Sobre a revalida@o do genero Taeniorhynchus
F. Lch. A.
(Diptera: Culicidae)
pelo
DR.
A. da COSTA
LIMA
-
Reimpresso das MEMORIAS DO INSTITUTO
Tom0 XXIII-Fast.
2-Fevereiro,
RIO
Typ.
do
OSWALD0
1930.
DE JANEIRO
Instituto
Oswald0
1930
Cruz
CRUZ
Sobre a revalida@o do genero Taeniorhynchus
F. Lch. A.
(Diptera: Culicidae)
pelo
DR.
A. da COSTA
LIMA
C
Felix Lynch Arribalzaga em 1891
fundou Q genera Tueniorhynchzrs. Como
habitualmente fazia, depois de apresentar a diagnose generica, sem designar uefinitivamente qua1 o genotypo, descreveu
coma pertencentes ao referido genero,
tws especies : T. taeniorhynchzzs (Wied.)
F. Lch. A., T. confinis, n. sp., e T. fusciolatzzs, n. sp.
corn o C. sollicituns Walk., 1856. Coma.
entretanto, foi reconhecido ulteriormentc
que C. titillans e C. solliciians So especies distinctas e completamcnte differentes de C. taeniorhynchus, procurou-se
saber qua1 desses 3 mosquitos seria o
Taeniorhynchus
taeniorh ynchus,
que
Lynch tivera em maos, ao fundamentar
o seu genero Taeniorhynchus.
Nestas condi@es, ao se averiguar
tres especies deva ser considcrada o typo do genero, nao se pode, no
case apresentadu, deixar de seguir
o
disposto na alinea d do art. 30 das Regras Internacionaes
de Nomenclatura
Zoologica, que dispGe o seguinte:
Theobald,
em
sua Monographia
(1901 (2) : 178), depois de ter comparado
a descripqfio original de T. taeniorll!ynohzzs
corn o typo de C. titillans, concluio pela
identidade dos 2 mosquitos. Assim, scgundo Theobald, e, a&is, tambem julgado par F. Lynch, T. tueniorhynchus
F. Lch. A. dereria ser o Culez titillans
Walk. e &to o C. taeniorhynchzrs Wied.,
nem tie pouco o C. so!Zicitans Walk.,
ambos pertencentes ao genero
A&Z’rs,
corn0 se verificou posteriormente.
quaidas
&e um genero, sem typo originalmente designado ou indicado, contern, entre as was especies originaes,
uma que tenha nome especifico ou
sub-especifico, seja elle valid0 ou urn
synonymo, igual a0 nome generico,
essa especie ou subespecie torna-se,
ipso facto, typo do generoB. (Typo
par absoluta tantonymia).
De accord0 corn essa disposi$o
o
typo generico de Taeniorhynchus F. Lch.
A. deveria ser a especie que elle considerou corn.0 sendo o Culex taenhrhynthus. Wied., 1821 (=C. damnosus Say,
1823). F. Lynch, porem, identificou-a
tambem corn o C. tiiillans Walk., 1848 e
Consequentemente, a0 fixar-se 0 typo
de Taeniorhynchzrs, dever-se-ia ter adoptado o CuZex iitillans Walk (=T. taeniorhynchus F. Lch. A., net Wied.).
N%o se comprehende porque Theobald, que estabeleceu a identidade de
T. taeniorhynchus corn C. tifillans, tenha
creado para este ultimo urn novo genero
(Punoplites, Monogr. (2) : 173)) man tendo,
entretanto, o genero Taeniorhynchus para
o T. fasciolafus, a 3a especie descripta
por F. Lynch.
105
Memorias do Institute Oswaldo Cruz
Howard, Dyar e Knab, em sua rmOnumental obra sobre mosquitos, fixaram,
par tautonymia, o Culex faeniorh!ynchzrs
WM., typo de Tueniorh ynchus, dismdo,
a&n,
este genero na synonymia de
AEdes e considerando Man&ku
Blanchard, 1901 (que substituira Panoplit’es
Theob., n. preoccupado), coma o nome
generico que se deve dar a titillans e
especies affins.
