0 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ-UECE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA FACULDADE DE VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS ANNA CLARA ACCIOLY FERREIRA EFEITO DA CONCENTRAÇÃO DE INSULINA E DO FSH NO CULTIVO DE FOLÍCULOS OVARIANOS PRÉ-ANTRAIS CAPRINOS CULTIVADOS IN VITRO EM MEIO CONTENDO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO FORTALEZA – CEARÁ 2015 1 ANNA CLARA ACCIOLY FERREIRA EFEITO DA CONCENTRAÇÃO DE INSULINA E DO FSH NO CULTIVO DE FOLÍCULOS OVARIANOS PRÉ-ANTRAIS CAPRINOS CULTIVADOS IN VITRO EM MEIO CONTENDO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da Faculdade de Veterinária da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Ciências Veterinárias. Área de Concentração: Reprodução e Sanidade Animal. Linha de Pesquisa: Reprodução e Sanidade de Pequenos Ruminantes. Orientador: Prof. Dr. Claudio Cabral Campello. FORTALEZA – CEARÁ 2015 2 3 ANNA CLARA ACCIOLY FERREIRA EFEITO DA CONCENTRAÇÃO DE INSULINA E DO FSH NO CULTIVO DE FOLÍCULOS OVARIANOS PRÉ-ANTRAIS CAPRINOS CULTIVADOS IN VITRO EM MEIO CONTENDO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da Faculdade de Veterinária da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Ciências Veterinárias. Área de Concentração: Reprodução e Sanidade Animal. Linha de Pesquisa: Reprodução e Sanidade de Pequenos Ruminantes. Aprovada em: 17/07/2015 BANCA EXAMINADORA 4 A DEUS, SUSTENTÁCULO DIVINO, A MINHA FAMÍLIA, SUSTENTÁCULO TERRENO 5 AGRADECIMENTOS À Universidade Estadual do Ceará (UECE) e ao Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias (PPGCV) por minha formação e capacitação profissional. A Deus, o sopro da vida, a seu filho Jesus, os divinos ensinamentos e ao Espírito Santo, a luz que me guia os passos a cada despertar. A minha mãe Anna Laura, grande amiga, irmã e companheira de jornada... o meu tudo! Amo você! Ao meu pai, pelo amor que me dedicou me fazendo quem sou. Aos meus irmãos Romeu e João Paulo, por me ensinarem diariamente a tolerância, a paciência e, principalmente, o amor! Pelo entendimento nas diferenças e o amor nas igualdades. Ao meu padrasto Gino, que me ajudou a chegar até aqui, com seu carinho e presteza. A minha avó Stela, que agora habita na morada do Pai, deixando saudades de um colo e um chamego que só avó sabe dar... A minha família, que sempre torceu pela realização deste sonho. A minha amiga Ana Maria, tia de coração, por todo o seu carinho e incentivo! A minha amiga Ana Dina, pelos deliciosos “quitutes” e pela grande amizade. À professora Lúcia de Fátima Lopes dos Santos, que me orientou com tanta maestria durante minha vida acadêmica, a quem tenho bastante carinho e admiração. Aos meus mestres, pelos conhecimentos transmitidos que pautarão minha vida profissional. Aos funcionários do PPGCV, em especial a Adriana, ao Sr. João e ao Cesár que desde o início me acolheram com carinho. Ao meu orientador, professor Cláudio Cabral, por quem tenho tamanha admiração, obrigada por toda a paciência, confiança e ensinamentos transmitidos. Ao prof. José Ricardo de Figueiredo e à profa. Ana Paula Ribeiro Rodrigues, por todo auxílio e incentivo profissional, pela confiança depositada em mim. 6 À Carolina Maside Mielgo, por toda sua contribuição, incentivo, entusiasmo e amizade durante a finalização deste trabalho! Ao Carlos Henrique Lobo, por todo o conhecimento transmitido e amizade! Ao Dr. Felipe Zandonadi Brandão e ao Dr. Gary Apgar pela contribuição na realização deste trabalho. Aos membros da banca Dr. José Ricardo de Figueiredo, Dra. Valdevane Rocha Araújo e Dra. Carolina Maside Mielgo, pelo auxílio na finalização desse trabalho e por gentilmente terem aceitado ao convite de participar da minha banca examinadora. A minha equipe de trabalho, Denise Damasceno Guerreiro, Hudson Henrique Vieira Correia, Naiza Arcângela Ribeiro Sá, Valdevane Rocha Araújo e agregados (Johanna Leiva, Jesús Cadenas e Érica Leal), pela dedicação e apoio técnico durante os experimentos, por terem tornado esses momentos mais leves e agradáveis durante as madrugas! As minhas Bruxinhas Johanna Leiva Revilla, Denise Damasceno Guerreiro, Érica Suzane Leal e Andréa Moreira por toda a amizade e companheirismo nos momentos difíceis e pelos bons momentos que passamos juntas! Ao grupo religioso formado por professores e colegas do laboratório (grupo espírita), onde encontrei equilíbrio, sabedoria e força! A toda equipe do Lamofopa, que contribuíram direta ou indiretamente, por toda a amizade e carinho. Enfim, a todos vocês, meu muito obrigada! 7 RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de diferentes concentrações de insulina, sozinha ou associada a concentrações fixa ou crescentes de FSH no cultivo in vitro de folículos préantrais caprinos isolados. Folículos secundários foram cultivados individualmente durante 18 dias em meio de base contendo 50 ng/mL de GH suplementado com insulina em baixa concentração (INS-LW: 10 ng/mL) ou alta concentração (INS-HG: 10 µg/mL) sozinha ou associada ao FSH em concentrações fixa (FSH100: 100 ng/mL) ou crescentes (FSH-SEQ: 100 ng/mL, dias 0 ao 6; 500 ng/mL, dias 6 ao 12; 1000 ng/mL, dias 12 ao 18 ). Após o cultivo, os seguintes pontos foram avaliados: morfologia e taxas de crescimento folicular, formação de antro, produção de estradiol (E2), expressão do mRNA para os genes para FSHR, GHR, INSR, CYP19A1, CYP17, 3ßHSD, bem como as taxas de viabilidade e de maturação oocitária. O tratamento INS-LW mostrou uma taxa mais elevada (P < 0,05) de folículos normais no dia 18 de cultivo. No entanto, aumento global (P < 0,05) no crescimento folicular, diâmetro oocitário e taxa de retomada da meiose foram obtidos utilizando INS-HG+FSH100. Os tratamentos INS-HG e INS-HG+FSH100 apresentaram maiores níveis de produção de estradiol e dos níveis de mRNA para CYP19A1, CYP17, 3ßHSD quando comparado aos tratamentos INS-LW e INS-LW+FSH100. Em conclusão, na presença de GH, o meio básico suplementado com 10 µg/mL de insulina e 100 ng/mL de FSH durante todo o período de cultivo, melhorou o crescimento folicular e oocitário, a retomada da meiose oocitária e a produção de E2 a partir de foliculos pré-antrais caprinos isolados cultivados in vitro. Palavras-chave: Cabra. Desenvolvimento follicular. Maturação oocitária. Hormônios. Esteroidogênese. 8 ABSTRACT The aim of this study was to evaluate the effect of different insulin concentrations, alone or associated with either a fixed FSH concentration or increasing FSH concentrations on in vitro culture of isolated goat preantral follicles. Secondary follicles were individually cultured for 18 days in a basic medium containing 50 ng/mL GH supplemented with low insulin concentration (INS-LW: 10 ng/mL) or high insulin concentration (INS-HG: 10 µg/mL) alone or with a fixed FSH concentration (FSH100: 100 ng/mL) or with increasing FSH concentrations (FSH-SEQ: 100 ng/mL, days 0 to 6; 500 ng/mL, days 6 to 12; 1000 ng/mL days 12 to 18). After culture the following end points were evaluated: follicle morphology and growth rates, antrum formation, , estradiol (E2) production, gene expression for FSHR, GHR, INSR, CYP19A1, CYP17, 3ßHSD as well as oocyte viability and maturation. INS-LW treatment showed a higher (P < 0.05) incidence of normal follicles at day 18 of culture. However, overall higher (P < 0.05) follicular growth, oocyte diameter and meiotic resumption rates were obtained using INS-HG + FSH 100. INS-HG and INS-HG+FSH100 showed higher E2 production and mRNA levels for CYP19A1, CYP17, 3ßHSD when compared to INS-LW and INS-LW+FSH100. In conclusion, in presence of GH, a basic medium supplemented with 10 µg/mL insulin and 100 µg/mL FSH throughout the culture period, improved follicular and oocyte growth, oocyte meiotic resumption and E2 production from isolated preantral caprine follicles cultured in vitro. Keywords: Goat. Follicle development. Oocyte maturation. Hormones. Steroidogenesis. 9 LISTA DE FIGURAS Revisão de Literatura Figura 1- Ilustração do ovário de mamíferos e suas estruturas. Adaptado de http://www.tarleton.edu/Departments/anatomy/ovary.html...................... 18 Figura 2- Esquema ilustrativo da formação dos oócitos e folículos, destacando a relação dos processos de oogênese e foliculogênese na maioria dos mamíferos. LH, horônio luteinizante; MCI, massa celular interna........... 20 Figura 3- Ilustração caracterizando a morfologia de folículos ovarianos préantrais (A, B e C) e antrais (D e E). (A) folículo primordial; (B) folículo primário; (C) folículo secundário; (D) folículo terciário; (E) folículo pré-ovulatório. 1. Oócito; 2. Células da granulosa; 3. Zona pelúcida; 4. Células da teca; 5. Células da teca interna; 6. Células da teca externa; 7. Antro; 8. Células do cumulus; 9. Lâmina basal............... 21 Figura 4- A) Ilustração de um folículo de Graaf. Co, cumulus oophorus; Ge, epitélio germinativo; Lf, líquido folicular; Mg, membrana granulosa; Te, teca externa; Ti, teca interna. (B) Estrutura da parede do folículo de Graaf mostrando como as células granulosas são privadas de um suprimento sanguíneo pela membrana basal............................................. 23 Capítulo 1 Figure 1- Percentage of antrum formation in caprine preantral follicles cultured with insulin (INS-LW: 10 ng/mL or INS-HG: 10 µg/mL), in the absence or presence of FSH administered in a fixed concentration (FSH100: 100 ng/mL) or increasing concentrations (FSH-SEQ: 100 ng/mL, days 0 to 6; 500 ng/mL, days 6 to 12; 1000 ng/mL days 12 to 18) for 18 days. Regardless the treatment all culture media contained 50 ng/mL GH. A - B: Differs significantly among treatments within the same culture period (P < 0.05). a – b: Differs significantly among culture periods within the same treatment (P < 0.05)…………………... Figure 2- 45 Mean (± SEM) estradiol production (ng/mL) after culture medium of caprine preantral follicles cultured with insulin (INS-LW: 10 ng/mL or INS-HG: 10 µg/mL), in the absence or presence of FSH administred in a fixed concentration (FSH100: 100 ng/mL) or increasing concentrations (FSH-SEQ: 100 ng/mL, days 0 to 6; 500 ng/mL, days 6 48 10 to 12; 1000 ng/mL days 12 to 18) and GH (50 ng/mL). Regardless the treatment all culture media contained 50 ng/mL GH. A – C: Differs significantly among treatments within the same culture period (P < 0.05). a – b: Differs significantly among culture periods within the same treatment (P < 0.05)………………………………………………. Figure 3- Relative mean (± SEM) expression of mRNA of FSHR (A), INSR (B), and GHR (C) in caprine preantral follicles cultured with insulin (INSLW: 10 ng/mL or INS-HG: 10 µg/mL), in the absence or presence of FSH administered in a fixed concentration (FSH100: 100 ng/mL) or increasing concentrations (FSH-SEQ: 100 ng/mL, days 0 to 6; 500 ng/mL, days 6 to 12; 1000 ng/mL days 12 to 18) for 18 days. Regardless the treatment all culture media contained 50 ng/mL GH. Different letters denote significant differences (P < 0.05)……………… 49 Figure 4- Relative mean (± SEM) expression of mRNA of 3βHSD (A), CYP19A1 (B), and CYP17 (C) in caprine preantral follicles cultured with insulin (INS-LW: 10 ng/mL or INS-HG: 10 µg/mL), in the absence or presence of FSH administered in a fixed concentration (FSH100: 100 ng/mL) or increasing concentrations (FSH-SEQ: 100 ng/mL, days 0 to 6; 500 ng/mL, days 6 to 12; 1000 ng/mL days 12 to 18) for 18 days. Regardless the treatment all culture media contained 50 ng/mL GH. Different letters denote significant differences (P < 0.05)........................ 