UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS CAMPUS DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS – HENRIQUE SANTILLO ENGENHARIA AGRÍCOLA QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE BANANA PRATA-ANÃ ARMAZENADA EM DIFERENTES EMBALAGENS Cíntia Cristina Sousa Dias ANÁPOLIS – GO 2015 CÍNTIA CRISTINA SOUSA DIAS QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE BANANA PRATA-ANÃ ARMAZENADA EM DIFERENTES EMBALAGENS Monografia apresentada à Universidade Estadual de Goiás - CCET, para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Agrícola. Área de concentração: Processamento e Armazenamento de Produtos Agrícolas. Orientador: Prof. Dr. André José de Campos. ANÁPOLIS – GO 2015 iv À Deus e minha família. v AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente à Deus. Aos meus pais Gesu e Cristina por todo incentivo e apoio durante minha graduação. Ao meu noivo, Bruno Palma, por estar ao meu lado com toda paciência, ajuda e companheirismo. Ao meu irmão Gabriel Vitor. Ao professor Dr. André Campos pela grande ajuda na realização desse projeto. Ao meu amigo Zeuxis Rosa por disponibilizar um pouco do seu tempo para me ajudar. As minhas amigas Amanda Pereira, Bruna Cabral, Vanesa Reis, Wanessa Soares, Elaine Freitas e pela confiança e amizade. Aos meus colegas de turma Mayara Paiva, Micaelle Lula, Andriele Dantas, José Maria e todos os demais que durante esta caminhada estiveram presentes com conversas e estudos. A Universidade Estadual de Goiás por colaborar com concretização desse sonho. Ao técnico do laboratório de Pós-colheita Waldeir Costa por toda ajuda e disponibilidade. Aos professores do curso de Engenharia Agrícola por colaborarem com a minha formação. E a todos que de alguma forma fizeram parte da minha história. O meu obrigado a todos! vi “Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado” Roberto Shinyanshiki vii SUMÁRIO RESUMO.................................................................................................................................. ix ABSTRACT .............................................................................................................................. x 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 6 2 OBJETIVOS ...................................................................................................................... 8 3 4 2.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................... 8 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................... 8 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 9 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA BANANA PRATA-ANÃ ................................................ 9 3.2 ATMOSFERA MODIFICADA ................................................................................. 10 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................ 13 4.1 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL .................................................................... 13 4.2 ANÁLISES ................................................................................................................ 14 4.3 VARIÁVEIS ANALISADAS ................................................................................... 15 4.3.1 Perda de massa .................................................................................................. 15 4.3.2 Firmeza ............................................................................................................... 15 4.3.3 Potencial hidrogeniônico (pH).......................................................................... 15 4.3.4 Coloração ........................................................................................................... 15 4.3.5 Sólidos solúveis (SS) .......................................................................................... 16 4.3.6 Acidez titulável (AT) ......................................................................................... 16 4.3.7 Índice de maturação .......................................................................................... 16 4.3.8 Relação polpa/casca........................................................................................... 16 4.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA ........................................................................................ 16 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 17 6 CONCLUSÕES ............................................................................................................... 26 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 27 viii RESUMO A banana é um fruto de vida pós-colheita relativamente curto o que resulta em grandes perdas gerando muitos prejuízos. O uso de embalagens auxilia tanto na proteção contra danos mecânicos como no controle das condições ambientais, como umidade e eliminação de CO2. Nesse aspecto, o objetivo desse trabalho foi avaliar a qualidade pós-colheita da banana Prataanã acondicionada em diferentes embalagens. Após a aquisição, os frutos foram transportados ao Laboratório de Secagem e Armazenamento de Produtos Vegetais pertencente à Universidade Estadual de Goiás, onde foram mantidos à 10ºC e 85-90%UR em B.O.D., por 12 dias. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5 x 7 (embalagens x dias de análise), com 3 repetições. Os tratamentos foram: controle (sem embalagem); PP (embalagem de polipropileno); EPS+PVC (embalagem de poliestireno expandido + filme de cloreto de polivinila), PET (embalagem de polietileno tereftalato) e PEBD (embalagem de polietileno de baixa densidade). As variáveis, analisadas a cada 2 dias (0, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 dias), foram perda de massa, firmeza (polpa e casca), pH, coloração, sólidos solúveis, acidez titulável, índice de maturação e relação polpa/casca. As variáveis analisadas foram submetidas à análise de variância (p<0,05) e as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade, exceção apenas para a análise da perda de massa para as quais foi utilizada regressão. Através dos resultados analisados e devido ao efeito proporcionado pela colheita dos frutos terem ocorrido antes da maturação fisiológica, verificou-se que o tratamento PEBD e PP foram os que apresentaram efeito positivo no retardo do amadurecimento das bananas Prata-anã, propiciando menores perdas de massa, índices de maturação e firmeza, sendo embalagens adequadas para a manutenção das características pós-colheita por maior período. Palavras-chave: atmosfera modificada, conservação, Musa spp. ix ABSTRACT The banana fruit is a relatively short post-harvest life which results in large losses generating many prejudices. The use of packaging helps both protect against mechanical damage as the control of environmental conditions such as humidity and CO2 elimination. In this respect, the aim of this study was to evaluate banana postharvest quality Silver dwarf wrapped in different packages. After the acquisition, the fruits were transported to the drying Laboratory and postharvest storage belonging to the State University of Goiás, where they were kept at 10 ° C and 85-90% UR in B.O.D. for 12 days. It was used a completely randomized design in a factorial 5 x 7 (packages x days analysis), with three repetitions. The treatments were: control (without packaging); PP (packaging polypropylene); EPS + PVC (expanded polystyrene packaging + film of polyvinyl chloride), PET (polyethylene terephthalate container) and PEBD (lowdensity polyethylene container). The variables analyzed every 2 days (0, 2, 4, 6, 8, 10 and 12 days) were weight loss, firmness (pulp and peel), pH, color, soluble solids, acidity, ripeness index and pulp / peel. The variables were subjected to analysis of variance (p<0.05) and the averages compared by Tukey test at 5% probability, except only for the analysis of mass loss that was used regression. Through the results analyzed and due to the effect provided by the harvest of fruits have occurred prior to physiological maturity, it was found that the treatment PEBD and PP showed the positive effect in delaying the ripening of bananas Silver dwarf, providing lower mass losses, firmness and ripening rates, and suitable packaging to maintain the post-harvest characteristics for a longer period. Keywords: modified atmosphere, conservation, Musa spp. x 1 INTRODUÇÃO A banana (Musa spp) é considerada a fruta mais produzida e consumida no mundo, sendo explorada na maioria dos países tropicais (ADÃO e GLÓRIA, 2005). Destaca-se na primeira posição no ranking mundial das frutas, com uma produção de 106,5 milhões de toneladas. O Brasil produz sete milhões de toneladas, com participação de 6,9% nesse total (IBGE, 2015). As cultivares de bananas mais difundidas no Brasil são: ‘Prata’, ‘Pacovan’, ‘Prataanã’, ‘Maçã’, ‘Mysore’, ‘Terra’ e ‘D’Angola’, utilizadas unicamente para o mercado interno, e ‘Nanica’, ‘Nanicão’ e ‘Grande Naine’, usadas principalmente para exportação. As cultivares Prata, Prata-anã e Pacovan são responsáveis por, aproximadamente, 60% da área cultivada com banana no Brasil (SILVA et al., 2008). A produção brasileira de bananas está distribuída por todo o território nacional, sendo a região nordeste a maior produtora (39,00%), seguida das regiões sudeste (28,30%), norte (18,12%), sul (10,33%) e centro-oeste (4,25%), em uma área estimada de 523.797 ha (IBGE, 2015). Durante a safra de 2014 o estado de Goiás apresentou uma área total plantada de 13.939 hectares de banana, sendo que, deste total somente foi colhido 12.353 hectares, devido a pragas e doenças. A produção total foi de 196.104 toneladas, tornando assim o 10º maior produtor de bananas no Brasil e o maior do centro-oeste (IBGE, 2015). O município de Buriti Alegre é um dos grandes produtores de banana Prata-anã do estado de Goiás. Neste município a área plantada é de aproximadamente 500 hectares, com produtividade média anual de 18 toneladas por hectare. A maioria da produção é destinada às cidades de Goiás, Minas Gerais e do Distrito Federal (SEPLAN, 2009). A boa aceitação da banana deve-se aos seus aspectos sensoriais e valor nutricional, consistindo em fonte energética, devido à presença de carboidratos e minerais, como o potássio, e vitaminas (LICHTEMBERG, 1999). Possui vitaminas A, B e C, minerais Ca, K e Fe, baixos teores calóricos (90 a 120 kcal/100g) e de gordura (0,37 a 0,48 g/100g), além de conter carboidratos (23 a 32g/100g) e proteínas (1,0 a 1,3 g/100g) (BORGES e SOUZA, 2004). A banana é um dos poucos produtos agrícolas que não têm períodos de safra e entressafra, sendo a produção distribuída o ano todo, apresentando algumas elevações decorrentes das condições climáticas e da entrada e saída dos diferentes estados produtores, 6 devido a acontecimentos regionais e as sazonalidades de produção que são questões essenciais para o setor por terem influência sobre o comportamento do mercado (CAMPOS e GONÇALVES, 2002). A banana é um fruto altamente perecível, extremamente sensível a danos mecânicos e ao etileno, razão pela qual sua comercialização deve ser rápida, racional e feita com uma série de cuidados para não haver perdas expressivas e que o fruto chegue ao seu destino em boas condições (VILAS BOAS et al., 2001). As práticas de manuseio pós-colheita são tão importantes quanto às práticas culturais. De nada adianta a utilização da moderna tecnologia agrícola visando o aumento da produção de alimentos, se estes não forem convenientemente aproveitados pelo homem. E muitos problemas relacionados com a perda acentuada de qualidade e deterioração dos alimentos são o resultado de danos sucessivos e cumulativos que estes sofrem durante todos os seus períodos de manuseio, armazenamento e transporte. No caso de frutas destinadas ao consumo in natura, há ainda o agravante de que suas