13.dez.2006 – (O Tempo)
O exemplo do Parque
A inauguração da primeira etapa do Parque Tecnológico de BH, o BHTec, nas
proximidades do campus da UFMG, na Pampulha, embora tenha merecido tratamento
discreto da mídia em geral, pode ter sido uma das mais auspiciosas notícias da
semana de aniversário da capital, não só pelo que o novo equipamento poderá
significar, mas principalmente pela forma como foi concebido e está sendo implantado.
O Parque Tecnológico é resultado de um maduro processo de parceria, que
envolveu todos os segmentos com responsabilidades sobre o planejamento das
cidades: o poder público federal, através da Universidade; o governo estadual, pela
Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia; a Prefeitura, que fez os investimentos
básicos iniciais; e a iniciativa privada, que se integrou ao projeto por meio da
Federação das Indústrias e terá, de agora em diante, papel preponderante, já que o
sucesso da iniciativa dependerá essencialmente da capacidade empreendedora do
segmento privado, em investimentos de alta tecnologia.
A parceria concretizada na implantação do Parque Tecnológico, praticada com
menos freqüência do que seria desejável ao longo das últimas décadas, parece ser
uma marca já em fase de consolidação no início deste século, pelo menos em Minas.
As principais obras em andamento na Região Metropolitana – duplicação da Antonio
Carlos, Linha Verde, revitalização de Confins - atestam esse novo espírito, ao unir
esforços de municípios, governos federal e estadual e iniciativa privada.
O Instituto Horizontes saúda com alegria essa postura, por entender que ela
será fator essencial para a obtenção do objetivo de todos, que é o de propiciar a
melhoria da qualidade de vida para a população de toda a região metropolitana de
Belo Horizonte.
Seminário e oficinas
O Instituto Horizontes participa na manhã desta quinta-feira, dia 14, do
Seminário “Questão metropolitana”, promovido pela Prefeitura da capital, com a
participação de representantes dos principais organismos com responsabilidades
sobre a questão, como o Ministério das Cidades e o Governo do Estado, além dos
organismos acadêmicos, como o Cedeplar e o Instituto de Geociências, ambos da
UFMG. Merece registro especial, aliás, o fato de que o governo estadual estará
representado pelo Secretário de Planejamento e Gestão e vice-governador eleito,
Antônio Augusto Anastasia, um dos responsáveis pela transformação da questão
metropolitana em prioridade de governo.
O seminário será realizado a partir das 9h30, com duas mesas de debates. A
primeira terá como tema “Apontamentos para um Plano Diretor de Desenvolvimento
Integrado da RMBH”, com participação dos professores Mauro Borges, do Cedeplar, e
Heloísa Costa, do IGC, do secretário municipal de Políticas Urbanas de BH, Murilo
Valadares, do arquiteto Jorge Vilela, representando o Instituto Horizontes, e de Raquel
Rolnik, do Ministério das Cidades, que atuará como moderadora.
A segunda mesa será sobre “Gestão da RMBH”, com a presença do deputado
estadual Roberto Carvalho, um dos articuladores da Emenda Constitucional que
reformulou a questão metropolitana em Minas, do secretário Antonio Augusto
Anastasia, do consultor Benício Assis Araújo, de Raquel Rolnik e da professora
Heloísa Costa, que atuará como moderadora.
Além deste seminário organizado pela PBH, o Instituto Horizontes tem
participado, como coordenador, de uma série de oficinas que estão sendo realizadas
com os demais municípios da RMBH, junto com a Secretaria de Estado de
Desenvolvimento Regional e Políticas Urbanas (Sedru), com base no Termo de
Parceria firmado em junho deste ano. A série de oficinas está prevista para ser
concluída já na próxima semana e deverá fornecer grandes subsídios para a
elaboração do Plano de Desenvolvimento e Gestão da RMBH.
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