50 11 LISTA DE TABELAS Table 1- Oligonucleotide primers used for PCR analysis of goat follicles………... Table 2- Percentage of morphologically intact and extruded preantral follicles 43 cultured with insulin (INS-LW: 10 ng/mL or INS-HG: 10 µg/mL), in the absence or presence of FSH administered in a fixed concentration (FSH100: 100 ng/mL) or in increasing concentrations (FSH-SEQ: 100 ng/mL, days 0 to 6; 500 ng/mL, days 6 to 12; 1000 ng/mL days 12 to 18) for 18 days………………………………………………………………... 45 Table 3- Mean (± SEM) diameter (µm) and follicular growth rate (µm) of caprine preantral follicles cultured with insulin (INS-LW: 10 ng/mL or INS-HG: 10 µg/mL), in the absence or presence of FSH administered in a fixed concentration (FSH100: 100 ng/mL) or in increasing concentrations (FSH-SEQ: 100 ng/mL, days 0 to 6; 500 ng/mL, days 6 to 12; 1000 ng/mL days 12 to 18) for 18 days………………………………………... Table 4- 46 Meiotic stages of caprine oocytes from preantral follicles cultured with insulin (INS-LW: 10 ng/mL or INS-HG: 10 µg/mL), in the absence or presence of FSH administered in a fixed concentration (FSH100: 100 ng/mL) or in increasing concentrations (FSH-SEQ: 100 ng/mL, days 0 to 6; 500 ng/mL, days 6 to 12; 1000 ng/mL days 12 to 18) for 18 days……. Table 5- 47 Mean (± SEM) diameter (µm) of oocytes matured in vitro and oocyte recovery rate from caprine preantral follicles cultured with insulin (INSLW: 10 ng/mL or INS-HG: 10 µg/mL), in the absence or presence of FSH administered in a fixed concentration (FSH100: 100 ng/mL) or in increased concentrations (FSH-SEQ: 100 ng/mL, days 0 to 6; 500 ng/mL, days 6 to 12; 1000 ng/mL days 12 to 18) for 18 days…………… 47 12 LISTA DE ABREVIAÇÕES BSA Bovine serum albumin (Albumina sérica bovina) °C Graus Celsius cDNA Complementary DNA (DNA Complementar) CGs Células da granulosa CGPs Células germinativas primordiais Calceína - AM Calceína acetoximetil CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CO2 Carbon dioxide (Dióxido de Carbono) CYP17 Cytochrome P450 17-alpha hydroxylase CYP19A1 (Aromatase) COCs Cumulus–oocyte complexes (Complexos cumulus-oócito) D0/D6/D12/D18 Day 0/ day 6/ day 12 /day 18 (Dia 0/ dia 6/ dia 12/ dia 18) DNA Deoxyribonucleic acid (Ácido desoxirribonucleico) Dr. Doctor (Doutor) Dra. Doctor (Doutora) E2 Estradiol EGF Epidermal growth factor (Fator de crescimento epidermal) FGF Fibroblast growth factor (Fator de crescimento de fibroblastos) FOPA Folículo pré-antral FSH Follicle Stimulating Hormone (Hormônio Folículo Estimulante) FSH100 100 ng/mL FSH FSH-SEQ increasing FSH concentrations (FSH em concentrações crescentes) FSHR Receptor for FSH (Receptor para FSH) G Gauge GDF-9 Growth differentiation factor 9 (Fator de crescimento e diferenciação-9) GH Growth hormone (Hormônio do crescimento) GHR Receptor for GH (Receptor para GH) GV (VG) Germinal vesicle (Vesícula germinal) h Horas IGF-I Insulin-like growth factor-I (Fator de crescimento semelhante à insulina-I) INS Insulin (Insulina) 13 INS-HG High insulin concentration (alta concentração de insulina) INS-LW Low insulin concentration (baixa concentração de insulina) INSR Receptor for insulin (Receptor para insulina) IVC (CIV) In vitro culture (Cultivo in vitro) IVF (FIV) In vitro fertilization (Fertilização in vitro) IVM (MIV) In vitro maturation (Maturação in vitro) kg Quilograma LH Luteinizing hormone (Hormônio Luteinizante) LAMOFOPA Laboratório de Manipulação de Oócitos e Folículos Pré-Antrais M Molar MEM Minimal essential medium (Meio essencial mínimo) Mm mili-molar mm milímetro mg Miligrama MI Metaphase I (Metáfase I) MII Metaphase II (Metáfase II) MCI Massa celular interna min Minutos mL Mililitro MOIFOPA Manipulação de Oócitos Inclusos em Folículos Ovarianos Pré-antrais mRNA Messenger ribonucleic acid (Ácido ribonucléico mensageiro) ng Nanograma P < 0.05 Probabilidade de erro menor do que 5% p. Página PBS Phosphate buffered saline PCR Polymerase Chain Reaction (Reação em cadeia da polimerase) pg Picograma PH potencial hidrogeniônico PPGCV Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias PPIA Peptidylprolyl Isomerase A qPCR Quantitaive PCR RENORBIO Rede Nordeste de Biotecnologia RIA Radioimmunoassay (radioimunoensaio) rFSH Recombinant FSH (FSH recombinante) 14 RT-PCR Real time PCR (PCR em gtempo real) SAS Statistical analysis system (Sistema de análise estatística) s Second (Segundo) SEM Standard error of means (Erro padrão da média) T4 Tiroxina 4 TCM-199 Tissue culture medium (Meio de cultivo tecidual- 199) U Unidade UECE Universidade Estadual do Ceará VGBD Germinal vesicle breakdown (Quebra da vesícula germinal) α-MEM Alpha minimal essential medium (Meio essencial mínimo alfa) μg Microgramas μL Microlitro μm Micrômetro µM Micromolar 3βHSD 3β-hydroxysteroid dehydrogenase 2D Bidimensional 3D Tridimensional % Porcentagem ~ Aproximadamente < Menor = Igual > Maior ≥ Maior ou igual + Mais ± Mais ou Menos 15 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 16 2 REVISÃO BIBLIORÁFICA................................................................................... 17 2.1 Ovário dos mamíferos................................................................................................ 17 2.2 Oogênese e foliculogênese......................................................................................... 18 2.3 Folículos ovarianos.................................................................................................... 20 2.4 População e atresia folicular...................................................................................... 23 2.5 MOIFOPA................................................................................................................. 24 2.6 Cultivo in vitro de folículos pré-antrais..................................................................... 24 2.7 Insulina....................................................................................................................... 26 2.8 Hormônio folículo estimulante (FSH)........................................................................ 26 2.9 Hormônio do crescimento (GH)................................................................................. 28 3 JUSTIFICATIVA..................................................................................................... 29 4 HIPÓTESES CIENTÍFICAS.................................................................................. 31 5 OBJETIVOS............................................................................................................. 32 5.1 Objetivo geral............................................................................................................. 32 5.2 Objetivos específicos.................................................................................................. 32 6 CAPÍTULO 1............................................................................................................ 33 7 CONCLUSÃO.......................................................................................................... 61 8 PERSPECTIVAS..................................................................................................... 62 REFERÊNCIAS....................................................................................................... 63 16 1 INTRODUÇÃO O desenvolvimento folicular depende de uma sequência complexa de interações celulares. No decorrer do desenvolvimento, o folículo pode atingir diversos estágios, desde pré-antral até folículo pré-ovulatório. No entanto, a maioria desses folículos morre em decorrência do processo de atresia (NAYUDU & OSBORN, 1992). Neste sentido, diversas biotecnologias vêm sendo desenvolvidas como alternativas para recuperar os folículos antes do processo de atresia. Dentre essas biotécnicas, a manipulação de oócitos inclusos em folículos ovarianos pré-antrais (MOIFOPA) é uma dessas alternativas, uma vez que folículos são destinados ao cultivo in vitro (CIV), seguido da maturação e da fecundação in vitro (FIV) dos oócitos. Dentre os sistemas para cultivo folicular, pode-se destacar o cultivo de folículos isolados do córtex ovariano, o qual, além de possibilitar o acompanhamento individual dos folículos, permite uma maior perfusão do meio durante o cultivo (ABIR et al., 2006). Além do sistema de cultivo utilizado, a composição do meio é um fator chave para promover o desenvolvimento de folículos ovarianos pré-antrais in vitro a estágios mais avançados (PENG et al., 2010). Sabe-se que os folículos podem ser potencialmente influenciados pelos fatores de crescimento e hormônios produzidos pelas células do estroma, por outros folículos ou por eles mesmos (Fortune, 2003). Essas substâncias exercem importantes papeis no controle da foliculogênese inicial, atuando na ativação (SKINNER, 2005), no crescimento (OJEDA et al., 2000), na esteroidogênese (GREISEN et al., 2001), na inibição da atresia folicular (FORTUNE, 2003) e no estímulo à competência oocitária (ARAÚJO et al., 2011). Dentre os hormônios que podem potencialmente influenciar o crescimento e desenvolvimento folicular in vitro, destacam-se a insulina (INS), o hormônio folículo estimulante (FSH) e o hormônio do crescimento (GH). Baseado em estudos in vitro, a utilização de FSH, adicionado em momentos específicos do cultivo e de forma progressiva (100 ng/mL, do dia 0 ao 6; 500 ng/mL do dia 6 ao 12; 1000 ng/mL, do dia 12 ao 18) combinada à insulina na concentração 10 µg/mL promoveu melhores taxas de sobrevivência, de formação de antro, de crescimento e de retomada da meiose no cultivo de folículos pré-antrais isolados caprinos, (SARAIVA et al., 2011). A adição de GH (50 ng/mL) ao meio de cultivado mencionado anteriormente resultou na produção do primeiro embrião caprino a partir de folículo pré-antral crescido in vitro, sendo o melhor resultado reportado na literatura para a espécie caprina até o momento (MAGALHÃES et al., 2011). Em ambos estudos anteriores, a insulin foi utilizada em altas concentrações (10 µg/mL). No entanto, em outro estudo, a adição de baixas concentrações de 17 insulina (10 ng/mL) mostrou-se mais eficaz na manutenção da sobrevivência e na promoção do desenvolvimento folicular e na da retomada da meiose (CHAVES et al., 2012). Embora a insulina, o FSH e o GH tenham sido utilizados no cultivo in vitro de folículos pré-antrais caprinos, o equilíbrio adequado das concentrações de insulina e do FSH em meio de cultivo contendo GH ainda permanece desconhecido. Tendo em vista a importância do presente estudo, a revisão de literatura a seguir abordará aspectos relacionados ao (à): ovário dos mamíferos, oogênese e foliculogênese, folículos ovarianos, população e atresia folicular, MOIFOPA, cultivo in vitro de folículos préantrais, insulina (INS), hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio do crescimento (GH). 