AGENDA
ECONÔMICA
ANO XII Nº 134 – setembro DE 2015
Presença ativa, mais do que nunca
N
de agora é uma grande oportunidade para
reafirmar a importância da profissão e da
entidade. É preciso relembrar nossa história
de luta pela valorização do economista que,
não poderia deixar de ser, está no foco da re-
alidade contemporânea. Conheça a história
do Conselho, que sempre se posicionou com
voz ativa e qualificada no debate dos problemas econômicos, avança com coragem para
o futuro. • (Páginas 03 a 06)
FOTOS ARQUIVO coRECON-MG
o mesmo ano em que o país atravessa um momento político-econômico sem precedentes, o Corecon-MG comemora 50 anos. A coincidência
não é de todo ruim. Crises são cíclicas e a
Em 50 anos, o Corecon-MG nunca perdeu de vista o seu foco: atuar firmemente em favor da profissão de economista
Bem próximo do profissional
C
onstantes
iniciativas de
aproximação
do Conselho com o registrado demonstram
a determinação da entidade de servir ao profissional e ajudá-lo a enfrentar os seus desafios.
O Corecon-MG é uma
ponte para o diálogo
com a sociedade e outras
áreas do conhecimento,
numa troca que tem
muito a favorecer o economista que pretende
crescer e se aperfeiçoar.
• (Páginas 10 a 13)
O Corecon-MG interage com a sociedade por meio
de ações com os segmentos empresarial, acadêmico, social e, especialmente, com os registrados
Reconhecimento
U
ma das formas de se medir
o resultado do trabalho
do Corecon é constatar
a presença de muitos economistas notórios em Minas e no Brasil,
cujas trajetórias se entrelaçam com
a da entidade. Receber o reconhecimento externo, que traduz o forte vínculo criado por sua atuação
como incentivador e propositor de
debates de importância nacional,
também são sinais de que todo o
esforço e dedicação ao longo de
cinco décadas têm valido a pena.
Conheça depoimentos de muitos
que estão e estiveram ao lado do
Corecon em diferentes momentos
• (Páginas 14 e 15)
editorial
Economia no foco das atenções
A
o completar 50 anos, o Corecon-MG tem muito a comemorar. Não se trata de
retórica. A história da entidade revela
seu protagonismo nas iniciativas pelo
fortalecimento da profissão de economista, associado à determinação de ser
uma voz efetiva no debate sobre o rumo
da economia nacional e do Estado, em
busca da justiça social.
É essa trajetória, permeada por constantes desafios que refletem a dinâmica
do nosso fazer e da vida dos brasileiros,
que nos garante que já realizamos muito ao longo de todo esse tempo. Mas,
principalmente, nos ensina que temos
ainda mais a colaborar para o desenvolvimento econômico do país, incentivando uma discussão competente e franca
que interessa a toda a nação.
Representantes de uma categoria profissional que somos, temos que encarar
com sabedoria as evidentes mudanças
que ocorrem no exercício do economista, em especial numa época em que as
transformações se dão de forma acelerada, às vezes até mesmo nublando as
reflexões feitas no calor do momento.
No que diz respeito ao registro profissional – atribuição primeira de nossa entidade – o Corecon-MG, assim como seus
correlatos, está diante de uma significativa queda nos números. Os motivos são
variados, destacando-se a concorrência
natural de outras profissões, imbuídas de
uma formação mais flexível, a crescente
tendência à desregulamentação do mercado de trabalho e, principalmente, a falta
de investimento, tanto de governos quanto de empresas, no planejamento de suas
ações, nas quais certamente os economistas teriam muito a contribuir.
Só esse item de competência de nossa
entidade demonstra claramente a missão
árdua que nos impulsiona e que necessita de diferentes medidas. Estamos empenhados na disseminação da discussão sobre a reforma nos currículos dos cursos de
Economia, criando novas possibilidades
de atuação profissional. Nesse espectro,
também é preciso que se alterem leis e
normas que permitam, por exemplo, abrigar em nosso Conselho profissionais de
outros campos da graduação, como os de
Finanças, Relações Internacionais e pósgraduandos em áreas afins.
Determinados a fazer parte do dia
a dia do economista, o Corecon-MG
trabalha permanentemente na aproximação da entidade com o profissional.
Nossa visão de inclusão extrapola em
muito o registro profissional e a fiscalização da profissão, como não poderia
deixar de ser. Batalhamos pelo aprimoramento nas carreiras, oferecendo cursos, palestras e seminários. Divulgamos
oportunidades em nossos canais de
comunicação e, acima de tudo, lutamos
por mudanças importantes na legislação
para que favoreçam a todos os profissionais economistas.
Nossa história aguerrida em benefício
do economista, sem jamais esquecer
nosso dever para com a sociedade, nos
motiva ainda mais a enfatizar o papel que
temos como agentes de transformação.
A realidade escancara a importância dos
economistas no cotidiano de bilhões de
pessoas, pois não há mais quem possa
duvidar que os processos de desenvolvimento dos países, em qualquer escala,
estão largamente determinados pelas
escolhas de preceitos econômicos.
Nesse sentido, os economistas vivem o
que muitos chamam de momento ímpar.
A economia está no foco das atenções
no Brasil e de todo mundo. Dúvidas,
questionamentos, incertezas invocam o
debate que, por fim, pode determinar a
sobrevivência do planeta. E esse debate
não pode nos assustar. É uma preciosa
oportunidade para clarearmos ainda
mais nossa presença pública, enquanto
profissionais e entidade. Temos que fortalecer nossa posição como porta-voz
qualificado de saberes econômicos, de
formuladores de políticas públicas que
abarcam uma visão firme e coerente em
benefício das populações, em especial
das mais carentes e sofridas.
