O que você deve saber sobre
A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA ESPANHOLA
Durante todo o período colonial, a Coroa espanhola teve presença
extremamente forte dentro de sua colônia. Não importava a crise
pela qual a Espanha estivesse passando, o país sempre exerceu
extremo controle dos laços coloniais.
A colonização da América espanhola
 Coroa espanhola (séculos XVI e XIX): terras desde o México até o
extremo sul da Argentina.
 América espanhola dependente de uma metrópole subdesenvolvida
Colônia e metrópole tinham
problemas semelhantes.
 Colônia: produzia metais preciosos.
 Inglaterra: relação comercial com a América espanhola
A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA ESPANHOLA
Os núcleos da ocupação espanhola (1494-1541)
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A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA ESPANHOLA
I. Estrutura de poder na
América espanhola
VICE-REINADO
(vice-rei)
INTENDÊNCIA
(governador)
CABILDO
(chapetones)
Divisão político-administrativa da América
espanhola (século XVIII)
A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA ESPANHOLA
II. O problema político
INTENDÊNCIA
(governador)
Limitava a liberdade da colônia, garantia impostos à Coroa e
restringia o poder da elite econômica da América espanhola.
Criollos: não ocupavam
cargos públicos importantes.
Peninsulares: ocupavam
cargos públicos importantes.
Tensão entre elite política e econômica
Colônia
A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA ESPANHOLA
Metrópole
III. A estrutura social
Protegidos
pela Coroa
Peninsulares
Criollos
Índios
Pagavam tributo individual
diretamente ao rei.
Castas
Eram escravizados
por dívidas.
A escravidão de negros era pouco praticada, mas fundamental
no litoral da Colômbia, do Equador e da Venezuela (cacau) e
nas ilhas do Caribe (açúcar).
A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA ESPANHOLA
IV. A questão econômica
 Imposição de monopólios: fumo, bebidas alcoólicas,
pólvora e sal só eram comprados de comerciantes espanhóis.
 Cobrança rigorosa dos impostos
 Aumento constante do imposto sobre as vendas de qualquer
produto importado (Alcabala)
 Renda colonial: 20% da receita bruta do tesouro espanhol
 Comércio livre:
• Leis de controle do transporte de mercadorias
• Colônia só comprava e vendia aos espanhóis.
• Proibida a construção de indústrias na colônia, exceto as de
refinamento de açúcar
• 80% das importações vindas da América deveriam ser de
metais preciosos, o restante, de matérias-primas da Espanha.
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IV. A questão econômica
 Metrópole competidora em relação à colônia
 Comércio livre: desenvolvido para tornar mais forte o setor
agrícola espanhol, sem contribuir nas relações econômicas entre
metrópole e colônia.
 Para a América, o comércio livre abriu caminhos para o comércio
com estrangeiros. A colônia reivindicou mais possibilidades de
produção, mais comércio, maior escolha de produtos e preços
menores.
 O comércio livre deixou intacto o monopólio colonial, mas abriu
espaço para o contrabando, levando à falência diversos colonos.
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IV. A questão econômica
 Os espanhóis acreditavam que a dependência econômica traria a
subordinação política e que o desenvolvimento de manufaturas na
colônia levaria à autossuficiência e à autonomia.
 Cada vice-reinado tinha um interesse específico (a prata no
Peru, a agricultura em Nova Granada).
 Havia um consenso de que a solução para os problemas coloniais
não viria da Espanha.
 A economia desarticulada do Império suscitou uma série de
revoltas.
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V. A abertura dos portos
 Primeiro ato de rebelião conjunta contra a metrópole e o Pacto
Colonial
 Havana abriu os portos a produtos dos EUA e de países
considerados “neutros”.
 Espanha aceitou o ocorrido para a América espanhola, sob risco
de perder o controle sobre o comércio colonial.
 Problemas econômicos causaram revoltas sociais em vários
locais, especialmente na Venezuela e no México.
 A Coroa reduziu a influência dos criollos na política e as massas
populares ameaçavam sua hegemonia social.
A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA ESPANHOLA
V. A abertura dos portos
 Fim do século XVIII: “Longa vida ao rei e morte ao mau
governo”
 Movimentos de revolta: elites criollas, aliadas à Coroa e
contra a população pobre
 Autoridades espanholas preferiam a dependência à revolução e
temiam mais o povo do que a Espanha.