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 O ovário dos mamíferos O ovário da maioria dos mamíferos está dividido em duas regiões: 1) medular, localizada na porção mais interna; 2) cortical, localizada na porção mais externa (Fig. 1) (NASCIMENTO et al., 2008). Externamente, o córtex ovariano está circundado por epitélio germinativo. No córtex ovariano estão presentes os folículos ovarianos e/ou corpos lúteos em vários estágios de desenvolvimento. A medula ovariana, por sua vez, é composta por tecido conjuntivo fibroelástico, nervos e vasos sanguíneos e linfáticos (HAFEZ, 2004). Esta distribuição ocorre na maioria dos mamíferos. Entretanto, a égua tem a particularidade de apresentar a inversão entre essas duas regiões, de modo que o córtex está situado mais internamente e a medula, externamente (NASCIMENTO et al., 2008). O ovário exerce duas importantes funções fisiológicas: 1) gametogênica, liberação de oócitos maturos (ovulação) aptos a serem fecundados (BARNETT et al., 2006) e 2) endócrina, produção de hormônios, fatores de crescimento e peptídeos (HIRSHFIELD, 1991). Outra função importante exercida pelos folículos está relacionada à manutenção da viabilidade oocitária, assegurando o crescimento e a maturação dos oócitos. 18 Túnica albugínea Corpo lúteo (copo albicans) Oócito Células da granulosa Folículo secundário Mesovário e vasos sanguíneos Folículo Córtex primário Folículo de Graaf Epitélio germinativo Folículo primordial Antro Oócito Zona pelúcida Ligamento do ovário Teca Medula Oócito ovulado Corpo lúteo Desenvolvimento Corpo lúteo Figura 1. Ilustração do ovário de mamíferos e suas estruturas. Adaptado de http://www.tarleton.edu/Departments/anatomy/ovary.html 2.2 Oogênese e foliculogênese A oogênese pode ser definida pelo processo de formação e de diferenciação das células germinativas primordiais (CGP) da fêmea até a formação do oócito haplóide fecundado (VAN DEN HURK & ZHAO, 2005). A quantidade de oócitos presentes nos ovários adultos origina-se a partir de um número definido de CGP que são derivadas da massa celular interna do blastocisto durante o desenvolvimento embrionário (PICTON, 2000). O blastocisto é constituído pelo trofoblasto e pelo botão embrionário. O botão embrionário dará origem ao ectoderma, mesoderma e endoderma. O saco vitelínico tem origem a partir do endoderma, que, por sua vez, dará origem às CGP. Estas se multiplicam por mitose e diferenciam-se em oogônias (FIGUEIREDO et al., 2008). A população de oogônias se expande através de um número prédeterminado, espécie específica, de divisões mitóticas até que as células entrem em meiose e tornem-se os oócitos primários. Na primeira divisão meiótica das oogônias, estas estão localizadas nas zonas mais internas do córtex ovariano e durante o desenvolvimento seguem para zonas mais externas. Após o início da meiose, os oócitos primários progridem para as fases de leptóteno, zigóteno e paquíteno até atingir a fase de diplóteno, da primeira divisão meiótica. Ocorre um aumento no tamanho das células à medida que o desenvolvimento do oócito progride à fase de diplóteno. Várias alterações importantes ocorrem no oócito primário: 19 recombinação do material genético materno e paterno; polarização nuclear de organelas, que é essencial para o metabolismo do oócito, dependente da atividade dos microtúbulos. Após essa reorganização, no estádio de diplóteno da prófase I, ocorre a primeira interrupção da divisão meiótica, em que os oócitos permanecem em vesícula germinativa (VG) até a puberdade (PICTON, 2000). O início da meiose nos oócitos coincide com o início da foliculogêse, que compreende a formação, o crescimento e a maturação folicular, tendo início desde a formação do folículo primordial e culminando com o folículo maturado ou pré-ovulatório. Quando o animal atinge a puberdade, com o pico do FSH e do hormônio luteinizante (LH), os oócitos crescidos retomam a meiose e o núcleo sai de VG para diacinese. Em seguida, inicia-se o processo de rompimento da VG, quando ocorrerá a expulsão do primeiro corpúsculo polar, resultando na formação do oócito secundário e ocorrendo a segunda parada da meiose. O oócito retomará a meiose somente se for fecundado (FIGUEIREDO et al., 2008). 20 Oogônia Figura 2. Esquema ilustrativo da formação dos oócitos e folículos, destacando a relação dos processos de oogênese e foliculogênese na maioria dos mamíferos. LH, hormônio luteinizante; MCI, massa celular interna. 2.3 Folículos ovarianos O folículo é considerado a unidade morfofuncional do ovário e é constituído por um oócito circundado por células somáticas (células da granulosa e da teca). 21 Os folículos podem ser classificados, de acordo com o grau de desenvolvimento, em folículos pré-antrais ou não cavitários e em folículos antrais ou cavitários (FIGUEIREDO et al., 2008) (Fig. 3). Figura 3. Ilustração caracterizando a morfologia de folículos ovarianos pré-antrais (A, B e C) e antrais (D e E). (A) folículo primordial; (B) folículo primário; (C) folículo secundário; (D) folículo terciário; (E) folículo pré-ovulatório. 1. Oócito; 2. Células da granulosa; 3. Zona pelúcida; 4. Células da teca; 5. Células da teca interna; 6. Células da teca externa; 7. Antro; 8. Células do cumulus; 9. Lâmina basal. Fonte: www.embryology.ch/anglais 2.3.1 Folículos pré-antrais Os folículos pré-antrais constituem o pool de reserva ovariano não renovável, que será utilizado ao longo da vida reprodutiva da fêmea (SILVA-SANTOS et al., 2011). O desenvolvimento folicular inicia quando um pool de folículos primordiais sai do estádio de quiescência (fase diplóteno da prófase I) e são recrutados a crescerem de forma gradual e contínua. Esta fase de desenvolvimento folicular inicial é independendente das gonadotrofinas hipofisárias. Ainda que folículos nesta fase inicial de desenvolvimento possam expressar o receptor de FSH, no entanto, as gonadotrofinas não parecem ser essenciais para o crescimento folicular inicial (THOMAS et al., 2003). Os folículos ovarianos pré-antrais são representados pelos folículos primordiais, de transição, primários e secundários, que podem ser diferenciados entre si pela forma e pelo número de camadas de células da granulosa que envolve o oócito imaturo. Folículos primordiais: representam 95% da totalidade da população folicular ovariana; são os menores folículos, constituídos por um oócito quiescente, imaturo e circundado por uma camada de células da granulosa de morfologia pavimentosa (SILVA, 2005) (Fig. 3A). O núcleo do oócito é relativamente grande e ocupa uma 22 posição central. O pool de folículos primordiais é mantido em quiescência até que ocorra a ativação folicular (KIM, 2012). Folículos de transição: a mudança na morfologia das células da granulosa (CG) de pavimentosa para cúbica, marca a ativação folicular dando início ao desenvolvimento de folículos primordiais (HIRSHFIELD, 1991). Esta fase de transição entre os estádios primordial e primário dá origem a folículos com CG pavimentosas e cúbicas, caracterizando o folículo de transição (FORTUNE et al., 2003). Folículos primários: caracterizam-se por apresentarem uma única camada de células cúbicas da granulosa circundando o oócito imaturo (SILVA, 2005) (Fig. 3B). Folículos secundários: caracterizam-se com o desenvolvimento de uma segunda camada de CG, progride através da proliferação de até seis ou sete camadas e termina com o início do desenvolvimento de uma cavidade antral (FORTUNE et al., 2003) (Fig. 3C). A partir de estádios mais avançados, pode ocorrer a presença de células da teca (CT) e, também, pode ser visualizada a zona pelúcida (FIGUEIREDO et al., 2008). 2.3.2 Folículos antrais Os folículos são denominados antrais quando ocorre uma intensa proliferação de células da granulosa formando uma cavidade preenchida por fuido chamada de antro (FIGUEIREDO et al., 2008). O fluido antral é um composto rico em substâncias reguladoras derivadas do sangue ou das secreções das células foliculares, como por exemplo, gonadotrofinas, esteroides e fatores de crescimento. A produção desse fluido é intensificada pelo aumento da vascularização folicular e permeabilidade dos vasos sanguíneos, que ocorrem com o desenvolvimento do folículo (VAN DEN HURK & ZHAO, 2005). No estádio antral, as células da granulosa são diferenciadas em células do cumulus (mais próximas ao oócito) e células murais (mais afastadas do oócito) (FIGUEIREDO et al., 2008), também as células da teca começam a se diferenciar das células circundantes do estroma (THOMAS et al., 2003). Quando este estádio é alcançado, os folículos se tornam dependentes das gonadotrofinas para um maior crescimento e desenvolvimento folicular (NAYUDU & OSBORN, 1992). Em pequenos folículos antrais, as células da teca expressam enzimas envolvidas na biossíntese de não há expressão de mRNA para aromatase nas CG desses pequenos folículos antrais. Isso pode indicar que a progesterona e andrógenos e 23 estrógenos não são os principais hormônios esteróides formados pelos primeiros folículos antrais (VAN DEN HURK et al., 2005). Os folículos antrais podem ser subdivididos em duas classes: 1) terciários (Fig. 3D), que ainda possuem o oócito imaturo; 2) pré-ovulatório ou de Graaf (Fig. 3E; Fig. 4), que, na maioria das espécies, contém um oócito maturado (FIGUEIREDO et al., 2008). A B Figura 4. A) Ilustração de um folículo de Graaf. Co, cumulus oophorus; Ge, epitélio germinativo; Lf, líquido folicular; Mg, membrana granulosa; Te, teca externa; Ti, teca interna. (B) Estrutura da parede do folículo de Graaf mostrando como as células granulosas são privadas de um suprimento sanguíneo pela membrana basal. 