FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS NÚCLEO BRASÍLIA MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE MARKETING RÁDIO E RELACIONAMENTO PROGRAMA PROSA RURAL ILKA QUEIROZ LEMOS DE OLIVEIRA BRASÍLIA, 2006 1 FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS NÚCLEO BRASÍLIA MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE MARKETING RÁDIO E RELACIONAMENTO PROGRAMA PROSA RURAL ILKA QUEIROZ LEMOS DE OLIVEIRA Monografia apresentada a Fundação Getúlio Vargas, como pré-requisito para a conclusão do MBA em Gestão Estratégica de Marketing Orientador: Profº Dr. Antônio Flávio Testa BRASÍLIA, 2006 2 FICHA CATALOGRÁFICA OLIVEIRA, Ilka Queiroz Lemos. Radio e relacionamento – Programa Prosa Rural Orientação Profº Antônio Flávio Testa, 2006 , 69f. Monografia apresentada a Fundação Getúlio Vargas, como pré-requisito para a conclusão do MBA em Gestão Estratégica de Marketing. 3 “ Pequena caixinha, que carreguei em fuga para que suas válvulas não pifassem. Que levei de casa para o navio e trem para que meus inimigos continuassem a falar-me perto de minha cama, e para a minha angústia. As últimas palavras da noite e as primeiras da manhã. Sobre suas vitórias e sobre meus problemas – prometa-me Não ficar muda de repente.” BRECHT 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a minha família, aos colegas do rádio e a todos que participaram direta ou indiretamente nessa fase da minha vida. 5 AGRADECIMENTOS Agradeço aos comunicadores de rádio de Brasília Marcelo Dias Godoy e Elyvio Carlos Blower que acreditaram em mim, aos meus familiares, amigos, colegas da Embrapa e equipe do Prosa Rural, colegas da turma de Gestão de Marketing-4 (2004-2006) e aos professores da Fundação Getúlio Vargas por todo o carinho e apoio. 6 RESUMO OLIVEIRA, Ilka Queiroz Lemos. Radio e relacionamento – Programa Prosa Rural (Ilka Queiroz Lemos de Oliveira) Orientação: Profº Antônio Flávio Testa, 2006,69 f. Esta monografia foi realizada com o objetivo de analisar e refletir sobre o programa de rádio da Embrapa – Prosa Rural, sua implementação nas comunidades de baixa renda e sua contribuição para a sociedade rural brasileira. O programa foi uma iniciativa da Embrapa Informação Tecnológica que tem sua sede em Brasília – DF e apresentou à sua diretoria, um projeto destinado à agricultura familiar, contribuindo para as ações do programa Fome Zero do Governo Federal. A idéia principal era, levar aos ouvintes, informação sobre pesquisa agropecuária realizada pela Embrapa em linguagem acessível, além de levar a cultura regional com música, radiodramas, dicas, receitas culinárias e notícias de interesse geral. O projeto foi aprovado e lançado em abril de 2004. É um trabalho de produção coletiva entre a Embrapa Informação Tecnológica em Brasília e as unidades de pesquisa da Embrapa localizadas nas regiões mais afetadas pela pobreza e pelo clima semi-árido do Brasil, que estão nos estados do nordeste e do Vale do Jequitinhonha no norte de Minas. Os próprios empregados da área de comunicação da Empresa, são os responsáveis pelos temas que dão origem aos programas e também pela gravação das matérias locais. Depois de gravado, o programa é roteirizado em Brasília onde é feita sua produção final e também copiado em CD e distribuído às emissoras de rádio que se interessaram em veicular o programa gratuitamente. Entrevistas, livros e sítios na internet nortearam a metodologia empregada na pesquisa. Foi observado que as peculiaridades do formato adotado neste programa se refletiram em um conceito original de usar o rádio, sem desviar do foco principal proposto pela Embrapa: o ouvinte. Palavras-chave: Marketing de relacionamento, programa de rádio, rádio, Prosa Rural. Embrapa. 7 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 9 1.1 Problema e sua importância ........................................................... 10 1.2 Hipóteses ........................................................................................ 11 1.3 Objetivos .......................................................................................... 11 1.4 Metodologia ...................................................................................... 12 2. ÁREA DE ESTUDO .................................................................................13 2.1 Origem dos dados e informações .................................................... 14 2.2 Modelo Teórico ................................................................................. 15 2.3 Modelo Analítico ............................................................................... 20 2.4 Operacionalização das variáveis ...................................................... 22 3. REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................... 23 3.1 A História do Rádio ......................................................................... 23 3.2 O Rádio no Brasil ............................................................................. 25 3.3 Rádios Comerciais .......................................................................... 30 3.4 A Rádio e o Poder ............................................................................ 35 3.5 Rádios Comunitárias ....................................................................... 39 3.6 Datas importantes ............................................................................. 43 4. ANÁLISE DE DADOS .............................................................................. 46 4.1 Pesquisa - O Prosa Rural e os ouvintes ........................................... 46 4.2 Pesquisa – O Prosa Rural e as rádios comerciais ............................. 51 4.3 Pesquisa – O Prosa Rural e as rádios comunitárias ......................... 59 5. CONCLUSÃO ........................................................................................... 63 6. BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 66 7. REFERÊNCIA .......................................................................................... 67 8. ANEXOS .................................................................................................. 69 8 1. INTRODUÇÃO Este trabalho é um estudo de caso sobre o programa Prosa Rural veiculado em rádios comerciais e comunitárias dos estados do nordeste e Minas Gerais, podendo ser AM, FM e OC , cuja produção é feita em Brasília (DF) juntamente com as unidades de pesquisa da Embrapa no nordeste e em Minas Gerais . A tecnologia utilizada é a reprodução em Compact Disc (CD), o canal de distribuição é através do envio dos CDs pelos Correios para as rádios. Mas o objeto desse estudo não são as peculiaridades técnicas nem o canal de distribuição envolvidos neste processo, embora tenham sido citadas como parte da contextualização e embasamento necessários para o entendimento do presente trabalho. O objetivo é analisar o relacionamento deste programa com a comunidade. As pesquisas enviadas às emissoras de rádio em 2005, bem como o atendimento ao cliente por telefone, constituiu as fontes consultadas nesta pesquisa e foram determinantes para as mudanças que aconteceram no programa, já para o ano de 2006, em face aos resultados encontrados, que forneceram as informações até agora citadas e as que estão a seguir. Algumas informações ponto-chave do programa. O contribuíram para a mudança do foco e pesquisador era o centro das informações que chegavam até o ouvinte e a inversão desta situação mudou o foco do programa, passando então para o ouvinte fazer perguntas aos pesquisadores e assim promover maior interação da empresa com a comunidade. Graças ao processo de evolução histórica do rádio brasileiro, os conglomerados que se formaram – sejam de rádio ou televisão –passaram a centralizar as produções de programas nacionais nas cidades de maior importância econômica, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo (TAVARES, 1999). Os noticiários televisivos e as programações nacionais das rádios, partindo de São Paulo, confirmam isso. 9 Os estúdios de jornalismo e novelas de uma das grandes emissoras de tevê do país, a Rede Globo, instalados no Rio de Janeiro, também atestam a afirmação. O programa de rádio Prosa Rural , tem proposto uma forma de trabalho em que essa tendência se modifica. Sua pauta é dividida em 4 quadros: Dedo de prosa que traz entrevistas gravadas com os pesquisadores da Embrapa onde relatam experiências ou esclarecem melhor sobre o tema de cada programa; favas contadas é o quadro com espaço para divulgar a cultura regional, podendo variar entre músicas, poesias, causos, radiodramas, poemas, etc; pitacos da hora: que vem com dicas ou receitas e as notícias: com informações de interesse à comunidade rural. Tudo isso contribuiu para que os programas tivessem características mais próximas aos ouvintes, para que fosse criada uma identidade maior junto ao público de personalidade marcante como o do nordeste. Um dos objetivos do presente estudo de caso, é analisar o impacto do programa. Busca compreender também se o formato utilizado, tem atendido às necessidades de um programa com intenção de transmitir conteúdo e linha editorial aos diversos estados do país. Se os responsáveis pela criação e produção do Prosa Rural têm observado este resultado junto aos ouvintes, em nível de esclarecimento, de interação, de entendimento e qual o retorno causado pela transmissão do programa para a Empresa. 1.1 O Problema e sua importância Em virtude da convivência diária com a estrutura deste programa incluindo sua concepção, implantação, produção e logística, além da coordenação das questões administrativas junto à Embrapa e o Prosa Rural, busquei através de pesquisas, as respostas para o seguinte problema: “Como está sendo o relacionamento da Embrapa com as rádios parceiras (veículos transmissores) do programa e se os ouvintes estão sendo realmente beneficiados com as informações transmitidas?” 10 Esta informação será essencial para a continuidade do trabalho realizado em equipe iniciado em 2003, que tem a intenção de ser ampliado em 2006 e manter sua sobrevivência nos anos seguintes. Os recursos financeiros destinados à produção e distribuição do programa, foram captados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS através do programa Fome Zero do governo federal. Sem estes recursos, o Prosa Rural se tornaria inviável. Caso seja constatada a nova realidade levada pelo rádio aos pequenos produtores, donas-de-casa, estudantes rurais além da população de baixa renda, isso possibilitará a abertura de novos horizontes para que o programa se firme e se torne indispensável para a transferência de tecnologias da Embrapa. 1.2 Hipóteses a) Sobre o recurso investido na implantação, produção e logística, quer-se saber se as rádios que se comprometeram com a Embrapa e com o Prosa Rural, estão transmitindo regularmente o programa e como elas têm percebido o retorno dos ouvintes. b) Saber se os ouvintes estão tendo o benefício esperado na criação do programa que é a transferência de tecnologias geradas e adaptadas pela Embrapa com uma linguagem mais simples e acessível. 1.3 Objetivos 1.3.1 Objetivo Geral Viabilizar a continuidade do programa Prosa Rural da Embrapa através da constatação do recebimento dos CD´s, transmissão com maior comprometimento das rádios, intensificar a participação do ouvinte, tornando-o foco principal do programa e sua satisfação como cliente final. 11 1.3.2 Objetivos Específicos a) Conhecer melhor as rádios parceiras que transmitem gratuitamente o programa Prosa Rural da Embrapa, fazendo com que as mesmas descrevam seus dados como: horário de transmissão do programa, dia da semana escolhido pela emissora, estrutura da rádio, abrangência, preferências musicais dos ouvintes e os tipos de ouvintes entre outros. b) Conhecer o perfil dos ouvintes. Saber quem são as pessoas interessadas no programa, que meios de comunicação elas preferem para interagir com as emissoras e com a produção do programa, conhecer suas as maiores críticas, sugestões e dificuldades. c) Analisar os resultados e propor medidas para a condução de uma melhor integração da empresa com a comunidade. 