PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL 2014 Sumário: Apresentação 4 1 Histórico da Instituição 6 2 Contexto Educacional 17 3 Políticas Institucionais no âmbito do Curso 33 4 Autoavaliação 39 5 Resumo do Curso 41 6 Justificativa 41 7 Objetivos 48 8 Perfil do Egresso 49 9 Organização Curricular 51 9.1. Estrutura Curricular 60 9.2 Ementário e Bibliografia das Unidades Curriculares 61 10 Forma de Integração entre Teoria e Prática: Metodologias Ativas de Aprendizagem 118 11 Formas de Realização da Interdisciplinariedade 121 12 Metodologia 121 12.1 Acompanhamento e Avaliação 121 12.2 Atendimento ao Discente 122 13 Núcleo Docente Estruturante (NDE) 124 14 Programa de Monitoria 124 15 Infra-estrutura 126 15.1 Espaço Físico Existente 126 15.2 Recursos Áudiovisuais 126 15.2.1 Tecnologia de Informação e Comunciação – TIC´s no processo ensino-aprendizagem 128 15.3 Laboratórios de Informática 130 15.4 Plano de Atualização Tecnológica e Manutenção dos Equipamentos 131 16 Políticas de Acessibilidade 132 17 Biblioteca 138 17.1 Periódicos do Curso de Serviço Social 139 17.2 Política de Atualização da Biblioteca 141 18 Anexo I - Regulamento de TTC 2 19 Anexo II - Política de Estágio Supervisionado 3 Apresentação: Este documento apresenta o Projeto Pedagógico do Curso Superior de Graduação em Serviço Social da Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu – FACIG. Desenvolvido de forma coletiva pelos atores envolvidos no processo de ensinoaprendizagem (Núcleo Docente Estruturante e Colegiado de Curso). É um documento que imprime a direção político-pedagógica e social do curso e apresenta os pressupostos básicos que são empregados no processo de formação profissional, definindo prioridades e estabelecendo estratégias de ação. Também expressa, de forma clara e objetiva, a estrutura de funcionamento, em seu eixo epistemológico e curricular, a interrelação entre ensino, pesquisa e extensão, determinando uma direção social baseada numa “perspectiva de ruptura teóricaprática com o tradicionalismo que historicamente permeou a ação profissional”, tanto no campo da formação como da atuação profissional. Considerando assim o espaço acadêmico como um lócus possível de articulação e formação de um sujeito crítico, questionador, solidário e compromissado com sua realidade social. Sistematiza, em um único documento, os componentes curriculares e as concepções pedagógicas que lhe conferem materialidade, as estratégias de articulação ensino/aprendizagem, os critérios para a avaliação e a organização didático-pedagógica. Tendo como eixo norteador a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9394/96), as Diretrizes Curriculares para os Cursos de Serviço Social e, também, as Diretrizes Curriculares da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social – ABEPSS, parte do reconhecimento da necessidade de oferecer condições de formação que fomentem o desenvolvimento de competências – com respectivo aporte teórico-prático – imprescindíveis à apreensão e problematização da realidade social a partir de um plexo de múltiplas determinações. Ao mesmo tempo em que reconhece as exigências práticas a serem incorporadas no cotidiano da formação – capazes de garantir o conhecimento das conjunturas, forças, atores e sujeitos implicados na ação social, incluindo as relações que se 4 estabelecem entre Estado e sociedade – também articula a capacidade de vincular os direitos sociais e a cidadania à vida cotidiana, rompendo com práticas clientelistas, corporativistas e paternalistas. 5 1. Histórico da Instituição: A Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu é mantida pelo Centro Superior de Estudos de Manhuaçu Ltda, entidade privada, com fins lucrativos, inscrita no CNPJ / MF sob o número 03.752.343/0001-09. A instituição possui dois campi: Campus Ilha de Excelência Avenida Getúlio Vargas, 733 Bairro Coqueiro Manhuaçu / MG CEP 36900-000 Campus Alfa Sul Rua Darcy César de Oliveira Leite, 600 Bairro Alfa Sul Manhuaçu / MG CEP 36900-000 Sediada em Manhuaçu, município mineiro estrategicamente localizado na interseção de duas importantes rodovias federais, BR 262 e BR 116, além de ser cortada também pela rodovia estadual MG 111, a Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu com a qualidade do seu ensino atrai estudantes de diversas cidades dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Manhuaçu é uma cidade pólo para comércio, comercialização e produção de café, saúde e, tornou-se nos últimos anos, também referência em educação para toda a região de influência de Manhuaçu, sendo inclusive referenciada pelo Ministério da Saúde como tal. 6 Fundada no ano de 2000, quando teve início o processo de instalação da sua sede e quando foi elaborado o seu primeiro Plano de Desenvolvimento Institucional, com a especificação dos primeiros cursos superiores a serem implantados. Sua fundação foi motivada pelo fato do município ser, na ocasião, o único município de tal porte em todo o Estado de Minas Gerais a não contar com instituição de ensino superior. A constatação veio de uma pesquisa realizada pelo Centro Universitário UNA de Belo Horizonte, cujos mantenedores foram convidados a se instalar no município em parceria com um empresário local. O convite ao Centro Universitário UNA é um indicativo da estratégia da instituição: ser referência de qualidade no ensino superior no país. Esta instituição foi a primeira instituição de ensino superior da América Latina a obter o certificado de qualidade ISO 9000. 7 O credenciamento da instituição ocorreu no ano de 2001, sendo oficializado pela Portaria Ministerial de número 262 de 30 de janeiro de 2002. Juntamente com este credenciamento, foi autorizado pelo Ministério da Educação o funcionamento do primeiro curso superior, Administração, cujas aulas foram iniciadas em 2002. O recredenciamento da IES foi oficializado pela Portaria Ministerial de número 592 de 16 de maio de 2012. Cursos oferecidos pela instituição: CURSO ATO LEGAL Administração Renovação de Reconhecimento pela portaria 737 de 30 de Dezembro de 2013 Administração com linha de formação Reconhecido pela portaria 3.831 de 8 de em Gestão do Agronegócio Análise e Desenvolvimento Sistemas novembro de 2005 de Renovação de Reconhecimento pela portaria 286 de 21 de dezembro de 2012 Gestão de Turismo Renovação de Reconhecimento pela portaria 215 de 17 de maio de 2013 Marketing Renovação de Reconhecimento pela portaria 703 de 18 de dezembro de 2013 Construção de Edifícios Reconhecido pela portaria 470 de 22 de novembro de 2011 Gestão Ambiental Reconhecido pela portaria 491 de 20 de dezembro de 2011 Ciências Contábeis Renovação de Reconhecimento pela portaria 703 de 18 de dezembro de 2013 Serviço Social Autorizado pela portaria 1.119 de 18 de dezembro de 2008 Matemática (Licenciatura) Reconhecido pela portaria 68 de 15 de fevereiro de 2013 História (Licenciatura) Reconhecido pela portaria 217 de 28 de 8 março de 2014 Engenharia Civil Autorizado pela portaria 1.791 de 27 de outubro de 2010 Arquitetura e Urbanismo Autorizado pela portaria 2.354 de 22 de dezembro de 2010 Direito Autorizado pela portaria 54 de 01 de junho de 2011 Pedagogia (Licenciatura) Autorizado pela portaria 211 de 27 de março de 2014 Medicina Autorizado pela portaria 234 de 15 de abril de 2014 Evolução da quantidade de cursos em oferta: Novos cursos estão com os projetos pedagógicos prontos ou em desenvolvimento para serem implantados nos próximos anos, conforme o PDI da instituição. Além destes cursos de graduação, a instituição oferece pós-graduação lato sensu em Gestão Empresarial. 9 A Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu possui como missão “ensinar com excelência, formando profissionais comprometidos com a ética, competentes e conscientes do seu papel social, visando contribuir para o desenvolvimento do país”. Seus valores são: Administrar com transparência e respeito à diversidade Compromisso com a excelência Inovação e criatividade na construção do conhecimento Integridade e seriedade Responsabilidade Social Desde sua fundação, a instituição tem contribuído para o crescimento de Manhuaçu e sua região de entorno, sendo confirmado pelo Censo 2010 que o município foi um dos que mais cresceu em todo o Estado de Minas Gerais no período de 2000 a 2010. Novos negócios foram implantados no município para atender aos jovens que cessaram de migrar, aos professores contratados de outras regiões do país que se estabeleceram no município e aos estudantes de outras cidades da região de influência de Manhuaçu – há turmas em que apenas 10% dos alunos são residentes de Manhuaçu. Diversos dos seus ex-alunos foram aprovados em concursos públicos, conseguiram promoções e expandiram seus negócios próprios ou de familiares, motivo de orgulho e comprovação da contribuição da instituição ao país. A Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu – FACIG – tem como lema “exigente, como a vida!”. Objetiva, com isso, cultivar nos jovens a superação aos obstáculos impostos pela vida, bem como transmitir a seriedade de suas atividades acadêmicas. 10 Por seu posicionamento de mercado, pela qualidade das suas práticas educacionais e pelo amplo emprego de novas tecnologias, em um curto período de tempo, a Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu se consolidou como a mais conceituada instituição de ensino da região. No ENADE de Administração de 2006, a FACIG obteve o mesmo conceito que a Universidade Federal de Viçosa – UFV. Outra vez, a qualidade da IES é confirmada e atestada pelo IGC 2009 – Índice Geral de Cursos, calculado pelo Ministério da Educação, onde a FACIG não é apenas a melhor instituição de ensino superior da região, mas superior a 88% das instituições de ensino superior de todo o país. No IGC 2009, a instituição obteve a classificação de terceira melhor instituição privada de todo o Estado de Minas Gerais entre aquelas com mais de um curso, atrás somente da PUC de Belo Horizonte e do IBMEC. A FACIG foi classificada como superior a todas as instituições privadas dos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Em 2010, mais um indicador do Ministério da Educação que comprova a excelência do ensino da instituição: o curso superior de tecnologia em Marketing da instituição é o melhor de todo o Estado de Minas Gerais. Instituição FACULDADE DE CIÊNCIAS GERENCIAIS DE MANHUAÇU CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IZABELA HENDRIX CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE FACULDADE POLITÉCNICA DE UBERLÂNDIA FACULDADE UNA DE CONTAGEM UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE BELO HORIZONTE FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CENTRO UNIVERSITÁRIO UMA INSTITUTO BELO HORIZONTE DE ENSINO SUPERIOR Sigla CPC FACIG 3,126977 IMIH UNI-BH FPU FUNAC 2,991703 2,944301 2,589387 2,554674 UNIPAC 2,352281 FESBH 2,211803 FACISA UNA 2,189171 2,176189 IBHES 1,724699 11 Desde 2009 cursos da instituição constam entre os cursos “estrelados” do Guia do Estudante. Em 2010, a instituição obteve duas grandes conquistas, que lhe conferiram projeção nacional. A FACIG foi a vencedora do Prêmio Nacional de Gestão Educacional na categoria Gestão Administrativa Financeira, prêmio concedido pela Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino – CONFENEN - em parceria com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior – ABMES - e com a Associação Nacional dos Centros Universitários – ANACEU. O prêmio visa estimular a divulgação e a disseminação de boas práticas relacionadas à gestão educacional. A relevância do prêmio pode ser constatada pelas instituições vencedoras. Na categoria Responsabilidade Social, a agraciada foi a Fundação Torino, colégio da FIAT Automóveis localizado em Belo Horizonte / MG. Outra relevante conquista da instituição foi ser finalista do concurso Choque de Gestão promovido pela Revista Exame PME da Editora Abril, onde após concorrer com cerca de 200 empresas de todo o país, dos mais diversos setores, a FACIG se classificou entre as quatro finalistas, tendo sido apresentada na edição da revista do mês de setembro de 2010. Em 2011, mais uma vez dados do Ministério da Educação confirmaram a qualidade do ensino da Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu. Conforme o resultado do ENADE, o curso de Gestão Ambiental da Facig está no seleto grupo dos 10% melhores do país, junto à renomadas instituições, como a Universidade Federal de Viçosa: 12 CENTRO UNIVERSITÁRIO MÓDULO UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI BLUMENAU INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - UFV CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS FACULDADE PORTAL INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA CENTRO UNIVERSITÁRIO UMA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SULRIO-GRANDENSE FACULDADE DE CIÊNCIAS GERENCIAIS DE MANHUAÇU Mais um atestado de qualidade foi obtido no início do ano de 2012, quando o Conselho Federal de Contabilidade divulgou os resultados do Exame de Suficiência, tendo a FACIG aprovado 90% dos seus alunos. Em relação aos indicadores em 2012 mais uma vitória da IES, novamente o curso de Marketing fica entre os melhores do País e obteve nota 5. Merece destaque, ainda, de que a instituição é uma das três únicas instituições de ensino superior de todo o Estado de Minas Gerais a possuir parceria com a Microsoft, maior empresa de software do mundo, estando seus produtos instalados em mais de 90% dos computadores utilizados em todo o planeta, o que lhe proporciona o título de instituição Microsoft IT Academy e o acesso por toda a sua comunidade acadêmica ao currículo oficial dos cursos da Microsoft. 13 A visão direcionada à vanguarda do conhecimento foi retratada com a inauguração do Campus “Ilha de Excelência”, quando a instituição passou a oferecer uma estrutura ímpar, com sete laboratórios, salas de aula com excelente iluminação e ventilação, auditório, salas de estudos, biblioteca, sala de reunião, sala de professores, sala dos coordenadores de cursos, sala do NDE, secretaria, tesouraria, cantina, central de cópias e quadra poli-esportiva. Todas as instalações estão preparadas para atender aos portadores de necessidades especiais, inclusive banheiros. Em 2011, novo marco para a instituição, com a inauguração do novo campus, Campus Alfa Sul, sede própria, cujo projeto foi desenvolvido a partir de técnicas que aliam modernidade, conforto e funcionalidade, fruto da experiência trazida pelos mantenedores da instituição após a visita a instituições de ensino superior da Europa, evento organizado pelo SEMESP – Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de São Paulo. No ano de 2012 a FACIG tornou-se a primeira instituição de ensino superior do país a oferecer, na forma de empréstimo, leitores digitais Kindle para seus alunos. Em 2013, nova parceria que comprova à busca pela excelência no ensino. A instituição tornou-se parceira da Fundação Getúlio Vargas para a oferta da certificação de qualidade para aqueles que cursarem o curso de Administração. A matriz curricular é a mesma da Fundação Getúlio Vargas, garantindo grande mobilidade aos discentes, sendo as provas nacionais, elaboradas e corrigidas por professores desta prestigiosa instituição de ensino. 14 Contando com número de professores em tempo integral e com titulação que lhe permitem ascender ao patamar de Centro Universitário, a Facig reafirma seu propósito de contribuir para a consolidação de uma educação que prepare efetivamente para os desafios dos tempos atuais, ensinando a aprender, preparando para a vida, para a carreira e para o exercício da cidadania e da democracia. Responsabilidade Social Que país queremos ser? O que desejamos para nosso próprio futuro e para o futuro das próximas gerações? Onde queremos estar em dez, vinte ou trinta anos? Apesar do Brasil ser um candidato natural a protagonista da economia de baixo carbono devido à abundância de fontes renováveis de energia, água, sol, florestas nativas e uma das mais exuberantes biodiversidades do planeta, estas características naturais não garantem esta posição. Apenas com ações concretas das instituições e dos indivíduos conseguiremos passar do discurso à prática e preservar e preparar o nosso planeta para o futuro. Nossas ações são orientadas por nossa missão e por nossos valores que ressaltam nossa responsabilidade social. Na prática, isso também se traduz em produzir mais com menos recursos e atentar para o desenvolvimento sustentável do país. Temos compromisso com a qualidade, segurança, ética e com o meio ambiente onde estamos inseridos. A população economicamente ativa brasileira vem crescendo significativamente nos últimos anos – de 89 milhões em 2003 para 101 milhões em 2009. Durante esse mesmo período, o número de estabelecimentos comerciais cresceu 50,0% e foram criados mais de 12,5 milhões de novos postos com carteira de trabalho assinada (empregos formais). Apesar desses avanços, o país ainda enfrenta sérios 15 problemas na área trabalhista. Dos seus 92 milhões de trabalhadores inseridos no mercado de trabalho em 2009, cerca de 50% são informais e não usufruem de muitos de seus direitos trabalhistas constitucionais, tornando o trabalho uma atividade arriscada e incerta. Alguns dos empregadores informais, que deveriam pagar impostos, não o fazem, diminuindo a base de arrecadação do Estado de maneira importante. Finalmente, a despeito dos avanços constatados em termos do combate ao trabalho análogo ao de escravo e ao trabalho infantil, estes ainda persistem no país (Organização Internacional do Trabalho – OIT, 2010). Todos os nossos funcionários são contratados seguindo rigorosamente a legislação brasileira. Além disso, oferecemos aos mesmos estacionamento, seguro de vida, auxílio funeral, plano de saúde, descontos para estudar extensivo aos dependentes e lanche pela manhã, à tarde e à noite. Procuramos contratar serviços e produtos de empresas com valores próximos aos nossos. Uma ação de destaque foi realizada pela empresa em 2010 com a troca do software ERP, onde, devido à nossa exigência, uma funcionalidade no novo sistema permitiu a redução de 67% da emissão de papel com os boletos bancários das mensalidades. Instalamos torneiras de fechamento automático em nossos banheiros e implantamos lixeiras para a coleta seletiva de lixo por todo o campus. A aceitação da diversidade, deixada de lado por grande número de organizações, é marco da Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu. A maioria das coordenações de cursos da instituição está a cargo de mulheres. Aplicamos há alguns anos a Olimpíada do Conhecimento, que tem por objetivo enriquecer o acervo bibliográfico das escolas públicas, bem como oferecer bolsas de estudos aos melhores alunos destas escolas, que sem este benefício, dificilmente encontrariam condições de ingressar no ensino superior. 16 Nosso maior compromisso com o desenvolvimento sustentável é a oferta do Curso Superior em Gestão Ambiental, formando profissionais que irão estudar o funcionamento do meio ambiente e das diferentes formas de organismos vivos e sua relação com o ser humano, visando planejar, desenvolver e executar projetos objetivando a preservação do meio ambiente. Busca-se, ainda ao longo do desenvolvimento dos conteúdos dos diversos componentes curriculares apresentar as contradições que permeiam a vida do País e da região em que a FACIG está inserida. Procura-se criar espaços participativos próprios para uma discussão coletiva dentro de uma ambiência de respeito à responsabilidade social e ao ser humano em toda a sua potencialidade e complexidade. Estas são algumas de nossas ações para contribuir visando transformar o mundo em um lugar melhor para se viver! 2. Contexto Educacional O município de Manhuaçu situa-se na porção leste do Estado de Minas Gerais, próximo à divisa do Estado do Espírito Santo. No contexto da divisão macro-região mineira, Manhuaçu insere-se na Região 11, correspondente à Zona da Mata, na micro-região que recebe seu nome e sob sua respectiva influência, sendo constituída por 20 municípios vizinhos. Acredita-se que os primeiros habitantes do atual município de Manhuaçu tenham sido os índios tupis, posteriormente cognominados puris, pioneiros da região. O topônimo originou-se de mayguaçu palavra indígena que significa Rio Grande, usada pelos índios para designar o rio local. Mais tarde, a região ficou conhecida por Sertão do Manhuaçu. Os primeiros desbravadores procedentes do litoral, à procura de ouro e poáia - erva da família das rubiáceas que fornece a ementina penetram o vale do Manhuaçu através dos rios Doce e Manhuaçu. 17 Na primeira década do século XXI, Domingos Fernandes de Lana, juntamente com índios, estabeleceu comércio de ipecacuanha e abriu caminhos para diversos pontos, recebendo o título de Desbravador de Manhuaçu. Ficando às margens do rio São Luiz, afluente do Rio Manhuaçu, o Guarda-Mor Nunes de Carvalho e o Alferes José Rodrigues de Siqueira Bueno, vindos de Ponte Nova e de Abre Campo, implantaram os primeiros estabelecimentos agrícolas. Em Manhuaçu, contrataram os índios para a abertura das primeiras estradas da região, beneficiando a criação de suínos e o cultivo de café. De 1860 a 1874, a localidade se desenvolveu com a chegada dos imigrantes vindos da colônia de Nova Friburgo e do Vale de Cannã – ES. Como centro de convergência para os posseiros dispersos, havia três povoados: o Arraial de Santa Margarida e as povoações de São Simão e São Lourenço. Em 1872, surgiram os primeiros movimentos de emancipação político-administrativa em São Lourenço, tendo sido criado o distrito de Manhuaçu, com sede no povoado de São Simão. Em 1877, foi estabelecido o município, desmembrando-se de Ponte Nova, ao qual pertencia. Três anos depois, sua sede foi transferida para a Vila de São Lourenço, recebendo foros da cidade em 1871. Os habitantes do município foram envolvidos em questões políticas com o Coronel Serafim Tibúrcio, provocando uma revolta, na qual se fez necessário a interferência dos governadores estadual e federal. O Distrito foi criado em 1º de fevereiro de 1873, pela lei nº 2042, e o Município em 05 de novembro de 1877, pela lei Provincial nº 2662. Gentílico: manhuaçuense Formação Administrativa : Distrito criado com a denominação de São Lourenço do Manhuassu, pela lei estadual nº 2165, de 20-11-1875, e pela lei estadual nº 2, de 14-09-1891. Elevado à categoria de vila com a denominação de São Simão, pela lei provincial nº 2407, de 05-11-1877, desmembrado de Ponte Nova. Sede na povoação de São 18 Simão. Constituído de 4 distritos: São Simão, São Lourenço, Santa Helena e Santa Margarida. Pela lei provincial nº 2463, de 21-10-1878, e pela lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de São Sebastião do Sacramento e anexado a vila de São Simão. Pela lei provincial nº 2557, de 03-01-1880, transfere a sede da povoação de São Simão para a de São Lourenço. Instalado em 30-10-1880. Elevado à condição de cidade com a denominação de Manhuassu, pela lei provincial de nº 2766, de 30-09-1881. Pelo decreto estadual nº 78, de 22-05-1890, e pela lei estadual nº 2, de 14-091891, são criados os distritos de Santana do Manhuassu e São João do Manhuassu e anexados ao município de Manhuassu. Pela lei municipal nº 26, de 24 ou 25-10-1901, é criado o distrito de São Luís e anexado ao município de Manhuassu. Pela lei estadual nº 391, de 18-02-1891, o distrito de São Sebastião do Alto Carangola deixa de pertenecer ao município de Manhuassu para ser anexado ao município de Carangola. Pelo decreto estadual nº 418, de 11-03-1891, o município de Manhuassu adquiriu do município de Caratinga o distrito de Santo Antônio do Rio José Pedro. Pela lei estadual nº 556, de 30-08-1911, desmembra do município de Manhuassu os distritos de Santo Antônio do Rio José Pedro. Elevado à categoria de município. Pela lei supracitada são criados os distritos de Alegria e Passagem do Manhuassu e Santana do Rio José Pedro e anexados ao município de Manhuassu. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 13 distritos: São Lourenço do Manhuassu (sede), Alegria, Dores do Rio José Pedro, Passagem do Manhuassu, Pirapetinga, Santa Helena, Santa Margarida, Santana 19 do Rio José Pedro, São João do Manhuassu, São Luís, São Sebastião do Sacramento e São Simão. Pela lei estadual nº 590, de 03-09-1912, o distrito de Passagem (ex-Passagem do Munhuassu) deixa de pertencer ao município de Manhuassu para ser anexado ao município de Rio José Pedro (ex-Santo Antônio do Rio José Pedro). Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920, o município é constituído de 10 distritos: Manhuassu, Alegria, Dores do Rio José Pedro, Pirapetinga, Santa Helena, Santa Margarida, Santana do Manhuassu, São Luís, São João do Manhuassu, São Sebastião do Sacramento, São Simão. Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, o distrito de São Lourenço passou a denominar-se Manhuassu. Pela lei supracitada desmembra do município de Manhuassu os distritos de Pirapetinga e Dores do Rio José Pedro, para formar o novo município com a denominação de Manhumirim (ex-Pirapetinga). E, ainda o distrito de São Luís passou a chamar-se Luisburgo e o distrito de Santa Helena tomou a denominação de Amazonita. Pela lei estadual nº 948, de 29-08-1927, o distrito de Amazonita volta a denominarse Santa Helena. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 9 distritos: Manhuassu, Alegria, Luisburgo (ex-São Luís), Santa Helena (exAmazonita), Santa Margarida, Santana do Manhuassu, São João do Manhuassu, São Sebastião do Sacramento e São Simão. Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937. Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, desmembra do município de Manhuassu os distritos de Santa Helena e Santa Margarida, para formar o novo município de Matipó. 20 No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 7 distritos: Manhuassu, Alegria, Luisburgo, Santana do Manhuassu, São João do Manhuassu, São Sebastião do Sacramento e São Simão. Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, desmembra do município de Manhuassu, os distritos de São Simão, Alegria e Santana do Manhuassu, para formar o novo município com a denominação de Simonésia (ex-São Simão). No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 4 distritos: Manhuassu, Luisburgo, São João do Manhuassu e São Sebastião do Sacramento. Pela lei estadual nº 336, de 27-12-1948, o município de Manhuassu passa a ser grafado Manhuaçu. Sob a mesma lei acima citado são criados os distritos de Reduto e São Pedro do Avaí e anexados ao município de Manhuaçu. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 6 distritos: Manhuaçu ex-Manhuassu, Luisburgo, Reduto, São João do Manhuaçu, São Pedro do Avaí e São Sebastião do Sacramento. Assim permanecendo em divisão territorial datada 1991. Pela lei estadual nº 10704, de 27-04-1992, desmembra do município Manhuaçu o distrito de São João do Manhuaçu. Elevado a categoria de município. Em divisão territorial datada de 1993, o município é constituído de 5 distritos: Manhuaçu, Luisburgo, Reduto, São Pedro do Avaí e São Sebastião do Sacramento. Pela lei municipal nº 1923, de 26-04-1995, é criado o distrito de Realeza e anexado ao município de Manhuaçu. Pela lei municipal nº 1928, de 23-05-1995, é criado o distrito de Palmeiras do Manhuaçu (ex-povoado de Palmeira) e anexado ao município de Manhuaçu. 21 Pela lei estadual nº 12030, de 21-12-1995, desmembra do município Manhuaçu os distritos de Luisburgo e Reduto, ambos elevados á categoria de município. Pela lei municipal nº 1982, de 25-03-1996, é criado o distrito de Dom Corrêa e anexado ao município de Manhuaçu. Em divisão territorial datada de 1999, o município é constituído de 6 distritos: Manhuaçu, Dom Corrêa, Palmeiras do Manhuaçu, Realeza, São Pedro do Avaí e São Sebastião do Sacramento. É criado o distrito de Vilanova e anexado ao município de Manhuaçu. Em divisão territorial datada de 2003, o município é constituído de 7 distritos: Manhuaçu, Dom Corrêa, Palmeiras do Manhuaçu, Realeza, São Pedro do Avaí, São Sebastião do Sacramento e Vilanova. É criado o distrito de Ponte do Silva e anexado ao município de Manhuaçu. Em divisão territorial datada de 2005, o município é constituído de 8 distritos: Manhuaçu, Dom Corrêa, Palmeiras do Manhuaçu, Ponte do Silva, Realeza, São Pedro do Avaí, ao Sebastião do Sacramento e Vilanova. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007. Transferências de sede: Pela lei provincial nº 2557, de 03-10-1880, transfere a sede da vila de São Simão para a de São Lourenço. Pela lei provincial nº 2766, de 30-09-1881, transfere novamente a sede da vila de São Lourenço para o município de Manhuassu. 