FONTES CRUZADAS
Regina Weber∗
Tomando por mote a idéia de “cruzamento de fontes”, que constava da pauta sugerida
aos participantes da mesa-redonda “O historiador e as fontes orais”1, pretendo tratar de
“fontes cruzadas”, discutindo, inicialmente, em que medida da fonte oral é uma fonte
privilegiada ou exclusiva para determinados assuntos de pesquisa. Num segundo momento,
retomo uma discussão já presente na literatura sobre a metodologia da história oral, que
questiona se algumas preocupações metodológicas e éticas dos historiadores orais também
não se aplicariam ao uso de documentos escritos, postulando, no contexto desta discussão, as
vantagens que o uso do anonimato traz para algumas pesquisas.
História oral estuda, obviamente, temas contemporâneos. Por esta razão, a
probabilidade é que se tenha, quase sempre, alternativa de outros documentos. Alguém que
estuda um tema de um período muito antigo tem um arsenal de documentos provavelmente
mais limitado. Pode ocorrer de não termos possibilidade de acesso aos documentos
justamente pela proximidade no tempo, que ainda não os transformou em peças de “arquivo”.
Mas, potencialmente, eles existem e temos, teoricamente, mais chances de tentar evitar que
sejam destruídos. Mesmo nos casos em que o objeto de estudo é um assunto tabu ou sigiloso,
como militância política na clandestinidade, para os quais se costuma justificar o uso da
história oral, sempre podem aparecer documentos escritos sobre o assunto num momento ou
outro: um arquivo oficial é aberto à consulta; determinada pessoa opta por divulgar
informações mantidas guardadas durante vários anos; algum periódico publica um dossiê com
informações privilegiadas.
Também nos casos dos grupos subalternos ou nos casos de temas que não sejam da
esfera pública, que têm sido objetos privilegiados da história oral, justamente por haver menos
registros escritos sobre tais temas e grupos sociais, sempre é possível lançar mão de algum
dado que seja obtido por outro meio que não o depoimento; por exemplo, através de
levantamentos estatísticos e relatórios de secretarias municipais. Modernamente a internet tem
Departamento de História e Programa de Pós-Graduação em História da UFRGS.
Este texto foi originalmente apresentado como uma exposição oral no IX Encontro Estadual de História,
promovido pela ANPUH/RS e realizado em julho de 2008 no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da
UFRGS.
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aberto fontes para temas mais herméticos. Uma dissertação de mestrado sobre skinheads
(BRACHT, 2003) utilizou sites e correspondência eletrônica com jovens, além de entrevistas.
Estas considerações vão ao encontro dos argumentos de advogam que não se justifica
uma história oral que se baste por si só. O historiador deve sempre buscar o maior número de
documentos, que, potencialmente, existem para quaisquer objetos de estudo. As dificuldades
de acesso e os prazos de término de pesquisa podem, obviamente, limitar nosso elenco
documental.
Pode-se argumentar que a fonte oral é uma fonte privilegiada, quase única, para
desenvolver determinados temas de pesquisa. Representações, vivências, identidades,
relativas a grupos contemporâneos, seriam desses temas para cujo desenvolvimento nós
poderíamos sugerir ou até mesmo exigir o recurso da fonte oral. Se antes historiadores orais
precisavam se justificar, agora pesquisadores contemporâneos podem ser cobrados por não ter
usado fonte oral. Mas seria a fonte oral, em alguns casos, a fonte principal e exclusiva? Acho
que é difícil respondermos afirmativamente. Um exemplo: entrevisto imigrantes espanhóis
buscando saber sobre formação de grupos étnicos, estratégias de agregamento, relação entre
imigrantes e outros temas que, por operarem no universo informal, teriam menos
probabilidade de constarem como registros escritos.2 Uso também jornais que fornecem
notícias de entidades, tais como festividades e troca de diretorias. Mas se eu tivesse acesso a
cartas que os imigrantes que enviaram para seus parentes? Seu eu puder ir à Galícia e recolher
cartas escritas por espanhóis nos seus primeiros anos no Brasil? Não seriam estas fontes
privilegiadas, pois conteriam registros de reações imediatas, sem filtros da memória, citando
problemas enfrentados nos primeiros tempos e que depois podem ter desaparecido?