1.4 Metodologia A metodologia empregada é baseada no marketing de relacionamento. Neste caso, da empresa Embrapa com seus clientes, os ouvintes do programa de rádio Prosa Rural que é intermediada pelos veículos de comunicação radiofônica. Foi realizada uma pesquisa de mercado por amostragem junto às rádios comerciais e comunitárias parceiras, através de um questionário detalhado (ver anexos) e enviados pelos Correios (ECT) para preenchimento e devolução do mesmo assinado pelos responsáveis. A pesquisa foi finalizada com análise dos resultados através de relatório qualitativo. Outra pesquisa de mercado também por amostragem, foi realizada diretamente com os ouvintes que entraram em contato com a produção do programa pelo número 08007011160 de atendimento ao público com ligação gratuita e registrada pela Embratel. 12 2 ÁREA DE ESTUDO Programa de rádio da Embrapa - Prosa Rural O programa de rádio Prosa Rural nasceu de um projeto que foi apresentado pela Embrapa Informação Tecnológica (SCT) à diretoria executiva da Embrapa Sede no ano de 2003, com o objetivo de ativar o repasse de informação tecnológica para os pequenos agricultores nordestinos, que apontasse para as possibilidades reais de construção de um novo paradigma para a Agricultura Familiar e um novo projeto de desenvolvimento regional. A Empresa entendeu que um programa de rádio, não só ajudaria a atender às necessidades das famílias e das comunidades rurais, como também mudaria comportamentos e atitudes, aumentaria a produção e a produtividade no campo, levaria melhores condições de vida e propiciaria o bem-estar rural. Possibilitaria também o saber, o querer e o poder usando novas tecnologias, desenvolveria a economia, o setor financeiro e social do homem do campo, tornaria possível uma análise mais criteriosa de problemas, levando a decisões mais conscientes e a ação solidária e por fim, integraria metas regionais. Assim que o projeto foi aprovado, em agosto do mesmo ano, montou-se uma estratégia de ação inicial para levantamento dos dados que envolveram uma grande pesquisa corpo-a-corpo nos locais onde o programa seria transmitido, ou seja, nas comunidades carentes do Semi-Árido nordestino do Brasil. A pesquisa visou conhecer o perfil dos ouvintes, seus gostos musicais, principais carências e seus programas preferidos . Ao final deste levantamento de dados, foi realizado um grande encontro em Teresina no Piauí, para conhecer os resultados. Todas as unidades que seriam envolvidas no projeto compareceram e deu-se início a uma grande criação coletiva. Empregados da Embrapa das áreas de comunicação e tecnologia representaram os 9 estados do nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte e Sergipe) e elaboraram a 13 estratégia de como o programa deveria ser e como chegaria às rádios. Foram criados os seguintes quadros: Dedo de Prosa – um bate-papo com os pesquisadores da Embrapa sobre as tecnologias que a empresa escolhera para atender às necessidades dos ouvintes da agricultura familiar; Favas Contadas – foi o nome do quadro escolhido para falar da cultura regional, das músicas, poesias, “causos”, cordel ou até mesmo radionovelas apresentadas pelos próprios empregados da Embrapa; Pitacos da Hora: criado para integrar a mulher. Ela fica sabendo de receitas que completam a informação dos temas escolhidos além de dicas de aproveitamento de alimentos ou das tecnologias; Notícias: para divulgar assuntos diversos como linhas de crédito rural, lançamentos de sementes ou cultivares, cursos e tudo que é de interesse ao público rural. O nome do programa foi escolhido pela diretoria executiva através de um concurso realizado entre os empregados as unidades participantes. O ganhador faturou um equipamento mini-system de áudio. 2.1 Origem dos dados e informações A Estratégia do programa: O programa é produzido em parceria da Embrapa Informação tecnológica – SCT que fica em Brasília e mais 7 centros de pesquisa da Embrapa no nordeste e os temas dos programas são escolhidos por todos os responsáveis de cada unidade. A periodicidade do programa é semanal com 15 minutos de duração. Cada programa aborda um tema específico; a grade de programação foi definida para todo o ano de 2004, 2005 e 2006 e consta nos cartazes impressos e distribuídos às rádios. Estão sendo distribuídos, gratuitamente, em CD para 500 emissoras entre comerciais e comunitárias. O CD chega às rádios pelos Correios. A emissora pode colocar no ar na hora mais apropriada para sua programação e veicular quantas vezes quiser, desde que obedeça pelo menos, 14 um horário fixo semanal, para buscar a constância da informação; para oficializar este compromisso estão sendo celebrados convênios com as emissoras. O programa tem o compromisso total com o agricultor familiar, levando em conta as suas necessidades e desejos de conhecer, aprender conceitos, conhecimentos e informações sobre agropecuária, educação, saúde e meio ambiente para buscar uma melhor qualidade de vida. Está à disposição do ouvinte um telefone 0800, em Brasília, informado durante o programa, para canalizar perguntas que são repassadas aos detentores da tecnologia abordada; A Embrapa Informação Tecnológica também produz e distribui folders, cartazes, brindes e releases para divulgação do programa no Semi-Árido nordestino; 2.2 Modelo Teórico O modelo teórico que este trabalho pretende, se iniciará com um resumo de obras teóricas que abordam as perspectivas diferentes do universo radiofônico na história da comunicação. Abordará também uma visão sob o marketing de relacionamento, objeto deste estudo. Dentro do universo da comunicação, a palavra “informação” , nos últimos tempos, tem recebido uma série de conotações, mas o objetivo principal da informação considerando-a como uma mensagem radiofônica, é manter o ouvinte a par de tudo o que é do seu maior interesse e de o quê, de mais atual, ocorre no mundo. Segundo a autora Gisela Ortriwano, a informação radiofônica vem aparecendo como algo “fluido e flexível, um todo dentro da sucessão de mensagens radiofônicas diárias, não como algo isolado dentro da programação.” A difusão da informação, pode acontecer sob diferentes formas, sendo a mensagem com estrutura em função de uma oportunidade, de um conteúdo e do tempo empregado para esta emissão. Com base nisto podemos classificar as transmissões informativas nas seguintes categorias: flash (acontecimento rápido), 15 edição extraordinária (interrompendo a programação para a divulgação de uma notícia importante), especial (programa que analise um determinado assunto), boletim (noticiário), jornal (neste caso, falado), informativo especial (de um determinado setor, ex: esportes) e finalmente o programa de variedades (com entrevistas, música, notícias,etc). Este último exemplo, encaixa-se perfeitamente nos moldes em que o programa Prosa Rural foi criado. Além de servir como um meio de informação e entretenimento, outra característica deste programa, é contribuir para a integração da empresa com a comunidade, colaborando assim ao marketing de relacionamento. Vários autores já consideram o marketing de relacionamento como mecanismo imprescindível dentro da comunicação da empresa com seus clientes externos: “O conceito de Marketing de Relacionamento é relativamente recente, surgido nos anos 90. Como todos os conceitos da área de administração, este também surgiu de uma necessidade, imposta pelo mercado. Uma necessidade de reformulação da relação empresa/consumidor...” “É o consumidor quem já está ditando as regras em diversos segmentos de mercado, devido ao fato de estar melhor informado sobre os produtos e também à grande concorrência entre as empresas...” “...Uma empresa tem que estar disposta a experimentar. Experimentar novos produtos ou estratégias, sempre atenta à resposta do mercado. Se seus clientes andarem em determinada direção, uma nova estratégia deve ser lançada na mesma direção.” “No início de uma campanha para a conquista da credibilidade, que inevitavelmente é um processo lento e difícil... a conquista de uma infra-estrutura adequada, tendo sempre o cuidado de controlar a imagem da empresa.”(Fonte: site http://usuarios.uninet.com.br) Já o Carlson Marketing Group definiu o Marketing de Relacionamento como: “uma estratégia de negócios que visa construir próativamente uma preferência por uma organização com seus clientes, canais de 16 distribuição e funcionários, contribuindo para o aumento do desempenho dessa organização e para resultados sustentáveis. Consiste, portanto, em lançar mão de várias ferramentas do marketing, integradas sob um grande ‘guarda-chuva’, que garante alinhamento estratégico e coerência de ação.” Hoje em dia, a percepção dos ouvintes tem sido extremamente positiva, na medida em que se é capaz de apresentar soluções geradoras de resultados – e esses resultados são mensuráveis, facilitando a comparação, o quanto se investiu e qual foi o retorno para a Empresa. TEORIA DA COMUNICAÇÃO É preciso conhecer um pouco da teoria da comunicação, para entender o processo deste trabalho sociológico. Para o professor da universidade da Califórnia, Charles R. Wright, a comunicação “É o processo de transmitir idéias entre indivíduos”. Este meio é vital para o ser humano porque se baseia na capacidade do homem de transmitir suas intenções, desejos, sentimentos, conhecimento e experiência de pessoa para pessoa. (WRIGHT, Charles R. 2ª ed. 1973- Comunicação de massa: uma perspectiva sociológica). Já a expressão “comunicação de massa” evoca imagens de televisão, rádio, cinema, jornais, revistas etc. Ela é dirigida para uma audiência relativamente grande, heterogênea e anônima. Em se tratando do ponto de vista do comunicador, a mensagem é endereçada “a quem interessar possa”. A comunicação de massa pode ser caracterizada como pública, rápida e transitória. Mas existem exceções como as filmotecas, gravações de rádio e de televisão, por exemplo, mas habitualmente, a produção dos veículos de comunicação é encarada como consumível. A natureza da experiência comunicadora pode ter conseqüências sociais importantes e sugere a existência de uma força global em seu impacto. Harold Lasswell, cientista político e pioneiro na pesquisa da comunicação de massa, expressa em pensamento acadêmico relacionando três atividades principais dos especialistas em comunicações: 17 1) Detecção prévia do meio-ambiente; 2) Correlação das partes da sociedade na reação a esse meio; 3) Transmissão da herança social de uma geração para a seguinte. Os veículos de comunicação têm o seu papel no complexo processo de socialização. Socialização entende-se como o processo pelo qual o indivíduo adquire a cultura do seu grupo e interioriza suas normas sociais, fazendo com que seu comportamento leve em conta as expectativas dos outros. E este é um procedimento contínuo que se inicia na infância e se estende à velhice. O Rádio é um meio de comunicação em que a maioria da população pode ter acesso. Por se tratar de um instrumento de baixo custo, pequeno porte e programações diversificadas, e tem exercido uma maior incidência na vida diária das pessoas, tanto em zonas urbanas quanto rurais. Ele é rico em sugestão pela capacidade do ouvinte em poder criar imagens, estabelecer laços afetivos com os locutores e apresentadores e exercer uma sensação de intimidade com o ouvinte. Pela facilidade de acesso, ampla cobertura e flexibilidade que o rádio oferece, inúmeras possibilidades têm surgido na área da educação a distância no desenvolvimento de programas de educação formal e não formal. Esse veículo de comunicação caracteriza-se através da fala direta com o público, o contato íntimo entre o ouvinte e o locutor. O rádio cria a oportunidade para uma identificação mútua com a população, integrando-se à rotina cotidiana do ambiente familiar da comunidade, com grande potencial de mobilização, divulgação e educação. “Motivado assim por esta cultura em todo o Brasil, pelo seu grande poder de penetração nas áreas rurais - grande parte sem acesso a energia elétrica - e pelos custos mais baixos em relação a outras mídias, o rádio é com certeza o principal meio de comunicação, justificando-se seu grande potencial de parceria pela educação.” ...”Mais recentemente, foi registrado o Curso de Graduação em entre outras coisas, programas de rádio.” ( Fonte: site http://pt.wikipedia.org) 18 Em 1995, o Brasil descobriu as rádios comunitárias no formato de rádios livres. Atualmente, existem cerca de 7.000 emissoras deste tipo podendo chegar ao número de 10.000 se fossem oficialmente cadastradas. Elas iniciaram uma espécie de “reforma agrária no ar”. As rádios livres são emissoras que entram no ar e ocupam espaço no dial, sem concessão, permissão ou autorização de canal por parte do Governo, sendo consideradas como ilegais. Costumam ser chamadas de clandestinas ou piratas. Historicamente, as rádios livres são ativadas criadas por amantes do rádio, que apesar de não terem autorização para funcionar, entram no ar correndo riscos de serem submetidos aos rigores da lei das telecomunicações que vem sendo aplicada, que prevê prisão de quem estiver operando, lacre e apreensão dos transmissores. Estas rádios se caracterizam pelos diferentes matizes podendo ser de caráter político-ideológico, de serviço comunitário, religioso, ligados a interesses das minorias ou a movimentos sociais ou simplesmente colocadas no ar com a intenção de oferecer uma programação alternativa. Mas todas têm algo em comum: a contestação aos sistemas de controle dos meios de comunicação de massa. (Fonte: Site: http://bocc.ubi.pt) Muitas empresas são relutantes em exigir que seus clientes respondam perguntas típicas de marketing em um questionário, mas é sabido que só através destas ferramentas é possível estabelecer um vínculo para que o cliente se relacione com a empresa. É uma das maneiras de se obter retorno aquele e está do outro lado do aparelho radiofônico: o ouvinte. O marketing de relacionamento estabelece esta abordagem como uma maneira de conhecer os seus consumidores. No caso deste estudo, o produto em questão é a informação tecnológica. Para Terry G. Vavra (Marketing de relacionamento – como manter a fidelidade de clientes através do marketing de relacionamento, editora Atlas, 1993 pg. 286) – 19 “Qualidade e serviço devem acompanhar cada produto e serviço colocado no mercado. Os clientes se diferem de alguma forma em suas definições específicas sobre qualidade e serviço em termos gerais.”(GORDON, Ian Marketing de Relacionamento - 2ª Ed. pg. 31) “O marketing de relacionamento é o processo contínuo de identificação e criação de novos valores com clientes individuais e o compartilhamento de seus benefícios durante uma vida toda de parceria. (...) os profissionais de marketing acostumaram-se a confiar nas pesquisas de mercado para ajudar a identificar questões e avaliar as respostas do consumidor para soluções hipotéticas.”(GORDON, Ian - Marketing de Relacionamento - 2ª Ed. ) A metodologia empregada por este estudo de caso foi a pesquisa de mercado com questionários elaborados pela empresa enviado pelos Correios (ECT) que foi respondido e assinado pelas emissoras parceiras comerciais e comunitárias. Além dos telefonemas registrados pela Embrapa atendidos com fichas de perguntas e que foram realizados para o número 08007011160 através dos ouvintes originados nos municípios onde o programa é exibido. A análise dos resultados foi baseada nestas informações colhidas no período de junho de 2004 a junho de 2005. 2.3 Modelo Analítico O estudo de caso permite um conhecimento bem abrangente de vários fatores que foram envolvidos e sua relevância. Esta opção metodológica propicia fazer uma análise comparativa de situação anterior, antes da implantação do programa, e de como a Empresa se relaciona com a sociedade. Caracterização da situação anterior: é sabido que a extensão rural reduziu-se, significativamente, no país nos últimos 10 anos, em especial na região do Semi-Árido onde a fome e a miséria se acentuaram. Nessa região, tanto as limitações sócio-ambientais com as questões de ordem política e econômica comprometeram drasticamente a situação, já bastante frágil, da segurança alimentar das suas populações. 20 Em seus 32 anos de existência, a Embrapa vem acumulando um expressivo acervo de conhecimento, muitos dos quais direcionados à segurança alimentar do pequeno agricultor, localizado em regiões menos privilegiadas de nosso país. Apesar do grande esforço da empresa na disseminação de seus conhecimentos, é inegável a dificuldade de acesso aos produtos de informação da Embrapa pelos menos privilegiados, como a juventude do campo e o pequeno produtor pobre. Realidade essa consolidada por inúmeros fatores, especialmente pela falta de recursos financeiros e pelo alto índice de analfabetismo da juventude do campo. O programa “Fome Zero” do governo tem como um dos seus principais objetivos, a médio e longo prazo, implementar ações estruturais e processos produtivos que beneficiem a agricultura familiar no Brasil. Para isso, é fundamental não só resgatar os conhecimentos e saberes tradicionais dos agricultores, mas implementar uma “extensão rural” seguindo um novo paradigma que atenda às necessidades produtivas e alimentares das famílias de pequenos agricultores. Também é possível nortear sistematicamente e permitir em enfoque mais produtivo ao objeto deste estudo. O trabalho se desenvolve nas seguintes etapas: a) Levantamento bibliográfico objetivando a identificação na literatura teórica, os trabalhos precedentes ao tema; b) Pesquisa com o objetivo de levantar os fatores de relevância para a análise comparativa; c) Análise dos dados obtidos e informações levantadas, visando a realização da monografia. Estas etapas, servirão de base para o trabalho a ser executado e sua concretização. 21 2.4 Operacionalização das variáveis Variáveis encontradas no questionário enviado às rádios comerciais e comunitárias de maior relevância para a pesquisa: -Identificação da emissora para o conhecimento da Empresa (nome, endereço, e.mail e responsável); ITEM NÃO MENSURÁVEL. -Ano em que começou a transmitir o programa; -Periodicidade (diária, semanal); -Se a transmissão é feita de forma regular; -Qual o horário de transmissão; -Se os ouvintes retornam interessados; -Forma de contato com a rádio: carta, telefone ou outros; -Quais os quadros do programa de maior sucesso (Dedo de prosa, favas contadas, pitacos da hora, notícias); -Abrangência (alcance da emissora geograficamente); -Acesso à internet; -Equipamentos que a rádio possui; -Conteúdo que a emissora oferece ao ouvinte; -Estilos musicais mais executados; -Se a emissora tem permissão para estar funcionando. Perguntas extraídas das ligações realizadas pelos ouvintes: -Identificação: nome, idade, sexo; -Profissão: estudante, produtor rural, dona-de-casa e outros; -Assunto de maior interesse; -Críticas e sugestões; -Satisfação. 22 3. REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 A HISTÓRIA DO RÁDIO O Começo Em 1863 em Cambridge na Inglaterra, James Clerck Maxwell, professor de física experimental, demonstrou teoricamente a provável existência das ondas eletromagnéticas. A partir desta revelação outros pesquisadores se interessaram pelo assunto incluindo o alemão Henrich Rudolph Hertz (1857-1894) O princípio da propagação radiofônica veio mesmo em 1887, através de Hertz. Ele fez saltar faíscas através do ar que separavam duas bolas de cobre. Por causa disso os antigos "quilociclos" passaram a ser chamados de "ondas hertzianas" ou "quilohertz". A industrialização de equipamentos se deu com a criação da primeira companhia de rádio, fundada em Londres - Inglaterra pelo cientista italiano Guglielmo Marconi a quem se atribui a primeira intenção de obter algum proveito do rádio sob fins comerciais, graças a investimentos de empresários interessados e ao seu próprio talento para transações comerciais, praticado por meio de sua empresa, The Marconi Company (RADIOAMADOR, 2005). Pode-se considerar que ele foi “um industrial astuto e empreendedor.” (FERRARETO, 2001, p. 82). Somente em 1895, no mês de setembro, Marconi realizou sua primeira experiência em transmissão de ondas, entre a janela do sótão onde havia montado seu laboratório, e um aparelho receptor colocado a breve distância, no campo. Nos dias seguintes repetiu a experiência, com sucesso, dessa vez deixando uma colina como obstáculo às ondas hertzianas. Aplicou antenas aos aparelhos de transmissão e de recepção, descobrindo, assim, o acessório básico da radiotelegrafia. 23 Em 1896 Marconi já havia demonstrado o funcionamento de seus aparelhos de emissão e recepção de sinais na própria Inglaterra, quando percebeu a importância comercial da telegrafia. Até então o rádio era exclusivamente "telegrafia sem fio", algo já bastante útil e inovador para a época, tanto que outros cientistas e professores se dedicaram a melhorar seu funcionamento. As inovações tecnológicas continuavam. O rádio evoluía rapidamente ! Em 1897 Oliver Lodge inventou o circuito elétrico sintonizado, que possibilitava a mudança de sintonia selecionando a freqüência desejada. Lee Forest desenvolveu a válvula triodo. Von Lieben, da Alemanha e o americano Armstrong empregaram o triodo para amplificar e produzir ondas eletromagnéticas de forma contínua. Nos Estados Unidos foram vários anos de pesquisas, tentativas e aprimoramentos até Lee Forest instalar a primeira "estação-estúdio" de radiodifusão, em Nova Iorque, no ano de 1916. Aconteceu então o primeiro programa de rádio, que se tem notícia. Ele tinha conferências, música de câmara e gravações. Surgiu também o primeiro registro de radiojornalismo, com a transmissão das apurações eleitorais para a presidência dos Estados Unidos. A "Era do Rádio” A partir de 1919 começou a chamada "Era do rádio". O microfone surgiu através da ampliação dos recursos do bocal do telefone, conseguidos em 1920, nos Estados Unidos, por engenheiro da Westinghouse. 24 Foi a própria empresa, a Westinghouse, que fez nascer, meio por acaso, a radiofusão. Ela fabricava aparelhos de rádio para as tropas da Primeira Guerra Mundial e com o término do conflito ficou com um grande estoque de aparelhos encalhados. A solução para evitar o prejuízo foi instalar uma grande antena no pátio da fábrica e transmitir música para os habitantes do bairro. Os aparelhos encalhados foram então comercializados. A primeira transmissão radiofônica oficial no Brasil, foi o discurso do Presidente Epitácio Pessoa, no Rio de Janeiro, em plena comemoração do centenário da Independência do Brasil, no dia 7 de setembro de 1922. O discurso aconteceu numa exposição, na Praia Vermelha - Rio de Janeiro e o transmissor foi instalado no alto do Corcovado, pela Westinghouse Eletric Co. Esta época ficou conhecida como a "Era do Rádio", pois nos EUA o rádio crescia surpreendentemente. Em 1921 eram 4 emissoras, mas no final de 1922, os americanos contavam 382 emissoras. 3.2 O Rádio no Brasil O rádio também crescia no Brasil: já em 1890 o padre-cientista Roberto Landell de Moura previa em suas teses a "telegrafia sem fio", a "radiotelefonia", a "radiodifusão", os "satélites de comunicações" e os "raios laser". Seu primeiro ensaio a se tornar conhecido pelo público aconteceu em 1893, do alto da Avenida Paulista para o alto de Sant’Ana, na capital paulista, onde ele enviou sinais de telegrafia e telefonia sem fio. “Com aparelhos de sua invenção, numa distância aproximada de uns oito quilômetros em linha reta, entre aparelhos transmissor e receptor, presenciada pelo Cônsul Britânico em São Paulo, Sr. C. P. Lupton, autoridades brasileiras, povo e vários capitalistas paulistanos” (AZZOLIN, 2005). 25 Landell também construiu diversos aparelhos importantes para a história do rádio e que foram expostos ao público de São Paulo em 1893: Teleauxiofono (telefonia com fio), Caleofono (telefonia com fio), Anematófono (telefonia sem fio), Teletiton (telegrafia fonética, sem fio, com o qual duas pessoas podem comunicar-se sem serem ouvidas por outras), Edífono (destinado depurar as vibrações parasitas da voz fonografada, reproduzindo-a ao natural) . Dez anos mais tarde, em 1900, o Padre Roberto Landell de Moura obteve do governo brasileiro a carta patente nº 3279, que lhe reconhece os méritos de pioneirismo científico, universal, na área das telecomunicações. No ano seguinte ele embarcou para os Estados Unidos e em 1904, o "The Patent Office at Washington" lhe concedeu três cartas patentes: para o telégrafo sem fio, para o telefone sem fio e para o transmissor de ondas sonoras. O Padre foi considerado precursor nas transmissões de vozes e ruídos. Publicações sobre as primeiras experiências em transmissão de ondas o reconhecem como criador do rádio. “Pode-se afirmar que a radiodifusão sonora constitui-se no resultado do trabalho de vários pesquisadores em diversos países ao longo do tempo, representando o esforço do ser humano para atender a uma necessidade histórica: a transmissão de mensagens à distância sem o contato pessoal entre o emissor e o receptor”. (FERRARETO, 2001, p. 80). Apesar de a história oficial não confirmar, documentos comprovam que a primeira experiência radiofônica remonta a 6 de abril de 1919. Em Recife, através de um transmissor importado da França, a Rádio Clube foi inaugurada por Oscar Moreira Pinto. Porém, dados oficiais dizem que a primeira transmissão via rádio tem data de 7 de setembro de 1922, no Rio de Janeiro, então capital federal. A transmissão fez parte das comemorações do Centenário da Independência do Brasil e, na ocasião, o Presidente da República, Epitácio Pessoa, fez um discurso. Como o rádio era novidade, foi preciso importar 80 receptores (aparelhos de rádio) especialmente para o evento. 