AGENDA ECONÔMICA ANO XII Nº 134 – setembro DE 2015 Presença ativa, mais do que nunca N de agora é uma grande oportunidade para reafirmar a importância da profissão e da entidade. É preciso relembrar nossa história de luta pela valorização do economista que, não poderia deixar de ser, está no foco da re- alidade contemporânea. Conheça a história do Conselho, que sempre se posicionou com voz ativa e qualificada no debate dos problemas econômicos, avança com coragem para o futuro. • (Páginas 03 a 06) FOTOS ARQUIVO coRECON-MG o mesmo ano em que o país atravessa um momento político-econômico sem precedentes, o Corecon-MG comemora 50 anos. A coincidência não é de todo ruim. Crises são cíclicas e a Em 50 anos, o Corecon-MG nunca perdeu de vista o seu foco: atuar firmemente em favor da profissão de economista Bem próximo do profissional C onstantes iniciativas de aproximação do Conselho com o registrado demonstram a determinação da entidade de servir ao profissional e ajudá-lo a enfrentar os seus desafios. O Corecon-MG é uma ponte para o diálogo com a sociedade e outras áreas do conhecimento, numa troca que tem muito a favorecer o economista que pretende crescer e se aperfeiçoar. • (Páginas 10 a 13) O Corecon-MG interage com a sociedade por meio de ações com os segmentos empresarial, acadêmico, social e, especialmente, com os registrados Reconhecimento U ma das formas de se medir o resultado do trabalho do Corecon é constatar a presença de muitos economistas notórios em Minas e no Brasil, cujas trajetórias se entrelaçam com a da entidade. Receber o reconhecimento externo, que traduz o forte vínculo criado por sua atuação como incentivador e propositor de debates de importância nacional, também são sinais de que todo o esforço e dedicação ao longo de cinco décadas têm valido a pena. Conheça depoimentos de muitos que estão e estiveram ao lado do Corecon em diferentes momentos • (Páginas 14 e 15) editorial Economia no foco das atenções A o completar 50 anos, o Corecon-MG tem muito a comemorar. Não se trata de retórica. A história da entidade revela seu protagonismo nas iniciativas pelo fortalecimento da profissão de economista, associado à determinação de ser uma voz efetiva no debate sobre o rumo da economia nacional e do Estado, em busca da justiça social. É essa trajetória, permeada por constantes desafios que refletem a dinâmica do nosso fazer e da vida dos brasileiros, que nos garante que já realizamos muito ao longo de todo esse tempo. Mas, principalmente, nos ensina que temos ainda mais a colaborar para o desenvolvimento econômico do país, incentivando uma discussão competente e franca que interessa a toda a nação. Representantes de uma categoria profissional que somos, temos que encarar com sabedoria as evidentes mudanças que ocorrem no exercício do economista, em especial numa época em que as transformações se dão de forma acelerada, às vezes até mesmo nublando as reflexões feitas no calor do momento. No que diz respeito ao registro profissional – atribuição primeira de nossa entidade – o Corecon-MG, assim como seus correlatos, está diante de uma significativa queda nos números. Os motivos são variados, destacando-se a concorrência natural de outras profissões, imbuídas de uma formação mais flexível, a crescente tendência à desregulamentação do mercado de trabalho e, principalmente, a falta de investimento, tanto de governos quanto de empresas, no planejamento de suas ações, nas quais certamente os economistas teriam muito a contribuir. Só esse item de competência de nossa entidade demonstra claramente a missão árdua que nos impulsiona e que necessita de diferentes medidas. Estamos empenhados na disseminação da discussão sobre a reforma nos currículos dos cursos de Economia, criando novas possibilidades de atuação profissional. Nesse espectro, também é preciso que se alterem leis e normas que permitam, por exemplo, abrigar em nosso Conselho profissionais de outros campos da graduação, como os de Finanças, Relações Internacionais e pósgraduandos em áreas afins. Determinados a fazer parte do dia a dia do economista, o Corecon-MG trabalha permanentemente na aproximação da entidade com o profissional. Nossa visão de inclusão extrapola em muito o registro profissional e a fiscalização da profissão, como não poderia deixar de ser. Batalhamos pelo aprimoramento nas carreiras, oferecendo cursos, palestras e seminários. Divulgamos oportunidades em nossos canais de comunicação e, acima de tudo, lutamos por mudanças importantes na legislação para que favoreçam a todos os profissionais economistas. Nossa história aguerrida em benefício do economista, sem jamais esquecer nosso dever para com a sociedade, nos motiva ainda mais a enfatizar o papel que temos como agentes de transformação. A realidade escancara a importância dos economistas no cotidiano de bilhões de pessoas, pois não há mais quem possa duvidar que os processos de desenvolvimento dos países, em qualquer escala, estão largamente determinados pelas escolhas de preceitos econômicos. Nesse sentido, os economistas vivem o que muitos chamam de momento ímpar. A economia está no foco das atenções no Brasil e de todo mundo. Dúvidas, questionamentos, incertezas invocam o debate que, por fim, pode determinar a sobrevivência do planeta. E esse debate não pode nos assustar. É uma preciosa oportunidade para clarearmos ainda mais nossa presença pública, enquanto profissionais e entidade. Temos que fortalecer nossa posição como porta-voz qualificado de saberes econômicos, de formuladores de políticas públicas que abarcam uma visão firme e coerente em benefício das populações, em especial