Potencialmente tais fontes podem existir, o que me permite questionar que as entrevistas
sejam a única ou a melhor forma de se ter acesso a determinadas informações.
Pode ocorrer que a história oral seja mais acessível ao pesquisador, mesmo que sua
operacionalização seja mais demorada. Para o primeiro passo, basta encontrarmos um
narrador de boa-vontade. Tomemos novamente o exemplo da pesquisa com imigrantes
espanhóis. O acesso a documentos escritos, em entidades associativas, pode não ser tão
simples: o funcionário desconhece se existem ou não documentos antigos; ele não deixa o
pesquisador mexer no armário, ele solicita um tempo para ele mesmo fazer isso, tempo esse
que nunca chega porque ele tem que fazer outras atividades do momento e não sobra tempo
2
Projeto de pesquisa “Espanhóis no sul do Brasil: imigração e etnicidade”, que contou com financiamento do
CNPQ e da FAPERGS.
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para atender aquela pessoa que não é sócio da entidade e nem mesmo espanhol. Quando
localiza os documentos fica a questão de ser necessário conhecer seu conteúdo antes de
franquear acesso ao estranho. O secretário consulta a diretora da entidade que promete
consultar o conselho e depois esquece de fazê-lo. E assim vai. Durante esses trâmites, a
pesquisa encontrou um velhinho disposto a socializar suas memórias e, além disso, tem um
álbum de fotografias. Em suma, a história oral tem essa vantagem de ser uma fonte que pode
ser produzida pelo historiador em parceria com o entrevistado. O “arquivo” é franqueado ao
historiador sem os obstáculos que muitas vezes se interpõe ao acesso ao documento escrito,
que muitas vezes são únicos. Os entrevistados não, sempre há mais pessoas dispostas a nos
falar de seu passado do que pessoas que não queiram relatar suas vivências. O conselho de
buscarmos as fontes escritas antes das entrevistas (THOMPSON, 1992; ALBERTI, 1990),
para podermos aproveitar melhor as entrevistas, elaborando um roteiro organizado, é
certamente oportuno e deve ser seguido. Mas nem sempre podemos proceder assim para pôr a
pesquisa a andar. Ou seja, os caminhos entre a fonte oral e a escrita, por contingências
variadas, costumam ser cruzados. Como vários autores de textos de metodologia de história
oral já apontaram, às vezes é o documento oral que nos faz ir atrás de documentos escritos ou
de outros vestígios como peças de museu ou prédios de estabelecimentos antigos.
Retomando o caso do senhor que, além de nos conceder uma entrevista, nos mostra
um álbum de fotografias, temos configurada uma situação que pode ser denominada de
“documentos cruzados”. Pois utilizar uma imagem que está em algum acervo, mesmo que
acompanhada de uma legenda explicativa, é bem diferente de estarmos entrevistando uma
pessoa que nos explica o contexto da fotografia que está sendo comentada. O documento oral
e o iconográfico se interpenetram, pois o entrevistado forçosamente se lembra de
circunstâncias já esquecidas e o historiador tem a oportunidade de esclarecer detalhes que
constam na imagem. Nesse caso, os limites entre dois tipos de documentos bem diferentes (o
oral e o iconográfico) ficam fluidos.
Podemos associar essas considerações a um debate desenvolvido tanto no campo da
antropologia quanto entre historiadores “modernistas” que tratam do período da difusão da
imprensa. Trata-se da interpenetração entre a oralidade e a escrita, ou ainda da interpenetração
da oralidade e da escrita com a iconografia. Muitos estudos de representações sociais, nesses
campos das ciências humanas, mostram que indivíduos e grupos constroem representações a
partir do ouvem, lêem ou vêem (BURKE, 2004). No caso de leituras coletivas, como as
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desenvolvidas nos serões em comunidades rurais, não há como delimitar entre o que é lido e o
que é ouvido.
