Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana Marcelo Ferreira Fernandes Resumo • Parte I. Ecologia Microbiana • Parte II. Diversidade Genética, Estrutural e da Composição Química de Lipídios em Microrganismos • Parte III. Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana PARTE I Ecologia Microbiana Ecologia Microbiana • Objetivos: – Entender a biodiversidade de microrganismos na natureza e como diferentes guildas interagem em comunidades microbianas – Medir a atividade dos microrganismos na natureza e monitorar seus efeitos sobre o ecossistema (componentes bióticos e abióticos) Interações entre Microrganismos e Impactos Ambientais e Econômicos Derivados de suas Atividades O Exemplo do Ciclo do Nitrogênio N2 (80% atmosfera) N N Outros Exemplos de Impactos Ambientais e Econômicos Derivados da Atividade de Microrganismos • Controle da disponibilidade de nutrientes minerais para as plantas – Ciclagem de nutrientes, associações simbióticas (FBN, micorrizas), perdas de nutrientes • Seqüestro de carbono e balanço de gases de efeito estufa • Melhoria da qualidade física e química do solo – Formação de húmus, formação e estabilização de agregados de solo • Controle biológico de pragas e doenças vegetais e animais • Processos infecciosos (doenças) em plantas e animais • Decomposição de alimentos e outros bens • Biolixiviação de minerais de importância econômica (cobre, ouro, urânio...) • Biorremediação de xenobióticos (pesticidas, petróleo, explosivos, nylon...) • Tratamento de águas; eutroficação de águas e poluição de lençóis freáticos • Corrosão de metais, entupimento de tubulações de água e óleo • Produção de enzimas de importância industrial, fármacos, combustíveis, polímeros para plásticos biodegradáveis etc ... • Fatores que Controlam Estes Processos e Impactos • Bióticos – Presença e atividade de uma guilda específica – Interações entre guildas • Abióticas A Atividade do “Fator Biótico” Visa à Sobrevivência • Obtenção de energia ou de compostos para síntese celular – Ciclos biogeoquímicos (C, N, P, S, Fe, Mn, Hg...) – Associações simbióticas com plantas e animais – Patógenos, predadores e parasitas • Transformação de compostos tóxicos ao crescimento microbiano – Ciclos biogeoquímicos • Proteção contra fatores ambientais adversos • ... Diversidade Metabólica Microbiana • Vasta diversidade de “modos de vida” ou de conseguir recursos para sobrevivência – Entre espécies de microrganismos – Dentro da mesma espécie Obtenção de Energia (Aerobiose) – Corg → CO2 (Fungos, bactérias, protozoários...) • Decomposição de restos animais e vegetais • Formação do solo (CO2 + H2O H2CO3), formação de humus, ciclagem de nutrientes – NH4+ → N2O → NO → NO3- (Nitrosomonas, Nitrobacter...) • Contaminação de águas com NO3• Gases de efeito estufa – Fe2+ → Fe3+ (Thiobacillus ferroxidans) • Biolixiviação de metais (cobre, ouro, urânio...) – CH4 + 2 O2 → CO2 + 2 H2O • Importante dreno de metano – So + H2O + 1 ½ O2 → SO42- + 2 H+ (Thiobacillus, Beggiatoa...) • Solubilização de fosfatos de rocha pela acidificação do solo, corrosão de estruturas metálicas... – 2 H2 + O2 → 2H2O (Alcaligenes, Ralstonia...) – CO + ½ O2 → CO2 (carboxidotróficas: Pseudomonas carboxydovorans) • Principal dreno de monóxido de carbono da Terra Obtenção de Energia (Anaerobiose: Aceptores de Elétrons) – CO2 → CH4 (Arqueas metanogênicas: Methanobacterium, Methanococcus) • Gás de efeito estufa e combustível – NO3- → NO → N2O → N2 (Alcaligenes, Pseudomonas...) • Perda de fertilizantes • Gases de efeito estufa – Fe3+ → Fe2+ (Geobacter, Shewanella, Geospirillum, Thiobacillus ferroxidans, Sulfolobus...) • Degradação de compostos aromáticos (benzoato, toleno) utilizados como fonte de energia (doadores de elétrons) • Biolixiviação de metais de sulfetos metálicos. – SO42- + acetato ou H2 → H2S (Desulfovibrio, Desulfobacter...) • Toxidez à vida aquática • Desclorinação redutiva de pesticidas clorados Obtenção de Compostos para Síntese e Metabolismo Celulares • Fotoautotrofia (algas, cianobactérias, Euglena) – Fixação de CO2, via luz • Quimoautotrofia (muitas bactérias e arqueas) – Fixação de CO2, via oxidação de compostos minerais • Heterotrofia (fungos, protozoários, bactérias, arqueas) – C orgânico (saprofitismo, simbiose, parasitismo ou predação) • Fixação Biológica do N2 (algumas bactérias) – N2 • ... Dinitrogenase NH4+ Interações entre Guildas Microbianas • Rizóbios (fixadores simbióticos de N2) vs. actinomicetos (produtores de antibióticos) → controle do processo da FBN em soja • Fermentadores (diversos mcgs) vs. metanogênicos (arqueas anaeróbicas) vs. metanotróficos (bactérias anaeróbicas): balanço de metano entre solo e atmosfera → controle do processo de efeito estufa H2 CO2 CH4 Fatores Abióticos de Controle da Atividade, Biomassa e Composição de Comunidades Microbianas Atividade, Biomassa e Composição Microbianas são Afetadas por: – Disponibilidade de