Conselho Editorial
Notícias
2
A vez do voto eletrônico
Organizar para informar melhor
O Corecon-MG está se preparando para ter, pela
primeira vez, o voto eletrônico em seu processo eleitoral, que acontecerá em 29 e 30 de outubro de 2015.
A medida foi regulamentada pelo Conselho Federal
de Economia (Cofecon), em 2014, para dar à eleições
mais segurança, acessibilidade, transparência e modernidade. O pleito pelo web voto será adotado por
21 dos 27 conselhos regionais do Brasil.
A entidade já encaminhou para os registrados um
vídeo sobre o funcionamento do processo eleitoral
eletrônico e disponibilizou, no seu site: (www.portaldoeconomista.org.br), a lista do Colégio Eleitoral
Provisório. Para votar é preciso estar em dia com as
obrigações perante o Conselho, o que inclui o cadastro atualizado e anuidades pagas. A lista definitiva
será divulgada antes das eleições.
Atividades aparentemente simples, como armazenar e arquivar documentos no dia a dia, podem ocupar mais tempo do que se imagina e gerar desgastes quando se quer encontrar rapidamente uma informação.
Pensando nisso, o Corecon-MG está informatizando seus procedimentos por meio do Dataflow, um gerenciador para organizar e monitorar
o armazenamento e tráfego de documentos e arquivos. O processo que
se iniciou pelo núcleo de Registro chegará, paulatinamente, em todas
as outras atividades do Conselho.
Esta forma de armazenar informações por procedimentos informatizados
significa, na prática, padronizar métodos de arquivamento, melhorar o sistema de identificação dos economistas registrados, assegurar a integridade
dos documentos e organizar melhor o arquivamento, eliminando com mais
segurança os papeis expirados ou desnecessários, entre diversas outras
funcionalidades. “Com essa prática, é possível agilizar todo o processo do
Corecon-MG, que oferecerá um serviço mais completo e de qualidade para
o registrado”, explica o presidente,Antônio de Pádua Ubirajara e Silva.
AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015
Corecon 50 anos
Contestações e luta por mudanças marcam
trajetória dos economistas mineiros
Tendência ao questionamento e à reflexão sobre os rumos do desenvolvimento
do país se consolidou como uma característica da profissão
FOTOS ARQUIVO coRECON-MG
Variados encontros e discussões reuniram economistas em torno de importantes questões político-econômicas
N
os idos dos anos 1940 e
1950, quando se valorizava no Brasil o Direito
e a Medicina como as profissões
importantes, ser economista era o
desejo de uma minoria que buscava uma formação intelectual que
a capacitasse a intervir nos rumos
da crescente complexidade da vida
econômica nacional. A efervescência
do pensamento desenvolvimentista
que pairava no país nesta época é
apontada como decisiva na definição dessa nova atividade profissional e de seu campo de atuação.
Ser economista era fazer parte da
elite que se preparava para intervir
nos rumos do desenvolvimento do
Brasil e na consequente superação
de uma situação de dependência
econômica herdada pela formação
histórica do país. O desenrolar dos
anos mostrou como esta tendência
se consolidou e como a profissão e a
reflexão econômica ganharam força
na sociedade. Durante esses 50 anos,
o Conselho Regional de Economia
de Minas Gerais (Corecon-MG) foi
presença viva no cenário do Estado
e do país. “É interessante associar
a trajetória do Corecon à história
do Brasil, porque o Conselho sempre foi um ator intenso e atuante.
Sempre reuniu diferentes vertentes
de pensamento, sem nunca fugir ao
debate”, destaca o atual presidente,
Antônio de Pádua Ubirajara e Silva.
Hoje, o Corecon-MG continua
interagindo com a sociedade, sobretudo com o empresariado, com
a comunidade acadêmica e com os
movimentos sociais. Seu maior objetivo é a constante aproximação
com seus quase quatro mil registrados e também com os profissionais
em formação, promovendo uma série de atividades para o crescimento
e valorização da profissão.
Nascido de uma inquietação
Até a década de 1940, a profissão de economista não era regulamentada no Brasil – o que aconte-
ceu em 13 de agosto de 1951 – e
o curso que mais se aproximava da
atual Ciências Econômicas era o de
Ciências Atuariais.
O fato de se formarem em uma
profissão praticamente desconhecida entre o final da década de
1950 e início dos anos 1960, inquietou um grupo de jovens estudantes de economia e economistas recém-formados. Ansiosos por
participarem e intervirem mais
efetivamente nos destinos da
economia brasileira, esse grupo
se mobilizou para constituir uma
agremiação de caráter civil, que
pudesse funcionar como um espaço de discussão, troca de ideias e
experiências profissionais.
Em reuniões semanais, inicialmente de maneira informal na república onde estes jovens economistas residiam, e posteriormente
em uma pequena sala no Edifício
Codó, no Centro de Belo Horizonte, os participantes se convenciam
de que se fazia necessário mostrar
AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015
3
Corecon 50 anos
à sociedade que a profissão era
tanto nova quanto fundamental
para o país.
Mais e mais interessados, incluindo futuros economistas a
partir do terceiro ano de faculdade, foram se juntando ao grupo
e participando das atividades que
incluíam conferências, discussões
de textos e temas econômicos,
troca de opinião e até mesmo
atividades recreativas. Estes encontros, iniciados em 1959, acabaram por formalizar a Sociedade
de Economistas de Minas Gerais
(Semg), em 1961, que já nasceu
com a expressiva composição de
152 idealistas e entusiasmados
sócios. Seu primeiro presidente
foi Admardo Terra Caldeira.
Independência
Para obter o registro, os economistas de Minas Gerais, Espírito
Santo e Distrito Federal tiveram,
por um bom tempo, que enviar a
documentação para o Rio de Janeiro (RJ), onde funcionava, desde
1952, a primeira região do Conselho Federal de Economia (Cofecon).
