0ATA DA 51ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO GESTOR DO FUNDO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL – CGFMHIS No vigésimo quarto dia do mês de julho de dois mil e quinze, às dez horas e trinta minutos, na sala 2 (dois) do Subsolo do CASS, sito à Rua Afonso Cavalcante, nº 455 / 5º andar, Cidade Nova, Rio de Janeiro, realizou-se a quinquagésima primeira reunião ordinária do Conselho Gestor do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social – CGFMHIS. Estavam presentes quinze membros, sendo onze titulares e quatro suplentes. Dentre eles representantes do Poder Público, Entidades do Movimento Popular, Entidades Profissionais, Acadêmicas e de Pesquisa e Entidades não Governamentais, ainda contou com a participação do Presidente da CDURP, Alberto Silva, demais funcionários da CDURP, da SMH, Sr. Orlando Junior do Observatório das Metrópoles e representantes do SENGE/RJ. A reunião foi realizada pelo Presidente do Conselho e Secretário de Habitação do Município do Rio de Janeiro, Sr. Carlos Francisco Portinho, tendo como pauta o seguinte: 1. A apresentação aos membros deste Conselho o esboço do Plano de Habitação de Interesse Social do Porto do RIO. 2. Deliberações preparatórias para a conferência como medida prévia ao encaminhamento ao Conselho para a deliberação final sobre o Plano de Habitação de Interesse Social do Porto do RIO. O Secretário abre com a proposta feita na ultima reunião do Conselho, que seria convocar a Conferencia para levar a público os moldes finais do Plano de Habitação de Interesse Social do Porto, visando o prazo a ser comprido para a aprovação do mesmo. Ele destaca a importância de se cumprir o prazo, pois quando não cumprido pode prejudicar repasses e investimentos na área de habitação. Enfatiza a dedicação dos grupos de trabalho que vem avançando com a elaboração do Plano e que este não esta concluído, ainda, que o mesmo é uma construção coletiva. O Sr. Alberto da CDURP trouxe uma via para distribuir entre os Conselheiros e demais presentes que constitui uma versão preliminar sobre a qual o conselho deve se debruçar. Este documento é uma minuta oficial que foi desenvolvida pelo grupo de trabalho e a partir das contribuições recebidas nas Audiências Publicas. É mencionado o fato de muitos fechamentos que ainda têm a se fazer e que questões se encontram abertas para que junto com os presentes encontrem possíveis soluções. O Secretário, Carlos Portinho, continua falando que tudo que foi ventilado nas audiências esta inserido nesse esboço inicial. Convida o Presidente Alberto para que inicie a apresentação do sumário e sugere que em seguida o Orlando do Observatório das Metrópoles traga sensibilidades, sejam positivas ou negativas sobre a versão preliminar para encaminhar a uma posição final. Alberto tem a palavra. Agradece ao Orlando e sua equipe pela disponibilidade. Reafirma o que os levou até o momento, ressaltando a respeito da lei complementar nº 111 de 1º de fevereiro, a qual diz que uma operação urbana deve desenvolver um programa de desenvolvimento econômico e social para a população afetada da área que está sofrendo alteração e urbanização, e dentro disso um plano de habitação social. Sinaliza que no ano passado o fundo de investimento imobiliário do porto maravilha que pertence ao FGTS solicitou um novo aporte de recurso ao FGTS e esta aguardando a regulamentação por parte do conselho curador e Ministério das Cidades. Continuando, ele diz que a regulamentação será só para operações que utilizem recursos do fundo de garantia, o que pede o Programa de Desenvolvimento Econômico Social e o Plano de Interesse Social. Alberto indica também que o relatório das audiências públicas ocorridas está pendente e este será um dos anexos PHIS junto com um balanço do que foi apresentado proposto e aproveitado. Apresentação feita hoje a este3 conselho é uma síntese d versão preliminar distribuída aos presentes nesta reunião. É ressaltado que está inacabada e tem lacunas. Destaca também o grande esforço por parte do grupo do trabalho para dar consistência e objetividade ao Plano. Então, iniciou-se a apresentação, expondo que a prioridade em todo esse estudo é o atendimento a população de baixa renda da região, e que, rompendo com a lógica da Política de Habitação