das mais carentes e sofridas. Conselho Editorial Notícias 2 A vez do voto eletrônico Organizar para informar melhor O Corecon-MG está se preparando para ter, pela primeira vez, o voto eletrônico em seu processo eleitoral, que acontecerá em 29 e 30 de outubro de 2015. A medida foi regulamentada pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon), em 2014, para dar à eleições mais segurança, acessibilidade, transparência e modernidade. O pleito pelo web voto será adotado por 21 dos 27 conselhos regionais do Brasil. A entidade já encaminhou para os registrados um vídeo sobre o funcionamento do processo eleitoral eletrônico e disponibilizou, no seu site: (www.portaldoeconomista.org.br), a lista do Colégio Eleitoral Provisório. Para votar é preciso estar em dia com as obrigações perante o Conselho, o que inclui o cadastro atualizado e anuidades pagas. A lista definitiva será divulgada antes das eleições. Atividades aparentemente simples, como armazenar e arquivar documentos no dia a dia, podem ocupar mais tempo do que se imagina e gerar desgastes quando se quer encontrar rapidamente uma informação. Pensando nisso, o Corecon-MG está informatizando seus procedimentos por meio do Dataflow, um gerenciador para organizar e monitorar o armazenamento e tráfego de documentos e arquivos. O processo que se iniciou pelo núcleo de Registro chegará, paulatinamente, em todas as outras atividades do Conselho. Esta forma de armazenar informações por procedimentos informatizados significa, na prática, padronizar métodos de arquivamento, melhorar o sistema de identificação dos economistas registrados, assegurar a integridade dos documentos e organizar melhor o arquivamento, eliminando com mais segurança os papeis expirados ou desnecessários, entre diversas outras funcionalidades. “Com essa prática, é possível agilizar todo o processo do Corecon-MG, que oferecerá um serviço mais completo e de qualidade para o registrado”, explica o presidente,Antônio de Pádua Ubirajara e Silva. AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015 Corecon 50 anos Contestações e luta por mudanças marcam trajetória dos economistas mineiros Tendência ao questionamento e à reflexão sobre os rumos do desenvolvimento do país se consolidou como uma característica da profissão FOTOS ARQUIVO coRECON-MG Variados encontros e discussões reuniram economistas em torno de importantes questões político-econômicas N os idos dos anos 1940 e 1950, quando se valorizava no Brasil o Direito e a Medicina como as profissões importantes, ser economista era o desejo de uma minoria que buscava uma formação intelectual que a capacitasse a intervir nos rumos da crescente complexidade da vida econômica nacional. A efervescência do pensamento desenvolvimentista que pairava no país nesta época é apontada como decisiva na definição dessa nova atividade profissional e de seu campo de atuação. Ser economista era fazer parte da elite que se preparava para intervir nos rumos do desenvolvimento do Brasil e na consequente superação de uma situação de dependência econômica herdada pela formação histórica do país. O desenrolar dos anos mostrou como esta tendência se consolidou e como a profissão e a reflexão econômica ganharam força na sociedade. Durante esses 50 anos, o Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon-MG) foi presença viva no cenário do Estado e do país. “É interessante associar a trajetória do Corecon à história do Brasil, porque o Conselho sempre foi um ator intenso e atuante. Sempre reuniu diferentes vertentes de pensamento, sem nunca fugir ao debate”, destaca o atual presidente, Antônio de Pádua Ubirajara e Silva. Hoje, o Corecon-MG continua interagindo com a sociedade, sobretudo com o empresariado, com a comunidade acadêmica e com os movimentos sociais. Seu maior objetivo é a constante aproximação com seus quase quatro mil registrados e também com os profissionais em formação, promovendo uma série de atividades para o crescimento e valorização da profissão. Nascido de uma inquietação Até a década de 1940, a profissão de economista não era regulamentada no Brasil – o que aconte- ceu em 13 de agosto de 1951 – e o curso que mais se aproximava da atual Ciências Econômicas era o de Ciências Atuariais. O fato de se formarem em uma profissão praticamente desconhecida entre o final da década de 1950 e início dos anos 1960, inquietou um grupo de jovens estudantes de economia e economistas recém-formados. Ansiosos por participarem e intervirem mais efetivamente nos destinos da economia brasileira, esse grupo se mobilizou para constituir uma agremiação de caráter civil, que pudesse funcionar como um espaço de discussão, troca de ideias e experiências profissionais. Em reuniões semanais, inicialmente de maneira informal na república onde estes jovens economistas residiam, e posteriormente em uma pequena sala no Edifício Codó, no Centro de Belo Horizonte, os participantes se convenciam de que se fazia necessário mostrar AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015 3 Corecon 50 anos à sociedade que a profissão era tanto nova quanto fundamental para o país. Mais e mais interessados, incluindo futuros economistas a partir do terceiro ano de faculdade, foram se juntando ao grupo e participando das atividades que incluíam conferências, discussões de textos e temas econômicos, troca de opinião e até mesmo atividades recreativas. Estes encontros, iniciados em 1959, acabaram por formalizar a Sociedade de Economistas de Minas Gerais (Semg), em 1961, que já nasceu com a expressiva composição de 152 idealistas e entusiasmados sócios. Seu primeiro presidente foi Admardo