oxigênio • De modo geral, bactérias e arqueas mais versáteis que eucariotos – Disponibilidade de água • Fungos e actinomicetos mais resistentes a seca • Holoarqueas = extremófilos Temperatura • Extremófilos = poucas bactérias; ultra-extremófilos = muitas arqueas – Disponibilidade de nutrientes • Oligotróficos vs. copiotróficos – Disponibilidade de energia – pH • Fungos = ácido; bactérias = neutro (Extremos em Arquea e Bacterias) – Toxidez por produtos naturais e artificiais – Interações biológicas... Impactos Antropogênicos sobre a Microbiota e Processos Associados • Preparo do solo: – aeração, temperatura, umidade, pH • Pesticidas e outros compostos químicos: – toxidez seletiva ou geral • Culturas, sistemas de culturas, mudanças de uso da terra – quantidade e qualidade de substrato, relações hospedeiro e microrganismos, temperatura e umidade • Adubações e calagem: – disponibilidade de nutrientes, pH... • Irrigação e drenagem: – disponibilidade de água, temperatura e oxigênio... • Pecuária: – disponibilidade de nutrientes, oxigênio... • Deposições atmosféricas industriais: – disponibilidade de nutrientes, pH... Exemplos de Impactos de Atividades Humanas sobre a Atividade, Biomassa e Composição das Comunidades Microbianas Mudança do Uso da Terra • Substituição de florestas por pastagens: – Pisoteio animal → compactação do solo → reduz fluxo de oxigênio para o solo • Ambiente aeróbico → anaeróbico • Favorecimento de metanogênicos em detrimento de metanotróficos • Aumento da emissão de CH4 para a atmosfera – Remoção da cobertura vegetal → maior incidência solar → dessecamento da superfície do solo • Limitação de água na superfície, mas não no subsolo • Menor atividade de metanotróficos • Aumento da emissão de CH4 para a atmosfera Ecologia Microbiana Atividades Humanas Meio Ambiente Atividades Microbianas PARTE II Diversidade Genética, Estrutural e da Composição Química de Lipídios em Microrganismos De Onde Vem a Capacidade dos Microrganismos de Realizar Tantas Funções e de se Adaptar a Tantos Ambientes Distintos? Diversidade Genética • “Alta diversidade de genes” – Diversidade metabólica potencial determinada pelos genes de cada espécie. – Evolução cria novos genes a partir de outros existentes – Acúmulo de genes diferentes do ancestral: nova sps. • Taxonomia molecular baseada em similaridade nas seqüências de genes – Seqüências rRNA (Woese, 1990) – Três domínios muito distintos • Bacteria • Archea • Eukarya Árvore da Vida (Woese, 1990) Evolução, estruturas celulares e composições de macromoléculas • Além de gerar diversidade metabólica, a evolução genética resultou em diferenças marcantes em estruturas celulares e composições de macromoléculas entre grupos taxonômicos de microganismos: – Ex: parede celular e estrutura química dos lipídios Estruturas Celulares Microbianas Ricas em Lipídios Bactérias Gram + MP* Bactérias Gram - MP* PC PC (Peptidoglicano) Fungos e Algas MP* PC (Fungos: Quitina) (Algas: Celulose, glicoproteínas) Protozoários MP* Peptidoglicano Membrana Externa* Estruturas Celulares Microbianas Ricas em Lipídios (cont.) Achaea MP* PC (Pseudpeptidoglicano ou glicoproteínas ou proteínas ou polissacarídeos) Bacteria Lipídios Principais nas Membranas Bactérias G+ PL (MP) GL (MP) Bactérias G- PL (MP, MExt) LPS (MExt.) Actinomicetos PL (MP) Ácidos Graxos PL: i15:0, a15:0, i16:0; i17:0, a17:0 PL: 17:0cy, 19:0cy, 18:1ω7c LPS: 3-OH-FA PL: 16:0 10Me, 17:0 10Me; 18:0 10Me Bacteria Lipídios Principais nas Membranas Bactérias G+ PL (MP) GL (MP) Bactérias G- PL (MP, MExt) LPS (MExt.) Actinomicetos PL (MP) Ácidos Graxos PL: i15:0, a15:0, i16:0; i17:0, a17:0 PL: 17:0cy, 19:0cy, 18:1ω7c LPS: 3-OH-FA PL: 16:0 10Me, 17:0 10Me; 18:0 10Me Archaea Eucarya Lipídios Principais nas Membranas Fungos Eucariotos Ácidos graxos PL (MP) Ergosterol (MP) PL: 18:2ω6c Não se aplica PL (MP) Esteróis (MP) PL: 20:4ω6c Não se aplica PARTE III Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana Ecologia Microbiana Aspectos de Interesse • Biomassa microbiana • Atividade microbiana • Composição ou estrutura da comunidade Métodos para Investigação da Estrutura da Comunidade Microbiana • Dependentes de cultivo – Meios seletivos para organismos de interesse – Plaqueamento da amostra em meio de cultura sólido – Enumeração e identificação de microrganismos Organismos Cultiváveis Fungos Actinomicetos Protozoários, Bactéria Archaea Algas Organismos Viáveis, Não-Cultiváveis • Torsvik, V. et al. High Diversity in DNA of Soil Bacteria. Applied and Environmental Microbiology, 56(3):782-787, 1990. • Apenas 1 a 10% dos microrganismos na natureza são cultiváveis em laboratório; • Embora não cultiváveis, esses organismos são ativos na natureza; • Exemplos de impacto: – Morris et al. (Nature, 2002): • SAR 11, ser vivo mais abundante do planeta, não-cultivável. – Nitrificação: • Bactérias Nitrosomonas e Nitrobacter (Winogradsky, 1888) • Wuchter et al. (PNAS, 