qualidades não podem ser melhoradas, mas somente preservadas até certo limite (SIGRIST et al., 2002). Segundo Chitarra e Chitarra (2005), a ação conjunta da utilização da cadeia do frio e da embalagem adequada mantém a qualidade da banana até que ela chegue à mesa do consumidor. No acondicionamento de produtos hortícolas, a embalagem deve ser utilizada com a intenção de absorver impactos, vibrações e outros agentes externos capazes de provocar a perda de qualidade do seu conteúdo (TERUEL et al., 2004). Além de proteção mecânica, as tecnologias envolvidas no desenvolvimento de embalagens para frutas e hortaliças visam também retardar a respiração, o amadurecimento, a senescência e, consequentemente, todas as alterações indesejáveis advindas desses processos fisiológicos (SARANTOPOULOS e FERNANDES, 2001). As barreiras artificiais usadas em atmosfera modificada podem ser genericamente de dois tipos: revestimentos e filmes plásticos (CHITARRA e CHITARRA, 2005), permitindo que a concentração de CO2 proveniente do próprio produto aumente, e a concentração de O2 diminua ao redor do mesmo, à medida que é utilizado pelo processo respiratório. Neste tipo de armazenamento, as concentrações de O2 e CO2 não são controladas e variam com a temperatura, tipo de filme e taxa respiratória do produto (CHITARRA e PRADO, 2000), proporcionando concentrações diferentes daquelas encontradas na composição normal do ar ambiente (21% de O2, 0,03% de CO2 e 78% de N2) (SIGRIST et al., 2002). 7 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Avaliar o uso de diferentes embalagens com atmosfera modificada passiva na qualidade pós-colheita de banana Prata-anã. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Avaliar a qualidade e armazenamento pós-colheita da banana Prata-anã em diferentes embalagens, verificando as variáveis perda de massa, potencial hidrogênionico (pH), sólidos solúveis, acidez titulável, índice de maturação, firmeza (polpa e casca), coloração e relação polpa/casca. 8 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA BANANA PRATA-ANÃ A banana Prata foi introduzida no Brasil pelos portugueses e por esta razão, os brasileiros e principalmente os nordestinos e nortistas manifestam uma clara e constante preferência pelo seu sabor. Apresenta frutos pequenos, de sabor doce e suavemente ácido (SILVA e MELO, 2004). Sua planta pertence à família Musaceae e gênero Musa, representado por cerca de 30 espécies, e onde se encontram as variedades Prata, Nanica, Nanicão, Marmelo, Ouro e Pacovan, entre outras (MEDINA et al., 1985). A cultivar Prata-anã apresenta porte médio a baixo, com altura variando de 3,0 a 3,5 m, peso do cacho 15 e 25 kg, número de frutas/cacho de 80 a 140, número de pencas de 7 a 10 e, variando entre 25 toneladas/ha/ciclo em plantios não irrigados até 60 toneladas/ha/ciclo em cultivos irrigados. As frutas assemelham-se às da Prata, na forma, tamanho, no sabor e na conservação após a colheita, porém apresentam as pencas mais juntas. Suas frutas apresentam seção pentagonal, com cinco quinas bem visíveis quando verde, massa em torno de 110 g, comprimento variando de 12 a 15 cm, e 3,5 a 4,0 cm de diâmetro, com casca fina e endocarpo creme (SILVA e ALVES, 1999). De acordo com a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos - TACO (2011), a banana apresenta diferentes composições nutricionais que variam de acordo com a variedade analisada. A variedade Prata é composta por 26g de carboidratos, 1,3g de proteínas, 0,1g de lipídeos, 358mg de potássio, 0,4mg de ferro, 0,05mg de cobre, 0,1mg de zinco, 0,42mg de manganês, 22mg de fósforo, 26mg de magnésio, 8mg de cálcio, 21,6mg de vitamina C e 98Kcal de valor energético a cada 100g de parte comestível. A banana, como um fruto climatério, apresenta uma ascensão respiratória e de etileno que marca o início do amadurecimento. A emanação de etileno representa um gatilho que dispara rapidamente as modificações que resultam na transformação da banana em um fruto apto para o consumo. Tais transformações envolvem mudanças na aparência, no sabor, no aroma e na textura (SILVA e MELO, 2004). No Brasil, as perdas pós-colheita de bananas podem chegar a 40%, sendo as principais causas: as falhas no processo de cultivo, o ponto de colheita incorreto, o armazenamento e a embalagem inadequados, as péssimas condições de transporte e a ausência de tecnologias de conservação do fruto. A adoção de práticas de manejo pós-colheita permite 9 boa qualidade e aumento do período de comercialização e consumo (BORGES e SOUZA, 2004). A banana colhida próximo ao seu completo desenvolvimento fisiológico amadurece, muitas vezes, de forma desuniforme. Para homogeneizar o lote e proporcionar um amadurecimento mais rápido dos frutos pode-se utilizar o processo de climatização ou maturação controlada (BOTREL et al., 2001). Durante o amadurecimento da banana, tem-se aumento no teor de açúcares simples, aumento de ácidos simples e orgânicos (predominando o ácido málico) e diminuição dos compostos fenólicos, de menor peso molecular, acarretando redução da adstringência e aumento da acidez, além da liberação de compostos voláteis, fatores responsáveis pelo aroma e sabor, que são características fundamentais para a aceitação da fruta (SOTOBALLASTERO, 1992). Oliveira et al. (2013) ao estudarem as características pós-colheita da banana Prataanã apresentou valores médios: pH de 4,7, sólidos solúveis de 16,2 °Brix e acidez titulável de 0,54%. Prill (2011) avaliando as características pós-colheita da banana Prata-anã, utilizando como variação de tratamento a embalagem de polietileno de baixa densidade, adsorvedor de etileno e vácuo, fazendo avaliações a cada 5 dias durante um período de 35 dias encontrou valores de pH entre 4,1 e 5,4, acidez titulável entre 0,22% e 0,55% e sólidos solúveis entre 5 e 17,9 °Brix. 3.2 ATMOSFERA MODIFICADA A qualidade pós-colheita dos frutos normalmente é avaliada pela perspectiva do mercado hortifrutícola, tanto do produto em si como de sua forma de apresentação. São fatores de qualidade: a embalagem e o conjunto dos atributos que sensibilizam os órgãos sensoriais do consumidor. De acordo com Vilas Boas et al. (2001), a aparência (tamanho, forma, coloração, brilho, ausência de defeitos), o sabor, o aroma e a textura dos alimentos são os primeiros atributos avaliados pelo consumidor no momento de sua aquisição. Por serem frutos climatérios, continuam a sua atividade metabólica durante a fase de pós-colheita, logo alguns fatores melhoram a qualidade e a vida útil desses produtos, que são: colheita no ponto ótimo de maturação, minimização de injúrias mecânicas, tratamentos fitossanitários e condições de temperatura e umidade relativa durante a comercialização (EXAMA et al., 1993). 