de Interesse Social atual estão defendendo e buscando que, na região que foi declarada de uso misto, não haja restrição de local para que o empreendimento se coloque, e ainda, que o empreendimento seja de médio e pequeno porte, por ser coerente com o tecido urbano da região. Isso permitiria também que se amplie a oferta de imóveis de habitação de interesse social no centro da cidade. É dito que está havendo um esforço para atuar de forma integrada com os outros órgãos do governo, sobretudo quando tem programas na mesma direção. Apresenta-se um resumo daquilo que se assume como compromisso até o momento em termo de metas. Números e levantamentos de potencial de construção de unidade ainda não estão esgotados e é possível mexer nesses números. O horizonte que essas informações e o Plano se inserem é de 10 anos, e as informações levantadas são baseadas em imóveis próprios do municipio e que são passiveis de desapropriação, imóveis que tem situação fundiária e fiscal complicada, olhando espaço desocupável no centro para potencializar o uso. Aponta-se uma meta de 5000 unidades ao longo de 10 anos. O Sr. Claudio da UMP questiona o número apresentado, e o Secretário sinaliza que esse é um numero real dentro dos moveis que já estão identificados e catalogados. Segundo o Secretário, procurou-se trazer o que tem de real, o que não significa que não serão buscados novos imóveis para dar uma oferta maior. Alberto retoma a sua fala. Fala da seguinte meta, sinaliza que o numero veio de um trabalho realizado pelo IPP, que indica proprietários de imóveis em que seus moradores são de baixa renda e entraria no programa de melhoria habitacional. Em seguida traz a pauta um conjunto de instrumentos legais criados, que já estão na Câmara ou que ainda irão, para favorecer o ambiente de habitação social especialmente na área do Porto do Rio. Sr. Alberto destaca alguns pontos que vê como relevantes, como por exemplo, se um proprietário quiser vender um imóvel, terá que oferecer antes a prefeitura, significa que pelo menos se saberá quem esta vendendo imóvel na região, e caso interesse a prefeitura a mesma poderá compra-lo. Ressalta que não é desapropriação, o imóvel seria comprado a preço do mercado (direito de perempção). Em relação à implementação propriamente dita: terá que ter um cadastro do universo dos moradores da região portuária que será atendido. E buscando sempre utilizar o critério de territorialidade para favorecer os já moradores da região. Buscar utilizar as ferramentas já existentes como o CADUNICO. Neste âmbito, o Sr. Claudio, da UMP, questiona a presença do Ministério das Cidades e SPU, e o Secretário sinalizou que eles se farão presentes na próxima reunião do dia 30 de julho, pois já convidados. Alberto destaca que todo o material que vem sendo produzido é encaminhado para a Secretaria Nacional relacionada. Estudo de viabilidade e aproveitamento dos terrenos da região é uma tarefa que já está sendo feita, e foi esse estudo que permitiu chegar até então ao numero já apresentado de 5000 unidades em potencial, e não está concluído. A Prefeitura ainda tem um grande levantamento de estoque a ser feito e espera-se ainda amarrar uma ação em conjunto ao governo do Estado para trazer para dentro do plano ainda mais terrenos. A SPU também vem trabalhando nesse levantamento. A CDURP e o Município do Rio de Janeiro estão reativando o termo de cooperação técnica com o SPU para dar formalidade ao trabalho. A Sra. Sonia, da FAM Rio, questiona se ao falar de unidade esta se referindo a terrenos, e o Sr. Alberto responde que as unidades são imóveis. É questionado como se chegou ao numero e como foi feito o calculo. É respondido pelo Sr. Alberto junto ao Secretário que o estudo é a partir do potencial (volume de massa) que cada terreno sinalizado permite construir, foi arredondado para 50m² a área das unidades de habitação. Os terrenos nos quais esse número se insere são, por exemplo, terrenos e estacionamentos com potencial para construção da região. Secretario diz que o norte que os conduziu era identificar qual o déficit imediato. A partir disso, identificar qual a capacidade de produzir unidades para suprir esse déficit e a identificação desses terrenos para sanar o problema do presente, ou seja o que há de concreto. E destaca que