Esta janela diz respeito à capacidade de reconstruir a história de um produto através
da documentação e identificação durante todo o seu ciclo produtivo.
Em Janeiro de 2005, a rastreabilidade dos produtos alimentares passou a ser uma
exigência legal na Europa. Com o Regulamento 178/2002, onde uma das vertentes
se refere à rastreabilidade, as Empresas passam a ser responsáveis pelos seus
produtos e devem poder assegurar a sua recolha em períodos muito curtos. Esses
produtos estão sujeitos a normas de identificação ao longo de todo o ciclo de vida
(fabrico, armazenagem, expedição...).
As empresas agro-pecuárias
positivamente a questões como:
devem
estar
preparadas
para
responderem
1. É capaz de identificar as mercadorias que recebe, que transforma e que
expede?
2. Regista sistematicamente as informações associadas a essas mercadorias?
3. Dispõe de sistemas e de processos que lhe permitem identificar os seus
fornecedores e os produtos que eles entregam?
4. Dispõe de sistemas e processos que permitem identificar os seus clientes e os
produtos que lhes entregou?
5. Está apto a fornecer às autoridades competentes essas informações sempre
que elas as solicitarem?
6. Em caso de incidente está apto a retirar do mercado um dos produtos que
fabricou, transformou ou distribuiu?
A rastreabilidade, não deve no entanto ser vista apenas como um regulamento a
cumprir, mas também como uma importante ferramenta de gestão e de marketing. O
armazenamento da informação necessária num sistema de informação eficaz
permitirá não só localizar o produto a montante e a jusante de cada elo da cadeia,
mas também, dentro da própria organização, produzir indicadores de produtividade da
empresa.
Para além disso, quando cuidadosamente trabalhada essa informação poderá ser
apresentada ao consumidor final e usada como uma importante ferramenta de
marketing. Sendo os produtos agrícolas altamente indiferenciados e dada a
competitividade existente, tem-se verificado um esforço das empresas agrícolas para
melhorar a qualidade oferecida ao consumidor.
O sistema de rastreabilidade do Enogestão implica o registo de todas as acções que
uma matéria-prima sofre até dar origem a um produto. Isto é conseguido através da
criação de lotes, ou seja, em cada estágio de transformação de um produto, este
deverá receber uma nova identificação.
Este sistema oferece uma separação das informações de rastreabilidade por
Direcção, Tipo de Substância e Tipo de Procura. Estes agentes interagem de modo a
garantir personalizações da substância a rastreabilizar:
O utilizador, com base nestes três parâmetros e dependendo da informação disponível
acerca da substância (Consumível ou Produto), tem à sua disposição vários caminhos
a percorrer no software para identificar a substância e o lote a rastreabilizar:
Tipo de Procura
COMERCIAL
Tipo de Procura
DIRECTA
Tipo de Procura
p\ ACTIVIDADE
Identificar a
substância e o lote
através de
documentos de
compra de
consumíveis a
FORNECEDORES
ou venda de
produtos a
CLIENTES
O utilizador
sabe qual a
substância e o
lote a
rastreabilizar
Identificar a substância e
o lote através de
informação técnica das
actividades: gastos de
consumíveis e obtenção
de produtos
Substância
Lote
Após a identificação da substância e lote a rastreabilizar:
Exemplo: Vinho Tinto marca _VT Agrogestão 2004; Lote XPTO123
Podemos começar o processo de rastreio clicando no
botão Consultar.
TIPO DE PROCURA DIRECTA
Exemplo:
•
chegar até à origem de um produto (rastreabilidade ascendente):
Direcção – Origem; Tipo de Substância – Produto; Tipo de Procura – Directa
O tipo de procura Directa aplica-se quando sabemos qual a substância em causa (ex:
vinhos Engarrafados, Marca _VT Agrogestão 2004) e mesmo o lote (ex: XPTO123)
associado a essa substância (caso tenha sido criado) a rastreabilizar.
Neste exemplo, queremos consultar a Origem deste produto engarrafado. Para tal,
começamos por identificar a categoria que pertence, Vinhos ENG/EMB (fundo preto).
A categoria nível 2 (2004) diz respeito ao ano de comercialização do vinho.
Escolhemos de seguida a substância _VT Agrogestão 2004 (fundo preto) que surge
automaticamente no canto superior direito:
Esta substância pode ter vários lotes, logo a célula que diz respeito ao lote não é
preenchida automaticamente. Para seleccionar o lote que queremos rastreabilizar,
devemos clicar no botão:
ficando assim disponível a lista de lotes .Ao seleccionar o lote XPTO123 e Consultar:
o sistema de rastreabilidade disponibiliza uma série de consultas nos vários níveis que
dispõe (o nível inferior obtém-se fazendo um duplo click). O efeito cascata permite total
navegabilidade entre os itens que o sistema aborda e os links (ligação directa às
Operações Elaboradas e Análises – ver Funcionalidades Rastreabilidade) entre os
mesmos.