 Movimentos de independência: liderados por criollos cultos e
conhecedores das ideias liberais burguesas, em geral movidos por
interesses econômicos.
 Objetivo: acabar com o domínio espanhol.
 Cada vice-reinado e cada líder de movimento tinham projetos
totalmente distintos.
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EXERCÍCIOS ESSENCIAIS
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(UFJF-MG)
O texto a seguir se refere ao processo de colonização da América Espanhola. Leia-o e, em seguida, faça o que se pede.
Ao longo do séc. XVI, a ocidentalização instaurou novas referências (...) destinadas a controlar os distúrbios induzidos pela
Conquista. (...) Como na Castela longínqua, as cidades foram comandadas por poderosas municipalidades, nas cidades, os
cabildos. (...) A colonização foi acompanhada de uma política de uniformização da língua e da lei. Da Flórida ao Chile, o
castelhano foi o instrumento da administração (...); o “direito castelhano nas índias” regia a vida cotidiana, definia as relações
do indivíduo com o estado, impunha a noção de propriedade privada e legitimava o lucro.
GRUZINSKI, S. O pensamento mestiço.
a) Destaque do texto dois recursos utilizados pelos espanhóis para
garantir a Conquista da América.
RESPOSTA:
Podem ser retirados do texto alguns recursos como a
uniformização da língua, as leis, os cabildos e a construção
de cidades.
b) Além dos recursos indicados na citação, existe outro, de ordem
cultural, que não foi mencionado, mas pode ser considerado
fundamental no processo de Colonização. Cite e explique esse recurso.
RESPOSTA:
A religião católica, não mencionada no texto, foi um
dos principais instrumentos da colonização, por meio
da catequese.
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(PUC-SP)
Quanto às colonizações espanhola e portuguesa nas Américas, entre os séculos XVI e XIX, pode-se destacar
a) o emprego de regimes de trabalho obrigatório, ainda que na América
Portuguesa tenha predominado a escravidão do negro e na América
Hispânica, a exploração do trabalho indígena.
b) a completa unidade territorial e o controle rígido pelas metrópoles,
ainda que na América Portuguesa o regime administrativo tenha sido o
de capitanias e na América Hispânica, o de vice-reinado.
c) o prevalecimento da monocultura e do extrativismo, ainda que na
América Hispânica o usufruto dos bens produzidos fosse exclusivamente
da Coroa espanhola e na América Portuguesa, dos colonos.
d) a interiorização da ocupação, ainda que na América Portuguesa tenha
sido rápida e em acordo com as definições de Tordesilhas e na América
Hispânica, lenta e desrespeitosa ao tratado.
e) o esforço de integração das economias coloniais ao comércio
internacional, ainda que na América Hispânica a produção fosse voltada
ao mercado norte-americano e na América Portuguesa, ao inglês.
RESPOSTA: A
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(UEM-PR)
Ainda que ligado por uma continuidade geográfica, o continente americano possui traços distintos nos seus aspectos
econômicos, religiosos e políticos. Parte dessas diferenças pode ser explicada pelas diferentes formas como as regiões foram
colonizadas. Identifique o que for correto sobre a colonização do continente americano.
(01) O mercantilismo, um conjunto de práticas e de ideias
econômicas, orientou a colonização europeia das Américas.
(02) Na Espanha, a separação entre Igreja e Estado possibilitou que
se criassem, nas colônias espanholas, missões
jesuítas subordinadas diretamente ao Papa.
(04) Pode-se atribuir parte do sucesso da conquista da América
espanhola aos adelantados, governadores de fronteiras que recebiam
o cargo diretamente do rei para conquistar e ocupar terras no novo
continente.
(08) O vice-reinado da Nova Granada era uma colônia espanhola que
corresponde aos atuais países do Uruguai, Argentina e Bolívia.
(16) Enquanto a colonização da América do Norte foi realizada sob os
ideais iluministas, a colonização da América do Sul se consolidou com
interferência das ideias absolutistas.