Terra Caldeira. Independência Para obter o registro, os economistas de Minas Gerais, Espírito Santo e Distrito Federal tiveram, por um bom tempo, que enviar a documentação para o Rio de Janeiro (RJ), onde funcionava, desde 1952, a primeira região do Conselho Federal de Economia (Cofecon). Para facilitar o acesso à carteira de economista registrado e também como um estímulo aos recém-formados, o grupo que havia criado o Semg pediu a instalação de uma delegacia do Conselho Federal em Minas Gerais. Visavam, além da ampliação de canais de representação, a difusão e o fortalecimento da nova profissão no Estado. A conquista aconteceu quando, por meio da Resolução 145, em 11 de junho de 1965, foi criado o Conselho Regional de Economistas Profissionais em Minas Gerais. A regional mineira, tornou-se, assim, a décima região do Conselho Entidade Em Ação Dotados de personalidade jurídica de direito público, os diversos conselhos regionais são entidades de fiscalização e regulamentação da profissão de economista, subordinados ao Conselho Federal de Economia (Cofecon). O Corecon-MG leva a sério esta sua essência e trabalha arduamente para saber onde estão e como atuam os economistas formados no Estado. O registro na entidade e a manutenção da anuidade em dia são obrigatórios para aqueles que exercem a profissão regularmente. Caso contrário, os profissionais são passíveis de penalidades previstas em lei. O Conselho também atua na defesa da profissão fiscalizando e tomando providência contra o seu exercício ilegal. Por suas raízes fincadas no debate, discussões e diálogo com a sociedade, o Corecon-MG sempre se ocupou com a formação de seus registrados, mantendo atividades efetivas de treinamento e reciclagem, que variam conforme a demanda dos economistas. Cursos sobre temas diversos, como perícia judicial, reciclagem em economia, matemática comercial e financeira, contratos e licitações, permanecem no leque de serviços oferecido aos registrados. Paralela à atuação do Conselho existem delegacias regionais, aprovadas por meio de resoluções do Plenário de conselheiros da entidade. Atualmente estão em atividade dez delegacias nos municípios de Uberaba, Uberlândia, Poços de Caldas, Governador Valadares, Viçosa, São João del Rei, Juiz de Fora, Montes Claros, Itaúna e Itajubá - a primeira, criada, em 1973. Seu papel é basicamente facilitar o acesso dos interessados em obter o registro profissional, recebendo os documentos dos economistas e auxiliando o Corecon-MG na fiscalização e difusão da importância do registro. Para o cumprimento de sua função de fiscalizar a profissão, o Corecon possui o Plenário, um órgão deliberativo formado por, no mínimo, nove conselheiros e a Presidência, que também compõe o órgão executivo, ao qual se subordinam os serviços administrativos. Por meio de sessões plenárias mensais, esse grupo de conselheiros julga pedidos de registros, delibera sobre a estrutura organizacional da entidade, incluindo desde a definição orçamentária à fixação de salários e gratificações dos funcionários. São também os conselheiros quem apreciam e julgam todos os processos em tramitação na entidade, para deliberar sobre inúmeras solicitações dos registrados. Cabe ainda ao Plenário a palavra final nos conflitos que ferem o Código de Ética Profissional, instrumento aprovado em 1968. Com poderes concedidos pelo regimento, os conselheiros podem aplicar penalidades de acordo com a gravidade e natureza de casos de falta de ética cometidos pelo registrado, sendo o mais grave o cancelamento do registro profissional. 4 AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015 Federal e ganhou regimento interno em 1970. O documento tratava das definições de suas atividades, atribuições e tarefas de todos os seus componentes, determinações administrativas e funcionamento de seus departamentos. Com o fértil e intenso debate sobre as alternativas econômicas para o desenvolvimento do Brasil na primeira metade da década de 1960, a categoria profissional dos economistas aumentava em número e em reconhecimento, conforme aperfeiçoava seu nível de organização. Com isso, a primeira experiência associativa da Semg impulsionou os economistas a criarem a Associação dos Economistas de Minas Gerais, em 1965, que dois anos mais tarde passou a se chamar Sindicato dos Economistas de Minas Gerais (Sindecon). Tradição do debate Inquietações com cenários econômicos adversos motivaram economistas mineiros a terem um posicionamento reivindicatório perante diversos governos e a sociedade O hábito do debate e da reflexão, uma constante entre os economistas, permeou diversas atividades promovidas pelo Corecon-MG, como o primeiro simpósio em nível nacional, realizado pouco depois de sua fundação. O terceiro Simpósio dos Conselhos Regionais de Economistas Profissionais (III Sincrep), ocorreu em Belo Horizonte (MG) entre 17 e 19 de de abril de 1972 e marcou história. Centenas de economistas de todo o país se reuniram na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para discutir três blocos de assuntos, que tratavam de questões profissionais, do desenvolvimento econômico do Brasil e da realidade empresarial da época. Como passariam a ser reconhecidas a partir dali, estas discussões da classe de profissionais de economia resultariam em algum documento público. Este simpósio, de modo particular, gerou a recomendação para implementar um fundo especial para a pequena e média empresa. O III Sincrep teve como patrono o então ministro do Planejamento, João Paulo dos Reis Velloso e foi aberto pelo governador de Minas Gerais na época, Rondon Pacheco. Prestigiados economistas