEDITCH, 1998, p. 293)
Os fatores hereditários, crescimento, anomalias estruturais vertebrais, hábito
e treino; doenças; solicitação muscular diária; fatores psicológicos. As contrações
musculares devidas a fatores tencionam ou estresses (emocionais), tiques
nervosos, histeria, depressão ou posturas inconvenientes para esconder defeitos
físicos
ou
simulações,
podem
resultar
em
deformidades
permanentes
e
irreversíveis, causando dor, desconforto ou prejudicando a estética (SANTOS, 1996,
p. 22).
18
As posturas são mantidas ou adaptadas como resultado de coordenação
neuromuscular, com os músculos envolvidos sendo inervados através de um
complicado mecanismo reflexo. Estímulos aferentes surgem de várias fontes ao
longo do corpo, incluindo articulações, ligamentos, músculos, pele, olhos e ouvidos;
são conduzidos ao sistema nervoso central e neste nível coordenados. A resposta
efetora é do tipo motor e os músculos antigravitacionais são os principais órgãos
efetores (OLIVER; MIDDLEDITCH, 1998, p. 293).
Para (NAHAS, 2006, p. 80) A postura, ou alinhamento corporal, refere-se à
posição do corpo, parado ou em movimento, e envolve o estado de equilíbrio da
eficiência nos movimentos está diretamente relacionado com o bem estar geral do
indivíduo - refletem seu auto-conceito, sua condição física e relação com o
ambiente. As posições são mantidas em varias situações, estáticas ou em
movimento,
resultam
de
hábitos
posturais
desenvolvidos
consciente
ou
inconscientemente.
Uma boa postura depende diretamente do conhecimento e do
relacionamento dos indivíduos em relação ao próprio corpo, ou seja, da imagem que
cada um tem de si, em cada momento. Ao iniciarem-se movimentos e manterem-se
posturas exige-se um conhecimento prévio de nossa imagem corporal. Uma falha ou
um erro neste conhecimento podem gerar ações imperfeitas. Desta forma, só é
possível manter uma boa postura se tivermos um bom conhecimento e domínio do
corpo, associado a estímulos sensoriais e modelos posturais adequados.
Os hábitos posturais conduzem à boa aparência, eficiência mecânica nos
movimentos e menores riscos de lesões, sendo dependentes da força e da
flexibilidade, aliadas à prática consciente e inconsciente que produzem estes
hábitos (NAHAS, 2006, p. 80).
Considera-se que a postura normal, idealmente ereta, seria aquela na qual o
eixo de gravidade passaria pela linha média entre os seguintes pontos colaterais:
1. Os processos mastóides;
2. Um ponto imediatamente anterior às articulações do ombro;
3. As articulações do quadril (ou imediatamente posteriores);
4. Um ponto imediatamente anterior ao centro das articulações dos joelhos e
5. Um ponto imediatamente anterior às articulações dos tornozelos.
A permanência na posição em pé, imóvel, presumindo-se que as curvaturas
da coluna estejam em alinhamento correto, requer, surpreendentemente, pequena
atividade muscular, uma atividade ligeira ou moderada estando presente por
19
apenas 5% do tempo. Ainda que os assim chamados músculos antigravitacionais
humanos sejam poderosos, eles não são tanto no sentido de manter posturas tais
como a posição em pé, mas principalmente no sentido de produzir os vigorosos
movimentos necessários para as principais mudanças de postura (OLIVER;
MIDDLEDITCH, 1998, p. 294).
Por mais econômico que isto possa ser em termos de energia muscular, a
posição em pé ideal não é usualmente mantida por longos períodos, e as pessoas
recorrem ao uso assimétrico das extremidades inferiores, usando alternadamente a
perna direita e a esquerda como o principal apoio. É provável que assim procedam
a fim de lidar com as inadequações de suas circulações venosas e arteriais ou de
manter uma reduzida lordose (OLIVER; MIDDLEDITCH, 1998, p. 295).
