Prova experimental 1 (20 pontos) Desvio dum feixe de laser. Determinação do índice de refração/refracção Quando um raio luminoso atravessa um bloco transparente com a forma de um paralelepípedo produzem-se duas refrações/refracções, uma à entrada e outra à saída, de modo que, como é fácil compreender, o raio emergente é paralelo ao incidente, como se indica na figura 1. d ε O desvio lateral, d, entre estes dois raios pode ser calculado em função do ângulo de incidência, ε, da largura do bloco, L e do índice de refração/refracção do material, n. A expressão exata/exacta que se obtém para d é complicada. No entanto, para pequenos ângulos de incidência pode-se utilizar uma relação do tipo: sen ε ≈ ε , n −1 obtendo-se: (1) d≈L ε, n de modo que d é aproximadamente proporcional a ε. Tem à sua disposição uma montagem experimental com a qual pode medir d em função de ε. A partir das medidas de d e ε que considere oportunas pedimos que determine: L ε' n Fig. 1 a) O valor máximo do ângulo de incidência, εmáx, para o qual é válida experimentalmente a igualdade aproximada (1), dentro da precisão da medida do sistema. ε' ε Escala linear Base de cortiça b) O índice de refração/refracção, n, do material do bloco. Sugestões: 1) Antes de começar a fazer medidas, alinhe a montagem de modo a que o feixe de laser fique orientado segundo a linha central da escala angular e incida perpendicularmente à escala linear e no centro desta, tal como se indica na Figura 2. Bloco transparente Régu 2) Os alfinetes serão úteis como marcadores para alinhar a montagem e, uma vez conseguido o alinhamento, para fixar o laser e a escala linear na base de cortiça. Escala angular Laser 3) A régua de que dispõe pode ajudar a determinar o ângulo de incidência, colocando-a sobre a escala angular segundo o ângulo desejado e encostando o bloco à régua. Fig. 2 Alinhamento do equipamento Precaução: Deve-se evitar a entrada direta/directa do feixe de laser nos olhos, já que pode causar uma queimadura na retina. V Olimpiada IBEROAMERICANA DE FÍSICA V OLIMPIADA IBEROAMERICANA DE FÍSICA JACA, ESPAÑA Septiembre de 2000 Prova experimental 2 (20 pontos) Sistema massa-mola. Dependência da constante elástica com o número de espiras A constante elástica de um mola helicoidal, k, depende do seu número de espiras, n. Como hipótese, suponha que esta dependência é do tipo seguinte: k = k1 n p , (1) onde p é uma constante e k1 é a constante elástica de uma só espira. Por outro lado, ao suspender uma massa M nesta mola o seu período de oscilação vertical é dado por T = 2π M +α m , k (2) onde m é a massa apenas da parte suspensa da mola e α é uma constante positiva menor do que um. Nesta prova experimental deverá realizar uma série de medidas para vários números de espiras da mola, a fim de verificar a dependência (1) e determinar os valores de k1, p, M e α. Dispõe do seguinte material: * Uma mola com 13,8 espiras por centímetro quando estas estão juntas (mola na posição horizontal). A massa de cada espira é 1,656 ·10−4 kg. * Um suporte vertical graduado em cujo extremo superior existe uma peça metálica para suspender a porção pretendida da mola. * Uma bola de chumbo com massa M desconhecida e uma porca de ferro cuja massa M ´, em gramas, está indicada na própria porca. * Um cronômetro/cronómetro digital e uma régua de plástico. 1) Realize as medidas necessárias para completar a Tabela I em anexo: a) Com a mola na posição horizontal, selecione/seleccione um comprimento Lo (20, 18,..., 6 cm) e posicione a mola no suporte. b) Pendure a bola de massa M e anote a posição L do ponteirinho preso na parte inferior da mola. c) Adicione a porca de massa M ´, e faça nova leitura da posição L' do ponteirinho e anote, na Tabela I, o alongamento ∆L = L´− L. d) Retirando a porca, ou seja, somente com a bola suspensa na mola, meça o período de oscilação, T, do sistema. Utilize as colunas da Tabela II para anotar os valores de outras grandezas, deduzíveis a partir das que foram obtidas na parte anterior, e que venha a necessitar para cálculos e gráficos posteriores. 2) 3) 4) 5) Determine, para cada comprimento Lo, a constante k da mola. Verifique que a dependência entre k e n é a indicada em (1) e determine o valor da constante p. Determine o valor de k1, conhecendo p. Indique detalhadamente como realizou as medidas do período de oscilação T e faça uma estimativa justificada da sua incerteza. 6) Determine os valores de M e α. Dado adicional: considere g = 9,81 ± 0,01 m/s 2 . V Olimpiada IBEROAMERICANA DE FÍSICA V OLIMPIADA IBEROAMERICANA DE FÍSICA JACA, ESPAÑA Septiembre de 2000 Anote a massa da porca M' = g Tabela I Lo (cm) n m (g) 20 276 45,7 18 248 41,1 16 221 36,6 14 193 32,0 12 166 27,4 10 138 22,9 8 110 18,3 6 83 13,7 L( ) Tabela II L' ( ) V Olimpiada ∆L ( ) T( ) V OLIMPIADA IBEROAMERICANA DE FÍSICA IBEROAMERICANA DE FÍSICA JACA, ESPAÑA Septiembre de 2000