2.4 População e atresia folicular O número de folículos ovarianos é bastante variável entre as espécies, podendo variar de milhares (1.500 na camundonga: SHAW et al., 2000; 35.000 na cabra: LUCCI et al., 1999; 160.000 na ovelha: DRIANCOURT, 2001; 235.000 na vaca: BETTERIDGE et al., 1989) à milhões (2.000.000 na mulher: ERICKSON, 1986). O ovário das fêmeas dos mamíferos apresenta, ao nascerem, milhares de folículos primordiais que têm o potencial de serem utilizados para a produção in vitro de embriões em larga escala. No entanto, a maioria desses folículos (99,9%) não chega a ovular, sendo eliminados por um processo natural conhecido como atresia folicular, seja por via degenerativa e/ou apoptótica (FIGUEIREDO et al., 2008). As células envolvidas no mecanismo de apostose são na maioria GC; no entanto, CT ocasionalmente também sofrem apoptose. Folículos antrais iniciais são mais susceptíveis a sofrer atresia do que folículos pré-antrais (DANILOVISH et al., 2000). 24 Diversos fatores e hormônios adicionados ao meio de cultivo in vitro vêm sendo estudados, visando reduzir a atresia folicular em diversos estádios de desenvolvimento. 2.5 MOIFOPA A manipulação de oócitos inclusos em folículos ovarianos pré-antrais (MOIFOPA) é uma biotécnica da reprodução que vem sendo desenvolvida como alternativa para a recuperação de folículos pré-antrais (FOPAs), visando à obtenção de um grande número de oócitos competentes para a produção de embriões, bem como poderá contribuir com importantes aplicações para a pesquisa fundamental. Esta biotécnica consiste no isolamento, conservação (resfriamento e criopreservação) e cultivo in vitro (CIV) de folículos pré-antrais e, posteriormente, os oócitos poderão ser utilizados na maturação in vitro (MIV) e na fecundação in vitro (FIV) (FIGUEIREDO et al., 2008). Até o presente momento, o resultado mais promissor proveniente dessa biotécnica foi o nascimento de crias vivas na espécie murina (O´BRIEN et al., 2003). No entanto, nas espécies domésticas, apenas um número restrito e variável de embriões têm sido relatado (suíno: WU et al., 2007; bubalino: GUPTA et al., 2008; ovino: ARUNAKUMARI et al., 2010, LUZ et al., 2012; caprino: MAGAHÃES et al., 2011). Embora esses resultados sejam promissores, estudos acerca dos fatores e processos que afetam o desenvolvimento dos folículos pré-antrais são imprescindíveis para aumentar as taxas de produção in vitro de embriões. 2.6 Cultivo in vitro de folículos pré-antrais Uma variedade de métodos foi desenvolvida para a manutenção e/ou crescimento de folículos pré-antrais in vitro (FORTUNE et al., 2003). O sistema de cultivo e a composição do meio são fatores fundamentais para promover o desenvolvimento durante o cultivo in vitro de folículos ovarianos pré-antrais a estágios mais avançados (PENG et al., 2010). Diferentes sistemas de cultivo têm sido desenvolvidos para manter a viabilidade e promover o crescimento de folículos pré-antrais in vitro (VAN DEN HURK et al., 2000). Podemos citar dois sistemas de cultivo utilizados na MOIFOPA: 1) cultivo de fragmentos de córtex ovariano ou do ovário inteiro, que apresenta como vantagens a facilidade para executar este modelo experimental, a manutenção da integridade estrutural do tecido e das interações entre as células do estroma circundante com os folículos; 2) cultivo de folículos isolados, que além de possibilitar o acompanhamento individual durante o cultivo, permite uma maior perfusão do meio para o folículo (ABIR et al., 2006). O sistema de cultivo em fragmento 25 ovariano ou do órgão inteiro é importante para o estudo de fatores que podem afetar a ativação e o desenvolvimento folicular, sendo que ovários murinos são suficientemente pequenos e, por esse motivo, cultivados inteiros; em contraste, ovários dos mamíferos domésticos são grandes e, portanto, cultivados em fragmentos do córtex ovariano (FORTUNE et al., 2003). Em relação ao sistema de cultivo do tipo isolado, este pode ser realizado de duas formas: 1) bidimensional (2D), quando o folículo se desenvolve sobre a própria placa de cultivo ou sobre uma matriz extracelular, como por exemplo, de colágeno (DEMEESTERE et al., 2005); 2) tridimensional (3D), quando o folículo se desenvolve encapsulado em gota de alginato (XU et al., 2010). Avanços no sistema de cultivo 3D também fornecem um modelo para estudar os índices de desenvolvimento folicular individualmente, caracterizando a função endócrina e a parácrina sobre o crescimento folicular e a maturação oocitária (XU et al., 2010). Outra estratégia de cultivo pode ser realizada em dois passos: inicialmente ocorre a ativação e o desenvolvimento folicular no sistema de cultivo em fragmento do córtex ovariano; em seguida, os folículos são isolados a partir desses fragmentos e cultivados isoladamente (O’BRIEN et al., 2003). Ainda, em alguns estudos de cultivo in vitro de folículos pré-antrais, tem sido utilizado o sistema de cultivo com co-cultivo em animais domésticos como suínos (WU et al., 2001), bubalinos (GUPTA et al., 2008) e caprinos (DUARTE et al., 2011). O cultivo de FOPA em grupo ou co-cultivados com células do cumulus, da granulosa e mesenquimais ovarianas demonstrou efeito benéfico sobre o desenvolvimento folicular (GUPTA et al., 2008; DUARTE et al., 2011). Podem ocorrer interações através das vias endócrina, da parácrina e da autócrina entre os grupos de folículos na mesma fase de desenvolvimento, estabelecendo diferenças que estimulem ou que inibam o crescimento uns dos outros (BAKER, 1999). A composição do meio é um importante fator para a obtenção de sucesso durante o cultivo de folículos pré-antrais in vitro. Sabe-se que os folículos podem ser potencialmente influenciados por fatores de crescimento produzidos pelas células do estroma e por outros folículos, ou por fatores produzidos dentro dos próprios folículos (hormônios e fatores de crescimento) (FORTUNE, 2003). Assim, diversos autores têm investigado o efeito de vários componentes no cultivo in vitro de folículos pré-antrais, tanto de animais de laboratório como de animais domésticos. Desta forma, a avaliação do efeito de hormônios como, por exemplo, a insulina, o FSH e o GH, sobre o crescimento e a maturação oocitária poderá contribuir para uma melhor compreensão da foliculogênese. 26 2.7 Insulina A insulina é produzida na porção endócrina do pâncreas, organizada como discretas ilhotas (ilhotas de Langerhans), que contêm quatro tipos de células para a síntese de diferentes hormônios. As células Beta (β) são as mais numerosas e as responsáveis pela produção de insulina. Este hormônio é uma proteína que consiste em duas cadeias de aminoácidos, designadas A e B, contendo 21 e 30 aminoácidos, respectivamente, sendo ligadas por duas pontes dissulfeto. Embora haja algumas diferenças na composição de aminoácidos ente as espécies de mamíferos, essas diferenças são pequenas; como resultado, as atividades biológicas da insulina não são altamente espécie-específica (CUNNINGHAM, 2008). Receptores de insulina estão expressos em quase todos os tecidos dos mamíferos, inclusive no estroma e nas células foliculares ovarianas (EL-ROEIY et al., 1993). A expressão de receptores de insulina (INSR) é regulada por ação hormonal e pode agir como uma resposta de sinalização intracelular em GC durante o desenvolvimento folicular bovino, bem como o sistema insulina-receptor pode suportar o desenvolvimento de folículos préovulatórios (SHIMIZU et al., 2008). Além disso, a interação do FSH com a insulina influencia positivamente a expressão do mRNA para INSR no cultivo in vitro de folículos préantrais caprinos (CHAVES et al., 2012). A insulina além de participar da regulação da glicose também participa de outros mecanismos celulares, como o transporte de aminoácidos, o metabolismo lipídico e a síntese proteica (CHEATHAM & KHAN, 1995). A insulina promove o desenvolvimento folicular e proporciona benefícios à maturação oocitária durante o cultivo in vitro de folículos pré-antrais caprinos (CHAVES et al., 2011). A ação desse hormônio foi capaz de manter a viabilidade e a morfologia de folículos humanos cultivados in vitro (LOUHIO et al., 2000), além de promover o desenvolvimento folicular em caprinos (CHAVES et al., 2012) e em bovinos (ITOH et al., 2008). Além disso, a associação de insulina às gonadotropinas (FSH e LH) exerce uma ação sinérgica, promovendo a formação do antro e o crescimento folicular em macacos rhesus (XU et al., 2010), em cabras (SARAIVA et al., 2011) e em vacas (ITOH, et al., 2008); bem como o crescimento oocitário e a proliferação de células da granulosa e da teca em vacas (ITOH, et al. , 2008). 2.8 Hormônio folículo estimulante O hormônio folículo estimulante (FSH), assim como o hormônio luteinizante (LH), são gonadotrofinas produzidas na hipófise (adenohipófise). Esses hormônios exercem 27 uma ação sinérgica no desenvolvimento folicular e na ovulação. Enquanto o papel do FSH é mais dominante durante o crescimento folicular, o LH passa a ter maior desempenho durante os estádios finais da maturação folicular (CUNNINGHAM, 2008). Os receptores para FSH (FSHR) são do tipo acoplado à proteína G, sendo divididos em três domínios (extracelular, transmembranário e intramembranário) (GUDERMANN et al., 1995). A expressão de mRNA para FSHR foi observada em células da granulosa de folículos pré-antrais em crescimento logo após a ativação quanto em folículos antrais na espécie bovina (XU et al., 1995) e em complexos cumulus-oócito (CCOs) e em células da granulosa e da teca de pequenos folículos antrais em caprinos (SARAIVA et al., 2011). Folículos em estádio de desenvolvimento mais precoce são relativamente independentes das gonadotrofinas (VAN DEN HURK et al., 2005). Em sistemas de cultivo in vitro, o FSH exerce efeito sobre o desenvolvimento folicular, provando a responsividade in vitro de folículos em fases iniciais a esta gonadotrofina (ADRIAENS et al., 2004). O FSH promoveu a manutenção da sobrevivência e a proliferação de células da granulosa de folículos pré-antrais de ratas (ADRIAENS et al., 2004) e de mulheres (WRIGHT et al., 1999). Além disso, o FSH parece desempenhar um papel importante na atresia folicular, prevenindo a apoptose em folículos pré-antrais e antrais (WRIGHT et al., 1999). A combinação do FSH com outros hormônios ou fatores de crescimento pode exercer uma ação sinérgica ou inibitória no desenvolvimento de folículos cultivados in vitro. Quando associado à tiroxina 4 (T4), ao GH e ao fator de crescimento epidermal (EGF) no meio de cultivo in vitro de folículos pré-antrais de fetos caprinos promove o crescimento, a formação do antro e a extrusão de oócitos (Amin et al., 2013). Em outros estudos, meios que foram suplementados com FSH em combinação com o fator de diferenciação do crescimento9 (GDF-9) ou com fator de crescimento de fibroblastos (FGF) mantiveram a sobrevivência e o crescimento folicular, além de induzir a ativação de folículos primordiais após o cultivo de fragmentos do córtex ovariano bovino (TANG et al., 2012). A associação das gonadotropinas (FSH e LH) com a insulina induz a formação inicial do antro, e aumenta o diâmetro folicular e oocitário e promove a proliferação de células da granulosa e da teca em bovinos (ITOH et al. , 2008). 