FILARIOSES
Taxonomia
REINO ANIMALIA
SUB-REINO METAZOA
FILO PLATYHELMINTHES
TREMATODA
CLASSE DIGENA
CLASSE CESTODARIA
FILO NEMATHELMINTHES
CLASSE NEMATODA
Características
- Tamanho variado (3 cm até > 1m)
- Fusiformes, alongados e não seguimentados
- Simetria bilateral
- Boca sem lábios
- ♂ e ♀ (♀ > ♂)
- 4 estágios larvais
- Vivíparos
- Heteroxenos (vetor invertebrado)
Desenvolvimento
Evolução de L1 para L3
em artrópodos
Evolução para
adultos no
hospedeiro
vertebrado
Transmissão através de
picada do vetor
Microfilárias
Características
- Casca ovular
- Pode estar ausente
Localização dos parasitos
- Filarioses linfáticas
Wuchererioses
Brugioses
- Filarioses cutâneo-dérmicas
Oncocercose
Loíase
Dracunculose
Mansonella streptocerca
- Filarioses das serosas
Mansonella pertans (Dipetalonema)
Mansonella ozzardi
Mansonella rhodhaini
No Brasil
• Wuchereria bancrofti
• Mansonella ozzardi
• Onchocerca volvulus
• Dirofilaria immitis
Filariose linfática
Os parasitos
Wuchereria bancrofti
- > 90% casos regiões tropicais e subtropicais (Américas,
África, Ásia e Oceania)
Brugia malayi
- ± 10% casos (Índia, SEA, China)
Brugia timori
- Rara (pequenas ilhas Insulíndia)
Wuchereria lewesii
- Muito rara (focos isolados no Brasil)
O problema
- Mais de um bilhão de indivíduos expostos ao
risco de infecção em quatro continentes
- 120 milhões de indivíduos atualmente
infectados
- 40 milhões de indivíduos incapacitados ou
desfigurados pela doença em todo o mundo
Distribuição mundial
Wuchereria bancrofti
- ♀ 8 – 10 cm x 0,3 mm
- ♂ ~ 4 cm x 0,1 mm (extremidade enrolada)
12 papilas sensoriais e órgãos copulatórios
- Vivíparos (microfilárias)
- Bainha presente
- Boca sem lábios
- Vasos linfáticos
- Formam novelos
- Alimentam-se da linfa
Wuchereria bancrofti
- Metabolismo aeróbio
- Novelo (20 parasitos, 5 machos – 1 fêmea)
- ~ 17 anos de vida
- 10 mil a 3 milhões de microfilárias
- Simbionte (bactéria)
Wolbachia (Rickettsiales)
O parasito
Adultos
♂
♀
Microfilária
- 250-300 µm
- Células somáticas
- Estilete bucal
- Aparecem na circulação sangüínea apenas a noite
- Durante o dia nos pulmões
O ciclo de vida
Vetores das filárias linfáticas
Relação parasito - hospedeiro
- Número baixo de parasitos no vetor
- Infecção depende do número de picadas
- Assintomáticos (microfilárias)
- Não são bem reconhecidos pelo sistema imune
- IgE porém sem reação alérgica
- Anticorpos bloqueadores de IgE
- Pneumonia eosinófila tropical
- Vermes adultos
Reação humoral ou celular
Fisiopatologia
Vermes adultos nos gânglios e vasos linfáticos
(Adenites) Inflamação crônica
Fibrose
Obstrução linfática (Linfangites)
Acúmulo de linfa
(Hidrocele) Elefantíase
Fistulização
Quilúria
Sistema linfático
Sintomatologia
- Período pré-patente
Assintomáticos e adenites
- Período patente assintomático
Microfilárias e dilatações
- Período agudo
Fenômenos inflamatórios
- Período crônico
2 a 5 % dos casos
Formas clínicas
Linfograma
Quilúria
Formas clínicas
Formas clínicas
Formas clínicas
Formas clínicas
Diagnóstico
- Procura por microfilárias
- Biopsia do linfonodo
- Intradermoreação
- Ultra-sonografia
- Métodos imunológicos (ELISA)
Reação cruzada, baixa sensibilidade
- Sondas de DNA (investigação)
Tratamento
- Ivermectina
Microfilárias
- Dietilcarbamazina (DEC)
Microfilárias
Vermes adultos (menor)
- Cirurgias
Reservatórios naturais
Wuchereria bancrofti
Humanos
Brugia malayi
Humanos (dominante)
outros primatas carnívoros
Brugia timori
Humanos (dominantes)
outros ?
Wuchereria lewesii
?