10 Visando melhorar a conservação dos frutos, utiliza-se a técnica do armazenamento sob atmosfera modificada, que consiste em envolver os frutos em filmes plásticos, acondicionados em embalagens ou através de produtos que formam uma película de proteção sobre eles, como a cera e a parafina, visando à modificação da atmosfera ao seu redor (CISNEROS-ZEVALLOS e KROCHTA, 2002). A atmosfera modificada é usada para retardar o amadurecimento de frutas, sendo muito versátil, de aplicação relativamente simples e de baixo custo (BRACKMANN et al., 2005), ocorrendo em função da interação natural da respiração do produto e a troca gasosa através da embalagem ou cera, havendo então o acúmulo de CO2, vapor de água e o esgotamento do O2. Os níveis são controlados pela troca gasosa através do envoltório utilizado até atingir o equilíbrio em níveis benéficos que depende de características como espessura do filme, composição química e outras. Esta técnica é importante como tratamento para prolongar o período de armazenagem de produtos perecíveis reduzindo perdas e mantendo a qualidade, uma vez que a redução da respiração dos frutos diminui consequentemente o murchamento, a produção e sensibilidade ao etileno e as reações de oxidação (AMARANTE et al., 2001; MOTA et al., 2003). Segundo Cocozza (2003), a embalagem plástica deve funcionar como membrana que reduz a perda de umidade e o ataque de microrganismos. O uso de filmes plásticos proporciona não apenas a redução da perda de umidade, mas também pode aumentar a proteção contra danos mecânicos, proporcionando um aumento no período de comercialização. Quando uma embalagem é corretamente projetada, a composição gasosa no interior interfere na atividade metabólica do fruto, reduzindo-a, obtendo-se o atraso no amadurecimento. Após o acondicionamento das frutas a conservação pode ser garantida por meio da refrigeração. O armazenamento com controle de temperatura e umidade relativa tem sido bastante efetivo no prolongamento da vida útil dos produtos frescos. São fatores ambientais que, se utilizados de maneira correta, são capazes de regular processos fisiológicos e bioquímicos dos vegetais. A ação conjunta da utilização da cadeia do frio e da embalagem adequada mantém a qualidade da banana até que ela chegue à mesa do consumidor (CHITARRA, 1999). Prill et al. (2012), utilizando atmosfera modificada combinada ao controle de etileno, concluíram que a combinação do uso da embalagem de PEBD com o sachê de permanganato 11 de potássio (KMnO4) resultou no retardamento do processo de maturação dos frutos de banana Prata-anã, quando armazenada a 12 ºC. Mota et al. (2012) utilizando o filme de PVC em conjunto com a imersão em cera a base de carnaúba concluíram ser eficiente na conservação pós-colheita, mantendo melhor a qualidade de bananas Prata-anã. Cardoso et al. (2008), ao utilizarem atmosfera modificada em bananas Pacovan, verificaram que o uso das atmosferas modificadas obtidas através dos filmes plásticos de PVC e polietileno de baixa densidade reduziram de maneira significativa à perda de massa dos frutos e que, os frutos embalados com PVC, apresentaram características físico-químicas satisfatórias para uma maior conservação pós-colheita. 12 4 MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi realizado no Laboratório de Secagem e Armazenamento de Produtos Vegetais, do curso de Engenharia Agrícola, pertencente ao Campus de Ciências Exatas e Tecnológicas – Henrique Santillo, da Universidade Estadual de Goiás – UEG, com altitude de 1040 m, longitude 48°42’23” O e latitude 16°22’44” S, durante o mês de maio de 2015. Para a pesquisa foram utilizadas bananas da variedade Prata-anã, adquiridas na Central Estadual de Abastecimento - CEASA de Anápolis/GO. Os frutos foram obtidos no estágio de maturação totalmente verde (subclasse 1, segundo a escala de Von Loesecke) sem passar por aplicação de etileno. Após a aquisição dos frutos, os mesmos foram selecionados quanto à ausência de defeitos fisiológicos e mecânicos, visando uniformizar o lote. Os frutos foram lavados com água corrente e imersos em solução de hipoclorito de sódio a 1%, por 10 minutos, para desinfecção, e secos em temperatura ambiente. (a) (b) Figura 1 – Frutos de Banana Prata-anã imersos em solução de hipoclorito de sódio a 1% por 10 minutos (a) e secos em temperatura ambiente (b). Fonte: Arquivo Pessoal (2015). 4.1 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado (DIC), com esquema fatorial 5 x 7 (embalagens x dias de análise), com 3 repetições por dia de análise para cada tratamento. As bananas Prata-anã in natura foram submetidas a diferentes tratamentos, buscando mensurar o efeito combinado das embalagens com atmosfera modificada passiva e o armazenamento refrigerado. Os tratamentos foram: controle (sem embalagem); PP (embalagem de polipropileno (600 μm)); EPS + PVC (embalagem de poliestireno expandido 13 (2440 μm) + filme de cloreto de polivinila (250 μm)), PET (embalagem de polietileno tereftalato (340 μm)) e PEBD (embalagem de polietileno de baixa densidade (120 μm)). As bananas foram acondicionadas nas embalagens e refrigeradas no mesmo dia da instalação do experimento. As bananas, após serem submetidas às condições de armazenamento, foram armazenadas em B.O.D. (Biochemical Oxygen Demand), à 10ºC e 85-90% de UR, sendo avaliadas a cada 2 dias, por um período de 12 dias (0, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 dias). Figura 2 - Frutos de banana Prata-anã armazenados em B.O.D. à 10 °C. Fonte: Arquivo Pessoal (2015). 