0 UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEAg – DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS MAILSON DO AMARAL BATISTA DESEMPENHO DE HÍBRIDOS EXPERIMENTAIS E COMERCIAIS DE MILHO PARA A PRODUÇÃO DE GRÃOS Ijuí Estado do Rio Grande do Sul - Brasil Dezembro – 2010. 1 UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEAg – DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS CURSO DE AGRONOMIA MAILSON DO AMARAL BATISTA DESEMPENHO DE HÍBRIDOS EXPERIMENTAIS E COMERCIAIS DE MILHO PARA A PRODUÇÃO DE GRÃOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI, como requisito para a obtenção do título de Engenheiro Agrônomo. Orientador: Prof. MSc. Roberto Carbonera Ijuí Estado do Rio Grande do Sul - Brasil Dezembro – 2010. 2 TERMO DE APROVAÇÃO MAILSON DO AMARAL BATISTA DESEMPENHO DE HÍBRIDOS EXPERIMENTAIS E COMERCIAIS DE MILHO PARA A PRODUÇÃO DE GRÃOS Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia – Departamento de Estudos Agrários – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, aprovado pela banca abaixo subscrita. Ijuí, dezembro de 2010. Prof. MSc. Roberto Carbonera ............................................................................................ Departamento de Estudos Agrários – UNIJUÍ – Orientador Profa. Dra. Leonir Terezinha Uhde .......................................................................................... Departamento de Estudos Agrários – UNIJUÍ 3 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus pais Julião Cícero Batista e Lourdes do Amaral Batista, que me deram a oportunidade e me sustentaram ao longo destes anos para que esse objetivo fosse alcançado. Às minhas irmãs, seguidas de seus familiares que sempre estiveram comigo, me apoiando e incentivando a superar todos os obstáculos. À minha noiva Marluci que com sua generosidade e simpatia sempre esteve ao meu lado, auxiliando e motivando, à qual dedico grande parte desta vitória. A todos os professores, colegas e amigos que de forma direta ou indireta colaboraram para este momento. 4 AGRADECIMENTOS Primeiramente, agradeço a Deus por sempre estar ao meu lado e guiando os meus caminhos. Aos meus pais Julião Cícero Batista e Lourdes do Amaral Batista, pessoas modestas, que com a garra do trabalho do campo, com esforço e dedicação, me educara, dando-me exemplo de vida e inspirando a buscar os meus sonhos, minha eterna gratidão. À minha noiva Marluci Strobel pelo estímulo, amor, compreensão, auxílio e companheirismo nos momentos em que este trabalho foi priorizado. Ao Prof. MSc. Roberto Carbonera pela atenção e ajuda na elaboração desta singela pesquisa. Também aos meus amigos colegas, principalmente, Anderson Marcelo, Eduardo Fronza, Diego Martins, Pablo de Freitas, Uilliam Wunder, Rodrigo Baldissera e César Sartori pelo incansável apoio e dedicação na implantação e condução desta pesquisa. E, a todos os professores do Curso de Agronomia. 5 DESEMPENHO DE HÍBRIDOS EXPERIMENTAIS E COMERCIAIS DE MILHO PARA A PRODUÇÃO DE GRÃOS Aluno: Mailson do Amaral Batista Orientador: Prof. MSc. Roberto Carbonera RESUMO A escolha de um híbrido de milho para a produção de grãos é um dos fatores mais importantes, pois a produção de uma cultura está relacionada com a genética da planta, e também para que corresponda às características da determinada região onde será implantado. Por essa razão, foi conduzido um experimento para avaliar diferentes híbridos, em nível de campo, no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural – IRDeR, pertencente ao Departamento de Estudos Agrários – DEAg, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI, localizado no município de Augusto Pestana – RS, no ano agrícola de 2009-2010. O ensaio foi de cultivares superprecoces, sendo avaliadas vinte e duas cultivares de milho híbrido de várias empresas produtoras de sementes, fornecido pela Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária – FEPAGRO. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados (DBC), constituído de três blocos e vinte e dois híbridos, totalizando sessenta e seis parcelas. O arranjo populacional foi de quarenta e oito plantas por parcela, equidistantes entre 0,2 m na linha, totalizando 60.000 plantas ha-1. Os híbridos foram avaliados quanto aos caracteres DEFM, DEFF, EST, AIE, NEHA, NFE, NGF, PGE. Os valores resultantes das avaliações foram submetidos à análise de variância com o intuito de identificar a presença ou a ausência de significância entre os genótipos tratados. E posteriormente submetidos ao teste de comparação de médias de Scott & Knott. Com a avaliação dos híbridos experimentais e comerciais de milho para a produção de grãos evidenciou comportamentos diferenciados na expressão do rendimento de grãos e seus respectivos componentes, da mesma forma para os caracteres morfológicos mensurados. No grupo de híbridos de maior rendimento de grãos destacaram-se onze genótipos, com destaque para o híbrido BX 898* com rendimento médio de 9875,0 kg ha-1. Palavras-chave: Rendimento de grãos, componentes do rendimento, vigor de híbrido. 6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................................................................................... 11 1.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................................................................ 13 1.1 FENOLOGIA DO MILHO............................................................................... 14 1.2 COMPONENTES DO RENDIMENTO.......................................................... 15 2. MATERIAL E MÉTODOS............................................................................................ 17 2.1 LOCAL, CLIMA E SOLO............................................................................... 17 2.2 HISTÓRICO DA ÁREA.................................................................................. 18 2.3 ANÁLISE DE SOLO........................................................................................ 18 2.4 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL........................................................ 18 2.5 GENÓTIPOS UTILIZADOS NO EXPERIMENTO................................... 