O momento para confirmar a prevenção da
enterocolite necrosante com probiótico nos
recém-nascidos de extremo baixo peso na
América do Norte é agora!
+
The Time for a Confirmative Necrotizing Enterocolitis Probiotics Prevention
Trial in the Extremely Low Birth Weight Infant in North America Is Now!
Thomas R. Abrahamsson, Samuli Rautava, Aideen M. Moore, et al.
Journal of Pediatrics 2014; 165(2): 389-394
Apresentação: Raquel Matias; Rebeca Donadon
Coordenação; Paulo R. Margotto
Universidade Católica de Brasília
Escola de Medicina
Brasília, 30/8/2014
www.paulomargotto.com.br Internato em Pediatria
+  Uma
metanálise de um ensaio controlado randomizado e
prospectivo (RCTs) avaliou probióticos como uma medida
para prevenir a enterocolite necrosante (NEC), em recém
nascidos (RN) de muito baixo peso (VLBW < 1500g)
fornecendo resultados encorajadores¹²;

Recente estudo ProPrem na Austrália e Nova Zelândia
também mostrou um efeito significante em casos de NEC em
unidades neonatais, com baixa incidência de NEC, atribuída
a alta taxa de aleitamento materno3  tem sido o argumento
de que há provas para justificar a mudança na prática clínica
e em relevantes diretrizes;

Alguns neonatologistas alegam que é antiético não oferecer
essa opção de gestão aos pais 4,5 e outros manuais levantam
preocupações sobre o rigor metodológico de muitos RCTs
que foram incluídos nestas meta-análises;

Muito importante, são as evidências insuficientes sobre a
eficácia e a segurança da prevenção de NEC por probióticos
em RN de extremo baixo peso (ELBW < 1000g);
+
A
NEC permanece entre uma das mais
devastadoras doenças encontradas em crianças
prematuras, é causada pelo excessivo processo
inflamatório da mucosa intestinal e se manifesta por:
intolerância alimentar, distensão alimentar, sangue
nas fezes;
A
incidência de NEC (estágio de Bell II-III7) em RN
de muito baixo peso  7%8, podendo variar 4-15%
dependendo de alguns fatores como taxa de
aleitamento materno e uso de banco de leite1, 3, 9
Tem
A
uma mortalidade de 15 -30%;
resposta
pró-inflamatória
sistêmica
e
desequilíbrio circulatório severo afeta o sistema
nervoso  prejuízo no neurodesenvolvimento a
longo prazo;
+

Intervenções cirúrgicas são necessárias em 50%10 com a
necessidade de ressecção de porção do intestino devido à
necrose e à estenose;
 Maior causa de síndrome do intestino curto na população
pediátrica.

Nos Estados Unidos  gastos com intervenções cirúrgicas e
com múltiplas complicações  1 bilhão de dólares11;

90% dos RN que desenvolvem NEC são pré-termo
prevalência da doença inversamente proporcional a IG10;

Patogênese da NEC continua pouco entendida;

Fatores que interferem na circulação enteral:
 Asfixia perinatal;
 Cardiopatias congênitas;

Aumento do risco pela prematuridade:
 Imaturidade
 sistema imune, barreira epitelial,
motilidade intestinal e regulação da microvasculatura;12
+
Medidas de prevenção da NEC

Prevenção da NEC  alimentação exclusivamente enteral
com leite materno PERMANECE COMO A MAIS
IMPORTANTE ESTRATÉGIA16;

Um recente ensaio randomizado comparando o leite materno
doado com a formula, conclui que o efeito preventivo do leite
materno, estende-se ao leite pasteurizado doado9  menos
de 4% dos VLBW desenvolvem NEC3;

Países escandinavos  apesar do aleitamento materno ser
rotina nos últimos 20 anos  aumento 6% nos últimos 10
anos17;

Probióticos são uma promessa digna de consideração,
entretanto não há suficientes dados de ensaios clínicos para
que consideremos a segurança e a eficácia dos probióticos
em ELBW.
+
Potenciais mecanismos de ação dos
probióticos

Probióticos:

Definição: bactérias vivas que se administradas em
adequado número confere benefícios19;

Mecanismo de ação: promove a motilidade intestinal, reduz
a intolerância alimentar20, aumenta a degradação dos
antígenos proteicos dos alimentos21;

Modelos animais  probióticos afetam o sistema nervoso
entérico22 e aumenta a motilidade intestinal23, aumenta a
integridade da barreira epitelial intestinal24-26, aumenta a
produção de IgA27,28, exclui competitivamente os possíveis
patógenos intestinais29,30, modula a resposta inflamatória
contra as bactérias32,35.