também estiveram preAGENDA ECONÔMICA | setembro 2015 5 Corecon 50 anos Casa do Economista: anos dourados Desde os primeiros tempos, as entidades Semg, Corecon-MG e Sindecon estiveram próximas, dividindo o mesmo endereço, inclusive. O primeiro deles, por mais de uma década, foi na rua Carijós, 141, no Centro de Belo Horizonte e, a partir do final da década de 1970, na rua Paraíba, 777, no bairro Funcionários, onde até hoje funciona a sede do Corecon-MG. Espaço de acolhimento ao debate e de encontros produtivos, a Casa do Economista foi testemunha da efervescência da profissão nos anos 1980 sentes: Marcos Vianna (presidente do BNDE); Fernando Roquette Reis (secretário da Fazenda de Minas Gerais), Henry Guitton (economista francês) e Reinaldo Gonçalves (presidente do Corecon-RJ). Juntamente com as entidades “irmãs” Semg e Sindecon, um outro exemplo foi o I Congresso dos Economistas de Minas Gerais, em 1983, que gerou a “Carta de Belo Horizonte”, documento que apresenta a inquietação dos economistas em relação à crise econômica e social em que o país vivia. Alguns anos depois, em 1987, em mais um evento promovido pela Casa do Economista (veja no box “Casa do Economista: anos dourados”), o VII Congresso Brasileiro de Economistas reuniu em torno de dois mil profissionais, de todo o país. No auditório do Minascentro, eles tratavam de um novo modelo de desenvolvimento nacional, com temas sobre a nova ordem internacional, a rearticulação de mecanismos de financiamento, o momento sindical e a Constituinte, entre outros. O encontro gerou a “Carta de Minas”, com conteúdo crítico acentuado no que diz respeito às ações governamentais no campo da politica econômica. Nele, participantes do Congresso externavam preocupação com os rumos do desenvolvimento nacional. Ação unificada, capitaneada pela Semg, que rendeu muita repercussão positiva à Casa do Economista foi o Projeto Segunda, Seis e Meia. O objetivo era promover debates regulares, às segundas-feiras, sobre temas relativos à política econômica mineira e nacional. Os debatedores eram personalidades de universidades, órgãos públicos ou instituições privadas nacionais. Figuraram nestes encontros nomes como Virgílio Guimarães, Paul Singer, Maria da Conceição Tavares, Villas Boas Correa, René Dreifuss, somente para citar alguns. Fonte dos dados históricos: “Casa do Economista de Minas Gerais: a construção de uma identidade de classe”, documento elaborado por Thaís Velloso Cougo Pimentel e Érika de Faria Reis, em convênio realizado entre Corecon-MG, Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em meados da década de 1990. 6 AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015 A aquisição do imóvel foi comemorada duas vezes: na ocasião da compra, em 1979, com a presença do então presidente do Cofecon, Jamil Zantut, e quase cinco anos depois, com a conclusão da reforma das novas instalações. Em 26 de abril de 1984, o debate “Brasil, pós 25 de abril”, teve como expositor Bernardo Kucinsky e marcou oficialmente a abertura da Casa do Economista, um local que funcionou por longos anos como referência maior dos profissionais da área, em Minas Gerais. Apesar das diferenças de origem e suas trajetórias diversas, as entidades funcionaram de maneira cooperativa no que diz respeito à rotina administrativa da casa, assim como no âmbito externo. Segundo o documento “Casa do Economista de Minas Gerais: a construção de uma identidade de classe”, havia uma “posição hegemônica nas entidades da categoria naqueles anos, refletida nos encontros e congressos. Os economistas se posicionam de uma maneira crítica e contundente contra o estado de coisas em nosso país e clamam por mudanças urgentes.” Uma outra iniciativa, que marcou época no endereço do bairro Funcionários, foi o Bar do Economista. Sua existência, no terraço do terceiro andar do prédio da rua Paraíba, refletia a efervescência da década de 1980, nos chamados “anos dourados” da profissão. Naqueles anos se difundiu e se ampliou o mercado de trabalho para o profissional. O Corecon-MG contava com 5.701 registrados. Arrendado, para ocupar um espaço ocioso, mais do que gerar receita para as entidades, o bar era um local de convivência. estrutura Núcleos a serviço dos registrados SECRETARIA Responsável pelo recebimento das chamadas telefônicas, pelo protocolo geral, avaliação e distribuição das correspondências. É porta de entrada para os economistas que necessitam de atendimento em outros núcleos. Presta assistência direta à Gerência Executiva e Presidência e atua como elo entre o Cofecon e o Corecon-MG. COBRANÇA E FINANCEIRO Lida com a entrada e administração dos recursos do Corecon-MG e tem como função principal realizar pagamentos. Atua junto à Fiscalização e ao Jurídico, intermediando acordos de parcelamentos de débitos, lavrando certidões de encerramento de processos, entre outras atribuições. É peça importante em campanhas de recuperação de crédito junto aos registrados. COMPRAS E LICITAÇÕES JURÍDICO Realiza aquisições habituais para manutenção do Corecon, entre as quais materiais e serviços, instalações e reparos, assim como as solicitações de convênios e gestão dos contratos de prestação de serviços. Executa as compras mediante aprovação da Gerência Executiva. Uma atribuição de extrema importância deste núcleo é a disponibilização de informações no site sobre todas as compras realizadas pelo Conselho. Um voo panorâmico sobre todas as atividades do Corecon-MG é o que bem define este núcleo. Área de apoio e de consultas, é essencial por contribuir com o Conselho em sua atividade-fim, que é o registro e a fiscalização da profissão de