22 Ratificação de grafia: Manhuassu para manhuaçu teve sua grafia alterada, pela nº 336, de 27-12-1948. Manhuaçu localiza-se na micro-região da Vertente Ocidental do Caparaó, no Leste de Minas Gerais. A extensão territorial do município é de 628,43 quilômetros quadrados, sendo a cidade pólo de uma região que abriga vinte e sete municípios do Estado de Minas Gerais, com influência em outros quatro municípios do Estado do Espírito Santo. Esta polarização sócio-econômica da região da Vertente Ocidental do Caparaó deve-se à localização privilegiada, estando na interseção de duas importantes rodovias federais (BR-262 e BR-116), além de uma rodovia estadual (MG-111) e intensa comercialização de café, serviços prestados no setor de saúde, comércio, educação e serviços públicos. No município, encontram-se atualmente as seguintes repartições públicas: Superintendência Regional de Ensino; Agência Regional do INSS; 11º Batalhão da Polícia Militar MG; Agência Regional da Receita Federal; Agência Fazendária Regional Estadual; Agência Regional do IPSEMG; Agência Regional do Instituto Estadual de Florestas – IEF; Agência Regional do Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA; Junta de Conciliação e Julgamento – Justiça do Trabalho; Fórum da Justiça de 1ª Instância; Ministério Público do Estado de Minas Gerais; EMATER; Delegacia de Alistamento Militar e Batalhão do Corpo de Bombeiro. O perfil industrial de Manhuaçu volta-se para indústrias do segmento de café visando ao aproveitamento da matéria prima abundante. Ainda neste segmento, existe um grande mercado para máquinas e implementos agrícolas. O Município de Manhuaçu produz aproximadamente 4,1 milhões de sacas de café por ano, através de 5.893 propriedades agrícolas, conforme registro do Sindicato Rural Patronal. A infra-estrutura de saúde no município é constituída por uma Policlínica, dois Pronto-socorros, um Hemocentro, doze Postos de Saúde, dois Centros de Saúde (vinculados ao Serviço Único de Saúde – SUS), o Hospital César Leite com 220 leitos e os serviços especializados de Hemodiálise, realizados pela Renalclin Ltda. 23 No município de Manhuaçu/MG, a população concentrada é de 79.635 habitantes (IBGE, 2010). Há um baixo índice de escolaridade, em razão da dificuldade de acesso e permanência das crianças em idade regular na escola, além da verificação de uma cultura que se reproduz por gerações e que se refere à freqüência na escola somente até a 4ª série do Ensino Fundamental, haja vista que a maior alternativa de trabalho nesta região é no âmbito rural, que não exige escolarização. Entretanto, a questão da qualificação para o trabalho e a necessidade de estudo sempre aparecem para esses sujeitos como projetos para o futuro de seus filhos, o que se apresenta como requisito para melhores condições de vida, ascensão social e a abertura de novas possibilidades. Outro ponto a ser considerado é que a cidade de Manhuaçu, no estado de Minas Gerais, classifica-se, na análise de Batella e Diniz (2006), como uma cidade de porte médio, considerada centro emergente o que exige uma infra-estrutura melhor e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida. A tudo isto soma-se o fato de que, segundo os autores, em Minas está havendo um fluxo migratório que “antes eram mais intensos em direção aos grandes centros” e atualmente “se caracterizam pela movimentação intra-regional e de curta distância, principalmente em direção às cidades médias”. Não há indicador que reflete com mais precisão a situação de uma localidade em relação à renda, expectativa de vida e educação em uma análise sistêmica e global do que o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH. O IDH do município em 2013 é de 0,689, que corresponde a Médio Desenvolvimento Humano. Observa-se que Manhuaçu obteve 0,839 em Longevidade, que indica Muito Alto Desenvolvimento Humano. O que puxou o IDH de Manhuaçu para baixo é a Educação, onde o indicar do município é de 0,563, correspondente a baixo desenvolvimento humano. Fica claro, então, a necessidade de investimentos visando melhoria da educação no município, o que a FACIG espera contribuir com a oferta de novos cursos. A instituição assume, então, o papel de produzir e difundir conhecimentos, pronta a atender uma parcela da população afastada dos cursos de nível superior devido à elitização do ensino universitário que ocorreu no país no século XX. Na 24 região onde está situada, cresceu a demanda de vagas para egressos do ensino médio, crescimento que não foi acompanhado pela falta de oferta de vagas em universidades públicas. Essa lacuna deverá ser preenchida por instituições compromissadas em oferecer uma formação de qualidade, como é o caso da FACIG, primeira instituição de ensino superior do município de Manhuaçu. Como se sabe, a sociedade contemporânea é marcada por rápidas transformações, pelo fluxo ininterrupto de informações e pelo acesso de um maior número de pessoas a elas. Nesse cenário, o conhecimento ocupa um papel central revestindo-se de um caráter provisório e até contestável, uma vez que mesmo a ciência, que sempre trabalhou com certezas, assume hoje a sua relatividade. Nessa nova era a instituição de ensino superior como local de transmissão de informações perde a importância, o que significa dizer que precisa encontrar outro sentido para seu papel na sociedade contemporânea. Esse papel é o de preparar seus alunos para a construção do próprio saber, de forma significativa para si mesmo e para a sociedade na qual estão inseridos, levando-os a selecionar as informações necessárias com as quais terão de construir e reconstruir seu conhecimento. Concorda-se com Gadotti (2000) quando este afirma que o aluno aprende a partir do momento em que se torna sujeito de sua aprendizagem. Não havendo nem educação nem aprendizagem sem esta participação ativa. Segundo o autor, a participação faz parte do ato pedagógico. As mudanças demandam, assim, uma nova forma de pensar a educação e, por extensão, todos os cursos de graduação. Nessa abordagem não há lugar para a padronização e para estruturas rígidas, devem ser consideradas as características regionais, preparando o aluno para buscar as informações de que necessita selecioná-las, saber o que fazer com elas, produzir conhecimentos novos que atendam às necessidades da coletividade. O processo de construção de conhecimento pressupõe entender alunos e professores como sujeitos ativos, embora com papéis distintos: os últimos devem conhecer os significados que desejam chegar a compartilhar com seus alunos, conhecimento que lhes possibilita planejar o ensino; os primeiros vão acomodando 25 progressivamente os significados que constroem no decorrer das práticas pedagógicas, como selecionar, relacionar, interpretar, deduzir etc. Nessa perspectiva, os sujeitos envolvidos no processo encontram-se sempre “em construção”, comprometidos tanto com sua educação permanente como com a constante avaliação de sua atuação. É com esta referência norteadora da ação educativa que a FACIG se propõe como ator deste processo pedagógico. Procurando atender cada vez mais aos anseios de uma população cada vez mais crescente o contexto em que a IES se situada possui algumas características significativas. A distribuição da população segundo a faixa etária está contida no quadro abaixo e demonstra que a maioria da população concentra-se na faxia etária de 20 a 39 anos o que caracteriza um número expressivo de jovens na respectiva microregião. População residente por sexo segundo faixa etária Micro-região, Manhuaçu, Minas Gerais 2006. Masculino Feminino Faixa Etária Total nº % nº % 0 a 4 anos 16365 9,8 15912 9,5 32277 5 a 9 anos 16312 9,7 15756 9,4 32068 10 a 14 anos 17666 10,5 17135 10,2 34801 15 a 19 anos 18428 11,0 17263 10,3 35691 20 a 29 anos 28333 16,9 27041 16,1 55374 30 a 39 anos 23205 13,8 22784 13,6 45989 40 a 49 anos 18003 10,7 17489 10,4 35492 50 a 59 anos 11299 6,7 11572 6,9 22871 60 a 69 anos 8550 5,1 8885 5,3 17435 26 70 a 79 anos 4724 2,8 5119 3,1 9843 80 anos e mais 1775 1,1 2237 1,3 4012 Total 164660 98,1 161193 96,1 325853 Fonte: IBGE - MS/ DATASUS/ CMDE/SE/SESMG/SUS Pirâmide populacional (IBGE / 2010): A rede de educação é composta por 39 Escolas Públicas Municipais; 15 Escolas Públicas Estaduais e 22 Escolas Particulares. O total de alunos matriculados é de 22.347, sendo que, na rede pública municipal, estão 5.395 no ensino fundamental; na rede pública estadual, estão 10.350 alunos no ensino fundamental; na rede pública municipal, estão 2.308 alunos no ensino médio; 3.116 alunos na rede pública estadual de ensino médio e 1.178 alunos na rede particular. No campo da educação superior, segundo os dados do IBGE/2007, temos 843 matrículas na rede, todas em instituições particulares, o que denota um gap considerável entre o número de pessoas aptas a cursarem esse nível de estudo e as matrículas efetivas no mesmo. 27 Outro fato que precisa ser lembrado é em relação ao Plano Nacional da Educação (PDE-2014) que possui como meta elevar a taxa bruta de matrícula da educação superior para 50% da população entre 18 a 24 anos, assegurando qualidade. Este fato torna-se desafiador para as instituições que atuam na área do ensino superior. Seja pela quantidade expressiva de egressos do ensino médio ou pela meta do PDE o momento é de expansão do ensino superior. Expansão esta que deverá ser feita com qualidade e com responsabilidade. De uma forma geral, as metas do Plano Nacional de Educação voltam-se para a implantação de um novo modelo educacional no País. Modelo este que propicie a formação de um profissional capaz de gerar um crescimento econômico ao país que o leve a um patamar competitivo dentro da economia mundial. Para tanto, precisa-se oferecer uma educação moderna e atualizada capaz de formar profissionais críticos e sabedores de sua responsabilidade em uma sociedade cada vez mais desafiadora. O novo Plano Nacional de Educação enfatiza uma educação de qualidade tendo como marco fundamental a valorização e a capacitação dos professores. O fato é que, reduzindo-se as metas, mas não seus objetivos mais amplos, o País pode aplicar o PNE em toda a sua totalidade. Perder mais uma década traria grandes prejuízos ao país. As vinte metas para o PNE 2011-2020 são: Meta 1: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de quatro e cinco anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender a 50% da população de até três anos; ;Meta 2: Universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda população de 6 a 14 anos; Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária; 28 Meta 4: Universalizar, para a população de quatro a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino; Meta 5: Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os oito anos de idade; Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica; Meta 7: Atingir as médias nacionais para o IDEB já previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE); Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da desigualdade educacional; Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional; Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio; Meta 11: Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta; Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta; 29 Meta 13: Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de educação superior para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores. Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores; Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam; Meta 16: Formar 50% dos professores da educação básica em nível de pósgraduação lato e stricto sensu, e garantir a todos formação continuada em sua área de atuação; Meta 17: Valorizar o magistério público da educação básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de 11 anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente; Meta 18: Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino; Meta 19: Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar; Meta 20: Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. 30 Sabedores desta realidade é que a proposta curricular dos nossos cursos é formar profissionais aptos a atuarem, de maneira ética e justa, neste mercado de trabalho cada vez mais acirrado. Com sede no município de Manhuaçu, tendo como cidades vizinhas os municípios de Caputira, Matipó, São João do Manhuaçu, Luisburgo, Manhumirim, Reduto, Santana do Manhuaçu e Simonésia. Entretanto, a área de atuação da FACIG já se expandiu para outros municípios, conseguindo alcançar toda a região da Vertente Ocidental do Caparaó, no leste do Estado de Minas Gerais e também cidades do Estado do Espírito Santo. Como Manhuaçu é uma cidade pólo, para ela convergem cerca de 460.000 habitantes das cidades vizinhas, entre elas Manhumirim, Martins Soares, Mutum, Carangola, Alto Caparaó, Caparaó, Alto Jequitibá, Simonésia, Conceição de Ipanema, Ipanema, Taparuba, São João do Manhuaçu, Lajinha, Divino, Durandé, Espera Feliz, Brejetuba /ES, Irupi / ES, Iúna / ES e Ibatiba / ES. IBGE 2010 Minas Gerais Alto Jequitibá Alto Caparaó Caparaó Caputira Chalé Conceição de Ipanema Divino Durandé Espera Feliz Ipanema Lajinha Luisburgo Manhuaçu Manhumirim Martins Soares Matipó Mutum Orizânia Pocrane Raul Soares Reduto População Homens Mulheres Urbano % 8.323 5.297 5.209 9.033 5.647 4.467 19.131 7.402 22.859 18.169 19.616 6.236 79.635 21.366 7.173 17.639 26.672 7.284 8.998 23.818 6.561 4.252 2.726 2.743 4.641 2.868 2.248 9.684 3.761 11.506 8.806 9.830 3.223 39.214 10.509 3.655 8.727 13.477 3.697 4.520 11.732 3.359 4.071 2.571 2.466 4.392 2.779 2.219 9.447 3.641 11.353 9.363 9.786 3.013 40.421 10.857 3.518 8.912 13.195 3.587 4.478 12.086 3.202 51,69 74,99 38,51 41,87 49,28 34,34 56,43 47,69 62,02 78,18 62,47 29,47 81,45 79,70 40,76 78,42 51,73 30,49 60,10 65,01 55,48 31 Santa Margarida Santana do Manhuaçu São João do Manhuaçu Simonésia Taparuba Vermelho Novo Sub-total 15.011 8.603 7.583 4.403 7.428 4.200 50,80 48,29 10.245 18.302 3.137 4.689 5.214 9.460 1.616 2.428 5.031 8.842 1.521 2.261 46,91 38,87 44,79 39,50 6.217 11.293 6.032 13.649 5.704 11.053 5.697 13.691 28,66 59,78 37,85 57,21 390.522 Espírito Santo Brejetuba Ibatiba Irupi Iúna 11.921 22.346 11.729 27.340 Sub-total 73.336 População sob influência 463.858 Devido a essa abrangência, a FACIG conseguiu se consolidar na região, apresentando um ensino modelar em sua prática pedagógica e promovendo o bemestar da população do município de Manhuaçu e de seu entorno. Tudo isso se faz presente por meio do oferecimento de oportunidades para o desenvolvimento de um processo de ensino-aprendizagem inovador e do estímulo às práticas de extensão acadêmicas, realizadas, conjuntamente, por professores, discentes e empresas conveniadas. 32 3. Políticas Institucionais no âmbito do Curso A Educação na Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu pauta-se na busca da excelência e na formação integral do ser humano, inspirada em uma visão global e sistêmica do mundo, marcada pelo senso de responsabilidade e de serviço ao bem comum. A FACIG destaca seu compromisso de contribuir eficazmente para a transformação da sociedade brasileira, visando construir uma nação mais justa e livre, com redução da miséria e da desigualdade social. Mas, a instituição possui consciência de que sua responsabilidade social deve exercer-se primordialmente através das suas atividades de ensino e extensão, colocando seu potencial acadêmico a serviço da comunidade. Ao contrário de permanecer isolada, alheia ao contexto que a cerca, a FACIG se vê como parte dessa sociedade, de seus anseios e necessidades, estando pronta para contribuir, como fonte de ideias e reflexões, para que haja a plena realização de todos como seres humanos e cidadãos conscientes da missão de aprimorar a sociedade, difundindo e lutando pelos direitos de todos, em particular pelo direito de acesso ao conhecimento em todos seus níveis. As políticas institucionais para os cursos de graduação estão definidas nos projetos pedagógicos dos respectivos cursos, orientadas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Graduação. O ensino de graduação é supervisionado pela Diretoria Acadêmica, que atua em conjunto à coordenação do curso, ao Núcleo Docente Estruturante e ao Colegiado do curso visando definir as diretrizes, identificar possíveis não conformidades, acompanhar o desempenho dos atuais alunos e dos egressos e manter o curso em atendimento às necessidades da sociedade e do mercado de trabalho atual, seguindo o disposto na legislação do ensino superior brasileiro. Destacam-se as seguintes políticas institucionais: - Monitoria: a monitoria é entendida como instrumento para a melhoria do ensino da graduação, por meio do estabelecimento de novas práticas e experiências 33 pedagógicas que visem fortalecer a articulação entre teoria e prática. Assim, foi criado o programa de Bolsa de Monitoria, remunerado, que insere alunos regularmente matriculados nos cursos de graduação da FACIG em atividades relacionadas ao curso. A seleção para monitores acontece semestralmente, através de edital previamente divulgado, contendo todas as atribuições referentes às atividades a serem desenvolvidas, valores e vigência da bolsa. De maneira geral, podemos enumerar as seguintes atribuições dos monitores: colaborar com o docente no desempenho de tarefas didáticas, tais como: preparação de aulas práticas, aplicação de exercícios, trabalhos escolares, e outros de natureza similar; auxiliar os alunos na realização de trabalhos práticos ou experimentais, sempre que compatível com seu grau de conhecimento e experiência; cooperar no atendimento e orientação aos alunos, visando sua adaptação e maior integração na faculdade; identificar eventuais falhas na execução do processo de ensino - aprendizagem, propondo ao professor medidas alternativas; apresentar relato de sua experiência, ao final das atividades programadas, em forma de relatório. É vedado ao monitor o exercício da docência, a realização de atividades de responsabilidade exclusiva do professor, tal como assentamento de freqüência e dos conteúdos no diário de classe, e as demais tarefas de caráter administrativo. Além disso, as atividades programadas para o monitor não poderão estar sobrepostas ao seu horário de aula em que esteja matriculado. Ao professor, orientador de monitoria cabe as seguintes atribuições: orientar o monitor no desempenho das atividades programadas; capacitar o monitor no uso de metodologias de ensino/aprendizagem adequadas à sua atuação nas atividades propostas; promover o aprofundamento dos conhecimentos do monitor quanto aos conteúdos da disciplina; avaliar, de forma contínua, o desempenho do monitor através de critérios previamente estabelecidos, e que sejam do conhecimento do monitor; identificar falhas eventuais no Programa de Monitoria, propor mudanças e encaminhá-las para a Coordenação de Curso. - PIPEV: Programa de Incentivo à Participação em Eventos, que possui como objetivo contribuir para a formação dos discentes e docentes da FACIG, oferecendo condições para apoio visando à participação em atividades de extensão, palestras, conferências e/ou reuniões científicas e técnicas, congressos, encontros, simpósios, seminários, participação em debates, mesas-redondas, programas de rádio ou TV. 34 - Conselho Discente: órgão cuja criação na instituição foi motivada após a visita da direção da FACIG à Universidade Americana de Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos. É composto pelo Diretor Executivo, Diretora Acadêmica e um representante de cada curso da instituição. Reúnem-se periodicamente visando tratar do andamento de cada um dos cursos, analisando desempenho, propondo melhorias e sugestões. - Programa de Nivelamento: em apoio ao discente em sua trajetória acadêmica, a Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu tem como política institucional a prática de mecanismo de nivelamento com vistas a favorecer o desempenho de forma integral e continuada. Esse mecanismo é compreendido pelo Programa Intensivo de Nivelamento – PIN e pelo Programa de Correção de Deficiências PCD. O PIN é uma atividade programada com vistas ao atendimento aos acadêmicos entrantes e tem como estratégia de ação uma programação diferenciada onde são desenvolvidas atividades de apoio a demanda de desconhecimento das estruturas e dinâmicas institucionais; desnivelamento de conteúdo programático e ansiedade pela nova situação pessoal de ingresso no ensino superior. São ministradas aulas gratuitas em horário distinto ao horário das aulas. Já o PCD é um programa que acontece por demanda, objetivando auxiliar àqueles acadêmicos com deficiências identificadas em conteúdos específicos. Em um primeiro momento, os alunos são direcionados para os monitores do respectivo curso. Não sendo sanadas as deficiências, são ofertadas pela coordenação de curso aulas de revisão e / ou de reforço visando evitar dificuldades no desempenho do discente ao longo do curso. A identificação destas dificuldades acontece por manifestação espontânea do próprio aluno, pela análise das notas de trabalhos e de provas realizados e também por indicação específica do professor de determinada disciplina. Este programa possui o mérito de ser flexível de acordo com a demanda detectada, podendo ser implementado a qualquer tempo. - Simpósio de Boas Vindas: onde são apresentadas aos alunos as instalações da instituição, o coordenador de cada um dos cursos superiores oferecidos, bem como seus horários de atendimento aos discentes, o regimento da instituição, o funcionamento dos órgãos colegiados, o regimento da biblioteca, o serviço de 35 orientação pedagógica e são ministradas palestras motivacionais para os ingressantes em um curso superior. - Assessoria Pedagógica: visa à formação pedagógica continuada do corpo docente da Instituição, além de assessorar a comunidade acadêmica no desenvolvimento e qualificação das práticas pedagógicas de cada curso de graduação. É o órgão que visa acompanhar e auxiliar os discentes com dificuldades diversas em seu cotidiano acadêmico. Mediante iniciativa dos próprios discentes ou por análise do rendimento escolar ou comportamento com posterior sugestão do coordenador de cada curso, são realizados atendimentos individuais, previamente agendados. Esse programa também é extensivo aos docentes no desenvolvimento do seu trabalho. - Mobilidade Acadêmica: a instituição é parceira da Fundação Getúlio Vargas, participando do Programa de Certificação de Qualidade para o curso de Administração. São mais de trinta instituições em todo o país participantes do programa. Assim, a FACIG oferece possibilidade de mobilidade total para qualquer uma das instituições parceiras da Fundação Getúlio Vargas em todo o país, com ganhos para os discentes, uma vez que a matriz curricular bem como a bibliografia adotada são padronizadas. Outro convênio a ser ressaltado é a Adesão ao Programa Ciência sem Fronteira, instituído pelo Governo Federal, que objetiva “promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional1”. A adesão ao programa foi realizada pensando em propiciar ao nosso discente a possibilidade de realizar intercâmbio e a oportunidade de vivenciar novas experiências acadêmicas associadas ao desenvolvimento de um perfil empreendedor e inovador frente aos requisitos da área de conhecimento escolhida pelo aluno ao ingressar no Ensino Superior. - Programa de licenciatura: criado em 2012 e mantido com recursos próprios da FACIG, tem como objetivos contribuir na melhoria dos cursos de licenciatura das escolas públicas regionais e constituir um espaço de aprendizagem da docência por meio da interação entre as escolas da rede pública de educação básica e a 1 Disponível em http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf. Acesso em 29/07/2013. 36 FACIG, por meio da inserção de licenciandos no cotidiano escolar, de modo a oportunizar-lhes a criação e a participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem. Os acadêmicos dos cursos de licenciatura são inseridos na rede escolar, de modo a obter subsídios para os cursos, integrando-os à prática pedagógica dos profissionais em serviço e ações de professores de diferentes centros da instituição que beneficiem cursos de licenciatura. - Assegurar acessibilidade em todos os níveis: acesso e locomoção, transporte, assistência financeira, psico-pedagógica e digital. Além destes programas institucionalizados, a instituição possui como políticas institucionais de ensino e extensão: - coordenadores de cursos deverão possuir no mínimo a titulação de mestre. - sessenta por cento das disciplinas de todos os cursos de graduação deverão ser ministradas por professores com mestrado ou doutorado. - os livros e periódicos (sejam impressos ou eletrônicos) serão disponibilizados nas quantidades máximas especificadas nos Instrumentos de Avaliação do INEP / MEC. - A assessoria pedagógica deverá garantir o treinamento constante e o acompanhamento da utilização das metodologias de ensino ativas. - Todos os cursos oferecerão bolsas integrais do PROUNI – Programa Universidade para Todos. - Será disponibilizado a todos os acadêmicos financiamento estudantil gerido pelo Governo Federal, FIES, dentro dos limites determinados pelos órgãos governamentais. 37 As principais políticas de extensão buscam uma integração maior e qualificada com a realidade social, seja através da cultura ou de ações específicas, realizadas por meio de projetos e programas caracterizados pela indissociabilidade com o ensino. As frentes que materializam essas políticas são a preservação e a difusão do conhecimento produzido na instituição para a sociedade, bem como a realização de diversas ações sociais, dentre elas destacamos: acervo bibliográfico em braile e áudio-livros na biblioteca; inscrições dos eventos com alimentos e brinquedos com a respectiva doação a entidades beneficentes de Manhuaçu; monitoria nas escolas públicas municipais; programa “Olimpíada do Conhecimento” que propicia o acesso ao ensino superior pelos alunos carentes de escolas públicas e enriquece o acervo bibliográfico destas escolas; parceria com a Prefeitura Municipal de Manhuaçu com a oferta de bolsas aos alunos carentes residentes no município; entre outros. Além das atividades ligadas ao ensino, foco principal de sua atuação, a FACIG oferecer aos discentes interação direta com entidades sociais, organizações não governamentais e com matérias de interesse público, além de garantir o necessário aprofundamento dos estudos. A FACIG oportuniza situações concretas vinculadas à prática profissional dos discentes, visando os desempenhos técnico, humano e político. 38 4. Autoavaliação A avaliação institucional na FACIG tem como objetivo central a melhoria contínua do processo de aprendizagem, destacando padrões de excelência que possam direcionar as decisões estratégicas e operacionais da Faculdade, condicionando sempre atitudes eminentemente pró-ativas e consistentes para com o sistema organizacional FACIG. Outros objetivos são: garantir um processo de autoavaliação com transparência, participação sobre o que faz a FACIG, estabelecer um contraponto entre a missão, os objetivos e as ações que efetivamente são desenvolvidas na busca de uma qualidade acadêmica; fornecer estudos e orientações que subsidiem o processo de planejamento e a implementação de medidas que conduzam à execução de um projeto acadêmico socialmente legitimado e relevante quanto à sua repercussão junto à comunidade interna e a sociedade em geral; identificar fragilidades e acertos com vista ao Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, projeto pedagógico dos cursos e Regimento Interno. Torna significativo assinalar que, do ponto de vista da administração da FACIG, a melhoria da qualidade de suas ações tem como uma de suas prioridades, a implementação das avaliações como processo sistemático, formativo e democrático que favoreça o exercício da cidadania e o aperfeiçoamento do desempenho institucional e dentre as estratégias, a avaliação institucional é uma delas. Para compor a CPA (Comissão Própria de Avaliação) são eleitos dois membros efetivos do corpo docente, dois representantes do corpo discente, dois representantes do corpo técnico-administrativo e dois representantes da comunidade. No início de cada semestre, realiza-se uma reunião para discutir os trabalhos que serão desenvolvidos pela Comissão Própria de Avaliação da FACIG, na qual, também, é aprovado o cronograma de atividades que serão desenvolvidas ao longo do semestre. Os membros da CPA sugerem os pontos a serem analisados no questionário que será aplicado junto ao corpo discente, corpo docente, corpo técnico-administrativo, egressos e comunidade. 