Caminhando – Observe a maneira como você caminha, pois hábitos
posturais podem se desenvolvidos consciente ou inconscientemente, Mantenha a
cabeça elevada, ombros relaxados e o abdômen levemente contraído, evitando a
curvatura exagerada na região lombar. Os pés devem estar direcionados bem a
frente, protegidos por calçados confortáveis. O tamanho da passada deve ser tal
que lhe pareça confortável e natural, movimentando os braços na direção do
deslocamento, de forma descontraída, ao lado do corpo (NAHAS, 2006, p. 80).
Sentado – Quando sentados, nossas costas devem estar firmemente
apoiadas no encosto da cadeira, que deve oferecer suporte anatômico para a parte
das costas (região lombar). Os joelhos devem estar ligeiramente mais altos que o
quadril. Evite ficar muito tempo sentado, fazendo intervalos a cada duas horas,
alongando os músculos que tendem a ficar tensos nessas situações de trabalho.
Quando estiver sentado e tiver que mover lateralmente para apanhar um objeto ou
usar o telefone, lembre-se de girar o corpo como um todo, não apenas a parte
superior, pois esse giro, às vezes feito rapidamente, Põe em risco a estruturas
muscular da região lombar (NAHAS, 2006, p. 80).
As necessidades individuais no que diz respeito à posição sentada variam de
acordo com a amplitude de movimento presente na coluna vertebral, com qualquer
condição patológica existente e com os requerimentos da tarefa a ser
desempenhada. Alteração na lordose lombar, devido à inclinação do assento ou do
encosto e na altura do suporte lombar, da cadeira e (se aplicável) da mesa. Em uma
cadeira bem projetada, a pressão intradiscal pode ser inferior àquela observada na
posição em pé. A posição sentada ideal para a maioria das pessoas é com as
articulações intervertebrais em algum ponto de amplitude média, permitindo
20
liberdade de movimento e tendo os músculos anteriores e posteriores balanceados.
Contudo, mesmo uma posição sentada “ideal” não pode ser mantida por períodos
prolongados, e é importante que o design do assento permita mudanças na postura
(OLIVER; MIDDLEDITCH, 1998, p. 297).
Deitado – A melhor maneira de dormir é de lado, com as pernas semiflexionadas e um travesseiro suficientemente alto para manter o alinhamento da
coluna cervical (na altura do ombro). Nesta posição a tensão muscular decorrente
da necessidade de manter a postura deitada é mínima, proporcionando a condição
ideal para um sono tranqüilo (NAHAS, 2006, p. 80).
Os níveis mais baixos de atividade dos músculos dorsais e de pressão
intradiscal são encontrados na posição deitada. Pacientes com algum (embora nem
todos) tipo de patologia de disco intervertebral obtêm alívio da dor assumindo esta
posição. A posição que a coluna vertebral normalmente assume varia de acordo
com vários fatores, tais como a complacência da superfície de apoio, a constituição
do indivíduo e a posição das extremidades.
Por exemplo: se a superfície de apoio não for firme, a coluna vertebral é
levada a fletir um pouco mais durante o decúbito supino, ou tende a se estender
mais quando em posição curvada do que se estivesse sustentada por uma
superfície mais firme. A posição curvada não é facilmente tolerada por pessoas com
colunas vertebrais rígidas ou que apresentem sintomas oriundos de articulações
apofisárias acometidas por processos degenerativos, comumente devido ou ao fato
de que o pescoço se encontra em rotação plena, ou então porque se a coluna
lombar já se acha nos limites de sua amplitude de extensão. A constituição do
indivíduo em decúbito lateral influencia o grau de flexão lateral na coluna (por
exemplo: uma mulher com uma pelve ampla tenderia a fletir lateralmente a coluna
lombar mais do que o faria um homem possuindo uma pelve mais) (OLIVER;
MIDDLEDITCH, 1998, p. 294).
