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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA PROMOÇÃO DA
QUALIDADE DE VIDA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por: ALEXANDRE LUIZ SILVA ROSA
Orientador
Profª. EDLA LUCIA TROCOLI XAVIER DA SILVA
Rio de Janeiro
2011
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA PROMOÇÃO DA
QUALIDADE DE VIDA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em educação infantil e do
desenvolvimento.
Por: ALEXANDRE LUIZ SILVA ROSA
3
AGRADECIMENTOS
Aos meus amigos e colegas que
me inspiram e à minha família que
sempre
ofereceu
amor
e
apoio
incondicionais: Mãe, Pai, Rita, José.
4
DEDICATÓRIA
Como sempre, aos raios de sol de
minha vida: minha esposa Cristina e
minha filha Beatriz.
RESUMO
5
O objetivo deste trabalho será reconhecer a importância da atividade
física no pleno desenvolvimento da criança no segmento da Educação Infantil,
além de apontar fatores que comprovem que atividade física é importantíssima
na construção do conhecimento e no desenvolvimento global da criança,
permitindo que a mesma adquira qualidades fundamentais para o seu
desenvolvimento mental e físico. O movimento é o meio fundamental da
Educação das crianças na Educação Infantil.
Uma questão ainda estudada é a relação entre a prática regular de
atividades físicas durante a infância e a provável influência positiva, a longo
prazo, na saúde e na qualidade de vida deste indivíduo quando adulto.
Buscou-se, ainda como objetivos específicos: compreender que a
atividade física visa à inclusão da criança nas diversas esferas de significação
e comunicação socioculturais acessíveis da linguagem humana e sua prática
de exercícios favorece seu aprendizado, e identificando os fatores que afetam
o desenvolvimento infantil.
Neste trabalho, também é abordado a qualidade de vida, além de levar
a uma reflexão em torno da ideia de que são múltiplos os fatores que
determinam a qualidade de vida de pessoas ou comunidades.
METODOLOGIA
6
A metodologia usada para realização deste trabalho foi a revisão
bibliográfica, consultas a livros, artigos e trabalhos publicados que abordam a
atividade física, qualidade de vida e a relação entre ambos. Os principais
autores que contribuíram para o desenvolvimento da pesquisa foram: Dantas,
Gallahue, Darido, Gadotti, Nahas.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
08
7
CAPÍTULO I - A atividade Física e Educação Física
10
CAPÍTULO II - Atividade Física e a Melhoria da Aptidão Física
23
CAPÍTULO III – Aprendizagem Cognitiva
31
CONCLUSÃO
39
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
41
INTRODUÇÃO
Há indícios de que as crianças apresentam, atualmente, menores
níveis de atividade física como conseqüência da generalização dos meios de
transporte e da forte atração que revelam por atividades mais sedentárias na
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ocupação dos tempos livres tais como televisão, vídeo, jogos de computador,
entre outros. A busca de evidência científica para estes pressupostos tem
motivado uma crescente preocupação em estudar os padrões de atividade
física apresentados pelas crianças que, por sua vez, tem levantado questões
metodológicas especificas quanto a sua avaliação, provavelmente, estando na
origem de alguma ambiguidade nos resultados.
A incidência cada vez maior de crianças e jovens obesos, com
dificuldades oriundas da falta de movimento, com possibilidades de acidentes
cardiovasculares e com oportunidades de movimento reduzidas, leva a pensar
na retomada da vertente voltada a Atividade Física e Saúde.
Segundo McArddle (1994), o consumo de energia quando se assiste
TV é de 15% a menos do que quando em repouso. O risco de obesidade é 2
vezes maior para crianças que assistem mais de 3 horas por dia de TV do que
aquelas que assistem até 1 hora por dia.
A crença popular que de que as crianças têm uma quantidade enorme
de atividade física regular e vigorosa como parte normal de sua rotina diária
não é nada mais que mito para milhões de pessoas. Embora muitos adultos
tenham aumentado sua percepção dos benefícios de uma atividade física
vigorosa, somente uma limitada percepção disso chegou até as crianças.
Segundo Dantas (2005), como atividade física proporcionaria uma
desejável qualidade de vida? Tal pergunta torna imprescindível clarificar a
noção de qualidade de vida. Ao arguirem-se diversos indivíduos diferentes
sobre o tema, provavelmente se receberão tantas respostas quantas forem às
aquisições.
De acordo com este posicionamento, Beresford (1997 apud DANTAS
2005), especifica que:
Assim sendo, a atividade física para ser considerada
necessária e colaborar de alguma forma com a qualidade
de vida de seus praticantes, terá que ter uma conotação
axiológica. Fato este que obrigará necessariamente, a
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identificar as carências, privações ou vacuidades das
mais diversas naturezas.
O ideal é encontrar atividades prazerosas que não sejam prejudiciais à
saúde física. Afinal, além de permitir melhora no condicionamento físico (mais
resistência, força, flexibilidade e menor porcentagem de gordura), a prática de
atividade física pode ser um meio de fazer novos amigos, de descobrir suas
potencialidades e desenvolvê-las e até de preencher o tempo livre com
atividade saudável. Por isso é que se diz que atividade física é saúde, lazer e
educação.
Independentemente da atividade escolhida, deve-se praticá-la sempre
de maneira recreativa e suave, sobretudo na promoção da qualidade de vida,
respeitando e levando em consideração que cada criança tem uma
constituição física que lhe é própria, possui características emocionais e
afetivas que são também pessoais, e vivencia fora da escola um meio social
diverso das demais crianças.
CAPÍTULO I
A ATIVIDADE FÍSICA E EDUCAÇÃO FÍSICA
...Deus é maior que todos os obstáculos.
10
Segundo Gadotti (2003), um dos grandes desafios dos educadores
brasileiros nos dias atuais é a busca de uma educação para todos que respeite
a diversidade, as minorias, os direitos humanos, eliminando esteriótipos e
substituindo o conceito de igualdade pelo de iquidade, ou seja, a igualdade de
direitos respeitando as diferenças.
De acordo com essa concepção de inclusão social e com uma
abordagem mais ampla da atividade física, coloca-se em primeiro plano a
variedade e a história dos movimentos humanos. Procura-se adequar as
atividades físicas aos gostos, as necessidades aos interesses individuais. O
foco não é somente o corpo: os cuidados com a saúde, com higiene são tão
importantes quanto o prazer pelo movimento corporal em geral.
Pelo
entendimento
de
que
a
Educação
Física
deve
estar
contextualizada com a instituição, principalmente na Educação Infantil, a
Educação Física também pode ser entendida como área que contribui para o
conhecimento das possibilidades corporais, cultura corporal, para a vivência de
lazer, cultura e qualidade de vida. Não se deixa de lado, no entanto, a
percepção de que muitos professores, no plano prático, mesclam tendências
educacionais por conta de situações que se apresentam e, para as quais os
professores utilizam-se dos conhecimentos construídos na experiência.