4.2 ANÁLISES Foram realizadas análises físicas e físico-químicas, como: perda de massa, firmeza da polpa e da casca, potencial hidrogeniônico (pH), coloração, sólidos solúveis, acidez titulável, índice de maturação e relação polpa/casca. Foram utilizadas 240 bananas no total, com 2 bananas por repetição e 3 repetições em cada dia de análise por tratamento, sendo 30 bananas para a análise não destrutiva (perda de massa), as análises foram realizadas a cada 2 dias (0, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 dias). 14 4.3 VARIÁVEIS ANALISADAS 4.3.1 Perda de massa Para a análise de perda de massa foi utilizada balança BL 3200H, carga máxima de 3200g e mínima de 0,5g. A porcentagem de perda de massa foi encontrada a partir da Equação (1): 𝑃𝑀(%) = (𝑃𝑖−𝑃𝑗) 𝑃𝑖 ∗ 100 Equação (1) Em que: PM = perda de massa (%); Pi = peso inicial do fruto (g); Pj = peso do fruto no período subsequente a Pi (g). 4.3.2 Firmeza Para análise de firmeza, da polpa e da casca, foi utilizado o texturômetro Brookfield texture analyser CT3 50K, com a profundidade de penetração de 1 cm e velocidade de penetração de 6,9 mm s-1, com a unidade de medida em centiNewtons (cN). 4.3.3 Potencial hidrogeniônico (pH) Foi determinado por potenciometria, utilizando-se o medidor portátil de pH modelo 1400-GEHAKA, conforme técnica descrita por IAL (2008). 4.3.4 Coloração A cor das amostras foi avaliada utilizando-se o colorímetro CR400 da Konica Minolta. A avaliação da cor foi efetuada pelo sistema L, a* e b*, por refletância. Os valores de L (luminosidade ou brilho) variam de zero (preto) a 100 (branco), no eixo a* a variação vai de –a* (verde) a +a*(vermelho) e no eixo b* de –b*(azul) até +b*(amarelo). O grau Hue foi determinado pela equação (2) e o Croma foi medido pela equação (3), conforme metodologia utilizada por Minolta (1994): 𝑏∗ Â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐻𝑢𝑒 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑎𝑛𝑔(𝑎∗) Equação(2) 𝐶𝑟𝑜𝑚𝑎 = √𝑎∗2 + 𝑏 ∗2 Equação(3) 15 Em que: b*= valor de b* a*=valor de a* 4.3.5 Sólidos solúveis (SS) Foi realizada através da leitura refratométrica direta, em ºBrix, com refratômetro Abbe digital de bancada da marca Quimis, conforme recomendação do IAL (2008). 4.3.6 Acidez titulável (AT) O conteúdo de acidez titulável, expresso em gramas de ácido málico por 100 gramas de polpa, foi determinado através da titulação de 5 gramas de polpa homogeneizada, completando com água destilada até 100 mL, com solução padronizada de hidróxido de sódio a 0,1 M, tendo como indicador a solução alcoólica de fenolftaleína, seguindo a recomendação do IAL (2008). 4.3.7 Índice de maturação Determinado pela relação entre o teor de sólidos solúveis e a acidez titulável (IAL, 2008). 4.3.8 Relação polpa/casca Obtida através da relação polpa/casca dividindo-se o resultado da diferença entre o peso de cada fruto e o peso da casca. 4.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA As variáveis analisadas foram submetidas à análise de variância (p<0,05) e as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade, exceção apenas para a análise da perda de massa que foi utilizado regressão. Em todos os procedimentos estatísticos foi utilizado o programa SISVAR 5.3. 16 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO A perda de massa em frutos ocorre devido à transpiração dos mesmos, perdendo sua massa proporcionalmente a perda de água. As perdas de massa podem afetar a comercialização da banana, que se dá por meio da sua massa e aspecto visual (OLIVEIRA, 2010). Observa-se na Figura 3 que houve aumento na perda de massa para os tratamentos, sendo o que apresentou maior perda foi o controle variando entre 0,94% (2º dia) e 5,04% (12º dia), demonstrando aceleração no seu metabolismo e mais rápida perda de água do fruto em comparação às demais embalagens. A menor perda de massa foi observada no tratamento PEBD, em que os teores de porcentagem de perda de massa, até o 12º dia, variaram de 0,01 a 0,12%. De acordo com Chitarra e Chitarra (2005), perdas de até 3 % são aceitáveis, valores acima disso deixam o produto com aspecto murcho ou ressecado, interferindo na qualidade visual e, consequentemente sua rejeição pelo consumidor. No experimento realizado somente o tratamento controle ficou acima desse valor, demonstrando a ineficácia do armazenamento de banana Prata-anã sem embalagem. CONTROLE y = 0,790x - 0,582 R² = 0,980 6,00 PP y = 0,145x - 0,197 R² = 0,965 EPS + PVC y = 0,417x - 0,445 R² = 0,989 PET y = 0,235x - 0,104 R² = 0,970 PEBD y = 0,020x - 0,034 R² = 0,903 Perda de Massa (%) 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 0,00 0 -1,00 2 4 6 8 10 12 Dias de Análise Figura 3 - Valores médios da Perda de massa (%) para banana Prata-anã armazenados em diferentes embalagens com atmosfera modificada passiva à 10°C, por 12 dias. O pH da polpa da banana verde tende a oscilar entre 5,0 e 5,6, enquanto que para a fruta madura esse valor cai para 4,2 a 4,7 (MATSUURA e FOLEGATTI, 2001), durante o experimento ficou constatado que o pH da banana manteve-se próximo aos valores de polpa 17 de banana verde. Ao analisar a Tabela 1 notou-se que houve variação do pH, com valores entre 4,30 e 6,67 para a banana Prata-anã, sendo assim semelhantes aos valores encontrados por Oliveira et al. (2013). Analisando os valores médios do pH foi possível verificar que a variação existente nos dois primeiros dias de análise não foram significativas, a partir do 3º dia de análise (dia 4) as embalagens de EPS + PVC e PET