economista. GERÊNCIA EXECUTIVA Supervisiona, acompanha e orienta todo o fluxo da estrutura administrativa e elabora orçamentos e planos de trabalho.Tem como um dos focos a busca de convênios, cursos de especialização profissional, debates e eventos que possam agregar valor ao relacionamento do Corecon-MG com seus registrados. Apoio a todas as demandas da Presidência e do Plenário, entre as quais organização de documentação, acompanhamento de processo eleitoral, intermediação de contatos institucionais e outros. REGISTRO Fiscalização Onde começa e termina o ciclo de um economista registrado. Expede as carteiras dos economistas, presta atendimento local, por telefone, e-mail e por envio de correspondência. É o núcleo que abriga toda a base de dados dos registrados do Corecon-MG. Fiscaliza o cumprimento da Lei 1411/1951 para garantir o exercício da profissão de forma regulamentada. Orienta empresas, órgãos púbicos e gestores de concurso sobre a obrigatoriedade do registro profissional . Também é responsável por cobrar o pagamento da anuidade. PLENÁRIO Órgão deliberativo formado por nove conselheiros e a Presidência. Por meio de sessões plenárias mensais, o grupo delibera sobre a estrutura organizacional do Corecon, aprecia e julga todos os processos em tramitação na entidade.Tem a palavra final nos conflitos que ferem o Código de Ética Profissional e poderes para aplicar penalidades de acordo com a gravidade e natureza dos casos. AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015 7 Corecon 50 anos Galeria de presidentes 1965 | 1968 Admardo Terra Caldeira 1971 Gildásio Esteves Guedes 1976 | 1977 Edson Ferreira de Medeiros 1983 | 1984 Flavio Antonio Reis do Valle 8 AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015 1969 Luiz Ciríaco Gonçalves 1972 Mário Guimarães Nunes Pinto 1978 | 1980 Mário Guimarães Nunes Pinto 1985 | 1986 Godofredo José Caldeira Reis O Corecon-MG homenageia os economistas que se dedicaram à entidade, nas mais diferentes fases. Ao trabalho de cada um deles podem ser creditadas contribuições valiosas para que o Conselho chegasse ao cinquentenário. 1969 | 1970 Ivar Vieira Campos 1973 | 1975 Eduardo Chiari 1981 | 1982 João Assunção Costa 1987 | 1988 Ronaldo Lamounier Locatelli 1989 Paulo Eduardo Rocha Brant 1990 Rosália Souza Toscano 1991 | 1992 Fernando Damata Pimentel 1995 | 1996 1993 | 1994 Mauro Santos Ferreira 1998 | 1999 2000 | 2001 Maria Regina Nabuco Brandão 2002 | 2003 2001 José Roberto L. Santos 2004 | 2005 2006 | 2007 Ofir Viana Filho 2008 | 2009 2010 Flávio Antônio Reis do Valle Jersone Tasso Moreira Silva 2012 | 2013 Cláudio Gontijo Jafete Abrahão Júlio Ribeiro Pires Marco Aurélio Loureiro Wilson Benício Siqueira 1997 Gustavo Adolfo de Castro Vasconcellos 2011 Cândido Luiz L. Fernandes 2014 | 2015 Antônio de Pádua Ubirajara e Silva AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015 9 Corecon 50 anos Atuação efetiva e abertura ao diálogo Corecon-MG se mantém atento à necessidade de incluir, cada vez mais, as questões econômicas no debate com a sociedade A berto ao diálogo e ao debate com a sociedade, o Corecon-MG se aproxima permanentemente de seu público, interagindo com os segmentos empresariais, entidades de classe, comunidade acadêmica, movimentos sociais e, especialmente, com os registrados. A sede, no bairro Funcionários, em Belo Horizonte, se mantém de portas abertas, realizando eventos próprios e de terceiros – como cursos com aplicações práticas no dia a dia do profissional –, estimulando o crescimento e fortalecimento da categoria. Com essa determinação, a entidade criou a “Sexta Econômica”, uma série de palestras, que acontece na última sexta-feira do mês, sobre temas da pauta diária da agenda econômica nacional, como o papel e a importância da Petrobras, a terceirização, a dívida pública, a nova configuração do PIB e o Fundo Soberano do Brasil. O evento reúne palestrantes com muito conhecimento no tema, atraindo cada vez mais economistas e público em geral, interessados em uma discussão séria e produtiva. A aproximação do Conselho com os profissionais da área ocorre também pelo trabalho da equipe da entidade, atenta às necessidades e interesses dos registrados. As iniciativas são divulgadas nos meios eletrônicos, como e-mail marketing, site e nas redes sociais. Tal divulgação repercute positivamente nas mais diferentes iniciativas do Conselho, como as recentes ações de recuperação de crédito, com descontos para quem precisava quitar anuidades em atraso, as oportunidades profissionais, cursos, palestras, convênios, benefícios e deliberações da entidade. 10 AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015 FOTOS ARQUIVO coRECON-MG A Sexta Econômica tem atraído cada vez mais participantes para um debate sério e profundo sobre questões atuais da economia que inquietam a sociedade Entidade se esforça para motivar e conquistar futuros profissionais, promovendo premiações de reconhecimento a novos talentos Futuros registrados Aos estudantes, futuros profissionais, o Corecon-MG reserva uma atenção especial, promovendo ações de enriquecimento intelectual. Desde 1988 é parceiro do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e da Associação dos Economistas de Minas Gerais (Assemg) para o Prêmio Minas de Economia, que revela jovens talentos a cada ano. A partir do julgamento de monografias de conclusão de curso, a premiação é um estímulo ao estudo e à investigação de importantes abordagens para a economia. Os profissionais do interior do Estado têm se destacado nessa disputa e foram os vencedores da edição de 2014, com trabalhos premiados por estudantes de