28 2.9 Hormônio do crescimento O hormônio do crescimento (GH) é produzido pelos somatótrofos acidófilos da hipófise anterior. Este hormônio é espécie-específica, liga-se a receptores nos tecidos-alvo com a finalidade de promover o crescimento (CUNNINGHAM, 2008). A presença de receptores de GH (GHR) e da proteína em COCs de pequenos e grandes folículos antrais e em células da granulosa/teca de grandes folículos antrais caprinos sugere o controle do GH nos estádios finais da foliculogênese. Entretanto, apesar de não ter sido observado a presença de GHR em folículos pré-antrais (primordial, primário e secundário), esses receptores estavam presentes nas células do estroma ao redor desses folículos, sugerindo o controle indireto nas fases iniciais da foliculogênese através da regulação da expressão de fatores intraovarianos de células do estroma (MARTINS et al., 2014). Estudos in vitro e in vivo têm revelado a importância deste hormônio durante o desenvolvimento folicular (SIROTKIN; MAKAREVICH, 2002), induzindo o crescimento de folículos pré-antrais murinos (LIU et al., 1998; NAKAMURA et al., 2012) e caprinos (MARTINS et al., 2014), além de promover a maturação dos oócitos murinos (NAKAMURA et al., 2012) e reduzir a apoptose em folículos pré-antrais em camundongos (DANILOVICH et al., 2000). Ainda, desempenha um papel importante na proliferação de células da teca em folículos pré-antrais isolados murinos (KOBAYASHI et al., 2000) e em células da granulosa bovinas (LANGHOUT et al., 1991). Outra função desse hormônio é a sua ação antioxidante, reduzindo os danos de isquemia/reperfusão em tecidos ovarianos, com base em achados clínicos e bioquímicos (YIGITER et al., 2011). O efeito do GH combinado ao FSH no cultivo de fragmentos ovarianos caprinos promoveu a manutenção da sobrevivência folicular e da integridade ultra-estrutural e a ativação de folículos primordiais (MAGALHÃES-PADILHA et al., 2012), além de modular a produção de estradiol e progesterona em células da granulosa de ratas (NAKAMURA et al., 2012). Quando combinado à insulina estimulou a proliferação de células da granulosa bovinas (LANGHOUT et al., 1991). Recentemente, foi descrito que a utilização do GH no meio de maturação contendo IGF-I promoveu o desenvolvimento de oócitos equinos cultivados in vitro (PEREIRA et al., 2012), bem como foi observada a presença de GHR em estruturas foliculares ovarianas, mediando um efeito positivo durante a maturação oocitária equina (PEREIRA et al., 2013). 29 3 JUSTIFICATIVA A execução de um projeto de pesquisa se justifica pela contribuição original dos resultados à ciência. Dessa forma, serão abordados a seguir três aspectos que justificaram a execução deste trabalho: importânca do modelo animal, relevância e originalidade do protocolo utilizado. a. Escolha da espécie: A criação de pequenos ruminantes na região Nordeste do Brasil, sobretudo da espécie caprina, onde representam mais de 90,0% do rebanho nacional, desempenha extrema importância socioeconômica, em função do seu importante papel na produção de carne, de leite e de pele. A espécie caprina pode ser utilizada como modelo experimental por apresentar semelhanças morfofisiológicas com o ovário humano, além de contribuir para o aperfeiçoamento de biotécnicas reprodutivas, visando maximizar o potencial reprodutivo de animais domésticos de alto valor zootécnico ou em processo de extinção, bem como auxiliar no tratamento de mulheres com problemas de infertilidade. b. Relevância do protocolo: A maturação de oócitos e a produção de embriões a partir do cultivo in vitro de folículos pré-antrais já foram relatadas em caprinos (MAGALHÃES et al., 2011). Entretanto, apesar de ter representado um avanço na técnica, as taxas de maturação de oócitos a partir de folículos pré-antrais caprinos, bem como de outras espécies domésticas, são ainda muito baixas quando comparadas a oócitos crescidos in vivo recuperadosdos a partir de folículos antrais. Este fato pode ser devido a falhas no desenvolvimento folicular ocorridas in vitro, bem como às condições inadequadas de maturação e de fertilização in vitro. Na tentativa de melhorar os meios de desenvolvimento de folículos pré-antrais in vitro, o Laboratório de Manipulação de Oócitos e Folículos Ovarianos Pré-antrais (LAMOFOPA) vem testando dezenas de hormônios e fatores de crescimento. Dentre os vários hormônios estudados, destacam-se a insulina (INS), o hormônio folículo estimulante (FSH) e o hormônio do crescimento (GH), que desempenham um papel importante na regulação do desenvolvimento folicular. Baseado em estudos in vitro no cultivo de folículos pré-antrais caprinos isolados, a utilização de FSH, adicionado em momentos específicos do cultivo e de forma progressiva (FSH-SEQ: 100 ng/mL, do dia 0 ao 6; 500 ng/mL, do dia 6 ao 30 12; 1000 ng/mL, do dia 12 ao 18) combinada à insulina na concentração 10 µg/mL promoveu melhores taxas de sobrevivência, de formação de antro, de crescimento e de retomada da meiose, quando comparado à utilização do FSH em concentração fixa (100 ng/mL) (SARAIVA et al., 2011). Com a mesma concentração de insulina (10 µg/mL) combinada com FSH-SEQ e GH (50 ng/mL), observou-se um papel importante no crescimento in vitro e na maturação de oócitos, culminando com a obtenção do primeiro embrião caprino (MAGALHÃES et al., 2011). No entanto, o FSH-SEQ associado à insulina na concentração de 10 ng/mL foi mais eficiente na manutenção da sobrevivência, no desenvolvimento folicular e na promoção da retomada da meiose (CHAVES et al., 2012). Embora a importância da INS, do FSH e do GH no controle da foliculogênese tenha sido bem estabelecida, os efeitos desses hormônios quando utilizados em diferentes concentrações e combinações têm evidenciado resultados divergentes. c. Originalidade do protocolo: O presente estudo demonstra, pela primeira vez, a influência da insulina e do FSH, em diferentes concentrações e combinações, em meio contendo GH no cultivo in vitro de folículos pré-antrais caprinos e os seus efeitos sobre a expressão relativa de mRNA para FSHR, GHR, INSR, CYP19A1, CYP17 e 3ßHSD e sobre a produção de estradiol. 31 4 HIPÓTESES CIENTÍFICAS Diante do exposto, foram formuladas as seguintes hipóteses científicas: A insulina e o FSH, de forma concentração-dependente, influenciam positivamente na manutenção da sobrevivência e no crescimento de folículos pré-antrais caprinos isolados cultivados in vitro na presença de GH, permitindo que seus oócitos se tornem meioticamente competentes. A insulina e o FSH, de forma concentração-dependente, induzem a secreção de estradiol e a expressão do mRNA para FSHR, INSR, GHR, 3βHSD, CYP17 e CYP19A1, a partir folículos pré-antrais caprinos isolados cultivados in vitro em meio contendo GH. 32 5 OBJETIVOS 5.1 Geral: Avaliar o efeito de diferentes concentrações e combinações da insulina e do FSH em meios de cultivo contendo GH sobre o desenvolvimento folicular e a maturação oocitária a partir de folículos pré-antrais caprinos isolados cultivados in vitro. 5.2 Específicos: Estudar o efeito de diferentes concentrações da insulina na ausência ou presença do FSH em concentração fixa ou em concentrações crescentes em meios de cultivo contendo GH sobre: o a sobrevivência, formação de antro e crescimento folicular e a maturação de oócitos de folículos pré-antrais caprinos isolados A produção de estradiol, bem como sobre a expressão gêncica para FSHR, INSR, GHR e para as enzimas esteroidogênicas a partir de folículos pré-antrais caprinos isolados. 33 6 CAPÍTULO 1 Balanço nas concentrações da insulina e do FSH melhora o desenvolvimento in vitro de folículos pré-antrais caprinos isolados em meio contendo GH Balance of insulin and FSH concentrations improves the in vitro development of isolated goat preantral follicles in medium containing GH Artigo submetido ao periódico: Animal Reproduction Science Em: junho de 2015 34 Balance of insulin and FSH concentrations improves the in vitro development of isolated goat preantral follicles in medium containing GH A.C.A. Ferreira*, a, N.A.R. Sáa, D.D. Guerreiroa, H.H.V. Correiaa, J. Leiva-Revillaa, C.H. Lobob, C. Masidea, V.R. Araújoa,c, G.A. Apgard, F.Z. Brandãoe, J.R. Figueiredoa, and C.C. Campelloa a Laboratory of Manipulation of Oocytes and Preantral Follicles, Faculty of Veterinary, State University of Ceará, Fortaleza-CE, Brazil. b Laboratory of Animal Physiology, Department of Animal Science, Federal University of Ceará, Fortaleza-CE, Brazil. c Professor of the Health Sciences Center, State University of Ceará, Fortaleza-CE, Brazil. d Professor of Department of Animal Science, Food and Nutrition, Southern Illinois University-Carbondale, USA. e Associate Professor of Department of Animal Reproduction, Faculty of Veterinary, Federal University Fluminense, Rio de Janeiro-RJ, Brazil. *Corresponding address: A.C.A. Ferreira, Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias (PPGCV), Laboratório de Manipulação de Oócitos e Folículos Ovarianos PréAntrais (LAMOFOPA), Universidade Estadual do Ceará (UECE), Av. Silas Munguba, 1700, Campus do Itaperi, Fortaleza, CE Brasil, CEP: 60740903. Tel.: +55.85. 