19 2.6 MANEJO DA CULTURA: SEMEADURA, TRATOS CULTURAIS E COLHEITA.............................................................................................................. 20 2.7 AVALIAÇÃO DE HÍBRIDOS......................................................................... 20 2.8 ANÁLISE ESTATÍSTICA................................................................................ 21 3. RESULTADO E DISCUSSÃO....................................................................................... 22 3.1 DADOS CONDUÇÃO METEOROLÓGICOS DO EXPERIMENTO OCORRIDOS DE DURANTE A OUTUBRO/2009 – MARÇO/2010........................................................................................................... 22 3.2 RESULTADOS DA ANÁLISE DE VARIÂNCIA DOS CARACTERES AVALIADOS EM MILHO..................................................................................... 23 3.3 RESULTADOS DOS DADOS SUBMETIDOS AO TESTE DE COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DE SCOTT & KNOTT..................................... 25 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 29 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................. 30 7 APÊNDICES........................................................................................................................ 33 ANEXOS.............................................................................................................................. 35 8 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Precipitação pluviométrica por decêndio ocorridos durante a condução do experimento, IRDeR 2009-2010...............................................................................................23 Figura 2. Semeadura do experimento, realizada no dia 05/10/2009.......................................36 Figura 3. Vista parcial do experimento de milho....................................................................36 Figura 4. Emergência das plantas, dia 13/10/2009..................................................................36 Figura 5. Plantas danificadas pelo granizo, dia 10/11/2009...................................................37 Figura 6. Vista parcial das plantas em pleno desenvolvimento...............................................37 Figura 7. Detalhe emissão do florescimento masculino, dia 10/12/2009................................37 Figura 8. Detalhe emissão do florescimento feminino, dia 14/12/2009..................................38 Figura 9. Colheita do experimento, realizada no dia 01/03/2010............................................38 9 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Cultivares de milho com ciclo superprecoce utilizadas na avaliação do desempenho de híbridos experimentais e comerciais para a produção de grãos, outubro 2009....................19 Tabela 2. Análise de variância dos caracteres mensurados em distintos genótipos de milho. UNIJUI/DEAg, 2010................................................................................................................25 Tabela 3. Teste de Comparação de médias de Scott & Knott para caracteres analisada em genótipos de milho. UNIJUI/DEAg, 2010................................................................................28 10 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS % Porcentagem mm Milímetro o C Graus Celsius cm Centímetros m Metro L Litro g Gramas Kg Quilograma N Nitrogênio P2O5 Pentóxido de Fósforo K2O Óxido de Potássio ha-1 Hectare m-2 Metro quadrado plantas ha-1 Plantas por hectare g L-1 Gramas por litro no Número 11 INTRODUÇÃO A cultura do milho (Zea mays L.) encontra-se amplamente disseminada no Brasil. Isso se deve ao fato da sua multiplicidade de uso nas unidades de produção e à tradição de cultivo desse cereal pelos agricultores brasileiros. Nos últimos anos, a produção de milho no Brasil cresceu significativamente. Esse crescimento ocorreu em função de vários fatores, sendo o principal, o aumento da produtividade, por causa do desenvolvimento de híbridos mais produtivos e à adoção de práticas culturais mais avançadas utilizadas pelos agricultores. O milho ocupa o primeiro lugar isolado em volume de grãos produzidos no mundo. É um dos alimentos mais nutritivos que existe. Devido a isso, ele é utilizado na dieta humana e animal. Também, é produzido o combustível etanol, alternativa mais barata e menos poluente do que a gasolina e que amplia a vasta gama de utilizações deste nobre cereal. De acordo com a CONAB (2010), a área cultivada no Mundo é de 155,4 milhões de hectares, com uma produção de 805,7 milhões de toneladas de grãos, sendo o cereal de maior produção mundial. Segundo a CONAB (2010), a área cultivada no País, na safra 2009/10, foi estimada em 13.087,1 mil hectares, ocupando o segundo lugar da área plantada no Brasil. A estimativa da safra nacional é de 54.137,1 mil toneladas. Esse resultado deve-se à maior utilização de tecnologia, comportamento que vem se observando no decorrer dos últimos anos, aliado às condições climáticas favoráveis durante o desenvolvimento das lavouras. O aperfeiçoamento e o uso da tecnologia na produção vêm fornecendo condições para o aumento da produtividade. Dentre eles, podemos destacar o tratamento de sementes, o controle de doenças fúngicas, a agricultura de precisão, que inclui maior exatidão na 12 distribuição de sementes e fertilizantes, e, mais recentemente, a introdução de sementes geneticamente modificadas. Mas, isso ainda traz desafios, devido ao aumento do custo de produção e a perseverança de problemas. Esse aumento da produtividade deve-se principalmente ao melhoramento genético, pois a produção de uma cultura está relacionada com a genética da planta, que pode ser responsabilizada por 60% da expressão da produtividade. Os 40% restantes podem ser atribuídos ao ambiente (clima, solo, água, etc...) e às praticas de manejo cultural (RESENDE, et al, 2004). O milho também apresenta a possibilidade de ser cultivado na forma de safrinha, que se destaca como ótima alternativa de cultivo em áreas de soja, principalmente quando o objetivo é a maior renda disponibilizada ao produtor rural. O milho segunda safra, de acordo com a CONAB (2010), representa 31% do milho cultivado no país, tendo um crescimento de 19,5 %, isto é, 3,38 milhões de