Física II – Oscilador amortecido João Francisco Fuzile Rodrigues Garcia -- 8549323 Maiara Fernanda Moreno -- 8549344 Otávio Massola Sumi -- 8549452 Ex. 14.77 •• Mostre que a razão entre as amplitudes de duas oscilações sucessivas é constante para um oscilador linearmente amortecido. • Introdução Um oscilador harmônico, em física, é qualquer sistema que apresenta movimento harmônico de oscilação. É dito oscilador pelo fato de alguma entidade física oscilar, isto é, mover-se de algum modo, num movimento de vai-vem, em torno de uma posição central. Chama-se harmônico por ser o seu movimento caracterizado e descrito por uma função harmônica do tempo. Um oscilador harmônico corresponde a um sistema que quando tirado da posição de equilíbrio apresenta uma força restauradora F, proporcional ao deslocamento x de acordo com a Lei de Hooke: F = -k x onde k é uma constante positiva, dita constante elástica. Se houver uma força de atrito que contraria o movimento (como, por exemplo, a força de resistência do ar) temos um oscilador harmônico amortecido. Nessa situação a frequência de oscilação é menor que no oscilador sem amortecimento, a amplitude da oscilação diminui conforme o tempo passa e a energia mecânica é dissipada. A amplitude de um oscilador amortecido num tempo t qualquer é: 𝑥 = 𝐴𝑒 −(𝑏/2𝑚)𝑡 cos(𝜔𝑡 + 𝛿) Onde: A = amplitude máxima; b = constante de amortecimento; m = massa do oscilador; t = tempo do movimento; ω = frequência do oscilador; δ = fase; τ = m/b -> é o tempo de decaimento. Abaixo, um gráfico posição x tempo que ilustra esse comportamento dos osciladores: • Resolução Para resolver a questão, podemos expressar primeiramente as amplitudes, separadas por um período T, e então mostrar a razão entre as duas. Para que a amplitude seja máxima em x, cos(𝜔𝑡 + 𝛿) deve ser igual a 1, maior valor possível para cos(𝜔𝑡 + 𝛿), e que, portanto, proporcionará a maior amplitude. Lembrando ainda que τ = m/b, simplifica-se a equação do operador amortecido para outra que retorna o valor da amplitude em função do tempo t: 𝑥 = 𝐴𝑒 −(𝑏/2𝑚)𝑡 cos(𝜔𝑡 + 𝛿) 𝑥 = 𝐴𝑒 −(𝑏/2𝑚)𝑡 ∗ 1 𝑥 = 𝐴𝑒 −(1/2𝜏)𝑡 𝐴(𝑡) = 𝐴𝑒 −𝑡/2𝜏 Considerando um tempo t qualquer, a equação é a mesma: 𝐴(𝑡) = 𝐴𝑒 −𝑡/2𝜏 O intervalo de tempo necessário para o corpo completar uma oscilação em torno da posição de equilíbrio, o período, é dado por T = (2/ksendo k um número inteiro qualquer . Ou seja, o próximo máximo de amplitude será observado um período T após o tempo t inicial escolhido. Logo, este acontecerá no tempo t’ = (t + T). Portanto: 𝐴(𝑡 ′ ) = 𝐴(𝑡 + 𝑇) = 𝐴𝑒 −(𝑡+𝑇)/2𝜏 Com isso, é possível medir a razão entre as duas amplitudes sucessivas: 𝐴(𝑡 + 𝑇) 𝐴𝑒 −(𝑡+𝑇)/2𝜏 = 𝐴(𝑡) 𝐴𝑒 −(𝑡)/2𝜏 𝑡+𝑇 𝑡 𝐴(𝑡 + 𝑇) (− )−(− ) 2𝜏 = 𝑒 2𝜏 𝐴(𝑡) −𝑇 𝐴(𝑡 + 𝑇) = 𝑒 2𝜏 𝐴(𝑡) que é uma constante, uma vez que T e τ = m/b são constantes. • Bibliografia Paul A.Tipler - Física para cientistas e engenheiros – Quarta edição; V1.