Segundo o conselho Federal de Educação Física (CONFEF, 2002), o
profissional de Educação Física é um especialista em atividades, nas suas
mais diversas manifestações, tendo como propósito prestar serviços que
favoreçam o desenvolvimento da educação e da saúde, contribuindo para a
capacitação e/ou restabelecimento de níveis adequados de desempenho e
condicionamento fisiocorporal dos seus beneficiários, visando à consecução do
bem - estar, da consciência, da expressão e estética do movimento, da
prevenção de doenças, de problemas posturais, da compensação de distúrbios
funcionais, contribuindo ainda para a consecução da autonomia, autoestima,
da solidariedade, da integração, da cidadania, das relações pessoais, da
preservação do meio ambiente, visando enfim a consecução da qualidade de
vida.
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A Educação Física tem sido nas últimas décadas, uma das áreas que
mais se preocupou com o desenvolvimento infantil. Entretanto, ao se voltar
excessivamente para as características de ordem física, acabou perdendo
outras
dimensões
importantes.
A
valorização
do
rendimento
motor,
especialmente visando resultados em competições, algumas delas entre
crianças de pouca idade, abaixo mesmo dos 10 anos de idade, distorceu os
objetivos de uma Educação Física integrada ao âmbito maior da Educação e
da Saúde, cuja preocupação principal deveria ser em última instância, sendo
primordial a atenção às condições fundamentais necessárias a uma vida
saudável.
Segundo
os
Parâmetros
Curriculares
Nacionais
(1998
apud
FERREIRA 2005), a educação física é um processo de educação e saúde,
seja por vias formais e não formais, pois ao promover uma educação efetiva
para a saúde e uma ocupação saudável do tempo livre de lazer, constitui-se
em um meio efetivo para a conquista de um estilo de vida ativo e em
consequência favorece a obtenção de qualidade de vida.
A atividade física é um dos principais elementos utilizados pelas
pessoas em busca de melhor qualidade de vida. Sua prática leva desde a
melhora das capacidades físicas de seu praticante até a melhor interação
social, independente da faixa etária.
A importância da atividade física na Educação infantil visa à inclusão
da criança nas diversas esferas de significação e comunicação socioculturais
acessíveis da linguagem humana e sua prática de exercícios de elevação e
manutenção da frequência cardíaca em limites submáximos, alongamentos e
flexibilidade,
relaxamento
e
compensação
com
objetivo
profilático,
consequentemente, a uma melhor qualidade de vida, bem como permitir sua
compreensão e decodificação.
A diferença de Atividade Física e Educação Física é que atividade
física é qualquer movimento do corpo, produzido pelo músculo esquelético que
resulta em um aumento do gasto energético.
Atividade Física refere-se ao gasto calórico promovido por uma ação
superior do físico, como um deslocamento, um movimento físico qualquer. É
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um conceito cartesiano e linear que aparta e fragmenta a motricidade humana
em mero movimento. Já a Educação Física é uma ação planejada e
estruturada, que pode utilizar-se de vários elementos como o esporte, a dança,
a luta, o jogo, a brincadeira e atividade física.
1.1 – Considerações sobre a Educação Física
O trabalho na área da Educação Física fundamenta-se nas
concepções de corpo e movimento, por isso faz-se necessário apresentar os
conceitos destas concepções como forma de facilitar o entendimento da
evolução corporal e da história do corpo desde o surgimento da humanidade.
Assim:
ü Corpo: é a substância física de cada ser vivo. (AURÉLIO. Mini
Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Fronteira,
1993).
ü Corpo Percebido: ”corresponde à organização do esquema
corporal”. (Le Boulch, 1987, p.16).
ü Corpo Representado: “controle da dimensão temporal sob seu
aspecto perceptivo”. (Le Boulch, 1987, p.16).
ü Corpo Operatório: “as ações são efetuadas a partir da
representação mental do ambiente ou do seu próprio corpo.
Possibilidade de estabelecer uma coerência entre os objetos e
de poder efetuar operações com eles” (Le Boulch, 1987, p.17).
13
ü Corpo Vivido: “experiência emocional do corpo e do espaço.
Desempenho da função de ajustamento. Conteúdo afetivo”. .
(Le Boulch, 1987, p.23).
ü Corpo Discursivo: elabora e organiza todas as suas experiências
vitais. É uma totalidade fundamental para o desenvolvimento
metal, afetivo, motor e social. “(...) é fator gerador de respostas
adquiridas, onde se escrevem todas as tensões e emoções que
caracterizam a evolução psicoafetiva do ser humano”. (Fonseca
apud COSTA, 2001, p.26).
ü Corpo Máquina: “é o homem dividido, fragmentado, separado
corpo – mente, o que impede a criatividade e a espontaneidade,
esmera-se na repetição e no treinamento” (COSTA, 2001, p.22).
Esta dicotomia está calcada na concepção regida pela lei da
mecânica.
ü Corpo em movimento: “é um corpo integrado, organizado, que
relaciona o desenvolvimento motor – cognitivo ao processo de
aprendizagem” (Le Boulch, 1987, p.47).
Os seres humanos e os animais estão sempre em movimento
(andando, correndo, saltando, equilibrando etc.). Esses movimentos são
necessários ao desenvolvimento da pessoa e cessam com sua morte. É por
meio do movimento que o ser humano se relaciona com o outro e com a
realidade; por intermédio das repetidas tentativas e treinamento que iremos
14
realizar maiores e mais complexos movimentos de mãos, braços, pernas,
cabeça e corpo.
Por meio das atividades físicas, propostas pela Educação Física,
podem-se educar, aprimorar e melhorar os movimentos, além de desenvolver o
bem – estar físico, psíquico e social.
De acordo com Teixeira, (1997, p.11), ”estas atividades preparam
também para uma melhor convivência social, política, biológica e ecológica”.
Houve uma mudança muito grande no que diz respeito ao
pensamento sobre a prática da atividade física nas escolas. Antes, nas
décadas de 1960 e 1970, a Educação Física era totalmente voltada para o
desempenho técnico e físico do aluno, e tinha seus objetivos calcados no
desenvolvimento e aprimoramento das forças físicas, morais e cívicas,
buscando a descoberta de novos talentos que pudessem participar de
competições internacionais.
Com a mudança das políticas educacionais, o enfoque passou a ser o
desenvolvimento psicomotor e social, possibilitando uma cultura corporal que
contemple conhecimentos produzidos pela sociedade a respeito do corpo e
movimento, na busca do prazer e da saúde.
A Educação Física passou a ter, então, fins humanistas, voltados para
a formação integral do aluno; esta formação integral corresponde à relação
existente entre a formação psíquica (mental) e motriz (movimento) da criança.
Tem como objeto o homem, seu corpo em movimento em relação ao mundo
interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com
outro, com os objetos e consigo mesmo.
O corpo é a origem das aquisições cognitivas, portanto, o mecanismo
operatório do pensamento surge, primeiramente, na tomada de consciência de
representação do meio exterior; segundo, na tomada de consciência do
esquema corporal e terceiro, na representação do espaço.
Sendo assim, ao promover uma Educação Física voltada para os
objetivos
aqui
traçados,
estar-se-á
contribuindo,
também,
para
o
desenvolvimento cognitivo e afetivo do aluno, permitindo uma união
harmoniosa de movimento e pensamento (raciocínio).
15
1.2 – Crescimento e Desenvolvimento Infantil
Crescimento é um processo complexo, biologicamente organizado,
regulado por fatores que influenciam a estatura da criança como sua
composição durante a fase de crescimento. Maturação química.