toneladas. O milho safrinha teve por origem de cultivo o Estado do Paraná, na safra 1982/83, mas teve a maior aceitação e expansão no início da década de 90. Essa expansão mais tardia pode ser atribuída à evolução da tecnologia em desenvolver híbridos com adaptação no período de outono-inverno. Para o cultivo do milho, destaca-se a importância da escolha de um híbrido que corresponda às características da determinada região onde será implantado. Junto a isso obedecer às particularidades que esse material apresenta em relação à época de semeadura, ao arranjo populacional e o espaçamento equidistante entre plantas. Isso tudo para que o genótipo atinja todo o seu potencial de produção. O presente estudo teve por objetivo avaliar diferentes híbridos de milho superprecoce em fase experimental e comercial. A partir da análise do comportamento individual de cada híbrido, seu desenvolvimento frente às condições da região e a devida produção de grãos. O mesmo pode servir para fornecer informações referentes a cada híbrido, para a análise de escolha e comparação com híbridos já em comercialização. 13 1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O milho (Zea mays L.) é originário da América, provavelmente, da região onde hoje se situa o México. Foi domesticado num período entre 7.000 há 10.000 anos. Como resultado da seleção, tanto artificial, praticada pelo homem, como natural, para adaptação as diferentes condições ambientais, o homem civilizado herdou dos povos mais antigos cerca de 300 raças de milho, caracterizadas pelas mais diversas adaptações, tanto para condições climáticas, como para os vários usos do cereal (PATERNIANI, 1993). Pode ser encontrado nos mais diversos ambientes. Segundo Magalhães et al. (2002), através da tecnologia e pesquisa, tem sido desenvolvido tipos tão diferentes de milho que seu cultivo é possível desde o Equador até o limite das terras temperadas e desde o nível do mar até altitudes superiores a 3.600 m. Essa adaptabilidade, representada por genótipos variados, é paralela à variedade de sua utilização como alimento, forragem ou na indústria. Em sua classificação botânica, o milho pertence à família Poaceae, ciclo anual, com metabolismo do tipo C4 e com ampla adaptação a diferentes ambientes. Botanicamente, o grão dessa espécie é um fruto, denominado cariopse, sendo que o pericarpo está fundido com o tegumento da semente (CASTRO; KLUGE, 2005). De acordo com Cruz, et. al. (2003), Os híbridos existentes no mercado brasileiro podem ser assim definidos: • Híbrido Simples - obtido pelo cruzamento de duas linhagens. Em geral, é mais produtivo que os demais tipos de híbridos, apresentando grande uniformidade de plantas e espigas, porém o custo de produção é superior aos demais. 14 • Híbrido Triplo - é obtido do cruzamento de um híbrido simples com uma terceira linhagem. • Híbrido duplo - obtido pelo cruzamento de dois híbridos simples, envolvendo, portanto, quatro linhagens. Foi o tipo de híbrido mais utilizado no Brasil até os anos 90. 1.1 FENOLOGIA DO MILHO O milho é uma planta de ciclo bastante variado, ocorrendo desde cultivares extremamente precoces, com florescimento de até aos 30 dias, até cultivares com ciclo de vida de 300 dias. Em nossas condições, as cultivares variam entre 110 e 180 dias, em função dos genótipos (superprecoce, precoce e tardio), período este compreendido entre a semeadura e a colheita (FANCELLI; NETO, 2000). O milho é uma espécie que responde ao acúmulo térmico diário. Ou seja, suas etapas fenológicas e seu ciclo como todo, são determinados pelo número de horas de calor diário que a cultura consegue acumular. Na prática, o milho acumula em termos de unidades de calor, o equivalente à temperatura média ambiente subtraída de 10 ºC (Temperatura Média – 10 ºC). Temperatura essa considerada como base, ou mínima para que a cultura de milho inicie seus processos fisiológicos (EMBRAPA, 2006). No desenvolvimento das plantas, existem quatro variáveis ambientais que têm influência decisiva desde o plantio até a maturação, que são: temperatura (do ar e do solo), precipitação pluviométrica, radiação solar e fotoperíodo que contribuem em maior ou menor grau, em função do estádio fenológico em que se encontra. A taxa de desenvolvimento da planta para qualquer híbrido está diretamente relacionada com a temperatura, de tal forma que o período de tempo entre os diferentes estádios varia de acordo com as variáveis de temperatura, tanto dentro de uma safra quanto entre safras. Os estresses ambientais tais como deficiência de nutrientes ou de umidade, podem dilatar o tempo entre os estádios vegetativos, porém encurtando o tempo entre os estádios reprodutivos (RITCH et al., 2003). Seu ciclo compreende diferentes fases de desenvolvimento. De maneira geral são assim definidas: germinação e emergência, crescimento vegetativo, florescimento, frutificação e maturação fisiológica (CASTRO; KLUGE, 2005). Todas as plantas de milho seguem um mesmo padrão de desenvolvimento, porém, o intervalo de tempo específico entre os estádios e o número total de folhas desenvolvidas pode 15 variar entre cultivares diferentes, ano agrícola, data de plantio e local (MAGALHÃES et al. 2002). O ciclo de vida da planta de milho pode ser dividido em uma série de estádios fenológicos. De acordo com Ritchie et al., (2003), as fases vegetativa (V) e reprodutiva (R) são divididas em estádios. A fase vegetativa inicia-se com a emergência e é denominado de VE. Os demais estádios vegetativos são designados numericamente como V1, V2, etc., até V(n), em que n representa o último estádio foliar antes do pendoamento (VT). Cada estádio vegetativo é caracterizado pelo número de folhas completamente expandidas (V1 a V18). Magalhães et al., (2002), explicam que terminado a fase vegetativa, inicia-se a fase reprodutiva, da mesma forma que a fase vegetativa é dividida em vários estádios, os quais dizem respeito basicamente, ao desenvolvimento do grão e de suas partes, iniciando com o estádio R1 (florescimento) e enceram com o R6 (ponto de maturação fisiológica). O arranjo espacial equidistante das plantas em um sistema produtivo é fundamental, pois é um dos fatores essenciais para que a planta possa explorar os recursos disponíveis e manifestar todo o seu potencial produtivo. Este é realizado através da interação do espaçamento entre linhas e plantas na linha, resultando na população ideal por unidade de área para cada cultivar e/ou híbrido (SCHEEREN et al., 2004). O milho é uma espécie que apresenta os órgãos florais masculinos e femininos separados, porém, na mesma planta, denominada monóica. Este fato caracteriza o milho como uma espécie alógama, ou seja, de polinização cruzada. Além da monoecia, a alogamia é favorecida por um mecanismo denominado de protandria que corresponde à deiscência das anteras e à dispersão de grãos de pólen dois a três dias antes da emissão dos estilosestigmas. Este mecanismo ocorre na quase totalidade dos genótipos de milho disponíveis no mercado (FANCELLI1, 2002 apud LIMA, 2006). 