São João del Rei, Juiz de Fora e Montes Claros. Da mesma forma, o Corecon-MG realiza, há sete anos, a Gincana Mineira de Economia, uma competição para testar o conhecimento dos futuros profissionais, aberta aos matriculados nos cursos de Economia em todo o Estado. Nesta competição eletrônica, elaborada pelo professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Sandroni, os concorrentes formam duplas que se desdobram, em dois dias de disputa, para acertar questões desafiadoras de temas atuais da economia brasileira e internacional. Em 2015 a Universidade Federal de Viçosa (UFV), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015 11 Corecon 50 anos Faculdade de Ciências Aplicadas do Sul de Minas (Facesm) foram as campeãs da Gincana Mineira de Economia. A dupla primeira colocada foi Henrique Hott e Bruno Hipólito, da (UFV) e levou R$ 2 mil; a vice-campeã, Jônatas Papi e Caroeny Raianne, da Facesm, recebeu 1,4 mil, e a terceira colocada, Larissa Gonçalves e Laís Rodrigues, da UFJF, R$ 800. Os ganhadores representaram Minas Gerais na etapa nacional em Curitiba (PR), realizada pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon), de 9 a 11 de setembro. Ainda investindo no futuro do jovem economista, o Corecon-MG foi o anfitrião, em dezembro de 2014, do IV Encontro de Economistas do Sudeste (Enesud) e trouxe para Minas Gerais o debate mundial sobre o ensino e a atualização dos currículos de economia. Na sede do BDMG, em Belo Horizonte, o público assistiu a palestras instigantes, como a do então ministro do Desenvolvimento, Mauro Borges, do embaixador Samuel Pinheiro e do professor da Bristol Business School, Andrew Mearman, que defende mundialmente o ensino de um novo pensamento econômico. Preocupação antiga, o movimento de repensar o ensino de economia nas universidades tem se multiplicado ao redor do planeta. A ideia ganhou maior foco desde a crise financeira mundial de 2008, que expôs a necessidade de tratar a ciência econômica como parte importante das ciências sociais, não se restringindo à concepção de ciência exata, na qual predominam modelos matemáticos e técnicos. Segundo o presidente do Corecon-MG, Antônio de Pádua Ubirajara e Silva, a entidade vem indicando a necessidade de uma readequação dos currículos para que os futuros profissionais tenham um olhar mais condizente com a realidade do mundo atual. “Os currículos têm função técnica importante, mas a profissão é muito mais ampla. O jovem que se forma em economia deve estar em sintonia com as mudanças da sociedade e o Conselho se preocupa com esta situação”, reflete. Para o Corecon-MG, a inclusão de uma abordagem mais pluralista nos cursos de economia ajudará a enriquecer o ensino e a pesquisa na 12 AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015 Foto Padua Para o presidente do Corecon-MG, Antônio de Pádua, a profissão de economista é muito ampla e oferece oportunidades para as quais o jovem que se forma deve estar atento O Corecon-MG sediou, em 2014, o Enesud e trouxe importantes nomes para debater o novo modo de se pensar o ensino de economia no mundo José luiz pederneiras área, revigorando a disciplina e colocando a economia de volta à serviço da sociedade. A entidade acredita também que essa proposta atrairá futuros profissionais, revertendo o baixo crescimento das matrículas nos cursos de formação. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), enquanto o ensino superior brasileiro aumentou 100% em número de matrículas em dez anos, entre 2000 e 2010, os cursos de economia cresceram apenas 8%. Em Minas Gerais são 14 cursos, com 6.600 alunos. Guto Muniz Economia criativa grupo Galpão Despertar o economista para novas possibilidades profissionais também é função do Corecon, que aposta no segmento da economia criativa No campo do mercado de trabalho, o Conselho aposta em possiblidades de atuação profissional que, muitas vezes, os economistas não percebem. É o caso da economia criativa, nova frente de oportunidades capitaneada pelo setor cultural. Esta bandeira é defendida pela atual gestão do Corecon-MG, por entender que a ampla capacidade de geração de emprego e renda nesta área é desproporcional ao contingente de economistas especializados em atender à crescente demanda. “Em 2012, só a Lei Rouanet deixou de colocar no mercado R$ 200 milhões por falta de projetos, que poderiam ter sido desenvolvidos e viabilizados por economistas”, destaca Antônio de Pádua. Nesse cenário, as escolas de economia, segundo o presidente do Corecon-MG, possuem fundamental papel de despertar interesse por este mercado pouco convencional. ”O economista pode se surpreender quando descobrir que tem muito a contribuir com o setor cultural. As escolas precisam estar atentas a essa possibilidade, já que se trata de um mercado em crescimento”, reforça. É preocupação do Conselho conscientizar os economistas quanto à contribuição a dar ao setor e às vantagens profissionais que podem obter. Tanto é que o tema foi abordado no evento de posse do novo mandato do Corecon-MG para 2015, com a envolvente palestra do economista e vice-diretor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), Luiz Alberto Machado (foto ao lado). AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015 13 Felicitações Reconhecimento público Autoridades que representam entidades de importantes setores da economia prestam homenagem aos 50 anos do Corecon-MG “ O Corecon-MG é um espaço democrático onde ideias e ideais sobre as mais diversas correntes econômicas sempre foram amplamente debatidos. Como economista, tive a honra de presidir o nosso Conselho no início da década de 1990, momento