Levantando e carregando objetos pesados – Sempre que for levantar um
objeto do chão, flexione os joelhos – não o tronco – reduzindo a tensão dos
músculos das costas. Quando transportar um objeto pesado (ou um bebê)
mantenha-o próximo ao tronco, numa altura não superior ao peito. Evite também
girar o tronco quando estiver carregando objetos pesados. Se tiver escolha, prefira
empurrar do que puxar objetos, como moveis, lembrando de flexionar os joelhos,
não o tronco (NAHAS, 2006, p. 81).
21
2.5.7.1 Postura estática
A postura estática, segundo (KNOPLICH, 1985, p. 48) e o equilíbrio do
organismo do homem na posição parada (de pé, sentado ou deitado) numa situação
em que não cause nenhum dano a essas estruturas apontadas e nem produza dor
quando essa posição for mantida durante muito tempo.
Assim, a postura estática, de pé, de um homem parado, e manter o olhar no
horizonte, os ombros bem distendidos, o abdômen não proeminente e os pés
ligeiramente afastados entre si.
A postura estática e influenciada por fatores hereditários que são difíceis de
determinar, mas que se manifestam na conformação dos ossos em geral. E evidente
que esta estrutura, apesar de ser de constituição própria, pode ser modificada pelos
hábitos da civilização. A postura estática da pessoa passou a se alterar com o
passar dos anos, devido ao formato da cadeira, da mesa. O modo de o individuo
andar variou devido ao uso da calçado e, na mulher, por influência do salto.
(KNOPLICK, 1985, p. 48)
Segundo CAILLIET citado por MERCÚRIO (1997, p. 20) “A configuração
estática da coluna pode ser considerada uma “boa postura” quando não exige
esforço, não é cansativa e é indolor para o indivíduo que pode ficar de pé durante
um período bastante longo, apresentando uma aparência estética aceitável.”
2.5.7. 2 Postura dinâmica
Chama-se de postura dinâmica ao equilíbrio adequado na realização desses
movimentos que devem ser executados sem dor.
Na posição adequada de equilíbrio, as vértebras, os discos, as articulações e
os músculos, executam essa função sem desgaste, sem estragos.
No organismo humano se todos os movimentos não são executados com
equilíbrio adequado (postura) as estruturas anatômicas sofrem um desgaste
precoce que ira criar condições especiais para que os nervos que saem da coluna,
próximos a essas estruturas desgastadas, sejam agredidos, surgindo as “dores nas
costas” tão incômodas (KNOPLICK, 1990, p. 49-50)
2.5.8 Centro de gravidade
22
Segundo (ASHER, 1976, p.53) o centro de gravidade de um corpo pode ser
definido comum ponto fixo no corpo através do qual passaria a resultante das forças
de gravidade que agem em todas as suas moléculas. O centro de gravidade pode
ser determinado, suspendendo-se o corpo em questão e permitindo que fique
suspenso livremente; o centro de gravidade deve estar em algum ponto da linha
vertical que passa pelo ponto de suspensão. Escolhendo-se um segundo ponto de
suspensão, podemos obter uma segunda linha vertical; o centro de gravidade deve
estar na intersecção dessas duas linhas. Essas linhas verticais são conhecidas
como “linhas de gravidade”. Obviamente esse método de determinar o centro de
gravidade não pode ser usado para criaturas vivas e moveis; mas e de aceitação
geral que, quando temos uma postura “boa” ou ideal, a linha de gravidade passa
pelos seguintes pontos; apófise mastóide, extremidade do ombro, quadril,
anteriormente ao tornozelo.