Assim wlvendo,
OS referidos auctores americanos provavelmente se basearam na alinea d (I) do art. 30 das ReSTas de Nomenclatura :
<Quando na publicalSo original
de urn genera, uma das espccies 6
definitivamente designada typo, esta
especie deve ser acceita coma typo,
sem se levar em conta quaesquer
outras considera@esn.
Tal regra, porem, coma hem pondew Petrucchi (1925), n&o pode absolutamente ser applicada ao case, pois F.
Lynch zGo designou definitivamente T.
faeniorhynchks coma especie typo do genero.
Diz Petrocchi o seguinte:
Es este, sin embargo, un case
especial en que no puede aplicarse
dicha regla.
(a). En primer lugar porque
Lynch no menciona al T. kn’nrhynthus coma tipo en su g&nero; aunque
es cierto que esto se induce d? todns
las razones que he sefialado (y en lo
que se apoya precisamente la opini6n de que Theobald no debia haber fundado otro g6nero con esa esp&e). Pero existiendo la declaraci6n dSel autor, siempre queda una
duda y no se puede aplicar una ley
que se refiere a especie definifivamente designada coma fipo por cl
a&or, cuando no lo es. En este case
se trata de una especie que &be ser
considerada tipo por varias razones,
XXIII,
2
o supuestu tipo.-(b). Esta supuesta
especie tipo, Taeniorhynchus taeniorhyqchus, wee- Lynch que es el
C&x taeniorhynchus de Wiedemann,
pero tambi6n tree que es el mismo
Culex fitillans de Walker, al que
cita en tercer lugar par la fecha en
que fu6 descripta. En realidad de la
primera toma el nombre (el anillo
claro en la trompa ha influido especialmente en el 6nimo de Lynch
ArribBlzaga) y de1 fitiZ2ans toma 10s
caracteres, puesto que son 10s de1
mosquito que tenia en sus manos.
Por consiguiente, si bien el Culez
faeniorhynchus (cuyo nombre toma,
por error) basa bajo AZdes?por otra
parte el Culex litiltans que wee wa
el mismo mosquito, queda corn0
Mansonia o c.~mo lheniorhynchus.
Todo esto hate que, en rigor,
no se pueda aplicar ese articulo sobre udesignaci6n de la espwie tipo
de urn g&eroD, aI case de1 Taeniorhynchtrs F. Lynch Arrib.
NSo obstante OS au&ores europeos
e argentinos, em sua maioria, considernrem valid0 Taeniorh ynchus, corn’titillans
Walk. coma genotypo, OS especialistas
americanos, em geral, considtrando Taeniorhynchzzs Wied especie typo de Taeniorhynchzzs, incluem este nome na synonymia de Ae”dese adoptam Mansonizi
para designar fitillans, a especie quc servira para F. Lynch fundamentar o seu
genero.
Examinada a questfio corn tal aspecto r&o seria possivel chegar-se a urn
ace&do definitivo sem que a mesma
fosse solucionada pcla Commiss8o International de Nomenclatura Zoologica.
Ha, porkm, uma circumstancia que
at6 agora tern passado inteiramentc desapercebida. Brethes (1925), revendo a
queslao da prioridade de Taeniorhynchus
sobre MaRSORia,
chegou a uma verifichgo interessantissima. Tendo exnminado
OS typos de F. Lynch de T. faeniorhyn-
SFev., 1930
Costa Lima: Genero Taeniorhynchus
thus e outros exemplares, evidentemente
da mesma especie, apanhados na regi%o
topotypica, onde, Segundo elle, tie existe
outra especie, verificou que aquelles tie
s%o identicos a0 C. fifillans Walk., coma
ate e&to se acreditava.