RESPOSTA:
Soma: 01 + 04 = 5
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(Unicamp-SP)
Depois da conquista da América pelos espanhóis, ocorreu uma explosão populacional de gado, porcos, carneiros e cabras, os quais
causaram grandes danos às plantações de milho indígenas, que não eram protegidas. As medidas tomadas pela população indígena
eram, muitas vezes, ineficazes. Os conquistadores preferiam o gado. Bois e carneiros eram protegidos pela lei, pelos costumes e
pelo sentimento espanhóis. As leis que protegiam a pecuária na Península Ibérica foram exportadas para o México e permitiam que o
gado pastasse em propriedade alheia. Os animais destruidores eram, afinal, propriedade
dos vitoriosos; a agricultura, dos derrotados.
MAXWELL, Kenneth. Morte e sobrevivência. Folha
de S.Paulo, São Paulo, Mais!, p. 8, 11 ago. 2002. (Adaptado.)
a) Segundo o texto, por que a agricultura indígena foi prejudicada após a
conquista da América?
RESPOSTA:
De acordo com o texto, a agricultura indígena foi prejudicada
devido à prioridade dada pelos colonizadores espanhóis às
criações de gado, porcos, carneiros e cabras. O estímulo à
pecuária por meio de leis e subsídios por parte do governo
espanhol, sem levar em conta as culturas agrícolas locais,
agravou os danos à economia dos indígenas.
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b) Indique dois outros efeitos da conquista da América sobre as
populações indígenas.
RESPOSTA:
A conquista da América pelos espanhóis teve como principais
consequências a destruição das civilizações pré-colombianas
e a dizimação de parte das populações nativas pela submissão
ao trabalho excessivo e exposição às doenças. Os indígenas
também foram marginalizados graças à dominação econômica
e política excludente implementada pelos colonos espanhóis.
c) O que foi a encomienda, utilizada pela colonização espanhola na
América?
RESPOSTA:
A encomienda era uma forma de exploração do trabalho
imposta pelos colonos espanhóis aos indígenas, que consistia
em uma relação servil de produção. Caracterizava-se por ser
concessão dada pelo rei da Espanha a um colono que, em
troca do direito de explorar o trabalho dos índios, deveria
catequizá-los na fé católica.
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(UEL-PR)
Baseado nos conhecimentos sobre a formação dos Estados Nacionais americanos, assinale a alternativa correta.
a) O motivo para as independências e consequente formação dos
Estados Nacionais americanos pode ser encontrado na experiência
política do Pacto Colonial imposto pela Inglaterra, que visava ao
estabelecimento do monopólio comercial com as colônias ibéricas.
b) Os movimentos de independência que aconteceram nas diversas
regiões da América hispânica contaram com a participação de
camponeses, indígenas e burgueses. O resultado dessas lutas foi
sentido por todas as classes sociais envolvidas, em especial pelos
trabalhadores rurais nativos, que puderam reaver parte da terra que
lhes pertencia.
c) Assim que terminaram as lutas pelas independências na América
hispânica, nos primeiros vinte anos do século XIX, a elite crioula
assumiu o poder político das regiões recém-independentes e não
empreendeu mudanças que proporcionassem a todas as classes
usufruir dos resultados da emancipação.
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EXERCÍCIOS ESSENCIAIS
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d) A conformação dos Estados Nacionais veio em auxílio dos nativos,
denominados “índios de caráter dócil”, escravizados desde o período
da conquista e expropriados de suas terras – ejidos. A Constituição
Americana, elaborada após as independências, formalizou e legalizou
o direito de todos à liberdade, à igualdade racial.
RESPOSTA: C
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(PUC-RJ)
O historiador Sérgio Buarque de Holanda, em seu livro Raízes do Brasil, compara as experiências colonizadoras portuguesa e
espanhola na América. A partir de seus conhecimentos sobre o assunto:
a) Identifique duas características comuns às experiências colonizadoras
portuguesa e espanhola na América.
RESPOSTA:
Há algumas características comuns, entre as quais se
destacam duas: predomínio da plantation – a grande
propriedade, monocultora, voltada para a exportação; a
existência dos monopólios comercial, administrativo,
político e religioso da metrópole sobre a colônia.
b) Explique uma diferença entre as colonizações portuguesa
e espanhola na América.
RESPOSTA:
A colonização portuguesa foi facilitada pelo fato de se achar a
costa brasileira habitada por uma única família de indígenas
que falavam o mesmo idioma (os tupis-guaranis), em oposição
à maior dificuldade de dominação dada a diversidade de povos
encontrada pelos espanhóis na América.
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