1.2 COMPONENTES DO RENDIMENTO O potencial produtivo de uma cultivar é um dos primeiros aspectos considerado pelos agricultores na compra de sua semente. Entretanto, a sua estabilidade de produção, que é determinada em função do seu comportamento em cultivos em diferentes locais e anos, também deverá ser considerada. Cultivares estáveis são aqueles que, ao longo dos anos e.. ______________________ 1 FANCELLI, Antonio Luis. Ecofisiologia e fenologia. CAD - Cursos de Atualização à Distância. Tecnologia da produção de milho. Modulo1. Piracicaba: Aldeia Norte, 2002. 51 p. 16 dentro de determinada área geográfica, tem menor oscilação de produção, respondendo à melhoria do ambiente (anos mais favoráveis) e não tendo grandes quedas de produção nos anos mais desfavoráveis (CRUZ et al., 2000). O rendimento da produção é o resultado da capacidade de assimilação da planta, do período disponível para a assimilação e das influências favoráveis e prejudiciais dos fatores ambientais, como: CO2, luz, temperatura, aparato foliar, nutrientes, status hídrico, pragas e doenças, etc. (MAGALHÃES, et al., 2002). No entanto, Assis et al, (2006), ressalta que a produtividade de uma cultura é resultante do uso adequado de insumos tecnológicos de produção e das condições ambientais determinadas por fatores climáticos, durante o ciclo cultural. Os principais componentes do rendimento de grãos do milho são determinados pela densidade de plantas, prolificidade ou número de espigas por planta, número médio de fileiras de grãos por espiga, número médio de grãos por fileira e massa média do grão. A densidade de plantas deve ser estabelecida de acordo com as características morfofisiológicas dos genótipos, época de semeadura e nível de manejo adotado na lavoura. Os componentes de rendimento de grãos de milho são definidos durante o desenvolvimento da planta (HANWAY, 1966; NEL; SMITH, 1978, apud BALBINOT JR. et al., 2005). Com relação ao número de grãos, ele é variável dentro e entre cultivares. O número de grãos potencialmente capazes de se desenvolverem em uma espiga é influenciado por fatores ambientais. Há evidência de uma relação inversa entre número de filas de grãos por espiga e número de grãos viáveis por fila (número de grãos por espiga permanece praticamente o mesmo). A espiga apresenta sempre um número par de fileiras e, quanto maior a tendência à prolificidade (maior número de espigas por planta), menor o número de grãos por espiga (MAGALHÃES, et al. 2002). O número de espigas por planta é definido quando as plantas apresentam cerca de cinco folhas expandidas. O número de fileiras por espiga é definido quando a planta apresenta de 8 a 12 folhas expandidas (aproximadamente um mês após a emergência da plântula). O número de grãos por fileira é afetado pelo tamanho da espiga, o qual é definido a partir das 12 folhas até a fecundação (BALBINOT JR. et al., 2005). 17 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1 LOCAL, CLIMA E SOLO O presente trabalho foi realizado no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural – IRDeR, pertencente ao Departamento de Estudos Agrários – DEAg, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI, localizado no município de Augusto Pestana – RS, no ano agrícola de 2009/2010. O IRDeR está situado a latitude 28o 26’ 30” sul e longitude 54o 00’ 58” oeste, com aproximadamente 298 m de altitude. Conforme classificação climática de Köppen, o clima da região é subtropical úmido, de verão quente sem estiagem típica e prolongada. Os meses com temperaturas mais quentes são janeiro e fevereiro, com temperaturas superiores aos 22º C, enquanto que nos meses de junho e julho são registradas as temperaturas mais baixas, superiores a -3º C. Os registros anuais pluviométricos da estação meteorológica do IRDeR é de aproximadamente 1600 mm na estação de verão. Os dados de precipitação pluviométrica que ocorreu durante a fase de realização do experimento foram obtidos na estação meteorológica do IRDeR e estão apresentados no anexo A. O solo da área experimental é classificado como Latossolo Vermelho Distroférrico típico, profundo e bem drenado, com textura argilosa. 18 2.2 HISTÓRICO DA ÁREA A área onde foi realizado o experimento já fazem mais de uma década que é cultivada no sistema de semeadura direta na palha. Nesta, são cultivadas várias espécie de plantas, mais comumente é o trigo, aveia, canola no período de inverno e o período de verão soja e milho, ambas engajadas num sistema de rotação/sucessão de culturas. No momento de realização do experimento a área encontrava-se em pousio. 2.3 ANÁLISE DE SOLO Para melhor estudo da fertilidade do solo e condução do experimento, realizou uma análise química do solo. Foram coletadas várias sub-amostras em locais distintos em uma profundidade de 0 – 10 cm, usando como instrumento de retirada a pá-de-corte. Posteriormente estas sub-amostras foram homogeneizadas para formar uma única amostra significativa a ser enviada ao laboratório de Análise de Solos da UNIJUI. Os resultados obtidos da análise de solo (Apêndice A) foram interpretados através do Manual de Adubação e Calagem para os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, onde apresentou 57% de argila, sendo classificada como Classe 2, não foi necessário a realização de Calagem devido o Ph em água estar em 6,1, o Fósforo e o Potássio classificaram-se como Muito Alto, a Matéria Orgânica encontra-se Baixa. 