Gostaria de comentar essa fluidez de limites entre o documento oral e o documento
escrito a partir da literatura da história oral. Lanço mão do capítulo “Evidência” de Paul
Thompson. Em que pesem as críticas ao livro de Thompson, A Voz do Passado, escrito no
final da década de 1970 e revisto posteriormente, eu acredito que ele seja muito útil na
sistematização de algumas discussões relativas à história oral, particularmente nesse capítulo.
A base da história oral são depoimentos. Mas em que medida o oral não está na origem de
muitos documentos escritos? Atas de reuniões são um exemplo. São registros de um evento
oral. As reportagens de jornais se baseiam, em grande parte, em informações obtidas por
depoimento e nem sempre estão associadas a outros recursos de fonte de dados. Não é o caso
da notícia de uma investigação criminal, pois o delegado responsável pelo inquérito deverá
forçosamente ter em mãos dados de fontes diversas. Mas outras notícias, mais triviais, que
analisam comportamentos e opiniões estarão calcadas basicamente em depoimentos. Em
nossos trabalhos acadêmicos, os jornais aparecerão listados como fontes impressas, mas o
dado por nós utilizado poderá ter sido originado com base unicamente em depoimentos. É o
que afirma P. Thompson (1992, p. 142): “Muitas das fontes clássicas para os historiadores
sociais, tais como o censo, os registros de nascimento, casamento e morte, as Royal
Commissions e os levantamentos sociais como os de Booth e Rowntree, são elas mesmas,
baseadas em entrevistas feitas na época”. P. Thompson assinala a interpenetração entre o oral
e o escrito, pois muitos registros históricos resultam de comunicações, e nós nos
comunicamos tanto de forma oral como escrita: “o juiz pronuncia a sentença, mas a
condenação à morte é assinada; o sacerdote reza a missa a partir do livro, mas o acordo
internacional é assinado como um tratado” (p. 148). Thompson cita vários exemplos de “elos
orais e escritos na corrente de transmissão”, que podem corromper ou modificar o original. O
exemplo mais elucidativo é o dos tribunais: os depoimentos de réus e testemunhas, as
alegações dos advogados, tudo transcorre em forma oral que sofre um registro escrito que não
é literal ao que é falado; há depois uma argumentação escrita do juiz que profere a sentença
escrita. Pode-se argumentar que as informações presentes em atas, jornais e processos
judiciários, resultantes de depoimentos, sejam sobre eventos contemporâneos à época da
produção do documento, diferente, portanto da história oral, que lida com memórias, sujeitas
a inúmeras interferências, o que é um dos assuntos mais constante na pauta das discussões
teóricas acerca da história oral. Também nesse ponto podemos fazer duas objeções,
relativizando a diferença que existiria entre a história oral e tais fontes escritas.
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1ª) Muito do que nós extraímos de fontes escritas podem ser memórias de um tempo
passado que foram vertidas em texto escrito: declarações de um personagem biografado
sobre sua infância; resgates da história local por memorialistas; reportagens jornalísticas
sobre eventos passados, utilizando depoimentos de pessoas que vivenciaram as
circunstâncias. O suporte de tais fontes é listado por nós como “escrito”, mas, na
verdade, tratam-se de informações obtidas originalmente por depoimentos.
2ª) As questões relativas aos vieses da memória não dizem respeito apenas a lembranças
de fatos passados há várias décadas. Retomando P. Thompson (1992, p. 150) e seu
capítulo “Evidência”, quando trata do processo de seleção e descarte operado pela
memória: “o descarte inicial é, de longe, o mais drástico e violento, e afeta todo tipo de
testemunho contemporâneo”. Exemplo: em reuniões de um departamento de uma
universidade, quando precisamos aprovar atas de reuniões realizadas há um mês atrás,
freqüentemente aparecem divergências sobre o que realmente foi decidido. (Nos
tribunais, observe-se, a ata é redigida e aprovada pelas partes após a sessão.)
