TEORIA DO ESTABELECIMENTO DA IDENTIDADE DO EGO - Erikson ADOLESCÊNCIA Teoria do Desenvolvimento da Identidade de Erikson A Teoria do Desenvolvimento da Identidade , de Erikson, foi apresentada no livro “Infância e Sociedade” de 1950, para ele as motivações inconscientes são elementos fundamentais para o Desenvolvimento Humano da Personalidade, entretanto dá ênfase aos processos relacionais familiares, a socialização e a realidade histórica cultural na qual o ego infantil se desenvolve. Origem do Comportamento Humano: Adolescência Erik Erikson desenvolve seus trabalhos a partir das décadas de 40 e 50, quando afirma e amplia a Teoria do Desenvolvimento Psicossexual de Freud, influenciado em parte, pelas descobertas da Antropologia Cultural de Margareth Mead. De acordo com Erikson a energia (libido) psicossexual originada no organismo existe desde o nascimento e determina todos os processos psicológicos, expressa-se através das pulsões vida\morte (construção\destruição) e por meio do sistema relacional. Afirma que o conflito e a ocorrência de crises são componentes essenciais do Ciclo da Vida e estão presentes em todas as fases do desenvolvimento dos seres humanos. Origem do Comportamento Humano: Adolescência A busca da Identidade: este é o foco central nos anos da adolescência. Para Erikson, esta busca por uma identidade faz parte de um processo saudável do desenvolvimento e está fundamentada em realizações de estágios anteriores. Para o adolescente “tudo é possível”; entretanto esta é um período da vida em que se deverá decidir qual\quais atitudes deverá tomar diante da vida, quanto a escolha sexual, profissão, princípios e, uma identidade própria. - Devem gradativamente avaliar e adotar seus novos próprios valores, assumir relacionamentos consistentes com o outro, e descobrir-se a si mesmo. Teoria do Estabelecimento da Identidade do Ego na Adolescência - Erikson Variáveis essenciais para o desenvolvimento dos estágios de Erik Erikson: Leis Internas do Desenvolvimento = do mesmo modo que nos processos biológicos, as Leis Psicológicas são irreversíveis. Influências Culturais = estas especificam o grau maior ou menor do esperado no desenvolvimento, favorecendo alguns aspectos das Leis Internas e outros não. Resposta do próprio individuo = expressa a sua forma particular de articular seu desenvolvimento em relação às exigências sociais. IDENTIDADE X CONFUSÃO DE IDENTIDADE A principal tarefa da adolescência é confrontar a Crise de Identidade com uma Confusão de Identidade: o adolescente deve passar por uma série de conflitos e tornar-se um adulto original\único com um senso de identidade coerente e um papel definido e valorizado na sociedade em que vive. - A Crise de Identidade dificilmente é resolvida total e completamente na adolescência, questões relativas a Identidade podem surgir de modo recorrente na Idade Adulta em qualquer uma de suas fases. - Para formar uma Identidade, os adolescentes devem afirmar e organizar suas habilidades, necessidades, interesses e desejos expressando-se em um contexto social em suas relações com os diversos grupos. CONFUSÃO DE IDENTIDADE Pode retardar bastante o desenvolvimento e a maturidade psíquica, podendo ultrapassar aos 30 anos de idade. A Identidade se forma à medida em que as pessoas resolvem três questões extremamente importantes para o desenrolar de suas vidas: A escolha de uma ocupação; A adoção de valores nos quais acredita e aceita viver; Uma identidade sexual satisfatória e prazerosa. 1. 2. 3. O grau de fidelidade ou comprometimento com pessoas ou grupos assumidos pelos adolescentes na sociedade em que vivem, influencia sua capacidade de resolver a crise de identidade. “VIRTUDE” DA FIDELIDADE Os adolescentes que superam suas crises de Identidade de forma satisfatória desenvolvem a virtude da fidelidade = lealdade, fé ou um sentimento de pertencer a alguém que ou a amigos e companheiros de grupos. A fidelidade também pode significar uma identificação com um conjunto de valores sociais, uma ideologia , uma religião, um movimento político, um engajamento de cidadania, uma busca criativa, etc. A identificação pessoal surge quando os adolescentes escolhem os princípios e as pessoas aos quais serão leais, ao contrário de simplesmente aceitarem as escolhas de seus pais A FIDELIDADE É UMA EXTENSÃO DA CONFIANÇA Os bebês e as crianças confiam nas pessoas, nos adultos principalmente nos seus pais ou familiares = Confiança x Desconfiança Básica. De acordo com Erikson um homem não é capaz de manter uma verdadeira intimidade até ter alcançado uma Identidade estável; enquanto que uma mulher se define por meio do casamento e da maternidade. Oito Estágios Básicos Evolutivos do Ser Humano Para cada um dos estágios categorizados por Erikson existem crises: Se as crises são resolvidas a contento, a qualidade positiva, ou virtude, é construída dentro do ego e o desenvolvimento, em conseqüência, deverá ser satisfatório. Se a crise persistir ou não for resolvida adequadamente, o ego em desenvolvimento é afetado, este fato negativo se incorpora a ele, e a personalidade do sujeito. Erikson e Freud: semelhanças e diferenças 1. 2. 3. 4. Confiança versus Desconfiança (oral) Autonomia versus Vergonha e Dúvida (anal) Iniciativa versus Culpa (fálica) Diligência versus Inferioridade (latência 5- Identidade versus difusão de papéis (puberdade e adolescência) 6- Intimidade versus Isolamento (início da fase adulta) 7- Geratividade versus Estagnação (fase adulta) 8- Integridade do Ego versus Desespero (maturidade) QUINTO ESTÁGIO DO CICLO VITAL Se a crise concernente a este estágio for superada de modo positivo será estabelecida a IDENTIDADE DO EGO, não sendo superada então se estabelece a CONFUSÃO DE IDENTIDADE ou DIFUSÃO DE PAPÉIS. Quando o conflito é resolvido de modo satisfatório, a qualidade positiva ou virtude é construída dentro do ego, desenvolvendo-se de forma sadia. Caso contrário se o conflito persiste ou é solucionado inadequadamente o ego em desenvolvimento é prejudicado, incorporando a qualidade negativa. QUINTO ESTÁGIO DO CICLO VITAL Erikson vê a adolescência como um momento crítico de integração das etapas anteriores (a esta fase), mas procura demonstrar que é neste momento, que se dá uma primeira percepção correta da ‘unidade de personalidade’ e capacidade de percepção correta do mundo e da própria pessoa, remete o indivíduo a outras etapas de integração individual e das relações sociais. BIBLIOGRAFIA CAMPOS, D. M. S. A Psicologia da Adolescência: normalidade e psicopatologia. 11º ed. Petrópolis: Vozes, 1987. PAPALIA, DIANE e./ OLDS, SALLY WENDKOS / FELDMAN, RUTH D. Desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artmed, 2006.