2.4 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTO O delineamento experimental utilizado no trabalho foi o de blocos casualizado (DBC). O ensaio foi dividido em três blocos com uma repetição de cada parcela semeada lado a lado. Podendo ser observado no Apêndice C. A unidade experimental para os híbridos de ciclo superprecoce apresentou uma área total de 612 m2 (17,00 x 36,00 m), constituída de vinte e duas parcelas e uma margem de cada lado, com três repetições cada parcela, totalizando sessenta e seis parcelas. A área da parcela foi formada de 8 m2, por duas linhas de plantio com 5 m cada e com espaçamento de 0,8 m entre linhas, formando um arranjo populacional de quarenta e oito plantas por parcela equidistantes entre 0,2 m, totalizando 60.000 plantas ha-1. 19 2.5 GENÓTIPOS UTILIZADOS NO EXPERIMENTO No ensaio de cultivares superprecoces, foram avaliadas vinte e duas cultivares de milho híbrido, de várias empresas produtoras de sementes, fornecido pela Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária – FEPAGRO. Na Tabela 1, são apresentados os genótipos de milho utilizados no experimento. Tabela 1. Cultivares de milho com ciclo superprecoce utilizadas na avaliação do desempenho de híbridos experimentais e comerciais para a produção de grãos, outubro, 2009. Cultivar Tipo de Híbrido Cor do Grão Textura do Grão Empresa BM 911 Hibrido Simples VA SMD BIOMATRIX Dx 915 Hibrido Simples AM DD DELTA modificado 2B433* Hibrido Triplo AA DD DOW PMS 3919 Hibrido Simples AA SMDu EMBRAPA PMS 1635A08 Hibrido Triplo AA SMDu EMBRAPA FTH 960 Hibrido Triplo AV D FT SEMENTES GNZ 0729 Hibrido Simples AL SMDu GENEZE SEMENTES GNZ 9505 Hibrido Simples AL SMDu GENEZE SEMENTES Bx 898* Hibrido Simples AM SMD NIDERA HS 79707* Hibrido Simples AL SMD NIDERA PRE 12S12 Hibrido Simples AL SMDu PREZZOTTO PRE 22D11 Hibrido Duplo AL SMDu PREZZOTTO PRE 22S11 Hibrido Simples AL SMDu PREZZOTTO PRE 22T10 Hibrido Triplo AL SMDu PREZZOTTO RBX 79 Hibrido Simples AM SMD RIBER SHS 7090 Hibrido Simples AL SMDu SANTA HELENA SHX 7111 Hibrido Simples AL SMDu SANTA HELENA AG 9045 Hibrido Simples AL SMDu SEM. AGROCERES BALU 7690 Hibrido Simples V D SEMENTES BALU SG 6302 Hibrido Triplo AM SMDu SEM. GUERRA AG 9020 (T) Hibrido Simples AM SMD SEM. AGROCERES BG 7060 (T) Hibrido Triplo L SMDu PIONNER Legenda: Cor do grão VA – vermelho alaranjado; AM- amarelo; AA – amarelo alaranjado; AV – avermelhado; AL – alaranjado; V – vermelho; L – laranja. Textura do grão SMD – semi dentado; DD – dentado duro; SMDu – semi duro; D – Duro. 20 2.6 MANEJO DA CULTURA: SEMEADURA, TRATOS CULTURAIS E COLHEITA Inicialmente, para o controle de ervas daninhas existentes na área experimental em pré-plantio realizou-se a aplicação no dia 15/09/2009, utilizando a dosagem de 1kg do herbicida Glyphosate por hectare. A semeadura das cultivares de milho foi realizada no dia 05/10/2009, apresentado adequada condições de umidade no solo. Primeiramente utilizou-se a semeadeira para a marcação e adubação das linhas de semeadura com um espaçamento de 80 cm e em seguida foi realizada a semeadura manual (saraquá) conforme a população desejada. A adubação teve por base o resultado da análise química do solo, indicando por hectare 20 kg de N, 80 kg de P2O5 e 80 Kg de k2O, aplicados na base através do adubo químico com fórmula 05-20-20. Para a adubação de cobertura foram aplicados 320 kg ha-1 de uréia (45 00 00) em dose fixa, no dia 09/11/2009, quando a cultura apresentava quatro folhas desenvolvidas (V4). Essa adubação foi efetuada segundo a Comissão de Fertilidade do solo – RS/SC (1995), para a cultura do milho com expectativas de rendimento de grãos superior aos 10.000 kg ha-1. O controle das ervas daninhas em pós-emergência ocorreu através da aplicação do herbicida seletivo e sistêmico, Soberan (Tembotriona 420 g L-1) na dosagem de 240 mL por hectare, juntamente com Extrazin (Atrazina+Simazina) na dosagem de 2 L por hectare, realizado no dia 20/10/2009, momento em que as invasoras estavam no seu estágio inicial. Em seguida, para melhor controle das invasoras foi realizada capinas manuais no dia 27/10/2009. Para o manejo fitossanitário da cultura foi realizado a aplicação aérea do inseticida Lannate (Metomil 215 g L-1) para o controle da lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) quando observada a incidência destas. A colheita ocorreu no dia 01/03/2010, manualmente, na medida em que as espigas das cultivares atingiram seu ponto de colheita. 2.7 AVALIAÇÃO DE HÍBRIDOS Para avaliação dos caracteres em distintos genótipos de milho foram determinadas as seguintes características: dias da emergência à floração masculina (DEFM), dias da emergência à floração feminina (DEFF), período este contabilizados em dias, entre a emergência e emissão de 90% da inflorescência masculina e feminina; estatura de planta (EST), medindo desde o nível do solo até a inserção da última folha; altura da inserção da espiga (AIE) mensurada desde o nível do solo até a inserção da espiga principal, em centímetros; número de espiga por hectare (NEHA) através da contagem de cada unidade de 21 observação; número de fileiras por espiga (NFE) pela contagem das fileiras de cada espiga em uma amostra contendo dez espigas; número de grãos por fileira (NGF) pela contagem do número de grãos da fileira mais significativa e multiplicada pelo número total das mesmas; peso de grãos por espiga (PGE) onde foram pesados em balança de precisão os grãos obtidos de cada espiga; rendimento de grãos (RG), em Kg ha-1, corrigindo para 13% de umidade. 2.8 ANÁLISE ESTATÍSTICA Os valores resultantes das avaliações foram convertidos para um hectare e utilizados aplicativos computacionais de análise estatística. Nessa análise os dados foram submetidos à análise de variância com o intuito de identificar a presença ou a ausência de significância entre os genótipos tratados. Em seguida, foram submetidos ao teste de comparação de médias de Scott & Knott. 