CARROS E MOTOS
CORREIO DO POVO
QUINTA-FEIRA, 23 de setembro de 2004 — 11
Classe A destaca equilíbrio dinâmico
Testes com modelo da Mercedes-Benz mostram veículo de notável segurança ativa em curvas
DIVULGAÇÃO / CP MEMÓRIA
Modelo 2005 do Classe A durante a apresentação à imprensa
o Salão Mundial do Automóvel de
Paris, que recebe a mídia global a
N
partir de hoje, a Mercedes-Benz apresenta a nova versão do Classe A, “espichada”
em 20 centímetros, com algumas mudanças estéticas significativas. Nas fotos
divulgadas na mídia européia, vê-se um
carro de olhar ainda mais felino, que ganhou alguns adereços estéticos: spoilers
e aerofólio incorporado ao teto. Com a
nova versão, a Mercedes quer o público
que normalmente compra monovolumes
maiores. Deve sair de linha o Vaneo, a
station derivada do Classe A e que nunca
agradou no mercado europeu. O novo
modelo ficará restrito à Europa.
No Brasil, o Classe A segue como um
produto atualizado, que foi testado por
diversas vezes no primeiro semestre deste ano. No teste mais longo – realizado em
julho –, foram percorridos mais de 150
quilômetros em rodovias do interior de
São Paulo. Na ocasião, a Mercedes-Benz
mostrava à imprensa especializada a linha 2005. Em relação ao Classe A, a nova versão mostra poucas mudanças, resumindo-se à incorporação dos piscas no
corpo dos retrovisores externos e a pequenas modificações na dianteira. No
teste paulista, o “endiabrado” Classe A
190, com seu potente motor com 125hp,
mostrou mais uma vez seu notável equilíbrio dinâmico, que reforça o dito popular: “tamanho não é documento”.
No circuito serrano, próximo à cidade
de Atibaia, numa seqüência infernal de
Astra multipower usa GNV com segurança
Existem dois locais que estressam a tecnologia de um
veículo, por mais confiável que este seja. Um deles é a
pista do autódromo, onde podem ser realizados testes
em alta velocidade, como o teste do slalom ou do alce. A
reta do autódromo de Tarumã, por exemplo, já foi utilizada mais de um centena de vezes com o objetivo de levar veículos a seus limites, sujeitos às leis das física.
Outro local “infernal” são as pistas de testes das
montadoras. Nada melhor do que o Complexo de Testes
da General Motors do Brasil, em Indaiatuba, no interior
de São Paulo, para levar um veículo às últimas conseqüências. Ali, a General Motors “solta suas feras” para
que sejam “domadas” por jornalistas especializados. Em
serras criadas artificialmente ou no circuito de altíssima
velocidade, com suas curvas parabólicas. Há também
curvas que surgem de repente, à esquerda e à direita,
descompensadas, e acabam em aclives e declives. Uma
sucessão de desafios que geram os produtos melhores e
mais confiáveis do Brasil. Foi no oval de alta velocidade
que há 30 dias a montadora colocou à disposição da mídia especializada o Astra multipower. Gasolina, álcool e
curvas à direita e à esquerda, o Classe A
demonstrou a importância dos sistemas
eletrônicos como auxiliares da segurança
ativa. O ESP, ou programa eletrônico de
estabilidade, em inglês, reposicionava o
carro na trajetória da curva nos excessos
induzidos pelo piloto de testes.
E os freios a disco, nas quatro rodas
com ABS, também foram em situações de
risco – do teste em serra – essenciais à
segurança. A posição mais elevada ao volante amplia a visibilidade. E o minimalismo do painel, que possui somente as
informações essenciais, mas que são extremamente úteis, faz com que o veículo
seja definido como um carro que não
brinca em serviço. O teste mostrou que é
segura a performance do Classe A. (RR)
DIVULGAÇÃO / CP
agora o Gás Natural Veicular (GNV) movem o valente Astra que, com álcool, chegou à velocidade máxima de 203
km/h; com gasolina, a 198 km/h; e, com gás natural, a
185 km/h. Ou seja, perdeu velocidade com o gás.
Mas essa não é a utilidade de um carro que percorre
mil quilômetros com os três combustíveis nos tanques,
pois o GNV é armazenado em dois cilindros colocados no
porta-malas. Sem dúvida, o Astra multipower foi o grande destaque do primeiro semestre porque direciona o
gás não mais como um combustível “marginal”, sujeito à
instalações improvisadas. Agora, graças à General Motors do Brasil, o gás natural veicular é uma opção viável,
com garantia de fábrica e da Petrobras, que garante que
o gás natural veicular pode ser um dos combustíveis alternativos do futuro. Com o lançamento, a General Motors entrou oficialmente num mercado que, informalmente, já tem mais de um milhão de veículos rodando
por todo o Brasil. Quanto ao Astra propriamente dito, ele
continua como aquele carro que anda rápido, sem assustar o motorista, e que também gosta do filho pequeno com seu cachorrinho. Adorável. (RR)
Gasolina, álcool e gás natural veicular movem o carro da General Motors
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Classe A destaca equilíbrio dinâmico