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conceitos
Pós Design UFSC - 2011 EGR CCE Interfaces Gráficas Profa. Berenice Gonçalves, Dra.
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Interfaces: o entendimento de Bonsiepe
Para Bonsiepe, o design é o elo de ligação entre as ciências de
desenvolvimento de produtos e as ciências humanas que tratam o usuário.
ARTES PLASTICAS
ARQUITETURA
TI-DESENVOLVIMENTO
DE SISTEMAS
INTERATIVOS
Design
ENGENHARIAS
CIÊNCIAS
HUMANAS
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Interfaces: o entendimento de Bonsipe
À engenharia, por exemplo, cabe desenvolver tecnologias, trabalhar sobre
o maquinário. Cada área atua em uma parte deste complexo sistema de
consumo.
O design tem sua ação bem definida, bem como as outras áreas, mas nem
sempre lhe é concebida a verdadeira função.
Ao design cabe estudar o objeto e o usuário, para adaptar aquele às
características físicas e cognitivas deste.
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Para Bonsipe (1997), no contexto do design, independentemente do
suporte, identifica-se um diagrama ontológico que envolve três domínios:
1º domínio: usuário que quer realizar uma ação;
2º domínio: tarefa que o usuário quer cumprir;
3º domínio: ferramenta/informação que o usuário precisa para realizar
a ação
Esses três domínios têm um mediador que é a interface espaço aonde se
estrutura a interação entre corpo, ferramenta [objeto ou signo] e o objeto
da ação.
Para Bonsiepe, o design é o elo de ligação entre as ciências de
desenvolvimento de produtos e as ciências humanas que tratam o usuário.
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O diagrama ontológico do design
usuário
ação
interface
ferramenta
usuário ou agente social que quer realizar uma ação efetiva;
tarefa que o usuário quer cumprir, por ex. cortar pão, passar batom, escutar música
ou abrir um canal de dente;
ferramenta ou artefato que o usuário precisa para realizar a ação – uma faca, um
walkman, uma turbina de precisão.
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A interface como mediação
Temos que levar em conta que interface não é uma “coisa”, mas o espaço no
qual se estrutura a interação entre corpo, ferramenta (objeto ou signo) e
objetivo da ação.”
(...) a interface revela o caráter da ferramenta dos objetos e o conteúdo
comunicativo das informações. A interface transforma objetos em
produtos. A interface transforma sinais em informação interpretável. A
interface transforma a simples presença física em disponibilidade.
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A interface como mediação
É a interface que faz a mediação da interação entre o usuário e o objeto [material
ou imaterial] e ela deve "conversar" com o usuário mostrando a ele como interagir
com o objeto.
BONSIEPE, 1997, p. 10
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A interface como sistema
A definição de sistema é outro ponto fundamental para a compreensão geral
do que interface pode vir a significar para o design. O design trabalha
necessariamente sobre sistemas, ou seja, sobre as relações entre objetos,
seus atributos, sendo o usuário parte deste conjunto.
(...) um sistema é um conjunto de objetos com as relações entre os objetos e
entre seus atributos relacionados (uns com os outros e com o ambiente
deles de modo a formar um todo). Por conjunto entende-se qualquer
coleção bem definida de elementos ou objetos contidos dentro de um
quadro/marco referencial de discurso. Tal aspecto significa que deve ser
possível afirmar com segurança se um determinado objeto ou símbolo
pertence ao conjunto.
Moraes;Mont’Alvão, 2003.
Bonsiepe, 1997
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A interface como sistema
Objetos são os elementos do sistema.
Do ponto de vista estático, os objetos de um sistema seriam as partes que
formam o sistema.
Entretanto, a partir da visão funcional, os objetos do sistema são
as funções básicas desempenhadas pelas partes do sistema. Importam,
portanto, não as partes em si mas as funções das partes.
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A interface como espaço - lugar
A interface, justamente por não ser algo moldável, ou palpável, não é a
coisa em si, mas o espaço.
O termo “espaço” aqui é entendido como sinônimo de “lugar”,
(...) Nós naturalmente visualizamos uma interface como o lugar
onde ocorre o contato entre duas entidades. Quanto menos semelhantes
forem as entidades, mais óbvia se torna a necessidade de uma interface
bem projetada. Uma interface é a superfície de contato de algo. O mundo
é cheio delas.
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A interface como espaço - lugar
A maçaneta é uma interface entre a pessoa e a porta.(...) A forma da
interface reflete as qualidades físicas das partes para interação.(...)
BRENDA LAUREL,2001
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A interface como espaço intermediário
Para Laurel(2001), a interface (maçaneta) é o objeto que é intermediário
ao usuário e à porta. O usuário deseja realizar uma tarefa, abrir ou fechar a
porta, e a maçaneta é o mecanismo que permite que essa ação seja
efetivada.
No entanto, a maçaneta deve possuir características físicas tanto do
usuário quanto da porta.