22 3. RESULTADO E DISCUSSÃO 3.1 DADOS METEOROLÓGICOS OCORRIDOS DURANTE A CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO DE OUTUBRO/2009 – MARÇO/2010 Na Figura 1, são apresentados os dados de precipitações pluviométricas ocorridos por decêndio durante a condução do experimento no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural. Pelos dados pode-se observar que no decorrer do ciclo da cultura do milho, os índices somaram um total de 1357,0 mm, muito bem distribuídos. No primeiro decêndio de outubro, somou um total de 85,3 mm. Mais especificamente no dia seguinte a semeadura da cultura, ocorreu uma precipitação de 79,7 mm, resultando em uma adequada formação de umidade na superfície do solo, possibilitando precisão na emergência das plântulas. No segundo decêndio não ocorreu precipitação, ficando 17 dias sem chuva, portanto, o desenvolvimento inicial das plantas foi bem agressivo. Já no início do terceiro decêndio teve precipitação de 41,6 mm. O mês de novembro contabilizou precipitações de 471,5 mm, formando elevado acúmulo de água no solo. No dia 10 do corrente mês teve ocorrência de vendavais e chuva de granizo que afetou a estrutura das plantas ocasionando acamamento e quebramento de plantas. No período de desenvolvimento da floração masculina, o qual ocorreu no primeiro decêndio de dezembro, teve um índice pluviométrico de 54,6 mm, muito bem distribuídos sem ocorrer déficit hídrico da cultura. O desenvolvimento da floração feminina ocorreu no segundo decêndio de dezembro e foi registrada ocorrência de 30,6 mm. Na fase de desenvolvimento do grão, estádio de grão leitoso retornou as elevadas precipitações registrando 132,7 mm, ocorrido no terceiro decêndio de dezembro, e no primeiro decêndio de janeiro, com registro de 148,8 mm, mostrando uma boa 23 precipitação. Posteriormente, no estádio de grão pastoso, ocorrido no segundo decêndio de janeiro, houve registro de 87,3 mm, e no estádio de grão farináceo a farináceo duro, formado no terceiro decêndio ocorreu 26,9 mm. Em seguida, ocorrendo à maturação fisiológica da planta, com níveis de precipitações ajustadas. Analisando os estádios fenológico da cultura, VT (crescimento e desenvolvimento do pendão), R1 (florescimento), R2 (grão leitosos), R3 (grão pastoso), R4 (grão farináceo) e R5 (grão farináceo-duro), sendo os de maiores necessidades diárias de água, não houve déficit hídrico, resultando nos bons rendimentos de grãos pelas cultivares. Figura 1. Precipitação pluviométrica por decêndio ocorridos durante a condução do experimento, outubro/2009 – março/2010, IRDeR. 3.2 RESULTADOS DA ANÁLISE DE VARIÂNCIA DOS CARACTERES AVALIADOS EM MILHO Os resultados da análise de variância dos caracteres avaliados em milho estão apresentados na Tabela 2. Os dados mostram que tanto os caracteres morfológicos analisados: número de dias da emergência à floração masculina (DEFM), dias da emergência à floração feminina (DEFF), estatura de plantas (EST) e altura de inserção da espiga (AIE); assim como os dados relacionados ao rendimento, número de espigas (NEHA), número de fileiras por espiga (NFE), número de grão por fileira (NGF), peso de grãos por espiga (PGE) e o 24 rendimento de grãos (RG) expressaram diferenças em relação ao desempenho dos diferentes genótipos utilizados no experimento. Observando os caracteres morfológicos, floração masculina e feminina, percebe-se que as cultivares, sendo classificadas com mesmo ciclo fenológico, apresentaram diferenças significativas. Na floração masculina, existem genótipos que emitiram a floração aos 90 dias, e genótipos que emitiram aos 101 dias. Desta forma, tendo uma variação de 11 dias. E, na floração feminina, existiram genótipos que emitiram sua floração aos 93 dias, e outros que emitiram aos 109 dias. A estatura de planta apresentou elevada variação entre os híbridos, oscilando entre 215 e 155 cm. Variação esta possivelmente relacionada a cada material genético e menos a fatores ambientais e ao manejo inserido no experimento, como espaçamento entre linhas e densidade populacional. Da mesma forma, essas diferenças se expressaram na altura da inserção da espiga. De acordo com PENARIOL et al. (2003), o espaçamento entre linhas quando bastante reduzido pode afetar a altura de planta, altura da inserção da espiga e produtividade, enquanto a densidade populacional não afeta a altura de planta. Com relação aos caracteres dos componentes do rendimento, os mesmos apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos. O número de fileiras por espiga e o número de grãos por fileira apresentaram diferenças entre os genótipos. Os valores máximos foram de 17,4 e mínimo de 12,6. O número de grãos por fileira variou de 44,8 a 34,3 expressando o coeficiente de variação na casa dos 3% para ambos os caracteres. Seguindo o sentido destes resultados, esta diferença foi expressa no peso de grãos por espiga e proporcionalmente no componente final do rendimento de grãos. Observando essas variações em ambos os caracteres pode-se analisar que também ocorreu com o rendimento de grãos, atingindo valores máximos com 10.815,0 kg ha-1 e mínimo com 5.348,0 kg ha-1. De acordo com JACOBS; PEARSON (1991), a definição do rendimento de grãos de milho é um processo seqüencial, no qual inicialmente determina o número de espigas por planta, posteriormente o número de grãos por espiga, e a massa de grãos. O coeficiente de variação apresentou valores inferiores a 10%, o que significa que o experimento foi conduzido com níveis baixos de erro. Segundo STORCK et.al. (2000), com coeficiente de variação inferior a 10%, permite detectar que o experimento evidenciou elevada precisão. 