De facto, o aspect0 da terminalia
dos machos de taes typos e exemplares
e? eomo elle observou e coma se pode
ver na figura que apresentou (pg. 217,
fig. 9) inteiramente differente do que se
ve na terminaha de fitillans. Dahi elle
se julgar autorizado a retirar T. faenisc
rhynchus da synonymia de fitillans: reconhecendo-o uma b6a especie, corn o
nome: Taeniorhynchus faeniorhynchus F.
Lch. A. (net C. faeniorhynchus Wied.,
net. C. iitillans Walk.).
Em uma nota publicada ultimamente
(1929) tive o ensejo de, pela primeira
vez? apresentar uma photomicrographi&
e algnns desenhos da terminalia de pseudoiifillans Theob.. Ora, quem comparar
a alludida figura de Brethes corn essa
photomicrographia, vera que ambas representam a mesma estructura.
Sabendo-se que pseudofitillans B uma
especie que difffcibmente se distingue de
Pitiltans, 6 natural que F. Lynch. Arribalzaga tenha supposto tratar-se desta
ultima especie, quando na realidade ellc
teve em m?ios uma nova especie, conforme se deprehende do trabalho
de
Brethes.
Em consequencia da verificaeo de
Brethes, completada pela que fiz na nuta
ha puce
citada, a quest& muda inteiramenle do aspecto. 0 nome taeniorhynthus F. Lch. A. deve ser considerado valido, par ter prioridade sobre pseudotitil-
107
Zans Theob., ficando a especie estudada
e bem descripta por F. Lch. Arribalzaga
corn as seguintes notafles:
TaeniorhynchustaeniorhynchusI?. Lch. A.,
1891.
/net. CuZex faeniorhynchus
Wied.,
1821; net. CuZex titillans Walk.,
1848; net. CuZex sollicitans Walk;
1856).
=PanopZiies
pseudotiiillans
Theob.,
1901.
=Mansonia
pseudutifiZlans
!Theob.,
,
1901) Blanch., 1905.
Sendo esta especie Q genotype de
segue-se que este genero tie pode deixar de ser tambem vaIido, tend0 prioridade sobre Mansonia.
A serem admittidas definitivamente
as considera@es que acabo de expbr,
conservar-se-8 o genero Taeniorh ynchus,
subdividido em 3 subgeneros:
l’aeniorhynchus,
TaeniorhyeohnsF. Lch. A., 1891 (typo: T. taeniorhynchus F. Lch. A.,
1891) ;
Rhgnchotaenia
Brethes, 1910 (typo :
T. fasciolafus F. Lch. A., 1891) e
Coqnilletifdia
Dpr, 1905 (typ : r CuZex
perfurbans
Walk., 1856).
Quanto ao CnZex faeniwluynchus
Wied., considerado pelos autores americanos corn genotype do subgenero Taeniorhynchus T. Lch Arrib., do genero
Ae”des, voltar& a ser especie typo
de
Culicelsa Felt, 190-i, nome que sera revalidado eomo subgenero de Aedes, em
substitui@o a Tneniorhynchrrs.
XXIII,
2
Bibliographia
ARRIBALZAGA, F. L. 1891.-DipteroI@ia argentina. Sep. da Rev. Mus. La Plats
c
(I): 345 e seguintes \, 47-52.
BRETHES, J. 1916.-Algumas notas sobre mosquitos argentinos. Ann. Mus. Nat.
Hist. Nat. Buenos Aires (28) : 215-217.
COSTA LIMA, A. DA, 1929.-Sohe
algumas especies de Mansonia encontradasnx,
Bras% Inst. Osw. Cruz., Suppl. Mem. (12), 31 dez. : 297-300,
3 figs.
PETROCCHI, J. 1925.-Contribucih
al estudio de Ios Culicinue en la Rep. Argentina. Rev. Inst. Bact., Dept. Nat. Hig. (4) : 98-104.
Typ. do Instituto Oswald0 Cruz -
Rio de Janeiro -
Brasil.
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Sobre a revalidaqao do genero Taeniorhynchus
F. Lch. A.
(Diptera: Culicidae)
pelo
DR.