Em suma, fontes impressas, fontes judiciais e fontes orais são tratadas pelos
historiadores em âmbitos diversos, simpósios temáticos diferentes, congressos diferentes. Mas
a comunicação humana, ora oral, ora escrita pode estar presente de forma indeterminada na
origem do registro que originou tais fontes.
A temática da memória é muito ampla no campo da história oral e não pretendo tratála aqui, exceto em um ponto. Tendo levantado a questão de que algumas informações
presentes em documentos escritos serem frágeis, pois resultados de comunicações ou
lembranças equívocas, gostaria de apontar situações em história oral de memórias que são
muito palpáveis, mesmo não sendo de situações que foram vivenciadas pelos indivíduos. Não
me refiro à tradição oral das comunidades sem escrita. Me refiro às memórias familiares,
ancoradas em grupos sociais, denominadas por Halbwachs de “memórias coletivas”. Quando
um entrevistado me narra “meus avós tinham um terreno onde eles plantavam” ou “meus pais
se conheceram lá na Espanha”, ele está relatando fatos que ele não vivenciou, mas que foram
continuamente repetidos no âmbito familiar e, eventualmente, foram reforçados aqui e ali por
alguma foto que nosso entrevistado viu em algum álbum de família, de modo que tal memória
se torna muito “sólida”.
O debate sobre a questão da confiabilidade da memória é, como disse, muito extenso.
Com esse exemplo quis tão somente polemizar, como tantos outros autores já o fizeram,
mostrando que dados escritos podem ser frágeis e memórias podem ser consistentes
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socialmente falando. Não se trata aqui da questão da “verdade”, pois podemos ter memórias
grupais fortemente ancoradas em crenças construídas, sem base objetiva (assunto muito
tratado nas discussões sobre uso da história oral para estudo de “representações”). Meramente
com o intuito de polemizar – o que é próprio de eventos de discussões acadêmicas – estou
apontando para o fato de que podemos ter um pequeno grupo de pessoas (docentes de um
departamento de uma instituição universitária) que não têm consenso sobre o que ocorreu há
um mês atrás, enquanto podemos ter um extenso grupo familiar com uma memória bastante
assentada sobre sua comunidade.
Uma última questão no uso da história oral como fonte, refere-se a um problema
metodológico. Toda atividade científica requer um referenciamento das fontes utilizadas. Na
história oral, citar a fonte tende a significar citar o nome do entrevistado. Questão que se
levanta: referenciar nossas fontes, garantindo a credibilidade de nosso trabalho científico,
significa necessariamente citar o nome de nossos entrevistados?
A questão de produzir documentos orais que se tornam fundos documentais de acesso
público já está bastante sistematizada no Brasil, basicamente pela experiência do CPDOC e
Verena Alberti (1990, 1995) muito contribuiu para essa sistematização. Mas e quanto à
possibilidade de uso de depoimentos sem nomear o entrevistado? São inúmeros os campos
científicos que utilizam depoimentos de pessoas cujos nomes não constam nas relações de
fontes. Aliás, certamente muitas considerações científicas seriam impossíveis de serem feitas
se tivéssemos que nominar nossos informantes: pesquisas sobre comportamento sexual,
contravenções, disputas comerciais, experiências de abuso e discriminação, relações entre
cliente e estabelecimento de serviços; enfim, em inúmeros campos, como sociologia,
psicologia, administração, economia, direito, o sigilo quanto ao informante é condição
preliminar da pesquisa. O que estou tentando destacar é que algumas pesquisas em história
também podem se beneficiar do uso do anonimato. E, nesse caso, o pesquisador terá de fazer
uso de formas indiretas de referenciar suas fontes e dar credibilidade aos leitores acerca do
desenvolvimento de sua pesquisa.