26 Para isso, a Westinghouse Eletric International Co. Instalou no alto do Corcovado, no Rio de Janeiro, uma estação transmissora de 500 watts. Seguiram-se emissões de música lírica e conferências, captadas nos tais aparelhos de rádio dispersos pela cidade. No fim das festividades, a rádio sai do ar, e outra transmissão só acontece no ano seguinte. A emissora, com programas educativos e culturais influencia várias rádios amadoras que aparecem no País na década de 20, como a Rádio Clube Paranaense, em Curitiba. Todas nascem como clubes ou sociedades e, como a legislação proibia a publicidade, são sustentadas pelos associados. Mas esta não seria a data que viria marcar o início da vida do rádio no Brasil. Devido à escassez de aparelhos de rádio e a falta de projetos que possibilitassem uma continuidade, as transmissões que se iniciaram naquele 7 de setembro tiveram vida curta. O transmissor instalado pela Westinghouse, possibilitou que os proprietários dos 80 aparelhos de rádio - seus vizinhos, parentes e colegas - pudessem ouvir óperas transmitidas diretamente do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Entretanto, a experiência não tardou a ser encerrada, causando frustração em todos que acompanharam os primeiros passos do rádio no Brasil. Em 20 de abril de 1923 se instala, definitivamente, o rádio no País. Esta data marcou a inauguração da primeira estação de rádio brasileira: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Fundada por Roquette Pinto e Henry Morize. Roquete Pinto é considerado como o "pai do rádio brasileiro" e um dos grandes nomes da comunicação brasileira em todos os tempos . A Rádio Sociedade do Rio de Janeiro tinha como proposta educar através do rádio. Talvez, já deslumbrava-se a capacidade do rádio em alcançar grandes massas analfabetas, mesmo sendo um veículo ainda recém-nascido. Foi aí que surgiu o conceito de "rádio sociedade" ou "rádio clube", no qual os ouvintes eram associados e contribuíam com mensalidades para a manutenção da emissora Roquette Pinto. 27 ”.A par disso, quando melhoraram as condições para o consumo de jornais, no segundo surto industrial brasileiro, por volta de 1930, surgiu o rádio, não exigindo qualquer alfabetização para o seu uso. O terceiro surto industrial já na década de 60, cuja filosofia foi baseada no consumismo, que multiplicou as verbas aplicadas à publicidade, assistiu a expansão da televisão e nessas transformações o jornal acabou perneta em uma corrida de obstáculos, onde os vencedores estão a televisão e o rádio. A televisão por ser um meio de comunicação nacional, o rádio funcionava em níveis regionais, o jornal então, acabou girando em torno de uma elite. “(Caparelli, pg. 73) Caparelli cita o rádio, como “um dos meios mais apropriados para ressaltar e reforçar os valores culturais das zonas rurais, pois é um meio com base popular.”A regionalização cada vez maior do rádio, em termos de conteúdo, seria uma das formas de impedir a destruição dos valores rurais e sua descaracterização cultural. Este inclusive é um dos principais motivos deste estudo de caso: a identificação do ouvinte com o conteúdo que ele absorve através do rádio, facilitando seu entendimento e aprendizado. Mesmo assim, grande parte da população está isolada, como em uma ilha, fora do alcance da comunicação, isto acontece principalmente nestas zonas rurais e na região amazônica. A razão desta discriminação é a disseminação dos habitantes do norte em grandes extensões territoriais, retirando-se assim o status de consumidores e onde anunciantes deixam de patrocinar os programas. “Ainda nos anos 20, o rádio já começa a espalhar-se pelo território brasileiro. As primeiras emissoras tinham sempre em sua denominação os termos ‘clube’ ou ‘sociedade’, pois na verdade nasciam como clubes ou associações formadas pelos idealistas que acreditavam na potencialidade do novo meio. Nessa primeira fase, o rádio se mantinha com mensalidades pagas pelos que possuíam aparelhos receptores, por doações eventuais de entidades privadas ou públicas e, muito raramente, com a inserção de anúncios pagos que, a rigor, eram proibidos pela legislação da época. E também eram feitos apelos para que os interessados aderissem à emissora como sócios, ajudando a mantê-la.” (ORTRIWANO – 1985 pg.13) 28 Mas, como diz Renato Murce, “a constância não é uma virtude muito brasileira, depois de alguns meses, ninguém mais pagava”. E o rádio lutava com dificuldades, sem estrutura econômico-financeira que pudesse favorecer o seu desenvolvimento. Ao contrário do que o rádio é hoje, ele nasceu da elite. No início das transmissões de rádio, no Brasil, os aparelhos receptores eram importados e, portanto, muito caros. Isto fez com que a programação se voltasse para as elites, ou seja, para quem pudesse pagar as contas do rádio no final do mês. A preocupação com as grandes óperas transmitidas via rádio, a preocupação com palavras e orações rebuscadas, tudo isso marcou os primórdios do veículo no Brasil. Isso se explicava pelo fato de o rádio ainda ser produzido amadoristicamente. Toda a programação musical era feita através de doações ou empréstimos de discos às rádios (as rádios eram fundadas por clubes ou sociedades, formadas por pessoas ricas, que, pelo menos teoricamente, eram capazes de pagar, mensalmente, quantias necessárias para o sustento das rádios). Através de doações em dinheiro ou pagamento de mensalidades as rádios conseguiam se manter. Havia uma divergência do que seria o rádio no futuro: um meio de comunicação para levar informação e educação aos analfabetos. Isso só aconteceu mais tarde, com o advento dos "reclames", ou seja, dos anúncios publicitários, já na década de 30. Com a propaganda o rádio começou a se auto-sustentar podendo assim, determinar uma programação mais voltada para seu verdadeiro público alvo: a classe mais pobre da população. 29 3.2 – Rádios Comerciais A chegada do rádio comercial não demorou. Logo as emissoras americanas reivindicaram o direito de conseguir sobreviver com seus próprios recursos. A pioneira no rádio comercial foi a WEAF de Nova Iorque, pertencente à Telephone and Telegraf Co. Ela irradiava anúncios e cobrava dois dólares por 12 segundos de comercial e cem dólares por 10 minutos. E no Brasil não foi diferente. Em 1931, surgiu o primeiro documento oficial sobre radiodifusão. À essa época, os profissionais do meio já estavam comprometidos com os anúncios e se beneficiavam com a possibilidade de ganhos financeiros. Em 1º de março de 1932, a publicidade no rádio foi permitida, por meio do Decreto nº. 21.111, que regulamentou o Decreto nº. 20.047, de maio de 1931. Esta decisão surge nove anos após a implantação do rádio no país. O governo mostrou, a partir da década de 30, preocupar-se seriamente com o novo meio, que definia como “serviço de interesse nacional e de finalidade educativa”. Assim, regulamentou seu funcionamento e passou a imaginar maneiras de proporcionar-lhe bases econômicas mais sólidas. Inicialmente a propaganda era limitada a 10% da programação, posteriormente elevada para 20% . “Essas resoluções representavam os interesses do Governo para com o novo meio, porém com características arbitrárias e prejudiciais aos empresários empenhados em investir em seu desenvolvimento. Na prática, os principais beneficiados com concessões e permissões, contrariando o ‘interesse público’, eram os correligionários do Poder Executivo.” (LOPES, 1970, p.83). 30 “O próprio Decreto nº. 21.111, em seus artigos 66 e 69, destinava (...) uma hora diária a um programa noticioso obrigatório, o que, mais tarde, embasaria a criação da Hora do Brasil. O quase monopólio estatal previsto, no entanto, não se concretizou, mas se pode afirmar que, nos dois decretos, está a origem da duplicidade do sistema de radiodifusão no país: de um lado, (...) sustentado pelo Estado ou por fundações; e, do outro, privado, comercial e majoritário em quantidade de emissoras e ouvintes” (FERRARETO, 2001, p. 103). Ao direcionar a atenção ao rádio, as autoridades pareciam antever uma premissa que se comportaria no senso comum disseminado posteriormente, segundo a qual a radiodifusão seria um eficiente artifício de “influência em todos os campos, tendo poder decisivo no campo social ou político e econômico, quer no campo religioso, educacional ou cultural” (TAVARES, 1999, p. 59). As rádios sob o padrão comercial se constituem em empresas voltadas à obtenção de lucro e representam a parcela mais significativa do meio. Através do faturamento com publicidade as rádios tiveram condições montar uma estrutura menos amadora. Com a introdução de anúncios, o rádio abriu-se ao que hoje é comum: a disputa pelo mercado, a disputa pela liderança de audiência. E para conseguir esta liderança era preciso evoluir em alguns setores. Primeiro: era necessário melhorar o equipamento para que o público pudesse escutar bem a transmissão. Segundo: havia a necessidade de criar um status da emissora o que só seria possível se fosse cumprido o terceiro ponto: conseguir popularidade. E como fazer isso com uma programação erudita, educativa e cultural? Simples, trocando esta programação voltada para a elite por outra mais popular. É verdade que esta programação não se alterou totalmente e muitas rádios ainda mantiveram em sua grade programas culturais, educativos e eruditos. "A introdução de mensagens comerciais transfigura imediatamente o rádio: o que era 'erudito', 'educativo', 'cultural' passa a transformar-se em 'popular', voltado ao lazer e à diversão”. 31 “Aos programas, associam-se os espaços publicitários, constituindo no seu conjunto o produto oferecido pelo radiodifusor, ou seja, pelo empresário responsável por este tipo de empreendimento. Estas emissoras possuem, assim, dois tipos de clientes: os ouvintes, que com sua audiência, tornam-se consumidores em potencial, e os anunciantes, interessados em atingir com suas mensagens um número crescente de pessoas”(FERRARETO, 2001, p. 45-46). Esta preocupação com o popular se dava para alcançar um público maior. E este público maior era necessário, visto que os anunciantes precisavam vender seus produtos. Os brasileiros viviam a época de nascimento de indústrias nacionais e estas precisavam escoar a produção. Para isso, em um Brasil centralizado, nada melhor do que um veículo que atingisse uma grande parte do País. Os empresários perceberam que o rádio era muito mais eficiente do que os outros meios como o impresso, principalmente devido ao grande número de analfabetos que viviam no Brasil. O rádio passou por um processo de ampliação para que pudesse absorver suas novas missões: popularizar a programação e fazer programas atraentes para o público. Isto seria importante para manter a audiência o que faria os patrocinadores fiéis ao rádio e, ao responder as necessidades coletivas, como meio recreativo e informativo, estaria mais próximo do propósito que a maioria dos seus administradores objetivava: um veículo manipulador da opinião. Isto se explica pela capacidade de atingir um número tão grande de pessoas, já que estas não necessitavam saber ler ou escrever. Assim, a rádio comercial desponta a partir da legalização da publicidade, no início da década de 30. Com o crescimento da indústria e do comércio, o número de propagandas aumenta e o rádio transforma-se em um negócio lucrativo. 