A. da COSTA
LIMA
Reimpresso das MEMORIAS DO INSTITUTO
Tome XXIII-Fast.
2-Fevereiro,
OSWALD0
1930.
RIO DE JANEIRO
Typ.
do Instituto
Oswald0
1930
Cruz
CRUZ
Sobre a revalida@io do genero Taeniorhynchus
F. Lch. A,
(Diptera: Culicidae)
pelo
DR.
A. da COSTA
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Felix Lynch Arribalzaga em 1891
fundou o genera Taeniorhynchrrs. Como
habitualmente fazia, depois de apresentar a diagnose generica, sem designar ctefinitivamente qua1 o genotypo, descreveu
coma pertencentes ao referido genero,
tres especies: T. taeniorhynchus (X’ied.)
F. Lch. A., T. confinis, IL sp., e T. fasciolafus, n. sp.
Nestas condi@es, ao se averiguar
quai das tres especies deva ser consid?rada o typo ds genero, ngo se pode, no
case apresentado, deixar de scguir o
disposto na alinea d do art. 30 das Regras Internacionaes de Nomenclalur;~
Zoologica, que disp& o seguinte:
((Se urn genero, sem typo originalmente designado ou indicati, contern, entre as suas especies originacs,
uma que tenha nome especifico ou
sub-especifico, seja elle valid0 ou urn
synonymo, igual a0 nome generico,
essa especie ou subespecie torna-se,
ipso facto, typo do generoB. (Typo
por absoluta tantonymia).
De accord0 corn essa disposi#o o
typo generic0 de Taeniorhynchus F. Lch.
A. deveria ser a especie que elle considerou coma sendo o Culez taeni.whyn_
thus Wied., 1821 [=C. damnosus Say,
1823). F. Lynch, porem, identificou-a
tambem corn o C. fitillans Walk., 1848 e
LIMA
corn Q C. sollicitans Walk., 1856. Como,
entretanto, foi reconhecido ulteriormentc
que C. titillans e C. solliciians ~50 especies distinclas e completamentc diffcrentes de C. faeniorhynchus, procurou-sc
saber qua1 desses 3 mosquitos seria o
Taeniorhynchus
taeniorhynchus,
q!:e
Lynch tivera em m%os, ao fundamentat
o seu genero Taeniorhynchus.
Theobald,
em sna Monographin
(1901 (2) : 178’), depois de ter comp:u-ado
a [email protected] de T. taeniorl:ynchus
corn 0 typo de C. fifillans, concluio pcl:l
identidade dos 2 mosquitos. Assim, segundo Theobald, e, al&s, tambem julgado por F. Lynch, T. faeniorh!ynchus
F. Lch. A. deveria ser o Culex ZitiUans
Walk. e n%o o C. taeniorhynchus Wied.,
nem tie pouco o C. so!Zicifans Walk.,
ambos pertencentes ao genero Ai;drs,
corn0 se verificou posteriormentc.
Consequentemente, a0 fixar-se 0 typo
de Taeniorhynchrts, dever-se-ia ter adoptado o Clrlex fitillans Walk (=T. taeniorhynchus F. Lch. A., net Wied.).
NIIo se comprehende porque Tbeobald, que estabeleceu a identidadc de
T. taeniorhynchus corn C. titillans, tenha
creado para este ultimo urn novo gencro
(Panoplifes, Monogr. (2) : 173)) mantendo,
entretanto, o genero Taeniorhynchus para
o T. fasciolatus, a 3a especie descripta
por F. Lynch.
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Memorias do lnsfitufo
Howard, Dyar e Knab, em sua monumental obra sobre mosquitos, fixaram,
par tautonymia, 0 Culex faenio;hgnchns
Wed., typo de Taeniorh ynchus, dispondo,
assim, este genero na syncmymia de
Ai;des e considerando Mansonia
Blanchard, 1901 (que substituira Panoplites
Theob., n. preoccupado), coma o nome
generic0 que se de\-e dar a t:iiZZans e
especies af f ins.