Nenhum desses mecanismos tem sido estudado em
ELBW!
+
Ensaios clínicos com probióticos na
prevenção da NEC

Embora as metanálise de prevenção da NEC com
suplementação de probióticos são favoráveis1,2, uma revisão
recente e minuciosa, avaliou a qualidade e o nível de
evidência dos estudos, concluindo que há insuficientes
evidências para a recomendação de probióticos nesse grupo
de pacientes6;

Redução de NEC de 6% no grupo que recebeu placebo e de
2% no grupo que recebeu probiótico (risco relativo :0,35,
[95% CI 0,23-0,55]; P<0,0001)1,2;

Redução da mortalidade de 8% no grupo placebo e de 4%
no grupo que recebeu probiótico (risco relativo: 0,42, [95%
CI 0,23-0,55]; P<0,0001);

Número necessário para tratar  20;

Os intervalos curtos de confiança e os valores extremamente
baixos de P  Assim os autores concluíram: “não são
necessários mais ensaios placebo-controlados”.
+
Ensaios clínicos com probióticos na
prevenção da NEC


Mihastsh et al, 20125  deficiências nos ensaios incluídos nas
metanálises:

Apenas 2 ensaios de alto nível de evidência6,36  nenhum favorecendo o probiótico;

Intervenção não foi cega em nenhum dos estudos, e nenhum deles mostrou um
benefício significante do uso de probióticos;

Heterogeneidade das cepas/doses diárias de probióticos  a modulação imune,
eficácia e segurança são propriedades cepas-específicas37,38,39,40.
Ensaio ProPrem3 em 10 Centros na Austrália e Nova Zelândia (baixo
índice de evidência);

n= 1099;

Redução de NEC 4,4% para 2,0%  mas não houve redução da mortalidade (4,9%
para 5,1%);

Três bactérias combinadas (Bifidobacterium infantis, Bifidobacterium animalis
subspecies lactis, Streptococcus thermophilus);

Conclusão: probióticos podem ser de valor em unidades neonatais com alta
incidência de NEC.
+
Ensaios clínicos com probióticos na
prevenção da NEC

RN < 1000g:


A suplementação de probióticos não possui nenhum efeito.
RN < 750g:

Maior incidência de sepse nos que receberam probióticos42;

Entretanto, as metanálises não evidenciaram sepse pelo probiótico1,6, no
entanto, não há certeza se as hemoculturas foram feitas rotineiramente.

Sepse por Bifidobacterium em RN < 1000g suplementado com
esse probiótico43 e sepse pelo probiótico L. Rhamnosus (RN com
síndrome do intestino curto)44;

PROPATRIA, 200846: Ensaio com probióticos na Pancreatite;

Em adultos com pancreatite severa que receberam probióticos  maior
mortalidade, apesar de resultados promissores em estudos préclínicos47,48 e
estudos piloto49.
+
Desenho do Estudo
Ensaio clínico com probióticos para prevenir NEC em RN de extremo
baixo peso (< 1.000g) deve:

Cumprir as diretrizes da Conferência Internacional de
Harmonização para a Boa Prática Clínica (www.ich.org );

Ter uma amostra suficiente;

Fazer análise por intenção de tratar;

Empregar cepas eficazes mostradas em estudos anteriores
(estudos prospectivo, duplo-cego randomizado);

Ter um compromisso de fabricação de uma diretriz para a
Conferência Internacional de Harmonização para a Boa
Prática Clínica contendo dose precisa do probiótico, tempo
de validade e cepas microbianas bem definidas;
+
Desenho do Estudo
Ensaio clínico com probióticos para prevenir NEC em RN de extremo
baixo peso (< 1.000g) deve:

O desfecho do estudo não deve incluir apenas a incidência de
morte ou incidência de NEC, mas incluir também os resultados
a longo prazo, incluindo comprometimento do desenvolvimento
neurológico;

Realizar hemocultura para
organismos anaeróbios;

Realizar estudo do DNA para ser capaz de identificar sepse pelo
probiótico e para a vigilância do microbioma intestinal durante
o estudo;