32 Surgem os anúncios cantados, os jingles, que revolucionam a propaganda radiofônica. Na década de 30 são criadas várias rádios, entre elas a Rádio Record, de São Paulo (1931), a Rádio Nacional, do Rio de Janeiro (1936) – a primeira grande emissora do país – e a Rádio Tupi (1937), de São Paulo. Nessa época, o rádio vai abandonando seu perfil educativo e elitista para firmar-se como um meio popular de comunicação. A linguagem torna-se mais direta e de fácil entendimento. A programação se diversifica e é bem mais organizada, atraindo o grande público. Nos anos 30 e 40 aparecem os programas de música popular, que lançam ídolos como Carmem Miranda e Orlando Silva. Surgem também os programas de humor, de auditório – que contam com a participação do público -, e as novelas. A primeira delas é “Em busca da felicidade” (1941), da Rádio Nacional. A mesma rádio lança o Repórter Esso (1941), que inaugura o radiojornalismo brasileiro. As técnicas introduzidas por ele – frases curtas e objetivas, agilidade, instantaneidade e seleção cuidadosa das notícias – são usadas até hoje na maioria dos jornais falados. A linguagem se tornou a mais coloquial possível. Com o tempo os locutores foram levando esta linguagem coloquial para o rádio brasileiro. O rádio se aproximava ainda mais do público, principalmente do mais humilde que não lia veículos impressos como o jornal. E, mais uma vez, esta mudança estava ligada a uma necessidade de vender os produtos dos patrocinadores. Este fator, ou seja, a introdução dos reclames na programação radiofônica foi muito importante para o rádio se transformar no que é hoje: um dos veículos mais populares do mundo. Com mais recurso, chegou a hora de se modernizar de vez. A rádio Record contratou o primeiro cast (equipe) profissional e exclusivo, com remuneração mensal. A década de 30, portanto, foi uma espécie de período de testes e preparação para o que viria em seguida. As mudanças não pararam por aí: várias rádios começaram a investir na modernização, também, dos seus estúdios. Em 1935, a Rádio Kosmos, de São Paulo inaugura um auditório. Isso veio 33 possibilitar que alguns ouvintes assistissem ao programa ao invés de apenas escutá-lo como a grande maioria. Este tipo de recurso ainda é muito utilizado em várias rádios como algumas AMs de Fortaleza. A década de 40, a "época de ouro do rádio brasileiro" foi o período em que o rádio mais se desenvolveu. Foi nestes dez anos que as rádios mais tiveram que modificar seus programas e batalhar para adquirir os melhores profissionais existentes no mercado, pois foi neste período que o rádio chegou ao auge da popularidade. Seus cantores e cantoras, seus atores e atrizes, diretores e locutores se tornaram famosos, ricos e queridos por toda uma população de um País continental. A exemplo disso, uma ótima solução para a descontração encontrada pelos donos de rádio foi sem dúvida, a criação das radionovelas. A primeira foi ao ar em 1942, através da Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Esta radionovela se chamava "Em busca da felicidade". E logo, assim como os programas de rádio com espectadores em estúdio, se transformaram em um sucesso. Outras especialidades começam a surgir como o radiojornalismo. Já em 1941, durante a II Guerra Mundial, surgia o Repórter Esso, criado pela Rádio Nacional. O Repórter Esso é um divisor de águas no radiojornalismo brasileiro. A partir de seu surgimento várias rádios procuraram, além de retransmiti-lo, também imitá-lo. O padrão austero e preciso do Repórter Esso ficou no ar até 1968. Foram 27 anos de um radiojornalismo que procurava mostrar, diariamente, os principais fatos do Brasil e do mundo e era, assim como dizia seu slogan, "testemunha ocular da história". Foi um dos poucos programas da época em que o locutor teve uma preparação especial. Heron Domingues, que durante 18 anos comandou o Repórter Esso, foi preparado pela United Press Internacional (UPI) estando, portanto, no mesmo nível dos melhores locutores norte-americanos da época. Outro marco do radiojornalismo brasileiro foi o Grande Jornal Falado Tupi, da Rádio Tupi, de São Paulo, criado em 1942. O noticiário tinha uma hora de duração diária. Assim como o radiojornal da Rádio Nacional, o Grande Jornal 34 Falado Tupi foi importante porque "definiu os caminhos de uma linguagem própria para o meio, deixando de ser apenas a 'leitura ao microfone' das notícias dos jornais impressos". O rádio foi um intermediário entre as idéias, valores, crenças e interesses dos grupos no poder e população. Atuou como agente econômico na consolidação do mercado interno influenciando diretamente os hábitos de consumo. Nesta manobra o jornal perdeu e preferência para a veiculação de anúncios, em favor do rádio que tinha maior alcance popular. 3.4 A Rádio e o Poder Nem só de propaganda comercial viveu o rádio do início do século. A utilização do rádio como instrumento de divulgação da ideologia do grupo que está no poder não é descoberta recente. Paul Joseph Goebbels, Ministro de Informação e Propaganda do III Reich, utilizou-o intensamente, a ponto de se afirmar que Hitler seria inconcebível sem o rádio. É um meio de comunicação com grande poder de penetração entre as massas, servindo com eficiência aos interesses políticos e no Brasil, o então presidente Getúlio Vargas aprendeu a usá-lo para disseminar sua ideologia política. A propaganda política esteve bastante presente nas transmissões radiofônicas, principalmente durante o regime ditatorial do Estado Novo. Neste período, Vargas utilizava as rádios (em especial da Rádio Nacional) como o veículo transmissor das idéias e feitos do governo estadonovista. O impacto do rádio sobre a sociedade brasileira a partir de meados da década de 30 foi muito mais profundo do que aquele que a televisão viria a produzir trinta anos depois. De certa forma, o jornalismo impresso, ainda erudito, tinha apenas relativa eficácia (a grande maioria da população nacional era analfabeta). O rádio comercial e a popularização do veículo implicaram a criação de um elo entre o indivíduo e a coletividade, mostrando-se capaz não apenas de vender produtos e ditar 'modas', como também de mobilizar massas, levando-as a 35 uma participação ativa na vida nacional. Os progressos da industrialização ampliavam o mercado consumidor, criando as condições para a padronização de gostos, crenças e valores. As classes médias urbanas (principal público ouvinte do rádio) passariam a se considerar parte integrante do universo simbólico representado pela nação. “Pelo rádio, o indivíduo encontra a nação, de forma idílica: não a nação ela própria, mas a imagem que dela se está formando." (Vargas) Uma curiosidade sobre a censura na imprensa e aos atentados cometidos pela extrema direita, acrescentadas às ameaças e pressões contra os anunciantes no final dos anos 70: “O jornal Opinião, perdeu de uma hora para outra os anúncios da Fundação Getúlio Vargas, e a Polícia Federal, em Porto Alegre, visitou numerosos anunciantes do Coojornal, pressionando-os para que deixassem de inserir seus anúncios na imprensa alternativa.” (Caparelli, 1982, SP pg. 56) Logo com Getúlio Vargas, que foi justamente o primeiro a ver no rádio uma grande importância política e o primeiro governante brasileiro a utilizar o rádio dentro de um modelo autoritário, antevendo seu alcance e expressou isto através de uma mensagem enviada ao Congresso Nacional no dia 1º de maio de 1937: “o governo da União procurará entender-se a propósito, com os estados e os municípios, de modo que, mesmo nas pequenas aglomerações, sejam instalados rádios-receptores, providos de alto-falantes, em condições de facilitar a todos os brasileiros, sem distinção de sexo nem idade, momentos de 36 educação política e social, informes úteis aos seus negócios e toda sorte de notícias tendentes a entrelaçar os interesses diversos da nação. A iniciativa mais se recomenda quando consideramos o fato de não existir no Brasil imprensa de divulgação nacional. São diversas e distantes zonas do interior e a maioria delas dispõe de imprensa própria, veiculando apenas as notícias de caráter regional. À radiotelefonia está reservado o papel de interessar todos por tudo quanto se passa no Brasil.” (Getúlio Vargas) Apesar da popularidade dos programas de auditório e radionovelas, as emissoras viviam sob a censura e requisição de horários para a divulgação de propaganda política governamental: “ Ninguém desconhece a influência fantástica que o rádio teve em todos os movimentos políticos do país. Desde os tempos de Getúlio Vargas, sobretudo na propaganda dos grandes feitos do governo, através dos órgãos e das horas que lhes eram disciplinadas, como em horários extras, por qualquer motivo e qualquer pretexto.” ( MURCE, Renato, 1977, RJ, p.99) Mais de 70 anos depois, em junho de 2005, a regulamentação do rádio é responsabilidade da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), órgão vinculado ao Ministério das Comunicações. Segundo rege sua legislação, a outorga para execução dos serviços de Radiodifusão FM é precedido de um processo licitatório. 37 As emissoras autorizadas a funcionar e os canais que podem ser aproveitados por quem estiver interessado no ingresso às atividades radiofônicas estão disponíveis no Plano Básico de Radiodifusão, disponível no sítio mantido pela autarquia na internet. Outro cadastro, o Sistema de Reserva de Canais – também acessível por endereço eletrônico, lista provisoriamente as instituições que desejam entrar em funcionamento, até que seja dada entrada no processo de outorga, depois de disponibilizado o respectivo projeto técnico de viabilidade do referido canal. Esta reserva tem prazo de validade de 30 dias. “Para que o canal seja incluído no Plano Básico, são necessárias a publicação e a aprovação por meio de consulta pública” (BRASIL, 2005). Ainda hoje o poder exerce grande influência nos meios de comunicação de massa. “O poder da comunicação social é visto pela Doutrina de Segurança Nacional como imprescindível para a integração ideológica, dentro dos objetivos nacionais.” (Caparelli, 1986 – pg. 40) O rádio estabelece uma importante função para manter contatos com a população brasileira e exerce um perigo de influência interna e externa. Porém, existem também as “ilhas de silêncio” que compreendem grandes extensões geográficas onde centenas de brasileiros, não ficam sabendo o que está acontecendo a não ser que sintonizem emissões de rádios estrangeiras. Muitas emissoras deixam de transmitir seus horários de publicidade para as regiões que consideram menos vantajosas para seus anunciantes, causando um “buraco” em suas programações ou até mesmo deixando de exibir imagens, no caso da TV. Uma explicação parcial para a criação da Radiobrás, e seus planos para preencher estes vazios. 38 “Alguns acontecimentos no rádio e na televisão levantaram uma questão: há possibilidades de um rádio e televisão alternativos? Essa pergunta pode parecer sem sentido quando se sabe que praticamente todos os países do mundo detém o monopólio estatal das telecomunicações. “ ( Caparelli, 1986 pg. 50) A solução deste impasse foi a transmissão através de navios que se posicionavam a seis milhas da costa e interferiam as emissoras já instaladas legalmente em terra firme. De um lado ficavam os empresários querendo furar o bloqueio da pouca ou inexistente publicidade contida nos programas das emissoras oficiais e do outro, minorias como ecologistas, esotéricos, religiosos, grupos musicais, etc que impunham seus próprios canais de expressão. As produções realizadas por estas emissoras “alternativas” eram transmitidas para pequenas comunidades, servindo para um trabalho de debate e crítica. 