Assim resolvendo, OS referidos auctores americanos provavelmente se basearam na alinea & (I) do art. 30 das Regras de Xomenclatura :
((Quando na publica@o original
de urn genera! uma das especies 6
definitivamente desjgnada typo, c~ln
especie deve ser acceita corn0 typo.
sem se Ievar em conta quaesquer
outras considera@es)).
Tal regra, porem, coma bem ponderou Petrocchi (1925), n&o pode absolutamente ser applicada ao case, pois F.
Lynch na”o designou definitivamente T.
taeniorhynchzrs coma espec;e typo do genero.
Diz Petrocchi 0 seguinte:
Es este, sin embargo, un case
especial en que no puede aplicarse
tlicha regla.
(a). En primer lugar porque
Lynch 110menciona al T. tx~z’orhynchzrs coma tipo en su gbnero; aunqLw
cs cierto quc esto se induce dc tod:ls
las razones qlie he sefiialndo iy c’n lo
que se apoya precisamente la opini6n de que Theobald no debi: hnber fundado otro genera con esa cspecie). Pero existiendo la clcclaraci6n del autor, siempre queda una
duda y no se puede aplicar una Icy
que se refiere a especie dejinitirlamenie designada coma f;po par el
a&or, czrando no lo es. En este case
se trata de una cspecie que debe ser
considerada tipo par varias razones,
Oswaldo Cruz
XXIII,
2
0 supuesta tipo.- (b). Esta supuesta
especie tipo, Taeniorhynchrrs taeniorhynchus, tree Lynch que es el
C&x taeniorhynchus de Wiedemann,
per0 tambien tree que es cl misrno
Cuiex titillans de Walker,
al quc
cita en tercer lugar por la fecha en
que fu6 descripta. En realidad de la
primera toma el nombrc (el anillo
claro en la trompa ba influido especialmente en el gnimo de Lynch
ArribBlzaga) y de1 titillans toma 10s
caracteres, puesto quc son 10s de1
mosquito que tenia en sus manes.
Por consiguiente, si bien cl C&em
taeniorh ynchrrs (cuyo
nombre toma,
par error) basa !)ajo At;des. por otra
parie el Czzlex lifillans quc wee sua
el mismo mosquito, queda corn0
Slansonia o coma Taeniorh ynchus.
Todo esto hate que, en rigor,
no se pueda aplicar ese articulo sobre fcclesignacl6nde la cspccie tipo
de urn genera)). al case de1 Taeniorhynchzrs F. Lynch .irrib.
X0
obstante OS auctores curopeos
e argentinos, em sua maiorin, consider:trem valid0 Taeniorh~ynchrrs, corn t;filZans
Walk. coma genotypo, OS especialistas
americanos, em geral, cons:tlcrando TUCniorhynchzrs Wied esptcie typo dc Taeniorh!ynchrrs, incluem cstc iiome na synonymia de Ai;des e adoptam Xansonic2
para designar fitilluns, a especie quc servira para F. Lynch fundament;ir 0 scu
genera.
Examinada a questgo rorn trill :\specto 1130 scria possivel clicgar-se a urn
accardo definitive sem qw a mcsma
fosse solucionada pela (:ommissao Intcrnational de Xomcnclatura Zoologiw.
Ha, porkm, uma circuimstancia que
ate agora tern passado inlciramcntc dcsapcrcebida. BrGthes (1925), revcndo a
questso da prioridade de Taerzlorhynclrzzs
sobre Mansonia, chegou a uma verifich@o interessantissima. Tendo cxaminado
OS typos de F. Lynch de T. taeniorhyn-
5
Fev., 1930
%.
Costa Lima:
Genero Taeniorh!ynchus
107
thus e outros exemplares, evidentemente
Zans Theob., ficando a especie estudada
da mesma especie, apanhados na regiao
topotypica, onde, Segundo elle, n%o existe
outra especie, verificou que aquelles nzio
sgo identicos ao C. tifillans Walk., coma
ate en&o se acreditava.