no qual o Brasil fazia uma travessia política e econômica cujos reflexos ainda reverberam na vida da população. Conheço, portanto, esta Casa e sua missão de resguardar a livre circulação de pensamentos e fortalecer o nobre trabalho dos economistas. É, pois, com grande alegria que parabenizo o Corecon-MG pelos 50 anos de atividades e renovo meus votos para que continue sendo um farol sempre acesso, iluminando caminhos para Minas Gerais e para essa grande e bela nação chamada Brasil.” Fernando Pimentel, governador do Estado de Minas Gerais “ O Cofecon cumprimenta o Corecon-MG por ocasião do seu aniversário de 50 anos. Ao longo de meio século este Conselho Regional tem sido um colaborador incansável na causa dos economistas, fornecendo excelentes conselheiros ao plenário do Federal e trabalhando em estreita colaboração com as entidades que abriga em sua casa: o Sindicato e a Associação dos Economistas de Minas Gerais. Destaque-se também o sucesso com que este Regional organizou, cada vez que lhe coube, os eventos do Sistema Cofecon/Corecons, como a recente edição do SINCE, em 2012, realizado em Belo Horizonte.” Paulo Dantas da Costa, presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon) “ Em nome do BDMG, venho saudar o Corecon-MG), neste ano em que a instituição comemora 50 anos de atividades. Nesta oportunidade, quero cumprimentar a diretoria do Conselho e todos os colegas e registrados, na pessoa de seu presidente, nosso amigo e companheiro de jornada, Antônio de Pádua Ubirajara e Silva. Além de representar os economistas institucionalmente, o Corecon-MG incentiva o debate em torno de caminhos para o desenvolvimento econômico e social do nosso Estado. Essas iniciativas são alinhadas à filosofia do BDMG e, nesse sentido, materializam-se em projetos em parceria – como o Prêmio Minas de Economia – e nos entusiasmam a desenvolver, conjuntamente, novas ações.” Marco Crocco, presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) “ Congratulo o Corecon-MG por seus 50 anos. Trata-se de acontecimento digno de registro, especialmente pela atuação desta entidade, pautada pela seriedade na defesa da profissão de economista. A relevância desta atividade sempre foi reconhecida, mas se destaca especialmente nos dias de hoje, quando atravessamos um período de grandes dificuldades nessa área. O economista tem, nesse contexto, um papel de extrema importância, particularmente por sua atuação junto ao meio empresarial, buscando soluções eficazes para a gestão de negócios – o que, aproveito para mencionar, é também um dos papéis da ACMinas.” Lindolfo Paoliello, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas) “ São poucas as entidades que conseguem comemorar 50 anos de atuação. O Conselho Regional de Economia de Minas Gerais chega a cinco décadas com a nobre missão de representar os economistas. Como empresário e secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, posso garantir que o trabalho desse profissional é fundamental para encontrarmos caminhos adequados de políticas públicas e privadas que promovam bons negócios e qualidade de vida para a população. Criar condições para a capacitação e a empregabilidade dos economistas é o grande desafio para o nosso Corecon assumir com vigor pelas próximas décadas.” Altamir Rôso, Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais 14 AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015 “ São incontestes, várias e valorosas as contribuições dos economistas mineiros ao desenvolvimento econômico e social de Minas Gerais desde que o nosso Conselho Regional de Economia foi fundado há 50 anos. É preciso resgatar o otimismo e recuperar a nossa capacidade de ultrapassar problemas e entraves, como tão bem já o fizemos várias vezes no passado. Na qualidade de presidente da ASSEMG — Associação dos Economistas de Minas Gerais, entidade-irmã e complementar às atividades do CORECONMG, que sempre compartilhou da expressão do pensamento econômico mineiro através da “Casa do Economista” quero expressar as nossas congratulações a todos os seus dirigentes, atuais e anteriores, na convicção de que ainda vamos percorrer juntos longos caminhos na busca do desenvolvimento econômico mineiro e brasileiro e que, com certeza, serão alcançados. Parabéns ao CORECON-MG e a todos os economistas mineiros!” Carlos Alberto Teixeira de Oliveira, presidente da Associação dos Economistas de Minas Gerais (Assemg) “ O Conselho Regional de Economia chega aos 50 anos em uma conjuntura de grandes dificuldades e desafios econômicos vividos pelo nosso país. É neste cenário de incertezas e dúvidas que o Corecon ganha, mais uma vez, papel fundamental na discussão e na busca de soluções para a retomada e a preservação de um novo ciclo de crescimento, que venha garantir as conquistas do povo brasileiro. Parceiros de nossa cidade, parabenizo a diretoria e os conselheiros do Corecon pelos 50 anos de luta constante na promoção do bem-estar social e econômico de todos os mineiros.” Marcio Lacerda, prefeito de Belo Horizonte “ A CDL/BH é testemunha do compromisso do Corecon MG com o desenvolvimento econômico de Minas Gerais. Sua atuação para a fiscalização e modernização da categoria é incansável. Atuante nos principais debates econômicos, políticos e sociais, contribui com a valorização da economia no Estado. No ano em que o Brasil passa por uma crise, a entidade comemora seus 50 anos e, ao mesmo tempo, se consolida como grande parceira da sociedade para que a economia nacional e estadual retomem seu ritmo de crescimento.” Bruno Falci, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) “ Devemos saudar o