chegou-se a um numero que supera o déficit imediato. Ressalva que ainda há levantamentos a serem feitos, terrenos têm que ser desapropriados e uma serie de atividades a serem feitas ao longo do tempo. Sr, Alberto retoma a palavra complementando que como sugestão já apresentada em uma das audiências no universo de 5000 unidades a serem produzidas é que pretende-se alcançar o numero de : 40% destinado a população de 0 a 3 salários mínimos; 20% de 3 a 6 salários mínimos; 20% ao movimento popular; e 20% restantes destinados ao programa de locação social. Levando em conta o horizonte de 10 anos que o Plano se propõe, que tenha de 35 a 40 % da população que mora na região na faixa de renda de 0 a 6 salários mínimos; 35 a 40% na faixa de 6 a 10 salários mínimos; e 20% a cima de 10 salários mínimos. É explicitado que estão defendendo que os projetos arquitetônicos tenham flexibilidade para atender a uma diversidade de constituição familiar e a compatibilidade dos terrenos. Sr. Alberto destaca a importância dos Equipamentos Comunitários, explicitando o processo de adensamento, que obriga em paralelo dar a resposta em forma de produção desses equipamentos. Segundo ele nesse estoque de imóveis levantados é vista a possibilidade de ter espaço para os equipamentos de modo a atender a população. Ainda, destaca a importante participação da SMH, que esta incorporando o seu know how das ações de integração da população, apoio ao microempreendedor, aos movimentos estruturais e o acompanhamento social da população que irá se instalar na região. Por fim, é discutido o que ainda tem que ser trabalhado e estruturado para a elaboração do plano. O primeiro ponto, é destacado como prioritário e fundamental, uma estimativa de recurso necessário para a implantação do Plano. A medida que for fechando todas as informações ainda em aberto, como quantos equipamentos comunitários; unidades; assistência técnica, vai se aproximando de um valor real. Ainda, deve se consolidar o levantamento fundiário, e trazer o Governo do Estado para buscar que este viabilize algum estoque de terra, além do Governo Federal, em especial o SPU. UMP questiona se o FGTS não pode disponibilizar recursos e a Sra. Sonia também levanta questões a respeito do Fundo Imobiliário criado pelo FGTS; de onde o recurso sai para ser repassado a Porto Novo e CDURP. É explicado como funciona a disponibilização por parte do FGTS de recursos, sanando as duvidas sobre esta questão. O Secretário destaca que já foi solicitado por parte da CDURP à CEF e ao Ministério das Cidades a disponibilização de recursos para o fomento do PHIS do Porto. Continuando a falar dos próximos passos a serem dados, Alberto destaca a necessidade da definição de um cronograma e definição de prazos, finalizando desta forma a apresentação por parte da CDURP. É dada a palavra ao Sr. Orlando, representando o Observatório das Metrópoles. Apresenta um parecer com 10 pontos (vide anexo). Foi feita uma leitura critica para o Conselho do documento apresentado. Nesse parecer é ressaltado os aspectos visto como avanços positivos, e lacunas e questões que devem ser avançadas, e que justamente se alinham com o trabalho final assumido pelo Grupo de Trabalho e o Conselho Ao final da reunião é estabelecido o cronograma de reuniões a ser cumprido até a deliberação final do PHIS do Porto: • • • • • Dia 30 de Julho: 2ª reunião extraordinária do Conselho Gestor do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social para consolidação do documento final para ser submetido a consulta e preparação para a Conferência do PHIS-Porto, ultima etapa de consulta antes da deliberação final do Conselho. Dia 14 de agosto: Abertura da Conferência e apresentação do escopo do Plano Dia 15 de agosto: Conferência do PHIS-Porto Dia 24 de agosto, Conselho: Deliberação do PHIS-Porto Dia 28 de agosto: data reservada para possível necessidade de se estender a deliberação do PHIS-Porto Ficou estabelecido que todos aqueles que tiverem qualquer tipo de contribuição que devam encaminhar com no máximo 48hrs de antecedência da Conferência, para que permita-se incluir no esboço do Plano, sem prejuízo do seu aproveitamento posterior até a data d deliberação final pelo Conselho. CARLOS FRANCISCO PORTINHO Secretário Municipal de Habitação Presidente do CGFMHIS