2.5.9 Imagem corporal
A imagem corporal permitirá que os indivíduos tenham uma boa noção de
onde se encontram as partes do corpo e o formato que elas têm, sabendo também
como deslocá-las e posicioná-las no espaço. Na clinica observa-se que nas regiões
corporais mais estimuladas, como os membros, os indivíduos têm uma imagem
melhor formada, no entanto a imagem corporal que se tem dos pés e troncos muitas
vezes é deficitária por serem áreas que dificilmente são exploradas, tocadas,
refletindo em mau posicionamento dos mesmos.
CRITCHLEY citado por KNOPLICH (1985, p. 151) considera que a imagem
corporal já é formada desde criança, e os fatores importantes que formam essa
imagem seriam a dor, estimulação motora e a liberdade de ação. Nos primeiros dias
de vida, o bebê tem consciência do seu próprio corpo como olhos e mãos. Quando
começa a andar, os reflexos de estiramento muscular começam a entrar em
atividade e, além do sistema alfa e do sistema gama, há um controle de tônus
muscular e da postura.
KISNER (1992, p. 149) descreve a imagem corporal, que cada pessoa faz de
si própria, colabora na melhoria da postura. Por isso é importante, para os
problemas de postura, desenvolver a consciência do movimento do tronco, e a
imagem corporal esta intimamente associada à própria correção mecânica da
23
coluna vertebral. Deve-se acrescer que, com a melhoria da imagem corporal e
consequentemente da própria postura, os fatores emocionais devem ser
melhorados.
De acordo com ASHER (1976, p. 50) o conceito de imagem corporal ou como
alguns preferem dizer, modelo ou esquema de postura, é importante na reeducação de crianças com problemas de postura.
O tipo de marcha que apresenta e que se modifica nas pessoas deprimidas
andam cabisbaixas, com os ombros arqueados, as pernas semifletidas, como se
tivessem que carregar todo o peso dos problemas do mundo nas costas. O otimista
enfrenta o mundo de frente, olhando as pessoas nos olhos, com uma disposição
mais acentuada de resolver os problemas (KNOPLICH, 1985, p. 50).
Schilder (1994) define imagem corporal como “a figuração de nosso corpo
formado em nossa mente ou seja o modo pelo qual o corpo se apresenta para nos”.
2.5.10 Qualidade de vida
Para (NAHAS, 2006, p.13) o conceito de qualidade de vida é diferente de
pessoa para pessoa e tende a mudar ao longo da vida de cada um. Existe, porém,
consenso em torno da idéia de que são múltiplos os fatores que determinam a
qualidade de vida de pessoas ou comunidades. A combinação desses fatores que
moldam e diferenciam o cotidiano do ser humano, resulta numa rede de fenômenos
e situações que, abstratamente, pode ser chamada de qualidade de vida.
GILL e FEINSTEIN citados por NAHAS (2006, p. 17) definiram qualidade de
vida como uma percepção individual relativa às condições de saúde e a outros
aspectos gerais da vida pessoal. De uma forma geral, o nível de satisfação com a
vida pode ser refletido nas escalas que avaliam a auto-estima, tanto em crianças e
adultos jovens como em idosos. Há evidências de que as pessoas que têm um estilo
de vida mais ativo tendem a ter uma auto-estima e uma percepção de bem-estar
psicológico positivos.
Qualidade de vida, segundo (SILVA, 1999) “Diz respeito ao grau de
satisfação com a vida nos múltiplos aspectos que a integram; moradia, transporte,
alimentação, lazer, satisfação-realização profissional, vida sexual e amorosa,
relacionamento com outras pessoas, liberdade, autonomia e segurança financeira.”
24
Postura corporal e qualidade de vida estão interligadas. Afinal, a boa postura
é essencial para a qualidade de vida e saúde. O papel do professor de Educação
Física neste processo de promoção de qualidade de vida é muito importante.
Começa na escola, quando ele orienta seus alunos, conscientizando sobre a
importância de uma boa alimentação, da necessidade de realizar atividades físicas
com freqüência, enfim de viver com qualidade.