Prevenir a colonização cruzada na UTI neonatal;

Realizar a monitorização de efeitos adversos a curto e a longo
prazo;
detectar
também
sepse
por
+
Desenho do Estudo
Ensaio clínico com probióticos para prevenir NEC em RN de extremo
baixo peso (< 1.000g) deve:

Fornecer informações aos pais sobre o estudo e aplicar um termo de
consentimento informado a eles;

Ser realizado nos EUA com um produto que possa estar disponível no
mercado para garantir um resultado positivo nas UTIs neonatais de toda
a América do Norte;

Focar em estudar o papel dos probióticos em RN de extremo baixo
peso (< 1.000g);

O ideal é que o local a ser realizado o estudo tenha bancos de leite e
altas taxas de aleitamento materno.


Caso não seja possível, o número de bebês matriculados em tal estudo deve
ser ajustado para garantir poder suficiente na estratificação de análises
restritas apenas às crianças que recebem exclusivamente leite humano.
Por exemplo, dada uma incidência média de ECN de 10% em RN com extremo
baixo peso (alfa = 5%, beta = 20%) exigiria 429 crianças de extremo baixo
peso por grupo de estudo para ser capaz de mostrar que a intervenção reduz a
incidência de ECN em pelo menos 50%.
+
Desenho do Estudo
Ensaio clínico com probióticos para prevenir NEC em RN de extremo
baixo peso (< 1.000g) deve:

Ser capaz de avaliar 2 doses de um único produto probiótico ou um
comparar dois produtos probióticos diferentes, ambos em relação a um
grupo de placebo;


Elimina variações na metodologia;
Menos crianças com extremo baixo peso teriam que ser inscritas
comparação caso 2 ensaios clínicos separados fossem realizados.
em

Dado o enorme custo econômico anual da NEC, o custo para a execução
dessas protocolos de estudo propostos não são proibitivos;

É importante ressaltar que existem vantagens e desvantagens com
emprego de cada um dos diferentes modelos de estudo;


Apesar do estudo multicêntrico duplo-cego randomizado ser o padrão-ouro
para obtenção de evidência de eficácia para uma nova intervenção, eles
raramente são longos o suficiente para revelar a ocorrência de efeitos
colaterais incomuns;
Assim, grandes estudos observacionais dentro do programa de redes
neonatais são a melhor opção para esta finalidade.
+
Desenho do Estudo

A escolha da(s) cepa(s) probiótica(s) é fundamental no
planejamento de grandes ensaios clínicos;

A lógica é escolher cepas que foram relatados serem
seguras e eficazes em estudos anteriores para evitar NEC na
criança com baixo peso ao nascer; 3,41,42,56,57



São cepas com maior probabilidade de um resultado positivo;
Para a obtenção de evidências convincentes a fim de acarretar
em uma estratégia de gestão que seja localmente relevante;
Cuidado com armadilhas: embora os resultados do estudo
ProPrem sejam impressionantes para RN com baixo peso ao
nascer (1000-1500g), eles também indicam que a combinação de
cepas empregadas pode não ser a escolha ideal para um estudo
realizado em recém-nascidos de extremo baixo peso. 3
+
Desenho do Estudo

Para escolher cepas para um teste de prevenção de NEC em RN
de extremo baixo peso, a garantia da qualidade do produto
probiótico fornecido no mercado comercial é importante pois
as variações no processo de fabricação podem alterar as
atividades biológicas de cepas probióticas58;


Possível explicação para os resultados contraditórios entre 2 estudos
de prevenção de eczema atópico (ambos empregando L. Rhamnosus
GG).
A escolha do formato do produto (em pó seco, comprimidos,
líquidos prontos para usar) e medidas de armazenamento
(temperatura ambiente ou refrigerado) também são importantes
na manutenção da viabilidade das bactérias probióticas;

Nos EUA esta regulamentação é seguida pois os suplementos
alimentares são registrados como medicamentos e não como
suplementos dietéticos.59
+
DISCUSSÃO

Os probióticos parecem promissores para o uso como estratégia
de prevenção para a NEC, mas ainda há dados insuficientes
para a recomendação geral do uso de probióticos na criança
extremo baixo peso;

Os autores defendem a realização nos EUA de estudos de alta
qualidade que confirmem a prevenção da NEC com o uso de
probióticos em RN de extremo baixo peso;