3101.9852; Fax: +55.85 3101.9840 E-mail: [email protected] 35 Abstract The aim of this study was to evaluate the effect of different insulin concentrations, alone or associated with either a fixed FSH concentration or increasing FSH concentrations on in vitro culture of isolated goat preantral follicles. Secondary follicles were individually cultured for 18 days in a basic medium containing 50 ng/mL GH supplemented with low insulin concentration (INS-LW: 10 ng/mL) or high insulin concentration (INS-HG: 10 µg/mL) alone or with a fixed FSH concentration (FSH100: 100 ng/mL) or with increasing FSH concentrations (FSH-SEQ: 100 ng/mL, days 0 to 6; 500 ng/mL, days 6 to 12; 1000 ng/mL days 12 to 18). After culture the following end points were evaluated: follicle morphology and growth rates, antrum formation, estradiol (E2) production, oocyte viability and maturation as well as gene expression for FSHR, GHR, INSR, CYP19A1, CYP17, 3ßHSD. INS-LW treatment showed a higher (P < 0.05) incidence of normal follicles at day 18 of culture. However, overall higher (P < 0.05) follicular growth, oocyte diameter and meiotic resumption rates were obtained using INS-HG + FSH 100. INS-HG and INS-HG+FSH100 showed higher E2 production and mRNA levels for CYP19A1, CYP17, 3ßHSD when compared to INS-LW and INS-LW+FSH100. In conclusion, in presence of GH, a basic medium supplemented with 10 µg/mL insulin and 100 µg/mL FSH throughout the culture period, improved follicular and oocyte growth, oocyte meiotic resumption and E2 production from isolated preantral caprine follicles cultured in vitro. Keywords: goat; follicle development; oocyte maturation; hormones; steroidogenesis. 36 1. Introduction The follicular development depends upon a complex sequence of reactions within the cells during folliculogenesis. However, most follicles cultured in vitro gradually undergo atresia (Nayudu and Osborn, 1992). Therefore, the ultimate objective of in vitro culturing of ovarian tissue aims to recue the preantral follicles before they become atretic in order to culture them up to maturation for the purpose of improving the relative yield of mature oocytes. The composition of the culture medium is a key factor to promote the in vitro development of preantral follicles to more advanced stages. It is well known, follicles can be potentially influenced by growth factors and hormones produced by themselves, by stroma cells, or by other follicles (Fortune, 2003). These substances play a key role in controlling early folliculogenesis, acting by increasing steroidogenesis (Greisen et al., 2001), follicle activation (Ojeda et al, 2000; Martins et al., 2008; Celestino et al., 2010), growth (Skinner, 2005; Magalhães et al., 2009), inhibition of follicular atresia (Fortune, 2003), and stimulating oocyte competence (Araújo et al., 2011). Among the various hormones studied, it is important to highlight the influence of insulin, follicle-stimulating hormone (FSH) and growth hormone (GH). The in vitro survival, antrum formation, growth and oocyte meiotic resumption rates of isolated goat preantral follicles were improved in a medium supplemented with increasing FSH concentration (from 100 to 1000 ng/mL) or in the presence of high insulin concentration (10 µg/mL) (Saraiva et al., 2011). The addition of 50 ng/mL of GH, to the latter mentioned medium resulted in the production of the first caprine embryo from preantral follicles grown in vitro and marks the greatest result reported in the literature for caprine species so far (Magalhães et al., 2011). However, it has been recently reported that the addition of lower concentrations of insulin (10 ng/mL) proved to be more efficient in maintaining survival, 37 promoting follicular development and meiosis resumption when the culture was performed with increasing FSH concentrations (FSH-SEQ: 100 ng/mL, days 0 to 6; 500 ng/mL, days 6 to 12; 1000 ng/mL days 12 to 18) (Chaves et al., 2012). Although insulin, FSH and GH have been commonly used for the in vitro culture of caprine preantral follicle, the suitable balance of insulin and FSH concentration in medium containing GH is not known. Therefore, the aim of this study was to evaluate the effect of different combinations of insulin and FSH concentrations in culture media containing GH on the in vitro follicle morphology, antrum formation, growth, estradiol (E2) production, oocyte viability and maturation as well as gene expression for FSHR, GHR, INSR, CYP19A1, CYP17, 3ßHSD. 2. Materials and methods 2.1. Chemicals and media The reagents and chemical used in this study were obtained from Sigma Chemical Co. (St. Louis, MO, USA) unless otherwise indicated. 2.2. Collection of ovaries, isolation, selection and culture of preantral follicles Ovaries were collected at a local slaughterhouse from 25 adult (ages 1 to 3 years old) cross-breed goats, for a total of five repetitions. Immediately postmortem, the ovaries were washed in alcohol (70%) followed by two washes in minimum essential medium (MEM) supplemented with penicillin (100 µg/mL), streptomycin (100 µg/mL) and HEPES (25 mM). The ovaries were transported to the laboratory in MEM within 1 h at 4 °C (Chaves et al., 2008). In the laboratory, fat and connective tissue surrounding the ovaries were removed. Cortical slices (1 to 2 mm thick) were obtained with a surgical blade (under sterile conditions) and placed in a holding medium consisting of HEPES-buffered MEM. Preantral follicles that were approximately 200 µm in diameter were visualized under a stereomicroscope (SMZ 645 38 Nikon, Tokyo, Japan) and manually dissected from strips of ovarian cortex using 26-gauge (26 G) needles. After isolation, follicles were transferred to 100 µL drops containing fresh culture medium under mineral oil to further evaluate follicular quality. Follicles with a visible oocyte that were surrounded by granulosa cells and had an intact basement membrane and no antrum formation were selected for culture. After selection, follicles were individually cultured in 100 µL drops of culture medium in Petri dishes (60 X 15 mm, Corning Incorporated, Corning, NY, USA). The basic culture medium consisted of α-MEM (pH 7.2–7.4) (Gibco; Invitrogen, Karlsruhe, Germany) supplemented with 3 mg/mL bovine serum albumin (BSA), 5.5 µg/mL transferrin, 5 ng/mL selenium, 2 mM glutamine, 2 mM hypoxanthine, 50 µg/mL ascorbic acid and 50 ng/mL Growth Hormone bovine from Bovine Pituitary Gland (GH). The GH concentration (50 ng/mL) was established in previous experiment (Magalhães et al., 2011). Fresh media was prepared immediately before use and pre-equilibrated for at least 1 h prior to use. Basic culture medium was supplemented according to the experimental design. The culture was carried out at 39 °C, in 5% CO2 in air for 18 days. Every other day, 60 µL of medium was replaced in each drop, and at days 6 and 12 of culture all medium (100 µL) was replaced. The experiment was repeated five times with at least 40 follicles used in each treatment. 2.3. Experimental design For the experimental conditions, preantral follicles were randomly distributed in the following treatments: (1) INS-LW, basic culture medium supplemented with low concentration (10 ng/mL) of human recombinant insulin; (2) INS-HG, basic culture medium supplemented with high concentration (10 µg/mL) of human recombinant insulin; (3) INSLW+FSH100, basic culture medium supplemented with low concentration (10 ng/mL) of insulin associated with a fixed concentration (100 ng/mL) of bovine recombinant FSH (rFSH, Nanocore, Campinas, São Paulo, Brazil) throughout the entire culture period; (4) INS- 39 HG+FSH100, basic culture medium supplemented with high concentration (10 µg/mL) of human recombinant insulin associated with a fixed concentration (100 ng/mL) of bovine recombinant FSH throughout the entire culture period; (5) INS-LW+FSH-SEQ, basic culture medium supplemented with low concentration (10 ng/mL) of human recombinant insulin associated with in increasing FSH concentration (FSH-SEQ: 100 ng/mL, days 0 to 6; 500 ng/mL, days 6 to 12; 1000 ng/mL days 12 to 18); (6) INS-HG+FSH-SEQ, basic culture medium supplemented with high concentration (10 μg/mL) of human recombinant insulin associated with in increasing FSH concentration (FSH-SEQ: 100 ng/mL, days 0 to 6; 500 ng/mL, days 6 to 12; 1000 ng/mL days 12 to 18). The insulin concentrations (10 ng/mL and 10 µg/mL), as well as the sequential FSH concentration (100, 500 and 1000 ng/mL on day 0, 6 and 12) were defined in previous experiments (Chaves et al., 2012; Saraiva et al., 2011, respectively). 2.4. Assessment of follicle development During and after culture, follicles were classified in three types according to their morphological characteristics: extruded follicles were characterized by having a ruptured basement membrane; degenerated follicles exhibited an irregular contour, a darkened oocyte and/or granulosa cells, and a reduced diameter; and intact follicles, were characterized as translucent with an intact basement membrane and surrounded by homogeneous and bright granulosa cells with no signals of degeneration or extrusion. The growth rate was calculated by dividing the follicular diameter (diameter of viable follicles after 18 days of culture minus diameter on day 0) by the period of culture. Follicular diameter was measured only in intact follicles and calculated from the basement membrane using the mean of two perpendicular measures of each follicle by an ocular micrometer (100X magnification) inserted into a stereomicroscope (SMZ 645 Nikon, Tokyo, Japan) every six days of culture (at days 0, 6, 12 40 and 18 of culture). Antrum formation was defined as a visible translucent cavity within the granulosa cell layers. 2.5. In vitro maturation (IVM) Following culture, healthy follicles were carefully and mechanically opened with 26 G needles under a stereomicroscope for oocyte retrieval. Only oocytes with homogeneous cytoplasm that were surrounded by at least one compact layer of cumulus cells were selected for IVM. Cumulus oocyte complexes (COCs) selected for use in this study were washed three times in IVM medium composed of tissue culture medium 199 (TCM 199) supplemented with 1 µg/mL 17β-estradiol, 5 µg/mL luteinizing hormone (LH), 0.5 µg/mL rFSH, 10 ng/mL epidermal growth factor (EGF), 1 mg/mL BSA, 22 µg/mL pyruvate, 50 ng/mL insulin-like growth factor 1 (IGF-I), and 100 µM/L cysteamine. After washing, oocytes were placed in 100 µL of maturation medium under mineral oil and incubated for 32 h at 39 °C with 5% CO2 in air. The oocyte recovery rate was calculated as follows: the total number of oocytes beyond (≥110 μm) divided by the total number of oocytes selected for in vitro maturation. 