2006): – Archaea (Crenarchaeota): 100-1000 x mais abundante que bactérias nos oceanos • Leininger et al. (Nature, 2006): – Archaea (Crenarchaeota): ~3000x mais abundante que bactérias no solo Métodos de Investigação da Comunidade Microbiana Independentes de Cultivo Métodos Independentes de Cultivo – DNA • taxons e funções mais específicos • Primers específicos para grupos taxonômicos microbianos (rRNA) ou genes para enzimas relacionadas a uma determinada função (ex: bactérias nitrificantes = gene amo...) – Lipídios • em geral, compara grandes grupos taxonômicos de microrganismos • poucos marcadores para grupos funcionais específicos • em alguns casos, atividade de guilda com uma função específica pode ser investigada em associação com técnicas isotópicas • Marcador fenotípico Métodos Baseados em DNA (opcional) • Extração do DNA da amostra ambiental • Amplificação de regiões específicas do DNA (PCR e primers específicos) – Taxonomia (rRNA) – Funções (genes específicos) • Padrão de bandas em gel de eletroforese – DGGE – LH-PCR – T-RFLP ... • Clonagem e seqüenciamento de fragmentos amplificados ou recuperados das bandas do gel • Identificação microbiana utilizando-se ferramentas de comparação de similaridades entre seqüências obtidas com as disponíveis em bancos de dados de seqüências de DNA (NCBI) Métodos Baseados em Lipídios • Princípio de avaliação da estrutura das comunidades microbianas: – Diversidade Estrutural de Ácidos Graxos – Associação entre estrutura e grupos microbianos (biomarcadores microbianos) – Inferências sobre mudanças na estrutura da comunidade a partir de mudanças no perfil de ácidos graxos Diversidade Química de Ácidos Microbianos ex: 18:26c Saturado (ex: 17:0) ex: 18:36c Poliinsaturado Monoinsaturado (ex: 18:19c) Ramificado (iso, iX:0) Ramificado (anteiso; aX:0) Ciclopropeno (ex: 19:0cy8c) Nomenclatura dos Ácidos Graxos • X:Y – X = no de carbonos da molécula – Y = no de insaturações (duplas ligações) Ex: 16:0 (ácido hexadecanóico) – Se Y>0 (insaturados): • X:YZc, onde Z é a posição da primeira insaturação à partir do C distal, e “c” indica a conformação “cis”, e t, a “trans” Ex: 16:15c; 18:17t; 18:26c • iX:Y, aX:Y, X:Y 10-Me – Radical metil lateral na posição 2, 3 ou 10, a partir do C distal Ex: i15:0; a15:0; i17:0; 18:0 10-Me • X:Ycy Zc – cy representa presença de anel ciclopropeno Ex: 19:0cy 8c Ácidos Graxos Biomarcadores • Grupos Taxonômicos • Poucos de Grupos Funcionais Específicos Biomarcadores Tipo FAME Grupo Microbiano Poliinsaturados 18:2ω6c Fungos Poliinsaturado 20:5ω6c Poliinsaturado 20:4ω6c Fungos micorrízicos arbusculares Protozoários, nematóides Metil C ω10 16:0 10Me; 17:0 10Me; 18:0 10Me Metil C ω10 16:0 10Me Ciclopropil 17:0cy; 19:0cy Desulfobacter (redutoras do SO42-) Bactéria Gram negativas Iso/anteiso i15:0; a15:0; i16:0; i17:0, i17:0 Bactéria Gram positivas Monoinsaturado 18:1ω7c Bactéria Gram negativas Monoinsaturado 16:1ω5c (NLFA) Monoinsaturado 16:1ω5c (PLFA) Monoinsaturado ω8c Misto 16:1ω8c, 18:1ω8c Fungos micorrízicos arbusculares FMA, Flavobacterium/ Cytophaga Bactérias metanotróficas i17:1ω7c Actinomicetos Desulfovibrio (redutoras do SO42-) Ácidos Graxos em Diferentes Classes de Lipídios Complexos • Ácidos graxos raramente ocorrem livres em células • Normalmente, eles integram lipídios estruturalmente mais complexos • Diferentes tipos de ligações químicas unem os ácidos graxos ao restante da molécula dos lipídios complexos Ligações Químicas dos Ácidos Graxos • Lipídios com ligações éster – ex: triacilgliceróis – R-COO• • Lipídios com ligações éter – ex: plasmalógenos, Archaea – R-CH2O• • Lipídios com ligação amida – ex: esfingolipídios – R-CO • NH-R’ Éster Metílico de Ácido Graxo “Fatty Acid Methyl Ester”(FAME) Ácido Graxo COOHR Metanólise Alcalina Branda (PLFA e EL-FAME) ou Saponificação – Metanólise Ácida (MIDI) FAME COOCH3 Altamente volátil Saponificação/Metilação • Duas etapas: – Saponificação: Ácido graxo sabão – Metilação: substituição do Na por metil FAME • Condições de reação: – Saponificação: altas temperaturas, 3,8 M NaOH em MeOH:H2O (100oC, 30’) – Metilação: presença de água, 6 M HCl:MeOH (85oC, 10’) • Ligações-alvo: – Éster, éter, amina, ácidos graxos livres • Altamente danosas à estrutura de alguns ácidos graxos: – ciclopropanos Metanólise Alcalina Branda • Uma só etapa (transesterificação) – Separação de ácidos graxos das moléculas complexas e esterificação com ·CH3 • Condições de reação: – 0,2M KOH em MeOH (37oC, 1h) – Ausência de água • Ligações-alvo – Ésteres Principais Lipídios Complexos Contendo Ácidos Graxos Fosfolipídios • Universal em membranas celulares, proporções aproximadamente constantes por massa celular – Exceto em Archaea, ligações são principalmente éster • Rápida hidrólise do fosfato após morte microbiana (Fosfolipídio -> Lipídio Neutro) • Microbiota viável O H2C O C O O R O P O- CH O O CH2 C Lipídios Neutros • Presentes em: • Células mortas • Reserva em eucariotos • Reservas de LN em procariotos são raras O H2C O C O CH O HO CH2 C Glicolipídios • EL-glicolipídios O H2C O OH OH H CH O O H O HO H H OH H CH2 C O C 18 19 20 21 22 20.852 20.961 20.575 17.695 17.310 22 23.145 22.687 21.408 21.188 21.056 19.588 19.087 18.896 18.456 17.483 16.980 17.088 16.153 15.746 22.959 22.108 21.543 20.962 21.059 20.853 21.411 21.235 20.630 20.344 20.454 19.659 19.335 19.061 19.162 18.898 18.673 15.012 17.306 18.452 18.528 17.486 17.213 16.983 16.600 15.746 15.854 15.175 19:0 cy 50 16:0 DCA 17 21 18:0 10Me 16 20 18:0 40 17.697 18:1ω7c 18:1ω9c 15 16:0ωOH 60 18:2ω6c 14 19 17:0 10Me NLFA 16:1 2OH pA 18 17:0 cy 20 17 17:0a 17:0i 30 16 17:1i 16:0 10Me 14 15 FID1 A, (G:\PLFA20~1\MARCEL~1\11230409.D) 16:1ω5c 16:1ω7c 70 15.010 40 15.176 pA 16:0 50 16:0i 20 PLFA 15:0a 15:0i 30 14.545 14.623 60 13.746 70 13.742 Reserva vs. Células Mortas em NLFA Pastagem (Corvallis, OR, EUA) Agosto 2005 FID1 A, (G:\PLFA20~1\MARCEL~1\11230405.D) 23 min 23 min Protocolos para Extração de FAMEs do Solo Principais Protocolos de Extração de FAMEs • PLFA (Phospholipid Fatty Acids) – White e Ringelberg (1998) • MIDI (Microbial Identification™) - Sasser (1990) • EL-FAME (Ester-linked FAME) – Direto do solo (Schutter e Dick, 2000) – Extrato lipídico (Drjiber et al., 2000) Método: PLFA • Método mais utilizado (padrão) • Mais caro e trabalhoso – Coluna de SPE-Si: ~R$ 10,00 (no Brasil) – 40-50 ml de clorofórmio, acetona e metanol amostra-1 – 24 amostras em 2 dias • Extrai apenas ácidos graxos esterificados em fosfolipídios Protocolo PLFA Fase 1. Extração de Lipídios Totais do Solo • Bligh e Dyer (1959) modificado – Mistura monofásica metanol:clorofórmio:tampão fosfato 50 mM (2:1:0,8) – Solo:clorofórmio (1:1, m/v) – Volumes de água e tampão fosfato 100 mM – Ex: 4 g solo úmido com 25% umidade (b.u.) • • • • 3 g solo seco + 1 g água 6 ml de metanol, 3 ml de clorofórmio, 2,4 ml TF 50 mM 2,4 ml TF 50 mM (combinação de água e TF 100 mM) 1 ml água do solo + 0,2 ml água adicionada + 1,2 ml TF 100 mM 1.1. Solo e mistura de solventes em tubo de centrífuga com tampa com revestimento interno de teflon; 1.2. Agitar por 2 h, decantar “overnight” – Variações: • • sonicação (2 min) tempo de agitação, omissão da decantação; 1.3. Ressuspender solo e centrifugar (10 min e 2000 x g); 1.4. Filtrar sobrenadante papel Whatman #1; 1.5. Adicionar metanol:clorofórmio ao solo remanescente no tubo e repetir passos 1.3 e 1.4 mais duas vezes; 1.6. Partição do filtrado em duas fases: adicionar solução NaCl 2 M (solução:clorofórmio, 1:1); 1.7. Esperar até que a desaparecimento da turbidez na fase superior (aquosa); 1.8. Transferir a fase inferior (orgânica) para um tubo de ensaio e secá-la sob atmosfera de N2 ultra-puro, a 37oC. Armazenar a -20oC. Fase 2. Fracionamento das Classes de Lipídios (Cromatografia de Afinidade) • Extração em fase sólida (ácido silícico) • Partição de lipídios entre radicais silanóis ativos nos grânulos de ácido silícico e solventes de polaridade crescente (clorofórmio, acetona e metanol) 2.1. Colocar coluna de ácido silícico (3 ml, 500 mg) em aparato de vácuo com tubo de ensaio diretamente abaixo da mesma; 2.2. Adicionar 2 ml de clorofórmio à coluna, sem deixar drenar; 2.3. Ressuspender extrato de lipídios em volume mínimo (100-200 μL) de clorofórmio e transferir para coluna de ácido silícico. Repetir 3 vezes para assegurar transferência quantitativa; 2.4. Acionar vácuo e adicionar 3 x 2 ml de clorofórmio, e coletar esses volumes no tubo de ensaio colocado abaixo; 2.5. Trocar tubo de ensaio por um novo, adicionar 3 x 2 ml de acetona, e coletar volumes no tubo de ensaio abaixo; 2.6. Trocar tubo de ensaio por um novo, adicionar 3 x 2 ml de metanol, e coletar volumes no tubo de ensaio abaixo; 2.7. Secar frações sob atmosfera de N2 ultrapuro , a 37oC, armazenar a -20oC. Esquema do Fracionamento de Lipídios Clorofórmio Neutros Metanol Acetona PLFA NLFA Esteróis Fosfolipídios Glicolipídios Poli-β-hidroxialcanoatos Fase 3. Metanólise Alcalina para Produção dos FAMES de PL • Geração dos FAMEs a partir de fosfolipídios esterificados; • Remoção dos ácidos graxos do restante da molécula lipídica e substituição das ligações com glicerol por grupos metil > aumenta a volatilidade dos compostos • Para PLFA, proceder reação apenas na fração contendo fosfolipídios; • Nota: Dependendo do objetivo do estudo, a fração neutra e glicolipídica também poderão ser tratadas posteriormente para análise cromatográfica de compostos de interesse. 