Tais fatores:
• Genéticos
• Nutricionais
• Idade
• Sexo
• Atividade Física
• Equilíbrio hormonal
• Saneamento básico
• Stress
• Vacinação
• Psicológico
Segundo Gallahue (2008), o Crescimento pode ser definido como o
aumento na estrutura corporal realizado pela multiplicação ou aumento das
células; o Desenvolvimento como um processo continuo de mudanças no
organismo humano que inicia na concepção e se estende até a morte.
A formação das curvaturas fisiológicas da coluna vertebral no lactante
e no bebê forma-se através do fortalecimento dos músculos e ligamentos da
nuca, primeiro a lordose cervical, depois que aprendeu a sentar origina-se a
inclinação da pelve para frente, a lordose lombar com a cifose torácica
compensatória.
1.2.1– Estatura (Picos de crescimento)
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ü Entre o nascimento até o terceiro ano de vida
ü 2 anos de idade (metade da estatura final adulta)
Fase do Estirão (aceleração rápida que ocorre na adolescência)
ü Meninas (10 a 13 anos)
ü Meninos (13 a 16 anos)
Um pré – adolescente na fase de estirão pode crescer cerca de15 cm
em 1 ano, o que acarretará, pela velocidade com que aconteceu, uma perda
da cinestesia e imagem corporal “arranhada”.
1.2.2 – Peso corporal total
Ø Aceleração rápida até os 3 anos de idade
Ø Desaceleração dos 3 anos 7 anos de idade
Ø Aceleração – Fase do estirão
Ø Quando adulto o peso, o peso é em média, 20 vezes aquele ao
nascer.
1.2.3 – Cabeça
Ø
Ao nascer: ¼ do comprimento total do corpo
Ø
Aos 2 anos de idade: 1/5 do comprimento total do
corpo
Ø
Adulto: 1/10 do comprimento total do corpo
Ø
As fontanelas “Moleira” – espaço membranoso entre
os ossos do crânio se fecham aos 2 anos de idade.
17
1.2.4 – O Tronco
Ø
O tronco é a parte do corpo cujo crescimento é mais
lento.
Ø
Menina > Menino (até os 13 anos)
Ø
Menino > Menina (perto dos 14 anos)
1.2.5 – Músculo
O tipo de fibra muscular no feto é de contração rápida primitiva,
quando o sistema nervoso e muscular amadurecem, começam a emergir os
tipos de fibras identificáveis histoquimicamente.
Desde o nascimento até a adolescência, o tecido muscular está em
contínuo aumento. O aumento de massa muscular também aumenta o peso da
criança, representando 25% do peso corporal ao nascer e chega a 50% ou
mais do peso na fase adulta.
ü 14 – 15 anos: Hipertrofia e diminuição do percentual de
gordura
ü 13 – 17: Força de preensão duplicada
ü Nascimento – Fibras e Músculos formados
ü Crescimento – maior comprimento e espessura das
fibras musculares
No final da adolescência 40% do peso corporal total é composto pela
musculatura esquelética.
A Atividade Física pode gerar aumento na largura e na mineralização
óssea, mas não deve ser citada como razão do crescimento além do potencial
genético individual.
18
1.3 – Ventilação Pulmonar
ü É maior nas crianças sendo mais alta naquelas com menor
estatura.
ü Ventilação pulmonar apresenta uma relação direta com o volume
corrente e a frequência respiratória, a criança compensa suas
menores dimensões pulmonares com o aumento da frequência
respiratória.
ü Capacidade vital, volume residual e a Capacidade Pulmonar Total
são proporcionais às dimensões corporais.
ü Nas meninas, estes fatores são 10% menores do que nos
meninos de mesma idade e estatura.
ü Nas crianças, o treinamento aeróbico pode gerar aumentos na
Capacidade Pulmonar Total.
1.4 – Débito Cardíaco
ü Volume sistólico é menor em crianças do que em adultos
ü Meninas têm frequência cardíaca mais elevada
As crianças possuem uma maior quantidade de sangue nos músculos
ativos do que adultos. Durante a atividade máxima, a frequência cardíaca de
crianças é mais elevada do que adultos.
ü A criança precisa de mais oxigênio no músculo, pois seu
metabolismo é mais alto e requer mais energia.
A massa muscular total do corpo aumenta aproximadamente 8 kg na
idade dos 6 anos para 16 a 18 na idade de 12 anos.
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1.5 – Fatores que afetam o Crescimento Infantil
Segundo Gallahue (2008), o crescimento não é um processo
independente. Embora a hereditariedade ajuste os limites do crescimento,
fatores ambientais ajudam a determinar se alguém vai atingir esses limites.
O grau pelo qual esses fatores afetam o desenvolvimento motor não é
totalmente claro e necessita de estudos aprofundados. No entanto, alguns
fatores tais como nutrição, exercício e estilo de vida têm papéis significativos
no processo de crescimento.
1.5.1 – Nutrição
A nutrição desempenha papel de suma importância no primeiro ano de
vida onde 40% da alimentação destina-se ao metabolismo de crescimento.
A subnutrição, stress emocional e excesso de infecções na infância
tendem a afetar mais meninos do que meninas (embora ambos estejam
passiveis) no seu crescimento.
Numerosas investigações têm fornecido claras evidencias de que as
deficiências dietéticas podem retardar o crescimento durante a infância. A
extensão de retardamento de crescimento depende da intensidade, duração e
do tempo de inicio de desnutrição.
Má nutrição pode interromper o processo de crescimento físico em
qualquer período entre a infância e adolescência. Má nutrição também pode
contribuir para o desenvolvimento de certas doenças que afetam o crescimento
físico.
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Excesso na dieta também pode afetar o crescimento das crianças. Em
países ricos, a obesidade é o maior problema. A crescente tendência em
direção à obesidade em nossa sociedade está diretamente relacionada à
diminuição da atividade física combinada com uma alimentação de altas
calorias e baixo custo. Por definição, a obesidade é uma falha nos
processos de regulação do peso corporal que resulta em excesso do
acúmulo de gordura no corpo.
A obesidade é agora reconhecida pelas autoridades médicas como uma
doença – uma que tem um componente familiar forte, influenciada tanto pela
genética como pelo meio. As causas de obesidade infantil e suas influências
no desenvolvimento motor são preocupantes. A interferência dos comercias
de televisão glorificando uma ou outra junk food, o vício de milhões em fast
food podem afetar a saúde nutricional das crianças. Pelo fato de cada
criança ter sua própria composição bioquímica, é difícil apontar onde a
nutrição adequada acaba e onde a má nutrição ou obesidade começa.
1.5.2 – Atividade Física
Um dos princípios da atividade física relaciona o uso ao desuso.
Resumidamente, o músculo que é usado será hipertrofiado (aumentado em
tamanho) e um músculo que não é usado irá atrofiar (diminuir em tamanho).
Em crianças, a atividade definitivamente promove desenvolvimento muscular.