Baseado nos estudos dos EUA e Canadá os neonatologistas então
poderão mudar a prática clínica e melhorar os resultados de saúde
desses recém-nascidos vulneráveis.
É importante e também um pré-requisito para a introdução de
probióticos na UTIN na América do Norte: uma formulação com
base na qualidade do produto a partir de fontes seguras e
confiáveis do setor privado.
+
Referências
1. DeshpandeG,RaoS,PatoleS,BulsaraM.Updatedmeta-analysisofpro- biotics for preventing necrotizing
enterocolitis in preterm neonates. Pe- diatrics 2010;125:221-30.
2. Wang Q, Dong J, Zhu Y. Probiotic supplement reduces risk of necro- tizing enterocolitis and mortality in
preterm very low-birth-weight in- fants: an updated meta-analysis of 20 randomized, controlled trials. J
Pediatr Surg 2012;47:241-8.
3. Jacobs SE, Tobin JM, Opie GF, Donath S, Tabrizi SN, Pirotta M, et al. Probiotic effects on late-onset sepsis
in very preterm infants: a random- ized controlled trial. Pediatrics 2013;132:1055-62.
4. Ofek Shlomai N, Deshpande G, Rao S, Patole S. Probiotics for preterm neonates: what will it take to
change clinical practice? Neonatology 2013; 105:64-70.
5. Shane AL, Deshpande GC, Merenstein D. Improved neonatal outcomes with probiotics. JAMA Pediatr
2013;167:885-6.
6. Mihatsch WA, Braegger CP, Decsi T, Kolacek S, Lanzinger H, Mayer B, et al. Critical systematic review of
the level of evidence for routine use of probiotics for reduction of mortality and prevention of necrotizing
enterocolitis and sepsis in preterm infants. Clin Nutr 2012;31:6-15.
7. Bell MJ, Ternberg JL, Feigin RD, Keating JP, Marshall R, Barton L, et al. Neonatal necrotizing enterocolitis.
Therapeutic decisions based upon clinical staging. Ann Surg 1978;187:1-7.
8. Guillet R, Stoll BJ, Cotten CM, Gantz M, McDonald S, Poole WK, et al. Association of H2-blocker therapy
and higher incidence of necrotizing enterocolitis in very low birth weight infants. Pediatrics 2006;117:
e137-42.
9. Cristofalo EA, Schanler RJ, Blanco CL, Sullivan S, Trawoeger R, Kiechl- Kohlendorfer U, et al.
Randomized trial of exclusive human milk versus preterm formula diets in extremely premature infants. J
Pediatr 2013; 163:1592-5.e1.
+
Referências
10. Lin PW, Stoll BJ. Necrotising enterocolitis. Lancet 2006;368:1271-83.
11. Bisquera JA, Cooper TR, Berseth CL. Impact of necrotizing enterocolitis on length of stay and hospital
charges in very low birth weight infants. Pediatrics 2002;109:423-8.
12. Neu J, Walker WA. Necrotizing enterocolitis. N Engl J Med 2011;364: 255-64.
13. Kelly D, Campbell JI, King TP, Grant G, Jansson EA, Coutts AG, et al. Commensal anaerobic gut
bacteria attenuate inflammation by regulating nuclear-cytoplasmic shuttling of PPAR-gamma and RelA.
Nat Immunol 2004;5:104-12.
14. Collier-Hyams LS, Neish AS. Innate immune relationship between commensal flora and the
mammalian intestinal epithelium. Cell Mol Life Sci 2005;62:1339-48.
15. Alexander VN, Northrup V, Bizzarro MJ. Antibiotic exposure in the newborn intensive care unit and the
risk of necrotizing enterocolitis. J Pediatr 2011;159:392-7.
16. McGuire W, Anthony MY. Donor human milk versus formula for pre- venting necrotising enterocolitis
in preterm infants: systematic review. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 2003;88:F11-4.
17. EXPRESS. Incidence of and risk factors for neonatal morbidity after active perinatal care: extremely
preterm infants study in Sweden (EXPRESS). Acta Paediatr 2010;99:978-92.
18. Swedish Neonatal Quality Register. Available at: http://www.snq.se/. Accessed June 10, 2014.
19. FAO/WHO. Guidelines for the evaluation of probiotics in food. Report of a joint FAO/WHO working
group on drafting guidelines for the eval-uation of probiotics in food. London, Ontario, Canada: World
Health Organization; 2002.
20. Indrio F, Riezzo G, Raimondi F, Bisceglia M, Cavallo L, Francavilla R. The effects of probiotics on
feeding tolerance, bowel habits, and gastrointestinal motility in preterm newborns. J Pediatr
2008;152:801-6.
+
Referências
21. utas Y, Soppi E, Korhonen H, Syvaoja EL, Saxelin M, Rokka T, et al. Suppression of lymphocyte
proliferation in vitro by bovine caseins hy- drolyzed with Lactobacillus casei GG-derived enzymes. J
Allergy Clin Immunol 1996;98:216-24.