3.5 Rádios Comunitárias O que é uma Rádio Comunitária? Rádio Comunitária é um tipo especial de emissora de rádio FM, de alcance limitado a, no máximo, 1 km a partir de sua antena transmissora e opera com potência máxima de transmissão irradiada máxima de 25 watts. Trata-se de uma pequena estação de rádio criada para proporcionar informação, cultura, entretenimento e lazer a pequenas comunidades. A grande experimentação desta nova mania, aconteceu em Sorocaba, no interior paulista, quando em 1981 alguns adolescentes, cansados da mesmice da programação das emissoras de FM permissionadas, resolveram colocar no ar aquelas que podem ser consideradas as primeiras rádios livres, alternativas ou piratas. Estes jovens possuíam algum conhecimento em eletrônica 39 e as rádios acabaram mais tarde detonando uma onda incontrolável de instalações de emissoras piratas em várias regiões do país. Em São Paulo, a primeira transmissão foi da rádio Xilic. Hoje em dia, várias capitais operam com rádios piratas, muitas já foram legalizadas e outras se tornaram bem famosas como a Rádio Popular Santa Amélia que atinge um público de 5.000 pessoas na periferia de Curitiba ou as rádios das favelas da Maré e Rocinha no Rio de Janeiro ou ainda a Rádio Comunitária em Beberibe no Recife que prestam serviços de utilidade pública específicos para as comunidades onde estas emissoras foram instaladas. Podemos perceber o contato social da produção no discurso radiofônico popular com a principal caracterização social do rádio. Para Maria Immacolata Lopes “Na sociedade industrial, a prática ‘semiótica’ (ou produção social do sentido) é particularmente moldada pelo sistema de CM que é definido como sistema da indústria cultural. Justifica-se então todo empenho teórico e metodológico para detectar e reconstruir as práticas semióticas da diferentes classes a partir dos materiais da CM. Sabe-se que a CM se caracteriza como um conjunto de matérias significantes (ordem visual, auditiva, escrita, gestual e etc) que se realizam em infra-estrutura diferentes (imprensa,cinema,rádio,tv etc). Nesse sistema de CM o objetivo é circunscrever um tipo de discurso transmitido pelo rádio cuja estrutura de significado parece estar altamente implicada na reprodução do sistema simbólico das populações marginais e no modo particular de participação dessas populações marginais e no modo particular de participação das populações no conjunto social.” Constata-se inicialmente que, entre os meios de comunicação de massa, o rádio é o mais amplo na sociedade brasileira. É ele que atinge maior cobertura, penetração e alcance, tanto em termos geográficos como de público. É um meio de integração nacional “O objetivo das rádios livres era o de atingir não mais as grandes massas, mas as minorias e os grupos socialmente marginalizados.” ( Ortriwano) 40 As emissoras de rádio clandestinas existiram desde o início da radiodifusão. Mas, a partir dos anos 70, o fenômeno ganhou impulso político, associado a movimentos libertários, principalmente na Itália e na França. Estas emissoras muitas vezes, transmitiam para um raio pouco maior do que um quarteirão. A grande facilidade tecnológica para a montagem de um transmissor de FM, aliada à potencialidade do rádio como meio de expressão dos anseios e da criatividade individual, poderão colocar cada vez mais em xeque as normas legais hoje existentes, abrindo caminho para uma efetiva utilização desse novo tipo de exploração do rádio. A rádio comunitária dará condições à comunidade de ter um canal de comunicação inteiramente dedicado a ela, abrindo a oportunidade para divulgação de suas idéias, manifestações culturais, tradições e hábitos sociais. Tudo isso procuramos fazer da melhor forma possível aqui na FM Lagoinha. Estamos sempre noticiando os eventos locais, os acontecimentos comunitários e de utilidade pública. (Texto extraído da cartilha “Se liga, Brasil. Rádio Comunitária é legal” - do Ministério das Comunicações.) Apesar de toda a manifestação das rádios permissionadas (comerciais) para anular o novo movimento que se formava, ganhando força cada vez maior principalmente no meio rural, onde as “ilhas de silêncio” eram mais presentes, as rádios comunitárias, obtiveram reconhecimento do governo. As rádios se organizaram e conseguiram a criação de uma legislação específica para operar. Com a finalidade ao atendimento à comunidade beneficiada, com vistas a: I - Dar oportunidade à difusão de idéias, elementos de cultura,tradi-ções e hábitos sociais da comunidade; II - Oferecer mecanismos à formação e integração da comunidade, estimulando o lazer, a cultura e o convívio social; 41 III - Prestar serviços de utilidade pública, integrando-se aos serviços de defesa civil, sempre que necessário; IV - Contribuir para o aperfeiçoamento profissional nas áreas de atuação dos jornalistas e radialistas, de conformidade com a legislação profissional vigente. Pela legislação: LEI Nº 9.612, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. Institui o Serviço de Radiodifusão Comunitária e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Denomina-se Serviço de Radiodifusão Comunitária a radiodifusão sonora, em freqüência modulada, operada em baixa potência e cobertura restrita, outorgada a fundações e associações comunitárias, sem fins lucrativos, com sede na localidade de prestação do serviço. § 1º Entende-se por baixa potência o serviço de radiodifusão prestado a comunidade, com potência limitada a um máximo de 25 watts ERP e altura do sistema irradiante não superior a trinta metros. § 2º Entende-se por cobertura restrita aquela destinada ao atendimento de determinada comunidade de um bairro e/ou vila. (BOLETIM 2.Maio de 2002. Diretoria Colegiada 2001-2003. ABRAÇO NACIONAL) 42 3.6 Datas Importantes Ano ACONTECIMENTO 1865 O Dia Mundial das Telecomunicações é comemorado em 17 de maio porque foi nesta data, em se que instituiu a "União Telegráfica Internacional". 1887 Henrich Rudolph Hertz descobre as ondas de rádio. 1893 Padre Roberto Landell de Moura, faz a primeira transmissão de palavra falada, sem fios, através de ondas eletromagnéticas. 1896 Guglielmo Marconi realiza as primeiras transmissões sem fios. 1922 Primeira transmissão radiofônica oficial brasileira. 1923 - Roquette Pinto e Henrique Morize fundam a primeira emissora brasileira Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. - É feita a primeira transmissão de rádio em cadeia no mundo, envolvendo a WEAF e a WNAC, de Boston. 1926 - No dia 30 de novembro é criada a Sociedade Rádio Educadora Paulista - PRA-E. John Baird realiza as primeiras transmissões de imagens 1931 - É fundada a PRB 9 - Rádio Record de São Paulo. - No início dos anos 30 o Brasil já tinha 29 emissoras de rádio, transmitindo óperas, músicas e textos instrutivos. 1932 - O Governo de Getúlio Vargas autoriza a publicidade em rádio. - Ademar Casé estréia seu programa na Rádio Philips. Casé (avô da atriz Regina Casé) criou o 1º jingle do rádio brasileiro: "Oh! Padeiro desta rua/ Tenha sempre na lembrança/ Não me traga outro pão/ Que não seja o pão Bragança..." 1933 O americano Edwing Armstrong demonstra o sistema FM para os executivos da RCA. 1934 -Criada a Rádio Difusora, apelidada de "Som de Cristal", onde surge o termo "radialista", inventado por Nicolau Tuma. -O DOP é transformado em Departamento de Propaganda e Difusão Cultural, e surge então “A Voz do Brasil”. Depois o noticiário passa a ser responsabilidade da Agência Nacional, atual Empresa Brasileira de Notícias - EBN. 1935 Assis Chateaubriand inaugura em 25 de setembro a PRG-3, Rádio Tupi do RJ. 43 1936 Ao som de "Luar do Sertão", às 21 horas do dia 12 de setembro, ouvia-se: "Alô, alô Brasil! Aqui fala a Rádio Nacional do Rio de Janeiro!". Surge a PRE-8, adquirida por apenas 50 contos de réis da Rádio Philips. 1938 - No dia das bruxas, a rádio americana CBS, apresenta o programa "A Guerra dos Mundos", com Orson Welles, que simula uma invasão de marcianos aos Estados Unidos. O realismo era tamanho que uma onda de pânico tomou conta do País. O locutor anunciava: "Atenção senhoras e senhores ouvintes... os marcianos estão invadindo a Terra...". A emissora teve que interromper a transmissão tamanha foi a confusão. - Acontece a primeira transmissão esportiva em rede nacional no Brasil, na Copa de 38, por Leonardo Gagliano Neto, da Rádio Clube do Brasil do RJ. 1939 - O americano Edwin Armstrong inicia operação da primeira FM em New Jersey. - Realiza-se o primeiro programa de auditório do rádio brasileiro, chamado "Caixa de Perguntas". Na Rádio Nacional. 1941 - Em 12 de julho, começa a transmissão da primeira rádio novela do País, que foi apresentada durante cerca de três anos, pela PRE-8, Rádio Nacional do RJ. Era a novela "Em Busca da Felicidade" . A seguir foi a vez de "O Direito de Nascer". - Nesta década entra no ar o primeiro jornal falado do rádio brasileiro: o "Grande Jornal Falado Tupi", de São Paulo. - Surge o noticiário mais importante do rádio brasileiro: o "Repórter Esso", apresentado por Heron Domingues. 1946 Surgem os gravadores de fita magnética, dando maior agilidade ao rádio. 1953 A cantora Emilinha Borba, que começou na Rádio Cruzeiro do Sul, foi consagrada a "Rainha do Rádio", na Rádio Nacional. 1962 - Primeira transmissão via satélite. - Em 27 de novembro, é criada a Associação Brasileira de Rádio e Televisão ABERT. 44 1965 - O Brasil é integrado no Sistema INTELSAT. - Inauguração do MIS - Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro 1967 Criado no dia 25 de fevereiro o Ministério das Comunicações. 1968 -Foi extinto o “Repórter Esso”. P programa foi marcado pela pontualidade. Milhares de brasileiros já estavam acostumados a acertar seus relógios. -Radio entra nas zonas rurais. 1969 Em 12 de maio é criada a Rádio Mulher. A primeira rádio com toda a programação voltada para o universo feminino, de São Paulo, fundamentada nos moldes americanos e europeus. 1976 É criada a Radiobrás – Empresa Brasileira de Radiodifusão. 1980 É criado em 25 de setembro, o “Dia do Rádio”. 1982 -A Rádio Jornal do Brasil – FM, do Rio de Janeiro torna-se pioneira na utilização do Compact Disc Áudio Digital – o CD. -A Rádio Transamérica é pioneira na transmissão em rede de FMs. 45 4 ANÁLISE DE DADOS Em 1980, o Instituto Marplan realizou uma pesquisa em 8 capitais e mostrou que 88% do público pesquisado tem o hábito de ouvir rádio. Quanto à discriminação por sexo, faixa etária e classe sócio-econômica, o rádio atinge 93% dos homens e 90% das mulheres das mulheres das classes A, B e C entre os 15 e os 29 anos de idade. Em relação aos outros meios, o rádio ficou em 2º lugar, atingindo 88% do público, enquanto a televisão alcança 94%. 4.1 Pesquisa - O Prosa Rural e os ouvintes Resultado obtido para a pesquisa realizada por telefone com os ouvintes do programa: A pesquisa foi realizada com 200 ouvintes escolhidos aleatoriamente entre junho de 2004 e julho de 2005: Tabela 1: Identificação / Idade Faixa etária até 10 anos (34) …….17% Entre 31 e 40 anos (31)…………..16 % Entre 11 e 20 anos (52) ……….. .. 25% Entre 41 e 50 anos (14) …..………. 7% Entre 21 e 30 anos (39) …..……. 20% Não respondeu (30) ………..…. 15% 46 Gráfico 1: Faixa etária dos ouvintes Faixa Etária Até 10 anos 31 a 40 anos 11 a 20 anos 41 a 50 anos 21 a 30 anos Não respondeu Tabela 2: Identificação / Sexo Masculino (73) ........ 37% Feminino (127) ....... 63 % Gráfico 2: Identificação / Sexo Sexo Masculino Feminino 47 Tabela 3: Ocupação Estudante (63)……….. 31% Produtor rural (37) …….. 19% Dona-de-casa (52)…….. 25 % Outros (25) …… 13% Não respondeu* (23)……. 12% *(Ligações destinadas à compra de publicações) Gráfico 3: Ocupação Ocupação Estudante Dona-de-casa Produtor Rural Outro Não respondeu Tabela 4: Assunto de maior interesse (ranking) Receitas (52)% Pecuária (33)% Lançamentos de cultivares (30)% Agricultura Familiar (29) % Outros (24)% Publicações (23) % 48 Piscicultura (9)% Gráfico 4: Assunto de interesse Assunto de interesse Seqüência1 Piscicultura Publicações Outros Agric. Familiar Lanç. de cultivares Pecuária Receitas 60 50 40 30 20 10 0 Tabela 5: Índice de satisfação Ótimo (163) ..………. 81% Bom (27) ……... 14% Regular (6) ……… 3% Péssimo (0) Não respondeu (4) ….. 2% Gráfico 5: Índice de satisfação 49 Índice de satisfação Ótimo Bom Regular Péssimo Não respondeu Tabela 6: Críticas 52 donas-de-casa não conseguiram anotar as receitas culinárias do programa Tabela 7: Sugestões Sugestões de ouvintes para assuntos de outras naturezas de relevância e que fizeram parte da nova grade de programação já em 2006 (Horta caseira, cultivo de tomate, mamona e biodiesel) 31 representantes de emissoras ligaram solicitando receber o programa, pois haviam ouvido na emissora concorrente. Tabela 8: Observações de relevância 4 emissoras de rádio ligaram e enviaram mensagens por correio eletrônico solicitando equipamentos e vinhetas. 10 crianças (até 12 anos gostariam de cumprimentar os locutores). Com a facilidade do acesso ao atendimento ao ouvinte através de ligação gratuita, 14 crianças que estavam em horário de recreio, ligaram para passar trote. 