apresentaram queda significativa nos valores médios de pH. O decréscimo do pH ao longo do amadurecimento é esperado. Esta diminuição costuma ser associada ao acúmulo de açúcar e de constituintes ácidos durante o amadurecimento dos frutos (OLIVEIRA et al., 2013). O pH dos tratamentos controle, PP e PEBD foram os que apresentaram menores variações nos dias de armazenamento, mostrando que conservaram melhor as características dos frutos, retardando o amadurecimento. TABELA 1 - Valores médios de pH para banana Prata-anã armazenada em diferentes embalagens com atmosfera modificada passiva à 10°C, por 12 dias. EMBALAGEM CONTROLE PP EPS+PVC PET PEBD 0 5,53aA 5,53aA 5,53aAB 5,53aA 5,53aA 2 5,57aA 5,60aA 5,63aA 6,67aA 5,63aA 4 5,44abA 5,54aA 5,46aABC 5,0bB 5,36abAB DIA 6 5,45abA 5,47aA 5,04bCD 5,39abAB 5,29abAB 8 5,40aA 5,42aA 5,11aBCD 5,25aAB 5,31aAB 10 5,29aA 5,34aA 4,85bDE 5,05abB 5,05abB 12 5,18aA 5,35aA 4,43bE 4,30bC 5,18aAB Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P > 5%). Os valores de acidez titulável oscilaram entre 0,054 e 0,371 g ác. málico 100 g-1 de polpa, ao longo dos 12 dias de armazenamento, como pode ser visto na Tabela 2, sendo inferiores aos valores encontrados por Silva (2013), que avaliando 13 genótipos de banana encontrou para a cv. Prata-anã valor médio de 0,67g ác. málico 100 g-1 de polpa e Botrel (2002), que estudando a cv. Prata encontrou valores superiores a 0,40g ác. málico 100 g-1 de polpa. Os valores encontrados no experimento para acidez titulável concordam com valores encontrados por Prill (2011), que estudando a cv. Prata-anã encontrou acidez titulável entre 0,22 e 0,55g ác. málico 100 g-1 e Domatto Junior (2005), o qual encontrou para a cultivar Prata-anã e Prata-Zulu 0,32 e 0,29g ác. málico 100 g-1 de polpa, respectivamente. Ao final do armazenamento o tratamento PET apresentou o maior valor médio, diferindo estatisticamente dos demais tratamentos. 18 TABELA 2 - Valores médios de Acidez titulável (g ác. málico 100g-1 de polpa) para banana Prata-anã armazenada em diferentes embalagens com atmosfera modificada passiva à 10°C, por 12 dias. DIA EMBALAGEM CONTROLE PP EPS+PVC PET PEBD 0 0,076aB 0,076aB 0,076aB 0,076aB 0,076aAB 2 0,076aB 0,072aB 0,076aB 0,093aB 0,080aAB 4 0,080aB 0,076aB 0,089aB 0,093aB 0,072aAB 6 0,137aA 0,132aA 0,119aB 0,098aB 0,111aA 8 0,055aB 0,055aB 0,081aB 0,055aB 0,059aB 10 0,064aB 0,064aB 0,093aB 0,081aB 0,054aB 12 0,080cB 0,068cB 0,264bA 0,371aA 0,063cB Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P > 5%). Os frutos sofrem hidrólise do amido, com consequente acúmulo de açúcares solúveis, principalmente glicose, frutose e sacarose. Tais açúcares são oxidados, servindo como substratos básicos no processo respiratório do fruto (MATSUURA e FOLEGATTI, 2001). Valores encontrados na literatura (IMSABAI et al., 2006) para sólidos solúveis, em banana, oscilam entre 0,78 a 0,92 °Brix para o fruto verde e 19,72 a 22,36 °Brix para o fruto maduro De acordo com a Tabela 3, os valores de sólidos solúveis variaram de 1,2 a 13,73 °Brix durante os 12 dias de análise, sendo que o tratamento PET foi o que apresentou maior variação. Observa-se que somente a partir do 10° dia os valores de sólidos solúveis variaram para embalagens PET e EPS+PVC, em decorrência do processo de amadurecimento dos frutos, enquanto que para os demais tratamentos esse fato não foi observado, sendo provavelmente devido aos frutos terem sido colhidos antes do estágio de maturação fisiológica, dificultando o processo de amadurecimento (SILVA e MELO, 2004). O tratamento PP não apresentou diferença significativa nos valores médios de sólidos solúveis durante o experimento. TABELA 3 - Valores médios de Sólidos solúveis (ºBrix) para banana Prata-anã armazenada em diferentes embalagens com atmosfera modificada passiva à 10°C, por 12 dias. DIA 0 2 4 6 EMBALAGEM CONTROLE 1,20aC 1,40aBC 1,70abABC 1,46aABC PP 1,20aA 1,23aA 1,53bA 1,53aA EPS+PVC 1,20aD 1,30aCD 2,40abC 2,40aC PET 1,20aE 1,36aDE 2,66aC 1,87aCDE PEBD 1,20aC 1,30aC 1,77abBC 1,97aBC 8 1,47aABC 1,63aA 2,36aC 2,36aCD 2,03aBC 10 2,53bA 2,06bA 3,83aB 3,86aB 2,67bAB 12 2,40cdAB 1,63dA 8,53bA 13,73aA 3,33cA Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P > 5%). 19 A relação SS/AT é uma das formas mais utilizadas para a avaliação do sabor, sendo mais representativa que a medição isolada de açucares ou da acidez. Essa relação dá uma boa idéia do equilíbrio entre esses dois componentes. (CHITARRA e CHITARRA, 2005). Verificou-se aumento do índice de maturação em todos os tratamentos ao longo de todo o armazenamento, como se pode ver na Tabela 4, concordando com os valores encontrados por Oliveira (2010), que verificou esse aumento quando os frutos foram armazenados nas temperaturas de 15 e 25°C. Os frutos armazenados na embalagem de PEBD foram os que apresentaram a maior variação deste índice ao final do período de análise. O tratamento PP foi o que propiciou maior estabilidade dos valores de índice de maturação, evidenciando valores médios, ao final do armazenamento, de 25,24 apresentando uma maior eficiência no retardo da maturação da banana Prata-anã. TABELA 4 - Valores médios do Índice de maturação (SS/AT) para banana Prata-anã armazenada em diferentes embalagens com atmosfera modificada passiva à 10°C, por 12 dias. Dia Embalagens CONTROLE PP EPS+PVC PET PEBD 0 15,80aC 15,80aBC 15,80aD 15,80aCD 15,80aB 2 18,49aBC 16,84aBC 18,19aCD 14,58aD 16,51aB 4 20,99aBC 19,89aABC 26,73aBCD 28,56aBC 24,26aB 6 11,24aC 11,05aC 20,05aBCD 19,06aCD 17,58aB 8 29,45aAB 26,64aAB 30,71aABC 37,10aB 28,95aB 10 39,70abA 32,69bA 42,23abA 51,36aA 48,34aA 12 29,99bAB 25,24bAB 32,45bAB 36,99bB 52,17aA Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P > 5%). As bananas são geralmente colhidas quando a casca apresenta coloração ainda verde, mas já em estádio de maturação fisiológica. Uma pequena variação desse estádio pode, entretanto, alterar a firmeza dos frutos (Souza et