Controle
- Vetor (Culex quinquefasciatus principalmente)
redes mosquiteiras
redução criadouros
inseticidas e larvicidas
controle biológico
- Quimioterapia de massa
- Erradicação Mundial: Prog. OMS / MSD / GSK
Onchocerca volvulus
(Oncocercose)
(Cegueira dos rios)
O problema
- Endêmica em 37 países da África Ocidental e
Central, México, América Central e do Sul e Iêmen
- 15 milhões de indivíduos atualmente infectados
- 217.000 indivíduos com cegueira decorrente da
infecção
- 300.000 pessoas cegas
Distribuição mundial
O parasito
- ♂ 3 a 5 cm x 0,2 mm
Extremidade enrolada (papilas sensoriais)
- ♀ 30 a 80 cm x 0,4 mm
Papilas sensoriais
- Adultos em grupos (6-7) em nódulos subcutâneos
- Podem ficar estendidos e migrar
- Microfilárias na pele e sistema linfático
- Olhos
- Presentes na linfa
- Sem bainha
- Circulantes todas as horas do dia
O parasito
- Microfilárias em ciclos
- Sem estilete
- 3 a 4 ciclos anuais
- 1.000 a 3.000 microfilárias / dia / fêmea
- 10 milhões por fêmea
- 100 milhões por indivíduo
- 2 tamanhos (150-285 e 285-370 µm)
- 9 a 14 anos adultos
- Heteroxeno
- Insetos da família Simuliidae
O parasito
Adultos
O parasito
Microfilária
O ciclo de vida
O inseto
O inseto
- “Borrachudo”
- Simulium guianense, Simulium incrustatum em
terras altas
- Simulium oyapockense e Simulium roraimense em
terras baixas
Locais de criação
Relação parasito - hospedeiro
- Número baixo de parasitos no vetor
- Infecção depende do número de picadas
- Assintomáticos (microfilárias)
- Microfilária é imunogênica
- IgG, IgM e IgE
- Resposta humoral
- Desgranulação de mastócitos
- Imunidade celular deprimida
- Imunidade protetora?
Patologia
Nódulos cutâneos (oncocercomas)
Alterações cutâneas (pele de leopardo)
Lesões linfáticas
Lesões oculares
Oncocercoma
- Resposta contra os vermes adultos
- Estrutura fibrosa
- Tamanho variado (1 a 8 cm diâmetro)
- Centro produtor de microfilárias
- Problemas compressivos
- Problemas estéticos
Oncocercoma
Alterações cutâneas
- Resposta contra as microfilárias
- Hiperqueratose e despigmentação
- Dermatite oncocercosa
- Forma grave Sowda
- Fáceis oncocercótica
Alterações cutâneas
Alterações cutâneas
Fáceis oncocercóide
Alterações cutâneas
Sowda
Lesões linfáticas
Microfilárias nos nódulos linfáticos
Lesões oculares
Lesões oculares
Diagnóstico
- Busca por microfilárias
- Biópsia da pele
- Exame oftalmológico
- Ecografia
- Extirpação dos oncocercomas
- Prova de Mazzotti (DEC)
- Sorologia (baixa sensibilidade)
- Técnicas moleculares ?
Diagnóstico
Retalho cutâneo
Diagnóstico
Nodulectomia
Tratamento
- Ivermectina
Microfilaricida
- Dietilcarbamazina
Microfilaricida
- Suramida e Amocarzine
Adultos
Controle
- Homem é o único reservatório
- Tratamento dos doentes
- Tratamento em massa
- Controle do vetor
Inseticidas
Larvicidas
Bacillus thuringiensis
Coleóptera, Díptera e Lepidóptera
Mansonella ozzardi
(Mansonelose)
O parasito
- ♀ 6 -8 cm x 0,2 mm diâmetro
- Mesentério, tecido adiposo, tecido conjuntivo
subperitonial
- Microfilárias no sangue (dia e noite)
- Sem bainha
- Simulium amazonicum (Brasil)
- Aparentemente não patogênico
- Diagnóstico diferencial com W. bancrofti
O ciclo
Sintomas e tratamento
- Dores articulares
- Adenite
- Prurido
- Tratada da mesma forma que W. bancrofti
Dirofilaria immitis
(Dirofilaríase)
O parasito
- Parasito de cães e gatos
- Localizada no coração dos animais
- ♂ 16 cm, ♀ 25 cm
- Homem é hospedeiro acidental
- Microfilárias no sangue (dia e noite)
- Vetores
Aëdes, Culex, Mansonia e Anopheles
O parasito
Sintomas e tratamento
- Dirofilaríase:
Pulmonar
Verme no pulmão
Reação inflamatório e nódulo
Subcutânea
Nódulos (Olho?)
- Tratamento
Ivermectina e cirurgia
Loa loa
(Loaíase)
O parasito
- África
- Tecido subcutâneo e olhos
- ♂ 3 – 5 cm, ♀ 5 - 7 cm
- Microfilárias com bainha
- Microfilárias no sangue (dia)
- Dípteros Tabanídeos (mutucas)
- Florestas tropicais úmidas
Sintomas e tratamento
- Tumores de Calabar
- Loaíase ocular
- Tratamento
Ivermectina e DEC
O ciclo de vida
Loaíase ocular
Dracunculus medinensis
O parasito
- Maior nematóide
- Filária-de-medina ou verme-da-Guiné
- África e Índia
- Mamíferos
- ♂ 1 – 3 cm, ♀ 60 - 100 cm
- Larvas na água
- Copépode (vetor)
O ciclo de vida
O parasito
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Microfilária