Para GUEDES (1999, p. 10) em uma sociedade, onde significativa proporção
de pessoas adultas contribui substancialmente para o aumento das estatísticas
associadas às doenças crônico-degenerativas em consequência de hábitos de vida
não-saudáveis, principalmente no que se relaciona com a prática de atividade física,
parece existir fundamento lógico para a modificação da orientação oferecida às
aulas de educação física para um enfoque de educação para a saúde. Em razão da
progressiva automação e mecanização observada nos dias de hoje, onde a
necessidade de realizar movimentos é compensada pelos avanços tecnológicos, a
sociedade atual vem cultivando hábitos de vida cada vez mais sedentários. Além
disso, entre as crianças e adolescentes, percebe-se também o surgimento de novas
opções lúdicas, substituindo atividades tradicionais que envolvem algum esforço
físico pelas novidades eletrônicas, agravando enormemente este tipo de problema
já nas idades mais precoces.
A sociedade com o passar dos anos foi ficando cada vez, mas sedentária,
não vai andando para o trabalho, tem hábitos de vida não-saudáveis, não praticam
atividades físicas. Tudo está automatizado, o carro, o controle remoto é usado para
tudo, o computador contribui para a imobilização, pois as pessoas procuram
relacionamentos sentados em frente da tela, em vez de passearem, dançarem,
saírem mais para encontrar novos relacionamentos. E também as crianças têm
hábitos pouco saudáveis, nas grandes cidades não brincam mais nas ruas como
antigamente, de betes, esconde-esconde, futebol, etc. As atividades lúdicas que
faziam gastar energias e integravam as crianças ao meio social, foram trocadas por
jogos eletrônicos e computadores.
A Educação Física está intimamente ligada ao tema saúde e o professor
poderá através de conteúdos apropriados em sala de aula e jogos no pátio da
escola falar sobre a importância da atividade física para a manutenção, a adoção de
estilos de vida ativos e saudáveis. Estes conteúdos sobre saúde, seja na escola ou
na comunidade, podem fazer com que as pessoas assumam atitudes que levem a
uma melhor qualidade de vida.
25
A saúde é produto de um amplo espectro de fatores relacionados com a
qualidade de vida, incluindo um padrão adequado de alimentação e nutrição e de
habitação e saneamento; boas condições de trabalho; oportunidades de educação
ao longo de toda a vida; ambiente físico limpo; apoio social para famílias e
indivíduos; estilo de vida responsável; e um espectro adequado de cuidados de
saúde.
Como citou o autor acima a saúde é resultante de muitos fatores
relacionados com a qualidade de vida: moradia, alimentação adequada, o seu
trabalho, que deve proporcionar alegria. Portanto, é muito importante que as
pessoas gostem do que fazem. A escola oportunizando de maneira adequada ao
longo de sua vida, o ambiente, o social, viver com responsabilidade. Se não temos
saúde, como vamos exercer todas as atividades do dia-a-dia.
Para Gutierrez (1994, apud Gutierrez, M et al., 1997), promoção da saúde é
o conjunto de atividades, processos e recursos, de ordem institucional,
governamental ou da cidadania, orientados a propiciar a melhoria das condições de
bem estar e acesso a bens e serviços sociais, que favoreçam o desenvolvimento de
estratégias que permitam à população maior controle sobre sua saúde e suas
condições de vida, a níveis individuais e coletivos.
“O desenvolvimento de habilidades e atitudes pessoais favoráveis à
saúde em todas as etapas da vida encontra-se entre os campos de ação
da promoção da saúde. Para tanto, é imprescindível a divulgação de
informações sobre a educação para a saúde, o que deve ocorrer no lar, na
escola, no trabalho e em muitos outros espaços coletivos.”
