3B terça A GAZETA CUIABÁ, 13 DE SETEMBRO DE 2011 Marcus Vaillant Em Cuiabá, segundo o Sintep, praticamente todas as 85 unidades da rede precisam de alguma intervenção e um dos maiores problemas é a parte elétrica, pois a fiação é velha e não é suficiente para estrutura ESCOLAS ESTADUAIS Dossiê entregue à Seduc mostra problemas que vão da instalação elétrica até telhados 200 precisam de reformas TANIA RAUBER DA REDAÇÃO Um dossiê cobrando a reforma de cerca de 200 escolas estaduais que estão com a infraestrutura precária foi entregue à Secretaria do Estado de Educação (Seduc) pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep). Os problemas vão desde a instalação elétrica inadequada até telhados comprometidos. É o caso do Centro de Educação para Jovens e Adultos Creuslim Souza Ramos, em Confresa (1.160 km a nordeste de Cuiabá). O professor Ronan Mendes da Silva, 43, conta que desde o ano passado são prometidos recursos para a troca do telhado. Porém, até agora, somente alguns reparos foram feitos. Ele relata que na instituição não há espaço adequado para instalação de um laboratório de informática. Os poucos computadores que existem são usados apenas para as provas do Exame Supletivo online. Em Cuiabá, segundo o Sintep, praticamente todas as 85 escolas da rede precisam de reforma. A presidente Helena Bortolo destacou que algumas nunca receberam melhorias na estrutura, como é o caso da Estevão Alves Correia, no bairro Tijucal. “Um dos maiores problemas das instituições é a parte elétrica. A fiação é velha e não é suficiente para toda a estrutura. Temos até escolas novas que apresentam problemas”. É o que acontece na Escola Estadual Professora Diva Hugueney de Siqueira Bastos, no bairro Aroeira, construída há 7 anos. Apesar de ser um prédio novo, a rede elétrica não suporta a instalação de aparelhos de ar condicionado. Até mesmo a piscina fica desativada porque o sistema não consegue suportar as bombas ligadas. A presidente do Conselho Esta- dual de Alimentação, Vania Miranda, também reforça a precariedade nas cozinhas das instituições. Em vistorias realizadas nos municípios, a entidade constatou inúmeras irregularidades que comprometem a merenda. Segundo Vania, as exigências sanitárias não são cumpridas em muitas unidades porque a estrutura é precária. “E não precisamos ir tão longe. Aqui na Capital, na escola Nilo Póvoas, a cozinha é uma bomba relógio. A instalação elétrica Em todo o Estado são 730 escolas estaduais está danificada, não há ventilação, há problema de saneamento”. O presidente do Sintep, Gilmar Soares, diz que algumas instituições correm o risco de serem interditadas por causa dos problemas na estrutura. g Outro lado - A Secretaria do Estado de Educação informou, por meio da assessoria, que não vai se pronunciar sobre o assunto antes da pauta de reivindicações ser analisada. A secretária Rosa Neide Sandes de Almeida deve retornar nesta terça-feira de uma viagem e vai apresentar as cobranças ao governador Silval Barbosa. Sintep cobra reajuste neste mês DA REDAÇÃO Marcus Vaillant Profissionais se mobilizaram em frente à Secretaria de Educação para cobrar implantação do piso O Sintep também cobra a convocação e efetivação dos classificados no último concurso público, já que todos os aprovados foram chamados e, mesmo assim, conforme a entidade, 50% do quadro de professores e 60% dos funcionários de apoio são contratados. O presidente Gilmar Soares alega que esta é uma das estratégias do Estado para reduzir os gastos com a educação. Isso porque os interinos (contratados) tem que cumprir uma jornada semanal de 30 horas em sala, diferente dos concursados que fazem 20 horas em sala e as 10 horas de atividade extra. Com esta tática, segundo ele, o Estado consegue manter 2 professores contratados pelo preço de 1 concursado. “Além disso eles não têm direito a um terço de férias e nem licença prêmio”. Nesta segunda-feira, profissionais de muitas escolas paralisaram as atividades e se mobilizaram em frente à Seduc para cobrar a implantação do piso salarial de R$ 1.312. A promessa do governo é elevar os salários até dezembro, mas o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Mato Grosso (Sintep) alega que o Estado já tem condições de conceder o aumento. Soares, informou que, até o final de setembro, será realizada uma audiência pública para avaliar as receitas do Estado. Técnicos do sindicato e do governo vão analisar se é possível implantar o novo piso. Porém, ele adianta que já foi comprovada a viabilidade de reajustar a remuneração dos profissionais. Caso não haja acordo, a categoria se reúne no início de outubro para definir os novos rumos das negociações. A paralisação das atividades, a exemplo do que ocorreu no início do ano, não está descartada. “Como estamos caminhando para o fim do ano letivo, talvez a categoria opte em deixar a greve para 2012”. (TR) TAPURAH Quadrilhas assaltam 2 agências RAQUEL FERREIRA DA REDAÇÃO O 14º assalto a banco ocorreu simultaneamente em duas agências do município de Tapurah (433 km a médio-norte de Cuiabá), onde cerca de 8 homens encapuzados e armados com fuzis, metralhadoras e rifles invadiram e fizeram os clientes reféns. Durante a ação, os criminosos dispararam vários vezes, deixando marcas de balas nas fachadas dos comércios da avenida Paraná e nos carros estacionados. O valor levado não foi divulgado. Na fuga, houve troca de tiros entre policiais e bandidos, que entraram em uma região de mata. O último assalto a banco registrado no interior de Mato Grosso ocorreu em 31 de agosto em Campo Novo do Parecis, onde estima-se que R$ 1 milhão foi roubado. Por volta das 13h, a quadrilha anunciou o assalto dentro do Banco do Brasil e, em seguida, invadiu a agência do Sicredi. Os clientes foram colocados na frente das agências, formando uma parede humana para impedir qualquer reação da Polícia. Conforme o delegado da cidade, Luiz Henrique de Oliveira, cerca de 10 pessoas foram levadas como reféns, incluindo 2 gerentes. Foram levadas uma Hilux, uma S10 e uma pick-up Saveiro. O veículo Gol prata, possivelmente usado para levar parte dos assaltantes até as agências, foi incendiado. O delegado revela ainda que na fuga os bandidos abandonaram a pick-up e atearam fogo no carro em cima de uma ponte da estrada de acesso a Nova Maringá. Inicialmente, 4 reféns foram liberados. Os outros foram soltos aos poucos. Os outros 2 veículos foram queimados, sendo que um chegou a ser atingido por tiros disparados pela Polícia, momento em que ocorreu tiroteio, mas ninguém ficou ferido. A PM de Lucas do Rio Verde e a Força Tática de Sinop montaram barreiras em pontos estratégicos da região, que dispõe de várias estradas vicinais e entradas de fazendas. Uma equipe do Grupo de Resgate Aéreo de Mato Grosso (Graer-MT) também trabalha nas buscas, que até o fechamento da edição era concentrada na região da Fazenda Marape. Maycon Dal Ponte/TV Buritis Primeiro carro foi queimado pelos criminosos dentro da cidade e outros durante a rota de fuga