Para facilitar o acesso à carteira de
economista registrado e também
como um estímulo aos recém-formados, o grupo que havia criado
o Semg pediu a instalação de uma
delegacia do Conselho Federal em
Minas Gerais. Visavam, além da
ampliação de canais de representação, a difusão e o fortalecimento
da nova profissão no Estado.
A conquista aconteceu quando,
por meio da Resolução 145, em
11 de junho de 1965, foi criado o
Conselho Regional de Economistas Profissionais em Minas Gerais.
A regional mineira, tornou-se, assim, a décima região do Conselho
Entidade Em Ação
Dotados de personalidade jurídica de direito público, os diversos conselhos regionais são entidades de fiscalização e regulamentação da profissão de economista, subordinados ao Conselho
Federal de Economia (Cofecon).
O Corecon-MG leva a sério esta sua essência e trabalha arduamente para saber onde estão e como atuam os
economistas formados no Estado. O registro na entidade e a manutenção da anuidade em dia são obrigatórios
para aqueles que exercem a profissão regularmente. Caso contrário, os profissionais são passíveis de penalidades
previstas em lei. O Conselho também atua na defesa da profissão fiscalizando e tomando providência contra o
seu exercício ilegal.
Por suas raízes fincadas no debate, discussões e diálogo com a sociedade, o Corecon-MG sempre se ocupou com
a formação de seus registrados, mantendo atividades efetivas de treinamento e reciclagem, que variam conforme
a demanda dos economistas. Cursos sobre temas diversos, como perícia judicial, reciclagem em economia, matemática comercial e financeira, contratos e licitações, permanecem no leque de serviços oferecido aos registrados.
Paralela à atuação do Conselho existem delegacias regionais, aprovadas por meio de resoluções do Plenário de conselheiros da entidade. Atualmente estão em atividade dez delegacias nos municípios de Uberaba,
Uberlândia, Poços de Caldas, Governador Valadares, Viçosa, São João del Rei, Juiz de Fora, Montes Claros,
Itaúna e Itajubá - a primeira, criada, em 1973. Seu papel é basicamente facilitar o acesso dos interessados
em obter o registro profissional, recebendo os documentos dos economistas e auxiliando o Corecon-MG
na fiscalização e difusão da importância do registro.
Para o cumprimento de sua função de fiscalizar a profissão, o Corecon possui o Plenário, um órgão
deliberativo formado por, no mínimo, nove conselheiros e a Presidência, que também compõe o órgão
executivo, ao qual se subordinam os serviços administrativos.
Por meio de sessões plenárias mensais, esse grupo de conselheiros julga pedidos de registros, delibera
sobre a estrutura organizacional da entidade, incluindo desde a definição orçamentária à fixação de
salários e gratificações dos funcionários.
São também os conselheiros quem apreciam e julgam todos os processos em tramitação na entidade, para deliberar sobre inúmeras solicitações dos registrados. Cabe ainda ao Plenário a palavra final
nos conflitos que ferem o Código de Ética Profissional, instrumento aprovado em 1968. Com poderes
concedidos pelo regimento, os conselheiros podem aplicar penalidades de acordo com a gravidade e
natureza de casos de falta de ética cometidos pelo registrado, sendo o mais grave o cancelamento do
registro profissional.
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AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015
Federal e ganhou regimento interno em 1970. O documento tratava
das definições de suas atividades,
atribuições e tarefas de todos os
seus componentes, determinações
administrativas e funcionamento
de seus departamentos.
Com o fértil e intenso debate
sobre as alternativas econômicas
para o desenvolvimento do Brasil
na primeira metade da década de
1960, a categoria profissional dos
economistas aumentava em número e em reconhecimento, conforme
aperfeiçoava seu nível de organização. Com isso, a primeira experiência associativa da Semg impulsionou os economistas a criarem
a Associação dos Economistas de
Minas Gerais, em 1965, que dois
anos mais tarde passou a se chamar Sindicato dos Economistas de
Minas Gerais (Sindecon).
Tradição do debate
Inquietações com cenários econômicos adversos motivaram economistas mineiros a
terem um posicionamento reivindicatório perante diversos governos e a sociedade
O hábito do debate e da reflexão,
uma constante entre os economistas, permeou diversas atividades
promovidas pelo Corecon-MG,
como o primeiro simpósio em nível
nacional, realizado pouco depois
de sua fundação. O terceiro Simpósio dos Conselhos Regionais de
Economistas Profissionais (III Sincrep), ocorreu em Belo Horizonte
(MG) entre 17 e 19 de de abril de
1972 e marcou história.
Centenas de economistas de todo
o país se reuniram na Faculdade
de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG) para discutir três blocos de
assuntos, que tratavam de questões
profissionais, do desenvolvimento
econômico do Brasil e da realidade
empresarial da época. Como passariam a ser reconhecidas a partir dali,
estas discussões da classe de profissionais de economia resultariam
em algum documento público. Este
simpósio, de modo particular, gerou
a recomendação para implementar
um fundo especial para a pequena
e média empresa.
O III Sincrep teve como patrono o
então ministro do Planejamento, João
Paulo dos Reis Velloso e foi aberto
pelo governador de Minas Gerais na
época, Rondon Pacheco. Prestigiados
economistas também estiveram preAGENDA ECONÔMICA | setembro 2015
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Corecon 50 anos
Casa do
Economista:
anos dourados
Desde os primeiros tempos, as entidades Semg, Corecon-MG e Sindecon
estiveram próximas, dividindo o mesmo
endereço, inclusive. O primeiro deles, por
mais de uma década, foi na rua Carijós,
141, no Centro de Belo Horizonte e, a
partir do final da década de 1970, na
rua Paraíba, 777, no bairro Funcionários, onde até hoje funciona a sede do
Corecon-MG.