3.1. Redissolver os lipídios fracionados secos em 1 ml de tolueno: metanol (1:1, v/v) e 1 ml de KOH metanólico (0,2 N); 3.2. Agitar tubo em vortex, rapidamente, e colocá-los em banho-maria a 37oC por 15 min.; 3.3. Após amostras esfriarem até a temperatura ambiente, adicionar 2 ml de hexano:clorofórmio (4:1, v/v), e misturar amostra; 3.4. Neutralize pH (6 a 7) da mistura com adição de 0,2 ml de ácido acético 1N. Verificar pH final em papel de tornassol; 3.5. Adicione 2 ml de água destilada para separar fases e misture amostra em vortex por 30 s. Esperar separação de fases se completar (~10-15 min.); 3.6. Transferir fase orgânica (superior) para um tubo de ensaio novo, 3.7. Reextrair fase inferior: adicionar 2 ml de clorofórmio:hexano (4:1 v/v), agitar em vortex 30 s., esperar separação de fases, transferir para tubo novo (repetir 2x) 3.8. Evaporar solvente sob N2 ultrapuro, a 37oC; armazenar a -20oC, sob N2. PLFA (Esquema Geral) 2 h, agitar 100 rpm adição de NaCl 2M centrifugar 500 x g partição de fases 3 g solo + CHCl3:CH3OH:tampão (1:2:0,8) Filtrar (Whatman 1), repetir 2x após adicionar CHCl3 e CH3OH ao solo remanescente, vortex e centrifugação tranferir fase orgânica secar sob N2 40oC Fase orgânica (inferior) contém lipídios totais extrato lipídico extrato lipídico seco Transesterificação (geração de FAMEs) KOH (0,2 N) em metanol, 40oC ressuspender em 3 x 200 ul CHCl3 transferir para coluna SPE-silica Eluir c/ CHCl3, acetona e CH3OH Clorofórmio Metanol secar sob N2, 40oC Partição com água, recuperar FAMEs (fase superior) em hexano, secar sob N2, resuspender em hexano Acetona FAMEs em hexano, em frasco GC CG-FID Lipídios Neutros Glicolipídios Descartar Fosfolipídios Perfil de FAMEs Fase 4. Preparo de Amostras, Separação em CG, Quantificação e Identificação de Compostos 4.1. PLFA secos são ressuspensos em hexano, agitados em vortex, e transferidos para frasco GC com “insert” de 200 μL; 4.2. Injeção em CG-FID, equipado com coluna não-polar (ex: 5% diphenyl, 95% methylpolysiloxane fase estacionária; ex: Ultra-2, DB-5, HP-5), com 25 m, 0,2 mm diam. int.; 0,33m espessura filme); rampa de temperatura: 170-280oC a 4oC min-1; mais 5 min. a 280oC para limpeza da coluna. 4.3. Curva-padrão: FAME 13:0 (“methyl tridecanoic acid”): relação entre área de pico cromatográfico e quantidades conhecidas do FAME. Alternativamente: adição de padrão interno: usualmente FAME 19:0. Resultados em mol de FAMEs individuais por g de solo (pmol FAME g-1 solo seco). 4.4. Misturas padrões de FAMEs microbianos (BAME e FAME-37): comparar TR com amostras 4.5. ECL vs. TR (Biblioteca de ECLs. Ex: MIDI) - Relação linear entre TR e número de C de série homóloga de ácidos graxos saturados de cadeia linear 4.5. CG-EM (confirmação de compostos): importante, mas, em geral, não realizada. Curva Padrão Tridecanoato de Metila (FAME 13:0) FID1 A, (F:\PLFA-F~3\11210213.D) 0 pmol ml-1 2.031 -1 pmol FAME 13:0 ml 100 5 10 15 20 100 5 10 15 20 100 5 10 15 20 100 5 10 15 20 5 10 5 15 20 151 87.6 302 187.6 605 368.5 1210 716 min 25 min 25 min 1210 pmol ml-1 12.411 9.415 2.029 4.887 100 35.9 800 y = 0.5935x + 2.3384 700 R = 0.9996 2 500 400 300 200 FID1 A, (F:\PLFA-F~3\11210218.D) pA 25 605 pmol ml-1 12.401 2.033 100 60 600 FID1 A, (F:\PLFA-F~3\11210217.D) pA 0 min 302 pmol ml-1 12.396 2.032 FID1 A, (F:\PLFA-F~3\11210216.D) pA 25 Área CG 0 min 151 pmol ml-1 12.394 2.037 FID1 A, (F:\PLFA-F~3\11210215.D) pA 25 60 pmol ml-1 12.394 pA 2.031 FID1 A, (F:\PLFA-F~3\11210214.D) Área (CG) pA 100 0 0 500 1000 FAME 13:0 (pmol ml-1) 10 15 20 25 min 1500 Brancos - Verificar contaminações das amostras durante procedimento de extração - Todo o procedimento é realizado de modo idêntico às amostras, porém sem solo 17 19 20 21 22.959 22.108 21.543 21.411 PLFA 21.235 20.853 20.962 21.059 20.630 20.344 20.454 19.659 19.335 18.898 18 19.061 19.162 18.673 18.452 18.528 17.697 17.486 17.213 17.306 15.012 15 16 FID1 A, (G:\PLFA20~1\MARCEL~1\11230413.D) 16.983 16.600 20 15.746 15.854 30 14.545 14.623 40 15.175 FID1 A, (G:\PLFA20~1\MARCEL~1\11230405.D) pA 22 23 min PLFA Br pA 40 30 20 15 16 FID1 A, (G:\PLFA20~1\MARCEL~1\11230410.D) 17 18 19 20 21 22 15 16 FID1 A, (G:\PLFA20~1\MARCEL~1\11230416.D) 17 18 19 20 21 23 min 22.687 21.409 20.850 20.957 21.056 20.569 19.086 18.899 18.525 17.692 17.484 17.303 16.980 15.012 20 15.178 30 min NLFA pA 40 23 22 NLFA Br pA 18.458 40 30 20 15 16 17 18 19 20 21 22 23 min Efeito do Desmatamento sobre a Estrutura da Comunidade Microbiana 30 20 16 17 18 19 20 20.125 21 22 23.333 23 23 23.505 22 23.062 23.143 23.231 22.862 22.721 22.465 22.524 22.585 22.296 22.349 21.437 21 22.067 22.169 21.902 21.767 21.540 21.598 70 21.332 pA 90 21.229 20 20.930 20.992 21.065 21.100 20.810 20.697 20.268 19.694 19 19.834 19.936 20.009 19.542 18.881 18 19.413 18.941 19.027 19.138 19.248 18.753 18.807 17 23.059 23.138 22.860 22.466 22.525 22.349 22.065 22.163 21.897 21.763 21.534 21.595 21.101 20.935 20.986 20.807 20.694 20.263 20.125 19.834 19.935 20.005 23.326 21.214 21.321 19.690 19.408 19.513 19.244 18.751 18.802 18.877 18.939 19.022 18.421 18.487 50 18.042 60 18.136 18.192 70 18.406 18.495 >150 anos 18.052 17.655 17.733 17.835 17.542 17.327 16.939 17.004 16.080 16.187 16.246 15.934 ~ 10 anos 18.141 17.838 17.661 60 17.735 17.541 17.330 17.217 16 FID1 