PRODUÇÃO DE LEITE A PASTO:
POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES
Ivan P. O. Gomes1
1. Introdução
O principal objetivo de qualquer sistema é a produção econômica de
leite de alta qualidade, com o mínimo de impactos negativos sobre a saúde
animal e o meio ambiente. Isto significa otimizar o uso dos recursos
disponíveis para maximizar o retorno (lucro) dentro de um sistema
biológicamente sustentável. Dentro desse conceito não existe um sistema
ideal de produção para todas as situações, principalmente no Brasil, devido a
grande extensão territorial e diversidade de clima e solo. A principal questão
a ser respondida é qual sistema ou combinação de sistemas funciona melhor
dentro das características de uma propriedade em particular.
2. Comparações entre os sistemas de produção a
pasto e confinamento
A escolha do sistema mais adequado estará condicionada à
disponibilidade dos fatores, terra, capital e mão-de-obra. O sistema de
produção de leite em confinamento requer investimentos elevados e mão-deobra especializada, embora a produção de leite por vaca seja também mais
elevada em relação ao sistema baseado em pastagens. Se a lucratividade for
o principal objetivo do produtor, a produção total de leite e o custo por litro de
leite produzido passam a ser os parâmetros principais para a escolha de um
sistema.
Em geral, existe por parte de alguns técnicos e produtores uma
fascinação quanto aos métodos de produção de leite utilizados por alguns
países desenvolvidos, especialmente pelos Estados Unidos, que valorizam a
produção de leite por animal em sistemas de produção em confinamento com
grande escala. Entretanto, este enfoque sempre esteve distanciado da
realidade da grande maioria dos nossos produtores, que não tem capital nem
capacidade de gerenciamento para trabalhar com este sistema. Além disso,
nos últimos anos os preços pagos pelo leite no Brasil vem decrescendo, em
virtude do aumento de produção verificado, especialmente em alguns
estados, e importações oriundas dos países do Mercosul. Neste contexto, o
aumento da escala de produção e uma eficiente utilização dos recursos
disponíveis tornam-se essenciais para a manutenção do produtor na
atividade leiteira.
Alguns fatores podem ser observados na escolha do sistema de
produção mais adequado para uma determinada situação. O quadro 1
1
Med. Vet., MSc., D.Sc. Prof. de Nutrição Animal DZ/CAV/UDESC. Lages-SC 88.520-000
identifica alguns dos fatores mais importantes na escolha entre os sistemas
de produção em confinamento e o sistema a base de pastagens. Pela análise
dos fatores listados no quadro 1, observa-se que as condições existentes no
Brasil, de um modo geral, são mais favoráveis a escolha do sistema de
produção de leite a pasto. Entretanto, para a utilização plena da capacidade
produtiva do sistema é necessário analisar suas potencialidades e limitações.
QUADRO 1- Fatores que influenciam na escolha entre produção em
pastagens ou em confinamento
Favorecem o pasto
Favorecem o confinamento
Estação de pastejo longa (>6 meses)
Estação de pastejo curta (<6 meses)
Condições ótimas para o crescimento da Condições
inconsistentes
para
o
forragem durante a estação de pastejo
crescimento da forragem durante a
estação de pastejo
Preços do leite baixos
Preços do leite altos
Baixo potencial genético para a Alto potencial genético para a produção
produção de leite
de leite
Preços de grãos elevados
Preços de grãos baixos
Rebanhos de pequeno porte
Rebanhos de grande porte
Clima relativamente úmido
Clima relativamente seco
Baixa disponibilidade de capital
Alta disponibilidade de capital
Terras baratas ou de baixa fertilidade
Terras caras e de alta fertilidade
Fonte: Adaptado de SATTER & REIS (1997)
VILELA et al. (1996) compararam a produção de leite de vacas
holandesas em pastagem de coast-cross com a produção de leite de vacas
em confinamento total (Free stall). As vacas confinadas receberam dieta
completa à base de silagem de milho e concentrado à vontade, numa relação
que variou conforme a fase de lactação. As vacas em pastagens foram
suplementadas com 3,0 kg/vaca/dia do mesmo concentrado. As pastagens
de coast-cross foram manejadas sob pastejo rotativo, sendo um dia de
ocupação e 26 (primavera-verão) a 32 dias (outono-inverno) de repouso.
Além disso, foram adubadas com 350 kg/ha de N, 280 kg/ha de K2O e 80
kg/ha de P2O5 e irrigadas por aspersão nos meses de junho a setembro. Os
resultados principais estão no Quadro 2. Os autores concluíram que apesar
da produção de leite por vaca ser menor no sistema a pasto, os custos
operacionais foram menores para as vacas que estiveram na pastagem,
permitindo uma margem bruta 32 % maior em relação as vacas confinadas.
QUADRO 2 - Resultados comparativos do sistema de pastejo em coast-cross
e do confinamento de vacas em lactação (período de 280 dias)
Parâmetros
Pasto
2
Confinamento
Produção de leite(kg/vaca/dia)
Concentrado (kg/vaca/dia)
16,6
20,6
3,0
7,7
A. Custos operacionais (US$/vaca):
pasto de coast-cross
167,32
-
-
222,84
184,80
474,32
instalações (free-stall)
-
41,30
distribuição de alimentos e taxas
-
70,84
352,12
809,30
1.106,16
1.379,04
754,04
569,74
silagem de milho
concentrado
Total
B. Receita Bruta (US$/vaca):
leite vendido
C. Margem bruta (A - B)
Fonte: VILELA et al. (1996a)
3. Potencial de produção de leite a partir de pastagens
Normalmente a pastagem constitui-se no alimento de menor custo
para os ruminantes. Nas regiões tropicais o potencial de produção de
forragem com gramíneas é muito elevado, podendo chegar a 50 t de
MS/ha/ano, enquanto o potencial produtivo das gramíneas de clima
temperado é de 22 t MS/ha/ano (MINSON et al., 1993). Ou seja as gramíneas
tropicais podem permitir uma lotação pelo menos duas vezes maior. Isto
deve-se à maior eficiência fotossintética das gramíneas tropicais (plantas C4)
e à maior intensidade luminosa existente nos trópicos. Entretanto, este
potencial na maioria das vezes não é atingido, por limitação de fertilidade dos
solos ou por problemas hídricos.
A adubação das pastagens, especialmente com nitrogênio, e a adoção
de um sistema de pastejo rotativo tem sido a base da utilização adequada de
pastos tropicais. A adubação nitrogenada proporciona uma resposta média
de 26 kg de MS/kg de N, e de 8 litros de leite por kg de N (COWAN et al.,
1993). Vários estudos sugerem que somente 30 a 50 % da pastagem é
consumida pelas vacas, o que corresponde basicamente ao consumo de
folhas (COWAN et al., 1993). COWAN et al. (1986) sugeriram que 1 t/ha de
MS de folhas é necessária para não restringir o consumo das vacas, o que
representou uma disponibilidade de 2,5 a 4 t MS/ha. Em pastagens tropicais
o consumo de forragem é o fator mais limitante da produção. O método mais
comum de manejar as pastagens tropicais é utilizar aproximadamente 10
piquetes com um sistema de rotação de 2 a 4 semanas, com leve desfolha da
pastagem a cada pastejo (COWAN et al., 1993). Isto permite ao animal
selecionar uma dieta rica em folhas e um resíduo suficiente para o
crescimento da pastagem.
Diversos trabalhos realizados no Brasil demonstraram que a produção
diária de leite por vaca está ao redor de 10 kg com forrageiras tropicais e
produções um pouco maiores quando são utilizadas forrageiras de clima
3
temperado (Quadro 3). Por outro lado, a produção por área é igual ou maior,
por conseqüencia das maiores lotações permitidas com forragens tropicais.
QUADRO 3 - Potencial de produção de leite com base em pastagens
cultivadas e fertilizadas em diferentes regiões do Brasil
Pastagens
Lotação
Produção de leite
(vacas/ha)
kg/vaca/dia kg/ha/dia
Referência
Tropicais:
Pangola
2,5
10,0
25,0
ARONOVICH et al.(1966)
Angola
3,6
10,0
36,0
LUCCI et al. (1972)
Elefante
3,6
11,6
41,8
LUCCI et al. (1972)
Elefante
4,7
8,5
40,0
VALLE et al. (1987)
Elefante
5,0
10,5
52,5
DERESZ et al. (1991)
Elefante
6,0
10,9
65,4
DERESZ et al. (1991)
Elefante
7,0
9,6
67,2
DERESZ et al. (1991)
Gordura
1,5
12,3
18,5
VILELA et al. (1980)
Braquiária *
2,9
9,4
27,4
RODRIGUES et al. (1993)
Setária
3,0
10,0
30,0
ALVIM et al. (1993)
Quicuio
1,8
12,3
22,2
ABRAHÃO (1983)
Coast cross**
6,O
16,6
100,0
VILELA et al. (1996)
Azevém
2,5
9,9
24,8
ALVIM & GARDNER
(1985)
Azevém
5,7
12,5
71,2
ALVIM et al. (1987)
Aveia-azevém
-
15,2
-
RAMOS & ZARDO (1995)
Azevém-trevo
-
13,5
-
ABRAHÃO & RAMOS
(1985)
Alfafa
3,0
18,6
55,8
MALDONADO et al. (1994)
Alfafa
2,6
20,0
51,3
VILELA (1994)
Temperadas:
* Suplementação com 2,0 kg/vaca/dia de concentrado
** Suplementação com 3,0 kg/vaca/dia de concentrado
A consorciação de gramíneas com leguminosas tropicais constitui uma
alternativa que dispensa o uso de adubação nitrogenada, aumentando a
sustentabilidade do sistema. Na Austrália, COWAN et al.(1974) analisaram a
produção de leite de vacas alimentadas exclusivamente em pastagens de
capim colonião-soja perene durante 6 anos consecutivos. As médias de
produção de leite por lactação foram de 4100 kg(12,5kg/dia) e de 2480 kg(9
kg/dia) para as vacas das raças Holandesa e Jersey, respectivamente. A
maior limitação para o uso deste tipo de pastagem é a baixa lotação (1,3
4
vacas/ha), o que significa uma produção por área inferior à das pastagens de
gramíneas adubadas com nitrogênio.
Recentemente, DAVISON et al. (1997) testaram a consorciação de
quicuio (Pennisetum clandestinum) com trevo branco (Trifolium repens) em
sistemas de produção de leite em regiões subtropicais. Sem o uso de
adubação nitrogenada foi obtida uma produção média de 4129 kg de
leite/vaca, com uma lotação média de 3,75 vacas/ha.
Normalmente, a produção da pastagem é estacional impedindo uma
produção uniforme de leite ao longo do ano. Nos casos de sistemas de
produção de leite para consumo “in natura”, há necessidade de uso de
suplementação alimentar, como silagem, feno e concentrados.
4. Uso de concentrados para vacas leiteiras em
pastagens
O uso de concentrados para vacas leiteiras tem por objetivos
suplementar as deficiências da pastagem em termos qualitativos e
quantitativos e, em sistemas mais intensivos aumentar a produção de leite
por animal. Devido ao seu elevado custo, a sua utilização só é viável
econômicamente em sistemas intensivos de produção ou em épocas de
baixa disponibilidade de forragem.
A resposta produtiva à suplementação com concentrados em
pastagens tropicais varia de 1,0 a 1,4 kg de leite/kg de concentrado em
experimentos de longa duração e em estudos realizados em fazendas
produtoras de leite (DAVISON & ELLIOT, 1993). Em geral as respostas são
maiores quanto menor for a disponibilidade de forragem e para animais em
início de lactação, e decrescem com o aumento do nível de suplementação
(Quadro 4).
QUADRO 4 - Respostas de níveis de concentrados na produção de leite em
pastagem tropical durante 250 dias de lactação
Nível de concentrado (kg/vaca/dia)
kg de leite/kg de concentrado
2
1,28
4
0,98
6
0,87
8
0,71
Fonte: Adaptado de McLACHLAN et al. (1994)
5. Conclusões
A produção de leite a base de pastagens parece ser a alternativa mais
adequada para a grande maioria dos produtores de leite, que continuarão a
enfrentar a concorrência com produtores de outros países. Contudo, isso
somente será possível com o uso eficiente dos recursos disponíveis. A
adubação das pastagens, bem como formas mais racionais de manejo
deverão ser utilizadas para aumentar significativamente a produção de leite
por área, que passa a ser um parâmetro mais importante do que a produção
por animal.
5
O uso de suplementação alimentar, principalmente de concentrados,
deverá ser feita de uma forma estratégica, procurando-se empregá-los em
situações onde maior será a resposta produtiva. Além disso, deve-se
empregar formulações de mais baixo custo possível.
6. Referências bibliográficas
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7
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Fatores que influenciam na escolha entre produção em pastagens ou em
confinamento (Adaptado de SATTER & REIS, 1997)
Favorecem o pasto
Favorecem o confinamento
Estação de pastejo longa
(>6 meses)
Condições ótimas para o crescimento da
forragem durante a estação de pastejo
Preços do leite baixos
Baixo potencial genético
produção de leite
Preços de grãos elevados
Rebanhos de pequeno porte
para
Estação de pastejo curta
(<6 meses)
Condições
inconsistentes
para
o
crescimento da forragem durante a
estação de pastejo
Preços do leite altos
a Alto potencial genético para a produção
de leite
Preços de grãos baixos
Rebanhos de grande porte
8
Clima relativamente úmido
Baixa disponibilidade de capital
Terras baratas ou de baixa fertilidade
Clima relativamente seco
Alta disponibilidade de capital
Terras caras e de alta fertilidade
Desempenho de vacas Holandesas mantidas em pastagem de coast cross,
suplementadas com 3 ou 6 kg/vaca/dia de concentrado (médias de 2 anos)
Concentrado (kg/vaca/dia)
Parâmetros
3
6
Kg/vaca/dia
16,9b
20,0a
kg/ha/dia
77,9b
104,0a
kg/ha/ano
28430
37959
Produção de leite:
Lotação (vacas/ha)
4,5
5,1
1
-
1,03
RP2(kg leite/kg conc.)2
-
1,53
RP1(kg leite/kg conc.)
Adaptado de ALVIM et al. (1997)
9
1 – Resposta produtiva considerando a produção por animal.
2 – Resposta produtiva considerando a produção por área.
Produção de leite por lactação de vacas mantidas em pastagens de quicuiotrevo branco ou de azevém, com ou sem adubação nitrogenada (médias de 3
anos)1.
Lotação(vacas/ha)
Pastagem
Nível de N (kg/ha)
Leite (kg/vaca)
2,5
Quicuio-trevo branco
0
4649
3,75
“
0
4129
3,75
“
150
4101
5,0
“
150
3876
5,0
“
300
3778
5,0
“
600
3930
5,0
Azevém
400
4026
1 – Adaptado de DAVISON et al. (1997)
Efeito da suplementação com cevada e farelo de girassol tratado com
formaldeído na produção de leite de vacas mantidas em pastagem de
quicuio1.