39 Toda a comunidade acadêmica é convidada a responder o questionário no sistema acadêmico da FACIG on line. Os resultados da avaliação são apresentados em seminários realizados a cada semestre e, também, são discutidos, em reuniões, com coordenadores e direção da FACIG onde são apontados caminhos para as possíveis soluções dos itens apontados com grau regular ou ruim. Em seguida, é gerado um relatório parcial contendo todas as informações do processo avaliativo. No final de cada ano gera-se, então, um relatório final com as informações dos dois semestres. É importante ressaltar que alguns pontos que são apresentados como críticos necessitam de um tempo maior para ter modificado seu estado. Vale lembrar que a avaliação na FACIG não tem um caráter punitivo, ao contrário. As informações são utilizadas para buscar estabelecer uma melhoria contínua do processo de aprendizagem. A FACIG acredita que a sistemática de avaliação interna deve ser entendida como um mecanismo que propicie e disponibilize informações para melhorar o seu desempenho acadêmico, garanta a eficiência administrativa e, por esse caminho, ajude na manutenção da Faculdade como espaço público. Com esse entendimento, a FACIG chama a atenção para o significado público da educação desenvolvida pelas instituições superiores de ensino que é de extrema importância para o desenvolvimento do país. Nesse contexto, a avaliação insere-se num campo mais amplo do que o de um trabalho isolado junto aos segmentos que sustentam a Faculdade – docente, discente, técnicos, bem como junto ao seu entorno. Além da autoavaliação realizada pela CPA, a instituição conta ainda com os relatórios e os conceitos gerados pelas Avaliações Externas e pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE, aplicado pelo Ministério da Educação buscando, cada vez mais, implementar um processo de melhoria constante em seus processos acadêmicos e de gestão. 40 5. Resumo do Curso Nome: Curso Superior de Serviço Social Integralização Mínima do Curso: 4 anos Integralização Máxima do Curso: 7 anos Regime do Curso: Seriado Período: Noturno Carga horária teórica total: 3.870 horas aula Carga horária teórica em disciplinas (horas/ aula): 3.100 (computadas em 50 minutos a h/a) Carga horária de Atividades Complementares: 320 horas Carga horária de Estágio Supervisionado: 450 horas Número de Vagas Anuais do Curso: 90 vagas. 6. Justificativa O município de Manhuaçu tem 627 km² e uma população estimada em 84.934 habitantes (IBGE, 2013) cujos dados sociais e econômicos apontam os problemas atuais a serem superados. Para ilustrar, basta considerar o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) pontuado em 0,689 no ano de 2010, enquanto a média nacional foi de 0,813. Verifica-se, portanto, que o índice de desenvolvimento humano municipal está muito abaixo da média do Brasil, o país que ficou em 73º lugar naquele ano, bem distante dos indicadores da Austrália, Nova Zelândia, Países Nórdicos, ou América do Norte. O índice de escolaridade municipal abaixo da média nacional, IDHM 0,563 (PNUD/2013), pode ser explicado pela dificuldade de acesso e permanência na escola das crianças em idade regular, além da cultura regional que reproduz, por gerações, a importância da freqüência escolar somente até o quinto ano do Ensino Fundamental. Tal situação pode ser explicada pelo predomínio do modelo agrícola, pois o trabalho rural não exigia a escolarização dos trabalhadores da produção direta. 41 Porém, nas últimas décadas a economia local está crescendo, diversificando e se modernizado. O PIB local per capita pontuou 18.382,3 reais (IBGE/2011), embora o aumento de riqueza ainda continue abaixo da média per capita nacional que registrou 21.252 reais, segundo a mesma fonte. O desenvolvimento econômico regional está cada vez mais em contraste com o baixo índice de escolaridade, um grande obstáculo para a empregabilidade da população local. Se o desemprego é um dos determinantes dos índices de pobreza e miséria, o aumento da escolaridade e a qualificação profissional podem ser destacados como principais desafios para melhoria das condições de vida. Isto tem sido cada vez mais percebido pela população local como essencial à garantia do futuro, requisito básico para abertura de novas possibilidades e ascensão social. Embora exista a demanda pela formação de profissionais qualificados para a pecuária e o cultivo agrícola, a região não tem sequer uma escola técnica federal para formação específica nesta área somente Escolas Particulares. Marcado pelo baixo índice de emprego formal, em Manhuaçu ainda se mantém a inserção de grandes contingentes de trabalhadores na lavoura sem a garantia dos direitos trabalhistas. Isto ocorre porque o cultivo do café demanda grande volume de trabalhadores somente na época da colheita, cujo período se estende do mês de abril a setembro de cada ano. Por esses motivos, a demanda junto ao setor de assistência social aumenta significativamente nos meses de outubro a março, já que não há trabalho suficiente para absorver a maioria esmagadora da população. Além disso, identifica-se um segmento de novos usuários da assistência social na época da safra, que se constitui pelo grande número de imigrantes vindos à procura de trabalho. As condições de moradia da maioria da população manhuaçuense residente na zona rural é extremamente precária, com infraestrutura inadequada, desprovidas de saneamento básico e/ou luz elétrica. Ao lado destas precárias condições de moradia e saneamento, soma a má distribuição espacial de equipamentos e serviços necessários à saúde, educação, transporte, assistência social e outros quesitos básicos para boa qualidade de vida da população. 42 A desigualdade da distribuição da riqueza neste espaço salta aos olhos, se comparada às condições de vida dos grandes fazendeiros com as condições de vida do contingente da massa populacional que se apresenta na condição de lavradores meeiros2 e/ou diaristas. Estigmatizados por um conjunto de necessidades não satisfeitas, tendo seus direitos sociais e trabalhistas violados todos os dias, vivendo nos limites da sobrevivência, estes trabalhadores buscam nos serviços sociais públicos o atendimento de suas carências materiais básicas. São sujeitos marcados pela “exclusão social” cuja origem é a progressiva redução dos postos de trabalho formal, numa sociedade em que a “cidadania regulada” só permite que os direitos sejam garantidos mediante ao trabalho assalariado, ou seja, o desemprego por tempo indeterminado provoca a perda de direitos, aniquilando os indivíduos à condição de “não-cidadãos”, já que o exercício da “cidadania”, na sociedade capitalista, só pode ser condicionado por um mínimo de poder aquisitivo para o consumo. Isso remete aos seguintes questionamentos: Quem são os que recorrem à assistência social? O que pensam, julgam e fazem? Como constroem uma visão de mundo e de si mesmos? Como organizam significativamente o real no processo de constituição de uma identidade marcada pela condição subalterna? Como, tantas vezes, tornam “seus” projetos e valores que, na realidade, são contra eles? Qual é, sobretudo, a vida que transcorre no dia-a-dia daqueles que as diferentes formas de pobreza e exclusão acabam por condenar a partilhar muito pouco da riqueza social? O que é constituir-se em alvo de serviços de assistência no conjunto das experiências que vivenciam? Como a condição de “assistido” interfere no processo de identificação em termos de reposição/ruptura da subalternidade? (YAZBEK, 2003, p.83). Num cotidiano marcado pelo sofrimento, pelas dificuldades, pelo desrespeito a direitos mínimos e em luta infindável pela sobrevivência, homens, mulheres e crianças buscam a assistência social na tentativa de superar a instabilidade resultante das precárias condições socioeconômicas em que se encontram. O quadro que se vai compondo (...) mostra fragmentos de um cotidiano em que a realidade da pobreza aparece em sua dureza: o desemprego, o trabalho aviltante, a fadiga, o esgotamento, a violência, a moradia insalubre, a nutrição precária, os problemas de saneamento, transporte, serviços médicos e escolares constituem algumas dimensões dessa realidade.(...) Em muitas situações, essa vida se resume em trabalhar para continuar 2 Meeiros são os lavradores que assumem o cultivo agropecuário de uma parte da propriedade rural, num regime de parceria com o dono da terra, tendo que dividir “à meia” a produção. 43 trabalhando. A fadiga, permeando o conjunto da experiência vivida, emerge indissociavelmente vinculada às condições sociais desses indivíduos e expressa as marcas da espoliação de suas vidas. Vidas onde a esfera do lúdico, da fantasia e da utopia está no futebol, na roda de samba, na cachaça, nas novelas (YAZBEK, 2003, p.132). Na congruência desses fatores, o enfrentamento da pobreza perpassa não somente a redistribuição de renda, mas também a questão política da viabilização do acesso a direitos básicos e da possibilidade de organização e representação daqueles sujeitos que têm sonhos e esperanças usurpados. Constituindo uma espécie de situação-limite da condição subalterna, a pobreza, no imaginário social, é muitas vezes apreendida de forma descolada da realidade em que é gerada, em sua imediaticidade, fragmentada, obscurecida, reificada. A pobreza é pouco conhecida e os “pobres” muitas vezes desqualificados e marcados por clichês que reiteram sua ‘inadaptação’, ‘marginalização’ e ‘situação problemática’ (YAZBEK, 2003, p.123). De tal modo, a condição de pobreza permite que identidades socioculturais sejam construídas a partir de situações, representações e privações que interferem nas relações sociofamiliares e nas formas de inserção de classe. Então, a questão dos direitos sociais para aqueles que cotidianamente lutam pela sobrevivência requer muito mais que o acesso a serviços sociais básicos, fazendo-se necessária a construção de uma identidade social e política que seja reconhecida e respeitada pelos demais grupos sociais. Enfim, a pobreza, estando muitas vezes, e quase sempre, associada equivocadamente à condição de “desajuste social” e incapacidade de “adequação” dos sujeitos ao movimento da ordem social vigente, é naturalizada, impedindo que sejam transparecidos os fatores determinantes da desigualdade social. Deste ponto de vista, reforçam-se as bases sociais de dominação, sobretudo, a partir da reprodução de consciências resignadas, desarticuladas e objetivamente alheias ao processo histórico que tem em seu movimento dialético o cerne da transformação social. São encaminhadas diariamente aos órgãos que atuam na efetivação da Política de Assistência Social do município de Manhuaçu demandas que estão direta e fundamentalmente voltadas à condição de miséria e pauperismo em que se 44 encontra grande parte das famílias que compõem a população local: a fome, o desemprego, a falta de recursos próprios para a aquisição de medicamentos e pagamento de exames, a desnutrição infantil, a evasão escolar, entre outros. Os serviços assistenciais organizados no âmbito municipal oferecem a esta população demandante alguns recursos emergenciais, tais como, o fornecimento de cestas básicas, medicamentos, auxílios financeiros, provisão de documentos, passagens. São as formas imediatas de enfrentamento às demandas sociais, predominantes na ação assistencial local, oferecidas em forma de ajuda e favor, o que dificulta a viabilização da assistência social enquanto política pública e direito do cidadão. Os programas públicos assistenciais são viabilizados pela prefeitura e, quase sempre, restritos ao atendimento de demandas imediatas e urgentes. Trabalho semelhante e complementar é feito pela sociedade civil em ações caritativas. A partir de 2005 ocorreram as mudanças propostas pela Política Nacional de Assistência Social e instituição do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), o que viabilizou a criação do Centro de Referência em Assistência Social – CRAS, do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), dentre outros equipamentos e serviços. A Rede de Atendimento Sócio-assistencial do município foi constituída pelos referidos equipamentos, somados a alguns programas federais disponibilizados no município, sendo eles: o Programa Bolsa Família – PBF; Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI; Benefício de Prestação Continuada – BPC; dentre outros. De acordo com a NOB/RH – Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS, os centros de referência devem contar com profissionais especializados, tais como, Assistente Social, Psicólogo, Pedagogo e outros em nível de Ensino Médio, concursados, como determina a referida norma. Dentro dos critérios da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), Manhuaçu é considerado município de médio porte, por isso pode contar com 02 unidades do CRAS, cada um responsável pelo atendimento de aproximadamente 5.000 famílias referenciadas. Os equipamentos da PNAS foram implantados em tempo hábil, 45 conforme os critérios estabelecidos: nas regiões urbanas aonde se concentram a maior parte da população em condição de pobreza e outras vulnerabilidades sociais, conforme determinações do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, certamente um marco histórico na trajetória da Política de Assistência Social do município. Apesar das mudanças ocorridas desde a implantação da PNAS, ainda persiste no município de Manhuaçu-MG uma assistência social em que prevalece a reprodução da tutela e do controle sobre camadas empobrecidas e discriminadas da sociedade. Neste contexto, a assistência social reforça a condição da ajuda e do favor, tendo em vista a manutenção de vínculos de subordinação e clientelismo. A realidade desse município e seu entorno, indubitavelmente, reflete a herança histórica do “coronelismo” que marcou as sociedades rurais brasileiras. A vivência neste contexto possibilitou apurar os limites da consciência política, a resignação e a “naturalização” da pobreza, haja vista a desorganização dos segmentos vulnerabilizados, sem organização que represente seus interesses, sem manifestações contestatórias da precária condição em que vivem. Dado o exposto, a construção da assistência social como política pública municipal, apresenta dificuldades que extrapolam o âmbito local e estão presentes também nas esferas estadual e federal, principalmente, quando observados a desarticulação entre as três esferas de governo e no interior de cada esfera; a descontinuidade e fragmentação das ações; a insuficiência dos recursos financeiros; a falta de vontade política dos governantes; a inexistência de diagnósticos precisos para identificar as reais necessidades de atendimento da população usuária da assistência; a ausência de procedimentos avaliativos que viabilizassem o controle social; a falta de organização política da sociedade civil em defesa de seus direitos sociais. Ainda hoje as ações assistenciais têm obedecido aos critérios de redução de gastos com os pobres em detrimento da construção de políticas assistenciais em vista da garantia de direitos sociais regulamentados no país. Trata-se de um quadro de contenção municipal no atendimento às demandas sociais, que são 46 repassadas para a sociedade civil, no âmbito das associações comunitárias, das instituições religiosas e da solidariedade individual. No município estão registradas no âmbito do Conselho Municipal de Assistência Social, 54 (cinqüenta e quatro) entidades da sociedade civil, dentre Associações e Movimentos Sociais de segmentos específicos como moradores de determinados bairros, negros, mulheres, idosos, portadores de câncer, portadores de insuficiência renal, pessoas com deficiência e instituições de atendimento a crianças e adolescentes privados do convívio familiar. Tais organizações demandam o acompanhamento do Assistente Social a fim de que se mantenham em situação regular junto ao Conselho Municipal de Assistência Social e para que sejam instrumentalizados e fortalecidos em seu protagonismo político. Ao mesmo tempo, a descentralização efetiva, assim como preconizada pelo LOAS, dependerá, em grande parte, da própria organização política da sociedade civil, na busca pela consolidação de interesses coletivos, o que estabelece estreita correlação com os compromissos ético-políticos dos assistentes sociais, quando estes utilizam o seu saber técnico-profissional para o fortalecimento dos movimentos populares. Neste contexto, a oferta do curso de Serviço Social presencial pela FACIG se constitui num marco importante da consolidação da Política de Assistência Social enquanto direito, atuando especificamente na viabilização de profissionais qualificados nesta área, em Manhuaçu e nos município circunvizinhos, tais como, Simonésia, Santana do Manhuaçu, Luisburgo, Reduto, Manhumirim, Alto Jequitibá, São João do Manhuaçu, Martins Soares, Caputira, Matipó, Santa Margarida, Durandé, Lajinha, Chalé, São José do Mantimento, Taparuba, Ipanema, Conceição de Ipanema, e também em alguns municípios do Espírito Santo, como Iúna, Ibatiba e Irupi, dentre outros. A consolidação deste curso em Manhuaçu é uma decisão estratégica porque se trata de um município com localização privilegiada, tanto em termos de crescimento econômico regional, como em geração de novos espaços ocupacionais para o assistente social. Por isso, esta IES tem promovido diversas ações articuladas com 47 a comunidade que demandam a intervenção direta do profissional de Serviço Social. Com base nesses elementos, podemos afirmar que a colaboração do curso de Serviço Social para a FACIG e para a comunidade ocorre em vários aspectos, a saber: na qualificação de profissionais para atuar junto às empresas, poder público, instituições sociais, organismos não-governamentais e movimentos sociais; na composição de equipes interdisciplinares para atuar junto à comunidade acadêmica, nos grupos de pesquisa e em outros espaços específicos da instituição e, principalmente, na geração de conhecimento científico, que colabore na proposição de intervenções sociais pelos diferentes atores e segmentos sociais. Entre as atividades principais desses profissionais destacam-se o planejamento, implementação, gestão e execução de políticas sociais; assessoria e consultoria aos movimentos sociais, poder público municipal, estadual e federal, dentre outras. Desta forma, o curso de Serviço Social organizado sob as recomendações do MEC e da ABEPSS, além de contribuir com o fortalecimento e valorização da profissão na região, abre um leque de possibilidades de qualificação permanente para os assistentes sociais, por meio da participação em eventos acadêmicos promovidos pela FACIG e na articulação da IES com profissionais Supervisores de Estágio. 7. Objetivos O curso superior de graduação em Serviço Social da FACIG visa formar bacharel, com visão crítica, apto para construir propostas de intervenção na realidade social, visando preservar e consolidar direitos a partir das demandas emergentes da sociedade, tendo como objetivos norteadores: Formar profissionais com competência teórico-metodológica, técnicooperativa e ético-política, comprometidos com a historicidade, construção e diversidade na apreensão da totalidade social; Propiciar o desenvolvimento de profissionais competentes e comprometidos com a construção de projetos sociais, compatíveis com a necessária intervenção na realidade social brasileira, principalmente na Região da Vertente Ocidental do Caparaó, tão marcada pelas desigualdades sociais. 48 Incentivar a iniciação científica (pesquisa) e extensão como instrumento básico para conhecimento da realidade e enriquecimento da teoria e da prática do Serviço Social. Trabalhar a interdisciplinaridade com formação generalista, frente às expressões da “questão social”. Garantir a unidade ensino, pesquisa e extensão de forma a articular a comunidade acadêmica e não acadêmica, construindo e reconstruindo o perfil profissional e a sociedade, visando ao exercício da cidadania e a redução das diferenciações sociais. O intuito, portanto, é o de garantir que a interlocução entre o ensino, a pesquisa e a extensão não sejam desvinculados, mas reforçados no processo que aproxima instituição de ensino e comunidade para a formação de profissionais preparados para intervir no contexto real e transformá-lo sob a égide da garantia de direitos e da justiça social. Entende-se, portanto, que não cabe às instituições de ensino somente qualificar força de trabalho para o mercado ou transmitir conhecimento de forma unilateral, mas sim buscar desenvolver uma política acadêmica, norteada para atividades de ensino, pesquisa e extensão, tripé que sustenta as instituições de ensino superior de forma geral. 8. Perfil do Egresso O perfil do bacharel em Serviço Social se faz na formação do profissional: que atua nas expressões da questão social, formulando e implementando propostas para seu enfrentamento, por meio de políticas sociais públicas, empresariais, de organizações da sociedade civil e movimentos sociais; dotado de formação intelectual e cultural generalista crítica, competente em sua área de desempenho, com capacidade de inserção criativa e propositiva, no conjunto das relações sociais e no mercado de trabalho; comprometido com os valores e princípios norteadores do Código de Ética do Assistente social. Para compor este perfil é necessário que o discente, além de apreender o caráter 49 contraditório de sua prática profissional, esteja apto a compor habilidades que sejam fomentadoras do desenvolvimento profissional, compreendido como fenômeno histórico e em movimento. De acordo com a Resolução nº 15 de 13 de Março de 2002 que estabelece as Diretrizes Curriculares para os cursos de Serviço Social para o exercício da profissão, o Assistente Social deve ter (a) competência teórico-metodológica e ético-política, como requisito fundamental para o exercício de suas atividades técnicas, tendo em vista a: apreensão crítica dos processos sociais numa perspectiva de totalidade; análise do movimento histórico da sociedade brasileira, apreendendo as particularidades do desenvolvimento do capitalismo no país; (b) compreensão do significado social da profissão e de seu desenvolvimento social e histórico, nos cenários internacional e nacional, construindo possibilidades de intervenção na realidade; (c) identificação das demandas presentes na sociedade, visando formular respostas profissionais para o enfrentamento da questão social; (d) utilização dos recursos da informática. Profissionais habilitados teórica e metodologicamente para compreender as implicações de sua prática, reconstruí-la, efetivá-la e recriá-la no bojo de sua história e da história da profissão. Para tanto, o profissional deve ter suporte teórico-metodológico para ter como estratégia de atuação a produção de conhecimentos sobre as determinações que constituem a realidade onde atua. A apreensão do significado social e histórico da profissão é indispensável para a afirmação da identidade profissional que sofre influências deformadoras advindas da cultura assistencialista e que se opõe à compreensão da Assistência como direito histórico e como pilar da construção da profissão de Serviço Social. O Assistente Social deve estar atento à apreensão das demandas consolidadas e emergentes postas pelas relações sociais via mercado de trabalho, visando a formulação de respostas profissionais que permitam o enfrentamento à “questão social”, considerando as novas articulações entre o público e o privado no contexto do capitalismo monopolista e do Estado neoliberal. Neste sentido, o profissional estará apto a cumprir suas competências e atribuições previstas na Constituição Federal, nas legislações profissionais em vigor, respaldados pelo Código de Ética 50 da categoria e seus princípios de: liberdade, defesa de direitos, cidadania, democracia, equidade e justiça social, na garantia do pluralismo das correntes formadoras, manifestas nas várias expressões teóricas e no aprimoramento intelectual. Verifica-se, portanto, a necessidade de se garantir que a dimensão investigativa seja indissociável da atividade profissional, permitindo a construção de estratégias de intervenção profissional a partir de sua efetiva aproximação da realidade, tendo descortinado o imediatismo que oculta as determinações macrossocietárias dos fenômenos que se apresentam na cotidianidade profissional. Em consonância com as determinações da Lei nº 8.662, de 7 de Junho de 1993, que regulamenta a profissão de Assistente Social, são estabelecidas as seguintes competências e habilidades técnico-operativas: (a) formular e executar políticas sociais em órgãos da administração pública, empresas e organizações da sociedade civil; (b) elaborar, executar e avaliar planos, programas e projetos na área social; (c) contribuir para viabilizar a participação dos usuários nas decisões institucionais; (d) planejar, organizar e administrar benefícios e serviços sociais; (e) realizar pesquisas que subsidiem formulação de políticas e ações profissionais; (f) prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública, empresas privadas e movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais e à garantia dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade; (g) orientar a população na identificação de demandas e necessidades sociais; (h) orientar a população na identificação de recursos para atendimento e defesa de seus direitos; (i) realizar visitas, perícias técnicas, laudos, informações e pareceres sobre matéria de Serviço Social; (j) exercer funções de direção em organizações públicas e privadas na área de Serviço Social; assumir o magistério de Serviço Social e coordenar cursos e unidades de ensino; supervisionar diretamente estagiários de Serviço Social. 9. Organização Curricular O curso de Serviço Social da FACIG foi organizado em observância ao disposto na Resolução CFESS nº 273/93, de 13 de março de 1993, que institui o Código de 51 Ética Profissional dos Assistentes Sociais; na Lei nº 8.662, de 7 de junho de 1993, que regulamenta a profissão de Assistente Social; no Currículo Mínimo aprovado pela ABESS – Associação Brasileira de Ensino em Serviço Social – em Assembléia Geral Extraordinária de 8 de novembro de 1996; na Resolução CNE/CES nº 15, de 13.03.2002 que estabelece as Diretrizes Curriculares para cursos de Serviço Social. A fim de garantir a articulação e a flexibilidade dos conteúdos curriculares na totalidade do processo de formação profissional, em seus aspectos ético-políticos, técnico-operativos e teórico-metodológicos, os conteúdos curriculares a serem apresentados neste projeto foram organizados no sentido de garantir a indissociabilidade do tripé dos conhecimentos constituídos pelos núcleos de fundamentação da formação profissional, quais sejam: núcleo de fundamentos teórico-metodológicos da vida social, que objetiva uma compreensão do ser social historicamente situado no processo de constituição e desenvolvimento da sociedade burguesa, que é tratada em suas especificidades quanto à divisão social do trabalho, à propriedade privada, à divisão de classes e do saber, em suas relações de dominação e exploração, em suas formas de alienação e resistência; núcleo de fundamentos da formação sócio-histórica da sociedade brasileira, que remete à compreensão das características históricas particulares que presidem a formação e o desenvolvimento urbano e rural do Brasil, em suas diversidades regionais e locais, apreendendo os movimentos que permitiram a consolidação de determinados padrões de desenvolvimento capitalista no País, bem como os impactos econômicos, sociais e políticos peculiares à sociedade brasileira, tais como suas desigualdades sociais, diferenciação de classe, de gênero e étnico raciais, exclusão social, etc.; núcleo de fundamentos do trabalho profissional, que compreende as particularidades do Serviço Social como especialização do trabalho coletivo, elencando o conjunto de características históricas e políticas que perpassam o surgimento da profissão no interior da divisão sociotécnica do trabalho; os fundamentos históricos, teóricos e metodológicos que constituem os aspectos ético-políticos instrumentalidade e técnico-operativos profissional compreendida do exercício através planejamento, da execução, da avaliação, administração da e da profissional; pesquisa, a do sistematização 52 teórico-prática do Serviço Social, bem como do estágio supervisionado (ABEPSS, 1996). COMPUTAÇÃO E AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES a) O total da carga horária das atividades complementares varia de curso para curso, usualmente dividida em vários semestres específicos; b) O discente deve realizar diferentes atividades dentre as oferecidas no quadro de atividades, sendo no máximo 3 atividades iguais (ex: 3 leituras, 3 participações em congresso etc ) por semestre; c) Não há limite para as atividades desenvolvidas pela FACIG. O discente pode participar de todos os eventos da Instituição sem limites para contagem de horas; d) A aceitação ou não da atividade realizada pelo discente ocorre após a análise dos relatórios / resumos juntamente com os comprovantes das atividades; e) A forma de comprovação das atividades dos discentes, como relatórios, certificados, declarações, impressos, ticket etc. encontra-se no quadro de atividades; f) Ao término do semestre, no prazo estipulado no calendário acadêmico, o discente deve entregar seu portfólio de atividades complementares na secretaria da Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu; g) Após data definida em calendário, os portfólios das atividades complementares não serão aceitos; h) O portfólio completo do discente deve vir encadernado com espiral ou em pasta canaleta; i) Não serão aceitas folhas soltas fora do portfólio; j) Após 30 (trinta) dias, o discente poderá visualizar no ambiente online o lançamento das respectivas horas e, em caso de alguma divergência, procurar o coordenador do seu curso. 