2.6. Assessment of oocyte viability and maturation Assessment of oocyte viability and maturation was performed by fluorescence microscopy. Oocytes were incubated in 100 µL of PBS supplemented with 2 µM Ethidium homodimer-1, 4 µM Calcein-AM (Molecular Probes – LIVE/DEAD Viability/Cytotoxicity Kit for mammalian cells – L3224, Invitrogen, Karlsruhe, Germany), 5.5 µg/mL Hoechst 33342 and 1% glutaraldehyde followed by incubation at room temperature for 30 min. After incubation, oocytes were washed three times in PBS and mounted with mounting medium containing 5 µg/mL Hoechst 33342. Thereafter, oocytes were examined under a fluorescence microscope (Nikon, Eclipse 80i, Tokyo, Japan) for evaluation of live/dead fluorescent staining and chromatin configuration. The emitted fluorescent signals of calcein-AM and 41 ethidium homodimer-1 were collected at 488 and 568 nm, respectively. Oocytes were considered alive if the cytoplasm was stained positively with calcein-AM (green) and if chromatin was not labeled with ethidium homodimer-1 (red). The chromatin configuration was assessed as germinal vesicle (GV), germinal vesicle breakdown (GVBD), metaphase I (MI) or metaphase II (MII). Meiotic resumption was defined when a GV was absent or the nucleus was in MII. 2.7. RNA extraction and Real-time PCR (qPCR) For RNA isolation, three pools of 10 viable mural cells (granulosa and theca cells) were collected from antral follicles of each experimental group after 18 days of culture. The samples were stored in microcentrifuge tubes (1.5 mL) in ice and stored at -80 ºC until RNA extraction. Total RNA was isolated with Trizol® Plus RNA Purification Kit (Invitrogen, São Paulo, SP, Brazil). The isolated RNA preparations were treated with DNase I and Pure LinkTM RNA Mini Kit (Invitrogen, São Paulo, SP, Brazil). Complementary DNA (cDNA) was synthesized from the isolated RNA using SuperscriptTM II RNase H-Reverse Transcriptase (Invitrogen, São Paulo, Brazil). The quantitative PCR (qPCR) reactions had a final volume of 20 µL and contained the following components: 1 µL cDNA as a template in 7.5 µL of SYBR Green Master Mix (PE Applied Biosystems, Foster City, CA, USA), 5.5 µL of ultra-pure water and 0.5 µL of each primer. The primers were designed to perform the amplification of FSHR, GHR, INSR, CYP19A1, CYP17, 3ßHSD mRNA levels (Table 1). Two candidate reference genes, glyceraldehyde-3-phosphate-dehydrogenase and peptidylprolyl Isomerase A (PPIA), were selected as endogenous controls to study the expression, stability and for normalization of gene expression in all samples. Primer specificity and amplification efficiency were verified for each gene. The expression stability of these genes was analyzed using BestKeeper software. BestKeeper highlighted PPIA as the reference gene with the least overall variation. The thermal cycling profile for the first round of RT-PCR was as follows: 42 initial denaturation and activation of the polymerase for 15 min at 94 °C, followed by 40 cycles of 15 s at 94 °C, 30 s at 60 °C and 45 s at 72 °C. The final extension was for 10 min at 72 °C. All reactions were performed in a real-time PCR Mastercycler (Eppendorf, Germany, Hamburg, Germany, USA). The delta-delta-CT method (Livak and Schmittgen, 2001) was used to transform threshold cycle values (Ct) into normalized relative expression levels of mRNA (Silva et al., 2011). 2.8. Hormonal Assay To evaluate the relationship between follicle development and hormone production, the conditioned culture were collected on days 6 and 18 of in vitro culture and stored at -80 °C until assay to measure E2 levels. For this evaluation, it was used the commercial kit in radioimmunoassay ultra-sensitive estradiol RIA (DSL 4800 – Beckman Coulter). The intraassay coefficient of variation and sensitivity of the assay were 8.9 % and 2.2 pg/mL, respectively. 43 Table 1 Oligonucleotide primers used for PCR analysis of goat follicles. 2.9. Statistical analysis Ovarian fragments of the five goats yielded different numbers of isolated preantral follicles. Thus they were pooled and randomly distributed among treatments and the isolated follicles were considered as the experimental units. Data for follicular morphology and antrum formation were analyzed by dispersion of frequency using Chi-square test, with the results expressed in percentages. Observed frequency of extrusion rate was lower than that required for Chi-square application and was analyzed by Fisher's Exact test. Follicular diameter data were initially submitted to the Shapiro-Wilk and Bartlett test to verify the normality of residual distribution and homoscedasticity, respectively. Confirmed both requirements underlying analysis of variance (ANOVA), it was performed according to a completely randomized design in a 2x3x4 factorial arrangement (two insulin concentrations, three procedures for FSH use, four culture periods and its interactions). Student-NewmanKeuls (SNK) test was applied to compare means when the main effects or their interactions were significant. Due to heterogeneity of variances, Kruskal-Wallis test was used to evaluate 44 the results of hormonal and PCR assays. Results were expressed as mean ± SEM and differences considered significant when P < 0.05. 3. Results 3.1 Morphologically analysis and follicle growth of goat preantral follicles A total of 278 goat preantral follicles were cultured individually for 18 days and randomly assigned for all treatments. While the degeneration rate was not different among treatments after 18 days of culture (range: 2.08 % – 9.09 %, data not show), the INS-LW treatment had a significantly higher percentage of intact follicles and a lower rate of extruded follicles (Table 2). INS-LW was the only treatment in which the percentage of antrum formation increased significantly from day 6 to day 18 of culture (Figure 1). Additionally the INS-LW treatment exhibited a significantly higher percentage of antrum formation except when compared to treatments containing increasing FSH concentration (INS-LW+FSH-SEQ and INS-HG+FSH-SEQ; Figure 1). Overall, media containing high insulin concentration showed, after 18 day of culture, greater follicular diameters and higher growth rates regardless the presence of FSH. Except for the combination of low insulin concentration with increasing FSH concentration (INSLW+FSH-SEQ), the association of FSH with both insulin concentration tested did not significantly improve follicular growth (Table 3). 45 Table 2 Percentage of morphologically intact and extruded preantral follicles cultured with insulin (INS-LW: 10 ng/mL or INS-HG: 10 µg/mL), in the absence or presence of FSH administered in a fixed concentration (FSH100: 100 ng/mL) or in increasing concentrations (FSH-SEQ: 100 ng/mL, days 0 to 6; 500 ng/mL, days 6 to 12; 1000 ng/mL days 12 to 18) for 18 days.* Figure 1. Percentage of antrum formation in caprine preantral follicles cultured with insulin (INS-LW: 10 ng/mL or INS-HG: 10 µg/mL), in the absence or presence of FSH administered in a fixed concentration (FSH100: 100 ng/mL) or increasing concentrations (FSH-SEQ: 100 ng/mL, days 0 to 6; 500 ng/mL, days 6 to 12; 1000 ng/mL days 12 to 18) for 18 days. Regardless the treatment all culture media contained 50 ng/mL GH. A - B: Differs significantly among treatments within the same culture period (P < 0.05). a – b: Differs significantly among culture periods within the same treatment (P < 0.05). 46 Table 3 Mean (± SEM) diameter (µm) and follicular growth rate (µm) of caprine preantral follicles cultured with insulin (INS-LW: 10 ng/mL or INS-HG: 10 µg/mL), in the absence or presence of FSH administered in a fixed concentration (FSH100: 100 ng/mL) or in increasing concentrations (FSH-SEQ: 100 ng/mL, days 0 to 6; 500 ng/mL, days 6 to 12; 1000 ng/mL days 12 to 18) for 18 days.* 3.2 In vitro maturation and meiosis stages of oocytes grown in vitro from goat preantral follicles The chromatin configuration after IVM of caprine oocytes from preantral follicles cultured for 18 days is shown in Table 4. There was no significant difference in the oocytes recovery rate among treatments (ranged from 52.27 - 65.22%, data not shown). However, there was an increase of meiotic resumption rates (P < 0.05) in the follicles cultured in the presence of FSH100 regardless of insulin concentration (INS-LW+FSH100, and INSHG+FSH100). Moreover, INS-HG+FSH100 treatment showed at the end of culture the highest oocyte diameter and greatest oocyte recovery rate (P < 0.05) (Table 5). 47 Table 4 Meiotic stages of caprine oocytes from preantral follicles cultured with insulin (INS-LW: 10 ng/mL or INS-HG: 10 µg/mL), in the absence or presence of FSH administered in a fixed concentration (FSH100: 100 ng/mL) or in increasing concentrations (FSH-SEQ: 100 ng/mL, days 0 to 6; 500 ng/mL, days 6 to 12; 1000 ng/mL days 12 to 18) for 18 days.* Table 5 Mean (± SEM) diameter (µm) of oocytes matured in vitro and oocyte recovery rate from caprine preantral follicles cultured with insulin (INS-LW: 10 ng/mL or INS-HG: 10 µg/mL), in the absence or presence of FSH administered in a fixed concentration (FSH100: 100 ng/mL) or in increased concentrations (FSH-SEQ: 100 ng/mL, days 0 to 6; 500 ng/mL, days 6 to 12; 1000 ng/mL days 12 to 18) for 18 days.* 3.3 Concentrations of E2 after in vitro culture of goat preantral follicles The E2 production levels in culture medium from ovarian follicles cultured with low or high insulin concentration (10 ng/ml or 10 µg/mL) with or without different FSH concentrations (FSH100 or FSH-SEQ) are represented in Figure 2. On day 6 and day 18 of culture, treatments that contained high insulin concentration alone (INS-HG) or with FSH100 48 showed higher (P < 0.05) E2 production with compared to INS-LW and INS-LW+FSH100, respectively. The association of low insulin concentration in absence or presence of FSH100 did not increase E2 production (P > 0.05). However, at day 6 of culture, the combination of increasing FSH concentration with high insulin concentration (INS-HG+FSH-SEQ) significantly reduced the E2 production when compared to high insulin concentration alone (INS-HG). Conversely, the association of low insulin concentration with increasing FSH concentration (INS-LW+FSH-SEQ) significantly increased the E2 production as compared with the low insulin concentration alone (INS-LW). Figure 2. Mean (± SEM) E2 production (ng/mL) after culture medium of caprine preantral follicles cultured with insulin (INS-LW: 10 ng/mL or INS-HG: 10 µg/mL), in the absence or presence of FSH administered in a fixed concentration (FSH100: 100 ng/mL) or increasing concentrations (FSH-SEQ: 100 ng/mL, days 0 to 6; 500 ng/mL, days 6 to 12; 1000 ng/mL days 12 to 18). Regardless the treatment all culture media contained 50 ng/mL GH. A – C: Differs significantly among treatments within the same culture period (P < 0.05). a – b: Differs significantly among culture periods within the same treatment (P < 0.05). 