Espaço de acolhimento ao debate e de encontros produtivos, a Casa do
Economista foi testemunha da efervescência da profissão nos anos 1980
sentes: Marcos Vianna (presidente do
BNDE); Fernando Roquette Reis (secretário da Fazenda de Minas Gerais),
Henry Guitton (economista francês) e
Reinaldo Gonçalves (presidente do
Corecon-RJ).
Juntamente com as entidades
“irmãs” Semg e Sindecon, um outro exemplo foi o I Congresso dos
Economistas de Minas Gerais, em
1983, que gerou a “Carta de Belo
Horizonte”, documento que apresenta a inquietação dos economistas em relação à crise econômica e
social em que o país vivia.
Alguns anos depois, em 1987,
em mais um evento promovido
pela Casa do Economista (veja no
box “Casa do Economista: anos
dourados”), o VII Congresso Brasileiro de Economistas reuniu em
torno de dois mil profissionais, de
todo o país. No auditório do Minascentro, eles tratavam de um novo
modelo de desenvolvimento nacional, com temas sobre a nova ordem
internacional, a rearticulação de
mecanismos de financiamento, o
momento sindical e a Constituinte,
entre outros.
O encontro gerou a “Carta de
Minas”, com conteúdo crítico
acentuado no que diz respeito às
ações governamentais no campo
da politica econômica. Nele, participantes do Congresso externavam
preocupação com os rumos do desenvolvimento nacional.
Ação unificada, capitaneada pela
Semg, que rendeu muita repercussão positiva à Casa do Economista
foi o Projeto Segunda, Seis e Meia.
O objetivo era promover debates regulares, às segundas-feiras,
sobre temas relativos à política
econômica mineira e nacional. Os
debatedores eram personalidades
de universidades, órgãos públicos
ou instituições privadas nacionais.
Figuraram nestes encontros nomes
como Virgílio Guimarães, Paul Singer, Maria da Conceição Tavares,
Villas Boas Correa, René Dreifuss,
somente para citar alguns.
Fonte dos dados históricos: “Casa do Economista de Minas Gerais: a construção de uma identidade de classe”, documento elaborado por Thaís Velloso
Cougo Pimentel e Érika de Faria Reis, em convênio realizado entre Corecon-MG,
Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep) e Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG), em meados da década de 1990.
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AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015
A aquisição do imóvel foi comemorada duas vezes: na ocasião da compra,
em 1979, com a presença do então presidente do Cofecon, Jamil Zantut, e quase cinco anos depois, com a conclusão
da reforma das novas instalações. Em 26
de abril de 1984, o debate “Brasil, pós
25 de abril”, teve como expositor Bernardo Kucinsky e marcou oficialmente
a abertura da Casa do Economista, um
local que funcionou por longos anos
como referência maior dos profissionais
da área, em Minas Gerais.
Apesar das diferenças de origem e
suas trajetórias diversas, as entidades
funcionaram de maneira cooperativa
no que diz respeito à rotina administrativa da casa, assim como no âmbito externo. Segundo o documento “Casa do
Economista de Minas Gerais: a construção de uma identidade de classe”,
havia uma “posição hegemônica nas
entidades da categoria naqueles anos,
refletida nos encontros e congressos.
Os economistas se posicionam de uma
maneira crítica e contundente contra o
estado de coisas em nosso país e clamam por mudanças urgentes.”
Uma outra iniciativa, que marcou época no endereço do bairro Funcionários,
foi o Bar do Economista. Sua existência,
no terraço do terceiro andar do prédio da
rua Paraíba, refletia a efervescência da
década de 1980, nos chamados “anos
dourados” da profissão.
Naqueles anos se difundiu e se ampliou o mercado de trabalho para o profissional. O Corecon-MG contava com
5.701 registrados. Arrendado, para
ocupar um espaço ocioso, mais do que
gerar receita para as entidades, o bar
era um local de convivência.
estrutura
Núcleos a serviço dos registrados
SECRETARIA
Responsável pelo recebimento das chamadas telefônicas, pelo protocolo geral, avaliação e distribuição das correspondências. É porta
de entrada para os economistas que necessitam de atendimento
em outros núcleos. Presta assistência direta à Gerência Executiva e
Presidência e atua como elo entre o Cofecon e o Corecon-MG.
COBRANÇA E FINANCEIRO
Lida com a entrada e administração dos recursos do Corecon-MG e tem como função principal realizar pagamentos. Atua junto à Fiscalização e ao Jurídico, intermediando acordos de parcelamentos de
débitos, lavrando certidões de encerramento de processos, entre outras atribuições. É peça importante
em campanhas de recuperação de crédito junto aos registrados.
COMPRAS E
LICITAÇÕES
JURÍDICO
Realiza aquisições habituais para
manutenção do Corecon, entre as quais
materiais e serviços, instalações e reparos,
assim como as solicitações de convênios
e gestão dos contratos de prestação de
serviços. Executa as compras mediante
aprovação da Gerência Executiva. Uma
atribuição de extrema importância deste
núcleo é a disponibilização de informações no site sobre todas as compras
realizadas pelo Conselho.
Um voo panorâmico sobre todas as atividades do Corecon-MG é o que bem define
este núcleo. Área de apoio e de consultas,
é essencial por contribuir com o Conselho
em sua atividade-fim, que é o registro e a
fiscalização da profissão de economista.
GERÊNCIA EXECUTIVA
Supervisiona, acompanha e orienta todo o fluxo da estrutura administrativa e elabora
orçamentos e planos de trabalho.Tem como um dos focos a busca de convênios, cursos de especialização profissional, debates e eventos que possam agregar valor ao
relacionamento do Corecon-MG com seus registrados. Apoio a todas as demandas
da Presidência e do Plenário, entre as quais organização de documentação, acompanhamento de processo eleitoral, intermediação de contatos institucionais e outros.
