Iluminação Os seres humanos recebem através dos olhos a maior parte das informações exteriores que lhes permitem sobreviver, controlar os seus movimentos no tempo e no espaço e armazenar na memória os conhecimentos necessários à aprendizagem e ao seu desenvolvimento pessoal. No que toca ao Homem, cerca de 80% do total das suas impressões sensoriais são de natureza visual. Daqui se prova a importância da iluminação, natural ou artificial, como veículo das informações indispensáveis a qualquer actividade. SHST | Marina Gonçalo SHST | Marina Gonçalo 1 O aparelho visual é um sistema bastante complexo, no que se refere ao seu funcionamento; a partir de estímulos físicos identificáveis, ele permite a detecção e a integração de um número considerável de informações extremamente variáveis. A imagem recebida do mundo exterior é projectada na retina pelo sistema óptico do cristalino, tal como acontece numa máquina fotográfica. As excitações luminosas, uma vez transformadas em impulsos bioeléctricos nos órgãos de recepção, passam pelos centros nervosos até ao cérebro, que os interpreta, permitindo a visão dos objectos. SHST | Marina Gonçalo SHST | Marina Gonçalo 2 O olho capta as radiações visíveis que vão excitar os 137 milhões de órgãos receptores microscópicos (bastonetes e cones) da retina. Estas excitações são transmitidas, por meio de circuitos nervosos (nervo óptico) até ao centro da visão situado no córtex cerebral onde se traduzem em percepções (imagens). SHST | Marina Gonçalo SHST | Marina Gonçalo 3 Nas medições da luz tem-se sempre em conta esta característica do olho humano, pois não é o valor real de energia luminosa que interessa medir, mas sim o seu valor segundo a sensibilidade visual. SHST | Marina Gonçalo SHST | Marina Gonçalo 4 Fadiga Visual manifesta-se por uma série de sintomas de incomodidade que vão desde uma visão toldada, dores de cabeça, contracção dos músculos faciais e mesmo por uma postura geral do corpo incorrecta. Causas: - excesso de actividade do músculo ciliar do cristalino, fadiga comparável à de outros músculos do corpo; - excesso de actividade da retina, que se traduz numa perda de sensibilidade à luz. SHST | Marina Gonçalo SHST | Marina Gonçalo 5 Grandezas e Unidades Fotométricas Fundamentais Fluxo luminoso (ø) Quantidade total de luz emitida por uma fonte luminosa durante 1 segundo. É medido em lumen (lm) Intensidade luminosa (I) Medida de fluxo luminoso emitido numa determinada direcção. A sua unidade é a candela (cd) SHST | Marina Gonçalo SHST | Marina Gonçalo 6 Iluminância Medida do fluxo incidente por unidade de superfície. A unidade é o lux (Lx). Para medição utilizam-se os luxímetros. Luminância (L) Intensidade luminosa (brilho) emitida, transmitida ou reflectida por unidade de superfície. È medida por candela por metro quadrado (cd/m2). Mede-se através de fotómetros ou luminómetros. SHST | Marina Gonçalo SHST | Marina Gonçalo 7 Factores Relevantes da Iluminação Iluminação natural e artificial Psicologicamente a maior parte das pessoas sente necessidade de estar em contacto visual com exterior, sendo por isso benéfico o acesso à luz natural. A visão do exterior permite a observação à distância, factor de relaxe dos músculos da vista, descansando-a, eliminando-se ainda o efeito de claustrofobia. SHST | Marina Gonçalo SHST | Marina Gonçalo 8 A entrada de luz natural, desde que bem controlada, conduzirá à economia de energia. A iluminação natural é o tipo de iluminação para a qual olho humano se desenvolveu e aperfeiçoou, no entanto a luz diurna deverá ser uniformemente repartida de modo a se evitar fenómenos de encandeamento. A única iluminação artificial aceitável é a eléctrica. Com os actuais aperfeiçoamentos técnicos consegue-se com estas lâmpadas uma adequada iluminação de luz branca semelhante à luz do dia. SHST | Marina Gonçalo SHST | Marina Gonçalo 9 Iluminação adequada (valores recomendados) Uma boa iluminação deve obedecer aos seguintes requisitos: - ser preferencialmente natural - ser difusa e uniforme - ser bem distribuída relativamente ao plano de trabalho - não provocar encandeamento - ser suficiente - não ser oscilante - não produzir efeito estroboscópico SHST | Marina Gonçalo SHST | Marina Gonçalo 10 Níveis de Iluminação Recomendados Nível Iluminância (lux) Actividade 1 15 2 3 30 60 Orientação 4 120 250 Tarefas visuais ligeiras com contrastes elevados Ex: trabalhos em armazéns, estaleiros, minas. Ex: salas de espera, trabalhos de pintura e polimento 6 7 500 750 Tarefas visuais normais com detalhes médicos Ex: trabalhos em escritório, leitura Ex: rebarbagem de vidro 8 1000 Tarefas visuais exigentes com pequenos detalhes 9 1500 Ex: desenho técnico, comparação de cores Ex: montagem de pequenos elementos em electrónica 10 11 2000 3000 Tarefas visuais muito Ex: trabalhos de relojoaria, gravação, exigentes com detalhes montagem de miniaturas muito pequenos SHST | Marina GonçaloEx: Montagem fina 11 12 5000 Casos especiais 5 Ex: salas de operações Riscos das Instalações de Iluminação e sua Prevenção a) Iluminação de emergência e de segurança b) Iluminação em locais com risco de explosão c) Manutenção das instalações de iluminação SHST | Marina Gonçalo SHST | Marina Gonçalo 12