cinquentenário do CORECON-MG com grande satisfação. Nessas cinco décadas, a Casa dos Economistas mineiros conquistou relevância institucional, respeito e admiração junto à sociedade, ao mesmo tempo em que a profissão e as práticas de ensino e pesquisa no campo das ciências econômicas se firmaram no Brasil. O sistema COFECON/CORECON e, em especial, o CORECON-MG muito trabalharam para o desenvolvimento do número e qualidade dos cursos e programas de pós-graduação em economia no país. Um desafio que permanece para todos nós que militamos profissionalmente na área é o de sedimentar, de forma aprofundada, o compromisso inapelável das ciências econômicas com as transformações e a construção de uma sociedade mais justa e soberana. O CORECON-MG será, com certeza, um dos protagonistas desse processo.” Roberto do Nascimento Rodrigues, presidente da Fundação João Pinheiro “ O Corecon-MG sempre contribuiu para fortalecer a profissão dos economistas, tanto por meio de debates democráticos sobre politica macroeconômica ou em defesa da democracia quanto pelos prêmios, palestras e encontros realizados envolvendo os economistas mineiros. O SINDECON-MG sempre esteve junto ou próximo do Conselho na defesa dos interesses da categoria e nos grandes debates democráticos e macroeconômicos. Nosso diálogo e respeito aos espaços e atribuições complementares dessas instituições garantem esse caminhar em busca do fortalecimento da categoria e dos profissionais do campo das Ciências Econômicas. Parabéns aos economistas e aos 50 anos de história e compromisso do Corecon-MG.” João Santiago Neto, presidente do Sindecon-MG “ São 50 anos trabalhando e zelando pela garantia e o cumprimento ético de um setor importante para a sociedade. A todos os profissionais economistas o meu reconhecimento, o meu respeito, a minha admiração. Parabéns a vocês que estão sempre atentos, preparados para mudanças, empenhados no desenvolvimento e crescimento econômico e social do país”. José Donaldo Bittencourt Júnior, presidente da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg) AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015 15 Comemoração Dada a largada Atividades especiais realizadas de junho de 2015 a junho de 2016 irão contemplar as comemorações dos 50 anos O Corecon-MG instituiu o período de junho de 2015 a junho de 2016 como o tempo de comemorações de seu cinquentenário, com uma série de atividades celebrativas. A primeira delas ocorreu em 22 de junho, numa reunião especial na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). A homenagem foi uma indicação dos vereadores Sérgio Fernando de Pinho Tavares (PV) e Gilson Reis (PCdoB). No plenário Amynthas de Barros, o Corecon-MG teve a honra de contar com convidados muito especais, entre eles o seu primeiro presidente, Admardo Terra Caldeira, além de economistas registrados, autoridades e representantes de outras entidades de classe. FOTOS ARQUIVO coRECON-MG Homenagem na Câmara Municipal marcou o início das comemorações dos 50 anos Série de debates Entre os muitos motivos para comemorar os 50 anos está a tradição do Conselho como fomentador do debate sobre as questões econômicas e sociais do país, vertente presente em sua história e na essência do profissional da área. Por isso, será lançado o “Economia Convida”, uma série de diálogos temáticos, que acontecerá nesse segundo semestre e no primeiro de 2016. A série contará com nove palestras, nas quais se dará uma discussão entre a economia e outras áreas do conhecimento –sociologia, psicologia, história, matemática, comunicação, demografia, geografia. Ao estimular o debate amplo e transdiciplinar, o “Economia Convida” reforça o papel do Corecon-MG como elo entre o economista e a sociedade. O evento tem como parcerio o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Prestigiado, o evento contou também com a presença dos ex-presidentes Admardo Terra Caldeira, Mário Guimarães Nunes Pinto e Luiz Ciríaco Gonçalves Nova cara A celebração do cinquentenário ganhou identidade visual especial, que pode ser vista em todas as publicações, divulgações e eventos do Corecon-MG. No logotipo, como continuidade ao mapa do Brasil, o número 50 surge marcando o meio século de vida e a cor vinho aquece e simboliza a maturidade da entidade. A aplicação dessa nova marca foi também incorporada ao site, redes sociais, e correspondências expedidas pelo Conselho. AGENDA ECONÔMICA Presidente: Antônio de Pádua Ubirajara e Silva | Vicepresidente: Pedro Paulo Moreira Pettersen | Conselheiros efetivos: Cláudio Gontijo, Lourival Batista de Oliveira Júnior, Frederico Gonzaga Jayme Junior, Silvania Maria Carvalho de Araujo, Luiz Claudio Portela Ferreira, Daniela Almeida Raposo Torres, Leonardo Pontes Guerra | Conselheiros suplentes: Marcio Lana da Silva, Renato Vale Santos, Tania Cristina Teixeira, Raimundo de Sousa Leal Filho, Carlos Anibal Nogueira Costa, Moisés Machado | Delegado eleitor efetivo: Roridan Penido Duarte | Delegado eleitor suplente: Lourival Batista de Oliveira Júnior 16 AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015 CONSELHO EDITORIAL: Antônio de Pádua Galvão, Daniela Almeida Raposo Torres, Leonardo Pontes Guerra e Lourival Batista de Oliveira Júnior PRODUÇÃO EDITORIAL E GRÁFICA: Outono Comunicação Estratégica Ltda. Redação e edição: Maria Carmen Lopes Assistente de edição: Roselena Nicolau Diagramação: Esdras Diniz CORRESPONDÊNCIA: Rua Paraíba, nº 777 – Funcionários | CEP: 30130-140 – Belo Horizonte – MG Tel.: (31) 3261-8127 | [email protected] | www.portaldoeconomista.org.br Órgão Informativo do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais