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AFRID
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Fique Ligado...
É ousando que se vive...
Mas é também vivendo que se pode ousar.
Pensei em escrever sobre
essa temática por acreditar na
possibilidade de sermos mais
autênticos e menos mornos. A
maturidade nos permite ser assim
sem culpas, sem cobranças. Se
formos responsáveis pelos atos e
suas consequências, melhor será
se estes forem menos comuns e
mais ousados. Transgredir com
responsabilidade é sinal de
maturidade sábia.
Não são raros os estudiosos
que afirmam ser a ousadia a
possibilidade de se conseguir
p o d e r. N ã o u m p o d e r d e
imposição regimental, de
autoritarismo, mas aquele capaz
de fazer as pessoas nos
enxergarem de forma entusiasta,
diferente, vanguardista. Significa
acima de tudo conquistar coisas
simples, cotidianas, mas nem por
isso mais fáceis de se obter como:
sucesso na profissão, uma família
feliz, saúde prá dar e vender e,
principalmente,
a felicidade
eterna.
Para se conquistar todas
essas coisas simples, nada como
um pouco de audácia que nos faça
seguir em frente, se atrever a fazer
o inesperado, sem medo de errar.
Entretanto, lembremos... Somos
responsáveis pelas nossas
escolhas. Já falamos sobre essa
temática em números anteriores
deste jornal. Para alcançar
sucesso na vida, atualmente é
AFRID
Mural
Dedo de Prosa
preciso ser ousado, corajoso o
suficiente para sair da mesmice
diária. Sêneca, no auge da sua
sabedoria dizia: "os ousados são
reverenciados, os pacíficos são
considerados incapazes".
Na verdade, ousadia está
diretamente ligada à segurança e
à autoestima e, para ser assim
nessa sociedade altamente
conservadora e padronizada, é
preciso ter muita paciência e
perseverança para enfrentar as
dificuldades que aparecerão ao
longo da trajetória. A conquista
dos desejos e das paixões pode
ficar comprometida. Mas, não
devemos desistir dos nossos
sonhos, sempre avaliando as
metas a serem alcançadas, o
tempo de realização e a
legitimidade e a coerência das
nossas ações.
Para se conquistar novos
espaços e novas possibilidades
nessa vida é preciso ter um
autoconhecimento capaz de nos
revelar como Ser Humano, com
poder de ousar e decidir sobre o
caminho que desejamos seguir.
Parafraseando um importante
filósofo Nietzsche, “a ousadia só
revela o poder de cada um quando
é utilizada para se pensar o novo,
elaborar o legítimo e permitir que
cada um se transforme no projeto
de si mesmo.”
Quando alguém me pergunta:
como se tornar uma pessoa
saudável e longeva? Não há
segredo. Há sim uma resposta:
determinação. Não depende de
ninguém. Depende de nós
mesmos... Lógico que será
acompanhado pelas limitações já
impostas pelo processo de
envelhecimento. Mas, nem por
isso poderemos nos entregar ao
desespero ou a acomodação
morna da vida.
Quando há determinação,
vontade de superação o
resultado é compensador. Até
as coisas simples da vida como
fazer dieta, não comer doces
exigem disciplina e força de
vontade, mas também é uma
das formas de mostrar seu
poder. Daí a expressão ousar é
poder.
Quanto mais ousado mais
chance de conquistas!
Quanto mais ousado mais
chance de vencer obstáculos!
Quanto mais ousado mais
chance de ser feliz!
Boa leitura!
Quanto mais
ousado mais
chance de
conquistas!
Quanto mais
ousado mais
chance de vencer
obstáculos!
Quanto mais
ousado mais
chance de ser feliz!
Profa. Dra. Geni de Araújo Costa
Coordenadora do Programa
Atividades Físicas e Recreativa
para a Terceira Idade - AFRID
O programa AFRID está com inscrições abertas para
uma nova atividade.
A proposta é realizar trabalhos artísticos por meio de
oficinas artesanais, dinâmica de grupo entre outras
formas de arte que possibilite a troca de aprendizagens,
novas experiências melhorando, assim, a qualidade de
vida e estimulando o convívio social.
Algumas das atividades artisticas a serem desenvolvidas:
- Móbile para ambientes,
- Caixas decorativas e de presentes
- Cartões comemorativoS
- Arte rupreste
- Decupagem e craquelê
- Pintura em tela e Tecido
- e muito mais...
Faça sua inscrição na secretaria do AFRID
vagas limitadas. Não Percam!!!
Por que AFRID?
Boa pergunta né? Até o
momento não havia me
questionado sobre essa
pergunta. Bom, eu comecei a
participar efetivamente do
programa na semana do idoso
no ano de 2011 e foi aí que me
deparei com outra realidade...
Realidade que me gerou medo,
mas ao mesmo tempo fiquei
com vontade de conhecer e
participar da vida desses idosos. De poder de alguma
forma melhorar a qualidade de vida deles. E a partir
desse momento quis fazer parte do programa, porque
penso “que de nada adianta nossa vida se não fizermos
algo que valha a pena.” É tão gratificante ouvir dos
idosos “Que a gente faz bem a eles, que deixamos a
vida deles mais alegre”. Poxa, isso não tem preço
nenhum no mundo que pague. E cada dia me sinto mais
motivada para poder lhes proporcionar uma melhor
terceira idade, porque eles merecem. Enfim, eu amo
essa família AFRID, pois foi por meio desse programa
que eu aprendi que quando se faz algo bem feito e com
amor, o resultado é extraordinário e compensador de
tão maravilhoso que é ser útil na vida dessas pessoas
que viveram muito e que tem muito a nos ensinar.
Stefani Caroline Martins Viana
Colaboradora do Programa AFRID
Participo do AFRID há algum
tempo, o suficiente para me
interessar e envolver cada vez
mais pelas propostas do
programa e pelo o que ele
oferece à terceira idade.
De início juntamente com
um grupo de colegas,
visitávamos algumas ILPIs
(instituições asilares) com objetivo de desenvolver atividades
com os idosos, fazendo com que aumentassem sua
autoestima, desenvolvimento motor e interação com outras
pessoas, uma vez que eles são muito carentes e acabam
levando uma vida sedentária e solitária.
Hoje, como integrante do programa, ministro aulas de
hidroginástica para um grupo de idosos. É uma experiência
muito agradável e única, que contribui muito para o meu
desempenho dentro da faculdade, pois ao mesmo tempo em
que ensino e ajudo-os a terem uma qualidade de vida melhor,
também aprendo muito durante as aulas. Bom também são os
diálogos que temos uns com os outros, tornando nossa
relação muito próxima, arraigada de muito carinho e
consideração.
É muito bom ver o retorno, a satisfação e a felicidade dos
idosos devido ao que nós, integrantes do AFRID podemos
lhes proporcionar.
Assim, com a oportunidade de participar da “família
AFRID”, despertou-me algo que não imaginava trabalhar. Me
surpreendi. Gosto muito e me sinto satisfeita. Pretendo dar
continuidade, contribuindo com o programa e, futuramente
podendo atuar nessa área.
Luciele R. David
Colaboradora do Programa AFRID
DO LADO ESQUERDO DO PEITO...
...do lado esquerdo do peito...
fica o nosso coração e,
todas as passagens de um grande circuito interno de
sentimentos.
...o lado esquerdo do peito é o lado dos encontros e
desencontros
...o lado que no abraço, faz um grande contato.
Somente abraçamos quem amamos e assim,
o contato do lado esquerdo do peito é ternura e entrega.
Abraço é o encontro de dois corações.
O abraço é o lado bom da vida,
para valorizá-lo é preciso viver,
porque tudo que se pensa e sofre em um abraço se
dissolve.
Aperto suave, que pode virar colo.
Alento tenso pode virar despedida.
Abraço é confissão.
O lado esquerdo do peito...
conduz os impulsos nervosos para o cérebro
sofre uma imediata interpretação
e volta na forma de abraço, lágrima, sorriso ou,
em diferentes ações capazes de mudar o mundo...
Mas... afinal, onde é o melhor lugar do mundo?
Meu palpite:...
dentro do lado esquerdo do peito.
Profª Dra. Célia Regina Lopes
Curso Fisioterapia FAEFI/UFU
[email protected]
AFRID
AFRID
3
A Palavra é Nossa
Boa visão garante qualidade de vida
Prevenção garante saúde dos olhos
Se há alguns anos envelhecer era
uma palavra temida, que significava
quase que o término da vida, hoje
chegar aos 60 significa aproveitar a vida
com mais qualidade, descobrir novos
caminhos, novos amores e até novos
talentos.
Para aproveitar a vida na
maturidade é preciso permanecer ativo,
não só fisicamente, mas preencher o
tempo ocioso com atividades
recreativas, interagir com a família,
amigos e cuidar da saúde, como um
todo. Ou seja, passar pelo processo de
forma ativa e saudável, priorizando a
qualidade de vida.
Mas para que esta fase seja bem
sucedida, além dos cuidados básicos, é
preciso acompanhar a saúde dos olhos,
afinal, toda interação vem através das
imagens que garantem a manutenção
de uma vida independente. Sabendo
disso, com o passar da idade todo
cuidado merece ser redobrado, pois a
visão pode sofrer alterações e interferir
até mesmo no equilíbrio e na
estabilidade do idoso.
Prova disso é o que aponta a
catarata como a causa mais comum de
fraturas relacionadas a problemas
visuais. Em seguida, as doenças
oculares que mais comprometem e
deixa o paciente mais vulnerável, estão
a Degeneração Macular Relacionada à
Idade (DMRI), os problemas refrativos e
o glaucoma.
Para casos de catarata, a
remoção é cirúrgica através do implante
de uma lente intraocular(LIOs), que
possibilita ao paciente voltar a
enxergar, rejuvenescendo a visão.
Além de ser um procedimento seguro,
as lentes implantadas ajustam a visão
conforme a necessidade. As mais
modernas podem ser multifocais
permitindo focar a imagem nas
diferentes condições.
Saiba mais
- Catarata: a catarata é a
opacidade parcial ou total do cristalino.
Isso faz com a entrada de luz nos olhos
fique prejudicada, diminuindo a visão.
Com o passar do tempo, a pessoa pode
ficar cega. O tratamento é cirúrgico e
consiste na substituição do cristalino
danificado por uma lente intraocular
que recuperará a função perdida.
- Glaucoma: é uma doença
causada pela lesão do nervo óptico
devido o aumento na pressão do líquido
que se encontra dentro dos olhos.
Geralmente é assintomático e causa a
perda da visão periférica. O diagnóstico
precoce é fundamental no tratamento e
controle da doença. Existem vários
medicamentos (colírios) para o
tratamento do glaucoma, evitando
assim a progressão da doença.
Somente o oftalmologista poderá
indicar o medicamento mais correto
para o seu tratamento.
- Degeneração Macular (DMRI):
consiste na perda da visão no centro do
campo visual (mácula) devido à
degeneração da retina. No início a
perda visual costuma ser pouco
perceptível, mas com a evolução
alguns sintomas começam a aparecer,
como: visão borrada, pontos
luminosos, manchas no centro da visão,
entre outros. O diagnóstico é feito
através de exames específicos. A foto
coagulação e medicamentos
apropriados podem retardar a
patologia.
- Retinopatia Diabética: é uma
complicação da Diabetes Mellitus.
Caracteriza-se pela diminuição da visão
devido à má circulação sanguínea da
retina. O tratamento cuidadoso da
diabetes através do uso correto da
medicação e uma dieta adequada para
diabéticos são a principal forma de
evitar a retinopatia diabética.
Muitas dessas doenças oculares
podem ser prevenidas ou amenizadas
com a adoção de alguns cuidados,
como: evitar se expor ao sol sem óculos
adequado, ter uma alimentação
equilibrada com frutas, verduras e
legumes e fazer o uso da medicação
conforme prescrição médica.
O ideal é que todos façam o
acompanhamento regular com o
oftalmologista, o que deve ser
intensificado na terceira idade. E uma
maior atenção deve ser dada para os
idosos que apresentam Diabetes
Mellitus, hipertensão arterial e histórico
familiar de glaucoma, pois estas
doenças podem levar a algumas
alterações visuais importantes.
Consulte um oftalmologista e
mantenha a saúde dos olhos em dia.
Luciana Rodrigues
[email protected]
ISO Olhos
Envelhecimento, Depressão e Exercício Físico
O processo de envelhecimento é
natural, irreversível e caracteriza-se
por alterações progressivas. Os
fatores genéticos, doenças
hereditárias, estilo de vida também
relacionado à alimentação, e o
ambiente onde se vive são aspectos
determinantes para a qualidade de
vida nos idosos.
A depressão é uma doença
marcada pelo transtorno de humor e
atinge 20% dos idosos segundo a
Organização Mundial da Saúde
(OMS), podendo ser, ou não,
consequência do envelhecimento.
As áreas afetadas são física,
cognitiva e emocional.
Com o passar do tempo, a
dependência para a realização de
determinadas atividades e a falta de
alguém para conversar faz com que
o idoso perca sua autonomia e se
exclua da sociedade. O resultado
disso é uma pessoa debilitada e
possivelmente depressiva.
De acordo com uma pesquisa
realizada, nos Estados Unidos, por
pesquisadores do Centro Médico
UT Southwestern, publicada pelo
Journal of Clinical Psychiatry, o
exercício físico auxilia de forma
satisfatória no tratamento da
depressão juntamente com o uso de
medicamentos.
Para um envelhecimento com
qualidade, profissionais da saúde
recomendam a prática de exercícios
físicos. Desta maneira, o praticante
torna-se independente e tem a
oportunidade de conhecer e
interagir com novas pessoas.
Consequentemente, o risco de ter
depressão diminui, pois o indivíduo
estará desenvolvendo de forma
positiva as áreas fisiológica,
psicológica e social.
Atividade Física e envelhecimento
relação perfeita!
Thiago Defensor e Verônica Jellifes
Colaboradores do Programa AFRID
8 A Palavra é Sua
PILATES E DANÇA DE SALÃO PARA A TERCEIRA IDADE
É com imenso prazer que
escrevo essa matéria para o jornal
AFRID, pois já fui colaboradora
desse programa tanto nas
Instituições de Longa Permanência
para Idosos - ILPIs como professora
de dança de salão. Hoje formada em
educação física e fisioterapia, sei o
quanto o AFRID me proporcionou
experiências profissionais e
pessoais, por isso só tenho a
agradecer à Profª Geni Araújo e a
todo AFRID que um dia me recebeu
de braços abertos.
Pois bem, venho falar dos
benefícios da prática da atividade
física para a terceira idade, e por
isso vou citar o Pilates e a dança de
salão que tanto melhoram a
qualidade de vida dessa faixa etária.
A dança de salão envolve os
ritmos: bolero, forró, samba,
soltinho, salsa, zouk, tango dentre
outros. É uma atividade que melhora
a noção espacial e de ritmo,
socialização e autoestima, além de
ser uma atividade aeróbica que
auxilia na perda de peso de uma
forma divertida e prazerosa; e
devido ao impacto com o chão
auxilia na reposição óssea que é
benéfico para pessoas com
osteoporose.
O Pilates alonga, tonifica e
define a musculatura sem exageros;
trabalha a musculatura profunda do
abdômen fortalecendo o CORE;
restaura o alinhamento postural,
diminui dores na coluna, deixa o
corpo menos vulnerável a lesões,
melhora a concentração e a
capacidade respiratória.
Tanto o Pilates como a dança
de salão melhoram o equilíbrio,
flexibilidade, força, coordenação
motora, autoestima, circulação
sanguínea, movimento das
articulações, postura, percepção
corporal e mente. Ambas auxiliam
na melhor execução das atividades
de vida diárias, pois trabalham com
o treinamento funcional, que são
exercícios baseados em
movimentos cotidianos.
Por isso, é importante fazer
uma atividade que lhe dê prazer e
melhore sua aptidão física. Sua
saúde agradece!!!
Eu faço e você?
Líllian Garcez Santos
Fisioterapeuta geral
Professora de dança de salão e
Instrutora de Pilates
[email protected]
Leitura na Idade Madura
“Um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer.”
(Ítalo Calvino Por que ler os clássicos)
Ao longo de minha atuação
como professora de literatura, foram
muitos os alunos que me pediram
uma “lista” de bons livros para lerem
ao longo da vida. A eles sempre tive
uma resposta pronta e uma recusa.
Poderia incorrer em indicações
pouco condizentes com a pessoa
deles e o momento pelo qual estão
passando.
A arca da literatura contém
tantos livros bons, mas pouco
conhecidos e lidos, quanto outros
que viram febre (conhecidos como
bestsellers) ou modismo, mas que,
talvez, sejam importantes como um
dos caminhos que levam até a
literatura arte.
Além disso, a escolha por
determinados livros implica
subjetividade e pessoalidade tanto
em relação ao tema quanto em
relação ao gênero, afinal, alguns se
extasiam ante a uma poesia, outros,
mais prosaicos, preferirão um
romance, um conto ou uma crônica.
Talvez, melhor do que ler, seja
reler um bom livro. Por isso, reler um
bom livro na idade madura
proporciona um prazer diferente se
comparado a uma leitura da
juventude. A experiência da leitura
na idade madura, como quer Ítalo
Calvino, um grande escritor de
língua italiana, propicia penetrar
mais detalhada e intensamente nos
significados escondidos em uma
história bem construída. Diz ele:
“Relendo o livro na idade madura,
acontece reencontrar aquelas
constantes que já fazem parte de
nossos mecanismos interiores e cuja
origem havíamos esquecido”.
Dediquemos, então, um
tempo para reler livros que
considerados importantes na
juventude. É uma (re)descoberta,
talvez eles os livros possam ser os
mesmos, mas nós
leitores,
certamente mudamos; e o
(re)encontro é simplesmente
fantástico.
Regina Nascimento Silva
Mestre em Teoria Literária e
Coordenadora Editorial na
Pró-reitoria de Extensão,Cultura e
Assuntos Estudantis (PROEX/UFU).
Contato: [email protected]
AFRID
4 A Palavra é Sua
AFRID
7
A Palavra é Sua
Da arte de envelhecer.
Este ano completo 64 anos de
vida, gostaria que fossem 25 porque
assim eu ainda teria tempo para
corrigir muitos erros pelos quais pago
hoje um alto preço.
Ou quem sabe 15? Ou 3? Ou
nada?
Irremediável...
Só resta esperar o fim e torcer
para que não seja tão improvisado
quanto à vida. Nada de pouso de
emergência!
Tive meus momentos
interessantes, sim; muitos deles e...
alternavam-se entre bons e maus,
mas todos marcantes.
Vôo longo e cheio de
turbulências!
Em 1980, 81, eu começava a
trabalhar em uma empresa binacional (Brasil-Japão) e viajava
muito acompanhando visitantes
estrangeiros aos projetos que eu
coordenava. Eu era, então, muito
jovem.
Um dia um visitante japonês
(tinha visitantes de todas as partes do
mundo) me perguntou “quais eram os
meus três desejos na vida”.
Pergunta estranha e me pegou
de surpresa. Pensei um minuto e
respondi:
- Bom! Primeiro, sonho em ter
uma carreira profissional da qual eu
me orgulhe e me sinta realizado, no
futuro; olhe para trás e veja que
contribui de alguma forma para o
bem.
- Depois, gostaria de envelhecer
bem, com dignidade e terminar meus
dias com dignidade com minha
família.
- Finalmente, gostaria de
conhecer outros lugares, outras
pessoas, outros povos, o Japão, por
exemplo.
Resumidamente foi essa a
conversa.
Pois bem, no ano seguinte, 1982,
tive um convite para visitar o Japão.
As coisas se inverteriam? Pensei.
Aposentei-me em 2008 e me
desliguei da empresa em que
trabalhava em 2010, absolutamente
seguro de que havia feito uma carreira
invejável tanto no segmento público
quanto no privado. Eu fiz diferença.
Agora a velhice... Em aviação, os
“procedimentos de pouso”.
Não tem sido fácil até porque
tenho percebido que “dignidade” é um
valor, valores são ideias e o conteúdo
das ideias são coisas inteiramente
pessoais (ou subjetivas)...
Um pouso duro e difícil pode ser
um ato de heroísmo para o
comandante, mas é motivo de
insatisfação, medo, desconfiança por
parte dos passageiros (os outros).
Para o piloto o mais importante é
chegar ao ponto com segurança, para
o passageiro (os outros) a primeira
exigência é conforto, caso contrário, o
vôo foi péssimo.
Da mesma forma, o que é “viver
com dignidade” para mim, pode
significar privação, miséria, pobreza
para outros.
E assim tenho tocado a vida, em
meio à turbulência, mas com
dignidade e segurança... talvez sem o
conforto que eu também gostaria de
ter.
Paciência!
Não sou menos digno por causa
disso...
Aliás, tenho muita dificuldade em
assimilar o fato de que alguém, com
boa formação acadêmica ou não,
possa inserir no conceito de
dignidade a variável financeira.
Aí, meus amigos, se sofre!... não
tanto pela falta de condição
financeira, mas por falta de quaisquer
tipos de valores éticos e morais.
O filósofo e economista Eduardo
Gianetti, em seu livro “Felicidade”,
mostra, através de estudos
estatísticos realizados nos Estados
Unidos, que não há relação entre
poder aquisitivo e a felicidade. O
mesmo se pode dizer da dignidade.
Importante não é a idade
cronológica, mas os fatos, o que se
fez!
A “duração” de Bergson é mais
importante que o “tempo” de S.
Agostinho. Atualmente ouvimos dizer
que é mais importante colocar mais
vida no seu tempo do que tempo na
sua vida.
Absolutamente, não entra
dinheiro em nada disso; os velhos
pobres como eu não estão
“condenados à indignidade ou à
infelicidade”.
Eu adoro ficar fisicamente atoa,
mas não consigo ficar um (1) minuto
intelectualmente atoa; o ócio
intelectual, este sim, pode matar!!!
Como diria Gilberto Freire,
“continuo a ver o mundo com os olhos
arregalados de uma criança e
encantado pelo milagre da vida”.
Ou como diz um Comissário de
Voo: “Afivelem os cintos de
segurança porque vamos iniciar os
procedimentos de pouso”...
Itagiba Nogueira de Oliveira
Estudante de Filosofia da UFU
[email protected]
Ser Voluntária
Ser voluntário do Hospital de
Câncer em Uberlândia é ter como
esteio os sentimentos de Amor e
Solidariedade que nos impulsionam
a agir no hospital e na residência dos
nossos pacientes.
Ser voluntário do Hospital do
Câncer em Uberlândia é reconhecer
a cidadania do nosso paciente, com
direito a um ambiente humanizado
no hospital. Para isto, cada
voluntário doa um pouco do seu
tempo. Age com o coração no seu
trabalho, valorizando cada
momento, cada palavra, cada gesto
do paciente, minimiza o seu
sofrimento e o de sua família.
A realização do voluntário do
Hospital de Câncer em Uberlândia é
ver um sorriso no paciente ou no
familiar; é dar um abraço nele e ter
conhecimento de uma alta hospitalar
ou mesmo receber um
agradecimento por um simples
lanche recebido.
Participem, assim como eu!
Nilza Lima Freitas
Coordenadora dos voluntários do
Hospital do Câncer em Uberlândia
[email protected]
O pensamento, o tempo, a palavra
Enquanto muitos se desdobram
em falatórios e muxoxos acerca do
tempo, eu me rendo a debruçar
extasiada aos encantos que ele me
proporciona sem perceber. Entre
tantas lições, lá está o
aprimoramento da palavra! Não me
refiro à erudição refinada dos longos
anos nos bancos da escola; mas, da
sabedoria pura e genuína que a vida
naturalmente transcreve nas suas
expressões de linguagem.
Hoje, do alto de algumas décadas
de existência, consigo perceber com
clareza que não foi simplesmente o
fato de ter sido privilegiada por uma
convivência com muitos adultos
durante a minha infância, o que me
trouxe tanta admiração e respeito
pelos mais vividos; eram as palavras!
Compartilhar, ainda que apenas
como ouvinte, daquelas prosas era
um presente! Era como mergulhar no
tempo sem que ele fizesse a mínima
distinção entre o ontem, o hoje e o
amanhã; as histórias vinham me
buscar pelas mãos. Foi assim que
descobri que as palavras tinham
essência, alma! Ao entrar pelos
ouvidos e serem decodificadas pelo
cérebro, um portal invisível se abria a
luz de meus pensamentos. Flutuar,
pairar no infinito sem mexer um
milímetro o corpo de carne e osso;
algo mágico, inexplicável. Para isso
sim, não há palavras capazes de
traduzir!
Bem, mas não são quaisquer
palavras! Tem que ter profundidade.
Tem que fazer sentido. Tem que nos
fazer pensar. E quem melhor do que
os amadurecidos pela vida para
oferecer esse imenso “colar de
pérolas”?! Nas idas e vindas de uma
existência, mesmo que
aparentemente comum, há uma
biblioteca de informações valiosas.
Experiências que talvez não se
repitam, mas que abrem os olhos do
corpo e da alma juvenil para as
surpresas e os desafios da
modernidade; pois, por mais que o
ser humano seja um explorador, o
universo é grande demais para uma
ambição solitária.
Pena, que na pressa do século
XXI, as pessoas estejam abrindo
mão da palavra! Na justificativa de
uma era fugaz, a superficialidade
finca a sua bandeira pelas relações
humanas e veste as palavras com
trajes rotos e deselegantes, de modo
que estas até prefiram não aparecer
em público. Cada dia mais se
visualiza o esfacelamento da
conexão entre o pensamento e a
expressão linguística; ninguém se
preocupa com a palavra tampouco
se será compreendido. Mas,
infelizmente para estes adoradores
da imagem, do visual; ver não é tudo!
A capacidade cognitiva, a qual o
Homo Sapiens é o único ser no
planeta dotado, não se basta de
símbolos, desenhos ou sinais; ela
precisa para se desenvolver do
abastecimento constante da palavra.
Que tal um bom dedo de prosa no
café da manhã, ou no almoço, ou... A
qualquer hora?! O bom das palavras
é que quanto mais se compartilha
mais vocabulário se tem, mais a vida
se enriquece. Precisamos das
palavras; sejam elas escritas ou
faladas! Sobretudo, precisamos
fazer delas a nossa comunhão mais
profunda entre os seres; resgatar o
convívio entre as gerações para que
a sua essência não se perca.
Enganam-se quem pensa que as
palavras morrem e que não é
possível estabelecer um dialogo
entre o antigo e o novo pela suposta
existência de um “abismo
ideológico”! Prefiro continuar a crer
que palavras não têm prazo de
validade, que não morrem, não se
perdem; há apenas o desuso, um
esquecimento involuntário (ou
melhor, voluntário) em razão dos
“modismos sócio temporais”.
Porque se essa “morte das palavras”
de fato existir, o que será de nós, das
relações humanas, do futuro da
sociedade?! Já dizia Rui Barbosa, “A
degeneração de um povo, de uma
nação ou raça, começa pelo
desvirtuamento da própria língua”.
Por Alessandra Leles Rocha
Amiga Escritora do Programa AFRID
Grupo dos Idosos Geração Pró Saúde do
Centro de Referência de Assistência Social- CRAS
Geração Pró- Saúde - O grupo de
idosos de Caldas Novas teve início
há três anos no Centro de Referência
de Assistência Social (CRAS),
idealizado pela Educadora Física
Luana Melo P. Barroso, graduada na
Universidade Federal de Uberlândia
e pela Terapeuta Ocupacional
Simone Brito.
As atividades oferecidas para o
grupo são alongamento, caminhada
orientada, dança, informática,
música e costura. Todas as
atividades têm como objetivo a
melhora de suas condições físicas,
emocionais e mentais, promovendo
a socialização e prevenindo doenças
como a depressão.
Contamos e agradecemos a
parceria do Programa AFRID e da
Universidade Federal de Uberlândia.
Visamos com esse apoio o
crescimento do noss Projeto.
Participem!
Caldas Novas aguarda por vocês!
Luana Melo P. Barroso
[email protected]
AFRID
5
Entrevista
AFRID
6 A Palavra é Sua
Sono de qualidade
Envelhe-sendo: Uma nova face da velhice.
Nome: Maria Aparecida Resende
Ottoni
Área de formação e/ou atuação:
Formação: Letras e Linguística
Atuação: Letras, Linguística e
comunicação Social, Jornalismo
IA - Como você descreve a
importância da sua área de trabalho
para os idosos?
MA - Em minha área, trabalhamos
especialmente com a linguagem e a
concebemos como um modo de ação,
de interação e de constituição de
sujeitos e identidades. Entendemos,
ainda, que a linguagem é constitutiva da
sociedade e por esta constituída. Assim
sendo, minha área tem fundamental
importância para os idosos e para todos
nós, pois a linguagem faz parte de nós.
Por meio dela, as identificações são
construídas, nós agimos, interagimos e
representamos o mundo.
IA - Quais são seus conceitos
sobre o envelhecer?
MA - Para mim, envelhecer é um
processo natural, heterogêneo e
multifacetado de mudanças, que
envolve sentimentos relacionados à
vitória, à derrota, à construção e à
desconstrução. A chegada da velhice
pode representar, para uns, uma
oportunidade de gozo, de colheita do
que foi plantado e um leque de boas e
novas possibilidades. Para outros, pode
representar incapacidade, acumulação
de perdas, isolamento e até desistência
da vida.
Acredito que todos nós devemos
nos preparar para esse processo de
envelhecimento e investir em práticas
que possam nos possibilitar um
envelhecimento com saúde e
satisfação.
IA - O que motivou você a
trabalhar com idosos?
MA - Desde criança tenho
verdadeira paixão pelas pessoas
idosas. Sempre gostei de estar com
elas, de dedicar atenção a elas e de
ouvi-las. Acho que temos muito a
aprender com elas e que merecem
nossa atenção, respeito e carinho.
Acredito que o trabalho que tenho
procurado desenvolver com os idosos é
uma tentativa de promover a
valorização e o empoderamento desses
sujeitos.
IA - Sua dica para
envelhecimento saudável.
MA - Gostar de si mesmo, valorizarse e fazer boas escolhas com relação à
família, à saúde, ao lazer e ao trabalho.
IA - E você o que pensa sobre sua
própria velhice?
MA - Na verdade, tenho um pouco
de receio dela e de suas
consequências. Peço muito a Deus que
me dê a graça de ter uma velhice com
saúde.
Acho que preciso investir muito
mais ainda na preparação para meu
processo de envelhecimento e isso
passa, sem dúvida, pelo repensar sobre
como estou vivendo. Estou aprendendo
a dizer “não” e a rever minhas escolhas.
Não é fácil, mas é algo necessário.
Quero que o meu processo de
envelhecimento seja bom para mim e
para os que comigo convivem.
Um livro: Mais de um: “O cortiço”,
de Aluísio de Azevedo; “Cacos para um
vitral”, de Adélia Prado; “A menina que
roubava livros”, de Markus Zusak; “A
bíblia sagrada”...
Uma frase: “Ninguém é tão sábio
que nada tenha para aprender, nem tão
tolo que nada tenha para ensinar”
(Blaise Pascal )
Um filme: À espera de um milagre
Um lugar: Minha casa
um
Contato: [email protected]
Amiga do Programa AFRID
Um café com dona Antônia
O encontro foi no corredor de um
hospital. Era uma noite especial para a
família. Nascia naquele dia, Valentina.
Na sala de espera primos, avós, tios e
junto a essa turma muita alegria porque
mais uma pessoa chegou! Como amiga
dos pais fui fazer uma visita. Ao sair fui
apresentada a matriarca. Dona Antônia
estava sentada e esboçava um sorriso
orgulhoso. De vestido e blusa de frio
aguardava ansiosa a vez de segurar
mais uma geração nos braços. Mas
antes ela segurou minhas mãos e ali me
aconcheguei mesmo precisando ir
embora.
Foi simpatia à primeira vista,
afinidade de imediato. Mergulhamos
numa conversa boa. Fomos
desvendando nossas almas, revelando
segredos, contando experiências e
compartilhando paixões, frustrações
e lições. Tão próxima dos 80 anos,
dona Antônia teceu conselhos e
todos com argumentos suficientes
para abrir os olhos de quem ainda
aprende agruras e armadilhas da
vida. Sabedoria tão própria de uma
senhora que cresceu na roça,
enxergando muito além da porteira,
da linha da estrada, da copa da
árvore. Afastando as dificuldades
com simplicidade e força que vem da
terra.
Em uma hora foi um pouco do
que vi de Dona Antônia. Foi difícil me
despedir naquele dia porque ela me
acolheu tão bem, sem julgar, sem
criticar. Apenas me recebeu e me
convidou para mais um dedo de
prosa outro dia. Esse dia não veio e o
inesperado levou dona Antônia. Foi
bater-papo no céu de onde espero
que olhe e ore por aqueles que
tiveram a chance de ser abençoado
pela sua boa fé.
Mônica Cunha
Apresentadora e Editora do
Programa Bem Viver
Amiga do Programa AFRID
O sono é um estado fisiológico,
consciente e comportamental,
fundamental à vida. Durante o sono,
o indivíduo apresenta movimentos
limitados, respiração e batimentos
cardíacos alterados, assim como,
baixa reatividade aos estímulos
(Rohers, 2000; Riegel e Weaver,
2009).
O sono tem duas fases: NãoREM (NREM) e REM. O sono NREM
compreende três estágios: os
estágios 1 e 2 são considerados
superficiais e o 3 profundo. No sono
NREM observa-se diminuição do
metabolismo cerebral, relaxamento
muscular e diminuição do ritmo
cardíaco. O sono REM caracterizase por movimentos oculares rápidos,
presença de sonhos, hipotonia ou
atonia muscular e alterações da
pressão arterial, das frequências
cardíaca e respiratória (Bittencourt et
al., 1998; Terada et al, 2008).
A temperatura corporal diminui
no início do sono (por volta das
20h00min) e o seu menor nível
encontra-se durante o sono REM
(por volta das 04h00min da manhã),
coincidindo com o maior pico da
secreção do hormônio melatonina
que ocorre entre 02h00min e
04h00min da manhã, assim, ambos
proporcionam ou “induzem” ao sono
(Menna-Barreto, 2002; Derk-Jan e
Lockley, 2002; Benedito-Silva, 2008).
Em relação ao tempo total de
sono, ainda não existe consenso,
pois a necessidade de sono é
individual e depende do cronotipo,
estilo de vida, idade, gênero,
presença ou não de distúrbios do
sono, assim como dos sintomas de
cansaço e fadiga. Em média, o
tempo total de sono é considerado
suficiente por volta de 6 a 8 horas.
Por exemplo, o tempo total de sono
do idoso é menor e o sono apresenta
maior número de despertares, o que
pode afetar sua saúde e qualidade
de vida (Tufik et al., 2003; Samuels,
2009; Oluwole et al., 2010).
Existem pessoas que atingem a
necessidade de tempo total de sono
ideal, mas a qualidade do sono é
insuficiente devido aos frequentes
despertares que fragmenta o sono,
aos ruídos ambientais, luminosidade
e distúrbios relacionados como
apneia do sono, insônia, roncos e
outros.
O sono restaurador
O sono restaurador envolve
aspectos individuais, físicos,
ambientais e sociais. Ele é
fundamental na restauração da
energia, consolidação da memória e
cognição, além de desempenhar
papel importante no metabolismo
energético, no estado de humor e na
saúde mental e física.
A National Sleep Fundation
(2008) recomenda dormir o
suficiente de acordo com a
necessidade biológica, em ambiente
livre de perturbações e sem
fragmentação do sono, além de
manter o ciclo vigília-sono
sincronizado com o relógio
biológico, a fim de aumentar os
níveis de alerta, manter uma boa
saúde e um bom desempenho nas
atividades diárias.
Alguns estudos sugerem dicas para
um sono restaurador:
1. Procure deitar-se e levantarse em horários regulares.
2. Vá para a cama quando
estiver realmente sonolento.
3. Faça uma alimentação leve à
noite.
4. Faça relaxamento antes de
se deitar.
5. Tome banho quente para
relaxar.
6. Diminua a luminosidade do
quarto.
7. Evite assistir televisão e se
alimentar no quarto.
8. Pratique exercícios físicos
regulares.
9. Evite ingestão de álcool,
drogas e cafeína antes de dormir.
10.Durante o dia, faça cochilos
curtos de no máximo 40 minutos.
Portanto, “O homem atinge o
melhor de si dormindo bem”.
Fernanda Veruska Narciso
Marco Túlio de Mello
[email protected]
Faço informática no AFRID...
Com tantas mudanças no
mundo e o desenvolvimento de
tantas tecnologias, acredito que
ninguém consiga escapar ou ficar
fora dessas modernidades.
Vivemos e respiramos a todo o
momento muitas novidades. Com
as redes sociais e tudo mais a nossa
vida ficou mais fácil e prazerosa.
Tudo anda rápido. E eu gosto disso.
Faço informática no AFRID para
não ficar para trás como muitas
"tiazinhas" por aí. Reclamam da
vida, mas não se atualizam.
Para ser diferente... Faço o
curso de computação!!!
Obrigada AFRID pela
oportunidade!
Nárcia Santos
Aluna do curso de informática
AFRID
10 ENTRETENIMENTO
Piadinha
Segredo de viver muito…
Velhinho.
O mineirin foi ao médico e, depois de uma série de
exames, ouve o diagnóstico:
-Sr. Chico, o senhor está em ótima forma para um
homem de 50 anos diz o doutor.
-Uai!? Quem falô pro sinhô que eu tenho 50?
-Está aqui na ficha, está errado? Quantos anos você
tem?
-Na semana passada eu fiz 65…
-Nossa! Impressionante! E com quantos anos seu pai
faleceu?
-Meu pai tá vivo, sô!
-Puxa! Me desculpe! Quantos anos ele tem?
-Oitenta e seis, quase oitenta e sete… e “namora”
todo dia!
-86? Faz sexo todo dia!!? Realmente impressionante!
E seu avô, morreu com que idade?
-Quem foi que disse que o vô morreu? Tão querendo
matar minha família inteira, sô!?
-Não morreu!? Quantos anos ele tem?
-Ele tá com cento e quatro anos, mas num tá muito
bem, só “namora” umas treis veiz por semana…
-Que maravilha, parece que sua família descobriu o
segredo da longevidade… Mas, e seu bisavô? Morreu
de que?
-Uai, tô falando, sô, tão querendo matar minha
família! Ele tá vivim! Tem 122 e vai casá dinovo semana
qui vem!
-O senhor deve estar brincando comigo! Fala o
médico desconfiado. Para que um velho de 122 vai
casar?
-Sabe, dotô, ele não queira casar não, mas o pai da
moça exigiu,… dispois que ele engravidou ela…
Para-Choque
Quem trabalha muito, erra muito.
Quem trabalha pouco, erra pouco.
Quem não trabalha não era.
E quem não erra é promovido
Informativo
AFRID
Testando a Memória
Responda:
1. “A Gata (?)”, Novela da Rede Globo.
R: ____________________________
Atividades Físicas e Recreativas para a Terceira Idade
Wwww.afrid.faefi.ufu.br
2. Ácido (?), Substância da Urina.
R:____________________________
3. “(?) Moços” Sucesso de Lupicínio.
R:____________________________
4. Roberto (?), Músico e compositor.
R:____________________________
5. (?) Ramos, ator Quinzinho em “Baila
Comigo”
R:____________________________
6. (?) Sorrah, Atriz que interpretou Nazaré
em Senhora do Destino.
R:______________________________
FAEFI/UFU Nº 47 FEVEREIRO - MARÇO - ABRIL / 2013
2an3os
EDITORIAL
ATENDENDO VOCÊ!!!
“É ousando que se vive, mas é também vivendo que se pode ousar...”, o dedo de prosa trata desta
temática, acreditando na possibilidade de sermos seres mais autênticos e menos mornos. E mais: você
sabe o que é densidade mineral óssea e o quanto é essencial sua manutenção para prevenir doenças como
a osteoporose? E os benefícios que a dança de salão e o pilates podem trazer à sua vida? Nesta edição
você também vai conferir algumas dicas para ter um sono de qualidade e como descobrir os prazeres da
leitura no texto: “leitura na idade madura”. Essas e outras matérias compõem esta edição que traz também
uma entrevista com a professora Maria Aparecida Resende Ottoni, e reflexões sobre o pensamento, o
tempo e a palavra com nossa querida Alessandra Leles, além das experiências enriquecedoras de Mônica
Cunha. Aproveitem!!!
Dedo de Prosa
É ousando que se
vive...
Complete a Frase:
1. Antes tarde do que _______________.
2. Briga de marido e mulher, ninguém mete
a_______________.
3. Cada macaco no seu _______________.
4. Deus ajuda, quem cedo _______________.
5. Em boca fechada não entra ___________.
Entrevista
Envelhe-sendo:
Uma nova face da
velhice.
Mas é também vivendo que
se pode ousar.
Página 5
Página 2
Fique Ligado...
Um café com dona Antônia
O pensamento,
o tempo, a
palavra
Inscrições abertas
para uma nova
atividade
Se o bispo de Constantinopla
a quisesse desconstantinoplatanilizar
não haveria desconstantinoplatanilizador
que a desconstantinoplatanilizaria
desconstantinoplatanilizadoramente.
Por Alessandra Leles
Rocha
Oficina de
Trabalhos Manuais
Página 9
Pilates e Dança de Salão
para a Terceira Idade
A Palavra é Sua
Página 5
Entretenimento
Página: 7
Sono de Qualidade
Piadinha
“Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas
são um milagre.”
(Fernando Pessoa)
Teste de Memória
Expediente
ORGANIZAÇÃO GERAL
COORDENAÇÃO GERAL
Isadora Santos Gonçalves
isa_gonç[email protected]
Profª Draª Geni de Araújo Costa
[email protected]>;
Glênio Fernandes Leite
[email protected]
[email protected]
Gleber Gonçalves Vilela de Andrade
[email protected]
IMPRESSÃO: Gráfica UFU
Para-Choque
Trava-Língua
Página 8
Página 10
Página 6
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É ousando que se vive... Quanto mais ousado mais chance