ANEXO Observatório das Metrópoles Leitura Crítica da Pré-proposta de Plano de Habitação de Interesse Social do Porto Maravilha Orlando Santos Junior (IPPUR/UFRJ) Ana Paula Soares Carvalho (PUC-RJ) Mariana Werneck (IPPUR/UFRJ) A proposta representa o esforço da Prefeitura Municipal e da CDURP de elaborar um plano de habitação de interesse social para a área portuária, vinculada à Operação Urbana do Porto Maravilha. Do ponto de vista do conteúdo da proposta, percebe-se que esta buscou incorporar grande parte das propostas formuladas durante as reuniões de discussão do plano de habitação de interesse social promovidas pela CDURP. Do ponto de vista das diretrizes do Estatuto da Cidade e da promoção do direito à moradia, são grandes os avanços, cabendo destacar: a) a adoção de quatro diretrizes específicas, a saber: (i) o atendimento prioritário para a população diretamente afetada pela Operação Urbana; (ii) a adoção de maior valor de subsídio para a construção de moradias para as faixas 1 e 2 do MCMV na área central da cidade; (iii) a flexibilização do tamanho e das características das unidades e empreendimentos; e (iv) a adoção de subsídio e/ou financiamento para a produção de unidades destinadas para Programa de Locação Social. b) a proposta de uma plano de ação composto por seis programas, refletindo as reivindicações, demandas e propostas formuladas durante as rodadas de discussão do plano de habitação de interesse social: (i) Programa de Produção Habitacional; (ii) Programa de Locação Social; (iii) Programa de Melhorias Habitacionais; (iv) Programa de regularização fundiária; (v) Programa de provisão de equipamentos comunitários; (vi) Programa de inclusão sócio produtiva. c) a definição das metas, também em sintonia com as discussões travadas durantes as audiências púbicas, a saber: (i) a produção de pelo menos 5.000 mil Unidades de Habitação de Interesse Social, (ii) a disponibilização de, no mínimo, 1.000 unidades de habitação de interesse social e 250 espaços comerciais para o Programa de Locação Social; (iii) o atendimento de pelo menos 2.500 imóveis de proprietários de baixa renda dentro da AEIU por meio do Programa de Melhorias Habitacionais; (iv) a elaboração e implementação dos Programa de Urbanização para as AEIS do Morro da Providência, São Diogo, Pedra Lisa e Moreira Pinto; e (v) o provimento de equipamentos de educação e saúde em consonância com o crescimento da população. d) o estabelecimento de um programa de locação social, com o objetivo de o fertar imóveis para aluguel para famílias de baixa renda a preços subsidiados, voltado para trabalhadores com renda familiar mensal até 8 salários mínimos que trabalhem na área de abrangência do Programa, estudantes, agentes culturais e sociais, micro e pequenos empresários;. Tal programa pode se constituir em uma iniciativa inovadora no Rio de Janeiro, no campo da habitação de interesse social. e) a adoção da Cota Solidária de Habitação de Interesse Social na Área Central, determinando que a construção de empreendimentos habitacionais na cidade do Rio de Janeiro, acima de 300 unidades, esteja vinculada a construção de 20% do total produzido, de habitação de interesse social, em imóveis próprios da Prefeitura do Rio de Janeiro na área central da cidade. f) A previsão da instituição de AEIS na Área Portuária em imóveis da União acordados entre SPU e CDURP para esta finalidade, em terrenos vazios e com dívidas tributárias estudados pelo programa Novas Alternativas/SMH para produção de HIS e em imóveis e terrenos de interesse da CDURP para permuta ou compra com a finalidade de servirem para o programa de Locação Social g) A previsão da elaboração dos planos de urbanização das AEIS dda Pedra Lisa e a previsão de instituição da AEIS de São Diogo e Moreira Pinto. Cabe ressaltar que, apesar dos avanços indicados, ainda existem algumas lacunas e/ou limitações que precisam ser enfrentadas ou superadas, entre as quais cabe destacar: (i) apesar do diagnóstico trazer muitos dados sobre a área portuária, faltou uma análise dos dados apresentados, dos gráficos e dos mapas. Também falta um detalhamento maior dos empreendimentos já construídos e previstos dentro do projeto do Porto, bem como uma maior articulação (na forma de um mapa, por exemplo), das informações sobre os