ACORDO MÓBIDO São aquelas situações em que indivíduos ou organizações agem em contradição com o que realmente deveriam fazer e, por isso, frustram os seus propósitos. Apesar de ser uma disfuncionalidade, ocorrem com relativa frequência no ambiente das organizações, em diferentes graus de intensidade. Não é difícil compreender o desafio de lidar com as diferenças de temperamento, questões de hierarquia, poder, imposições, status, medo de punição e não assertividade. São fatores que concorrem para comunicações que disfarçam os verdadeiros sentimentos. São disfarces que buscam uma adequação social “civilizada”. Porém, as pessoas se sentem frustradas, magoadas e impotentes para lidar com a situação. Como consequência de não falar abertamente sobre o que sentem e percebem, não conseguem também comprovar se suas percepções realmente correspondem aos fatos. Alimenta-se então a tendência de falar em pequenos círculos de confiança (conversas de corredor) sobre os “culpados” e sobre as possíveis soluções. Tendo em vista que o mal estar é percebido por todos, mas não é discutido nas situações coletivas pode ser adequadamente denominado de “acordo mórbido”. Esse fenômeno dos grupos é realmente mórbido para as organizações porque suga a energia das pessoas e reduz a criatividade de uma equipe de trabalho, comprometendo as possibilidades de resposta inteligente do organismo corporativo. Programas de Desenvolvimento de Líderes e de Equipes, baseados no modelo andragógico de ensino aprendizado coordenado por profissional com experiência em trabalho de grupo e leitura do processo grupal, instrumentalizam os gestores e os demais membros das equipes a compreender esses processos e adotar comportamentos com vistas a atingir os objetivos individuais e coletivos no sucesso do negócio. Fonte: MOSCOVICI, Fela. Equipes dão certo: a multiplicação do talento humano. Rio de Janeiro : José Olympio, 1994. Paginas 35 e 36. [email protected]