53 h) Para obter informações sobre o total de horas de atividades complementares a serem cumpridas no respectivo semestre, o aluno deverá consultar no quadro de aviso anexo à cantina a grade do seu respectivo curso. 54 QUADRO DAS ATIVIDADES COM AS HORAS CORRESPONDENTES ATIVIDADE CH COMPROVAÇÃO Visitas Técnicas: incluindo patrimônios culturais, patrimônios tombados, cidades históricas, monumentos, museus, museus de arte, memoriais, sítios de reservas naturais, empresas, entre outros. 10 h Comprovante de visita e relatório Participação em congressos, seminários e palestras 10 h Atividades culturais: filmes, teatros, shows, feiras, exposições. 05 h Atividades assistenciais voluntariado Cursos de extensão a distância Atividades esportivas: torneios, jogos, cursos de dança etc. Artigos publicados em jornais ou revistas; anais; capítulo de livros, livros. Participação em cursos extracurriculares línguas, extensão, treinamento Estágio Extracurricular 08 h/dia completo Número de horas especificadas no certificado (máximo de 30 h) Comprovante de participação (certificado ou declaração) e resumo Comprovante (ingresso, declaração, comprovante de locação) e sinopse, resenha ou relatório Declaração da instituição e relatório de atividades Certificado ou declaração da instituição e relatório 05 h Comprovante de participação (inscrição, declaração) e relatório 20 h Cópia do artigo, resenha, texto, capa do livro Número de horas especificadas no certificado (máximo de 30 h) Número de horas especificadas no certificado (máximo de 80 h) Certificado ou declaração da empresa com carga horária e relatório Declaração da empresa ou termo de compromisso de estágio e relatório de atividades Leitura de matérias publicadas em jornais, revistas, livros ou periódicos referentes ao tema do curso/disciplina. 10 h Cópia do material (artigo, resumo do artigo ou capa) e resenha Monitoria 30 h Declaração da instituição e relatório das atividades 55 FORMA DE DETALHAMENTO PARA CONFECÇÃO DOS RELATÓRIOS DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS: a) Visitas Técnicas: Comprovante de visita expedido pela empresa visitada ou declaração do organizador do evento. Relatório da visita; b) Participação em Congressos, seminários e palestras: Comprovante autenticado de participação nestes eventos (certificados ou declaração do organizador). Relatório do evento; c) Atividades culturais (filme, teatro, show, feiras, exposições): Comprovante de autenticado de participação no evento, ou ingresso, comprovante da locadora de filme. Em caso de material próprio (vídeos), apresentar xerox da capa do filme. Sinopse do filme, resumo, resenha ou relatório do evento. d) Atividades Assistenciais: Apresentação de comprovante de participação e relatório, assinado pela direção do órgão em questão com os dados da instituição em papel timbrado ou carimbo da mesma. Relatório das atividades desenvolvidas; e) Cursos a Distância (DTCOM, FGV, Sebrae ou outros): Certificado de participação, inscrição, ou declaração da instituição com dados da mesma. Relatório do curso; f) Atividades esportivas (torneios, jogos, cursos de dança, coral etc): Comprovante de participação, inscrição, declaração da instituição organizadora. Relatório da atividade desenvolvida; g) Artigos publicados em jornais ou revistas, anais; capítulo de livros, livros: Cópia do artigo e resenha; h) Participação em cursos Extracurriculares (línguas, extensão, treinamento): Comprovante de matrícula, ou boleto bancário com documento expedido pela escola comprovando a carga horária mensal do curso ou declaração da escola. Relatório ou resumo; i) Estágio Extracurricular: Termo de compromisso do CIEE, da Facig ou da própria empresa. A carga horária a ser lançada não deve passar de 80 horas no semestre. Relatório com as atividades desenvolvidas na empresa; j) Leitura de matérias publicadas em jornal, revistas, livros ou periódicos referentes ao tema do curso/disciplina: Cópia do artigo ou resumo, capa do livro ou periódico. Resenha ou resumo. 56 Observação Importante: TODOS OS RELATÓRIOS E RESUMOS DEVEM SER DE AUTORIA DO DISCENTE. Todas as atividades deverão ser compatíveis com o semestre de sua entrega. Não serão aceitos comprovantes que apresentem apenas assinatura, sem carimbo, sem data ou sem especificação da atividade realizada pelo discente. Nas atividades esportivas não será aceito declaração dizendo que o discente não pode realizar atividades físicas. Não serão aceitas atividades de semestres anteriores. Trabalhos com relatórios iguais ao de outros discentes ou cópias de internet serão anulados. Caso o discente utilize filmes ou livros, de acervo próprio, deverá enviar comprovante. Atividades que forem enviadas e que não estejam na planilha do curso realizado pelo discente serão anuladas. 1º - CAPA FACULDADE DE CIÊNCIAS GERENCIAIS DE MANHUAÇU FACIG NOME COMPLETO DO ALUNO MATRÍCULA: CURSO: ANO / SEMESTRE PORTFÓLIO ATIVIDADES COMPLEMENTARES 57 2º - FOLHA DE ROSTO NOME DO ALUNO COMPLETO CÓDIGO DA MATRÍCULA PORTFÓLIO ATIVIDADES COMPLEMENTARES Relatório apresentado ao curso de (nome do curso em que está matriculado) na Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu para a obtenção da carga horária prevista pelas atividades complementares. Manhuaçu, ANO / SEMESTRE 58 3º - FICHA DE CONTROLE DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES NOME COMPLETO: CURSO: SEMESTRE: MATRÍCULA: nº de ordem DATA DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE HORAS 1 ____/____/____ 2 ____/____/____ 3 ____/____/____ 4 ____/____/____ 5 ____/____/____ 6 ____/____/____ 7 ____/____/____ 8 ____/____/____ 9 ____/____/____ 10 ____/____/____ 11 ____/____/____ 12 ____/____/____ 13 ____/____/____ 14 ____/____/____ 15 ____/____/____ 16 ____/____/____ 17 ____/____/____ 18 ____/____/____ 19 ____/____/____ 20 ____/____/____ TOTAL DE HORAS: PARECER: ( ) APROVADO REPROVADO ( ) OBS: O PORTFÓLIO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES DEVE SER ENTREGUE NA SECRETARIA NO PRAZO ESTIPULADO PELO CALENDÁRIO ACADÊMICO. 59 9.1. Estrutura Curricular: DISCIPLINA PERÍODO Filosofia Pensamento Social Conservador Introdução ao Serviço Social Língua Portuguesa Instrumental Formação Social, Econômica e Política do Brasil Atividades Complementares Total de carga horária: Pensamento Social e o Método Weberiano Economia Política Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social I Ciência Política Formação Sócio-histórica, Cultural e Econômica da Vertente Ocidental do Caparaó Atividades Complementares Total de carga horária: Psicologia Social Pensamento Social e a Tradição Marxista Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social II Política Social e Serviço Social Antropologia Social Projeto Interdisciplinar Atividades Complementares Total de carga horária: Ética e Serviço Social Política Social Setorial e Serviço Social I Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social III Trabalho e Sociabilidade Acumulação Capitalista e Serviço Social Projeto Interdisciplinar Atividades Complementares Total de carga horária: Serviço Social e Processos de Trabalho Política Social Setorial e Serviço Social II Fundamentos Históricos, Teórico 1o Período 1o Período 1o Período 1o Período 1o Período Não tem. Não tem. Não tem. Não tem. Não tem. 1o Período Não tem. 2o Período Não tem. 80 400 60 2o Período 2o Período Não tem. Não tem. 60 80 2o Período 2o Período Não tem. Não tem. 60 60 2o Período Não tem. 3o Período 3o Período Não tem. Não tem. 80 400 60 60 3o Período 3o Período 3o Período 3o Período 3o Período Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social I Não tem. Não tem. Não tem. Não tem. 4o Período 4o Período Não tem. Não tem. 4o Período 4o Período 4o Período Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social II Não tem. Não tem. 4o Período 4o Período Não tem. Não tem. 5o Período Não tem. 5o Período Política Social Setorial e Serviço Social I Fundamentos Históricos, 5o Período PRÉ-REQUISITO CARGA HORÁRIA 60 60 80 60 60 80 60 60 120 80 520 60 60 80 60 60 120 80 520 60 60 80 60 e Metodológicos do Serviço Social IV Direito e Legislação Social Orientação ao Estágio Supervisionado I Projeto Interdisciplinar Estágio Supervisionado I Total de carga horária: Classes e Movimentos Sociais Metodologia de Pesquisa Política Agrária e Serviço Social Instrumentalidade em Serviço Social Orientação ao Estágio Supervisionado II Projeto Interdisciplinar Estágio Supervisionado II Total de carga horária: Introdução a Informática Administração e Planejamento em Serviço Social Fundamentos da Pesquisa Científica Orientação ao Estágio Supervisionado III Trabalho de Conclusão de Curso I Estágio Supervisionado III Total de carga horária: Serviço Social e Pensamento Contemporâneo Estatística Serviço Social e Família Trabalho de Conclusão de Curso II Total de carga horária: Libras* Relações Étnicas e Raciais: diálogos com a cultura afrobrasileira e indígena* Práticas em Gestão e Educação Ambiental* 5o Período 5o Período Teóricos e Metodológicos do Serviço Social III Não tem. Não tem. 5o Período 5o Período Não tem. Não tem. 6o Período 6o Período 6o Período 6o Período Não tem. Não tem. Não tem. Não tem. 6o Período 6o Período 6o Período Orientação ao Estágio Supervisionado I Não tem. Estágio Supervisionado I 7o Período 7º Período Não tem. Não tem. 120 150 570 60 60 7º Período Não tem. 60 7o Período 60 7o Período Orientação ao Estágio Supervisionado II Não tem. 7o Período Estágio Supervisionado II 8º Período Não tem. 8º Período 8º Período 8º Período Não tem. Não tem. Trabalho de Conclusão de Curso I 8º Período 8º Período Não tem. Não tem. 360 80 40 8º Período Não tem. 40 60 60 120 150 590 60 60 60 60 60 120 150 510 80 80 80 120 * Disciplinas Optativas. 9.2 Ementário e Bibliografia das Unidades Curriculares: 01. Primeiro Período Filosofia Carga horária: 60 horas aula 61 Objetivos: Apresentar a Filosofia a partir das reflexões acerca de questões que contextualizam a modernidade. Ementa: Conceitos e estrutura da Filosofia. O conhecimento e suas formas de manifestação. Principais correntes filosóficas modernas e contemporâneas. Os fundamentos ontológicos do ser social. A dimensão da sociabilidade, trabalho e alienação. As formas de consciência: política, ciência, religião, moral e arte. As atuais reflexões éticas sobre a ciência e suas repercussões no mundo do trabalho. Relevância da Filosofia para o Serviço Social. Tradições filosóficas que incidiram no Serviço Social: Positivismo, Neotomismo, Fenomenologia e Marxismo. Bibliografia Básica: ANDERY, Maria Amália et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 6 ed. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1996. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de filosofia. 2 ed. São Paulo: Editora Moderna, 2002. CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. 4 ed. São Paulo: Ática, 2005. Bibliografia Complementar: BORON, Atilio. Filosofia Política Marxista. São Paulo: Cortez; Buenos Aires: CLACSO, 2003. CHAUI, Marilena. Introdução à história da filosofia. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. KORSCH, Karl. Marxismo e filosofia. Rio de Janeiro: Editora: UFRJ, 2008. REALE, Giovanni. História da Filosofia: Antiguidades e Idade Média. São Paulo. 2007 VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Filosofia da Práxis. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Pensamento Social Conservador Carga horária: 60 horas aula 62 Objetivos: Conhecer e refletir sobre as contribuições do pensamento de Durkheim para o campo do Serviço Social; interpretar e dialogar com os textos clássicos do pensamento social; relacionar o momento histórico com as correntes de pensamento acerca da sociedade; conhecer a especificidade da sociologia como ciência; relacionar o conteúdo da disciplina às questões próprias do Serviço Social. Ementa: A sociedade burguesa e sua consolidação. A constituição do ser social e suas relações sociais a partir do pensamento conservador. As elaborações de Durkheim: aspectos metodológicos e concepção de sociedade, do ser social e do trabalho. Bibliografia Básica: ARON, Raymond. Etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 2002. DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. São Paulo: Martins Fontes, 1995. QUINTANEIRO, Tânia; BARBOSA, Maria Lígia de Oliveira; OLIVEIRA, Márcia Gardênia Monteiro de. Um toque de clássicos: Durkheim, Marx e Weber. 2 ed. Belo Horizonte: UFMG, 1999. Bibliografia Complementar: DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. São Paulo: Martim Claret, 2003. DURKHEIM, Emile. O suicídio. São Paulo: Martin Claret, 2007. Coleção A Obra Prima de Cada Autor. DURKHEIM, Émile. Sociologia e Filosofia. São Paulo: Martim Claret, 2009. MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia? Coleção Primeiros Passos, vol. 57, 38. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. SELL, Carlos Eduardo. Sociologia Clássica. Petrópolis: Vozes, 2009. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Introdução ao Serviço Social 63 Carga horária: 80 horas aula Objetivos: Facilitar a compreensão do significado sócio-histórico da profissão e sua direção social hegemônica, consubstanciada na cultura profissional; Possibilitar o entendimento da questão social como fundamento do trabalho do Assistente Social; O Serviço Social na divisão sociotécnica do trabalho; Aproximação com as demandas atuais, perfil profissional e espaços sociocupacionais do Serviço Social, inclusive, na região de Manhuaçu; Levar ao conhecimento dos alunos, as legislações que normatizam, disciplinam e fiscalizam o exercício profissional na atualidade. Ementa: O processo sócio-histórico que demandou o surgimento do Serviço Social como especialização do trabalho coletivo. A constituição e o desenvolvimento da profissão na divisão sociotécnica do trabalho, sua relação com a questão social e o Estado capitalista. A inserção e especificidade do Serviço Social como especialização do trabalho coletivo. Considerações sobre o projeto de formação profissional na atualidade. Apontamentos sobre o mercado e as condições de trabalho profissional. Principais expressões da questão social na realidade de Manhuaçu/MG. A proposta curricular do curso de Serviço Social na FACIG. Bibliografia Básica: IAMAMOTO, Marilda Vilella; CARVALHO, Raul de. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil. Esboço de uma interpretação teórico-metodológica. São Paulo: Cortez, Lima, Peru, CELATS, 1982. MONTAÑO, Carlos Eduardo. A natureza do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2007. NETTO, José Paulo. Capitalismo monopolista e Serviço Social. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2001. Bibliografia Complementar: CASTRO, Manuel Marinque de. História do Serviço Social na América Latina. São Paulo: Cortez, 1989. 64 IAMAMOTO, Marilda Vilella. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 2005. IAMAMOTO, Marilda Vilella. Renovação e conservadorismo no Serviço Social. São Paulo: Cortez, 3. ed. 1995. MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: identidade e alienação. 12 ed. São Paulo: Cortez, 2008. NETTO, José Paulo. Questão social e direitos. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Língua Portuguesa Instrumental Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Contribuir para o desenvolvimento da habilidade de comunicação crítica e criativa do aluno, para a ampliação de sua competência comunicativa através do reconhecimento das modalidades oral e escrita da língua, suas características, as diversas situações de uso, suas variações e compreensão das concepções de linguagem, língua, fala e distinções entre si. Ementa: Semiótica geral. As funções da linguagem na expressão e na comunicação. Linguagem e comunicação: problemas gerais. Gramática. Prática de leitura e produção de textos, a partir dos processos de estruturação dos vários tipos de textos que veiculam na sociedade, ressaltando os fatores de coesão e coerência, numa perspectiva da lingüística textual. Bibliografia Básica: CAMARA JUNIOR, Joaquim Mattoso. Manual de expressão oral e escrita. 22 ed. Petrópolis: Vozes, 2003. CAMARA JUNIOR, Joaquim Mattoso. Estrutura da língua portuguesa. 33 ed. Petrópolis: Vozes, 2001. 65 FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e redação. 16 ed. São Paulo: Ática, 2000. Bibliografia Complementar: BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria semiótica do texto. 4ª ed. São Paulo: Ática, 2007. FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e coerência textuais. 9ª ed. São Paulo: Ática, 2001. KOCH, Ingedore Grunfield Villaça. A Inter-relação pela linguagem. 10ª ed. São Paulo: Contexto, 2008. KÖCHE, Vanilda Salton; BOFF, Odete Maria Benetti; PAVANI, Cinara Ferreira. Prática textual. 6ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. VANOYE, Francis. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção oral e escrita. 12 ed. Martins Fontes: São Paulo, 2003. 327 p. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Formação social, econômica e política do Brasil Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Possibilitar estudo sócio-histórico e econômico do Brasil desde o período colonial ao neoliberalismo, pontuando o conjunto de processos sócio-históricos que marcam os diferentes contextos em análise. Ementa: A formação econômica, social e política brasileira. A herança colonial. Patrimonialismo. Instauração e colapso do Estado Novo. Urbanização. Industrialização e surgimento de novos sujeitos políticos. Nacionalismo e desenvolvimentismo. O período pós 64 e seus desdobramentos. Transição democrática e o Neoliberalismo. A inserção dependente no sistema capitalista mundial. Os projetos societários em disputa e a constituição dos sujeitos sociais. Bibliografia Básica: 66 FAUSTO, Boris. História do Brasil. 9ª ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001. HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo, Companhia das Letras: 2005. PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo, Brasiliense: 2000. Bibliografia Complementar: ALVES, Maria Helena Moreira. Estado e Oposição no Brasil - 1964/1984. Petrópolis, Vozes, 2005. CASANOVA, Pablo Gonzalez. O Colonialismo Global e a Democracia. São Paulo: Civilização Brasileira, 1995. CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Editora LTC. Coleção Biblioteca de Ciências Sociais, 2002. FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: Edusp: 1998. FERNANDES, Florestan. A revolução burguesa no Brasil. Rio de Janeiro: Globo, 1987. FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucília Almeida Neves (orgs.). republicano: O tempo do liberalismo O Brasil Excludente. vol.1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. FIORI, José Luís. Os moedeiros falsos. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1998. HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. 02. SEGUNDO PERÍODO Pensamento Social e o Método Weberiano Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Abordar aspectos teórico-metodológicos da teoria sociológica de Weber nos diversos campos da atividade e suas respectivas categorias de análise. Ementa: 67 Principais elementos teórico-metodológicos apropriados pelo Serviço Social em Weber e sua relação com a sociedade capitalista: O método e sua visão de sociedade e do trabalho. A Ética protestante. Bibliografia Básica: ARON, Raymond. Etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 2002. COHN, Gabriel. (Org.) Weber. 7 ed. São Paulo: Ática, 1999. (Coleção Grandes Cientistas Sociais). WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. Bibliografia Complementar: QUINTANEIRO, Tânia; BARBOSA, Maria Lígia de Oliveira; OLIVEIRA, Márcia Gardênia Monteiro de. Um toque de clássicos: Durkheim, Marx e Weber. 2 ed. Belo Horizonte: UFMG, 1999. MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia? Coleção Primeiros Passos, vol. 57, 38. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. SELL, Carlos Eduardo. Sociologia Clássica. Petrópolis: Vozes, 2009. WEBER, Max. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Ed. daUnB, 1999 (vol. 2). WEBER, Max. Ensaios de Sociologia. 5ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Economia Política Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Possibilitar entendimentos da constituição da economia política como campo científico analisando as mudanças contemporâneas no padrão de acumulação e suas expressões na economia brasileira e internacional. Ementa: 68 A constituição da Economia Política como campo científico. As principais categorias da economia política nas grandes vertentes do pensamento moderno: liberalismo, neoliberalismo, keynesianismo e marxismo. Os principais projetos societários contemporâneos e as relações sociais de produção e reprodução. As mudanças nos padrões de produção e regulação social do pós-guerra aos dias atuais: as principais implicações para as políticas sociais no Brasil. Análises de economia política da globalização. A crise da economia política e a emergência do socialismo. As mudanças de paradigma no século XX e as lutas pelo progresso social em nossa época. Bibliografia Básica: BOTTOMORE, Tom (Ed.). Dicionário do pensamento marxista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. MARX, Karl. O Capital: crítica da Economia Política. Livro 1. v.1. Rio de Janeiro:Edipro, 2003. NETTO, José Paulo; BRAZ, Marcelo. Economia Política: uma introdução crítica, Biblioteca Básica de Serviço Social, v. 1. São Paulo: Cortez, 2006. Bibliografia Complementar: ANDERSON, Perry. O Balanço do neoliberalismo. In: GENTILI, Pablo (org.) Pósneoliberalismo. São Paulo, Unesp: 1996. ANTUNES, Ricardo. Os Sentidos do Trabalho: ensaio sobre a afirmação e negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2000. FURTADO, Milton Braga. Síntese da Economia Brasileira. São Paulo: LTC, 2000. HARVEY, David. Condição Pós-Moderna. 15. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2006. LUKÁCS, György. Socialismo e democratização: escritos políticos 1956-1971. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2008. SINGER, Paul. O Que é Economia. São Paulo: Contexto, 2003. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social I Carga horária: 80 horas aula 69 Objetivos: Proporcionar aos discentes o conhecimento dos princípios filosóficos do positivismo e do funcionalismo e sua contribuição para a teoria e a prática do Serviço Social: o serviço social de caso e grupo, dentro de um marco histórico da profissão com uma visão crítica, analisando as respostas do Estado e da sociedade civil no enfrentamento da questão social no período de 1930 a 1945. Ementa: A emergência do Serviço Social enquanto estratégia conservadora para responder ao acirramento da questão social de 1930 até 1945, e sua relação com o capital monopolista. As principais redes institucionais de prestação dos serviços sociais e o processo de profissionalização e expansão do Serviço Social. A formação das primeiras escolas de serviço social na América Latina e sua expansão pelo continente. As principais elaborações teórico-metodológicas do Serviço Social como respostas profissionais de compreensão e intervenção junto à questão social. O serviço social de caso e grupo. Bibliografia Básica: IAMAMOTO, Marilda Villela; CARVALHO, Raul de. Relações sociais e Serviço Social: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 16 ed. São Paulo: Cortez, 2004. MONTAÑO, Carlos Eduardo. A natureza do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2007. NETTO, José Paulo. Questão social e direitos. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. Bibliografia complementar: AGUIAR, Antonio Geraldo. Serviço Social e filosofia: das origens a Araxá. São Paulo: Cortez, 1989. CASTRO, Manuel MArinque de. História do Serviço Social na América Latina. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2003. 70 _____________________. Renovação e conservadorismo no Serviço Social. São Paulo: Cortez, 3. ed. 1995. IAMAMOTO, Marilda Vilella. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 2005. MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: identidade e alienação. São Paulo: Cortez, 2003. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Ciência Política Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Identificar a relevância da Ciência Política para o Serviço Social; apresentar elementos reflexivos para a compreensão crítica das relações entre Estado e Sociedade Civil no capitalismo contemporâneo. Ementa: A Constituição da Ciência Política como campo científico. Formação do Estado Moderno e da Sociedade Civil. As principais contribuições teóricas no campo da ciência política. O pensamento político de Hobbes, Rosseau, Locke e Marx. As teorias do Estado: Liberal, marxista e neoliberal. O debate contemporâneo e as questões da democracia, cidadania, soberania, autocracia e socialismo. A relação entre público e privado no contexto brasileiro. Projeto neoliberal e processo de globalização. Bibliografia básica: BOBBIO, Norberto. Liberalismo e Democracia. 6 ed. São Paulo, Brasiliense: 2005. COUTINHO, Carlos Nelson. Marxismo e Política. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1996. WEFFORT, Francisco (org.). Os Clássicos da Política. 14. ed. São Paulo, Àtica: 2007. (vol. 1 e 2) Bibliografia Complementar: 71 ANDERSON, Perry. O Balanço do neoliberalismo. In: GENTILI, Pablo (org.) Pósneoliberalismo. São Paulo, Unesp: 1996. BONAVIDES, Paulo. Ciência política. 10ª ed. Rio de Janeiro: Malheiros, 2002. BORON, Atilio. Filosofia Política Marxista. São Paulo: Cortez; Buenos Aires: CLACSO, 2003. DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 2007. LUKÁCS, György. Socialismo e democratização: escritos políticos 1956-1971. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2008. MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2001. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Formação Sócio-histórica, Cultural e Econômica da Vertente Ocidental do Caparaó Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Capacitar o aluno para uma leitura crítica dos desdobramentos das transformações ocorridas no capitalismo brasileiro sobre a particularidade do contexto regional da Vertente Ocidental do Caparaó, em Minas Gerais; proporcionar ao aluno a capacidade de identificar, interpretar, analisar, sintetizar e julgar dados e fatos situados no interior deste movimento histórico, no que se refere aos aspectos econômicos, políticos, sociais e culturais da vida social. Ementa: O processo de constituição socioeconômico de Minas Gerais. As particularidades do desenvolvimento mineiro frente à constituição do capitalismo no século XX. O Leste de Minas e sua importância frente ao projeto desenvolvimentista brasileiro. A constituição da Região da Vertente Ocidental do Caparaó e da cidade de Manhuaçu. O seu povoamento e especificidades históricas e culturais. Bibliografia Básica: 72 CAMPOS, Helena Guimarães; FARIA, Ricardo Moura. História de Minas Gerais. Belo Horizonte: Lê, 2005. COSTA, José Caldas da. Caparaó: a primeira guerrilha contra a ditadura. São Paulo: Boitempo, 2007. SANTOS, F. M. dos. A república do silêncio. Caratinga: FUNEC, 2009. Documentos históricos produzidos sobre a cidade de Manhuaçu. Bibliografia Complementar: CASANOVA, Pablo Gonzalez. O Colonialismo Global e a Democracia. São Paulo: Civilização Brasileira, 1995. DULCI, Otávio Soares. Política e Recuperação Econômica em Minas Gerais. Belo Horizonte. Ed. UFMG, 1999. FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: Edusp: 1998. FERNANDES, Florestan. A revolução burguesa no Brasil. Rio de Janeiro: Globo, 1987. HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo, Companhia das Letras: 2005. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. 03. TERCEIRO PERÍODO Psicologia Social Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Possibilitar ao aluno compreender a relatividade dos conceitos de saúde e doença mental, compreender e justificar a unidade sômato-psíquica que caracteriza a saúde e as psicopatologias. Ementa: Categorias fundamentais da psicologia social: indivíduo, cultura e personalidade, identidade, consciência e alienação. As principais correntes teóricas que influenciaram o Serviço Social: Behaviorismo, Gestalt, Psicanálise, Psicodrama, Análise Institucional e a teoria de Rogers. A contribuição da psicologia para o 73 debate sobre a subjetividade: da psicanálise à psicologia social, a diversidade de abordagens. A psicologia e sua diversidade: breve contextualização. Aspectos psicológicos e sociais da 1ª infância, adolescência, idade adulta e velhice. Os debates contemporâneos sobre o indivíduo, a sociedade, a subjetividade e as instituições. Relação entre profissional e usuário dos serviços sociais. Bibliografia Básica: BOCK, Ana Mercês Bahia. Psicologia e o compromisso social. São Paulo: Cortez, 2003. LANE, Silvia Tatiana Maurer; Wanderley Codo. Psicologia Social: o homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 1996. SENA E SILVA, Maria de Fátima de; AQUINO, Cássio Adriano Braz de. Psicologia Social: Desdobramentos e Aplicações. São Paulo: Escrituras, 2004. Bibliografia complementar: FADIMAN, James; FRAGER, Robert. Teorias da personalidade. São Paulo: Harbra, 2002. GONÇALVES, Maria da Graça Marchina. Psicologia, Subjetividade e Políticas Públicas (Construindo o compromisso social da Psicologia). São Paulo: Cortez, 2010. GONZÁLEZ REY, Fernando Luis. O social na psicologia e a psicologia social. Petrópolis: Vozes, 2004. KATZ, Daniel. Psicologia social das organizações. São Paulo: Atlas, 1974. MARTINEZ, Albertina Mitjans. Psicologia Escolar e Compromisso Social. São Paulo: Alínea, 2005. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Pensamento Social e a Tradição Marxista Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Contribuir para a apreensão da crítica marxista à sociedade burguesa; conhecer as influências teóricas da formação teórica e política de Marx; discutir o processo de construção do conhecimento na obra de Marx; lidar com conceitos, teorias e temas 74 da obra de Karl Marx conjugando de forma crítica teoria e realidade política; desenvolver a capacidade analítica e crítica diante da realidade social e política vigente; compreender como Gramsci concebe as categorias ideologia, Estado, sociedade civil, democracia, hegemonia, cultura e o papel dos intelectuais na luta de classes, além de como o autor contribui para o debate contemporâneo das Ciências Sociais; debater as categorias ser social, trabalho, ontologia e teleologia, em Lukács. Ementa: A emergência da sociedade burguesa e a constituição do ser social. O método, a visão de sociedade e do trabalho em Karl Marx e a tradição marxista no século XX. As contribuições de Gramsci para os estudos do ser social na sociedade contemporânea. A sociabilidade pelo trabalho. Consciência e classe social. A questão cultural. Bibliografia Básica: COUTINHO, Carlos Nelson. Marxismo e política, São Paulo, Cortez, 1994. MARX, Karl. O capital. 3. ed. Bauru: EDIPRO, 2008. GRANEMANN, Sara. O processo de produção e reprodução social: trabalho e sociabilidade. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. Bibliografia Complementar: BOTTOMORE, Tom. Dicionário do pensamento marxista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. LUKÁCS, György. O jovem Marx e outros escritos de filosofia. Rio de Janeiro: UFRJ, 2007. LUKÁCS, György. História e consciência de classe: estudo sobre a dialética marxista. São Paulo: Martins Fontes, 2003. QUINTANEIRO, Tânia; BARBOSA, Maria Lígia de Oliveira; OLIVEIRA, Márcia Gardênia Monteiro de. Um toque de clássicos: Durkheim, Marx e Weber. 2 ed. Belo Horizonte: UFMG, 1999. SELL, Carlos Eduardo. Sociologia Clássica. Petrópolis: Vozes, 2009. 75 Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social II Carga horária: 80 horas aula Objetivos: Analisar as particularidades das respostas profissionais do Serviço Social latinoamericano e brasileiro, em especial a partir da análise de suas produções do período de reconceituação; contribuir para a formação de uma consciência profissional capaz de compreender o significado histórico da profissão, a partir de sua historicidade; compreender as transformações sociais, econômicas, políticas e culturais ocorridas na sociedade capitalista a partir do 2º pós-guerra; compreender como tal processo funciona e modifica as instituições concretas de formação e prática do Serviço Social. Ementa: O Serviço Social no processo de maturação e consolidação do capitalismo monopolista no contexto desenvolvimentista, a partir do II pós-guerra. As principais elaborações teórico-metodológicas do Serviço Social, neste período como respostas profissionais de compreensão e intervenção junto à questão social: o serviço social de comunidade. As estratégias das classes sociais no enfrentamento da desigualdade e da exclusão social. Bibliografia Básica: IAMAMOTO, Marilda Vilella; CARVALHO, Raul de. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil. Esboço de uma interpretação teórico-metodológica. 16. ed. São Paulo: Cortez, 2004. MONTAÑO, Carlos Eduardo. A natureza do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2007. NETTO, José Paulo. Capitalismo monopolista e Serviço Social. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2001. Bibliografia Complementar: 76 AGUIAR, Antonio Geraldo. Serviço Social e filosofia: das origens a Araxá. São Paulo: Cortez, 1989. CASTRO, Manuel Manrique de. História do Serviço Social na América Latina. 6 ed. São Paulo: Cortez-CELATS, 2003. IAMAMOTO, Marilda Villela. Renovação e conservadorismo no Serviço Social. São Paulo: Cortez, 3. ed. 1995. MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: identidade e alienação. 11. ed. São Paulo: Cortez, 2007. YAZBEK, Maria Carmelita. O significado sócio-histórico da profissão. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Política Social e Serviço Social Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Introduzir conceito de Estado e de política social, de modo que o aluno possa refletir acerca das formulações das políticas sociais e sua evolução no sistema econômico, político e social na contemporaneidade. Ementa: As políticas sociais como estratégias de enfrentamento da questão social. O papel dos sujeitos políticos na formulação das políticas sociais públicas e privadas. A gestão dos fundos públicos: o papel do Estado e a relação entre o público e o privado na trajetória das políticas sociais brasileiras. Seguridade social - formato jurídico, institucional e financeiro. Atores sociais e as políticas sociais. Controle social – protagonismo da sociedade civil e o papel do Estado. Emergência de novos padrões de atenção e proteção social na América Latina e no Brasil. As atuais tendências de avaliação de políticas sociais. O processo de descentralização via municipalização e o fenômeno da focalização. As funções e dinâmicas dos Conselhos em suas diferentes instâncias. As mudanças na esfera da produção e da regulação social e suas implicações para a política social. 77 Bibliografia Básica: BEHRING, Elaine Rossetti; BOSCHETTI, Ivanete. Política Social: Fundamentos e História. Biblioteca Básica. v. 2. São Paulo: Cortez, 2008. BOSCHETTI, Ivanete. A política de seguridade social no Brasil. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. MOTA, Ana Elizabete (org.) O mito da assistência social: ensaios sobre estado, política e sociedade. São Paulo: Cortez, 2008. Bibliografia complementar: BEHRING, Elaine Rossetti. Política social no contexto de crise capitalista. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. FIORI, José Luís. Os moedeiros falsos. São Paulo, Vozes, 1997. MENEZES, Maria Thereza C. G. Em busca da teoria: políticas de assistência pública. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1998. MONTAÑO, Carlos. Terceiro setor e questão social: crítica ao padrão emergente de intervenção social. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2007. PEREIRA, Potyara Amazoneida Pereira. Estado, sociedade e esfera pública. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. RAICHELIS, Raquel. Esfera pública e conselhos de assistência social: caminhos da construção democrática. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2007. SILVA, Maria Ozanira da Silva e; YAZBEK, Maria Carmelita; GIOVANNI, Geraldo di. A política social brasileira no século XXI: a prevalência dos programas de transferência de renda. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2007. SPOSATI, Aldaíza de Oliveira (Org.) Proteção social de cidadania: inclusão de idosos e pessoas com deficiência no Brasil, França e Portugal. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2008. VIEIRA, Evaldo. Os direitos e a política social. São Paulo: Cortez, 2004. 78 Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Antropologia Social Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Fomentar no aluno a identificação da Antropologia como o estudo do homem em todas as suas dimensões e em todas as sociedades; buscar a percepção da humanidade sob uma noção plural, em detrimento de uma visão etnocêntrica do mundo; instigar o aluno a transformar o “natural”, o “dado”, o “evidente”, o “familiar” em sua cultura, em “exótico”, por meio do conceito de “relativismo cultural” e do “estranhamento antropológico”. Ementa: A constituição da Antropologia como campo científico e a emergência de algumas de suas principais variantes: a antropologia urbana e antropologia cultural. A relação dialética entre o material e o simbólico na construção das identidades sociais e da subjetividade. Imaginário, representações sociais e expressões culturais dos diferentes segmentos sociais com ênfase na realidade brasileira e suas particularidades regionais. Bibliografia Básica: DAMATTA, Roberto. O que faz o Brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco 2000. GEERTZ, Cliford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989. LÉVI-STRAUSS, Claude. Raça e história. Lisboa: Presença, 2003. Bibliografia Complementar: DAMATTA, Roberto. Relativizando: introdução à antropologia social. São Paulo: Rocco, 2000. VELHO, Gilberto. Desvio e divergência: uma crítica da patologia social. São Paulo: Jorge Zahar, 1999. HOEBEL, Edward Adamson; FROST Everett. Antropologia Cultural e Social. São Paulo: Cultrix, 2001. 79 MARCONI, Mariana de Andrade. Antropologia: uma introdução. São Paulo: Atlas, 2005. MELO, Luiz Gonzaga. Introdução à Antropologia. In: Antropologia Cultural. São Paulo: Vozes, 2000. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Projeto Interdisciplinar Carga horária: 120 horas aula Objetivos: Oportunizar condições para a iniciação da pesquisa científica, contribuindo para a construção do conhecimento e buscando instrumentalizar os alunos para cursar uma pós-graduação; garantir o entendimento da relação complementar que se estabelece entre os núcleos de fundamentação, para que não sejam apreendidos de forma autônoma ou subseqüente, mas expressando níveis diferenciados de apreensão da realidade social e profissional, que irão subsidiar a intervenção do Serviço Social; viabilizar a compreensão da totalidade do processo de formação profissional e como se dá articulação dos núcleos de fundamentação no período em curso; buscar o entendimento da formação profissional a partir de uma concepção de ensino e aprendizagem calcados na dinâmica dos processos sociais em que se efetivará a intervenção do assistente social; possibilitar a pesquisa e a produção do conhecimento a partir dos seguintes eixos temáticos: Fundamentos históricos e teórico-metodológicos do Serviço Social; Questão Social; Trabalho e Serviço Social; Pesquisa e Serviço Social; O tratamento dispensado à prática profissional. Ementa: A articulação dos núcleos de fundamentação constitutivos do processo de formação profissional: núcleo de fundamentos teórico-metodológicos da vida social; núcleo de fundamentos da particularidade sócio-histórica da sociedade brasileira; núcleo de fundamentos do trabalho profissional. As mediações teórico-práticas que perpassam toda a formação profissional, sob a articulação entre ensino, pesquisa e extensão. O conjunto de conhecimentos indissociáveis para a apreensão da 80 gênese, das manifestações e do enfrentamento da questão social, eixo fundante da profissão e articulador dos conteúdos da formação profissional. Bibliografia Básica: A ser definida pelos alunos e professores orientadores de acordo com o objeto de pesquisa definido por cada grupo. 04. QUARTO PERÍODO Ética e Serviço Social Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Discutir o entendimento sobre os códigos de ética dos assistentes sociais brasileiros: fundamentos, conteúdos e significado político nas questões que envolvam o cotidiano profissional. Ementa: O processo de construção de um ethos profissional. O significado dos valores e suas implicações ético-políticas no trabalho social. O espaço da ética na relação indivíduo e sociedade. O debate contemporâneo do Serviço Social e a ética profissional. A ética no Capitalismo. Natureza da ética profissional. Os projetos societários e os projetos de categorias profissionais. Os códigos de ética dos assistentes sociais brasileiros - fundamentos, conteúdos e significado político. O projeto ético da profissão e sua implicância na ontologia da profissão. As questões éticas atuais e o cotidiano profissional. Bibliografia Básica: BARROCO, Maria Lúcia Silva. Fundamentos éticos do Serviço Social. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. BONETTI, Dilséa Adeodata et al. Serviço Social e ética: convite a uma nova práxis. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2007. CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. 4 ed. São Paulo: Ática, 2005. 81 Bibliografia Complementar: BARROCO, Maria Lúcia. Ética e Serviço Social: fundamentos ontológicos. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2001. Conselho Federal de Serviço Social. Legislação e Resoluções sobre o trabalho do/a assistente social. Conselho Federal de Serviço Social - Gestão Atitude Crítica para Avançar na Luta. Brasília: CFESS, 2011. Disponível em http://www.cfess.org.br/noticias_res.php?id=610. SIMÕES. Carlos. Curso de direito do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2007. TEIXEIRA, Joaquina Barata; BRAZ, Marcelo. O projeto ético-político do Serviço Social. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Filosofia da Práxis. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997. VALLS, Álvaro L. M. O que é ética. 9. Ed. Vol. 177. São Paulo: Brasiliense, 2002. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Política Social Setorial e Serviço Social I Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Analisar e problematizar a constituição da Seguridade Social no Brasil, possibilitando a compreensão e a análise crítica do processo de descentralização político-administrativo nas esferas de poder federal, estadual e municipal; promover uma aproximação com os espaços sociocupacionais na Região da Vertente Ocidental do Caparaó, visando identificar a demanda do mercado. Ementa: O Estado brasileiro e a assistência social. A compreensão da assistência e o paradigma do direito. A política de assistência social: modelos, financiamento, operacionalização, gestão e controle social. As estratégias de proteção social ao trabalho informal. A prática profissional do assistente social na estruturação e implementação da política de assistência social. A particularidade de segmentos especiais. A (re) construção objetos de intervenção nas abordagens familiares, 82 grupais, individuais e coletivas. Instrumentos para estudo e trabalho com famílias e segmentos sociais vulneráveis: entrevista, observação, visitas domiciliares, estudo e parecer social, encaminhamento, documentação. Processos interventivos com famílias e segmentos sociais vulneráveis. Interrelações socioinstitucionais. Bibliografia Básica: BEHRING, Elaine Rossetti. Expressões políticas da crise e as novas configurações do Estado e da sociedade civil. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. MOTA, Ana Elizabete (org.) O mito da assistência social: ensaios sobre Estado, política e Sociedade. São Paulo: Cortez, 2008. MIOTO, Regina Célia. Orientação e acompanhamento social a indivíduos, grupos e famílias. In: Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. Bibliografia Complementar: BEHRING, Elaine Rossetti; BOSCHETTI, Ivanete. Política Social: Fundamentos e História. Biblioteca Básica. V. 2. São Paulo: Cortez, 2008. IAMAMOTO, Marilda Villela. Serviço Social em tempo de capital fetiche. São Paulo: Cortez, 2007. MENEZES, Maria Thereza Cândido Gomes de. Em busca da teoria: políticas de assistência pública. 2.ed. São Paulo: Cortez; Rio de Janeiro: UERJ, 1998. RAICHELIS, Raquel. Esfera pública e conselhos de assistência social: caminhos da construção democrática. São Paulo, Cortez, 1998. SILVA E SILVA, Maria Ozanira da, Maria Carmelita Yazbek Geraldo Di Giovanni. A Política Social Brasileira no Século XXI, São Paulo: Cortez, 2004. SIMÕES. Carlos. Curso de direito do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2007. SPOSATI, Aldaíza de Oliveira (Org.) Proteção social de cidadania: inclusão de idosos e pessoas com deficiência no Brasil, França e Portugal. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2008. 83 Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social III Carga horária: 80 horas aula Objetivos: Analisar a trajetória teórica, metodológica e as refrações das questões sociais no período de ditadura com a emergência do movimento de reconceituação do Serviço Social. Ementa: O processo de reconceptualização do Serviço Social na América Latina e as particularidades da renovação do Serviço Social no Brasil: a autocracia burguesa e as transformações sociopolíticas na realidade brasileira. As direções do processo de renovação do Serviço Social brasileiro sob a autocracia burguesa: a modernização conservadora, a reatualização do conservadorismo e intenção de ruptura. As perspectivas de Renovação Conservadora, a Fenomenologia, a Teoria Sistêmica, a Intenção de Ruptura e a interlocução com a tradição marxista no Serviço Social e seus diferentes aportes conceituais como modalidades historicamente determinadas de compreensão e intervenção na realidade social. Bibliografia Básica: IAMAMOTO, Marilda Vilella; CARVALHO, Raul de. Relações sociais e Serviço Social no Brasil: Esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 16 ed. São Paulo: Cortez, 2004. MONTAÑO, Carlos Eduardo. A natureza do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2007. YAZBEK, Maria Carmelita. Fundamentos históricos e teórico-metodológicos do Serviço Social. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. Bibliografia Complementar: CASTRO, Manuel Marinque de. História do Serviço Social na América Latina. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2003. 84 MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: identidade e alienação. 11. ed. São Paulo: Cortez, 2007. MONTAÑO, Carlos Eduardo. A natureza do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2007. NETTO, José Paulo. Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no Brasil. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2001. ______________. Capitalismo Monopolista e Serviço Social. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2001. YAZBEK, Maria Carmelita. O significado sócio-histórico da profissão. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Trabalho e Sociabilidade Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Identificar os principais conceitos e as diferentes interpretações presentes na literatura trabalhada; aprofundar a discussão sobre a temática da categoria trabalho, considerando suas particularidades no desenvolvimento histórico da sociedade, compreendendo também as especificidades do trabalho dos assistentes sociais, no cerne das relações de produção e reprodução da sociedade capitalista; possibilitar a compreensão das particularidades da organização e do fazer profissional dos assistentes sociais, como uma modalidade do trabalho coletivo no âmbito das políticas sociais. Ementa: A centralidade do trabalho na obra de Marx e para a compreensão da formas de sociabilidade contemporâneas. A categoria processo de trabalho em Marx. Elementos constitutivos. O processo de trabalho na sociedade capitalista como processo de produção da mais-valia. A noção de serviço em Marx, Braverman, Offe e Mandel. O processo de trabalho no setor de serviços. As transformações no 85 mundo do trabalho e o setor de serviços. O setor de serviços no Brasil. As políticas sociais como serviço. Bibliografia Básica: IAMAMOTO, Marilda Villela. Serviço Social em tempo de capital fetiche. São Paulo: Cortez, 2007. KARSCH, Úrsula Margarida Simon. O Serviço Social na era dos serviços. 3.ed. São Paulo Cortez, 2009. MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Livro 1, Capítulo V, XI e XII Seção III, Volume I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. Bibliografia Complementar: ANTUNES, Ricardo L. C. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2007. BRAVERMAN, Harry. Trabalho e capital monopolista. A degradação do trabalho no século XX. 3 ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1974. GRANEMANN, Sara. O processo de produção e reprodução social: trabalho e sociabilidade. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. IAMAMOTO, Marilda Villela. Trabalho e Indivíduo Social: um estudo sobre a condição operária na agroindústria canavieira paulista. São Paulo: Cortez, 2006. OFFE, Claus. Trabalho e sociedade. Problemas estruturais e perspectivas para o futuro da sociedade do trabalho. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1991. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Acumulação Capitalista e Serviço Social Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Oferecer elementos de análise que possibilitem uma leitura crítica da estrutura da sociedade burguesa, a forma como se materializam as relações sociais de classe neste modelo de sociedade; entender a forma como, no processo de desenvolvimento das forças produtivas, o capitalismo detém a propriedade privada 86 dos meios de produção e subordina o trabalho aos interesses do lucro e da acumulação; entender o movimento que dinamiza o processo de acumulação capitalista e, por outro lado, intensifica o crescimento do pauperismo e da desigualdade social no Brasil e particularmente na região da Vertente Ocidental do Caparaó. Ementa: Trabalho na sua dimensão ontológica e sua particularidade no modo de produção capitalista. A lei geral da acumulação capitalista e as compreensões teóricas sobre a questão social na contemporaneidade. O processo de produção e reprodução das relações sociais no capitalismo. A “nova questão social”. Exclusão e desigualdade social. Particularidades da questão social na Vertente Ocidental do Caparaó. Principais enfrentamentos no campo do Estado e da Sociedade Civil. A inserção periférica do Brasil na divisão internacional do trabalho. Bibliografia Básica: IAMAMOTO, Marilda Villela. Serviço Social em tempo de capital fetiche. São Paulo: Cortez, 2007. NETTO, José Paulo; BRAZ, Marcelo. Economia Política: uma introdução crítica. Biblioteca Básica do Serviço Social. v. 4. São Paulo: Cortez, 2007. TAVARES, Maria Augusta. Acumulação, trabalho e desigualdades sociais. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. Bibliografia Complementar: BRAVERMAN, Harry. Trabalho e capital monopolista. A degradação do trabalho no século XX. 3 ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1974. . IAMAMOTO, Marilda Villela. A questão social no capitalismo e o significado da assistência. In: Renovação e conservadorismo no serviço social. São Paulo, Cortez: 2000. MARX, Karl. O Capital: Crítica da Economia Política. Edição Condensada. 19 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. 87 MOTA, Ana Elizabete. Crise contemporânea e as transformações na produção capitalista. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. NETTO, José Paulo. Questão social e direitos. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Projeto Interdisciplinar Carga horária: 120 horas aula Objetivos: Oportunizar condições para a iniciação da pesquisa científica, contribuindo para a construção do conhecimento e buscando instrumentalizar os alunos para cursar uma pós-graduação; garantir o entendimento da relação complementar que se estabelece entre os núcleos de fundamentação, para que não sejam apreendidos de forma autônoma ou subseqüente, mas expressando níveis diferenciados de apreensão da realidade social e profissional, que irão subsidiar a intervenção do Serviço Social; viabilizar a compreensão da totalidade do processo de formação profissional e como se dá articulação dos núcleos de fundamentação no período em curso; buscar o entendimento da formação profissional a partir de uma concepção de ensino e aprendizagem calcados na dinâmica dos processos sociais em que se efetivará a intervenção do assistente social; possibilitar a pesquisa e a produção do conhecimento a partir dos seguintes eixos temáticos: Fundamentos históricos e teórico-metodológicos do Serviço Social; Questão Social; Trabalho e Serviço Social; Pesquisa e Serviço Social; O tratamento dispensado à prática profissional. Ementa: A articulação dos núcleos de fundamentação constitutivos do processo de formação profissional: núcleo de fundamentos teórico-metodológicos da vida social; núcleo de fundamentos da particularidade sócio-histórica da sociedade brasileira; 88 núcleo de fundamentos do trabalho profissional. As mediações teórico-práticas que perpassam toda a formação profissional, sob a articulação entre ensino, pesquisa e extensão. O conjunto de conhecimentos indissociáveis para a apreensão da gênese, das manifestações e do enfrentamento da questão social, eixo fundante da profissão e articulador dos conteúdos da formação profissional. Bibliografia Básica: A ser definida pelos alunos e professores orientadores de acordo com o objeto de pesquisa definido por cada grupo. 05. QUINTO PERÍODO Serviço Social e Processos de Trabalho Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Estudar, a partir do conceito de processo de trabalho, os elementos que compõem, o modo pelo qual se apresentam as relações de produção na sociedade capitalista, como relações de troca de produtos do trabalho. Ementa: Processos de trabalho dos assistentes sociais em unidades produtivas de serviços nas áreas de políticas sociais setoriais. Parcelamento das atividades. Cooperação e divisão do trabalho. Autonomia e organização do processo de trabalho. Alienação e estranhamento no processo de trabalho. Tecnologia e conhecimento. Gerência do processo de trabalho. Etapas do trabalho e racionalidades presentes. Atividades desenvolvidas. Processos de eleição e condução do instrumental de trabalho. Processos de construção do objeto de trabalho. Relações de trabalho. Bibliografia Básica: GUERRA, Yolanda. A instrumentalidade do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 1995. IAMAMOTO, Marilda Vilella. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 9 ed. São Paulo: Cortez, 2005. MARX, Karl. O Capital: Crítica da economia política. Livro 1. v. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. 89 Bibliografia Complementar: GRANEMANN, Sara. O processo de produção e reprodução social: trabalho e sociabilidade. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. IAMAMOTO, Marilda Villela. Serviço Social em tempo de capital fetiche. São Paulo: Cortez, 2007. NETTO, José Paulo; CARVALHO, Maria do Carmo Brant. Cotidiano: conhecimento e crítica. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005. PONTES, Reinaldo Nobre. Mediação e Serviço Social: um estudo preliminar sobre a categoria teórica e sua apropriação pelo serviço social. 3.ed. São Paulo: Cortes, 2002. VASCONCELOS, Ana Maria. A prática do Serviço Social: cotidiano, formação profissional e alternativas na área da saúde. São Paulo: Cortez, 2008. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Política Social Setorial e Serviço Social II Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Proporcionar ao aluno a compreensão da trajetória histórica da saúde no Brasil no campo do direito e da Seguridade Social; refletir sobre as Políticas Públicas de Seguridade Social gestadas nas sociedades capitalistas contemporâneas e os casos específicos da Saúde e da Previdência Social; abordar a Saúde pública e privada como espaço sociocupacional consolidado do Serviço Social; proporcionar o resgate histórico e sociopolítico da previdência social e sua relação com as demais áreas que compõem a Seguridade no Brasil; discutir sobre a Reforma da Previdência no Brasil e a privatização dos serviços básicos; reflexões sobre a Previdência Social como espaço de trabalho do assistente social ainda em processo de consolidação e reconhecimento. Ementa: O Estado brasileiro e a política de saúde. A discussão da reforma sanitária. O Sistema Único de Saúde: modelo de atenção, financiamento, gerenciamento e 90 controle social. A consolidação do Sistema Único de Saúde: impasses e perspectivas, gestão e operacionalização. Prestação e administração de serviços sociais na área da saúde. A prática profissional do assistente social na esfera da saúde pública e privada. A particularidade dos segmentos especiais e grupos específicos. A construção do sistema previdenciário público. A previdência social pública: estruturação, operacionalização, benefícios, financiamento, gerenciamento e controle social. A relação previdência pública e privada. Atuais tendências previdenciárias. A prática profissional do assistente social no setor previdenciário. A particularidade de segmentos especiais. Bibliografia Básica: BOSCHETTI, Ivanete. A política de seguridade social no Brasil. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. MOTA, Ana Elizabete et al (Orgs). Serviço Social e saúde: formação e trabalho profissional. São Paulo: Cortez, 2006. VASCONCELOS, Ana Maria. A prática do Serviço Social: cotidiano, formação profissional e alternativas na área da saúde. São Paulo: Cortez, 2008. Bibliografia Complementar: COHN, Amélia. A saúde como direito e como serviço. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1999. BRAGA, Léa; CABRAL, Maria do Socorro Reis (orgs.). O Serviço Social na Previdência: trajetória, projetos profissionais e saberes. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2008. FALEIROS, Vicente de Paula. A política social do Estado capitalista: as funções da previdência e assistência sociais. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2007. OLIVEIRA, Aristeu de. Seguridade e Previdência Social: Benefícios. São Paulo: Atlas, 2002. SIMÕES, Carlos. Curso de direito do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2007. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. 91 Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social IV Carga horária: 80 horas aula Objetivos: Entender as respostas do Estado e da sociedade civil no enfrentamento da questão social a partir da década de 1980 a atualidade; discutir com criticidade a intervenção do assistente social nas principais redes institucionais de prestação dos serviços sociais, compreendendo o cenário em que se insere o Serviço Social na atualidade: as novas bases de produção da questão social, cujas múltiplas manifestações são o objeto das requisições do trabalho do assistente social; conhecer e aprofundar as discussões sobre a interlocução do Serviço Social com os recursos teórico-metodológicos de inspiração marxiana; tratar criticamente o debate profissional, a partir da afirmação hegemônica da vertente crítica, sobre o novo projeto ético político e profissional, a ênfase na discussão do trabalho e seus diferentes aportes conceituais. Ementa: A polêmica dos anos 80: história, teoria e método. As elaborações de inspiração gramsciana a construção teórico - metodológico de Marx. O Serviço Social nos anos 90: afirmação da ruptura no debate profissional. As principais elaborações teórico-metodológicas do Serviço Social como respostas profissionais de compreensão e intervenção junto à questão social. A consolidação do debate sobre políticas sociais, o novo projeto ético-político e profissional, a ênfase na discussão do trabalho e seus diferentes aportes conceituais como modalidades historicamente determinadas de compreensão e intervenção na realidade social. Crítica à reedição das demandas conservadoras no debate profissional e a afirmação do projeto éticopolítico. Bibliografia Básica: IAMAMOTO, Marilda Villela. Serviço Social em tempo de capital fetiche. São Paulo: Cortez, 2007. KARSCH, Úrsula Margarida Simon. O Serviço Social na era dos serviços. 3.ed. São Paulo Cortez, 2009. TEIXEIRA, Joaquina Barata; BRAZ, Marcelo. O projeto ético-político do Serviço Social. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO 92 BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. Bibliografia Complementar: IAMAMOTO, Marilda Villela. O Serviço Social na cena contemporânea. In: Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. NETTO, José Paulo. Ditadura e Serviço Social: uma análise do serviço social no Brasil pós-64. 11. ed. São Paulo: Cortez, 2007. _____________; CARVALHO, Maria do Carmo Brant. Cotidiano: conhecimento e crítica. 6.ed. São Paulo: Cortez, 2005. PONTES, Reinaldo Nobre. Mediação e Serviço Social. São Paulo. Cortez, Pará: UNAMA, 1995. SIMIONATO, Ivete. Gramsci: sua teoria, incidência no Brasil, influência no Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2008. Direito e Legislação Social Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Analisar as garantias sociais e de proteção à cidadania no Brasil, no direito, legislação e no judiciário. Ementa: A Constituição dos Direitos Sociais no Brasil após 1988. A Constituição Federal. Principais legislações sociais para o trabalho do assistente social. Direitos e garantias fundamentais da cidadania. Legislação Profissional. Bibliografia Básica: MENDONÇA, Ana Maria Ávila. Estado e direitos sociais no Brasil: entre a modernidade e o retrocesso. Maceió: Edufal, 2009. FORTI, Valéria; GUERRA, Yolanda. Direitos Humanos e Serviço Social: polêmicas, debates e embates. Rio de Janeiro: Ed. Lumen Juris, 2011. SIMÕES, Carlos. Curso de direito do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2007. 93 Bibliografia Complementar: COUTO, Berenice Rojas. O direito social e a assistência social na sociedade brasileira: uma equação possível? São Paulo: Cortez, 2008. FERRAZ Jr. Tércio Sampaio. Introdução ao estudo do Direito: técnica, decisão e dominação. São Paulo: Atlas, 2001. MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2008. PINHO, Rodrigo César Rebello. Teoria geral da Constituição e direitos fundamentais. São Paulo: Saraiva, 2000. VIEIRA, Evaldo. Os direitos e a política social. São Paulo, Cortez, 2004. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Orientação ao Estágio Supervisionado I Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Desenvolver análise institucional, reconhecendo os agentes institucionais, o processo de correlação de forças e como essa correlação condiciona a organização do trabalho do Serviço Social na instituição; analisar a inserção do Serviço Social no trabalho coletivo, nas particularidades institucionais; pesquisar as principais demandas institucionais e da população usuária e qual a interface dessas demandas com a política institucional; aproximar e conhecer os sujeitos que requisitam os serviços institucionais: suas demandas, condições de vida e de trabalho, relação estabelecida com a instituição; analisar as políticas sociais veiculadas pela instituição e a conjuntura presente nos diversos espaços sociocupacionais. Ementa: Desenvolvimento de atividade teórico-prática e da capacidade de compreensão das ações propostas no campo de estágio. Construção de habilidades com relação a: análise institucional, elaboração de plano de estágio, condução de registros técnicos como o diário de campo, estudo das demandas, caracterização da população usuária, compreensão das principais formas de organização da política social setorial do campo de estágio. 94 Bibliografia Básica: ALMEIDA, Ney Luiz Teixeira de. Magistério, direção e supervisão acadêmica. In: Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. LEGOY, Alzira Maria Baptista. Supervisão de estágio em Serviço Social: desafios para a formação e o exercício profissional. São Paulo: Cortez, 2009. PONTES, Reinaldo Nobre. Mediação e Serviço Social: um estudo preliminar sobre a categoria teórica e sua apropriação pelo Serviço Social. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2002. Bibliografia Complementar: BURIOLLA, Marta Alice Fliten. Supervisão em Serviço Social: o supervisor, sua relação e seus papéis. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2003. FALEIROS, Vicente de Paula. A política social do Estado capitalista: as funções da previdência e assistência sociais. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2007. IAMAMOTO, Marilda Villela. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 9.ed. São Paulo: Cortez, 2005. MOTA, Ana Elizabete et al (Org). Serviço Social e saúde: formação e trabalho profissional. São Paulo: Cortez, 2006. NETTO, José Paulo; CARVALHO, Maria do Carmo Brant. Cotidiano: conhecimento e crítica. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Estágio Supervisionado I Carga horária: 150 horas aula Objetivos: Inserir o aluno na realidade social das instituições/organizações para observação e avaliação diagnóstica das ações em Serviço Social. Delimitação do objetivo de estudo e elaboração do projeto de intervenção. 95 Métodos de Avaliação da Disciplina: participação nas atividades propostas, cumprimento da carga horária e análise do relatório de estágio. Projeto Interdisciplinar Carga horária: 120 horas aula Objetivos: Oportunizar condições para a iniciação da pesquisa científica, contribuindo para a construção do conhecimento e buscando instrumentalizar os alunos para cursar uma pós-graduação; garantir o entendimento da relação complementar que se estabelece entre os núcleos de fundamentação, para que não sejam apreendidos de forma autônoma ou subseqüente, mas expressando níveis diferenciados de apreensão da realidade social e profissional, que irão subsidiar a intervenção do Serviço Social; viabilizar a compreensão da totalidade do processo de formação profissional e como se dá articulação dos núcleos de fundamentação no período em curso; buscar o entendimento da formação profissional a partir de uma concepção de ensino e aprendizagem calcados na dinâmica dos processos sociais em que se efetivará a intervenção do assistente social; possibilitar a pesquisa e a produção do conhecimento a partir dos seguintes eixos temáticos: Fundamentos históricos e teórico-metodológicos do Serviço Social; Questão Social; Trabalho e Serviço Social; Pesquisa e Serviço Social; O tratamento dispensado à prática profissional. Ementa: A articulação dos núcleos de fundamentação constitutivos do processo de formação profissional: núcleo de fundamentos teórico-metodológicos da vida social; núcleo de fundamentos da particularidade sócio-histórica da sociedade brasileira; núcleo de fundamentos do trabalho profissional. As mediações teórico-práticas que perpassam toda a formação profissional, sob a articulação entre ensino, pesquisa e extensão. O conjunto de conhecimentos indissociáveis para a apreensão da gênese, das manifestações e do enfrentamento da questão social, eixo fundante da profissão e articulador dos conteúdos da formação profissional. Bibliografia Básica: 96 A ser definida pelos alunos e professores orientadores de acordo com o objeto de pesquisa definido por cada grupo. 06. SEXTO PERÍODO Classes e Movimentos Sociais Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Estudar os movimentos sociais enfatizando as relações de gênero e étnico-raciais; trabalhar as principais noções de cidadania, movimentos sociais e direitos sociais; conceituar identidade sociopolítica e relacionar o conceito à formação e história dos movimentos sociais; interrelacionar as ações de cidadania e a luta pelos direitos humanos e sociais; vincular a discussão sobre o protagonismo sociopolítico dos sujeitos coletivos ao projeto ético-político profissional do assistente social. Ementa: Categorias e grupos sociais. A constituição da democracia, da cidadania e dos direitos sociais e humanos. Os movimentos sociais no Brasil e balanço da literatura sobre o tema. Relações de gênero, étnico-raciais, identidade e subjetividade na constituição dos movimentos societários. Os movimentos sociais na atualidade e a intervenção no campo das políticas sociais e da luta pelos direitos sociais. Conselhos e mecanismos de controle social. Intervenção do Serviço Social junto aos Movimentos Sociais e Conselhos de Direitos. Bibliografia Básica: IASI, Mauro Luis. Metamorfoses da Consciência de Classe: o PT entre a negação e o consentimento. São Paulo: Expressão Popular, 2006. GOHN, Maria da Glória Marcondes. Novas Teorias dos movimentos sociais. São Paulo: Loyola, 2008. MONTAÑO, Carlos; DURIGUETTTO, Maria Lúcia. Estado, classe e movimento social. São Paulo: Cortez, 2010. Bibliografia Complementar: FREDERICO, Celso. Classes e lutas sociais. In: Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Serviço 97 Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. IASI, Mauro Luis. Ensaios Sobre Consciência de Classe. São Paulo: Expressão Popular, 2006. IANNI, Octávio. Raças e classes sociais no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 2004. LUKÁCS, György. História e consciência de classe: estudos sobre a dialética marxista. São Paulo: Martins Fontes, 2003. SADER, Eder. Quando novos personagens entram em cena: experiências e lutas dos trabalhadores da grande São Paulo 1970-1980. São Paulo: Paz e Terra, 1995. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Metodologia de Pesquisa Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Discutir sobre os aspectos ético-políticos da pesquisa: a definição do tema de pesquisa, a definição da instrumentalidade, a análise teórica das informações, a forma de apropriação das informações, a relação entre sujeito e objeto de pesquisa, a ética na pesquisa envolvendo seres humanos e a utilidade social que é atribuída à pesquisa; discutir os aspectos técnico-operativos da pesquisa, considerando: o fetiche que permeia o instrumental técnico, a indissociabilidade entre definição técnico-operativa e o projeto ético-político profissional; as abordagens quantitativas e qualitativas da realidade, o domínio do instrumental e o conhecimento crítico da realidade. Ementa: Introdução. A evolução da ciência. Pesquisa científica e os seus diversos tipos. Etapas da pesquisa. A definição do problema de pesquisa. A definição de hipóteses e de variáveis. A construção do referencial teórico. Os diferentes instrumentos de coleta de dados, bem como sua aplicação, análise e interpretação dos dados. A organizaçao e apresentação das diversas modalidades de trabalhos cientícios. Bibliografia Básica: 98 DEMO, Pedro. Metodologia cientifica em ciências sociais. 3 ed. São Paulo: Atlas 1995. MACIEL, Maria Inês Etrusco. A pesquisa-ação e Habermas: um novo paradigma. Belo Horizonte: UNA, 1999. VERGARA, Sylvia Helena Constant. Métodos de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 2005. Bibliografia Complementar: ANDERY, Maria Amália. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 8 ed., Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1999. GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1999. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina Andrade. Metodologia científica. 3 ed., São Paulo: Atlas, 2000. MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 20. ed. São Paulo: Vozes, 2002. RICHARDSON, Roberto Jarry et al. Pesquisa Social: métodos e técnicas, São Paulo: Atlas, 3. ed., 1999, p. 20-47. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Política Agrária e Serviço Social Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Possibilitar a compreensão da questão fundiária no Brasil, a concentração de propriedade e o processo de Reforma Agrária. Ementa: A questão agrária no Brasil: legislações, a concentração da propriedade e o processo de reforma agrária. Movimentos sociais no campo. O MST. O movimento social em Minas Gerais. Possibilidades de intervenção do Serviço Social. Bibliografia Básica: 99 IASI, Mauro L. As metamorfoses da consciência de classe. O PT entre negação e o conhecimento. São Paulo: Expressão Popular; 2006. LUSTOSA, Maria das Graças Osório Pitombeira. Reforma agrária à brasileira política social e pobreza. São Paulo: Cortez. 2012. MARTINS, José de Souza. A política do Brasil: lúmpen e místico. São Paulo: Editora Contexto, 2011. Bibliografia Complementar: BERNSTEIN, Henry. Dinâmicas de classe da mudança agrária. São Paulo: Editora Unesp, 2011. BUAINAIN, Antonio Marcio (org.). Luta pela terra reforma agrária e gestão de conflitos no Brasil. Campinas, SP: UNICAMP, 2008 CARTER, Miguel. Combatendo a Desigualdade Social: o MST e a reforma agrária no Brasil. Editora Unesp: São Paulo, 2010. MARTINS, José de Souza. O cativeiro da terra. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2009. MORISSAWA, Mitsue. A história da luta pela terra e o MST. São Paulo: Expressão Popular, 2001. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Instrumentalidade em Serviço Social Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Desenvolver junto ao aluno habilidades no que tange à execução, avaliação e supervisão de serviços, programas e projetos sociais. Ementa: Análise crítica da relação dialética entre teoria e prática do Serviço Social, enfocando a dimensão técnico-operativa da profissão, articulada às dimensões teórico-metodológica e ético-política, indissociáveis do exercício profissional no enfrentamento das demandas cotidianas. A mediação das singularidades e imediaticidades inerentes à intervenção profissional cotidiana e da universalidade das relações sociais em meio às questões macrosocietárias. A cotidianidade profissional, instrumentos e técnicas de intervenção social e suas implicações 100 políticas na realidade social. Produção de informações, indicadores sociais, registro e documentação. Bibliografia Básica: GUERRA, Yolanda. A instrumentalidade do Serviço Social. São Paulo: Cortez. 4.ed. 2005. NETTO, José Paulo; CARVALHO, Maria do Carmo Brant. Cotidiano: conhecimento e crítica. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005. PONTES, Reinaldo Nobre. Mediação e Serviço Social: um estudo preliminar sobre a categoria teórica e sua apropriação pelo serviço social. 3.ed. São Paulo: Cortes, 2002. Bibliografia Complementar: GUERRA, Yolanda. A dimensão investigativa no exercício profissional. In: Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. IAMAMOTO, Marilda Villela. Serviço Social em tempo de capital fetiche. São Paulo: Cortez, 2009. KARSCH, Úrsula Margarida Simon. O Serviço Social na era dos serviços. 3.ed. São Paulo Cortez, 2009. MOTA, Ana Elizabete et al (Orgs). Serviço Social e saúde: formação e trabalho profissional. São Paulo: Cortez, 2006. VASCONCELOS, Ana Maria. A prática do Serviço Social: cotidiano, formação profissional e alternativas na área da saúde. São Paulo: Cortez, 2008. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Orientação ao Estágio Supervisionado II Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Desenvolver junto aos alunos habilidades com relação à capacidade de compreensão das ações propostas nos campos de estágio, estabelecendo uma relação entre a ação profissional e as demandas sociais presentes nas instituições 101 campos de estágio, através de: realização de estudos e análises que possibilitem a caracterização da população usuária; caracterização das demandas institucionais e socioprofissionais, com vistas à elaboração do projeto de intervenção; elaboração de registros técnicos e realização de intervenções supervisionadas junto a população usuária. Ementa: Desenvolvimento de atividade teórico-prática e da capacidade de compreensão das ações propostas no campo de estágio. Construção de habilidades com relação ao planejamento e elaboração de projeto de intervenção, desvendamento dos aspectos sócio-históricos e políticos na mobilização de instrumentais de trabalho tais como: o diário de campo e o projeto de intervenção. Análise dos limites e possibilidades da implementação da política social setorial do campo de estágio. Bibliografia Básica: MIOTO, Regina Célia. Orientação e acompanhamento social a indivíduos, grupos e famílias. In: Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. GUERRA, Yolanda. Instrumentalidade do Serviço Social. 4.ed. São Paulo: Cortez, 2005. PONTES, Reinaldo Nobre. Mediação e Serviço Social: um estudo preliminar sobre a categoria teórica e sua apropriação pelo serviço social. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2002. Bibliografia Complementar: IAMAMOTO, Marilda Villela. Serviço Social em tempo de capital fetiche. São Paulo: Cortez, 2009. LEGOY, Alzira Maria Baptista. Supervisão de estágio em serviço Social: desafios para a formação e o exercício profissional. São Paulo: Cortez, 2009. KARSCH, Úrsula Margarida Simon. O Serviço Social na era dos serviços. 3.ed. São Paulo Cortez, 2009. MOTA, Ana Elizabete (org.) O mito da assistência social: ensaios sobre estado, política e sociedade. São Paulo: Cortez, 2008. 102 NETTO, José Paulo; CARVALHO, Maria do Carmo Brant. Cotidiano: conhecimento e crítica. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Estágio Supervisionado II Carga horária: 150 horas aula Objetivos: Identificar e avaliar os instrumentos técnico-operativos do Serviço Social através da operacionalização do projeto de intervenção e sistematização da prática. Métodos de Avaliação da Disciplina: participação nas atividades propostas, cumprimento da carga horária e análise do relatório de estágio. Projeto Interdisciplinar Carga horária: 120 horas aula Objetivos: Oportunizar condições para a iniciação da pesquisa científica, contribuindo para a construção do conhecimento e buscando instrumentalizar os alunos para cursar uma pós-graduação; garantir o entendimento da relação complementar que se estabelece entre os núcleos de fundamentação, para que não sejam apreendidos de forma autônoma ou subseqüente, mas expressando níveis diferenciados de apreensão da realidade social e profissional, que irão subsidiar a intervenção do Serviço Social; viabilizar a compreensão da totalidade do processo de formação profissional e como se dá articulação dos núcleos de fundamentação no período em curso; buscar o entendimento da formação profissional a partir de uma concepção de ensino e aprendizagem calcados na dinâmica dos processos sociais em que se efetivará a intervenção do assistente social; possibilitar a pesquisa e a produção do conhecimento a partir dos seguintes eixos temáticos: Fundamentos históricos e teórico-metodológicos do Serviço Social; Questão Social; Trabalho e Serviço Social; Pesquisa e Serviço Social; O tratamento dispensado à prática profissional. Ementa: 103 A articulação dos núcleos de fundamentação constitutivos do processo de formação profissional: núcleo de fundamentos teórico-metodológicos da vida social; núcleo de fundamentos da particularidade sócio-histórica da sociedade brasileira; núcleo de fundamentos do trabalho profissional. As mediações teórico-práticas que perpassam toda a formação profissional, sob a articulação entre ensino, pesquisa e extensão. O conjunto de conhecimentos indissociáveis para a apreensão da gênese, das manifestações e do enfrentamento da questão social, eixo fundante da profissão e articulador dos conteúdos da formação profissional. Bibliografia Básica: A ser definida pelos alunos e professores orientadores de acordo com o objeto de pesquisa definido por cada grupo. 0.7 SÉTIMO PERÍODO Introdução à Informática Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Introduzir os conceitos associados à Informática e a sua utilização em um contexto de suporte às atividades do aluno e do futuro profissional. Ementa: Hardware, software, classificação dos computadores, sistemas de processamento, memória, dispositivos de armazenamento, sistemas operacionais, editores de textos, planilhas eletrônicas. Internet/web. Softwares de autoria multimídia. Bibliografia Básica: ALCADE LANCHARRO, Eduardo. Informática básica. 1. ed. São Paulo: Makron Books, 1994. MANZANO, André Luiz; MANZANO, Maria Izabel. Estudo dirigido de informática básica. São Paulo: Érica. MEIRELES, Fernando de Souza. Informática: novas aplicações com computadores. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1994. Bibliografia Complementar: 104 BORATTI, Isaias Camilo; OLIVEIRA, Álvaro Borges. Introdução à programação: algoritmos. 3ª Ed. Florianópolis: Visual Books, 2007. CORNACHIONE JR., Edgard Bruno. Informática aplicada às áreas de contabilidade, administração e economia. São Paulo: Atlas, 2001 MEIRELES, Fernando de Souza. Informática: novas aplicações com computadores. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1994. NORTON, Peter. Introdução à Informática. São Paulo: MaKron Books, 1996. VIANA, M.M. Fundamentos da informática para universitários. 1ª ed. Rio de Janeiro: Brasport, 1996. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Administração e Planejamento em Serviço Social Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Oferecer elementos críticos para a compreensão de como se organiza e de quais são os principais determinantes da organização e gerência do trabalho enquanto forma de controle do processo de trabalho, no movimento de amadurecimento do capitalismo e no acirramento da luta de classes; apresentar e problematizar os principais modelos e técnicas de planejamento na atualidade; delimitar a importância do planejamento para os municípios brasileiros. Ementa: As teorias organizacionais no trabalho e nas políticas sociais. Funções de Administração em órgãos de administração pública, privada e organizações da sociedade civil. A gerência nos processos de trabalho do Assistente Social. O Assistente Social na função de administrador de projetos, programas, coordenação, direção, assessoria, supervisão e avaliação. Diferentes concepções de planejamento. O Serviço Social perante o Planejamento Social. Planejamento enquanto processo lógico, político e administrativo. Contextualização histórica do planejamento no Brasil (aspectos sociais, éticos, econômicos e ideopolíticos). Planejamento Social nas políticas públicas e privadas. Sistema de monitoramento e avaliação de projetos sociais. Orçamento. 105 Bibliografia Básica: BAPTISTA, Myrian Veras. Planejamento Social: intencionalidade e instrumentação. 2.ed. São Paulo: Veras Editora, 2000. COUTO, Berenice Rojas. Formulação de projeto de trabalho profissional. In: Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. MIOTO, Regina Célia Tamaso; NOGUEIRA, Vera Maria Ribeiro. Sistematização, planejamento e avaliação das ações dos assistentes sociais no campo da saúde. In: MOTA, Ana Elizabete et al (Org). Serviço Social e saúde: formação e trabalho profissional. São Paulo: Cortez, 2006, p. 273-303. Bibliografia Complementar: ALMEIDA, Carla. O marco discursivo da participação solidária e a nova agenda de formulação e implementação de ações sociais no Brasil. In: DAGNINO, Evelina et al. (Orgs.). A disputa pela construção democrática na América Latina. São Paulo: Paz e Terra, 2006. p. 95-135. COUTO, Berenice Rojas. Formulação de projeto de trabalho profissional. In: Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. RAICHELIS, Raquel. Democratizar a gestão das políticas sociais – um desafio a ser enfrentado pela sociedade civil. In: MOTA, Ana Elizabete et al (Org). Serviço Social e saúde: formação e trabalho profissional. São Paulo: Cortez, 2006, p. 7387. RAICHELIS, Raquel. O trabalho do assistente social na esfera estatal. In: Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. VASCONCELOS, Ana Maria. A prática do Serviço Social: cotidiano, formação profissional e alternativas na área da saúde. São Paulo: Cortez, 2008. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. 