EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO CAPÍTULO 22 NÃO SEPAREIS O QUE DEUS UNIU - Indissolubilidade do casamento - O divórcio INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO Lei do Homem → Mutável As leis humanas transformam-se de acordo com o tempo, com os lugares e com o progresso da inteligência. Lei de Deus → Imutável As leis da natureza são as mesmas em todos os tempos e em todos os países. INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO Lei do Homem A lei civil regulamenta o interesse das famílias na sociedade. Ela não é a mesma em todos os países e está sujeita às mudanças impostas pelo tempo e pelos locais onde é aplicada. Lei de Deus A união dos sexos para permitir a renovação dos seres que morrem, oferecendo a um espírito errante a possibilidade de reencarnar na terra para seu progresso moral, é da ordem divina. INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO Mesmo com todas as leis humanas que regulamentam o casamento, existe uma lei, que é de ordem divina e comum a todos os seres vivos, que sustenta a união do casal. Ela é imutável e exclusivamente moral. A LEI DO AMOR O que é a Lei do Amor? Essência divina – caridade – respeito – compaixão – tolerância – paciência – cuidado – lealdade – confiança – humildade – amizade – prudência – bondade – fé INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO “Deus quis que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se transmitissem aos filhos, e que fossem dois, ao invés de um, a amá-los, a cuidar deles e fazê-los progredir.” Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo. 233p. Nas condições normais do casamento, a LEI DO AMOR foi sempre levada em conta? INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO Nem a lei civil e os compromissos que ela determina podem suprir a lei de amor, se essa lei divina não for a responsável por unir os casais. Portanto, o que se uniu à força se separa por si mesmo. Essa infelicidade poderia ser evitada se o casal não se esquecesse da única lei que o torna legítima a união aos olhos de Deus: LEI DO AMOR O DIVÓRCIO Lei do Homem Ela tem como objetivo separar legalmente o que, de fato, já está separado. Lei de Deus O divórcio não contraria a Lei de Deus, uma vez que corrige o que os homens fizeram e se aplica apenas aos casos em que foi desconsiderada a lei divina, pela LEI DO AMOR. O DIVÓRCIO Nem mesmo Jesus consagrou a indissolubilidade absoluta do casamento, quando disse aos fariseus, no Evangelho de Mateus (19:3 a 9): “É devido à dureza de vossos corações que Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; E continuou: “mas isso não aconteceu desde o início.” Isso é, no início da humanidade, quando os homens não estavam pervertidos pelo egoísmo e pelo orgulho e viviam segundo as leis de Deus. As uniões baseadas na simpatia, e não na vaidade e na ambição, não davam motivo ao repúdio. O DIVÓRCIO Jesus vai mais longe e explica o caso em que o repúdio pode ocorrer: o de adultério. Mas, na união onde há a lei do amor e existe afeição mútua e sincera, não há adultério. Antigamente as mulheres que cometiam adultério eram apedrejadas e, vendo a necessidade de abolir esse costume bárbaro da época, Jesus substituiu essa punição pela proibição do casamento com a adúltera, considerando-o desonroso. Mas, como qualquer lei civil, essa também sofreu a prova do tempo. O DIVÓRCIO O casal ignora o período do namoro e do noivado, época para os companheiros conhecerem as qualidades e defeitos uns dos outros. Após a união ser oficializada, eles se descobrem e adotam uma postura de indiferença e irresponsabilidade pelos rumos da união. Muitos saem feridos no orgulho e vaidade, contrariados e melindrados diante da expressão infeliz do outro. Dessa forma, interrompem o casamento sem tentar reatar a união por meio do diálogo fraterno ou ação conciliatória. “No lar, o homem e a mulher devem vivenciar o amor da forma como Jesus Cristo ensinou e exemplificou. No lar, célula-mãe do progresso moral da humanidade, berço da evolução espiritual do ser, devem ser desenvolvidos os belos atributos do espírito, que já se encontram semeados na intimidade da criatura.” “Instituição divina por excelência, o lar deve ser construído sobre os alicerces sagrados do amor, do companheirismo, da fidelidade aos princípios cristãos, da renúncia e do sacrifício. Corolário das benesses do Pai, aí devem reinar a gratidão e a alegria pela oportunidade de trabalhar o desenvolvimento moral para ascender a planos melhores.” Fonte: Estudando o Evangelho com Bezerra de Menezes. 264p. BIBLIOGRAFIA Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. São Paulo: Petit, 1997. 322p. Menezes, Bezerra de (Espírito). Estudando o Evangelho Segundo o Espiritismo. Belo Horizonte: Centro Espírita Manoel Felipe Santiago, 2014. 344p. “Assim como o equilíbrio do lar se reflete no equilíbrio da sociedade, também a paz do mundo começa nos recôncavos sagrados do lar.” Fonte: Estudando o Evangelho com Bezerra de Menezes. 264p. Que todos nós possamos aplicar a lei do amor em nossos relacionamentos! Muito obrigada!