al., 2011). A redução na firmeza da polpa da banana ocorre, geralmente, por ação de enzimas que atuam na parede celular. O amaciamento dos frutos está associado à hidrólise de amido e à solubilização das substâncias pécticas e, também, à perda de água; alterações que ocorrem durante o amadurecimento, e que, a exemplo da solubilização das substâncias pécticas, são bem definidas na banana, por se tratar de fruto climatério (SILVA et al., 2006a; SILVA et al., 2006b). De acordo com os valores médios encontrados para firmeza da casca da banana Prata-anã (Tabela 5) observou-se que os tratamentos EPS+PVC e PET apresentaram redução na firmeza, sendo explicado devido o amadurecimento da banana, concordando com os valores encontrados por Pimentel et al. (2010) e Oliveira (2010). O tratamento PP não apresentou variação significativa na firmeza durante o período armazenado, fato provavelmente devido ao estágio de maturação que os frutos foram colhidos. 20 TABELA 5 - Valores médios de Firmeza da casca (cN) para banana Prata-anã armazenada em diferentes embalagens com atmosfera modificada passiva à 10°C, por 12 dias. Dia Embalagens CONTROLE PP EPS+PVC PET PEBD 0 1620,0aA 1620,0aA 1620,0aA 1620,0aA 1620,0aA 2 1442,5aA 1497,5aA 1404,1aA 1352,5aA 1527,5aAB 4 1470,0aA 1548,3aA 1413,3aA 1285,8aA 1431,6aAB 6 1465,0aA 1516,6aA 1335,0aA 1374,1aA 1270,0aB 8 1488,3aA 1670,0aA 1490,8aA 1412,5aA 1383,3aAB 10 1365,8aA 1493,3aA 1490,0aA 1363,3aA 1412,5aAB 12 1559,1aA 1457,5aA 965,0bB 451,6cB 1559,1aAB Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P > 5%). Para a firmeza da polpa (Tabela 6) os tratamentos PP e PEBD foram os que mantiveram melhor as características de firmeza durante o experimento. Os tratamentos PET e EPS+PVC só apresentaram diferença significativa no 12° dia de armazenamento, evidenciando um maior nível de maturação do fruto, não sendo o ideal para frutos climatérios para conservação pós-colheita. Coelho (2007), observou a perda da firmeza para bananas Prata-anã armazenada a 20°C, segundo o autor esse comportamento é explicado em virtude do teor de umidade da polpa da banana aumentar durante o amadurecimento e a velocidade a que este ocorre depende da temperatura de armazenamento da fruta. TABELA 6 - Valores médios de Firmeza da polpa (cN) para banana Prata-anã armazenada em diferentes embalagens com atmosfera modificada passiva à 10°C, por 12 dias. Dia Embalagens CONTROLE PP EPS+PVC PET PEBD 0 405,8aB 405,8aA 405,8aA 405,8aA 405,8aA 2 420,0aAB 445,0aA 459,1aA 436,6aA 470,8aA 4 414,1aAB 468,3aA 424,1aA 403,3aA 512,5aA 6 536,6aA 499,1abA 413,3bA 472,5abA 449,1abA 8 375,8aB 462,5aA 378,3aA 440,0aA 455,8Aa 10 431,6aAB 486,6aA 367,5aA 407,5aA 421,6aA 12 421,6aAB 441,6aA 120,8bB 81,6bB 470,0aA Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P > 5%). Na Tabela 7 foi analisada a relação polpa/casca dos frutos. Observou-se que foi significativa somente para os dias de análise, onde as embalagens não apresentaram efeito significativo na qualidade pós-colheita da banana Prata-anã. Os valores encontrados variaram de acordo com o passar dos dias de armazenamento, concordando com Chitarra e Chitarra (2005), que afirmam que a variação da relação polpa/casca para banana verde e madura é de 1,2 e 2,0, respectivamente. 21 É possível observar que os valores médios para relação polpa/casca apresentou um aumento durante os dias de armazenamento. Mota et al. (2012) afirmaram que o aumento da relação pode ser explicado devido a maior perda de água pela casca. O tratamento PP apresentou o menor valor médio durante o armazenamento, mostrando maior eficiência em diminuir a perda de água na casca da banana. TABELA 7 - Valores médios de relação polpa/casca para banana Prata-anã armazenada em diferentes embalagens com atmosfera modificada passiva à 10°C, por 12 dias. Embalagens Médias CONTROLE PP EPS+PVC PET PEBD Dias 0 2 4 6 8 10 12 1,32 a 1,19 a 1,31 a 1,26 a 1,26 a Médias 1,16 b 1,26 b 1,21 b 1,27 b 1,25 b 1,25 b 1,47 a Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (P > 5%). As Tabelas 8, 9 e 10 mostram os valores obtidos, no decorrer do armazenamento, para as coordenadas L, a* e b*, respectivamente. Nota-se para a coordenada L (Tabela 8) que os valores dos frutos armazenados em PET e EPS+PVC aumentaram durante os dias de análise, ficando mais claros ao longo do período experimental, mostrando assim que os frutos nesses tratamentos se encontravam em estágio de maturação mais avançado, enquanto que o controle não apresentou variação significativa entre os dias de análise. Mota et al. (2012), observaram que as embalagens EPS+PVC apresentaram, a partir do 12° dia, frutos totalmente amarelos e consequentemente maduros, diferente do constatado para esse experimento. Ribeiro (2006), em pesquisa com bananas ’Prata-anã’, armazenadas à 15°C por 10 dias, encontrou valores médios de L de 50,29 a 62,05, semelhantes aos valores médios encontrados para esse experimento. 22 TABELA 8 - Valores médios de L (Luminosidade) para banana Prata-anã armazenada em diferentes embalagens com atmosfera modificada passiva à 10°C, por 12 dias. Dia Embalagens CONTROLE PP EPS+PVC PET PEBD 0 58,99aA 58,99aABC 58,99aC 58,99aC 58,99aBC 2 58,73aA 58,98aABC 55,91aC 59,94aC 54,10aC 4 57,49aA 55,10aBC 61,04aBC 61,29aBC 57,68aC 6 61,21bA 61,76bAB 69,10aA 59,80bC 65,13abAB 8 60,24aA 52,16bC 59,36aC 60,54aC 61,21aABC 10 59,74bA 63,80abA 68,11aAB 68,49aAB 66,32abA 12 59,19bA 60,16bAB 73,30aA 73,53aA 58,13bBC Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P > 5%). Na Tabela 9 observou-se que os valores de a* aumentaram durante o armazenamento, sendo mais evidente nos tratamentos EPS+PVC e PET. Os frutos ao avançarem em seu estagio de maturação apresentam variação em sua coloração, sendo que no caso da banana, armazenada nessas embalagens, foi alterada de verde para um tom amarelado, o que explica os valores de a* passando de valores negativos (verde) para positivos (vermelho). É