De facto, o asp&o da terminalia
dos machos de taes typos e exemplares
6. coma elle observou e coma se pode
ver na figura que apresentou (pg. 217,
fig. 9) inteiramente differente do cpe se
v& na terminalia de tifillans. Dahi elle
se juIgar autorizado a retirar T. taeniorhynchus da synonymia de fifillans, Rconhecendo-o uma b8a especie, corn o
nome: Tueniorhynchus taeniorhynchus F.
Lch. A. (net C. faeniorhgnchus Wied.,
net. C. titillans Walk.).
Em uma nota publicada ultimamente
(1929) tive o ensejo de, pela primeira
vez, apresentar uma photomicrographi<k
e alguns desenhos da terminalia de pseudotitilluns Theob.. Ora, quem compwar
a alludida figura de BrGthes corn esss
photomicrographia, vera que ambas representam a mesma estructura.
Sabendo-se que pseudofitillans 6 uma
especie que. difficilmente se distingue de
fitillans, 6 natural que F. Lynch. Arribalzaga tenha supposto tratar-se desta
ultima especie, quando na realidade ellc
teve em m%os uma nova especie, conforme se deprehende do Lrabalho de
BrGthes.
Em consequencia da verifica@o de
Britthes, completada pela que fiz na nota
ha potleo citada, a quest.80 muda inleiramente do aspecto. 0 nome faeniorhynthus F. Lch. A. deve ser considerado valido, par ter prioridade sobre pserldofifil-
e bem descripta por F. Lch. Arribalzaga
corn as seguintes notafles:
TaeniorhynchustaeniorhywhusF. Lch. A.,
1891.
(net. C:rrZe.z:taeniorhynchus
WM.,
1821; net. CuZex tifillans Walk.,
. 1848; net. CllZex sollicifuns Walk;
1856).
=YanopZites
pserrdofifillans Theob.,
1901.
=Mansonia
pseudotitillans
(Theob.,
1901) Blanch., 1905.
Sendo esta especic o genolypo de
segue-se que cste genero tie pode deixar de ser tambem valido, tendo prioridade sobre Mansonia.
A serem admittidas definitivamente
as consiclera@es que acabo de exp6r,
conservar-se-8 o genera Taeniorhynchus,
subdividido em 3 subgeneros:
l’aeniorhynchrrs,
?‘aeniorhynchusI;. Lch. A., 1891 (typo: T. faeniorhynchus F. Lch. A.,
1891) ;
Rhynchotaenia BrPthes, 1910 (typo :
T. fasciolutus F. Lch. A., 1891) e
GoquIllettidia Dyar, 1905 (typo : . CUZ~X
perturbans Walk., 1856).
Quanto ao Culex laeniwh!ynchus
Wied., considerado pelos autores americanos corn genotypo do subgenero Taeniorhynchus T. Lch. ,irrib., do genero
Agdes, voltarg a ser especie typo
de
CuZiceZsu Felt, 1904, nome que sera revalidado coma subgenero de .IEdes, em
suhstitui@o a l’(leniorhynchus.
108
Memorias do Institufr, Oswatdo Cruz
XXIII,
Bibliographia
argentina. Sep. da Rev. Mus. La Plats
(I): 345 e seguintes 1, 47-52.
BRETHES,
J. 1916.-Algumas notas sobre mosquitos argentinos. Ann. Mus. Nat.
Hist. Nat. Buenos Aires (28): 215-217.
COSTA LIMA. A. DA, 1929.-Sohre alguqas especies de Jfansonia encontradasno
Bras% Inst. Osw. Cruz., Suppl. Mem. (12)? 31 dez.: 297-300,
3 figs.
PETROCCHI, J. 1925.-Contribuci6n
al estudio de 10s Culicinae en la Rep. Argentina. Rev. Inst. Bact., Dept. Nat. Hig. (4) : 98-104.
ARRIBALZAGA,
F. L. 1891.-Dipterologia
Typ. do Instituto Oswald0 Cruz -
. =
RIO de Janeiro -
Brasil.
2
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