Ou seja, mais do que um objeto entre dois outros, ela precisa possuir
características de ambas as partes para que a interação efetivamente
ocorra, além de necessariamente levar em consideração quem faz a ação e
quem é o “agente passivo” da mesma.
Ao atribuir ao objeto em si “maçaneta” a responsabilidade de ser a
interface entre duas partes da interação, Laurel atribui à “interface” as
características da maçaneta. A interface passa a ser o objeto
intermediário.
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A invisibilidade da interface
O meio digital apresenta uma outra especificidade. Ao contrário do que
muitos consideram, a interface digital não deve representar uma realidade
já existente, mas sim construir uma realidade.
Para o usuário não importa qual a realidade em que ele está “imerso”, o
que importa é que ele realize suas tarefas. É esta a idéia que defende
Donald Normam (1998).
O usuário e o computador são duas entidades muito distintas, então é
necessário um meio que possibilite a comunicação entre os dois pólos.
Normam (1998) simplifica a função do designer: ele deve trabalhar para
tornar a interface invisível para o usuário.
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Interface
Interface é a comunicação entre o ser humano e a máquina e/ou qualquer
superfície de contato, de tradução, de articulação entre duas realidades
diferentes. [LEVY,1999]
Bonsiepe [1997] afirma que interface no ambiente virtual tem como objetivo
mostrar ao usuário uma visão panorâmica das informações, permitir uma
navegação nos dados sem perder o rumo, isto é, possibilitar sua
movimentação no espaço informacional de acordo com seu interesse.
Johnson [2001] vê a interface como a representação que o computador faz
de si mesmo, numa linguagem compreensível, ao usuário.
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Interface como tradução
Interface como superfície de contato, de tradução , de articulação entre
dois espaços, duas espécies, duas ordens de realidade diferentes; de um
código para outro, do analógico para o digital, do mecânico para o humano.
Tudo aquilo que é tradução, transformação , passagem e da ordem da
interface. (Levy, 1993)
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Interface como filtro/tradução
A interface, ao cumprir o papel de filtro entre os humanos e o mundo
digitalizado, acaba se apresentando como uma espécie de tradutor,
mediando entre as duas partes, tornando uma sensível a outra (JOHNSON,
2001).
A relação governada pela interface é uma relação semântica, caracterizada
por significado e expressão, não por força física. (JOHNSON, 2001).
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Interface
Em um ambiente informatizado, o objetivo da interface é: apresentar
dados, informações, controles e comandos; solicitar a entrada de dados,
controles e comandos; apoiar o usuário.
Interface é “um meio através do qual as pessoas e o computador se
comunicam”.(IBM,1987, p. 7)
A interface é a camada mais próxima do usuário. Ela é o lugar de contato,
de trocas, de comunicação”.(RHÉAUME apud SILVA, 2002, p. 16)
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Interface
Uma interface homem/máquina designa o conjunto de programas e
aparelhos materiais que permitem a comunicação entre um sistema
informático e seus usuários humanos (LÉVY, 1993, p. 176).
A palavra “interface” designa um dispositivo que garante a comunicação
entre dois sistemas informáticos distintos ou um sistema informático e uma
rede de comunicação. [...]
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Interface
A interface como uma parte de um sistema interativo, tem a função de:
traduzir ações do usuário em pedidos de processamento
(funcionalidades);
refletir e mostrar os resultados de forma adequada e;
coordenar a interação.
[RHÉAUME apud SILVA, 2002, p. 16]
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Interface como conexão
Conexão entre dispositivos de hardware e software, entre duas aplicações
ou entre um usuário e uma aplicação que facilita o intercâmbio de dados
mediante a adoção de regras comuns, físicas e lógicas;
A interface é o dispositivo que permite atenuar os problemas de
incompatibilidade entre dois sistemas, atuando como um conversor que
permite a conexão (GIANNETI,2002)
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Interface gráfica com usuário (GUI)
A interface gráfica com o usuário é o ponto em que se destaca a lógica e a
funcionalidade do software ou do produto multimídia e/ou hipermídia.
[...] a GUI é a representação gráfica da interação com programas,
informações e objetos na tela do computador. (MANDEL 1997, p. 160)
GUI disponibiliza um significado visível do diálogo, concretizando o
código semântico da aplicação do sistema do hardware e software;
GUI permite ao usuário aperfeiçoar suas tarefas através da conexão
direta com o objetivo do sistema.
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Interface gráfica com usuário (GUI)
GUI disponibiliza um significado visível do diálogo, concretizando o
código semântico da aplicação do sistema do hardware e software;
GUI permite ao usuário aperfeiçoar suas tarefas através da conexão
direta com o objetivo do sistema.
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Interface ampliada
Com relação aos possíveis desdobramentos dos produtos em contextos
semânticos ( a partir dos modelos cognitivos de uso e linguagem), torna-se
imprescindível a abordagem semântica que trata dos significados e de suas
evoluções ocorridas em diversos domínios, além da língua falada e
escrita – formas , cheiros , sons....
Coelho, 2008
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