49 3.4 mRNA levels for FSHR, INSR, GHR, 3βHSD, CYP19A1 and CYP17 after in vitro culture of goat preantral follicles The mRNA expression levels for FSHR, INSR, GHR, 3βHSD, CYP19A1 and CYP17 are shown in Figure 3 and Figure 4. After 18 days of culture, INS-LW+FSH-SEQ treatment significantly increases in mRNA levels for FSHR and GHR compared to the other treatments (P<0.05), except INS-LW+FSH100 treatment. There was no significant difference among groups for relative mRNA expression levels of INSR. Figure 3. Relative mean (± SEM) expression of mRNA of FSHR (A), INSR (B), and GHR (C) in caprine preantral follicles cultured with insulin (INS-LW: 10 ng/mL or INS-HG: 10 µg/mL), in the absence or presence of FSH administered in a fixed concentration (FSH100: 100 ng/mL) or increasing concentrations (FSH-SEQ: 100 ng/mL, days 0 to 6; 500 ng/mL, days 6 to 12; 1000 ng/mL days 12 to 18) for 18 days. Regardless the treatment all culture media contained 50 ng/mL GH. Different letters denote significant differences (P < 0.05). Overall in the absence of FSH, the mRNA expression for 3βHSD, CYP17 and CYP19A1 was higher in high insulin concentration (INS-HG) than low insulin concentration (INS-LW). INS-HG showed a significantly higher mRNA expression for 3βHSD, when 50 compared to INS-HG+FSH-SEQ. No mRNA expression for CYP19A1 was observed in INSLW and INS-LW+ FSH100 treatments. Figure 4. Relative mean (± SEM) expression of mRNA of 3βHSD (A), CYP19A1 (B), and CYP17 (C) in caprine preantral follicles cultured with insulin (INS-LW: 10 ng/mL or INSHG: 10 µg/mL), in the absence or presence of FSH administered in a fixed concentration (FSH100: 100 ng/mL) or increasing concentrations (FSH-SEQ: 100 ng/mL, days 0 to 6; 500 ng/mL, days 6 to 12; 1000 ng/mL days 12 to 18). Regardless the treatment all culture media contained 50 ng/mL GH. Different letters denote significant differences (P < 0.05). 51 4. Discussion The present study shows for the first time in goats that the balance of insulin and FSH concentrations in media affects follicular morphology, antrum formation, growth rate, E2 production, gene expression for key stereoidogenic enzymes as well as oocyte growth and ability to resume meiosis. In this study there was a high rate of intact follicles observed in the presence of low insulin concentration after 18 days of culture. This finding is in agreement with previous studies on in vitro preantral follicle culture in caprine (Chaves et al., 2012) and bovine (Itoh et al., 2002). Other studies reported that high insulin concentration had detrimental effects on preantral follicle culture (Chaves et al., 2010; Faustino et al., 2011). Nevertheless, harmful effects of insulin were not observed in our study because the percentage of degenerated follicles was similar among the treatments. However, in the present work, follicles cultured with high insulin concentration, regardless of the presence of FSH, were able to develop an antrum cavity and higher growth rates. These results are supported by previous studies reporting that high concentration of insulin combined with FSH improved antrum formation and stimulated growth of isolated secondary follicles in rhesus monkeys (Xu et al., 2010) and goats (Saraiva et al., 2011). Furthermore, Itoh et al. (2002) reported that the association of the insulin with gonadotropins (FSH or LH) increased follicular and oocyte diameter as well as the proliferation of granulosa and theca cells. In addition, it has been reported that the combination of insulin and FSH in culture enhances the differentiation of the granulosa cell, stimulates gap junctions and induces proliferation of cytoplasmic organelles (Amsterdam et al., 1988; Eppig et al., 2000). The production of a metaphase II oocyte after in vitro culture of caprine preantral follicle has been a major challenge facing in vitro maturation today. The 52 percentage of MII oocyte (11 %) obtained in our study is comparable with previous studies in goat (Saraiva et al., 2010; Magalhães et al., 2011; Araújo et al., 2011; Duarte et al., 2013; Brito et al., 2014) (range from 6.25 to 29.4 %). The ability of cultured oocytes to resume meiosis in this study shows that a higher percentage of meiotic resumption was observed in medium containing a fixed FSH concentration (FSH100) regardless of the concentration of insulin. Nevertheless, some studies achieved better meiotic resumption rates when caprine follicles were cultured in increasing FSH concentration (100, 500 and 1000 ng/mL) in medium containing low insulin (Chaves et al., 2012) or high insulin concentrations (Saraiva et al., 2011). The differences between this and the aforementioned studies in goats may be due to the presence of GH in the culture medium, which clearly shows the novel finding of the present paper. We suggest that in the presence of GH, a lower concentration of FSH is required and both insulin concentrations can be used. We were the first group to report the embryo production (morula stage) after in vitro maturation and fertilization of caprine oocyte growth in vitro. This result was achieved using a basic culture medium (α-MEM plus 3 mg/mL BSA, 10 μg/mL insulin, 5.5 μg/mL transferrin, 5 ng/mL selenium, 2 mM glutamine, 2 mM hypoxanthine, 50 μg/mL ascorbic acid) supplemented with bovine recombinant FSH in increasing concentrations (Saraiva et al., 2011) and GH (50 ng/mL); (Magalhães et al., 2011). However, the present study shows that the balance of insulin and FSH used previously is not appropriate as it reported significantly lower rates of meiotic resumption. In addition, it has been reported that high levels of FSH in combination with insulin can affect negatively further embryonic development (Eppig et al., 1998; Santos et al., 2010; 2012). In this work, a high concentration of insulin alone or associated with a fixed FSH concentration showed higher E2 production compared to low insulin concentration 53 alone or associated with a fixed FSH concentration. Additionally, only the addition of increasing FSH concentration in the medium contained low insulin concentration significantly increased E2 production, which is in agreement with previous studies performed in caprine (Chaves et al., 2012). Itoh et al. (2002) reported that only the presence of low insulin concentrations (20 ng/mL) promoted E2 production in the bovine follicles. Hence, these findings suggest a synergistic action of insulin in association with gonadotropins (FSH and LH) as being able to promote the proliferation of granulosa and theca cells to further induces the production of E2 (Itoh et al., 2008; Silva and Price, 2000). On the other hand, the addition of FSH, either in fixed and increasing concentration did not affect of the E2 production. Xu et al. (2010) reported that high concentrations of insulin combined with FSH increased E2 production after in vitro culture of secondary follicles in monkey. This difference may be due to the source of FSH, the basic medium composition and the species used. In mice (Sanchéz et al., 2011) and caprine (Chaves et al., 2012) follicles cultured with low insulin concentration in presence of increasing FSH did not affect the relative mRNA expression levels for FSHR. In our study, it was observed a significant increase in the mRNA levels for FSHR and GHR in follicles cultured with low insulin and increasing FSH concentrations compared to the other treatments, except to the culture performed with fixed FSH concentration with low insulin concentration. However, the variation in levels of gene expression was not associated with improvement in the follicular development and resumption of meiosis. The relative mRNA expression for 3βHSD, CYP17 and CYP19A1 was higher in all of follicles cultured with high insulin concentration regardless of the presence of FSH and low insulin concentration with increasing FSH concentrations, in which also it were observed the highest E2 levels. This suggests that the insulin and FSH in combination are able to increase the 54 steroidogenesis in isolated caprine follicles, which is in agreement with previous studies (caprine: Chaves et al., 2011; mouse: Kandiel et al., 2010). The relative mRNA expression of CYP19A1 and E2 level were higher in the culture with high insulin concentration and increasing FSH concentration which is similar to other caprine studies (Chaves et al., 2011). CYP19A1 is the key enzyme responsible for estrogen synthesis from androgens (Kandiel et al., 2010). Therefore, it has been reported that both FSH (Campbell et al., 1996; Gutierrez et al., 1997) as insulin (Silva and Price, 2000) play an important role in CYP19A1 expression, and this association promotes theca and granulosa cell steroidogenesis corroborating our results. In conclusion, in the presence of GH, a basic medium supplemented with 10 µg/mL insulin and 100 µg/mL FSH throughout the culture period improved follicular and oocyte growth, oocyte meiotic resumption and E2 production from isolated preantral caprine follicles cultured in vitro. Conflict of interest The authors declare that there is no conflict of interest that would prejudice the impartiality of this scientific work. Acknowledgments This research was supported by grants from the National Council for Scientific and Technological Development (CNPq-79/2013 linha 3 – Rede Nordeste de Biotecnologia (Rede de pesquisa do ovário artificial) – Processo N° 407594/2013-2). Anna Clara Accioly Ferreira is the recipient of a grant from FUNCAP/CE (Brazil). The authors thank Dr. Felipe Zandonadi Brandão for contribution in hormonal assay and Dr. Gary A. Apgar for assistance in manuscript preparation. 55 References Amsterdam, B., May, J.V., Schomberg, D.W., 1988. Synergistic effect of insulin and follicle-stimulating hormone on biochemical and morphological differentiation of porcine granulosa cells in vitro. Biol. Reprod. 39, 379-390. 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