Em minhas entrevistas com jovens de famílias operárias da Região Metropolitana de
P. Alegre (WEBER, 2004), os entrevistados narram sobre consumo de maconha e roubo de
carros para “dar uma volta”. Um dos narradores rememora isso inclusive de forma crítica,
afirmando ser proprietário de um carro e crer que jovens que fazem isso devam “levar uma
surra”. Ele também comenta criticamente que o consumo de maconha pode atrapalhar o
raciocínio. Mesmo se tratando de comportamentos juvenis corriqueiros para os anos 1980,
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não se pode divulgar, de alguém que contemporaneamente é ocupante de um cargo político na
prefeitura da cidade, que tenha sido um transgressor. Seus adversários políticos poderão fazer
uso disso. Um jovem jornalista que divulgou o livro não entendeu porque eu não quis indicar
um dos informantes para ele entrevistar, pois, segundo ele, o livro não trazia nada muito
comprometedor. Contudo, não sabemos que usos podem ser feitos de tais informações que
são divulgadas com o nome das pessoas. Quanto a este procedimento, gostaria de ponderar
que tais cautelas também devem ser tomadas em se tratando de documentos escritos sobre
fatos relativamente recentes. Um dos jovens entrevistados na pesquisa citada sofreu um
processo judicial, pois ele pilotava um carro que capotou na frente de um posto policial,
quando eles voltavam de um compra de maconha para consumo entre amigos. O fato aparece
relatado em jornais que são de acesso público. O acontecimento foi narrado por alguns dos
entrevistados como peripécia juvenil desastrada, mas certamente não foi essa a avaliação do
juiz. Na citação da reportagem, omiti o nome do rapaz, mesmo estando “escrito” em fonte de
arquivo.
Outro exemplo. Um caso de um processo-crime ocorrido nos anos 1940, de uma
pesquisa desenvolvida no interior do Rio Grande do Sul (WEBER, 2002), relatado pelo irmão
do réu: um operário de matadouro, um jovem negro, assassinou um comerciante branco, que o
havia agredido à entrada de um clube, tentando barrar sua passagem. O entrevistado avalia
que houve uma condenação muito dura, atribuída a preconceitos étnicos. O processo-crime foi
localizado no Arquivo Público do Rio Grande do Sul, acessível à consulta. Mesmo que eu
tenha tomado posição relativamente favorável ao condenado, destacando o argumento da
defesa – de se tratar de uma situação de legítima defesa – optei por usar pseudônimos, pois
não tenho clareza do sentimento que a família, os descendentes vivos, tem com relação ao
caso.
Concluindo, o que eu busquei nessa exposição é mostrar que questões que
continuamente ocupam – ou até preocupam – os historiadores orais não são necessariamente
específicas ao procedimento da história oral. Também procurei mostrar que entre o oral e o
escrito há limites muitas vezes imprecisos, e por isso os pesquisadores estão sempre às voltas
com informações de fontes orais ou escritas que se cruzam e se convertem uma na outra.
Dialogando com a literatura já existente sobre essas questões, refleti a partir da minha
experiência como historiadora oral.
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Referências Bibliográficas
ALBERTI, Verena. História Oral: a experiência do CPDOC. Rio de Janeiro: Fundação
Getúlio Vargas, 1990.
ALBERTI, Verena. Histórias dentro da História. In: PINSKI, Carla Bassanezi (org.). Fontes
Históricas. São Paulo: Contexto, 2005. p. 155-202.
BRACHT, Alessandro. Skinheads no Brasil: trajetória e nacionalismo. Dissertação
(Mestrado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2003.
BRIGGS, Asa, BURKE, Peter. A mídia e a esfera pública no início da Europa moderna.
In:___ Uma história social da mídia. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.
HALBWACHS, Maurice. A Memória Coletiva. São Paulo: Vértice, Editora Revista dos
Tribunais, 1990
THOMPSON, Paul. A Voz do Passado: História Oral. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1992.
WEBER, Regina. Os operários e a Colméia: trabalho e etnicidade no sul do Brasil. Ijuí:
Editora UNIJUÍ, 2002.
______. Os Rapazes da RS-030: Jovens metropolitanos nos anos oitenta. Porto Alegre:
Editora da UFRGS, 2004. 135 p
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