25 Os dados também podem ter sido influenciados pela intervenção de fatores ambientais, pois houve a ocorrência de granizo e vendaval, ocasionado o lesionamento e quebramento de plantas e até perdas das mesmas na fase em que as plantas estavam em pleno desenvolvimento (estádio fenológico V4-V5). Segundo FANCELLI; NETO (2000) a incidência de ventos em lavoura de milho pode aumentar a demanda de água por parte da planta, tornando-a mais suscetível aos períodos curtos de estiagem, além de promover o acamamento e o lesionamento da cultura. O número de espiga por hectare variou expressivamente, chegando a tal ponto em que alguns genótipos tiveram o número de espigas inferior, isto é, negativo comparando com o estande de plantas. Relação esta fortemente influenciada pela queda de granizo que ocorreu no início de seu desenvolvimento, onde algumas plantas foram quebradas, formando espiga com tamanho reduzido e não sendo contabilizadas. Para SANGOI (1996) e CRUZ et al. (2007) o número de espiga por planta está relacionado com as condições edafoclimáticas e a prolificidade de cada genótipo. Tabela 2. Análise de variância dos caracteres mensurados em genótipos de milho. UNIJUI, DEAg, 2010. FONTE GL VARIAÇÃO BLOCO 2 GENÓTIPO 21 ERRO 42 TOTAL 65 MÉDIA GERAL CV (%) MÁXIMO MÍNIMO (*) Significativo a DEFM DEFF EST 2,56 6,01 35,65 19,26* 21,21* 317,10* 1,92 3,25 33,85 Quadrante Medio QM AIE NEHA NFE NGF PGE RG 33,31 93205492,42 0,502 4,35 69,99 1017319,13 191,95* 55885867,6* 3,57* 12,09* 995,36* 3253461,28* 33,47 19569579,72 0,27 1,63 110,53 592989,4 96,15 99,43 182,92 1,44 1,81 3,18 101,00 109,00 215,00 90,00 93,00 155,00 5% de probabilidade de erro. 92,81 51912,87 14,48 38,11 194,06 7859,31 6,23 8,52 3,63 3,35 5,41 9,79 120,00 63.750,00 17,4 44,8 230,76 10815,0 75,00 33.750,00 12,6 34,3 149,79 5348,0 DEFM = Dias emergência a floração masculina; DEFF = Dias de emergência a floração feminina; EST = estatura de planta; AIE = altura inserção da espiga; NEHA = Número de espigas por hectare; NFE = número de fileiras por espiga; NGF = número de grãos por fileira; PGE = peso de grãos por espiga; RG = rendimento de grãos. 3.3 RESULTADOS DOS DADOS SUBMETIDOS AO TESTE DE COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DE SCOTT & KNOTT Na tabela 3, estão apresentados os dados do teste de comparação de médias de Scott & Knott para os caracteres: dias da emergência à floração masculina, dias da emergência à 26 floração feminina, estatura de planta, altura da inserção da espiga, número de espigas por hectare, número de fileiras por espiga, número de grãos por fileira, peso de grãos por espiga e rendimento de grãos, avaliados em genótipos de milho com ciclo superprecoces. Para o caráter dias da emergência da floração masculina observa-se que as cultivares apresentaram diferenças significativas entre as mesmas. A floração dos genótipos PRE 12S12 e BG 7060 (T) não diferiram entre ambos, aos quais foram as cultivares que emitiram a sua floração aos 100 dias. Por outro lado, pode-se analisar que ocorreu a floração de cultivares aos 95 dias até 98 dias, e não diferindo entre si, mas sim, diferindo das demais cultivares. As cultivares AG 9045, SHX 7101, HS 79707*, RBX 79, AG 9020 (T) e BM 911 foram os genótipos que emitiram inicialmente sua floração, aos 91, enquanto que outros levaram até 94 dias após a emergência. Para o número de dias para a emergência da floração feminina, pode-se analisar que os genótipos apresentaram maior diferença estatística. As cultivares PRE 12S12, BG 7060 (T) e SHS 7090, estatisticamente não apresentam diferenças entre si, mas sim, das demais cultivares. No entanto, as cultivares que emitiram sua floração aos 99 até 101 dias após a emergência também diferiram das demais, porém não entre si. As cultivares BX 898*, DX 915, GNZ 9505 e AG 9045 apresentarem menor variabilidade em dias para a sua floração. Entretanto a manifestação das primeiras flores femininas ocorreu aos 94 dias, não diferindo das que emitiram aos 96 dias, mas sim, das demais cultivares. Considerando a estatura de plantas, pode-se observar alta variabilidade estatística, onde os genótipos BG 7060 (T) e PMS 1635 A08 foram os que apresentaram a estatura mais alta, com 203,6 e 196,6 cm respectivamente, desta forma não ocorrendo diferenças entre si, mas entre as demais cultivares essa diferença foi expressa. As cultivares que mensuraram suas estaturas com valores entre 193,6 e 189,3 cm não apresentaram diferenças entre ambas, da mesma forma ocorreu com os valores que intermediaram 185,0 cm e 177,6 cm. As cultivares GNZ 0729 e SHX 7101 não se diferenciaram estatisticamente entre sim, mas diferindo das demais cultivares. Já as estaturas mais baixas foram expressas nas cultivares SHS 7090 e BM 911. Analisando o genótipo BG 7060 (T), foi o que apresentou maior altura da inserção da espiga, atingindo 115,6 cm, onde este genótipo se diferenciou estatisticamente dos demais híbridos. Por outro lado, os híbridos que emitiram a espiga na faixa de altura de 97,0 e 105,3 cm não mostraram diferenças entre ambos, mas diferiram dos demais materiais que estavam em teste. O hibrido HS 79707* foi o que emitiu a espiga mais baixo, com 78,6 cm, porém estatisticamente não mostrou diferenças dos híbridos que emitiram até aos 93,6 cm. 27 Para o número de espigas por hectare foi o caráter em que a maioria dos genótipos não apresentou diferenças, na qual apenas o híbrido PRE 22D11 diferiu dos demais. Quanto ao número de fileiras de grãos por espiga, pode-se notar que os genótipos 2B433* e PRE 22S11 não diferiram entre si, mas sim dos demais, apresentando entre 17,06 e 16,8 fileiras por espiga. Ambos os híbridos PRE 22D11 e HS 79707* apresentaram 15,4 fileiras por espiga, diferindo-se dos demais híbridos analisados. No entanto, houve genótipos que apresentaram entre 15,0 e 14,0 fileiras por espiga que não expressaram diferenças nesta escala de fileiras. O genótipo BM 911 foi o que apresentou menor número de fileiras por espiga, tendo 13,0 fileiras, porém, não apresentou diferenças estatisticamente dos demais híbridos que tiveram até 13,8 fileiras por espiga. Para o caráter números de grãos por fileira, os genótipos que apresentaram maior número de grãos foram HS 79707*, BX 898*, BALU 7690, PMS 1635 A08 e RBX 79, tendo entre 42,3 e 40,1 grãos por fileira, não expressando diferenças entre ambos, mas diferindo-se dos demais genótipos em análise. Alguns genótipos apresentaram entre 37,5 até 38,9 grãos por fileiras, os quais diferiram estatisticamente das demais. Já os genótipos que tiveram menor número de grãos por fileira apresentaram entre 36,06 até 37,1 grãos, expressando diferenças dos demais genótipos em analisados, mas não se diferindo entre si. Quanto ao peso de grãos por espiga, houve grande variação, sendo que genótipo PRE 22S11 se sobressaiu dos demais, atingindo 223,3 g por espiga. Por outro lado, teve o menor valor do peso de grãos o genótipo AG 9020 (T), atingindo 160,9 g. Segundo JACOBS & PARSON (1991) a diferença no peso de grãos por espiga pode ser afetado pela variação no suprimento de carbono e nitrogênio pela planta. O genótipo BX 898* apresentou melhor rendimento de grãos, com 9875,0 kg.ha-1, mas não diferiu estatisticamente dos híbridos em que atingiram até 7.938,3 kg.ha-1. já o genótipo PRE SSD11 foi o que apresentou menor rendimento de grãos, com 5.638,6 kg.ha-2. Assim, os genótipos que mostraram maior rendimento de grãos foram os híbridos simples e triplos, isso quer dizer que os mesmos têm maior potencial produtivo. CRUZ, et al. (2003) salientam que os híbridos simples, em geral, são mais produtivo que os demais tipos de híbridos, apresentando grande uniformidade de plantas e espigas. 