Embora o número de fibras musculares não aumente, o tamanho das fibras
aumenta e os músculos respondem e adaptam-se às quantidades crescentes
de esforço. A maturação, por si só, não contribui para aumentos de massa
muscular. Um ambiente que promova atividade física vigorosa da criança
contribuirá muito para promover o desenvolvimento muscular. Além disso,
crianças ativas tendem a ter proporcionalmente menos gordura corporal em
relação à massa corporal magra do que crianças que não são ativas.
1.5.3 – Estilo de vida
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Tendências seculares são trazidas à tona pelas complexas mudanças
geracionais em estilo de vida que resultam na tendência das crianças de hoje
serem mais altas e mais pesadas, em todas as idades, e amadurecerem
sexualmente mais cedo do que as crianças de diversas gerações anteriores.
No entanto, a tendência para os aumentos seculares não é universal.
Estudos recentes têm revelado claramente que crianças de hoje são
significantemente mais gordos do que os mesmos de suas idades há 10 anos.
Adicionalmente, uma acentuada tendência à puberdade precoce entre as
meninas e os meninos têm se tornado uma preocupação crescente entre
muitos especialistas no desenvolvimento infantil.
De acordo com artigo publicado na revista Phorte (São Paulo: 2006 p.
15), dados da IHRA (The Internacional Health Racquet and Sports Club
Association) revelam que:
• O sedentarismo é o principal inimigo da saúde.
• O estilo de vida sedentário é responsável por 54% do risco
de morte por infarto e 50% de risco de morte por derrame
cerebral.
• Trezentas mil pessoas morem no Brasil, anualmente, por
doenças decorrentes do sedentarismo.
• No Brasil, apenas 1,2% da população adota hábito de
praticar atividade física.
• Vinte e cinco porcento das crianças que fazem atividade
física tornam-se adultos ativos.
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• Crianças
sedentárias
sedentários
e
com
serão
maiores
adultos
potencialmente
possibilidades
de
se
envolverem com álcool, drogas e violência.
Baseado nestes dados pode-se afirmar que o estilo de vida na idade
adulta é determinado em parte, já no período infantil e que a Atividade Física
surge como importante instrumento no combate ao sedentarismo, às doenças
e aos vícios.
CAPÍTULO II
ATIVIDADE FÍSICA E A MELHORIA DA APTIDÃO FÍSICA
Este capítulo examina o desafio de ajudar as crianças a se tornarem
motoramente hábeis e em forma, motoramente hábeis e instruídas, e
motoramente hábeis e ávidas.
Muitas das notícias sobre a aptidão física das crianças não são
encorajadoras, mas como os pais tornaram-se mais preocupados com uma
vida mais saudável e começaram a melhorar seu nível pessoal de aptidão, eles
tendem a tornar-se mais preocupados em relação aos níveis de aptidão de
seus filhos.
Embora as crianças pequenas estejam sempre correndo para lá e para
cá, logo desenvolvem o habito de se esparramar em frente da televisão assim
que voltam da escola. Além disso, muitas escolas estão dedicando menos
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tempo a atividades esportivas devido à falta de pessoal com preparo
adequado, principalmente nas escolas primárias.
Em algumas escolas existe a tendência de dar atenção à minoria que
sai bem nos esportes, negligenciando o restante dos alunos. Outras organizam
movimentos para reduzir o numero de esportes competitivos, pois alguns
educadores acreditam que a criança que perde sempre pode desenvolver
problemas psicológicos difíceis de ser superados.
Os níveis cada vez maiores de violência na sociedade contribuem para
que muitas crianças não tenham a permissão de brincar em áreas urbanas
sem supervisão. A combinação desses fatores leva as crianças de hoje a se
dedicarem cada vez menos a atividades físicas.
Quando ajudamos as crianças a se tornarem motoramente hábeis,
sábias e ávidas, bem como ficarem em forma, nós as ajudamos a estabelecer
a base para escolher estilos de vida saudáveis e se tornarem hábeis e ativas
quando adolescentes e adultos. A aptidão física é promovida por atividades
físicas moderadas a vigorosas.
De acordo com os Modelos de Estágios de Mudança apud Gallahue
(2008), um indivíduo progride através de cinco estágios identificáveis durante o
caminho para se tornar fisicamente ativo. No estágio de pré - contemplação, a
pessoa não considera os benefícios de se tornar ativa. Em relação às crianças
nesse estágio, é importante que ofereça a eles informações relevantes e
significativas sobre os benefícios da atividade física e os riscos da inatividade.
No estágio da contemplação, o indivíduo pensa na possibilidade de
tornar-se ativo em um futuro próximo. Quando as crianças estão nesse estágio,
além de oferecer a eles informações relevantes e significativas, é preciso
ajudá-las a encontrar maneiras de aumentar a atividade física que elas
considerem divertidas, desafiantes e prazerosas.
No estágio de preparação, o indivíduo decidiu tornar-se ativo em um
futuro próximo e pode até ter feito pequenos avanços nesta direção. O estágio
de ação, o indivíduo consistentemente engajados em um estilo de vida
fisicamente ativo. O estágio de ação ocorre mais tipicamente durante os
primeiros seis meses de um programa de atividade. Podem ocorrer nas
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crianças os lapsos em atividade e são esperados e perdoados. O quinto e
último estágio, o estágio de manutenção, ocorre quanto o indivíduo mantém
crescentes níveis de atividade física após o período inicial de seis meses.
Nesse estágio as crianças devem ser estimuladas a explorar atividades
alternativas e assegurarem que as atividades nas quais elas se engajam sejam
divertidas e prazerosas.
Segundo Gallahue (2008), aptidão física é definida como um conjunto
de atributos relacionados à capacidade de executar atividade física em
associação à composição genética do indivíduo, bem como à manutenção de
nutrição adequada.
O nível pessoal de uma criança em atividade física somado ao status
de saúde determina limites máximos e mínimos que podem ser esperados da
Aptidão Física. O padrão nutricional também pode inibir ou melhorar muito o
nível de funcionamento físico do indivíduo, e a composição genética da pessoa
influencia no nível de aptidão que ela pode alcançar. Todos os três fatores
exercem função no desenvolvimento e na manutenção da aptidão da criança.
Nesta linha, Matsudo (2000) afirma que os principais benefícios à
saúde advindos da prática de atividade física referem-se aos aspectos
antropométricos, neuromusculares, metabólicos e psicológicos. Os efeitos
metabólicos apontados pelos autores são o aumento do volume sistólico; o
aumento da potência aeróbica; o aumento da ventilação pulmonar; a melhora
do perfil lipídico; a diminuição da pressão arterial; a melhora da sensibilidade à
insulina e a diminuição da frequência cardíaca em repouso e no trabalho
submáximo. Com relação aos efeitos antropométricos e neuromusculares
ocorre, segundo os autores, a diminuição da gordura corporal, o incremento da
força e da massa muscular, da densidade óssea e da flexibilidade.
E, na dimensão psicológica, afirmam que atividade física atua na
melhoria da autoestima, do autoconceito, da imagem corporal, das funções
cognitivas e de socialização, na diminuição do estresse e da ansiedade e na
diminuição do consumo de medicamentos. Guedes (1995), por sua vez, afirma
que a prática de exercícios físicos habituais, além de promover a saúde,
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influencia na reabilitação de determinadas patologias associadas ao aumento
dos índices de morbidade e da mortalidade.