106 Fundamentos da Pesquisa Científica Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Incentivar o discente para o desenvolvimento da mentalidade reflexiva, bem como a prática investigativa; contribuir para que possa conhecer e valorizar a produção do conhecimento na área do Serviço Social; proporcionar a aquisição de conhecimentos em torno da Pesquisa Social, mostrando que a mesma é etapa estratégica da formação profissional, fornecendo bases para a intervenção bem consolidada; oferecer aparato teórico-metodológico para elaboração do projeto de pesquisa que norteará a pesquisa de fim de curso e elaboração do relatório final, o Trabalho de Conclusão de Curso – TCC. Ementa: O debate e a construção da produção acadêmica científica. O trabalho de conclusão de curso como um trabalho de caráter monográfico. Definição da forma e da estrutura do trabalho, preferencialmente a partir da experiência de estágio. Elaboração de um projeto de pesquisa com seus elementos constitutivos: tema, construção do objeto, hipótese, objetivos, justificativa, problematização teórica, procedimentos metodológicos, cronograma de trabalho e levantamento e estudo preliminar de bibliografias afetas ao tema da pesquisa. Bibliografia Básica: GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5ª e 6ª ed. São Paulo: Atlas.1999, 2008. MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 20. ed. São Paulo: Vozes, 2002. SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21. ed. São Paulo: Cortez, 2000, p. 74-81. Bibliografia Complementar: ANDERY, M.A. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 8ª ed., Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1999. BERTUCCI, Janete. Metodologia básica para elaboração de trabalhos de conclusão de curso - TCC. Atlas, 2009. 107 MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Científica. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2004. RICHARDSON, Roberto Jarry et al. Pesquisa Social: métodos e técnicas, São Paulo: Atlas, 3. ed., 1999. SETUBAL, Aglair Alencar. A pesquisa no Serviço Social: utopia e realidade. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002, p. 133-141. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Trabalho de Conclusão de Curso I Carga horária: 120 horas aula Objetivos: Orientar o aluno na elaboração do projeto do Trabalho de Conclusão de Curso através do aproveitamento dos conhecimentos da área de Serviço Social abordados durante o curso. Métodos de Avaliação da Disciplina: projeto de TCC. Orientação ao Estágio Supervisionado III Carga horária: 60 horas aula Objetivos: Reavaliar e/ou reconstruir o projeto de intervenção com objetivo de clarificar a operacionalização dos procedimentos teórico-metodológicos planejados; implementar o projeto de intervenção na instituição em que se realiza o estágio; construir um processo avaliativo concomitante ao processo de implementação da proposta de trabalho na instituição; realizar reflexões de caráter teóricometodológico, técnico-operativo e ético-político, relacionando-as à condução das atividades em relação ao projeto de intervenção e à totalidade da prática de estágio; analisar todo o processo de inserção no campo de estágio, resgatando a análise institucional, a elaboração de instrumentos e técnicas de intervenção, e o monitoramento das ações desenvolvidas; sistematizar a totalidade da prática profissional, analisando o trabalho coletivo no qual está inserido o Serviço Social nos campos de estágio, lançando mão de fundamentos teórico-metodológicos, técnico-operativo e ético-políticos profissionais. 108 Ementa: Desenvolvimento de atividade teórico-prática e da capacidade de compreensão das ações propostas no campo de estágio. Construção de habilidades com relação a: reconstrução dos objetos de intervenção, reformulação de estratégias de ação, redefinição dos instrumentais de trabalho, condução de atividades investigativas, sistematização da prática e avaliação dos principais resultados alcançados no exercício profissional. O processo de supervisão como atribuição do assistente social. Bibliografia Básica: BURIOLLA, Marta Alice Fliten. Supervisão em Serviço Social: o supervisor, sua relação e seus papéis. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2003. Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. LEGOY, Alzira Maria Baptista. Supervisão de estágio em Serviço Social: desafios para a formação e o exercício profissional. São Paulo: Cortez, 2009. Bibliografia Complementar: GUERRA, Yolanda. Instrumentalidade do Serviço Social. 4.ed. São Paulo: Cortez, 2005. IAMAMOTO, Marilda Vilella. Serviço Social em tempo de capital fetiche. São Paulo: Cortez, 2009. KARSCH, Úrsula Margarida Simon. O Serviço Social na era dos serviços. 3.ed. São Paulo Cortez, 2009. NETTO, José Paulo; CARVALHO, Maria do Carmo Brant. Cotidiano: conhecimento e crítica. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005. PONTES, Reinaldo Nobre. Mediação e Serviço Social: um estudo preliminar sobre a categoria teórica e sua apropriação pelo Serviço Social. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2002. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. 109 Estágio Supervisionado III Carga horária: 150 horas aula Objetivos: Dar continuidade no processo interventivo, avaliando a prática e delimitação do objeto de Trabalho de Conclusão de Curso. Métodos de Avaliação da Disciplina: participação nas atividades propostas, cumprimento de carga horária e análise do relatório de estágio. 0.8 OITAVO PERÍODO Serviço Social e Pensamento Contemporâneo Carga horária: 80 horas aula Objetivos: Identificar a repercussão do novo sistema de produção social frente às questões norteadoras da prática profissional. Ementa: A categoria trabalho. Os elementos constitutivos do processo de trabalho. O setor de serviços. Elementos constitutivos dos processos de trabalho no Serviço Social. A centralidade do trabalho na compreensão da questão social: trabalho assalariado e configuração da questão social “clássica”. Metamorfoses no “mundo do trabalho” e transformações contemporâneas nacionais e internacionais da questão social. Bibliografia Básica: SIMIONATO, Ivete. Expressões ideoculturais da crise capitalista na atualidade e sua influência teórico-prática. In: Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. IAMAMOTO, Marilda Vilella. Serviço Social em tempo de capital fetiche. São Paulo: Cortez, 2009. KARSCH, Úrsula Margarida Simon. O Serviço Social na era dos serviços. 3.ed. São Paulo Cortez, 2009. Bibliografia Complementar: 110 IAMAMOTO, Marilda Villela. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 2007. ___________________. O Serviço Social na cena contemporânea. In: Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. MOTA, Ana Elizabete et al (Orgs). Serviço Social e saúde: formação e trabalho profissional. São Paulo: Cortez, 2006. SANTOS, Josiane Soares. Neoconservadorismo pós-moderno e Serviço Social. São Paulo: Editora Cortez, 2007. TONET, Ivo. Expressões sócio-culturais da crise capitalista na atualidade. In: Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Estatística Carga horária: 80 horas aula Objetivos: Descrever, analisar e tratar estatisticamente dados de Serviço Social. Ementa: Introdução. Estatística descritiva: tabelas e gráficos. Probabilidades: adição, multiplicação, condicional. Teorema de Bayes. Testes de hipóteses. Variáveis aleatórias. Valores esperados. Momentos. Distribuição de probabilidade. Correlação e regressão linear. Aproximações. Distribuição normal. Estimativas ponto por ponto e por intervalo. Intervalos de confiança. Erro e tamanho de amostra. Números índices. Bibliografia Básica: FONSECA, Jairo Simon da; MARTINS, Gilberto Andrade. Curso de Estatística. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 1996. 111 SPIEGEL, Murray Ralph. Probabilidade e Estatística. 1ª ed. São Paulo: Makron Books, 1978. SPIEGEL, Murray Ralph. Estatística. 3ª ed. São Paulo: Makron Books,1994, 2008. Bibliografia Complementar: BUSSAB, Wilton; MORETTIN, Pedro. Métodos Quantitativos: estatística básica. 5ª edição. São Paulo: Saraiva, 2002. LEVINE, David M.; BERENSON, Mark L.; STEPHAN, David. Estatística: Teoria e Aplicações Usando o Microsoft Excel. 3ª edição. São Paulo: LTC, 2005. MONTGOMERY, Douglas C.; RUNGER, George C. Estatística Aplicada e Probabilidade para Engenheiros. 2ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003. STEVENSON, Willian J. Estatística Aplicada a Administração. São Paulo: Harba, 2001. TRIOLA, Mário F. Introdução à estatística. Rio de Janeiro: LTC, 2005. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Serviço Social e Família Carga horária: 80 horas aula Objetivos: Proporcionar aos discentes o conhecimento histórico sobre o conceito de família, o papel do Estado e das organizações civis na definição e na implementação de políticas e programas voltados para a família e para a criança e o adolescente. Ementa: A construção histórica do conceito de família. A evolução histórica da família brasileira. A criança e o adolescente na sociedade brasileira: contextualização histórica e as diferentes respostas sociais. Constituição de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei Orgânica de Assistência Social: debates, dilemas, e desafios. Conselhos de Direito e Conselhos Tutelares: diferenciações e responsabilidades. A atuação do Assistente Social na Política da Criança e do Adolescente: elaboração e avaliação de programas, assistência socioeducativa e o sistema judiciário. 112 Bibliografia Básica: ARIÈS, Philipe. História Social da Criança e da Família. 2 ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1981. PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Princípios fundamentais norteadores do direito de família. Belo Horizonte: Del Rey, 2005. SALES, Mione Apolinario; MATOS, Maurílio Castro de; LEAL, Maria Cristina. (Org.). Política Social, Família e Juventude: uma questão de direitos. 1 ed. São Paulo: Cortez, 2004. Bibliografia Complementar: ACOSTA, Ana Rojas; FALLER, Maria Amalia Vitale. Família: Redes, Laços e Políticas Públicas. São Paulo: IEE/PUC-SP, 2003. BATTINI, Odária. SUAS: Sistema Único de Assistência Social em debate. São Paulo: Veras Editora, 2007. KALOUSTIAN, Sílvio Manoug (org.) Família Brasileira: a base de tudo. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2000. MARX, kARL; ENGELS, Frederich. Obras escolhidas – coleção completa. Vol. 1, Vol. 2 e Vol. 3. (A origem da família, da propriedade privada e do Estado) MIOTO, Regina Célia. Orientação e acompanhamento social a indivíduos, grupos e famílias. In: Conselho Federal de Serviço Social; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. Métodos de Avaliação da Disciplina: Provas, exercícios e trabalhos. Trabalho de Conclusão de Curso II Carga horária: 120 horas aula Objetivos: Sistematizar o conhecimento gerado a partir dos levantamentos bibliográficos e práticas de estágio. Métodos de Avaliação da Disciplina: Defesa final do Trabalho de Conclusão de Curso perante banca de professores. 113 0.9 DISCIPLINAS OPTATIVAS Libras Carga horária: 80 horas aula Objetivos: Abordar as mais freqüentes questões que envolvem a prática docente nos diversos níveis da educação básica e a inclusão pedagógica de pessoas com deficiência. Analisar os desafios postos à formação docente, no que diz respeito à construção de um espaço educacional inclusivo e propõe o uso de estratégias diferenciadas para o ensino. Ementa: A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), na perspectiva da educação inclusiva e da educação bilíngüe, priorizando o desenvolvimento dos alunos e o processo de aprendizagem. A LIBRAS a partir dos estudos semióticos e lingüísticos, destacando-a como a primeira língua da pessoa surda. Distinção dos aspectos estruturais e pragmáticos da Língua Portuguesa e de LIBRAS. Bibliografia Básica: LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de & GÓES, Maria Cecília Rafael de. (org.) Surdez: processos educativos e subjetividade. São Paulo: Ed. Lovise, 2000. SACKS, Oliver W. Vendo Vozes: uma viagem no mundo dos surdos. São Paulo. Companhia das Letras, 1998. SKLIAR, Carlos (org.). A Surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Ed. Mediação, 1998. Bibliografia Complementar: CANDAU, V. M. F. (org.). Rumo a uma nova didática. Petrópolis: Vozes, 1993. LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1992. NOVAES, Edmárcius Carvalho. Surdos: educação, direito e cidadania. São Paulo: Wak, 2010. QUADROS, R. M. de Educação de Surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre. Artmed, 1997. 114 VEIGA, I. P. A.; ARAUJO, José C. S.; KAPUZINIAK, Célia. Docência: uma Construção Ético-Profissional. Campinas: Papirus, 2005. Relações Étnicas e Raciais: diálogos com a cultura afro-brasileira e indígena Carga Horária: 40 horas aula Objetivos: Fornecer aos discentes instrumentos para análise das relações étnicas e raciais a partir de um histórico de como os afrodescendentes foram e são tratados em nosso meio, seja pelo viés da discriminação, seja pela ausência de políticas públicas que correspondam às sua reais necessidades. Desenvolver atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos direitos legais e valorização de identidade, na busca da consolidação da democracia brasileira. Ementa: A construção histórica da idéia de raça. Identidade africana. Desigualdades raciais e realização socioeconômica: uma análise das mudanças recentes. Cultura afrobrasileira e africana. Cultura indígena. Bibliografia Básica: FREYRE Gilberto. Casa grande e senzala. São Paulo: Global, 2005. _______________. Sobrados e Mucambos. 8ª ed. Rio de Janeiro: Editora Record, 1990. THORNTON, J. A África e os africanos na formação do Mundo Atlântico: 14001800. Rio de Janeiro: Campus, 2004. Bibliografia Complementar: ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. O espetáculo das raças. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. _______________________________.Os índios na história do Brasil. Rio de Janeiro: FGV, 2010. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 1999. 11ª ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 1999. 115 BRASIL. Lei 10.639 de 09 de janeiro de 2003 que altera a Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Brasília, 2003. FERREIRA, Ricardo Francklin. Afro-descendente: Identidade em construção. Rio de Janeiro - RJ: Pallas, 2000. Práticas em Gestão e Educação Ambiental Carga horária: 40 horas aula Objetivos: Fornecer aos discentes bases teóricas que os levem a pensar a problemática ambiental e a relação necessária entre sociedade e ambiente. Ementa: Diretrizes da gestão e educação ambiental. A função da educação ambiental nos currículos de graduação. Imposições do desenvolvimento ecologicamente sustentado à educação ambiental. A relação com o ensino e a pesquisa. Tópicos em legislação ambiental. Metodologias e práticas de projetos ambientais. Estudos dos problemas ambientais urbanos. A questão ambiental sob o enfoque econômico. O crescimento econômico e as políticas de recursos ambientais. O desenvolvimento de programas de gestão ambiental. Sistemas de gestão ambiental e suas alternativas. Reciclagem dos materiais. Redução do impacto ambiental das atividades humanas sobre os recursos naturais. Bibliografia Básica: ABREU C. A. C.; HENRIQUES FILHO, T. H. P.; ROCHA, J. C. de C. (coords.). Política nacional do meio ambiente. Belo Horizonte: Del Rey, 2007. DIAS, G. F. Educação Ambiental – Princípios e Práticas. 8ª e 9ª ed. São Paulo: Gaia, 2003 e 2004. PHILIPPI JR, A.; PELICIONI, M. C. F. Educação Ambiental e Sustentabilidade. Barueri: Manole, 2005. Bibliografia Complementar: CAMARGO, A. L. Desenvolvimento Sustentável. Campinas: Papirus, 2003. 116 DIAS, G. F. Atividades Interdisciplinares de Educação Ambiental. 2a ed. São Paulo: Gaia, 2006. GUIMARAES, M. Caminhos da Educação Ambiental. São Paulo: Papirus, 2006. KAIRALLA, C. A. A; MESTRINER, M. N.; FERREIRA, N. M. Meio Ambiente. 1a ed. São Paulo: Ícone, 2003. LOUREIRO, C. F. B.; LAYRARGUES, P. P.; CASTRO R. S. Sociedade e Meio Ambiente: a Educação Ambiental em Debate. 2a ed. São Paulo: Cortez, 2002. 117 10. Forma de integração entre Teoria e Prática: Metodologias Ativas de Aprendizagem Juntamente com o conteúdo programático ministrado, o professor deverá apresentar e explorar problemas reais, e ao desenvolver a solução agregar os conteúdos relacionados. Esse método tende a estimular os alunos, pois passam a entender porque estão aprendendo determinado conhecimento. Também a memória tende a melhor armazenar resoluções de problemas, em detrimento a meros conteúdos programáticos. Definir Metodologias de Ensino Ativas não é uma tarefa fácil. O termo pode ter significados diferentes para diferentes pessoas. Para alguns, chega a ser redundante, uma vez que é impossível aprender alguma coisa passivamente. É um termo amplo, que se refere a qualquer metodologia que exija dos estudantes algo a mais do que simplesmente sentar e ouvir um professor. Para compreender melhor esta metodologia, o mais apropriado é entender como utilizar e se beneficiar da sua utilização em sala de aula. A principal diferença em relação ao ensino tradicional, onde o aluno simplesmente senta, lê, escuta e toma notas, é o engajamento dos estudantes em discussões, solução de problemas, debates, questionamentos, experimentação e análise de casos. Os professores passam a atuar como guias para auxiliar na compreensão do conhecimento e aplicar a informação. O estudo e a utilização destas metodologias não é recente. Estudo realizado por Edgard Dale em 1946, cujos resultados são apresentados no gráfico abaixo, já confirmavam a maior retenção do conhecimento em relação à forma tradicional de ensino. 118 São inúmeras as vantagens pela adoção destas metodologias de ensino, como o desenvolvimento do pensamento crítico, aumento da retenção e transmissão do conhecimento, maior motivação e melhora das relações interpessoais. Além disso, pesquisas indicam que há uma maior responsabilidade dos estudantes com seu próprio aprendizado e uma motivação maior para estar presente e participar das aulas ministradas com metodologias de ensino ativas. As metodologias podem ser diferentes em cursos diferentes e em disciplinas diferentes. A Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu estuda a metodologia e preparase para sua utilização desde o início do ano de 2012. Grandes nomes brasileiros do assunto foram contratados para ministrar cursos e workshops para o corpo docente da instituição, como o professor Dr. Álvaro Neves da Universidade Federal de Viçosa e o professor Dr. Paulo Zucollotto da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. 119 Foram implementados grupos de estudo, participação em seminários sobre o tema e visita a instituições de ensino que se destacam na metodologia, como a Universidade de MacMaster no Canadá, onde foi criada a metodologia de Aprendizagem Baseada em Problemas (Problem Based Learning - PBL). Os grupos de estudos da FACIG analisaram inúmeras das práticas disponíveis para decidir quais implantar, dentre àquelas mais adequadas à realidade brasileira e regional. Nos Estados Unidos, por exemplo, está em evidência a metodologia Flipped Classroom, onde o método de ensino é invertido, com os alunos estudando fora da sala de aula, geralmente online, realizando os "trabalhos de casa" em sala de aula. Como esta é uma metodologia que demanda muito tempo de dedicação fora da sala de aula para assistir às aulas, não foi adotada respeitando a realidade regional, onde a maioria dos estudantes trabalham durante todo o dia, assistindo as aulas no período noturno, não possuindo tempo para assistir a todas as aulas fora do horário noturno. Assim, foram selecionadas para implantação na Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu as metodologias Aprendizagem Baseada em Problemas, Método Audiovisual, Projetos, Método de Caso, Classroom Response Systems e Júri Simulado / Debate. A partir do segundo semestre de 2013, 20% de todas as aulas na FACIG passaram a serem ministradas por metodologias de ensino ativas, tendo os professores a liberdade em elaborar os programas de ensino das disciplinas mesclando estas seis metodologias selecionadas. Cada uma destas seis metodologias selecionadas possui um grupo de professores multiplicadores, que ficam disponíveis para solução de dúvidas e direcionamento dos demais, como também ministram todo início de semestre workshops para os novos professores. Em breve, a instituição terá 50% das suas aulas ministradas com metodologias de ensino ativas. 120 Essa metodologia visa garantir a ideal integração entre teoria e prática tão necessária em nosso ensino superior. 11. Formas de Realização da Interdisciplinaridade As unidades curriculares: Projeto Interdisciplinar e Estágio Supervisionado fazem do ensino uma prática, sendo estas formas de interdisciplinaridade capazes de levarem o conteúdo e a ciência visto em sala de aula para a realidade do educando. No decorrer do curso também são realizadas diversas atividades que levam o aluno a capacidade de dialogar com as diversas áreas do conhecimento, fazendo entender o saber como um todo e não partes, ou fragmentações, voltadas para a sua formação individual e profissional. 12. Metodologia 12.1. Acompanhamento e Avaliação O rendimento escolar do aluno, em cada disciplina, é verificado pela sua assiduidade e eficiência nos estudos em cada semestre. A freqüência às aulas e demais atividades acadêmicas, permitida apenas aos matriculados, é obrigatória, vedado o abono de faltas. Independente dos demais resultados obtidos é considerado reprovado na disciplina o aluno que não tenha freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) às aulas e demais atividades acadêmicas de cada disciplina. A verificação e o registro da freqüência cabe ao professor, e seu controle, à Secretaria Geral. Segundo as normas regimentais, fica impedido de prestar exame final, quando houver, o aluno que tenha faltado a mais de 25% (vinte e cinco por cento) das atividades programadas na disciplina, ficando, então, automaticamente reprovado na mesma. O aproveitamento escolar será avaliado por meio do acompanhamento contínuo do aluno, competindo ao professor elaborar os exercícios escolares sob a forma de provas, seminários, testes e determinar 121 trabalhos, bem como julgar-lhes os resultados. Os pontos cabíveis em cada atividade serão graduados de 0 (zero) a 100 (cem), considerando-se como resultado final da disciplina a soma resultante dos pontos obtidos. Será considerado aprovado o aluno que, na respectiva disciplina, obtiver a soma de pontos igual ou superior a 60 (sessenta) e o mínimo de 75% (setenta e cinco por cento) de freqüência às aulas e demais atividades programadas. Uma outra avaliação da disciplina (exame final) será facultada ao aluno que obtiver no conjunto das avaliações de uma mesma disciplina, ao longo do período letivo, resultado igual ou superior a 50 pontos e inferior a 60 pontos, considerando-se, como resultado final, se aprovado, 60 pontos. 12.2. Atendimento ao Discente Em auxilio ao discente em sua trajetória acadêmica, a Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu – FACIG - tem como política institucional a prática de mecanismo de nivelamento com vistas a favorecer o desempenho de forma integral e continuada. Esse mecanismo é compreendido pelo Programa Intensivo de Nivelamento – PIN e pelo Programa de Correção de Deficiências - PCD. O PIN é uma atividade programada com vistas ao atendimento aos acadêmicos entrantes e tem como estratégia de ação uma programação diferenciada onde são desenvolvidas atividades de apoio a demanda de desconhecimento das estruturas e dinâmicas institucionais; desnivelamento de conteúdo programático e ansiedade pela nova situação pessoal de ingresso no ensino superior. Para dar atenção às demandas usualmente encontradas, foram desenvolvidas atividades direcionadas: - Simpósio de Boas Vindas, onde são apresentadas aos alunos as instalações da instituição; o coordenador de cada um dos cursos superiores oferecidos, bem como seus horários de atendimento aos discentes; o regimento da instituição; o funcionamento dos órgãos colegiados; o regimento da biblioteca; o serviço de orientação pedagógica e são ministradas palestras motivacionais para os ingressantes em um curso superior. - Reunião com a responsável pelo serviço de orientação pedagógica da instituição, onde é apresentado seu funcionamento, formas de agendamento e resultados esperados. 122 - Aulas específicas de português, matemática, cálculo I e de introdução à informática, que são ministradas gratuitamente em horário distinto ao horário das aulas, visando permitir a participação de todos os necessitados ou interessados. Estas aulas objetivam oferecer suporte às disciplinas oferecidas nos cursos superiores ofertados pela instituição, cobrindo lacunas provenientes do ensino médio e também deficiências encontradas em ingressantes afastados a muito tempo das salas de aula. As atividades do PIN seguem calendário específico, disponibilizado na internet e nos quadros de aviso da instituição. O PCD é um programa que acontece por demanda, objetivando auxiliar aqueles acadêmicos com deficiências identificadas em conteúdos específicos. Em um primeiro momento, os alunos são direcionados para os monitores do respectivo curso. Não sendo sanadas as deficiências, são ofertadas pela coordenação de curso aulas de revisão e / ou de reforço visando evitar dificuldades no desempenho do discente ao longo do curso. A identificação destas dificuldades acontece por manifestação espontânea do próprio aluno, pela análise das notas de trabalhos e de provas realizados e também por indicação específica do professor de determinada disciplina. Este programa possui o mérito de ser flexível de acordo com a demanda detectada, podendo ser implementado a qualquer tempo. Os dois mecanismos de Nivelamento - PIN e PCD - implantados pela instituição se desenvolvem de modo inter-setorial, contando com a participação efetiva de vários segmentos da Instituição, principalmente do serviço de orientação pedagógica, das coordenações e colegiados de curso. Os programas desenvolvidos são arquivados em relatórios substanciados, sendo analisados periodicamente tendo como base a análise dos pontos positivos e pontos negativos, visando estar sempre servindo como mecanismos de nivelamento efetivo e eficiente. 123 13. Núcleo Docente Estruturante (NDE) O Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Curso Superior de Serviço Social foi criado buscando envidar esforços de alta qualidade na implementação e consolidação do Projeto Pedagógico do Curso. O NDE foi constituído visando atender ao disposto pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). É um componente de curso composto pelo coordenador do curso e por um grupo de docentes, com participação ativa na elaboração e na implantação do Projeto Pedagógico do Curso. Nesse sentido, possui função eminentemente pedagógica, destacando as seguintes atribuições: (1) contribuir para a consolidação do perfil profissional do egresso do curso; (2) atuar visando a obtenção dos objetivos do curso por parte dos discentes; (3) zelar pela integração curricular interdisciplinar entre as diferentes atividades de ensino constantes no currículo; (4) indicar formas de incentivo ao desenvolvimento de linhas de pesquisa e extensão, oriundas de necessidades da graduação, de exigências do mercado de trabalho e afinadas com as políticas públicas relativas à área de conhecimento do curso; e (5) zelar pelo cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso. O NDE reuni, ordinariamente, por convocação de iniciativa do seu presidente, duas vezes por semestre e, extraordinariamente, sempre que convocado ou pela maioria de seus membros. 14. Programa de Monitoria A monitoria, componente da Política Institucional da IES, é entendida como instrumento para a melhoria do ensino da graduação, por meio do estabelecimento de novas práticas e experiências pedagógicas que visem fortalecer a articulação entre teoria e prática Assim, foi criado o programa de Bolsa de Monitoria, remunerado, que insere alunos regularmente matriculados nos cursos de graduação da FACIG em atividades relacionadas do curso. 124 A seleção para monitores acontece semestralmente, através de edital previamente divulgado, contendo todas as atribuições referentes às atividades a serem desenvolvidas, valores e vigência da bolsa. De maneira geral, podemos enumerar as seguintes atribuições dos monitores: Colaborar com o docente no desempenho de tarefas didáticas, tais como: preparação de aulas práticas, aplicação de exercícios, trabalhos escolares, e outros de natureza similar; Auxiliar os alunos na realização de trabalhos práticos ou experimentais, sempre que compatível com seu grau de conhecimento e experiência; Cooperar no atendimento e orientação aos alunos, visando sua adaptação e maior integração na Faculdade; Identificar eventuais falhas na execução do processo de ensino- aprendizagem, propondo ao professor medidas alternativas; e Apresentar relato de sua experiência, ao final das atividades programadas, em forma de relatório. É vedado ao monitor o exercício da docência, a realização de atividades de responsabilidade exclusiva do professor, tal como assentamento de freqüência e dos conteúdos no diário de classe, e as de caráter administrativo. Além disso, as atividades programadas para o monitor não poderão estar sobrepostas ao seu horário de aula em que esteja matriculado. Ao professor, orientador de monitoria cabe as seguintes atribuições: Orientar o monitor no desempenho das atividades programadas; Capacitar o monitor no uso de metodologias de ensino/aprendizagem adequadas à sua atuação nas atividades propostas; Promover o aprofundamento dos conhecimentos do monitor quanto aos conteúdos da disciplina; Avaliar, de forma contínua, o desempenho do monitor através de critérios previamente estabelecidos, e que sejam do conhecimento do monitor; Identificar falhas eventuais no Programa de Monitoria, propor mudanças e encaminhá-las para a Coordenação de Curso. 