REGISTRO
Fiscalização
Onde começa e termina o ciclo de um economista
registrado. Expede as carteiras dos economistas,
presta atendimento local, por telefone, e-mail e por
envio de correspondência. É o núcleo que abriga toda
a base de dados dos registrados do Corecon-MG.
Fiscaliza o cumprimento
da Lei 1411/1951 para
garantir o exercício da
profissão de forma
regulamentada. Orienta
empresas, órgãos púbicos
e gestores de concurso
sobre a obrigatoriedade
do registro profissional .
Também é responsável
por cobrar o pagamento
da anuidade.
PLENÁRIO
Órgão deliberativo formado por nove conselheiros e a Presidência. Por meio de
sessões plenárias mensais, o grupo delibera sobre a estrutura organizacional do
Corecon, aprecia e julga todos os processos em tramitação na entidade.Tem a
palavra final nos conflitos que ferem o Código de Ética Profissional e poderes
para aplicar penalidades de acordo com a gravidade e natureza dos casos.
AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015
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Corecon 50 anos
Galeria de
presidentes
1965 | 1968
Admardo Terra Caldeira
1971
Gildásio Esteves Guedes
1976 | 1977
Edson Ferreira de Medeiros
1983 | 1984
Flavio Antonio Reis do Valle
8
AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015
1969
Luiz Ciríaco Gonçalves
1972
Mário Guimarães Nunes Pinto
1978 | 1980
Mário Guimarães Nunes Pinto
1985 | 1986
Godofredo José Caldeira Reis
O Corecon-MG homenageia os
economistas que se dedicaram
à entidade, nas mais diferentes
fases. Ao trabalho de cada um
deles podem ser creditadas
contribuições valiosas para
que o Conselho chegasse ao
cinquentenário.
1969 | 1970
Ivar Vieira Campos
1973 | 1975
Eduardo Chiari
1981 | 1982
João Assunção Costa
1987 | 1988
Ronaldo Lamounier Locatelli
1989
Paulo Eduardo Rocha Brant
1990
Rosália Souza Toscano
1991 | 1992
Fernando Damata Pimentel
1995 | 1996
1993 | 1994
Mauro Santos Ferreira
1998 | 1999
2000 | 2001
Maria Regina Nabuco Brandão
2002 | 2003
2001
José Roberto L. Santos
2004 | 2005
2006 | 2007
Ofir Viana Filho
2008 | 2009
2010
Flávio Antônio Reis do Valle
Jersone Tasso Moreira Silva
2012 | 2013
Cláudio Gontijo
Jafete Abrahão
Júlio Ribeiro Pires
Marco Aurélio Loureiro
Wilson Benício Siqueira
1997
Gustavo Adolfo de Castro
Vasconcellos
2011
Cândido Luiz L. Fernandes
2014 | 2015
Antônio de Pádua Ubirajara e Silva
AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015
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Corecon 50 anos
Atuação efetiva e
abertura ao diálogo
Corecon-MG se mantém atento à necessidade de incluir, cada
vez mais, as questões econômicas no debate com a sociedade
A
berto ao diálogo e ao debate com a sociedade, o
Corecon-MG se aproxima
permanentemente de seu público, interagindo com os segmentos empresariais, entidades de classe, comunidade acadêmica, movimentos sociais
e, especialmente, com os registrados.
A sede, no bairro Funcionários, em
Belo Horizonte, se mantém de portas
abertas, realizando eventos próprios
e de terceiros – como cursos com aplicações práticas no dia a dia do profissional –, estimulando o crescimento e
fortalecimento da categoria.
Com essa determinação, a entidade criou a “Sexta Econômica”, uma
série de palestras, que acontece na
última sexta-feira do mês, sobre
temas da pauta diária da agenda
econômica nacional, como o papel e a importância da Petrobras,
a terceirização, a dívida pública, a
nova configuração do PIB e o Fundo
Soberano do Brasil. O evento reúne
palestrantes com muito conhecimento no tema, atraindo cada vez
mais economistas e público em geral, interessados em uma discussão
séria e produtiva.
A aproximação do Conselho com
os profissionais da área ocorre
também pelo trabalho da equipe
da entidade, atenta às necessidades e interesses dos registrados.
As iniciativas são divulgadas nos
meios eletrônicos, como e-mail
marketing, site e nas redes sociais.
Tal divulgação repercute positivamente nas mais diferentes iniciativas do Conselho, como as recentes
ações de recuperação de crédito,
com descontos para quem precisava quitar anuidades em atraso, as
oportunidades profissionais, cursos, palestras, convênios, benefícios
e deliberações da entidade.
10
AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015
FOTOS ARQUIVO coRECON-MG
A Sexta Econômica tem atraído cada vez mais participantes para um debate
sério e profundo sobre questões atuais da economia que inquietam a sociedade
Entidade se esforça para motivar e conquistar futuros profissionais, promovendo premiações de reconhecimento a novos talentos
Futuros registrados
Aos estudantes, futuros profissionais, o Corecon-MG reserva
uma atenção especial, promovendo ações de enriquecimento intelectual. Desde 1988 é parceiro
do Banco de Desenvolvimento de
Minas Gerais (BDMG) e da Associação dos Economistas de Minas
Gerais (Assemg) para o Prêmio
Minas de Economia, que revela jovens talentos a cada ano. A partir
do julgamento de monografias de
conclusão de curso, a premiação é
um estímulo ao estudo e à investigação de importantes abordagens
para a economia.
Os profissionais do interior do Estado têm se destacado nessa disputa e foram os vencedores da edição
de 2014, com trabalhos premiados
por estudantes de São João del Rei,
Juiz de Fora e Montes Claros.