É provável que o estilo de vida sedentário de muitas crianças de hoje
faça com que, na idade adulta, adquiram uma forma física inadequada, com
prejuízo da saúde. Todas as crianças devem praticar exercícios regularmente,
pois eles reduzem o risco de doenças cardíacas na vida adulta.
As atividades físicas trazem muitos outros benefícios para a criança:
proporcionam músculos fortes, importantes para a boa postura e estabilidade
das articulações, melhoram o equilíbrio, coordenação e flexibilidade; e
diminuem a probabilidade de fraturas, pois os exercícios aumentam a
densidade óssea.
Além desses evidentes benefícios físicos, a atividade física regular
favorecem habilidades menos aparentes. A criança que participam de
atividades físicas aprende a interagir e a colaborar com outras crianças. Além
disso, desenvolve a autoestima, pois adquire grande segurança e senso de
autorrealização.
2.1 – Aptidão Relacionada à Saúde
Aptidão Relacionado à Saúde é um estado relativo do ser, não uma
aptidão, habilidade ou capacidade. Aptidão relacionada à saúde é transitória e
não está diretamente relacionada à habilidade atlética. Um alto nível de
aptidão relacionada à saúde é associado à melhoria da qualidade de vida e o
baixo risco de doenças. O desenvolvimento e manutenção dos componentes
de aptidão relacionada à saúde são uma função da adaptação fisiológica para
um aumento gradual da intensidade das atividades. Por isso, esses
componentes podem ser imediatamente alterados com o uso ou desuso.
Crianças que são motoramente hábeis e estão em forma esforçam-se para
obter e manter padrões pessoais de aptidão relacionada à saúde que sejam
ótimos para seu nível de desenvolvimento.
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2.2 – Componentes de Aptidão Física Relacionadas à Saúde
Força muscular, resistência muscular resistência cardiovascular,
flexibilidade dos ligamentos e composição corporal são componentes de saúde
relacionados à aptidão física.
2.2.1 – Força Muscular
Força muscular é a capacidade de o corpo exercer uma força máxima
contra um objeto externo ao corpo. No seu sentido mais puro, é a capacidade
de exercer um Maximo esforço. Crianças engajadas em atividades diárias
fazem muito esforço com os membros inferiores para correr e pedalar. Sua
força nos braços é desenvolvida através de atividades como levantar e
carregar objetos grandes, segurar utensílios e balançar-se em barras.
2.2.2 – Resistência Muscular
Resistência Muscular é a capacidade de exercer força contra um
objeto externo ao corpo por repetidas vezes e sem fadiga. A resistência
muscular é semelhante à força muscular em termos de atividades executadas,
mas difere na ênfase. Atividades para o desenvolvimento de resistência
requerem uma sobrecarga nos músculo ou do grupo de músculos maior do que
as atividades de resistência. Atividades para o desenvolvimento de resistência
requerem menos sobrecarga nos músculos mais exigem um maior número de
repetições. Meninos e meninas executando várias flexões/extensões de braço
ou exercícios abdominais estão executando atividades de resistência muscular.
2.2.3 – Resistência Cardiovascular
Resistência Cardiovascular é a capacidade do coração, pulmões e
sistema vascular para fornecer oxigênio durante atividade física sustentada. É
geralmente o mais importante aspecto de aptidão física. Resistência
27
cardiovascular refere-se à capacidade de executar numerosas repetições de
uma atividade exigindo o uso considerável dos sistemas circulatório e
respiratório. É difícil medir com exatidão o volume de oxigênio usado pelas
crianças em atividades aeróbicas sem utilizar sofisticados equipamentos
científicos e causar considerável estress nas crianças.
As crianças geralmente não são tão ativas quanto precisam ser para
desenvolverem boa resistência cardiovascular, pois depende, em grande parte,
do estilo de vida individual da criança. As chaves para o desenvolvimento de
resistência cardiovascular são frequência, duração e intensidade. Quanto
maior a frequência, mais longa a duração e, quanto mais intenso o exercício,
maior será o impacto na melhoria da resistência cardiovascular. As atividades
como correr, pedalar uma bicicleta e nadar são aeróbias e devem fazer parte
da vida diária da criança.
Exercício aeróbio envolve participação em atividades físicas vigorosas
nas quais a frequência cardíaca se eleva acima do limiar de treinamento
(aproximadamente 140 a 180 batimentos por minuto) e mantém-se neste nível
por um período estendido de tempo (aproximadamente 15 minutos ou mais).
Exercício anaeróbio, por outro lado, é um exercício de alta intensidade
e de curta duração que não depende da capacidade de utilização do oxigênio.
Atividades como corrida de velocidade em trilha e provas curtas de
natação
são
típicas
atividades
anaeróbias.
Ambas
contribuem
mensuravelmente para coração, pulmões e sistema vascular saudáveis.
2.2.4 – Flexibilidade dos ligamentos
A flexibilidade dos ligamentos, outro aspecto de aptidão relacionada à
saúde, é a habilidade de vários ligamentos do corpo para se moverem através
de sua extensão completa de movimento. A flexibilidade é específica aos
ligamentos e pode ser melhorada com a prática. A maioria das crianças está
envolvida em numerosas atividades de desenvolvimento de flexibilidade. Suas
constantes flexões, torções, giros e alongamentos, que recorrem à elasticidade
natural de seus corpos, contam muitos para sua flexibilidade. Basta olhar para
28
as posições contorcidas que as crianças fazem quando se sentam para
assistirem à televisão ou ouvir uma historia, para perceber que elas têm uma
grande quantidade de flexibilidade nos ligamentos do quadril e joelho. Muito
frequentemente, no entanto, a quantidade de movimento diminui durante a
segunda infância e adolescência por causa da falta de atividade física.
2.2.5 – Composição Corporal
Composição corporal é a proporção entre massa corporal magra e
massa corporal lipídica. É a relação entre tecido gorduroso e tecido magro.
Embora não seja universalmente aceita como um componente de aptidão
relacionado à saúde por ser o único medido e não executado entre os
componentes da aptidão, composição corporal é um importante aspecto da
aptidão relacionada à saúde. Basicamente, aqueles que se opõem à inclusão
da composição corporal como uma medida, defendem que aptidão física é
para todos – tanto os que são magros e esbeltos quanto aqueles que estão
com sobrepeso ou são obesos.
Por outro lado, defensores da composição corporal como componente
de aptidão relacionada à saúde apontam que este é um importante aspecto de
toda saúde e aptidão.
A gordura adicional é o problema, e não acima do peso, como
determinado pelas tabelas altura/peso tradicionais. A obesidade atingiu níveis
epidêmicos entre as crianças e jovens e é mensuravelmente maior hoje do que
era há 20 ou até mesmo 10 anos. Além do mais, a obesidade contribui para as
doenças degenerativas, problemas de saúde e redução do tempo de vida.
2.3 – Definindo os motoramente hábeis e ávidos
Durante os seus primeiros anos de vida, as crianças são geralmente
motoramente ávidas, desejosas para participar de situações de vigorosa
atividade física. As pessoas assumem que por participarem com frequência em
29
atividades e brincadeiras durante o tempo livre, as crianças não precisam de
um programa com instrução de habilidade e desenvolvimento de aptidão. Ao
desenvolver suas habilidades motoras, as crianças adquirem as ferramentas
para ganhar e manter níveis melhores de aptidão.
Aptidão física é atingida por meio de participação regular, sistemática e
intensa em atividades vigorosas. Atividades individualizadas contribuem mais
para certos aspectos da aptidão do que outras. Além disso, é importante
oferecer uma variedade de atividades que interessem às crianças e as
motivem a se exercitarem regularmente. Conforme você planeja atividades de
construção de aptidão que podem ser realizadas pelas crianças em casa,
pense sobre atividades que requerem somente alguns minutos e que podem
ser cumpridas pelas crianças com outros, sozinhas e principalmente em
parceria com os pais.
Os pais e educadores precisam respeitar o tempo que cada criança
necessita para assimilar a nova realidade com confiança, compreensão e
alegria. Elas precisam exercitar os seus sentidos, estimular a criatividade,
brincar, expressar-se, relacionar-se, mover-se, organizar-se, cuidar-se e
responsabilizar-se.
Seu crescimento é rápido. Seus movimentos têm mais controle e as
crianças passam a ter a necessidade de estimulação ativa, seu nível de
energia parece não ter fim! Habilidades motoras amplas e motoras finas se
desenvolvem juntas já que muitas atividades dependem da coordenação de
ambas.
O resultado de diversas pesquisas nacionais recentes sobre a aptidão
física das crianças revela claramente que muito mais precisa ser feito.
Recentes sinais encorajadores apontam para o surgimento de interesse em
aptidão por parte das crianças e há uma esperança para o futuro.
30
CAPÍTULO III
Aprendizagem Cognitiva
O ponto de vista extraído deste capítulo é que a aprendizagem
perceptivo – motora e o conceito de desenvolvimento são ambos aspectos de
aprendizagem cognitiva especialmente importantes durante a infância. Dessa
maneira, discutimos aprendizagem multisensorial e as partes que compõe,
justamente com a importância do conceito de aprendizagem e aprendizagem
perceptivo – motora por meio do movimento.
Desde o momento do nascimento, as crianças começam a aprender
como interagir com seu meio. Esta interação envolve um processo cognitivo e
motor e é inseparável do movimento. Voluntariamente, o pensamento
consciente e a ação são enraizados em significados derivados do ambiente.
Segundo Gallahue (2008), o conceito de aprendizagem cognitiva é
definido como o processo pelo qual a informação é organizada, colocada na
memória e posta à disposição para ser relembrada e aplicada a uma variedade
de situações. O conceito de aprendizagem cognitiva oferece às crianças as
ferramentas para um pensamento crítico. Ele utiliza atividades de movimento
para auxiliar na retenção, recordação, tomada de decisão e aplicação.
A aprendizagem de habilidade motora refere à aprendizagem de
habilidades motoras fundamentais ou especializadas. É um processo ativo de
aprendizagem intrinsecamente relacionado à cognição. A aprendizagem de
uma habilidade motora não pode ocorrer sem a contribuição de processos
mais elevados de pensamento. Todos os movimentos voluntários requerem um
31
elemento de cognição, quanto mais complexa a tarefa motora, mais
complicado o processo cognitivo envolvido.
O famoso desenvolvimentista, Jean Piaget (1986 apud Gallahue,
2008), foi um dos primeiros a demonstrar uma relação entre os processos
motores e aprendizagem cognitiva. O trabalho de Piaget destacou o importante
papel que o movimento exerce no desenvolvimento motor dos bebês e
crianças pequenas. No sistema de Piaget, a fase sensório–motora do
desenvolvimento envolve coordenação das atividades motoras e percepções
dos bebês e crianças pequenas em uma totalidade sutil. Esta fase do
desenvolvimento e os estágios correspondentes dentro dela ilustram
claramente a conexão entre movimento e cognição. A fase pré-operatória
envolve os primeiros anos da infância e é caracterizada por comportamentos
egocêntricos. A fase das operações concretas é típica do ensino fundamental e
caracterizada por crescente curiosidade. O alcance de competência dentro das
fases pré-operatórias e das operações concretas é consideravelmente
auxiliado, de acordo com Piaget, pelo processo do movimento.
3.1 - Conceitos de Habilidade
A aprendizagem de conceito de habilidade lida especificamente com a
maneira com que o corpo deveria se mover. Por exemplo, crianças no estágio
maduro são incapazes de chutar, arremessar ou driblar com uma bola. Além
disso, é essencial que as crianças aprendam como seu corpo é levado a
mover-se nas habilidades motoras fundamentais e especializadas.
3.2 – Conceitos de Movimento
A aprendizagem do conceito de movimento trata de como pode se
mover. No mundo real, o movimento raramente ocorre sob as mesmas
condições repetidamente. A maioria das tarefas que envolvem movimento em
jogos, no esporte e na dança é de natureza dinâmica, e requerem fluidez e
32
flexibilidade nos padrões de movimento do indivíduo. Além disso, a ecologia do
meio em si é dinâmica.
3.3 – Conceitos de Atividade
A aprendizagem do conceito de atividade consiste em onde o corpo
deve se mover. Conceitos de atividade centram-se no aprendizado de padrões,
formações, regras e estratégias para a participação eficaz em atividades de
jogo, esporte e dança.
3.4 – Definindo Aprendizes multi-sensoriais
Aprender é um processo que culmina em uma mudança relativamente
permanente no comportamento, resultado da experiência ou da prática. Por
sua natureza genuína, aprender é um processo que se baseia tanto na
informação sensorial como na informação motora. Aprender é multi-sensorial
porque depende do que vemos, ouvimos, sentimos, percebemos com o
paladar, tocamos e percebemos com o olfato.
A aprendizagem multi-sensorial é um processo de mudança
provocado pela internalização e integração de estímulos sensoriais que
resultam em uma percepção ou em uma resposta perceptivo- motora.
A palavra percepção, que significa consciência ou interpretação de
informação, refere-se ao processo de organizar e sintetizar a informação que
reunimos por meio dos vários órgãos dos sentidos com a informação
armazenada ou os dados do passado, um processo que leva a um padrão
modificado de resposta.
Quando consideramos o termo perceptivo-motor, sabemos que a
primeira parte do termo denota a dependência da atividade voluntária de
movimento em relação a alguma forma de informação sensorial. Todo
33
movimento voluntário envolve um elemento de consciência perceptual
resultante de estimulação sensorial.
A
segunda
parte
do
termo
perceptivo-motor
indica
que
o
desenvolvimento das habilidades perceptuais de um indivíduo depende, em
parte, do movimento. O relacionamento recíproco entre o input sensorial e o
output motor permite que as habilidades perceptuais e motoras se
desenvolvam em harmonia.
Como aprendizes multi-sensoriais, crianças usam seus sentidos visual,
auditivo, tátil e cinestésico para aprender sobre aspectos espaciais e temporais
do seu mundo em expansão.
ü Input Sensorial: recebe várias formas de estimulação por meio de
receptores sensoriais especializados (visual, auditivo, tátil e
cinestésico) e transmitir esta estimulação para o cérebro na
forma de energia neural.
ü Integração Sensorial: organiza os estímulos sensoriais que
chegam e integrar esta nova informação com informação
passada ou armazenada (memória).
Uma criança fisicamente educada demonstra comportamento social e
pessoal responsável em ambientes de atividade física.
Uma criança fisicamente educada entende que atividade física
proporciona oportunidade para divertimento, desafio, expressão própria e
interação social.
3.5 – Desenvolvimento na primeira infância
Brincar é o que as crianças fazem quando não estão comendo,
dormindo ou consentindo com os desejos dos adultos. Ocupando o Máximo
das horas de uma criança, o brincar pode ser visto literalmente como o
34
equivalente da criança para o trabalho dos adultos. Brincar é o meio prioritário
pelo qual as crianças aprendem sobre seus corpos e habilidades motoras.
Brincar também facilita o crescimento afetivo e cognitivo em crianças
pequenas e fornece um importante meio de desenvolver as habilidades
motoras grossas e finas.
Os anos da Educação Infantil são um período de importante
desenvolvimento cognitivo. Crianças nesta fase são ativamente envolvidas em
melhorar suas habilidades cognitivas em uma variedade de maneiras. Durante
esse período elas desenvolvem funções cognitivas que eventualmente
resultam em pensamento lógico e formulação de conceitos.
Crianças pequenas são incapazes de pensar de qualquer ponto de
vista que não seja o próprio. Suas percepções dominam seus pensamentos e
o que elas experimentam em um dado momento as influencia fortemente.
Durante essa fase pré- conceitual de desenvolvimento cognitivo, ver é
literalmente acreditar.
O desenvolvimento afetivo é também drástico durante os anos da
Educação Infantil, durante esse período as crianças estão envolvidas em duas
tarefas sócio-emocionais cruciais para o desenvolvimento de um senso de
autonomia e um senso de iniciativa. A autonomia é expressa através de um
crescente senso de independência que pode ser observado na alegria da
criança ao responder “não” para uma pergunta como “você quer brincar lá
fora?” mesmo quando a criança claramente gostaria de brincar.
Por meio das atividades físicas como da brincadeira, as crianças
desenvolvem uma ampla variedade de habilidades de equilíbrio, de locomoção
e manipulação. Se elas têm um autoconceito estável e positivo, o ganho em
controle sobre sua musculatura é suave e tranquilo. Os movimentos tímidos,
cautelosos e comedidos dos dois aos três anos de idade gradualmente dão
lugar para a entrega confiante, ávida e frequentemente imprudência dos
quatros aos cinco anos de idade. Sua vívida imaginação lhes possibilita pular
de “grandes alturas”, escalar “altas montanhas”, saltar sobre “rios bravos” e
correr “mais rápido” do que uma variedade de “animais selvagens”.
35
Crianças na faixa etária da Educação Infantil estão rapidamente
expandindo seus horizontes, declarando sua individualidade, desenvolvendo
suas habilidades e testando seus limites (bem como testando os limites dos
seus familiares e outros que os cercam). Em resumo, as crianças pequenas
estão se deslocando no mundo de várias maneiras complexas e maravilhosas.
É indispensável, no entanto, entender suas características desenvolvimentistas
e suas limitações, assim como seus potenciais.
3.6 – Qualidade de vida
Vários são os questionamentos relativos ao conceito de qualidade de
vida e muitos são os ângulos pelos quais se pode estudá-la. A qualidade de
vida pode ser diferenciada segundo objetivos, forma de abordagem, resultados
observados e interpretações apropriadas ao contexto no qual é estudada ou
aplicada.
Uma discussão que começa a ser desenvolvida relaciona-se às formas
de interação entre as pessoas, o ambiente e a sociedade e sua influência
sobre a qualidade de vida. O estudo desse processo exige julgamento
adequado, segundo diferentes épocas, culturas e classes sociais. Essas
poucas questões indicam a importância de aprofundar o conhecimento, tanto
das bases conceituais quanto das técnicas de estudo a aplicação pratica sobre
a qualidade de vida em diversas formas de expressão (GONÇALVES;
VILARTA, 2004).
Segundo Ferreira (2005), a qualidade de vida pode ser conceituada
como o grau maior ou menor de satisfação das carências pessoais,
observando que a busca pela boa qualidade de vida consiste mais claramente
em visar situações prazerosas, e menos em evitar aborrecimentos ou vivencias
problemáticas. O contexto socioeconômico, o grau de instrução escolar, a
participação dos pais, sua importância dentro do grupo de amigos, suas
potencialidades física e mental são fatores que interferem claramente na
definição de qualidade de vida pelas próprias crianças.
36
Não são poucos os significados atribuídos à qualidade de vida.
Dificilmente se consegue unanimidade de opiniões entre pessoas da mesma
comunidade, quem dirá de toda uma sociedade. Os pesquisadores elaboram
métodos para estudar o termo “Qualidade de vida”, e encontram elementos
relacionados os quais incluem: Aspectos culturais; Históricos; Classes sociais e
entre outros.
Os aspectos relacionados em estudos mostram que a relatividade dos
significados de qualidade de vida pode estar sujeita, realmente, às referências
históricas, culturais e estratificação ou classe sociais e de uma sociedade. Do
ponto de vista histórico, a mesma sociedade pode apresentar diferentes
parâmetros, acerca dos valores e padrões de qualidade de vida, em variadas
etapas de sua evolução econômica, social e tecnológica.
Quanto ao aspecto cultural, este pode influenciar e diferenciar os
indivíduos em busca por qualidade de vida, tendo em conta a construção e a
hierarquia dos valores e necessidades específicas das pessoas que compõem
essa sociedade. Em relação às diferenças de estratificação social, os padrões
de qualidade de vida almejados são os relacionados às condições de bem
estar das classes superiores.
Qualidade de vida é um conceito ligado ao desenvolvimento humano,
desde seu nascimento ao envelhecimento. Não significa apenas que o
indivíduo ou grupo social tenham saúde física e mental, mas que estejam bem
com eles mesmos, com a vida, com as pessoas que os cercam.
Enfim, ter qualidade de vida é estar em equilíbrio e harmonia. E esse
equilíbrio diz respeito ao controle sobre aquilo que acontece s sua volta, como
por exemplo, sobre os relacionamentos sociais. Mas se o indivíduo não tem ou
não consegue ter esse controle, poderá controlar a maneira com que reage a
esses acontecimentos, essas ações, gerando um estado harmonioso.
Para conquistar e garantir uma boa qualidade de vida deve-se ter
hábitos saudáveis, cuidar bem do corpo, ter tempo para lazer e vários outros
hábitos que façam o indivíduo se sentir bem, que tragam boas consequências,
como usar o humor pra lidar com situações de estresse, definir objetivos de
vida, e o principal, sentir que tem controle sobre a própria vida.
37
Os conceitos bem - estar e de saúde incluem a maximização da
qualidade de vida de qualquer indivíduo através do desenvolvimento total do
potencial humano, bem como suas características.
Entende-se por qualidade de vida, a percepção do indivíduo tanto de
sua posição na vida, no contexto da cultura e nos sistemas de valores nos
quais se insere, como em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e
preocupações. É um amplo conceito de classificação, afetado de modo
complexo pela saúde física do indivíduo, pelo seu estado psicológico, por suas
relações sociais, por seu nível de independência e pelas suas relações com as
características mais relevantes do seu meio ambiente.