50 4.2 Pesquisa – O Prosa Rural e as rádios comerciais Pesquisa realizada através de questionário enviado às rádios comerciais do Semi-Árido nordestino no período de junho de 2005 a outubro de 2005: Número de questionários enviados: 60 Número de questionários respondidos e devolvidos 13 Tabelas e Gráficos: Tabela 9: Ano em que começou a transmitir o programa 1-2003 (1) 2-2004 (6) 3-2005 (4) 4-Não respondeu (2) Gráfico 9: Ano em que começou a transmitir o programa Ano inicial de exibição 8 6 4 2 0 Não respondeu 2005 2004 2003 Seqüência1 Tabela 10: Periodicidade de veiculação 1-Diariamente (1).............................. 8% 2-Uma vez por semana (8)............... 61% 3-Duas vezes por semana (4) .......... 31% 51 Gráfico 10: Periodicidade de veiculação Periodicidade Diario 1 x semana 2 x semana Tabela 11: Regularidade do horário Sim (13) 100% Não (0) Tabela 12: Horário de exibição do programa Manhã (7).......38% Tarde (5)........54% Noite (1)...........8% Gráfico 12: Horário de exibição do programa Horário do Programa Manhã Tarde Noite 52 Tabela 13: Retorno dos ouvintes do programa Sim (13) .............100% Não (0) Tabela 14: Formas de contato do ouvinte Cartas (6) ………………………….. 47% Telefonemas (5) ……………………. 38% Outros: pessoalmente (2) …………. 15% Gráfico 14: Formas de contato do ouvinte Contato do ouvinte Cartas Telefonemas Outros Tabela 15: Quadros preferidos dos ouvintes Favas contadas (5)........... 38% Dedo de prosa (4)............ 31% Pitacos da hora (3) ......... 23% Notícias (1) ..................... 8% 53 Gráfico 15: Quadros preferidos dos ouvintes Gráfico6: Quadro preferido 6 5 4 3 2 1 0 Notícias Pitacos da Hora Dedo de Prosa Favas Contadas Seqüência1 Tabela16: Abrangência das rádios comerciais (raio) 1 a 60km (0) ………………………. 0% 61 a 80km (2) ………………….... 14% 81 a 100km (3) …………………... 21% Mais de 100km (4) …………….… 29% Não sabe ou não respondeu (5)… 36% Gráfico 16: Abrangência das rádios comerciais (raio) A b ran g ê n c ia 1 a 60k m 61 a 80k m 81 a 100k m M ais de 1200k m N ão s abe ou não res pondeu 54 Tabela 17: Equipamentos da rádio (ranking) CD (13) Chave-híbrida (8) Mini-Disc (6) K7(3) DAT (1) MP3 (8) Rolo (1) Gráfico 17: Equipamentos da rádio (ranking) Equipamentos 15 10 5 0 o ol R AT D K7 M P3 in i-D is c M C D Seqüência1 Tabela 18: Acesso à internet Sim (11)…… 85% Não (2)……. 15% Gráfico 18: Acesso à internet Acesso a Internet Sim Não 55 Tabela 19: Conteúdo da emissora (ranking) A-Criança (11) K-Idoso (7) B-Cultura Local (11) L-Saúde (7) C-Religiosidade (11) M-Ecologia (6) D-Jornalismo (11) N-Esporte (6) E-Adolescente (10) O-Meio ambiente (6) F-Agricultura e Pecuária (10) P-Mulher (6) G-Agenda Cultural (9) Q-Geração de emprego e renda (5) H- Direitos Humanos (9) R-Sindicalismo (5) I- Política (9) S-Associativismo (3) J- Direito do Consumidor (8) T-Comunidade Negra (2) U-Cooperativismo (1) Gráfico 19: Conteúdo da emissora (ranking) P re fe rê n c ia S e q ü ê n c ia 1 12 10 8 6 4 2 0 A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U 56 Tabela20: Estilos musicais (ranking) A-Forró (12) K-Rock Estrangeiro (7) B-MPB (12) L-Reggae (6) C-Sertanejo (12) M-Bossa Nova (4) D-Samba (12) N-Funk (4) E-Pagode (11) 0-Hip Hop (4) F-Regional (11) P-Outros (3) G-Rock Nacional (11) Q-Punk (2) H-Axé (10) R-Jazz (2) I- Músicos Locais (10) S-Erudito (1) J-Caipira (8) T-Heavy (1) Gráfico 20: Estilos musicais (ranking) Preferência musical 15 10 5 Seqüência1 0 A B C D E F G H I J K L MN O P Q R S T 57 Tabela 21: Sim (10) Possui autorização definitiva ou provisória Não (2) Não respondeu (1) Gráfico 21: Possui autorização definitiva ou provisória Autorização Sim Não Não respondeu 58 4.3 Pesquisa – O Prosa Rural e as rádios comunitárias Pesquisa realizada através de questionário enviado às rádios comerciais do semi-árido nordestino no período de junho de 2005 a outubro de 2005: Número de questionários enviados: 400 Número de questionários respondidos e devolvidos 187 Tabelas e Gráficos: Tabela 22: Ano em que começou a transmitir o programa 1.2003 (15) 2.2004 (66) 3.2005 (69) 4.Não respondeu (37) Gráfico 22: Ano em que começou a transmitir o programa Ano inicial 80 60 40 20 0 2003 2004 2005 Não respondeu Tabela 23: Periodicidade de veiculação Diariamente (26) Uma vez por semana (113) Duas vezes por semana (48) 59 Tabela 24: Regularidade do horário Sim (178) Não (9) Tabela 25: Horário de exibição Manhã (119) Tarde (60) Noite(8) Tabela 26: Retorno dos ouvintes do programa Sim (156) Não (31) Tabela 27: Formas de contato do ouvinte Cartas (74) Telefonemas (91) Outros (22) Gráfico 27: Formas de contato do ouvinte Contato do ouvinte 12% 40% Cartas Telefonemas Outros 48% Tabela 28: Quadros preferidos dos ouvintes (ranking) Notícias (54) Dedo de prosa (47) Pitacos da hora (44) Favas contadas (42) 60 Gráfico 28: Quadros preferidos dos ouvintes (ranking) Quadro Preferido 60 50 40 30 20 10 0 Notícias Pitacos da hora Dedo de prosa Favas contadas Tabela 29: Abrangência (raio) 1 a 20km (97) 21 a 40km (61) 41 a 60km (16) 61a 80km (3) 81 a 100km(2) Mais de 100km (6) Não sabe ou não respondeu (2) Gráfico 29: Abrangência (raio) Abrangência 1% 9% 2% 3% 1% 1 a 20km 21 a 40km 41 a 60km 51% 33% 61a 80km 81 a 100km Mais de 100km Não respondeu 61 Tabela 30: Equipamentos da rádio (ranking) CD (178) K7 (87) MP3 (134) Chave-híbrida (118) Mini-Disc (58) DAT (7) Rolo (5) Tabela 31: Acesso à internet Sim (70) Não (113) Não respondeu (4) Tabela 32: Conteúdo da emissora (ranking) Cultura Local (170) Religiosidade (170) Esporte (169) Saúde (164) Jornalismo (163) Agricultura e Pecuária (160) Adolescente (134) Agenda Cultural (123) Criança (112) Direitos Humanos (108) Meio ambiente (108) Política (105) Associativismo (101) Mulher (96) Ecologia (87) Direito do Consumidor (86) Sindicalismo (81) Idoso (80) Cooperativismo (72) Geração de emprego e renda (56) Comunidade Negra (47) Tabela 33: Estilos musicais (ranking) Forró (186) Sertanejo (185) MPB (181) Axé (174) Samba (172) Regional (171) Músicos Locais (167) Rock Nacional (159) Pagode (145) Reggae (143) Caipira (141) Rock Estrangeiro (102) Bossa Nova (82) Funk (78) Hip Hop (74) Outros (50) Heavy (36) Jazz (31) Punk (31) Erudito (20) Tabela 34: Possui conselho comunitário Sim (134) Não (31) Não sabe ou não respondeu (22) 62 5 CONCLUSÃO As pesquisas apresentaram dados relevantes que servirão para uma reformulação na estrutura do programa de rádio da Embrapa – Prosa Rural. Considerando a pesquisa com os ouvintes, pode-se perceber que: A maioria dos ouvintes está na faixa etária entre 11 e 40 anos e compreende jovens estudantes, produtores rurais e donas-de-casa. O público é predominantemente feminino e não consegue anotar as receitas divulgadas durante os programas. O número de ligações apontou esta realidade. Os assuntos mais procurados pelo ouvinte do sexo masculino, giram em torno das tecnologias apresentadas nas áreas da pecuária, lançamentos de cultivares geradas pela pesquisa e agricultura e que, acaba incorrendo em um número significativo de pedidos de compras de publicações especializadas da Embrapa. O índice de satisfação do ouvinte supera as expectativas para o primeiro ano de exibição do programa. Trinta e um representantes de emissoras ligaram solicitando receber o programa porque ouviram na emissora concorrente. Quatro representantes de emissoras de rádio ligaram e enviaram mensagens por correio eletrônico elogiando a produção do programa mas se confundiram ao solicitar equipamentos e vinhetas, uma vez que a Embrapa não fornece tais materiais para nenhuma emissora. Dez crianças ligaram para cumprimentar os locutores pela simpatia, porém, a facilidade do acesso ao atendimento ao ouvinte através de ligação gratuita, catorze estudantes que estavam em horário de recreio nas escolas, ligaram para passar trote ou simplesmente conferir se o número anunciado pelo programa, era verdadeiro. Foram várias as sugestões registradas para temas de programas como: horta caseira, cultivo de tomate, mamona e biodiesel por exemplo e, que foram encaminhadas às Unidades de Pesquisa. Estes assuntos já fazem parte da nova grade de programação já em 2006. Considerando uma vitória do marketing de relacionamento da empresa que acatou as considerações dos ouvintes. 63 Esta mudança foi realizada em setembro de 2005 durante a reunião entre as unidades de pesquisa, antes da conclusão deste estudo. A pesquisa realizada com as rádios comerciais e comunitárias mostrou variações entre as categorias : O ano de 2004 foi o de maior adesão de rádios comerciais, e 2005 registrou o maior número de adesão das rádios comunitárias. Sobre a veiculação, a transmissão uma vez por semana para as rádios comerciais e para as rádios comunitárias, demonstrou evidência na disponibilidade de horário. As rádios comunitárias elevaram o número de exibição para duas vezes semanais, num registro de uma provável falta de opção para estas emissoras na realização de outros programas com a mesma qualidade. A regularidade no horário que é exigida no contrato de parceria está sendo cumprida pelas emissoras. O horário na preferência do ouvinte de ambas categorias é o matutino. As pesquisas mostraram que o programa causa impacto e traz retorno para a emissora através de cartas e telefonemas, além de visitas pessoais registradas em alguns casos particulares. Uma curiosidade foi percebida com relação ao quadro preferido pelo ouvinte: nas rádios comerciais, o índice de 38% mostrou que os ouvintes estão mais interessados no quadro favas contadas (músicas, causos, radiodramas...) e nas rádios comunitárias a realidade é outra, pois o público é carente de notícias com 54% das respostas. A abrangência das rádios comerciais, ou seja, o alcance das antenas (quilohertz) é superior a 100km, enquanto as comunitárias se restringem, a no máximo, 40km de alcance. O meio escolhido pela Embrapa em CD (compact disc) foi o ideal, uma vez que todas as emissoras já o utilizam. Porém o acesso à internet é mais restrito às rádios comerciais. A Embrapa já estudou o envio do programa via e.mail para reduzir os custos de remessa pelos Correios, mas as emissoras comunitárias não possuem equipamentos potentes o suficiente para a recepção do programa que é de 14 megabytes. Seus computadores não suportam esta capacidade. 64 Outro dado importante: em uma recente pesquisa via e.mail, para verificar se as rádios que tinham acesso à internet, possuíam banda larga, ou seja, capacidade de conexão rápida para receberem o programa, a minoria respondeu que sim, inviabilizando então o argumento desta nova sugestão de envio. A cultura local e a religiosidade foram os temas preferidos pelos ouvintes das emissoras pesquisadas tanto comerciais, quanto comunitárias e não caracterizam uma coincidência, pois são temas predominantemente característicos de cidades pequenas onde o programa é exibido. Na categoria “estilos musicais” o forró, o sertanejo, o axé e a MPB (Música Popular Brasileira) caíram no gosto preferencial do ouvinte. As rádios regularizadas e autorizadas para estar em pleno funcionamento, foram maioria quase absoluta nesta pesquisa. E as demais se justificaram registrando que os documentos já estavam em tramitação nos os órgãos competentes. As comunitárias registraram a existência de um conselho comunitário que os auxiliam em seus municípios. Embora com uma programação dirigida a toda a população regional, as rádios consagram espaços exclusivos aos que lidam com a agricultura e pecuária. Com isto pretendem com seus programas rurais: -Colaborar para que os ouvintes tomem consciência de sua própria dignidade e do seu valor como pessoas; -Facilitar elementos para que compreendam a realidade sócioeconômica em que vivem; -Estimular a inteligência; -Exercitar o raciocínio. -Levar a uma reflexão sobre suas necessidades e seus interesses; -Estimular ao diálogo e à participação; -Acentuar os valores comunitários e solidários, -Conduzir à união e cooperação; -Concentrar esforços para a participação de todos no desenvolvimento do setor primário; 65 -Sensibilizar a família rural para sua promoção cultural, social e econômica; -Transferir conhecimentos que ensejem aumento da produção e produtividade conduzindo a uma melhoria na renda e condições de vida; -Informar sobre mercados, estradas, variações climáticas, doenças e pragas, financiamento, política agrícola estadual e nacional. Os dados colhidos nas pesquisas apresentaram resultados importantes e serão argumentos para uma reavaliação do programa que deverão ser levados à diretoria da empresa sob meu ponto de vista. Serão sugeridas mudanças de temas e quadros para a validação deste estudo como: a aquisição de equipamentos, compatíveis com uma linha híbrida que possibilita a participação maior do ouvinte no programa, onde ele(a) poderá fazer suas perguntas e ter a voz registrada e transmitida para a região de abrangência de sua comunidade. A disseminação da informação, como missão da empresa, poderá alavancar recursos do BNES ou de outras fontes capazes de suprir as necessidades do programa alocando de seu orçamento. Como modelo de gestão, poderá também, compartilhar com ONG´s (Organizações Não Governamentais) interessadas em apoiar o programa, uma vez que, sua essência e resultados trazem benefícios para toda a sociedade. A informação pelo rádio é irreversível. O número de aparelho radiofônicos nos lares brasileiros, é muito superior aos demais equipamentos que são utilizados nos dias de hoje como: aparelhos de TV, computadores, ipods, MP3, celulares, palms, laptops, aparelhos de DVD e CD. É inconcebível dizer que o rádio está ultrapassado por outras mídias, além de representar uma força política de grande impacto. Com estas medidas, acredita-se que o programa poderá captar recursos para sua manutenção e subsistência para os próximos anos com o apoio das autoridades competentes e conscientes. 