Da mesma forma, o Corecon-MG
realiza, há sete anos, a Gincana
Mineira de Economia, uma competição para testar o conhecimento
dos futuros profissionais, aberta
aos matriculados nos cursos de
Economia em todo o Estado. Nesta
competição eletrônica, elaborada
pelo professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Sandroni,
os concorrentes formam duplas
que se desdobram, em dois dias de
disputa, para acertar questões desafiadoras de temas atuais da economia brasileira e internacional.
Em 2015 a Universidade Federal
de Viçosa (UFV), a Universidade
Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a
AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015
11
Corecon 50 anos
Faculdade de Ciências Aplicadas
do Sul de Minas (Facesm) foram
as campeãs da Gincana Mineira de Economia. A dupla primeira
colocada foi Henrique Hott e Bruno Hipólito, da (UFV) e levou R$ 2
mil; a vice-campeã, Jônatas Papi e
Caroeny Raianne, da Facesm, recebeu 1,4 mil, e a terceira colocada,
Larissa Gonçalves e Laís Rodrigues,
da UFJF, R$ 800. Os ganhadores representaram Minas Gerais na etapa
nacional em Curitiba (PR), realizada
pelo Conselho Federal de Economia
(Cofecon), de 9 a 11 de setembro.
Ainda investindo no futuro do jovem economista, o Corecon-MG foi
o anfitrião, em dezembro de 2014,
do IV Encontro de Economistas do
Sudeste (Enesud) e trouxe para Minas Gerais o debate mundial sobre
o ensino e a atualização dos currículos de economia.
Na sede do BDMG, em Belo Horizonte, o público assistiu a palestras
instigantes, como a do então ministro do Desenvolvimento, Mauro Borges, do embaixador Samuel Pinheiro
e do professor da Bristol Business
School, Andrew Mearman, que defende mundialmente o ensino de um
novo pensamento econômico.
Preocupação antiga, o movimento de repensar o ensino de economia nas universidades tem se
multiplicado ao redor do planeta.
A ideia ganhou maior foco desde a
crise financeira mundial de 2008,
que expôs a necessidade de tratar a
ciência econômica como parte importante das ciências sociais, não
se restringindo à concepção de ciência exata, na qual predominam
modelos matemáticos e técnicos.
Segundo o presidente do Corecon-MG,
Antônio de Pádua Ubirajara e Silva, a
entidade vem indicando a necessidade de uma readequação dos currículos para que os futuros profissionais
tenham um olhar mais condizente com
a realidade do mundo atual. “Os currículos têm função técnica importante,
mas a profissão é muito mais ampla. O
jovem que se forma em economia deve
estar em sintonia com as mudanças da
sociedade e o Conselho se preocupa
com esta situação”, reflete.
Para o Corecon-MG, a inclusão
de uma abordagem mais pluralista
nos cursos de economia ajudará a
enriquecer o ensino e a pesquisa na
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AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015
Foto Padua
Para o presidente do Corecon-MG, Antônio de Pádua, a profissão de economista é muito
ampla e oferece oportunidades para as quais o jovem que se forma deve estar atento
O Corecon-MG sediou, em 2014, o Enesud e trouxe importantes nomes
para debater o novo modo de se pensar o ensino de economia no mundo
José luiz pederneiras
área, revigorando a disciplina e colocando a economia de volta à serviço
da sociedade. A entidade acredita
também que essa proposta atrairá
futuros profissionais, revertendo o
baixo crescimento das matrículas
nos cursos de formação.
Segundo o Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais
(Inep), enquanto o ensino superior
brasileiro aumentou 100% em número de matrículas em dez anos,
entre 2000 e 2010, os cursos de
economia cresceram apenas 8%.
Em Minas Gerais são 14 cursos,
com 6.600 alunos.
Guto Muniz
Economia criativa
grupo Galpão
Despertar o economista para novas possibilidades profissionais também
é função do Corecon, que aposta no segmento da economia criativa
No campo do mercado de trabalho, o Conselho aposta em possiblidades de atuação profissional que,
muitas vezes, os economistas não
percebem. É o caso da economia
criativa, nova frente de oportunidades capitaneada pelo setor cultural.
Esta bandeira é defendida pela atual
gestão do Corecon-MG, por entender que a ampla capacidade de geração de emprego e renda nesta área
é desproporcional ao contingente
de economistas especializados em
atender à crescente demanda.
“Em 2012, só a Lei Rouanet deixou de colocar no mercado R$ 200
milhões por falta de projetos, que
poderiam ter sido desenvolvidos
e viabilizados por economistas”,
destaca Antônio de Pádua. Nesse
cenário, as escolas de economia, segundo o presidente do Corecon-MG,
possuem fundamental papel de despertar interesse por este mercado
pouco convencional. ”O economista
pode se surpreender quando descobrir que tem muito a contribuir com
o setor cultural. As escolas precisam
estar atentas a essa possibilidade,
já que se trata de um mercado em
crescimento”, reforça.
É preocupação do Conselho conscientizar os economistas quanto à
contribuição a dar ao setor e às vantagens profissionais que podem obter. Tanto é que o tema foi abordado
no evento de posse do novo mandato do Corecon-MG para 2015, com
a envolvente palestra do economista
e vice-diretor da Fundação Armando
Álvares Penteado (Faap), Luiz Alberto Machado (foto ao lado).
AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015
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Felicitações
Reconhecimento
público
Autoridades que representam entidades de importantes setores
da economia prestam homenagem aos 50 anos do Corecon-MG
“
O Corecon-MG é um espaço democrático onde ideias e ideais sobre as mais diversas correntes econômicas sempre foram
amplamente debatidos. Como economista, tive a honra de presidir o nosso Conselho no início da década de 1990, momento
no qual o Brasil fazia uma travessia política e econômica cujos reflexos ainda reverberam na vida da população. Conheço, portanto,
esta Casa e sua missão de resguardar a livre circulação de pensamentos e fortalecer o nobre trabalho dos economistas. É, pois, com
grande alegria que parabenizo o Corecon-MG pelos 50 anos de atividades e renovo meus votos para que continue sendo um farol
sempre acesso, iluminando caminhos para Minas Gerais e para essa grande e bela nação chamada Brasil.”
Fernando Pimentel, governador do Estado de Minas Gerais
“
O Cofecon cumprimenta o Corecon-MG por ocasião do seu aniversário de 50 anos. Ao longo de meio século este Conselho
Regional tem sido um colaborador incansável na causa dos economistas, fornecendo excelentes conselheiros ao plenário do
Federal e trabalhando em estreita colaboração com as entidades que abriga em sua casa: o Sindicato e a Associação dos Economistas
de Minas Gerais. Destaque-se também o sucesso com que este Regional organizou, cada vez que lhe coube, os eventos do Sistema
Cofecon/Corecons, como a recente edição do SINCE, em 2012, realizado em Belo Horizonte.”
Paulo Dantas da Costa, presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon)
“
Em nome do BDMG, venho saudar o Corecon-MG), neste ano em que a instituição comemora 50 anos de atividades. Nesta
oportunidade, quero cumprimentar a diretoria do Conselho e todos os colegas e registrados, na pessoa de seu presidente, nosso
amigo e companheiro de jornada, Antônio de Pádua Ubirajara e Silva. Além de representar os economistas institucionalmente, o
Corecon-MG incentiva o debate em torno de caminhos para o desenvolvimento econômico e social do nosso Estado. Essas iniciativas
são alinhadas à filosofia do BDMG e, nesse sentido, materializam-se em projetos em parceria – como o Prêmio Minas de Economia
– e nos entusiasmam a desenvolver, conjuntamente, novas ações.”
Marco Crocco, presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG)
“
Congratulo o Corecon-MG por seus 50 anos. Trata-se de acontecimento digno de registro, especialmente pela atuação desta
entidade, pautada pela seriedade na defesa da profissão de economista. A relevância desta atividade sempre foi reconhecida,
mas se destaca especialmente nos dias de hoje, quando atravessamos um período de grandes dificuldades nessa área. O economista
tem, nesse contexto, um papel de extrema importância, particularmente por sua atuação junto ao meio empresarial, buscando
soluções eficazes para a gestão de negócios – o que, aproveito para mencionar, é também um dos papéis da ACMinas.”
Lindolfo Paoliello, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas)
“
São poucas as entidades que conseguem comemorar 50 anos de atuação. O Conselho Regional de Economia de Minas
Gerais chega a cinco décadas com a nobre missão de representar os economistas. Como empresário e secretário de Estado
de Desenvolvimento Econômico, posso garantir que o trabalho desse profissional é fundamental para encontrarmos caminhos
adequados de políticas públicas e privadas que promovam bons negócios e qualidade de vida para a população. Criar condições
para a capacitação e a empregabilidade dos economistas é o grande desafio para o nosso Corecon assumir com vigor pelas próximas
décadas.”
Altamir Rôso, Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais
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AGENDA ECONÔMICA | setembro 2015
“
São incontestes, várias e valorosas as contribuições dos economistas mineiros ao desenvolvimento econômico e social de Minas
Gerais desde que o nosso Conselho Regional de Economia foi fundado há 50 anos. É preciso resgatar o otimismo e recuperar
a nossa capacidade de ultrapassar problemas e entraves, como tão bem já o fizemos várias vezes no passado. Na qualidade de
presidente da ASSEMG — Associação dos Economistas de Minas Gerais, entidade-irmã e complementar às atividades do CORECONMG, que sempre compartilhou da expressão do pensamento econômico mineiro através da “Casa do Economista” quero expressar
as nossas congratulações a todos os seus dirigentes, atuais e anteriores, na convicção de que ainda vamos percorrer juntos
longos caminhos na busca do desenvolvimento econômico mineiro e brasileiro e que, com certeza, serão alcançados. Parabéns ao
CORECON-MG e a todos os economistas mineiros!”
Carlos Alberto Teixeira de Oliveira, presidente da Associação dos Economistas de Minas
Gerais (Assemg)
“
O Conselho Regional de Economia chega aos 50 anos em uma conjuntura de grandes dificuldades e desafios econômicos vividos
pelo nosso país. É neste cenário de incertezas e dúvidas que o Corecon ganha, mais uma vez, papel fundamental na discussão
e na busca de soluções para a retomada e a preservação de um novo ciclo de crescimento, que venha garantir as conquistas do
povo brasileiro. Parceiros de nossa cidade, parabenizo a diretoria e os conselheiros do Corecon pelos 50 anos de luta constante na
promoção do bem-estar social e econômico de todos os mineiros.”
Marcio Lacerda, prefeito de Belo Horizonte
“
A CDL/BH é testemunha do compromisso do Corecon MG com o desenvolvimento econômico de Minas Gerais. Sua atuação
para a fiscalização e modernização da categoria é incansável. Atuante nos principais debates econômicos, políticos e sociais,
contribui com a valorização da economia no Estado. No ano em que o Brasil passa por uma crise, a entidade comemora seus 50
anos e, ao mesmo tempo, se consolida como grande parceira da sociedade para que a economia nacional e estadual retomem seu
ritmo de crescimento.”
Bruno Falci, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH)
“
Devemos saudar o cinquentenário do CORECON-MG com grande satisfação. Nessas cinco décadas, a Casa dos Economistas
mineiros conquistou relevância institucional, respeito e admiração junto à sociedade, ao mesmo tempo em que a profissão
e as práticas de ensino e pesquisa no campo das ciências econômicas se firmaram no Brasil. O sistema COFECON/CORECON e,
em especial, o CORECON-MG muito trabalharam para o desenvolvimento do número e qualidade dos cursos e programas de
pós-graduação em economia no país. Um desafio que permanece para todos nós que militamos profissionalmente na área é o de
sedimentar, de forma aprofundada, o compromisso inapelável das ciências econômicas com as transformações e a construção de
uma sociedade mais justa e soberana. O CORECON-MG será, com certeza, um dos protagonistas desse processo.”
Roberto do Nascimento Rodrigues, presidente da Fundação João Pinheiro
“
O Corecon-MG sempre contribuiu para fortalecer a profissão dos economistas, tanto por meio de debates democráticos sobre
politica macroeconômica ou em defesa da democracia quanto pelos prêmios, palestras e encontros realizados envolvendo
os economistas mineiros. O SINDECON-MG sempre esteve junto ou próximo do Conselho na defesa dos interesses da categoria
e nos grandes debates democráticos e macroeconômicos. Nosso diálogo e respeito aos espaços e atribuições complementares
dessas instituições garantem esse caminhar em busca do fortalecimento da categoria e dos profissionais do campo das Ciências
Econômicas. Parabéns aos economistas e aos 50 anos de história e compromisso do Corecon-MG.”
João Santiago Neto, presidente do Sindecon-MG
“
São 50 anos trabalhando e zelando pela garantia e o cumprimento ético de um setor importante para a sociedade. A todos
os profissionais economistas o meu reconhecimento, o meu respeito, a minha admiração. Parabéns a vocês que estão sempre
atentos, preparados para mudanças, empenhados no desenvolvimento e crescimento econômico e social do país”.
José Donaldo Bittencourt Júnior, presidente da Junta Comercial do Estado de
Minas Gerais (Jucemg)
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Comemoração
Dada a largada
Atividades especiais realizadas de junho
de 2015 a junho de 2016 irão contemplar
as comemorações dos 50 anos
O
Corecon-MG instituiu o período de junho de 2015 a junho
de 2016 como o tempo de
comemorações de seu cinquentenário,
com uma série de atividades celebrativas. A primeira delas ocorreu em 22 de
junho, numa reunião especial na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH).
A homenagem foi uma indicação dos
vereadores Sérgio Fernando de Pinho
Tavares (PV) e Gilson Reis (PCdoB).
No plenário Amynthas de Barros, o Corecon-MG teve a honra de contar com
convidados muito especais, entre eles o
seu primeiro presidente, Admardo Terra
Caldeira, além de economistas registrados,
autoridades e representantes de outras entidades de classe.
FOTOS ARQUIVO coRECON-MG
Homenagem na Câmara Municipal marcou o início das comemorações dos 50 anos
Série de debates
Entre os muitos motivos para comemorar os 50 anos está a tradição do Conselho
como fomentador do debate sobre as questões econômicas e sociais do país, vertente
presente em sua história e na essência do
profissional da área. Por isso, será lançado
o “Economia Convida”, uma série de diálogos temáticos, que acontecerá nesse segundo semestre e no primeiro de 2016.
A série contará com nove palestras, nas
quais se dará uma discussão entre a economia e outras áreas do conhecimento –sociologia, psicologia, história, matemática,
comunicação, demografia, geografia.
Ao estimular o debate amplo e transdiciplinar, o “Economia Convida” reforça o
papel do Corecon-MG como elo entre o
economista e a sociedade. O evento tem
como parcerio o Banco de Desenvolvimento
de Minas Gerais (BDMG).
Prestigiado, o evento contou também com a presença dos ex-presidentes
Admardo Terra Caldeira, Mário Guimarães Nunes Pinto e Luiz Ciríaco Gonçalves
Nova cara
A celebração do cinquentenário ganhou identidade visual especial, que pode ser vista
em todas as publicações, divulgações e eventos do Corecon-MG. No logotipo, como continuidade ao mapa do Brasil, o número 50 surge marcando o meio século de vida e a cor
vinho aquece e simboliza a maturidade da entidade. A aplicação dessa nova marca foi
também incorporada ao site, redes sociais, e correspondências expedidas pelo Conselho.
AGENDA
ECONÔMICA
Presidente: Antônio de Pádua Ubirajara e Silva | Vicepresidente: Pedro Paulo Moreira Pettersen | Conselheiros
efetivos: Cláudio Gontijo, Lourival Batista de Oliveira Júnior,
Frederico Gonzaga Jayme Junior, Silvania Maria Carvalho
de Araujo, Luiz Claudio Portela Ferreira, Daniela Almeida
Raposo Torres, Leonardo Pontes Guerra | Conselheiros
suplentes: Marcio Lana da Silva, Renato Vale Santos,
Tania Cristina Teixeira, Raimundo de Sousa Leal Filho,
Carlos Anibal Nogueira Costa, Moisés Machado | Delegado
eleitor efetivo: Roridan Penido Duarte | Delegado eleitor
suplente: Lourival Batista de Oliveira Júnior
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CONSELHO EDITORIAL: Antônio de Pádua Galvão, Daniela Almeida Raposo Torres,
Leonardo Pontes Guerra e Lourival Batista de Oliveira Júnior
PRODUÇÃO EDITORIAL E GRÁFICA:
Outono Comunicação Estratégica Ltda.
Redação e edição: Maria Carmen Lopes
Assistente de edição: Roselena Nicolau
Diagramação: Esdras Diniz
CORRESPONDÊNCIA:
Rua Paraíba, nº 777 – Funcionários | CEP: 30130-140 – Belo Horizonte – MG
Tel.: (31) 3261-8127 | [email protected] | www.portaldoeconomista.org.br
Órgão Informativo do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais
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