É, portanto, um termo amplo que concentra as condições que são
fornecidas ao indivíduo para viver como ele pretende. Qualidade envolve
fatores relacionados com saúde, tais como, o bem estar – estar físico,
psicológico, emocional e mental, mas também elementos não relacionados,
como a família, amigos, emprego ou outras circunstâncias da vida.
A organização Mundial da saúde (OMS) desenvolveu um instrumento
(questionário) para aferir a Qualidade de Vida, trata-se do WHOQOL
(World
Health Organization Quality of Life) que possui duas versões validadas para o
português, o WHOQOL – 100 (composto por 100 questões) e o WHOQOL –
Breve, composto por 26 questões. O WHOQOL – 100 é composto por seis
domínios: o físico, o psicológico, o do nível de independência, o das relações
sócias, o do meio ambiente e o dos aspectos religiosos. O WHOQOL Breve é
composto por quatro domínios: o físico, o psicológico, o das relações sociais e
o do meio ambiente.
No Brasil, existe a Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV)
que tem como missão promover a integração e desenvolvimento de
profissionais multidisciplinares voltados para atuação em Qualidade de Vida,
divulgando tendências, provocando discussões, reflexões e formando opiniões
balizadoras de estilo de vida, padrões e ambiente saudáveis.
38
CONCLUSÃO
O estilo de vida gerado pelas novas condições socioeconômicas
(urbanização descontrolada, consumismo, deterioração dos espaços públicos
de lazer) e avanços tecnológicos, leva um grande número de crianças ao
sedentarismo, à alimentação inadequada, ao estresse, que torna a criança
sujeita a doenças psicossomáticas como ansiedade, frustração e depressão e
até um sentimento de insatisfação, prejudicando as relações interpessoais etc.
O crescente número de horas diante da televisão, por parte das
crianças diminui a atividade motora, leva o abandono da cultura corporal e de
atividades físicas e favorece a substituição da experiência de praticar
atividades pela de assistir a atividade. Como não podemos excluí-los
totalmente das suas vidas, é importante a participação do adulto com a adoção
de algumas medidas que podem contribuir para equilibrar a situação.
Se esperarmos por uma população mais ativa e, por conseguinte, mais
saudável, o investimento na Educação Infantil deve ser prioridade em todos os
segmentos e projetos que, de alguma forma, estão na órbita escolar.
A Educação Física Escolar, principalmente no segmento da Educação
Infantil, quando desenvolvida por profissionais capacitados e comprometidos
com uma proposta educacional organizada, com metodologias adequadas e
com visão global do aluno, irradiará o gosto pela atividade física não só dentro
da escola, mas também para a comunidade onde o aluno estiver inserido e
assim, cada vez mais, haverá um número maior de indivíduos simpatizantes do
exercício físico e praticantes de atividades físicas, diminuindo o sedentarismo e
em consequência, obesidade, hipertensão, estresse, colesterol alto e outros,
que hoje também já fazem parte da lista de doenças infantis e são
responsáveis pelos altos índices de morte no Brasil na fase adulta, além de
auxiliar no processo de aprendizagem e na inclusão social e escolar.
O hábito de se praticarem exercícios físicos só se mantém quando se
está em contato permanente e constante com atividades físicas e quando
39
ocorre a adesão por determinantes pessoais (nível social, pessoal, educacional
e afetivo) e por conscientização da importância dessas práticas na melhoria da
qualidade de vida, ou seja, é preciso conhecer os benefícios, ter facilidade de
acesso, disponibilidade, apoio e reforço social.
Sendo assim, a Atividade Física se torna um excelente aliado na
Educação Infantil para que seja alcançado este hábito, pois oportuniza,
promove a qualidade de vida no seu dia –a- dia.
Educar é um ato consciente e planejado do educador a fim de tornar o
educando consciente, engajado e construtor de uma nova realidade, capaz de
reconstruir para construir. O grande educador faz da atividade física uma arte,
um admirável instrumento para o desenvolvimento da criança e na melhoria da
sua qualidade de vida, promovendo educação e conscientização. Uma
Educação de corpo Inteiro.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
40
ANTUNES, F. e COL. Um retrato da pesquisa brasileira em educação física
escolar: 1999-2003.
BERGMANN, G. e COL. Alteração anual no crescimento e na aptidão física
relacionada à saúde de escolares, Ver. Bras. Cineantropom. Desempenho.
Hum. V.7 n.2, p.55-61, 2005.
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DARIDO, Soraya Cristina. Os conteúdos da Educação Física Escolar:
influências, tendências, dificuldades e possibilidades. IN: Perspectivas e
Educação Física Escolar, v. 2, n.1, 2001.
FRANCISCO B. ASSUMPÇÃO JR. E COL. Escala de avaliação de qualidade
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GADOTTI, Moacyr. História das ideias pedagógicas. São Paulo: Ática, 1993.
GALLAHUE, David L. Educação física desenvolvimentista para todas as
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GONÇALVES A. e VILARTA, R. Qualidade de vida e atividades físicas. Editora
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Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.
41
MATSUDO, Sandra Mahecha, MATSUDO, Victor K.R, NETO, Turíbio Leite
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NAHAS, MARKUS VINICIOS. Atividade física, saúde e qualidade de vida.
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PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), Orientação Didática, Competição &
Competência.
HTTP:// WWW.drashirleydecampos.com.br/ noticias/21620
ÍNDICE
42
FOLHA DE ROSTO
2
AGRADECIMENTO
3
DEDICATÓRIA
4
RESUMO
5
METODOLOGIA
6
SUMÁRIO
7
INTRODUÇÃO
8
CAPÍTULO I
Atividade Física e Educação Física
10
1.1 – Considerações sobre a Educação Física
12
1.2 – Crescimento e Desenvolvimento Infantil
15
1.2.1– Estatura (Picos de crescimento)
16
1.2.2 – Peso Corporal Total
1.2.3 – Cabeça
17
1.2.4 – Tronco
1.2.5 – Músculo
1.3 – Ventilação Pulmonar
18
1.4 – Débito Cardíaco
19
1.5 – Fatores que afetam o Desenvolvimento Infantil
1.5.1 – Nutrição
20
1.5.2 – Atividade Física
21
1.5.3 – Estilo de Vida
CAPÍTULO II
Atividade Física e a melhoria da Aptidão Física
23
2.1 – Aptidão Relacionada à saúde
26
2.2 – Componentes de Aptidão Física Relacionadas à Saúde
2.2.1 – Força Muscular
2.2.2 – Resistência Muscular
27
2.2.3 – Resistência Cardiovascular
2.2.4 – Flexibilidade dos ligamentos
28
43
2.2.5 – Composição Corporal
29
2.3 – Definindo os motoramente hábeis e ávidos
CAPÍTULO III
Aprendizagem cognitiva
3.1 - Conceitos de Habilidade
31
32
3.2 – Conceitos de Movimento
3.3 – Conceitos de Atividade
33
3.4 – Definindo Aprendizes multi-sensoriais
3.5 – Desenvolvimento na primeira infância
34
3.6 – Qualidade de vida
36
CONCLUSÃO
39
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
41
ÍNDICE
43
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