6 BIBLIOGRAFIA 66 CAPARELLI, Sérgio. Comunicação de massa sem massa. 3ª ed – São Paulo, Summus, 1986. FERRARETO, Luiz Artur. Rádio: o veículo, a história e a técnica. 2ª ed. São Paulo, Sagra, 2001. GORDON, Ian - Marketing de relacionamento – estratégias, técnicas e tecnologias para conquistar clientes e mantê-lo para sempre. – 2ª ed, 1973. LOPES, Maria Immacolata V. - O Rádio dos pobres, Ed. Layda, 1ª ed., 1988. LOPES, Saint-Clair. Comunicação: radiodifusão hoje. Rio de Janeiro, Temário, 1970. MCLEISH, Robert. Produção de Rádio: Um Guia Abrangente de Produção Radiofônica. São Paulo, Summus Editorial, 1999. MEDITSCH, Eduardo. O Rádio na Era de Informação: teoria e técnica do novo radiojornalismo. Florianópolis, Insular, 2001. MOREIRA, Sônia Virgínia - O Rádio no Brasil , RJ, Ed. Rio Fundo,1991. MURCE, Renato – Nos bastidores do rádio, Rio de Janeiro, Imago Editora, 1977. ORTRIWANO, Gisela Swetlana. A Informação no Rádio: os grupos de poder e a determinação dos conteúdos. 4 ed. São Paulo, Summus, 1985. TAVARES, Reynaldo. Histórias que o rádio não contou: Do Galena ao Digital, desvendando a Radiodifusão no Brasil e no Mundo. Ed. Harbra, 2ª ed, São Paulo, 1999. VAVRA, Terry G. – Marketing de relacionamento , Ed. Atlas, 1993 WRIGHT, Charles R.- Comunicação de massa: uma perspectiva sociológica –2ª ed. 1973. 67 7 REFERÊNCIAS ABRACO - Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária End.:SDS – Bloco “O” Edifício Venâncio VI Sala 413, Cep: 70.393-900 – Brasília-DFTelefones: 61-3226-0688 / 3225-6607 CNPJ: 01.674.953.0001-06 AZZOLIN, João D. C. Tributo ao padre-cientista: Roberto Landell de Moura: o pioneiro das telecomunicações no Brasil. Disponível em: http://www.radioantigo.com.br/landell.htm BAND.COM.BR. Disponível em: http://www.band.com.br/ BRASIL. Ministério da Comunicação. Disponível em: <http://www.mc.gov.br/rtv/radio/ fmco.htm>. CONGLOMERADO ALFA. Disponível em: http://www.alfanet.com.br GLOBO.COM. Disponível em: http://dftv.globo.com/ MARKETING DE RELACIONAMENTO. Disponível em: http://usuarios.uninet.com.br MICROFONE. Disponível em: O microfone- o site do radialista www.microne.jor.br/historia.htm RADIOAMADOR. História. Disponível em: <http://www.radioamador.com/historia.asp> RADIOS COMUNITÁRIAS. Disponível em: www.radiolivre.org RÀDIO TRANSAMÉRICA. Disponível em: http://www.transanet.com.br TEORIA DA COMUNICAÇÃO. Disponível em http://pt.wikipedia.org e http://bocc.ubi.pt 68 7 ANEXOS Pesquisa enviada às rádios comerciais Pesquisa enviada às rádios comunitárias 69 “Mas...só este tiquinho de produtores?” Foi a exclamação desapontada do extensionista que convocara os moradores de Águas Claras, Distrito Federal, para uma reunião no dia 2 de outubro: “Como é que vamos fazer um planejamento participativo com tão poucos?” “Pois é, seu doutor...” retrucou um dos presentes, ”...se tivesse falado no rádio, estava todo mundo aqui”. (Trecho extraído do livro O Rádio em Extensão Rural – EMBRATER – 1985) 70 O Programa de Rádio da Embrapa Rádios comerciais Com o intuito de avaliar o Programa Prosa Rural e garantir o atendimento das necessidades dos ouvintes dessa emissora, vimos solicitar algumas informações que servirão de base para melhorar nossa produção. As informações serão consideradas confidenciais. Desde já, agradecemos sua colaboração! Nome da emissora Endereço completo Cidade UF Telefones E-mail Nome da pessoa responsável pela rádio Função CEP 1) Indique o mês e o ano em que a emissora começou a transmitir o Programa Prosa Rural: 2) Indique a periodicidade da transmissão do Prosa Rural nessa emissora: Diariamente Uma vez por semana Duas vezes por semana Três vezes por semana Outros. Especificar 3) Existe regularidade no horário de transmissão do programa? Em caso afirmativo, indique o horário de transmissão: SIM Manhã NÃO Tarde Noite. Horário: 4) Indique o(s) critério(s) adotado(s) por essa emissora para estabelecer o horário de transmissão do Programa Prosa Rural: a) b) c) 5) Essa emissora está recebendo retorno dos ouvintes do Prosa Rural? Em caso afirmativo, indique a(s) forma(s) desses contatos: SIM NÃO Cartas. Quantidade aproximada: Telefonemas. Quantidade aproximada: Outros. Quantidade aproximada: O Programa de Rádio da Embrapa 6) Na sua opinião, indique, em ordem decrescente, o grau de popularidade (sucesso) dos quadros do Programa Prosa Rural, dando-lhes nota de 1 a 5. (1= mais popular a 5 = menos popular): Quadro Notícias Nota: Quadro Dedo de Prosa (Entrevista) Nota: Quadro Favas Contadas (Música, poesia, etc.) Nota: Quadro Pitacos da Hora (Dicas de aproveitamento e receitas) Nota: Quadro Radiodrama Nota: 7) Dial ou freqüência da rádio: 8) A partir da sede, qual é o raio de abrangência da emissora (em Km)? 9) Data de início das operações da emissora: 10) Horário de funcionamento: 2ª a 6ª, das 11) Quais equipamentos que a rádio possui? 12) A emissora tem acesso à internet? às ; DAT SIM Sábado, das Mini Disc CD às Cassete ; Domingo, das Rolo às . Chave Híbrida NÃO 13) Qual a potência e marca do transmissor? Com o objetivo de conhecer melhor o perfil das rádios que estão atuando com a Embrapa, pedimos para que responda às seguintes perguntas: 14) A emissora tem grade de programação fixa? SIM NÃO 15) Quantos programas a emissora tem? 16) Marque os conteúdos que a emissora oferece: Adolescente Agenda Cultural Agricultura e Pecuária Associativismo Comunidade Negra Cooperativismo Criança Cultura Local Direitos do Consumidor Direitos Humanos Ecologia Educação Esporte Geração de Emprego e Renda Idoso Jornalismo Meio Ambiente Mulher Política Religiosidade Saúde Sindicalismo Outros. Especifique 17) Marque os estilos musicais que os programas da emissora executam: Axé Bossa Nova Caipira Erudito Forró Funk Heavy Hip Hop Jazz MPB Músicos Locais Pagode Punk Reggae Regional Rock Estrangeiro Rock Nacional Sertanejo Samba Outros. Especifique MP3 O Programa de Rádio da Embrapa 18) A emissora conhece o índice de sua audiência? 19) Como é medida essa audiência? Pesquisa SIM NÃO Cartas Telefonemas alugada emprestada 20) Quantos telefonemas recebe diariamente? 21) Cite os programas mais ouvidos pela comunidade: 22) A sede onde funciona a emissora é: própria casa do diretor associação 23) Do pessoal: a) Nº de pessoas que trabalham na emissora: d) Contam com locutores profissionais? b) Nº de pessoas envolvidas na produção dos programas: e) Nº de repórteres na emissora: c) Contam com operadores de áudio profissionais? Sim Não 24) A emissora possui autorização definitiva ou provisória para funcionamento? f) Há trabalho voluntário na emissora? Sim 25) Informações sobre a pessoa responsável pelo preenchimento deste questionário Nome: Cargo: Não Sim Sim Não Não O Programa de Rádio da Embrapa Rádios comunitárias Com o intuito de avaliar o Programa Prosa Rural e garantir o atendimento das necessidades dos ouvintes dessa emissora, vimos solicitar algumas informações que servirão de base para melhorar nossa produção. As informações serão consideradas confidenciais. Desde já, agradecemos sua colaboração! Nome da emissora Endereço completo Cidade UF Telefones E-mail Nome da pessoa responsável pela rádio Função CEP 1) Indique o mês e o ano em que a emissora começou a transmitir o Programa Prosa Rural: 2) Indique a periodicidade da transmissão do Prosa Rural nessa emissora: Diariamente Uma vez por semana Duas vezes por semana Três vezes por semana Outros. Especificar 3) Existe regularidade no horário de transmissão do programa? Em caso afirmativo, indique o horário de transmissão: SIM Manhã NÃO Tarde Noite. Horário: 4) Indique o(s) critério(s) adotado(s) por essa emissora para estabelecer o horário de transmissão do Programa Prosa Rural: a) b) c) 5) Essa emissora está recebendo retorno dos ouvintes do Prosa Rural? Em caso afirmativo, indique a(s) forma(s) desses contatos: SIM NÃO Cartas. Quantidade aproximada: Telefonemas. Quantidade aproximada: Outros. Quantidade aproximada: O Programa de Rádio da Embrapa 6) Na sua opinião, indique, em ordem decrescente, o grau de popularidade (sucesso) dos quadros do Programa Prosa Rural, dando-lhes nota de 1 a 5. (1= mais popular a 5 = menos popular): Quadro Notícias Nota: Quadro Dedo de Prosa (Entrevista) Nota: Quadro Favas Contadas (Música, poesia, etc.) Nota: Quadro Pitacos da Hora (Dicas de aproveitamento e receitas) Nota: Quadro Radiodrama Nota: 7) Dial ou freqüência da rádio: 8) A partir da sede, qual é o raio de abrangência da emissora (em Km)? 9) Data de início das operações da emissora: 10) Horário de funcionamento: 2ª a 6ª, das 11) Quais equipamentos que a rádio possui? 12) A emissora tem acesso à internet? às ; DAT SIM Sábado, das Mini Disc CD às Cassete ; Domingo, das Rolo às . Chave Híbrida MP3 NÃO 13) Qual a potência e marca do transmissor? 14) A entidade da emissora já adequou seu estatutos ao novo código civil e à norma complementar 01/2004, do Minicom? SIM Com o objetivo de conhecer melhor o perfil das rádios que estão atuando com a Embrapa, pedimos para que responda às seguintes perguntas: 15) A emissora tem grade de programação fixa? SIM NÃO 16) Quantos programas a emissora tem? 17) Marque os conteúdos que a emissora oferece: Adolescente Agenda Cultural Agricultura e Pecuária Associativismo Comunidade Negra Cooperativismo Criança Cultura Local Direitos do Consumidor Direitos Humanos Ecologia Educação Esporte Geração de Emprego e Renda Idoso Jornalismo Meio Ambiente Mulher Política Religiosidade Saúde Sindicalismo Outros. Especifique 18) Marque os estilos musicais que os programas da emissora executam: Axé Bossa Nova Caipira Erudito Forró Funk Heavy Hip Hop Jazz MPB Músicos Locais Pagode Punk Reggae Regional Rock Estrangeiro Rock Nacional Sertanejo Samba Outros. Especifique NÃO O Programa de Rádio da Embrapa 19) A emissora conhece o índice de sua audiência? 20) Como é medida essa audiência? SIM Pesquisa Cartas NÃO Telefonemas 21) Quantos telefonemas recebe diariamente? 22) Cite os programas mais ouvidos pela comunidade: 23) Do pessoal: a) Nº de pessoas que trabalham na emissora: f) Há trabalho voluntário na emissora? b) Nº de pessoas envolvidas na produção dos programas: c) Contam com operadores de áudio profissionais? d) Contam com locutores profissionais? Sim Sim Sim Não Quantos são moradores da localidade? Não Quantos são militantes ou ativistas de movimentos sociais? Não e) Nº de repórteres na emissora: 24) Possui Conselho Comunitário? Sim Não. É composto por quais entidades ? 25) O Conselho Comunitário é atuante na fiscalização da emissora e da programação ? Sim Não. 26) Indique a origem de sua rádio : Comunitária Religiosa Terceiro Setor Poder Público Municipal , Estadual ou Federal Escola Pública ou Privada Universidade Pública ou Privada 27) Liste as entidades parceiras da emissora. Ao lado do nome, indique a sua origem de acordo com as indicadas na pergunta anterior: 28) A emissora faz parte de alguma entidade ou associação de âmbito estadual ou nacional? Qual? 29) Informações sobre a pessoa responsável pelo preenchimento deste questionário Nome: Cargo: Sim Não.