28 Tabela 3. Teste de Comparação de médias de Scott & Knott para caracteres analisado em genótipos de milho. UNIJUI/DEAg, 2010. MÉDIAS GENÓTIPOS DEFM DEFF EST AIE NEHA NFE NGF PRE 12S12 100,6a 104,3a 182,3c 101,6b 52083,3a 13,8d 36,3c BG 7060 (T) 100,0a 103,6a 203,6a 115,6a 53650,0a 14,9c 37,9b PMS 3919 98,3 b 101,3b 193,6b 98,3b 54583,3a 14,8c 38,6b b b c c a d BALU 7690 98,0 100,6 184,3 93,6 51250,0 13,8 40,9a b b c c a c PRE 22T10 98,0 100,6 182,0 92,0 50000,0 14,4 37,5b b b b b b b PRE 22D11 98,0 100,6 189,3 98,3 36666,6 15,4 36,9c b b c c a a PRE 22S11 97,6 101,3 182,6 89,6 50000,0 16,8 36,1c GNZ 0729 97,0b 100,3b 175,6d 89,6c 52500,0a 14,5c 34,8c b b c c a c FTH 960 97,0 100,3 182,3 91,0 47500,0 14,0 36,4c b b c c a a 2B433* 97,0 99,6 183,3 93,3 54583,3 17,06 38,5b b b c b a c SG6302 96,6 101,0 185,0 97,3 53333,3 15,0 38,9b b c b c a c BX898* 96,6 98,6 189,3 87,3 55416,6 14,2 41,9a PMS 1635 A08 96,6b 100, 0b 196,6a 105,3b 55833,3a 13,1d 40,3a b a e c a c SHS 7090 96,0 102,3 158,3 86,0 50416,6 14,9 36,1c b c c b a c Dx 915 96,0 98,6 182,6 97,0 50416,6 14,2 38,3b b c c c a c GNZ 9505 95,0 98,3 182,6 92,3 49166,6 14,4 36,06c c c c c a d AG 9045 94,0 97,6 178,3 86,6 57083,3 13,2 37,1c c d d c a c SHX 7101 93,3 96,6 170,3 86,6 50000,0 14,6 36,6c HS 79707* 93,3c 96,3d 177,6c 78,6c 54166,6a 15,4b 42,3a c d b c a d RBX 79 92,6 95,3 190,6 90,0 51666,6 13,6 40,1a c d b c a d AG 9020 (T) 91,3 94,6 190, 6 86,0 57500,0 13,06 38,4b c d e c a d BM 911 91,3 95,0 162,6 85,3 54166,6 13,0 38,1b Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott knot a 5%. PGE 170,1d 221,3a 216,2a 206,1b 183,4c 194,8c 223,3a 171,5d 178,5d 217,3a 208,7b 204,2b 198,5b 178,4d 180,5d 195,9c 186,7c 187,4c 216,7a 190,4c 160,9d 177,8d RG 6418,3b 8762,0a 8288,0a 8332,3a 7129,0b 5638,6b 7756,3b 7318,0b 6696,3b 8773,0a 8616,0a 9875, 0a 9548,3a 7020,3b 7159,6b 6961,3b 8414,6a 7242,6b 8678,0a 8656,3a 7682,3b 7938,3a 29 CONCLUSÃO A avaliação do desempenho dos híbridos experimentais e comerciais de milho para a produção de grãos evidenciou comportamentos diferenciados na expressão do rendimento de grãos e seus respectivos componentes (NEHA, NFE, NGF, PGE), da mesma forma para os caracteres morfológicos mensurados (DEFM, DEFF, EST, AIE). Além disto, o ajuste do genótipo relacionando à sua implantação deve ser fortemente estudado, devido a estes comportamentos distintos. O maior rendimento de grãos foi expresso pelo híbrido simples BX 898* o qual apresentou um rendimento médio de grãos de 9875,0 kg.ha-1, ou 164,58 sacas/ha-1, demonstrando seu grande potencial produtivo para o cultivo na Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, porém não diferindo estatisticamente dos genótipos BG 7060 (T), PMS 3919, BALU 7690, 2B433*, SG 6302, PMS 1635 A08, AG 9045, HS 79707*, RBX 79 e BM 911. 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSIS, J.P.; DOURADO NETO, D.; NASS, L.L.; MANFRON, P.A.; BONNECARRÈRE, R.A.G.; MARTIN, T.N. Simulação estocástica de atributos do clima e da produtividade potencial de milho utilizando-se distribuição triangular. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.41, n.3, p.539- 543, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pab/v41n3/29129.pdf>. Acesso em: 25/05/2010. BALBINOT JR., Alvadi A.1; BACKES, Rogério L; ALVES, Ant ALVES, Antonio C.2; OGLIARI, Juliana B.; FONSECA, José A. da. 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Dados obtidos a partir da análise de solos. IRDeR, Augusto Pestana- RS, 2009. Variáveis Argila Unidades (%) Resultados 57 Ph 6,1 Índice SMP 6,3 Fósforo (P) (mg.dm-3) -3 26,8 (mg.dm ) 136 (%) 2,5 Alumínio (Al) (Cmolc.dm-3) 0,0 Cálcio (Ca) (Cmolc.dm-3) 7,5 Magnésio (Mg) (Cmolc.dm-3) 2,8 H + Al (Cmolc.dm-3) 3,1 Potássio (k) Matéria Orgânica (MO) CTC pH 7,0 13,7 CTC Efetiva 10,6 CTC pH 7,0 por bases (%) 77,5 Saturação CTC efetiva por alumínio (%) 0,0 Cobre (Cu) (mg.dm-3) 6,7 Zinco (Zn) (mg.dm-3) 1,4 -3 Manganês (Mn) (mg.dm ) 9,3 Enxofre (S) (mg.dm-3) 0,5 34 Apêndice B. Desenho Experimental do Ensaio Estadual de Cultivares de Milho Híbrido de Ciclo Superprecoce utilizadas na avaliação do desempenho de híbridos experimentais e comerciais de milho para a produção de grãos, ano 2009/2010. M M 7 13 20 6 18 8 17 12 22 3 16 14 5 11 19 10 21 15 4 2 9 1 E E Repetição III G G 5 19 15 10 22 12 2 21 13 4 17 18 11 7 20 9 16 14 1 6 8 3 R R Repetição II A A 1 14 17 3 21 9 4 20 8 18 15 22 6 16 10 2 19 13 7 12 5 11 M M Repetição I Tamanho da Unidade Experimental: 17,00 x 36,00 m 35 ANEXOS Anexo A. Precipitação pluviométrica (mm) registrada no IRDeR, nos meses de Outubro à Março (2009-2010). UNIJUÍ/DEAg, 2010 Outubro Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Total (mm) Novembro Dezembro Janeiro Milímetros (mm) Fevereiro Março 5,6 15,6 1,8 79,7 15,2 13,6 38,2 29,0 13,2 10,6 1,0 24,4 42,6 85,4 51,6 0,5 43,8 21,8 22,8 33,6 78,0 24,4 8,2 42,0 25,4 3,2 19,5 19,8 47,8 11,2 41,6 8,2 45,3 126,9 471,5 8,6 8,4 7,8 0,6 8,5 2,4 87,8 3,4 31,0 30,6 70,6 7,8 38,2 30,2 61,0 45,4 1,4 9,5 9,8 6,2 2,8 1,0 1,4 262,9 277,7 30,0 217,9 72,0 36 Figura 2. Semeadura do experimento, realizada no dia 05/10/2009. Figura 3. Vista parcial do experimento de milho. Figura 4. Emergência das Plantas, dia 13/10/2009. 37 Figura 5. Plantas danificadas pelo Granizo, dia 10/11/2009. Figura 6. Vista parcial das plantas em pleno desenvolvimento. Figura 7. Detalhe Emissão do florescimento masculino, dia 10/12/2009. 38 Figura 8. Detalhe Emissão do florescimento feminino, dia 14/12/2009. Figura 9. Colheita do experimento, realizada no dia 01/03/2010. 39