22. Kunze WA, Mao YK, Wang B, Huizinga JD, Ma X, Forsythe P, et al. Lactobacillus reuteri enhances
excitability of colonic AH neurons by in- hibiting calcium-dependent potassium channel opening. J Cell
Mol Med 2009;13:2261-70.
23. Verdu EF, Bercik P, Collins SM. Effect of probiotics on gastrointestinal function: evidence from animal
models. Therap Adv Gastroenterol 2009; 2:31-5.
24. Madsen K, Cornish A, Soper P, McKaigney C, Jijon H, Yachimec C, et al. Probiotic bacteria enhance
murine and human intestinal epithelial bar- rier function. Gastroenterology 2001;121:580-91.
25. Mangell P, Nejdfors P, Wang M, Ahrne S, Westro€m B, Thorlacius H, et al. Lactobacillus plantarum 299v
inhibits Escherichia coli-induced in- testinal permeability. Dig Dis Sci 2002;47:511-6.
26. Rosenfeldt V, Benfeldt E, Valerius NH, Paerregaard A, Michaelsen KF. Effect of probiotics on
gastrointestinal symptoms and small intestinal permeability in children with atopic dermatitis. J Pediatr
2004;145: 612-6.
27. Viljanen M, Kuitinen M, Haahtela S, Juntunen-Backman K, Korpela R, Savilahti E. Probiotic effects on
faecal inflammatory markers and on fecal IgA in food allergic atopic eczema/dermatitis syndrome
infants. Pediatr Allergy Immunol 2005;16:65-71.
28. Mao Y, Yu JL, Ljungh #A, Molin G, Jeppsson B. Intestinal immune response to oral administration of
Lactobacillus reuteri R2LC, Lactoba- cillus plantarum DSM 9843, pectin and oatbase on methotrexateinduced enterocolitis in rats. Microb Ecology Health Dis 1996;9:261-70.
29. Jacobsen CN, Rosenfeldt Nielsen V, Hayford AE, Møller PL, Michaelsen KF, Paerregaard A, et al.
Screening of probiotic activities of forty-seven strains of Lactobacillus spp. by in vitro techniques and
evaluation of the colonization ability of five selected strains in humans. Appl Environ Microbiol
1999;65:4949-56.
+
Referências
30. Manzoni P, Mostert M, Leonessa ML, Priolo C, Farina D, Monetti C, et al. Oral supplementation with
Lactobacillus casei subspecies rhamnosus prevents enteric colonization by Candida species in preterm
neonates: a randomized study. Clin Infect Dis 2006;42:1735-42.
31. Chung TC, Axelsson L, Lindgren SE, Dobrogosz WJ. In vitro studies on reuterin synthesis by
Lactobacillus reuteri. Microb Ecology Health Dis 1989;2:137-44.
32. Kukkonen K, Nieminen T, Poussa T, Savilahti E, Kuitunen M. Effect of probiotics on vaccine antibody
responses in infancy—a randomized placebo-controlled double-blind trial. Pediatr Allergy Immunol
2006; 17:416-21.
33. Allen SJ, Okoko B, Martinez E, Gregorio G, Dans LF. Probiotics for treating infectious diarrhoea.
Cochrane Database Syst Rev 2004;CD003048.
34. Kwon HK, Lee CG, So JS, Chae CS, Hwang JS, Sahoo A, et al. Generation of regulatory dendritic cells
and CD4+Foxp3+ T cells by probiotics administration suppresses immune disorders. Proc Natl Acad Sci U
S A 2010;107:2159-64.
35. Rachmilewitz D, Katakura K, Karmeli F, Hayashi T, Reinus C, Rudensky B, et al. Toll-like receptor 9
signaling mediates the anti- inflammatory effects of probiotics in murine experimental colitis.
Gastroenterology 2004;126:520-8.
36. Rouge C, Piloquet H, Butel MJ, Berger B, Rochat F, Ferraris L, et al. Oral supplementation with
probiotics in very-low-birth-weight preterm in- fants: a randomized, double-blind, placebo-controlled
trial. Am J Clin Nutr 2009;89:1828-35.
37. Hougee S, Vriesema AJ, Wijering SC, Knippels LM, Folkerts G, Nijkamp FP, et al. Oral treatment with
probiotics red uces allergic symp- toms in ovalbumin-sensitized mice: a bacterial strain comparative
study. Int Arch Allergy Immunol 2010;151:107-17.
38. Ismail IH, Licciardi PV, Tang ML. Probiotic effects in allergic disease. J Paediatr Child Health
2013;49:709-15.
+
Referências
39. Kalliom€aki M, Salminen SJ, Arvilommi H, Kero P, Koskinen P, Isolauri E. Probiotics in primary
prevention of atopic disease: a rando- mised placebo-controlled trial. Lancet 2001;357:1076-9.
40. Kopp MV, Hennemuth I, Heinzmann A, Urbanek R. Randomized, double-blind, placebo-controlled trial
of probiotics for primary prevention: no clinical effects of Lactobacillus GG supplementation. Pediatrics
2008;121:e850-6.
41. Bin-Nun A, Bromiker R, Wilschanski M, Kaplan M, Rudensky B, Caplan M, et al. Oral probiotics prevent