125 15. Infra-Estrutura Neste item, apresenta-se toda a infra-estrutura física e acadêmica, além, da infraestrutura para portadores de necessidades especiais da Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu. 15.1. Espaço Físico Existente A construção da nova sede da FACIG teve início no ano de 2005, com a mudança das instalações ocorrendo em dezembro de 2006. O prédio sede do novo campus recebeu o nome de “Ilha de Excelência”, constituindo-se em um dos mais belos e modernos campi do Estado de Minas Gerais. Foi construído especificamente planejado para instituição de ensino, tendo como direcionamento as mais altas perspectivas de qualidade e funcionalidade, além é claro, de estar em perfeita consonância com a demanda dos cursos de graduação e pós-graduação que as utiliza. Contendo sete andares, o prédio possui 30 salas de aulas amplas e confortavelmente instaladas em um ambiente próprio para a atividade acadêmica, uma área destinada à biblioteca, salas de estudos, sala de áudio-visual, laboratórios de informática, laboratório de ciências, laboratório de turismo, laboratório de construções, laboratório de geoprocessamento, sala para empresa júnior, central de cópias, cantina, amplas instalações para o corpo docente, coordenadores de curso e para o pessoal técnico administrativo. O campus possui, ainda, um auditório com capacidade para 250 pessoas. Todo o prédio foi projetado tendo como foco o atendimento aos deficientes físicos e respeitando todas as instruções reguladas por lei. O prédio possui uma área total de 3.870,00 m2 de construção. No quadro abaixo está especificado o tamanho de cada local: 126 Quantidade Área (m2) Sala de Direção 1 44,55 Salas de Coordenação 3 40,70 Orientação pedagógica 1 11,10 Dependências Sala de Professores 1 21,20 Sala de Reunião 1 28,40 Salas de Aulas 30 1.240,50 Sanitários 28 201,60 Pátio Coberto / Área de Lazer / Convivência / Cantina 1 50,00 Setor de Atendimento / Tesouraria 2 50,00 Praça de Alimentação 1 50,00 Central de Cópias 1 17,60 Laboratório de Informática 3 127,30 Laboratório de Geoprocessamento 1 48,70 Laboratório de Ciências 1 48,70 Laboratório de Construções 1 48,70 Laboratório de Turismo 1 48,70 Empresa júnior 1 17,30 Biblioteca 1 181,10 Auditório 1 200,00 Sala de Marketing 1 13,00 Sala de Leitura / Estudos 2 25,60 Coordenadoria de Educação à distância 1 20,35 Secretaria da IES 1 26,50 Quadra poliesportiva 1 300,00 15.2. Recursos Áudio-visuais Item Observações Quantidade Televisores 33” e 34” 17 Televisores 29” 13 Vídeos cassete Hifi stereo 6 DVD / VHS Combinado DVD e Vídeo no mesmo aparelho 2 DVD Semp e outros 28 Retroprojetores 3M e outros 6 Canhões Multimídia Conector Pc – TV que o substituiu: Grand Tec 4 Data Show 26 Projetores de Slides 1 Câmeras Contrato de convênio com Arca de Noé Video para locação sempre 127 2 que necessário. Quadro Branco 36 Flip-charts 3 15.2.1. Tecnologias de informação e comunicação – TICs - no processo ensino-aprendizagem. Os recursos didáticos disponíveis para o processo de aprendizagem são: lousa eletrônica, DVD, laboratório específicos do curso, laboratórios de informática, internet wi-fi 24 horas, aparelhos de Data show em todas as salas, e leitores digitais Kindle´s para empréstimo aos alunos. Além disso, a FACIG dispõe de aparelhos Classroom Response Systems, mais conhecidos como Clickers, que permitem aos professores exercer atividades de métodos ativos. Classroom Response Systems são utilizados para coletar rapidamente feedback dos alunos a respeito de determinado assunto. Permite o aumento da participação dos estudantes nas aulas por permitir que todos respondam às questões, mesmo àqueles mais tímidos. Em uma aula tradicional, há o limite do tempo, que impede que todos os alunos respondam verbalmente a uma pergunta. Outra vantagem é que a barreira entre professor e aluno é quebrada pelo anonimato permitido por esta metodologia. Ainda há a questão da vergonha por errar na frente dos colegas ou do medo de desagradar algum amigo por discordar da sua opinião que são eliminados com a utilização do Clicker. A instituição possui, ainda, o software ASC Time Tables que é utilizado pela Secretaria Geral e pela Diretoria Acadêmica para a elaboração dos horários de aulas, com a emissão de relatórios por professores e por alunos. Este software otimiza a elaboração dos horários de aula, além de possibilitar a emissão individualizada dos horários principalmente para alunos que cursam disciplinas em diversas turmas. Nos laboratórios de informática a FACIG possui instalado o software Lanschool que possibilitada o controle total dos equipamentos por parte dos alunos, incluindo travando dos computadores dos alunos, replicação da tela do professor para todos os alunos, visualização individual das atividades dos alunos por parte do professor além de possibilitar comunicação individual aluno – professor. A instituição possui um software de Gestão Acadêmico denominado WebGiz, onde os alunos e professores tem acesso a notas, faltas, atividades e download de material de qualquer local de mundo com acesso à internet. Outra software que a IEs possui é o Dosvox que é uma ferramenta de auxílio aos portadores de necessidades especiais, desenvolvido pela UFRJ, que permite o controle dos aplicativos por comandos de voz. O programa realiza a comunicação através de síntese de voz em português, sendo que a mesma pode ser configurada para outros idiomas. O Dosvox é composto por um sistema operacional que contém os elementos de interface com o usuário, sistema de síntese de fala, editor, leitor e impressor/formatador de textos, impressor/formatador para Braille, jogos de caráter didático 128 e lúdico, ampliador de telas para pessoas com visão reduzida, programas para ajuda à educação de crianças, programas sonoros para acesso à Interne e um leitor simplificado de telas para Windows. Ressalta-se a preocupação que a IES possui em propiciar a inclusão de todas as pessoas no processo educacional. Os criadores do software Dosvox argumentam que os objetivos do mesmo são: (1) associar a tecnologia, a educação e a cidadania social pra todos os indivíduos; (2) e a educação para a cidadania plena colocando pessoas em condições de trabalhar em qualquer ambiente, tomar decisões, buscar o êxito pessoal, integrando-se socialmente como parte de um coletivo. 129 15.3. Laboratórios de Informática Laboratório (nº e/ou nome) Área (m²) 01 - Linux 48 m² por estação m² por aluno Descrição (Materiais, Ferramentas, Softwares Instalados, e/ou dados) Sistema Operacional Ubuntu 10.04; Pacote de Escritório Open Office 3.2; Browser Mozilla 3.6.12; Borland Kylix; Free Pascal; Equipamentos (Hardwares Instalados e/ou outros) Qtde. Especificações 20 AMD Duron 1600 MHz, HD 40 GB, 512 MB RAM, placa de rede, teclado, mouse, monitor CRT 15 polegadas, acesso à Internet. Laboratório (nº e/ou nome) Área (m²) 02 - Dell I 48 m² por estação m² por aluno Descrição (Materiais, Ferramentas, Softwares Instalados, e/ou dados) Sistema Operacional Microsoft Windows XP Professional 2002, Service Pack 3; Pacote de Escritório Open Office 3.2; Browser Mozilla 3.6.12 e Internet Explorer 8; Free Pascal; Dev C++; PHP Editor; VisualG; MySQL. Equipamentos (Hardwares Instalados e/ou outros) Qtde. 21 Especificações Intel (R) Celeron (R) CPU 3.06 GHz, HD 80 GB, 512 MB RAM, placa de rede, teclado, mouse, kit multimídia 56x, monitor LCD 15 polegadas, acesso à Internet. 130 Laboratório (nº e/ou nome) Área (m²) 03 - Dell II 48 m² por estação m² por aluno Descrição (Materiais, Ferramentas, Softwares Instalados, e/ou dados) Sistema Operacional Microsoft Windows XP Professional 2002, Service Pack 3; Pacote de Escritório Microsoft Office 2003; Browser Mozilla 3.6.12 e Internet Explorer 8; Free Pascal; Dev C++; PHP Editor; VisualG; Mastermaq NG; MySQL. Equipamentos (Hardwares Instalados e/ou outros) Qtde. 24 Especificações Pentium (R) Dual-Core CPU E5200 2,50 GHz, HD 160 GB, 3 GB RAM, placa de rede, teclado, mouse, kit multimídia 56x, monitor LCD 17 polegadas, acesso à Internet. Laboratório (nº e/ou nome) Área (m²) 04 - Geoprocessamento 48 m² por estação m² por aluno Descrição (Materiais, Ferramentas, Softwares Instalados, e/ou dados) Sistema Operacional Microsoft Windows XP Professional 2002, Service Pack 3; Pacote de Escritório Microsoft Office 2003; Browser Mozilla 3.6.12 e Internet Explorer 8; Free Pascal; Dev C++; PHP Editor; VisualG; GPS TrackMaker; Google Earth; Google SketchUp; A9CAD; MySQL. Equipamentos (Hardwares Instalados e/ou outros) Qtde. 21 Especificações Intel (R) Celeron (R) CPU 3.06 GHz, HD 80 GB, 512 MB RAM, placa de rede, teclado, mouse, kit multimídia 56x, monitor LCD 15 polegadas (02 monitores de 19 polegadas), acesso à Internet. (10 máquinas). Pentium (R) Dual-Core CPU E5200 2,50 GHz, HD 160 GB, 3 GB RAM, placa de rede, teclado, mouse, kit multimídia 56x, monitor LCD 17 polegadas, acesso à Internet. (10 máquinas). 15.4. Plano de Atualização Tecnológica e Manutenção de Equipamentos A instituição está em constante processo de atualização tecnológica, tanto dos softwares quanto dos hardwares instalados nos seus laboratórios e demais unidades. A FACIG tem, por objetivo, oferecer aos docentes e discentes o que há de mais moderno em termos de tecnologia na sua área de atuação. Os softwares 131 disponíveis (sistema operacional, browser, pacote de automação de escritório, linguagens de programação, entre outros) são atualizados imediatamente após o teste por um técnico da instituição de uma nova versão lançada. Os equipamentos novos adquiridos são sempre o “estado da arte” do setor, sendo que os equipamentos existentes são atualizados na medida em que são verificadas as necessidades, visando obter um bom desempenho nas atividades acadêmicas. A instituição é assinante do Microsoft Action Pack e é Centro Autorizado Conectiva / Mandriva, recebendo periodicamente novas versões de softwares “mundo Windows” e “mundo Linux”. 16. Políticas de Acessibilidade Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, acessível é “o espaço, a edificação, o mobiliário ou elemento que possa ser alcançado, visitado e utilizado por qualquer pessoa, inclusive aquelas com deficiência”. O termo acessível implica tanto em acessibilidade física como de comunicação. Hoje em dia, aumenta no mundo todo, o interesse em se conceber os ambientes de forma mais abrangente e menos restritiva, ou seja, com atenção à diversidade das pessoas, suas necessidades e possibilidades físicas e sensoriais. É o reconhecimento das diferenças de habilidade entre os indivíduos e as modificações pelas quais passa o nosso próprio corpo durante a vida. A aceitação dessa realidade modifica conceitualmente os espaços edificados, apontando para um projeto mais responsável e compromissado. Ao reconhecermos a diversidade das pessoas, cabe-nos trabalhar os ambientes de forma a atender uma gama cada vez maior de usuários. As vantagens dos ambientes livres de barreiras beneficiam 100% dos usuários e não apenas determinado segmento, e a acessibilidade é considerada como um item dentre os demais, tal como iluminação ou ventilação adequadas. No ambiente escolar em especial, um meio físico acessível pode ser inclusivo e pode transformar a possibilidade de integração entre as crianças, jovens, adultos e 132 idosos e o seu desempenho. Os ambientes inacessíveis são fator preponderante na dificuldade de inclusão na escola para as pessoas com deficiência ou algum tipo de limitação física, psíquica, motora, intelectual, podendo determinar que alguns sejam excluídos também do mercado de trabalho. O meio pode reforçar uma deficiência valorizando um impedimento ou torná-la sem importância naquele contexto. Ao se receber os alunos com barreiras, que impedem alguns ao simples acesso à sala de aula, ao computador ou a ida ao banheiro com autonomia, está instaurado um poderoso fator de exclusão social e não haverá inclusão de fato, baseada unicamente na dedicação e boa vontade dos professores e funcionários, é preciso que a infraestrutura da escola seja coerente com os princípios de inclusão, e espelhe o respeito a estes alunos, através do cuidado com instalações aptas a recebê-los sem restrições, em um meio-ambiente atento às suas diferenças. Diversos aspectos contribuem na instalação de um entorno mais adequado. A situação sócio-política de cada região e a consciência de que todos têm “direito à cidade” interferem na facilitação de qualquer ação pró-acessibilidade. É fundamental o suporte em termos de legislação e normatização, o desenvolvimento e a busca de consenso nessas áreas, de forma a fortalecer o cumprimento dos avanços e diretrizes instituídos. Apesar de muitos avanços pontuais, o espaço físico de nossas cidades segue sendo um determinante fator de exclusão social, uma vez que a escola está incluída na cidade e seus serviços e de nada adianta a escola ser acessível se não há como o aluno com deficiência chegar até a escola. É devido à inadequação das vias urbanas, calçadas e transportes coletivos, que o aluno com mobilidade reduzida, fica muitas vezes impedido do acesso à educação. O entorno urbanístico costuma apresentar barreiras e não há transporte público acessível adequado. Esta é uma realidade enfrentada pelas pessoas com algum tipo de deficiência, muitas vezes o acesso aos diversos espaços é um transtorno, com obstáculos e barreiras arquitetônicas dentre outras, impondo limites no acesso para sua formação profissional e na concorrência para o mercado de trabalho. 133 O direito ao acesso sem restrições está garantido pela legislação brasileira atual e do ponto de vista econômico e social, é de interesse do Estado e de toda a sociedade visando permitir o desenvolvimento e a produção de todo indivíduo. O espaço acessível não só agrega qualidade de vida e melhora a produtividade, a satisfação e o desempenho das funções em geral, mas traduz algo mais sobre os valores culturais de quem oferece aquele espaço e a efetivação de direito sociais através das políticas de inclusão. É importante dizer que não basta pensar em educação inclusiva sem pensar no desenho universal da cidade e seu serviço de transporte acessível, que propiciem ao aluno chegar à escola. É preciso avançar neste sentido. A comunidade escolar já percebe e aprova as adaptações curriculares para atender as necessidades educacionais especiais dos alunos. É importante enfatizar que não há um único processo de adaptação curricular válido para qualquer situação ou realidade educativa, cabendo a cada contexto escolar buscar soluções que melhor atenda à sua comunidade. Entretanto, deve-se apontar para a possibilidade de se buscar novos conhecimentos e recursos, que venham contribuir na inserção dos alunos com necessidades educacionais especiais no espaço escolar. As diversas formas de acessibilidades: atitudinal, física, digital, nas comunicações, pedagógica, nos transportes, etc, pressupõem medidas que extrapolam a dimensão arquitetônica e abrangem o campo legal, curricular, das práticas avaliativas, metodológicas, entre outras. Dotar as instituições de educação superior (IES) de condições de acessibilidade é materializar os princípios da inclusão educacional que implicam em assegurar não só o acesso, mas condições plenas de participação e aprendizagem a todos os estudantes. Na educação superior o debate sobre a inclusão se inscreve na discussão mais ampla do direito de todos à educação e na igualdade de oportunidades de acesso e permanência, com sucesso, nessa etapa de ensino. Paradoxalmente, apesar de um crescente ingresso do alunado que demanda atendimento especial, que confronta as práticas discriminatórias e a cultura seletiva e elitista da educação superior, dados do Censo da Educação Superior do ano de 2011 demonstram que, 134 em um universo de 6.739.689 estudantes com matrícula, apenas 23.250 apresentam algum tipo de deficiência, o que equivale a um percentual de 0,35%. (INEP, 2012). Assim, para fazer avançar a política de inclusão, é fundamental que a evolução das matrículas se dê acompanhada de políticas públicas que garantam não só a acessibilidade aos estudantes já matriculados, mas a disseminação da informação e sensibilização da comunidade acadêmica para o desenvolvimento da educação inclusiva, dando sequência aos dispositivos legais, às orientações dos organismos internacionais e à política de democratização do ensino instituída pelo governo federal. De acordo com o Atendimento Educacional Especializado (AEE) Decreto nº 7.611/11 uma instituição de educação superior socialmente responsável é aquela que: identifica as potencialidades e vulnerabilidades sociais, econômicas e culturais, de sua realidade local e global a fim de promover a inclusão plena; estabelece metas e organiza estratégias para o enfrentamento e superação das fragilidades constatadas; pratica a intersetorialidade e a transversalidade da educação especial; reconhece a necessidade de mudança cultural e investe no desenvolvimento de ações de formação continuada para a inclusão, envolvendo os professores e toda a comunidade acadêmica e promove acessibilidade, em seu sentido pleno, não só aos estudantes com deficiência, mobilidade reduzida ou necessidades educacionais especiais, mas aos professores, funcionários e à população que frequenta a instituição e se beneficia de alguma forma de seus serviços. Quando garante a todos o direito à educação, a Constituição Federal/1988, segundo Mantoan (2003) não usa adjetivos, o que implica no entendimento de que toda instituição educacional deve atender aos princípios constitucionais, não podendo excluir nenhuma pessoa em razão de sua origem, raça, sexo, cor, idade, deficiência ou qualquer outro condicionante que a coloque em condição de vulnerabilidade social. 135 A favor do acolhimento das diferenças e da diversidade humana no ambiente educacional, temos hoje novos desenvolvimentos conceituais e teóricos que superam concepções reducionistas de aprendizagem e apontam para a relação dialética entre a hereditariedade e o meio, como fator imprescindível para o desenvolvimento humano. As concepções interacionistas apóiam-se na ideia da interação entre organismo e meio e veem o conhecimento como um processo construído pelo indivíduo ao longo da vida. Dessa forma, as IES devem estabelecer uma política de acessibilidade voltada à inclusão plena dos estudantes público-alvo da Política de Educação Especial (2008) e demais estudantes com necessidades educacionais especiais e/ou mobilidade reduzida, contemplando a acessibilidade, desde os processos de seleção, no PDI; no planejamento e execução orçamentária; na composição do quadro de profissionais; nos projetos pedagógicos dos cursos; nas condições de infraestrutura arquitetônica; nos serviços de atendimento ao público; no sítio eletrônico e demais publicações; no acervo pedagógico e cultural; e na disponibilização de materiais pedagógicos e recursos acessíveis. Quanto ao atendimento educacional especializado, um dos pilares da educação inclusiva, o entendimento da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva é que ele constitui uma ação do sistema de ensino no sentido de acolher a diversidade ao longo do processo educativo, constituindo-se em um serviço disponibilizado pela escola/IES para oferecer o suporte necessário às necessidades educacionais especiais dos alunos, favorecendo seu acesso ao conhecimento. A IES - Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu/MG – FACIG - busca constantemente se adequar as exigências de acessibilidade dos alunos que procuram a instituição para ampliar o seu conhecimento, garantindo o livre acesso sem discriminação de raça, gênero, etnia, religião ou classe social. Para tanto, criou no ano de 2013 o núcleo de Acessibilidade objetivando garantir uma política de acessibilidade que adequada à sua realidade. Desde o ingresso, através do vestibular, garante nas salas de aplicação das provas professores de libras e interpretes para os vestibulandos que necessitarem. 136 Preocupando-se com os mais vulneráveis financeiramente, a instituição oferece em todos os seus cursos o Programa Universidade para Todos (PROUNI), possibilitando a obtenção de bolsas integrais, e ao Financiamento Estudantil (FIES), sem limite de alunos, que são programas federais vinculados ao Ministério da Educação (MEC). Além destes, a instituição em convênio com a Prefeitura Municipal de Manhuaçu oferece aos mais carentes bolsa de estudos parcial. A FACIG possui, ainda, um projeto denominado “Olimpíada do Conhecimento” onde são aplicadas provas nas escolas da rede pública de toda a região objetivando o acesso dos alunos carentes destas escolas nos cursos da instituição. O melhor aluno de cada escola tem garantido até o final do curso 50% de desconto nas mensalidades. Visando proporcionar acessibilidade digital e nas comunicações, a instituição conta com um avançado sistema de gestão acadêmica e de biblioteca em “Cloud computing” acessível para funcionários, alunos e professores 24 horas por dia, 7 dias por semana, de qualquer lugar do mundo. Os laboratórios de informática possuem software especial DOS VOX que facilita o uso dos equipamentos por portadores de deficiência visual. Estão disponíveis, também, calculadoras “falantes”. Seus dois campi possuem internet wi-fi a disposição de toda a comunidade acadêmica. Há, ainda, leitores digitais Kindle, com capacidade para mais de 1.000 títulos cada um. O acervo bibliográfico é dotado de diversas obras em braile e também audiobooks. Estão disponíveis aos portadores de deficiência visual máquina de escrevem em braile, globo com relevo, reglete, sorobã e guia para assinatura. A instituição recebe alunos de inúmeras cidades vizinhas e de outros estados, principalmente do Espírito Santo. Estes alunos utilizam de transportes coletivos especiais para chegar à faculdade que oferece lanche aos motoristas que aguardam por quatro horas os alunos até o retorno para suas cidades. Também transporta gratuitamente através de veículo próprio os alunos do centro de Manhuaçu até o Campus Alfa Sul. 137 Há vagas de estacionamento demarcadas para portadores de necessidades especiais. De forma permanente, a instituição possui cadeiras de rodas disponíveis para eventual necessidade. Àqueles com desvios de comportamento e com deficiência pedagógica são encaminhados e atendidos pelo atuante serviço psicopedagógico da instituição. A instituição encontra-se atenta às necessidades dos alunos, numa busca sistemática pela adaptação e ampliação da qualidade do acesso ao conhecimento em suas mais diversas formas, com o objetivo de garantir um ensino de qualidade sem nenhum tipo de limitação a este conhecimento ou qualquer discriminação de acesso. A partir da exigência de condições de acesso aos portadores de deficiências, o prédio da Instituição foi construído adequadamente com elevadores, rampas, banheiros, enfim, com todos os requisitos necessários para atendimento dos mesmos. Em relação à infra-estrutura dos dois Campi, a Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu projetou para assegurar aos estudantes portadores de necessidades especiais, condições básicas de acesso ao ensino superior, de mobilidade e de utilização de equipamentos e de instalações em seus ambientes, tendo como referência aos decretos 5.296/2004; 5.626/2005 e 5.773/2006 que tratam da Acessibilidade às pessoas portadoras de necessidades educacionais especiais. 17. Biblioteca Área física disponível: 181,10 m2 Formas de acesso e utilização: A biblioteca “Dr. Jorge Hannas” pode ser acessada das 8:00 às 22:40 hs de segunda a sexta-feira, e das 8:00 às 12:00 hs aos sábados. Todos os serviços da Biblioteca podem ser acessados on line pelo sistema AIX. Cada pessoa pode contrair empréstimo de três livros de uma só vez. 138 A devolução fora do prazo acarreta em multa diária, por cada exemplar em atraso. Os periódicos não são emprestados. Acervo da Biblioteca Dr. Jorge Hannas. Tipos Livros Periódicos Outros Materiais Bibliográficos Total Títulos Exemplares 10157 264 2079 12.500 25051 6460 3203 34.714 17.1. Periódicos do curso de Serviço Social Impressos: Revista Serviço Social e Sociedade Sociologia: ciência e vida Ensino superior Revista educação Nova escola Online: Revista argumentun Revista Argumentun: http://www.periodicos.ufes.br/argumentum Revista qualitas Revista Qualitas: http://revista.uepb.edu.br/index.php/qualitas/index Revista ser social Revista Ser Social: http://seer.bce.unb.br/index.php/SER_Social/issue/view/631 Revista praia vermelha Revista Praia Vermelha: http://web.intranet.ess.ufrj.br/ejornal/index.php/praiavermelha Serviço social em revista Revista Serviço Social em Revista: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/ssrevista Revista katalysis http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis Revista Crítica marxista http://www.unicamp.br/cemarx/criticamarxista/bibliotecavirtual.html 139 Serviço Social & Realidade http://periodicos.franca.unesp.br/index.php/SSR Cadernos CRH http://www.cadernocrh.ufba.br/ Conversas e controvérsias http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/conversasecontroversias Civitas http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/civitas Revista inclusão social http://revista.ibict.br/inclusao/index.php/inclusao/index Ilha - revista de antropologia http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/ilha Política & sociedade http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/politica Revista barbarói http://online.unisc.br/seer/index.php/barbaroi Revista ponto de vista http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/pontodevista Revista ACTA http://www.unasp-ec.com/revistas/index.php/actacientifica Revista libertas http://www.editoraufjf.com.br/revista/index.php/libertas/index Revista Análise http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/face Revista Ciência e Saúde Coletiva http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/edicoes/index.php Revista em Pauta: Teoria Social e Realidade Contemporânea http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaempauta/issue/current Revista Interface http://www.interface.org.br/ Revista Oikos http://www.revistaoikos.org/seer/index.php/oikos Revista de Saúde Pública 140 http://www.rsp.fsp.usp.br/mensagem/pub/bemvindo.php?tipo=0 Revista de Sociologia e Política www.ser.ufpr.br/rsp Revista Serviço Social e Sociedade: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issues&pid=0101-6628&lng=pt&nrm=iso Revista Sociologias seer.ufrgs.br/sociologias Revista Texto e Contextos http://revistaseletronicas.pucrs.br/fass/ojs/index.php/fass 17.2. Política de atualização da Biblioteca As aquisições para a biblioteca se fazem semestralmente, consoante indicação do corpo docente, diretoria, coordenação dos cursos, bibliotecário e alunos. Ao final de cada semestre, os professores indicam os livros básicos e complementares que serão adotados em sala de aula no semestre seguinte. Para a administração da biblioteca, essas indicações são consideradas como pré-seleção, ou seja, os professores selecionam previamente os livros que indicam para aquisição. No decorrer do semestre, são também adquiridas obras relevantes para os cursos ou aquelas de caráter de interesse geral cuja existência, no acervo, é considerada importante. A fim de se revelar criteriosa, a seleção do material bibliográfico obedece aos seguintes parâmetros: a) adequação às capacidades, necessidades e interesses dos usuários; b) existência de novas edições, a cada ano, superando edições anteriores; c) preferência por novos títulos, obras de autores consagrados e data atual de publicação; d) caracterização do valor histórico das obras seja ele legal, fiscal ou cultural; e) número de exemplares existentes de cada obra, com verificação estatística da freqüência de uso pelos usuários; f) prioridade para os conceitos especificidade e relevância do tema e para o caráter utilitário profissionalizante. 141 Vale ressaltar que todos os serviços prestados pela biblioteca são informatizados e estão disponíveis ao corpo docente e discente on line. 142