Leite
IMStotal
Tratamento
IMSforragem
Var. de peso
(kg/vaca/dia)
Pastagem
14,7
12,6
12,6
-0,10
+ cevada
17,9
14,8
12,0
+0,10
17,8
15,2
12,2
+0,16
18,9
15,5
12,5
+0,13
+cev.-FG(0,7%)
18,4
14,8
11,8
+0,12
DMS (P<0,05)
1,0
0,8
0,8
0,18
+cevada-FG
+cev.-FG(0,5%)
2
1 – Adaptado de HAMILTON et al. (1992)
10
2 – Nível de tratamento do farelo de girassol com formaldeído
Exigências nutricionais e características das dietas para vacas leiteiras
com diferentes níveis de produção1
MS
Leite
(kg/dia) (kg/dia)
10
20
30
13,2
16,2
19,3
NDT (kg/dia)
Mant. Produção Total
4,65
4,65
4,65
3,22
6,44
9,66
7,9
11,1
14,3
NDT leite NDT dieta
(%)
(%)
41
58
68
Conc.
(% MS)
-2
402
603
60
68
74
1 – Vacas com 550 kg de peso
2 – Volumoso com 60 % de NDT (na MS)
3 – Volumoso: Silagem de milho com 65 % de NDT (na MS)
Custos de alimentação e retorno sobre o custo dos alimentos (RSCA)
para vacas com diferentes níveis de produção
Leite
(kg/dia)
Custo
(R$/dia)
Custo
(R$/kg leite)
11
RSCA1
RSCA2
Custo3
10
20
30
0,30
1,80
3,60
0,03
0,09
0,12
2,70
4,20
5,40
1,90
2,60
3,00
0,08
0,18
0,24
1 Preço do leite: R$ 0,30/kg
2 Preço do leite: R$ 0,22/kg
Potencial de produção de leite com base em pastagens
tropicais fertilizadas em diferentes regiões do Brasil
Espécies
Lotação
Produção de leite
(vacas/ha) kg/vaca/dia kg/ha/dia
Referência
Pangola
2,5
10,0
25,0
Aronovich et
al.(1966)
Angola
3,6
10,0
36,0
Lucci et al. (1972)
Elefante
3,6
11,6
41,8
Lucci et al. (1972)
Elefante
4,7
8,5
40,0
Valle et al. (1987)
Elefante
5,0
10,5
52,5
Deresz et al. (1991)
Elefante
6,0
10,9
65,4
Deresz et al. (1991)
Elefante
3,0
11,4
34,2
Almeida et al
12
(2000)
anão
Elefante
7,0
9,6
67,2
Deresz et al. (1991)
Gordura
1,5
12,3
18,5
Vilela et al. (1980)
Braquiária 1
2,9
9,4
27,4
Rodrigues et al.
(1993)
Setária
3,0
10,0
30,0
Alvim et al. (1993)
Quicuio3
1,8
12,3
22,2
Abrahão (1983)
Quicuio
5,7
16,1
91,8
Gomes et al. (2001)
16,6
100,0
Vilela et al. (1996)
Coast cross2
6,0
1 - Suplementação com 2,0 kg/vaca/dia de concentrado
2 - Suplementação com 3,0 kg/vaca/dia de concentrado
3 – Suplementação com 6,0 kg/vaca/dia de concentrado
Potencial de produção de leite com base em pastagens de
clima temperado fertilizadas em diferentes regiões do Brasil
Espécies
Lotação
Produção de leite
(vacas/ha) kg/vaca/dia kg/ha/dia
Referência
Azevém
2,5
9,9
24,8
Alvim & Gardner
(1985)
Azevém
5,7
12,5
71,2
Alvim et al. (1987)
Aveiaazevém
-
15,2
-
Ramos & Zardo
(1995)
Azevémtrevo
-
13,5
-
Abrahão & Ramos
(1985)
Alfafa
3,0
18,6
55,8
Maldonado et al.
(1994)
13
Alfafa
2,6
20,0
14
51,3
Vilela (1994)
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PRODUÇÃO DE LEITE A PASTO: POTENCIALIDADES E