NAHAS (2001) citado por Conte (2007) saúde é um dos atributos mais
preciosos é também considerada como uma condição humana com dimensões
física, social e psicológica.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo teve como objetivo relatar as principais doenças
relacionadas à coluna vertebral cujas dores obrigam as pessoas a assumir uma
postura viciosa para aliviá-las. Na fundamentação teórica foi abordada a qualidade
de vida, a coluna vertebral, as curvaturas, os movimentos, a postura e a construção
da imagem corporal.
26
Neste contexto o papel do professor de Educação Física é zelar pela saúde
dos alunos e com a observação diária de suas posturas é possível orientar e
prevenir os maus hábitos posturais.
A escola precisa incentivar as ações dos professores de Educação Física,
para que orientem os educandos a prática de Educação Física e o conhecimento do
corpo, visando estimular o bem estar físico mental e a educação postural.
REFERÊNCIAS
APPLETON, A. B. Posture. Practiener v. 156, n. 48, 1960.
ASHER, C. Variações de postura na criança. São Paulo: Monole, 1976.
BUSS, P. M. Promoção da saúde e qualidade de vida. Disponível em:
<www.scielo.br/pdf/csc/v5n1/7087>. Acesso em: 10/10/2008.
CRITCHLY, M. The body image in neurology. Lancet, v. 1, n. 335, 1950.
FISHINGER, B. Escoliose em fisioterapia. Panamed Editorial, 1984.
GAIARSA, J. A. A estátua e a bailarina. São Paulo: Brasiliense, 1976.
GEOCITIES. Coluna vertebral. Disponível em:
<http://www.geocities.com/osteologia2003/colunacurvas.jpg> Acesso em:
12/12/2008.
GUEDES, D. P. Educação para a saúde mediante programas de educação física
escolar. Motriz, v. 5, n. 1. jun. 1999.
HIRSCH, C. Nachemsom, A. A new observation on the machanical beharior of
lumbar discs. Acta Orthopo. Scand. v. 23, n. 254, 1954.
KENDALL, H. O.; KENDALL, F. P.; KENDALL BOYNGTON, D. A. Posture end
pain. N. York, Krieger, 1977.
KISNER, C.; COLBY, L A. Exercícios terapêuticos – fundamentos e técnicas.
São Paulo: Manole, 1992.
KNOPLICH, J. Viva bem com a coluna que você tem. São Paulo:Ibrasa, 1985.
_____. _____. 18 ed. São Paulo: Ibrasa, 1990.
MERCÚRIO, R. Dor nas costas nunca mais. São Paulo: Monole, 1997.
MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2007.
27
NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões
para um estilo de vida ativo. Midiograf, 2006.
OLIVER, J.; MIDDLEDITCH, A. Anatomia funcional da coluna vertebral. Revinter
p. 293, 1998.
______. Cuidado com as costas. São Paulo: Manole, 1999. p. 3.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração dos direitos humanos.
Disponível em: <http://www.onu-brasil.org.br/documentos_direitoshumanos.php>.
Acesso em: 17/10/2008.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Saúde e Ambiente. Disponível em:
<http://www.opas.org.br/ambiente/carta.cfm>. Acesso em: 12/12/2008.
SANTOS, A. C. O exercício físico e o controle da dor na coluna. Medsi, 1996.
SCHILDER, P. A imagem do corpo – as energias construtivas da psique. São
Paulo: Martins Fontes, 1994.
TORTORA, G. J.; GRABOWSKI, S. R. Corpo humano: fundamentos e anatomia e
fisiologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
VERDERI, E. Educação postural e qualidade de vida. Disponível em: <
http://www.efdeportes.com/efd51/postura.htm>. Acesso em: 20/11/2008.
WHITE, A. A.; PANJABI, M. M. Clinical biomechanics of the spine. Philadelphia,
Lippincott, 1978.
WOOD, G. W. Campbell Cirurgia Ortopédica. 8. ed. Mosby Year Book, St. Louis:
Edited by A. H. Crenshaw,1995.
Download

Influência da profilaxia postural para alunos de 10 a 12 anos e a