necrotizing enterocolitis in very low birth weight neonates. J Pediatr 2005;147:192-6.
42. Lin HC, Hsu CH, Chen HL, Chung MY, Hsu JF, Lien RI, et al. Oral pro- biotics prevent necrotizing
enterocolitis in very low birth weight preterm infants: a multicenter, randomized, controlled trial.
Pediatrics 2008;122: 693-700.
43. Jenke A, Ruf EM, Hoppe T, Heldmann M, Wirth S. Bifidobacterium sep- ticaemia in an extremely lowbirthweight infant under probiotic ther- apy. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 2012;97:F217-8.
44. Salminen MK, Rautelin H, Tynkkynen S, Poussa T, Saxelin M, Valtonen V, et al. Lactobacillus bacteremia,
clinical significance, and patient outcome, with special focus on probiotic L. rhamnosus GG. Clin Infect
Dis 2004;38:62-9.
45. de Groote MA, Frank DN, Dowell E, Glode MP, Pace NR. Lactobacillus rhamnosus GG bacteremia
associated with probiotic use in a child with short gut syndrome. Pediatr Infect Dis J 2005;24:278-80.
46. Besselink MG, van Santvoort HC, Buskens E, Boermeester MA, van Goor H, Timmerman HM, et al.
Probiotic prophylaxis in predicted severe acute pancreatitis: a randomised, double-blind, placebocontrolled trial. Lancet 2008;371:651-9.
47. Timmerman HM, Niers LE, Ridwan BU, Koning CJ, Mulder L, Akkermans LM, et al. Design of a
multispecies probiotic mixture to pre- vent infectious complications in critically ill patients. Clin Nutr
2007;26: 450-9.
+
Referentes
48. Ridwan BU, Koning CJ, Besselink MG, Timmerman HM, Brouwer EC, Verhoef J, et al. Antimicrobial
activity of a multispecies probiotic (Ecologic 641) against pathogens isolated from infected pancreatic necrosis. Lett Appl Microbiol 2008;46:61-7.
49. Olah A, Belagyi T, Poto L, Romics L Jr, Bengmark S. Synbiotic control of inflammation and infection in
severe acute pancreatitis: a prospective, randomized, double blind study. Hepatogastroenterology
2007;54: 590-4.
50. Hunter C, Dimaguila MA, Gal P, Wimmer JE Jr, Ransom JL, Carlos RQ, et al. Effect of routine probiotic,
Lactobacillus reuteri DSM 17938, use on rates of necrotizing enterocolitis in neonates with birthweight
<1000 grams: a sequential analysis. BMC Pediatr 2012;12:142.
51. Janvier A, Malo J, Barrington KJ. Cohort study of probiotics in a North American neonatal intensive
care unit. J Pediatr 2014;164:980-5.
52. Wickens K, Black PN, Stanley TV, Mitchell E, Fitzharris P, Tannock GW, et al. A differential effect of 2
probiotics in the prevention of eczema and atopy: a double-blind, randomized, placebo-controlled trial. J
Allergy Clin Immunol 2008;122:788-94.
53. Oncel MY, Sari FN, Arayici S, Guzoglu N, Erdeve O, Uras N, et al. Lactobacillus Reuteri for the
prevention of necrotising enterocolitis in very low birthweight infants: a randomised controlled trial. Arch
Dis Child Fetal Neonatal Ed 2014;99:F110-5.
54. Jansen JP, Fleurence R, Devine B, Itzler R, Barrett A, Hawkins N, et al. Interpreting indirect treatment
comparisons and network meta- analysis for health-care decision making: report of the ISPOR Task Force
on Indirect Treatment Comparisons Good Research Practices: part 1. Value Health 2011;14:417-28.
55. Hoaglin DC, Hawkins N, Jansen JP, Scott DA, Itzler R, Cappelleri JC, et al. Conducting indirecttreatment-comparison and network-meta- analysis studies: report of the ISPOR Task Force on Indirect
Treatment Comparisons Good Research Practices: part 2. Value Health 2011;14: 429-37.
+
Referências
56. Lin HC, Su BH, Chen AC, Lin TW, Tsai CH, Yeh TF, et al. Oral probi- otics reduce the
incidence and severity of necrotizing enterocolitis in very low birth weight infants.
Pediatrics 2005;115:1-4.
57. Samanta M, Sarkar M, Ghosh P, Ghosh J, Sinha M, Chatterjee S. Prophy- lactic probiotics
for prevention of necrotizing enterocolitis in very low birth weight newborns. J Trop
Pediatr 2009;55:128-31.
58. Grzeskowiak L, Isolauri E, Salminen S, Gueimonde M. Manufacturing process
influences properties of probiotic bacteria. Br J Nutr 2011;105: 887-94.
59. Degnan FH. The US Food and Drug Administration and probiotics: regulatory
categorization. Clin Infect Dis 2008;46(Suppl 2):S133-6. discus- sion S44-51.
+
Consultem também!
Encontro em Fortaleza (CE): Enterocolite necrosante e
probióticos. É hora de mudar?
Autor(es): Paulo R. Margotto