TIPO DE PROCURA COMERCIAL
Exemplo:
•
chegar até à origem de um consumível (rastreabilidade ascendente):
Direcção – Origem; Tipo de Substância – Produto; Tipo de Procura – Comercial
Recebemos por parte de uma Entidade (ex: Distribuidor A) uma reclamação acerca de
um lote de Produto 1 que não se apresenta em condições de distribuição,
nomeadamente ao nível das garrafas utilizadas.
Consumível Garrafa
Vazia
Engarrafamento 1
Produto 1
Distribuidor
A
Distribuidor
B
Engarrafamento 2
Produto 2
Distribuidor
C
Distribuidor
D
Seria muito importante sabermos qual as Garrafas em causa para precisarmos
qual/quais os Produtos e Distribuidores afectados. No nosso exemplo seriam os
Produtos 1 e 2 e os Distribuidores A, B, C e D.
Utilizando a ferramenta da rastreabilidade podemos chegar facilmente ao lote de
garrafas vendidas ao Distribuidor A, através da factura emitida no momento da venda.
Como se pode verificar, a Direcção utilizada foi a Origem uma vez que estamos à
procura do lote das garrafas que foram vendidas para depois começar a
rastreabilidade até ao consumível em causa. O tipo de procura Comercial quer dizer
que temos em nossa posse um documento que identifique o produto em causa, neste
caso o nome do Cliente, data e respectivo nº do documento de venda. Chegámos ao
lote em causa (ex:1234) e se clicarmos em Consultar começamos então o processo
de rastreabilidade até ao consumível em causa acerca do qual nos foi feita a
reclamação.
Neste caso hipotético, além do consumível que estamos à procura (ex: Garrafas
Beleza) temos também acesso a todos os consumíveis que foram utilizados no
engarrafamento do produto final (Rótulos, Cápsulas e Rolhas). A reclamação por parte
do Distribuidor poderia ter sido feita ao nível destes consumíveis.
Clicando sobre o consumível Garrafas Beleza:
Chegamos ao ponto em que queremos começar a rastreabilizar este consumível mas
agora no sentido inverso, ou seja, Direcção Destino, para sabermos onde é que este
lote de garrafas vazias foi utilizado no Engarrafamento e termos assim noção dos
Produtos Finais e Distribuidores que podem estar afectados com garrafas
defeituosas.
O Consumível Garrafas Beleza passa agora a ser o ponto de partida na nossa procura:
•
chegar até à origem de um consumível (rastreabilidade ascendente):
Direcção – Destino; Tipo de Substância – Consumível; Tipo de Procura – Comercial
Chegámos ao final da rastreabilidade com o objectivo final cumprido, localizar e
quantificar os Produtos e Distribuidores potencialmente afectados com Garrafas
defeituosas.
Se a reclamação das Garrafas tivesse sido efectuada pelo próprio fornecedor de
Garrafas, então a procura seria efectuada apenas no ultimo passo, referido no
processo anterior.
TIPO DE PROCURA POR ACTIVIDADE
Outra situação hipotética:
Queremos consultar os consumíveis ou produtos obtidos, numa actividade específica:
Consumíveis
ACTIVIDADE
Produtos
Ex: A Quantidade de Adubo aplicada numa actividade.
Neste exemplo apenas foi aplicada uma adubação de 150 kg na actividade
seleccionada. Todos os consumos atribuídos a uma actividade surgem na coluna
Consumo de Consumível. Pode ser bastante importante tanto em actividades Vitícolas
como Vinícolas.
Também ao nível dos produtos poderá ser feita uma rastreabilidade interessante em
dois aspectos, produtos obtidos de uma actividade e produtos consumidos (autoutilizados por outras actividades):
Neste exemplo, procurámos a origem do produto auto-utilizado pela actividade V.
Branco – colheita 2004 e que obteve a substância engarrafada _VB- Colheita 2004,
lote 13OUT04\L2. Pela rastreabilidade conseguimos obter a seguinte informação: O
produto engarrafado proveio de dois engarrafamentos de 15000 litros. O produto
Brancos em Fermentação, que deu origem ao produto engarrafado em 13-10-2004,
fermentou no depósito DA25. Este depósito, por sua vez, recebeu massas vínicas
(23000kg). Desses 23000 kg, 4600 kg são provenientes da parcela 9 da actividade
Vinha Nova.
FUNCIONALIDADES RASTREABILIDADE
Sempre que se clica com o botão direito do rato sobre uma acção (operações
elaboradas):
O utilizador pode entrar directamente na operação elaborada que originou este
lançamento na rastreabilidade:
Outra funcionalidade da janela rastreabilidade encontra-se no canto inferior esquerdo:
Ao clicar sobre este texto surge:
Esta janela permita a filtragem para consultas de itens que são importantes e não de
todo um processo de produção.
Esta janela que apresenta a possibilidade de criar filtros que não sejam interessantes
para a consulta em causa. Ao criarmos filtros, por exemplo, carregando com o rato
sobre Análises, e de seguida em Refrescar, todas as análises efectuadas durante a
rastreabilidade vão desaparecer da pesquisa.
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