empreendimentos em curso e dos imóveis previstos para habitação de interesse social. (ii) segundo o documento, a definição das metas visou atender à demanda imediata, representada pela população originalmente residente na AEIU objeto da Operação Urbana Consorciada da Região Portuária do Rio de Janeiro e permitir a oferta de moradia para parte da população de baixa renda que trabalha no centro da cidade do Rio de Janeiro. Tal meta estaria em sintonia com o objetivo prioritário de atender a população atualmente residente na área portuária. Mesmo concordando com a importância e a legitimidade desta prioridade, cabe reconhecer que esta meta não responde plenamente aos objetivos da operação urbana, que prevê o crescimento da população da zona portuária e a oferta de habitação de interesse social para os futuros moradores. Neste sentido, mesmo sem definir uma meta concreta, sugere-se a adoção de uma diretriz, prevendo a promoção da produção de habitação de interesse social, por meio do monitoramento da produção habitacional total na área portuária, e a definição de um percentual de produção de habitação social em relação a produção habitacional total para região portuária, e a vinculação da cota de solidariedade a este objetivo. (iii) no que se refere à participação social, os mecanismos propostos parecem frágeis para acompanhar o processo de implementação do plano de interesse social da área portuária, fundados no Conselho Local de Segurança Pública, em reunião com Segmentos Sociais, em fóruns participativos e no plano de comunicação. Recomenda-se a instituição de um fórum institucionalizado com a participação da população e das organizações sociais com este objetivo. (iv) no detalhamento das ações, a seleção das famílias inscritas no cadastro único ainda não tem prazos e recursos definidos (v) o levantamento fundiário da região, aponta o potencial de provisão de 3771 UH dentro do programa de Provisão de Habitação de Interesse Social, o que ainda é insuficiente para atender a meta estabelecida no plano, de 5000 unidades. Desta forma, mesmo sem haver a identificação das demais unidades, é preciso estabelecer estratégias e prazo para o alcance da meta proposta. Da mesma forma, o documento ainda não apresenta o balanço preliminar do levantamento dos imóveis da União a serem destinados ao Programa de Provisão de HIS, que está em elaboração. (vi) Estranhamente, no detalhamento das ações, não foi prevista a elaboração do plano de urbanização do Morro da Providência, ficando confuso o detalhamento desta meta. (vii) Na questão da cota solidária, uma questão diz respeito ao tamanho dos empreendimentos nos quais incide a cota. Na pré-proposta, a cota incide em empreendimentos com mais de 300 unidades. Não seria interessante reduzir para empreendimentos com mais de 200 unidades? (viii) No ponto sobre a regularização fundiária, é importante prever melhor as ações práticas, delineando melhor do que será feito nesse sentido (mapeamento dos imóveis, estabelecimento de parcerias com o iterj, defensoria pública, organizações da sociedade civil, etc.) (ix) Não foi possível identificar com muita precisão, mas parece que toda produção de habitação de interesse social está distribuída na Área de Proteção do Ambiente Cultural dos Bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo – APAC SAGAS, não incidindo nas áreas com maior potencial construtivo, de interesse do mercado imobiliário. (x) É importante que as metas sejam expressas em um cronograma com definição de prazos e fontes de recursos que permitirão o alcance das mesmas. Muitas ações não estão detalhadas, como por exemplo a proposta de aluguel social. É fundamental dar prazo para estas ações serem detalhadas. As fontes de recursos ainda estão definidas genericamente como Tesouro Municipal, Federal (MCMV), contrapartidas privadas oriundas das obrigações de empreendimentos imobiliários e recursos oriundos da Operação Urbana Porto Maravilha, mas seria interessante se prever o montante de cada uma dessas fontes. Por fim, cabe registrar que apesar dos limites indicados, o plano apresentado representa um avanço e apresenta o potencial de ser uma experiência inovasdora na Cidade do Rio de Janeiro, depois de ser discutido e aprovado na Conferência Municipal organizada com este objetivo.