Não temos usado probióticos nos recém-nascidos pré-termos de risco para
enterocolite necrosante, tal como a expressiva maioria dos Centros
Neonatais do Brasil, apesar dos resultados favoráveis das metanálises.
Acreditamos que seria inoportuno comparar o uso de probióticos a
estratégias solidamente estabelecidas como o uso de surfactante e
corticosteróides antenatais,como proposto pelo australiano TarnowMordi W em recente Editorial publicado online no Journal of Pediatrics
(2014).Ainda há incertezas não totalmente resolvidas, como:clareza nas
preparações dos probióticos, diversas espécies com diferentes efeitos,
dosagem, vivos ou atenuados, falta de regulação federal dos probióticos
como aditivos alimentares, número insuficiente de recém-nascidos<1000g
para a avaliação (maior risco de enterocolite necrosante), menor taxa de uso
de leite humano nos estudos e o desconhecimento de efeitos a longo prazo
da alteração da microbiota intestinal.

Usamos precocemente na nossa Unidade colostro e leite da própria mãe o
mais precoce possível para estes recém-nascidos de risco, evidência sólida
de que estamos promovendo o crescimento das bifidobactérias (inibe o
crescimento de coliformes e outros organismos potencialmente
patogênicos). A administração de probióticos nesses pacientes pode
influenciar a longo prazo o padrão bacteriano.
+
Muito mais precisa ser aprendido
sobre a flora intestinal e suas
interações com o desenvolvimento
do trato intestinal antes de
podermos rotineiramente
manipular o
ecossistema microbiano intestinal.
Após estes esclarecimentos, no
futuro talvez venhamos usar
Neu,J, 2014
probióticos!
+
OBRIGADO!
Ddas Raquel, Marina,Rebeca Anita e Dr. Paulo R. Margotto
Escola de Medicina da Universidade Católica de Brasília
Download

The Time for a Confirmative Necrotizing Enterocolitis Probiotics