possível que uma coordenada demonstre de forma mais acentuada as alterações de cor do que outra, de modo que a diminuição do valor negativo de a* reflita a perda da cor verde. No estudo realizado por Sampaio et al. (2007), foi verificado que a perda da cor verde da clorofila é resultado da degradação de sua estrutura causada por mudança de pH, ação do sistema oxidativo e atividade da enzima clorofilase, enquanto a cor amarela é atribuída à exposição e à síntese de carotenóides. TABELA 9 - Valores médios de a* para banana Prata-anã armazenada em diferentes embalagens com atmosfera modificada passiva à 10°C, por 12 dias. Dia Embalagens CONTROLE PP EPS+PVC PET PEBD 0 -17,42aB -17,42aB -17,42aD -17,42aC -17,42aB 2 -18,81aB -16,86aB -16,22aD -17,04aC -16,54aB 4 -16,16aAB -16,47aB -15,15aCD -15,39aC -15,02aB 6 -15,33aAB -15,73aB -12,56aC -15,46aC -14,74aAB 8 -15,02aAB -16,59aB -17,06aD -14,32aC -15,10aB 10 12 -13,12bA -15,87bAB -11,30abA -14,34bAB -8,94aB -2,00aA -10,47abB 0,67aA -11,36abA -15,32bB Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P > 5%). Ao contrário do fator a*, a Tabela 10 demonstra pequena variação nos valores médios de b*, tendo somente o tratamento PET apresentado maior variação significativa no último dia de análise. Álvares et al. (2003), analisando o amadurecimento da banana, com o aumento da concentração de etileno aplicado, verificou aumento significativo de b* conforme foi evoluindo seu grau de maturação, e assim apresentando uma coloração mais amarelada. Os 23 tratamentos controle, PP e PEBD não apresentaram diferença significativa durante os dias de análise do experimento. TABELA 10 - Valores médios de b* para banana Prata-anã armazenada em diferentes embalagens com atmosfera modificada passiva à 10°C, por 12 dias. Dia Embalagens CONTROLE PP EPS+PVC PET PEBD 0 38,65aA 38,65aA 38,65aB 38,65aB 38,65Aa 2 38,43aA 38,29aA 37,17aB 39,39aB 37,22aA 4 37,86aA 37,11aA 37,31aB 38,32aB 36,62aA 6 38,40aA 38,71aA 37,15aB 37,61aB 38,35aA 8 38,04aA 37,29aA 39,70aAB 38,96aB 37,70aA 10 36,89aA 36,69aA 39,17aAB 37,79aB 37,29aA 12 38,33cA 36,57cA 43,22bA 50,45aA 37,96aA Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P > 5%). De acordo com Hutchings (2002), o estudo da cor utilizando os valores isolados das coordenadas é incorreto, porque as duas coordenadas não são independentes. No entanto, o ângulo de tonalidade (Hue), e o índice de saturação (Croma), são apropriados para a obtenção desta descrição. Visto que Hue (°H*) e Croma (C*) são medidas derivadas de a* e b*. Na Tabela 11, são apresentados os valores médios para ângulo Hue, mostrando que em todas as embalagens os valores sofreram queda, concordando com os valores encontrados por Pinheiro (2009), que analisando bananas da cultivar Tropical encontrou valores para o ângulo Hue entre 105,35° e 77,33°. Sendo os tratamentos PET e EPS+PVC os que apresentaram maior queda durante o período de armazenamento, com valores diminuindo de 114,23° a 89,23° e 114,23° a 92,68°, respectivamente, ou seja, variando de verde-amarelado para amarelo, enquanto os demais tratamentos mantiveram a coloração próxima do verdeamarelado. TABELA 11 - Valores médios de Ângulo Hue para banana Prata-anã armazenada em diferentes embalagens com atmosfera modificada passiva à 10°C, por 12 dias. Dia Embalagens CONTROLE PP EPS+PVC PET PEBD 0 114,23aA 114,23aA 114,23aA 114,23aA 114,23aA 2 113,62aA 113,70aA 113,52aA 113,34aA 113,95aA 4 113,05aA 113,93aA 112,03aA 111,80aA 112,13aA 6 111,72aA 112,10aA 108,54aA 112,30aA 110,91aA 8 111,44aA 113,95aA 113,28aA 112,80aA 111,71aA 10 109,43aA 106,84aA 102,84aA 105,57aB 106,88aA 12 112,47aA 111,40aA 92,68aA 89,23aB 111,94aA Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P > 5%). 24 A Tabela 12 apresenta os valores de Croma, que expressa à intensidade da cor. Notase que os valores médios para os tratamentos controle, PP e PEBD diminuíram de 42,40 a 41,52; 42,40 a 39,29 e de 42,40 a 40,96, respectivamente, apresentando diminuição na intensidade da cor nestes tratamentos, enquanto para os tratamentos EPS+PVC e PET os valores aumentaram de 42,40 a 43,29 e de 42,40 a 50,47, respectivamente, sendo semelhantes às variações encontradas por Pinheiro (2009), que verificou aumento de Croma para os tratamentos que já apresentavam um estagio de maturação mais avançado. TABELA 12 - Valores médios de Croma para banana Prata-anã armazenada em diferentes embalagens com atmosfera modificada passiva à 10°C, por 12 dias. Dia Embalagens CONTROLE PP EPS+PVC PET PEBD 0 42,40aA 42,40aA 42,40aA 42,40aB 42,40aA 2 41,95aA 41,87aA 40,57aA 42,93aB 40,74aA 4 41,18aA 40,61aA 40,30aA 41,35aB 39,62aA 6 41,36Aa 41,80aA 39,27aA 40,70aB 41,11aA 8 40,93aA 40,83aA 43,23aA 42,32aB 40,65aA 10 39,27aA 38,48aA 40,33aA 39,34aB 39,03aA 12 41,52bA 39,29bA 43,29bA 50,47aA 40,96bA Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P > 5%). O valor médio estimado para Croma foi de 41,35, sendo maior que o encontrado por Ribeiro (2006), que encontrou valor médio estimado de 33,67, ao analisar a cromaticidade da banana Prata-anã durante armazenadas a 10°C, considerando frutos colhidos com 18 semanas de desenvolvimento da planta. 25 6 CONCLUSÕES Nas condições desse experimento e devido ao efeito proporcionado pela colheita dos frutos terem ocorrido antes da maturação fisiológica, verificou-se que o tratamento PEBD e PP foram os que apresentaram efeito positivo no retardo do amadurecimento das bananas Prata-anã, propiciando menores perdas de massa, firmeza e índices de maturação, sendo embalagens adequadas para a manutenção das características pós-colheita por maior período. 26 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADÃO, R. C.; GLÓRIA, M. B. A. Bioactive amines and carbohydrate changes during ripening of ‘Prata’ banana (Musa acuminata x Musa balbisiana). Food Chemistry, v.90, p.705-711, 2005. ÁLVARES, V. S.; CORRÊA, P. 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