A, (F:\PLFA-F~3\10170346.D) 16.938 17.007 16.810 16.497 16.081 16.189 16.250 20 15.933 40 15.621 50 15.761 80 15.346 FID1 A, (F:\PLFA-F~3\10170355.D) 21.424 18:26c fungo 30 15.511 pA 90 16:0 comum 40 15.350 80 15.513 Floresta Adulta (>150 a) vs. Floresta Recem-Cortada (10 a) min min Método: MIDI • Adaptado de método comercial para identificação de bactérias em cultura pura, de acordo com perfil de lipídios celulares totais • Mais rápido (?) e barato que PLFA • Requer menor quantidades de solo (??) • Mais perigoso (base e ácido concentrados, alta temperatura) • Extração direta, sob condições extremas de pH e temperatura (saponificação/metilação ácida) • Extrai FAMEs de potencialmente todos os lipídios celulares (éster, éter, amida...) e não-celulares (reserva, células mortas, fontes nãomicrobianas, matéria orgânica do solo...), incluindo ácidos graxos livres • Forte potencial de alterar a estrutura química de muitos ácidos graxos, especialmente os com aneis ciclopropeno e os insaturados Protocolo MIDI Saponificação • Pesar 3 g de solo em tubo de de vidro (20 ml) com tampa de rosca revestida com Teflon; • Adicionar 3 ml de solução de NaOH (3,8N) em água:metanol (1:1 v/v); • Agitar em vortex e ferver por 30 min. • Produto: sais de sódio de cadeia longa (sabão) Metilação Ácida • Adicionar 6 ml de mistura HCl (6M):metanol (1:0,85 v/v); • Aquecer em banho-maria 85oC, 10 min. • Produto: FAMEs Recuperação dos FAMEs • Adicionar 3 ml de hexano (partição de fases); • Transferir todo conteúdo do frasco para para tubos de centrífuga de 35 ml, com rosca revestida por Teflon; • Centrifugar a 480 x g por 10 min. para separar MOS da fase orgânica; • Transferir fase orgânica (superior) para tubos de 13 x 100 mm com tampa revestida de Teflon; Lavagem da Fase Orgânica • Adicionar 3 ml de base fraca (0,3 M NaOH) para lavar residual de reagentes ácidos • Agitar tubo lentamente por 5 min • Transferência da fase superior para tubos CG (2ml) Análise cromatográfica, quantificação e identificação dos compostos • Idem PLFA Método: EL-FAME • Mais rápido (!), fácil (!) e barato que PLFA • Extrai ácidos graxos esterificados em diversas classes de lipídios (neutros, glicolipídios e fosfolipídios) • Contribuição de lípídios de reserva e de células mortas (LN), além de glicolipídios esterificados, para o perfil de FAMEs • Duas variações de extração: – direta do solo (Schutter e Dick, 2000); – a partir do extrato de lipídios totais (Drijber et al., 2000). Protocolo EL-FAME Metanólise Alcalina Branda • Pesar 3 g de solo em tubo centrífuga de 35 ml com tampa revestida de Teflon; • Adicionar 15 ml de KOH (0,2 N) em metanol; • Agitar em vortex e incubar a 37oC por 1 h (transesterificação, idêntica à do PLFA) • Agitar tubos em vortex a cada 10 min. durante o tempo de incubação. • Adicionar 3 ml de ácido acético 1,0 M para neutralizar pH do conteúdo do frasco Recuperação dos FAMEs • Partir fases adicionando 10 ml de hexano; • Centrifugar a 480 x g, 10 min.; • Transferir fase orgânica para tubo de ensaio e secar sob N2 ultrapuro; • Ressuspender extrato seco em 3 x ~70 µL de hexano, agitando em vortex após cada adição do solvente, e transferir para frasco CG, com insert de 200 µL. Análise cromatográfica, quantificação e identificação dos compostos • Idem PLFA Comparação entre Métodos AG Totais MIDI AG Éster EL-FAME PLFA AG Éster Fosfolipídios 20 30 25 16 17 18 19 19.268 20 21 22 22.417 22 pA 23 23 23 23.544 23.291 23.350 22.997 23.093 22 23.140 23.251 23.345 22.759 22.429 22.492 22.553 18.065 23.291 23.350 22.492 22.552 21.930 21.793 21.627 21.243 21.345 21.445 20.727 20.839 19.970 20.037 19.719 19.439 19.547 19.275 18.832 18.903 18.964 19.048 18.164 17.863 17.578 17.681 17.354 16.973 16.113 16.220 pA 22.989 22.591 22.698 22.813 21 22.219 21.928 21.793 21.244 21.350 21 22.183 22.247 21.681 21.788 21.888 21.446 21.571 21.623 21.129 35 21.439 21.236 21.341 20 21.009 20.725 20.836 19.878 19.964 20.037 19.718 20 21.000 19 20.722 19.275 19.438 19.545 19 19.963 20.034 19.828 18 19.436 19.538 19.606 19.710 18.833 18.903 18.966 19.048 18 18.828 18.898 18.964 19.043 19.139 17 18.510 18.070 pA 18.163 17 18.671 35 18.061 17.682 17.863 17.588 17.354 17.185 15.372 15.538 30 18.153 17.857 17.592 17.676 17.348 17.173 16 FID1 A, (F:\PLFA-F~3\10040329.D) 16.975 17.038 16.526 16 FID1 A, (F:\PLFA-F~3\09300315.D) 16.970 16.515 16.109 16.215 20 16.103 16.211 15.957 15.684 25 15.371 30 15.537 20 15.531 25 15.366 15.177 Impacto da Escolha do Método de Extração sobre os Perfis de Ácidos Graxos FID1 A, (F:\PLFA-F~3\10020330.D) 35 PLFA min EL-FAME min MIDI min Efeito da Escolha do Protocolo de Extração sobre a Interpretação de Resultados de Estrutura da Comunidade Microbiana Amostras de Solo • 29 amostras de solo através do Estado do Oregon, EUA (0-10 cm depth) • Ecossistemas diversos – Sem vegetação na data de amostragem – Herbáceas (culturas anuais, pastagens e pomares) – Florestas (gimnospermas com >150a; clareiras de 10 a; mistas) • Ampla faixa de propriedades do solo – COT, MOP, MO-nP, pH, textura • Amostras de solo peneiradas (< 2mm) • Extração de FAMEs pelos 3 métodos Análise de FAMEs • Cromatografia gasosa • Identificação inicial por comparação dos TR entre amostras e padrões de FAMEs microbianos • Confirmação de compostos abundantes por EM • Dados de composição de AG analisados em mol% Mol% MIDI versus PLFA • Análise estatística: ordenação multivariada NMS – Distância de Sorensen – PC-ORD 4, modo autopiloto “lento e abrangente” – Correlações com variáveis de solo e caracterização da mudanças no perfil de FAMEs utilizando coeficiente de Pearson (“joint plots”) MIDI versus PLFA - Resultados • CG-MS: alguns biomarcadores de substâncias vegetais (cutina, suberina, e ceras) presentes em grandes quantidades no extrato de MIDI, mas não em PLFA CG-EM Compostos Vegetais 16:0 16OH suberina, cutina, ceras CG = 19cy:0 10c 14:0 14OH cutina, ceras CG = 17:17c 12:0 12OH cutina, ceras 16:0 alcohol suberina 16:0 DCA suberina, cutina, ceras Compostos de Planta MIDI vs. PLFA mol% 16:0 16:0 16:0 14:0 12:0 FAMEs Alcohol 16OH DCA 14OH 12OH MIDI 1.62 6.70 2.87 6.61 1.69 PLFA 0.00 0.29 0.06 0.00 0.00 FAMEs MIDI vs. PLFA mol% FAMEs 17:0cy 19:0cy 18:1ω7c 17:0i 17:0a 16:0 10Me 17:0 10Me 18:0 10Me MIDI 0.75 0.41 2.14 0.53 0.67 1.14 0.34 0.53 PLFA 3.51 5.40 9.80 1.67 1.90 4.66 1.05 2.03 Non-metric Multidimensional Scaling PLFA mol% of FAMEs Forest Correlation Axis 1MIDI vs. Axis 1PLFA: r = 0.87 Correlation Axis 2MIDI vs. Axis 2PLFA: r = 0.28 MIDI Forest MIDI EL-FAME versus PLFA • Mesmo método de produção de FAMEs (metanólise alcalina branda) • Diferentes reservatórios de lipídios alvos de produção de FAMEs PLFA vs. PLFA + NLFA + GLFA EL-FAME versus PLFA Objetivo: Avaliar a interferência de NL e GL no que se refere à comparação da interpretação de dados de comunidade microbiana entre o EL-FAME e o PLFA (padrão) Amostras de solo: Idem estudo de comparação entre PLFA vs. MIDI Análises estatísticas: Modelos de regrassão múltipla (stepwise) Ordenação das amostras com base na relação entre EL/PL com respeito às concentrações molares dos FAMEs (mol%) nos respectivos extratos Stepwise Multiple Regression (Backward Selection) FAME ~ (method of extraction, vegetation, POM, nPOM, pH) controls( PLFA , no veg ) TOTAL FAME (EL) = (EL=1) * 17.2POM * 4.0Forest * 0.07(POM*Forest) 14485 * 4.8 4.8 TOTAL FAME (PL) = (EL=0) * 17.2POM * 4.0Forest * 0.07(POM*Forest) 1.0 14485 * 4.8 TOTAL FAME (EL/PL) = 4.8 Multiplicative changes (exp ß) on FAME amount (pmol g-1 soil) Organic C FAMEs FUNGI GP GN ACT AMF EUK 16:0 18:0 16:1ω7c 18:1ω9c Total Intercept 534*** 2335*** 1806*** 1049*** 299*** 90*** 1817*** 353*** 932*** 1208*** 14485*** EL 10.0*** 4.1*** 2.5*** 3.1*** 0.4ns* 7.4*** 7.9*** 7.1*** 5.5*** 8.2*** 4.8*** POM 11.6*** 14.5*** 19.3*** 14.8*** 19.8*** 4.3*** 12.5*** 11.4*** 20.0*** 18.1*** 17.2*** nPOM Vegetation pH Herb 1.0ns 1.6*s* 2.0*** 1.09*** 1.10*** 1.2ns* Forest 6.6*** 3.4*** 4.0*** 3.9*** 6.5*** 4.6*** 4.1*** 3.9*** 4.0*** 3.7*** 4.0*** EL vs. pH Interactions EL vs. EL vs. Forest Herb *** 0.45 1.68** 0.44** 0.57** 0.63** POM-C vs. Forest 0.14*** 0.07*** 0.07*** 0.08*** 0.05*** 0.27*** 0.10*** 0.10*** 0.06*** 0.07*** 0.07*** R2 0.92 0.92 0.91 0.91 0.90 0.93 0.95 0.94 0.92 0.94 0.93 Stepwise Multiple Regression (Backward Selection) FAME ~ (lipid source, vegetation, POM, nPOM, pH) Vegetation: non-vegetation at sampling (control), herbaceous, and forest Lipid source: PLFA (control), NLFA or GLFA Multiplicative changes (exp ß) on FAME amount (pmol g-1 soil) associated with lipid sources (neutral lipids vs. phospholipids; and glycolipids vs. phospholipids FAMEs Fungi GP GN Act AMF Euk 16:0 18:0 16.1ω7c 18.1ω9c Total Lipid Source Interactions NL vs. NL Forest Herb Model R2 2.27*** 0.56* 0.83 *** 0.31 0.82 *** 0.19 0.86 *** 0.17 0.90 *** ** 8.65 0.32 0.71 *** 1.95 0.80 *** 1.52 0.65 ns 0.78 0.76 *** * ** 2.95 0.45 0.31 0.59 *** 2.19 0.75 ns 1.02 0.70 Lipid Source Interactions GL vs. GL Forest Herb Model R2 0.28*** 0.84 *** 0.23 0.89 *** 0.09 0.94 *** 0.19 0.92 *** *** 0.31 0.46 0.81 0.00 0.65*** 0.84 *** 0.69 0.81 *** *** 0.19 0.63 0.90 *** 0.34 0.86 *** 0.32 0.89 NMS with EL-FAME:PLFA mol% ratios EL-FAME (mol%) 15:0i 18:26c … 20:46 c CO 0.05 0.26 0.20 PMa 0.09 0.21 0.23 Forest No vegetation … OGc 0.01 0.34 0.12 PLFA (mol%) 15:0i 18:26c CO 0.12 0.15 0.11 PMa 0.16 0.12 0.16 OGc 0.06 0.22 0.22 ELFA/PLFA 15:0i 18:26c CO 0.41 1.73 1.82 PMa 0.56 1.75 1.44 0.17 1.53 0.55 … 20:46 c … … 20:46 c … OGc Herbaceous Outros Lipídios Importantes • Ergosterol (esterol): – exclusivo de fungos (biomassa de fungos) – altamente correlacionado com PLFA 18:26c • Poli-hidroxialcanoatos (PHAs) – reservas em bactérias – em SPE-Si é eluído com acetona Outros Usos dos Métodos Baseados em Lipídios na Investigação da Microbiota • Diversidade e estrutura da comunidade microbiana • Biomassa microbiana – Total – Grupos microbianos específicos • Estado nutricional de fungos do solo • Respostas de bactérias a estresses ambientais Biomassa Microbiana Viável Método 1. Soma dos PLFAs BM total: soma de todos os PLFAs 3,0 x 104 células/pmol PLFA (bactéria) 1,2 x 104 células/pmol PLFA (algas) BM grupo-específica: soma de PLFAs do grupo Dados quantitativos obtidos na análise de PLFA Método 2. Quantificação do P na fase orgânica Princípio: P na fase orgânica do extrato é derivado de fosfolipídios. Vantagem: simples, dispensa CG Efeito da Substituição de Floresta por Agricultura (Trigo ~26 anos) sobre a BM 30 20 15 16 17 18 19 20 21 18.873 22 23 23.513 23.058 23.136 23.251 22.861 22.172 22.291 22.345 22.460 22.521 22.581 21.896 21.761 21.532 21.592 20.693 20.805 20.916 20.989 21.098 20.266 19.830 19.934 20.004 20.122 19.686 19.409 19.515 19.245 18.942 19.022 18.803 18.417 18.486 18.134 17.833 17.654 17.325 21.324 23.321 50 23.570 22 23.257 23.318 21 22.460 22.523 21.896 21.761 21.210 21.316 21.415 21.532 21.593 20 20.985 20.694 20.808 19 19.935 20.006 19.686 19.410 19.513 18 19.243 17 18.802 18.875 18.935 19.020 18.038 17.733 17.540 16.935 21.424 21.220 18.045 Floresta 18.134 17.832 17.562 17.653 17.325 15 16 FID1 A, (F:\PLFA-F~3\10180306.D) 16.943 16.077 16.187 15.625 15.345 15.510 30 16.080 16.188 60 15.343 40 15.511 20 15.111 60 14.820 14.874 14.946 pA 14.952 Método BM 1 (Soma dos PLFAs) Floresta vs. Agricultura (Trigo ~26 anos) FID1 A, (F:\PLFA-F~3\10180305.D) 23 min pA Agricultura 50 40 min Método BM 2. Quantificação do P na Fase Orgânica do Extrato de Solo • Protocolo: White et al. (1979) (resumo) 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Extração de lipídios totais, por 2 h (Bligh e Dyer, 1959); Partição com NaCl 2 N; Recuperação da fase orgânica (inferior); Secagem sob N2 ultrapuro; Digestão com ácido perclórico, 180oC (3-4h); Adicionar solução molibdênio (White et al., 1979); Após 10 min, adicionar solução de ANSA (1-amino-2-naftol-4ácido sulfônico); Ferver por 10 min. em banho-maria; Ler absorvância a 830 nm. 8. 9. Comparação com Outros Métodos de Deteminação da BM (Frostegard et al., 1991) • P-lipídio vs. SIR (respiração induzida por substrato) SIR (g CO2/g solo) = 17,6 + 0,13 P-lipídio (nmol P/g solo) R2 = 0,86 • P-lipídio vs. conteúdo celular de ATP ATP (g ATP/g solo) = 0,92 + 0,0046 P-lipídio (nmol P/g solo) R2 = 0,89 Estado Nutricional de Fungos do Solo • Bååth, 2003 – Princípio: sob excesso de C e deficiência de N ou P, a comunidade fúngica não cresce, mas acumula lipídios. – Experimento e Resultados: • Glucose apenas: NL aumenta e PL permanece constante • Glucose + N + P: NL constante e PL aumenta – Bååth, E. Microbial Ecology, 45:373-383, 2003 Protocolo: Estado Nutricional de Fungos do Solo • Bååth et al., 2003 • Idem procedimento para estrutura da comunidade, exceto: – – – – Não descartar a fração LN Fração de LN e PL são transesterificada Relação NL:PL do FAME 18:26c (fungo) Quanto maior a relação NL:PL maior é a deficiência nutricional (N ou P) da comunidade fúngica Respostas de Bactérias a Estresses Ambientais • Sob estresses (dessecamento do meio e restrição nutricional) – Aumento da relação entre FAMEs cíclicos e precursores • 19:0cy / 18:17c ou 17:0cy /16:17c – Kieft et al., 1994, AEM, 60:3292-3299, 1994 – Custo de manutenção para mitigar estresse: aumenta gasto de energia, menor eficiência de conversão de carbono em biomassa microbiana: impacto na conservação de MOS. Experimento (Fernandes, 2007) • Incubação por 425 d, microcosmos, solo de Tabuleiros Costeiros, SE (Argissolo amarelo) • 3 resíduos x 2 N x 7 datas, 4 repetições – Resíduos: controle, palha de milho, casca de coco – Doses N: equivalente 15 e 150 kg N ha-1 – Datas: 12, 33, 54, 112, 212, 350 e 425 dias – 130 aos 280 d sob seca (-1,5 MPa) • Variável resposta: 19:0cy/18:17c • Estatística: Regressão múltipla – stepwise, forward – Modelo inicial: grande média – Modelo cheio: todas as interações entre todos os fatores – F para incluir termos no modelo < 4,0 Regressão Múltipla (stepwise forward) • Call: lm(formula = ST ~ MILHO + TIME + UMIDO + TIME:MILHO, data = STRESS.19.INCUB, na.action = na.exclude) • • • Residuals: Min 1Q Median 3Q Max -0.4682 -0.1053 -0.006328 0.111 0.6178 • • • • • • • Coefficients: • • • Residual standard error: 0.1823 on 163 degrees of freedom Multiple R-Squared: 0.8908 F-statistic: 332.3 on 4 and 163 df, the p-value is 0 (Intercept) MILHO TIME UMIDO TIME:MILHO Value Std. Error t value Pr(>|t|) 1.9131 0.0448 42.7342 0.0000 -0.6297 0.0451 -13.9688 0.0000 0.0023 0.0001 20.2161 0.0000 -0.3261 0.0404 -8.0648 0.0000 -0.0011 0.0002 -5.6939 0.0000 19:0cy/18:7c = f(resíduo, t, umidade, N) SECA 3.50 3.00 19:0 cy / 18:1w7c 2.50 2.00 1.50 1.00 0.50 0.00 0 100 200 300 Dias de Incubação 400 500 • FIM Obrigado pela atenção Marcelo F. Fernandes [email protected] 4009 1360