Grupos de Trabalho - 4
Responsabilidade Social (foto) - 5
A Carreira Após os 50 - 10
Desenvolvimento Sustentável - 12
Campinas
IBEF EM REVISTA
Informativo do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças - Campinas
Edição n° 96 - Maio/2007
Haaland assina termo de posse.
Ao lado José Roberto Morato
e Saulo Duarte Pinto Junior
Associados e convidados lotaram a boate do
Tênis Clube em Campinas para a cerimônia oficial
que marcou o início da gestão 2007-2009. Págs. 6 a 9
A FESTA DA POSSE
IBEF-CAMPINAS ADOTA PAPEL RECICLADO
VEJA OS DETALHES NA PÁGINA 3
Expediente
O Instituto Brasileiro de Executivos de
Finanças – Ibef é uma entidade sem fins lucrativos,
formada por profissionais de finanças, que têm
como objetivo o desenvolvimento profissional e
social, através do intercâmbio de informações
técnicas, dos interesses comuns nos negócios,
da efetiva participação, da representatividade
institucional e da formação de opinião.
A entidade foi fundada no Rio de Janeiro, em
1971. Em Campinas, o Ibef foi constituído em 1986,
é uma Entidade Pública Municipal (Lei n° 12.070
de 10/09/2004) e conta atualmente com cerca de
400 associados. No Brasil, o Ibef tem entidades
também em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito
Santo, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Santa
Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal,
reunindo cerca de cinco mil associados. O Ibef é
filiado a International Association of Financial
Executives Institute (IAFEI), organização
sediada em Zurique, na Suíça, que congrega mais
de 25 mil associados, em 24 países.
DIRETORIA EXECUTIVA CAMPINAS – 2007/2009
Presidente: Marcos Mello Mattos Haaland
Vice-Presidente: Saulo Duarte Pinto Junior
Diretor Secretário: Antônio Horácio Klein
Diretor Tesoureiro: Nildo Bortoliero
Dir. de Admissão e Freqüência: Antonio D. Rubbo
Diretora Técnica: Flávia Crosara G. Andrade
Diretor de Desenvolvimento: F. Edmir Bertolaccini
Diretor Jurídico: Arthur Pinto de Lemos Netto
DIRETORES VOGAIS
Indústria: Fernando Alves Perches
Comércio: Rodrigo Benatti
Organismos Públicos: João Batista Pereira Junior
Mercado de Capitais: Karina Calicchio Ferreira
Serviços: Valdir Augusto de Assunção
Entidades Bancárias: Mônica de Cássia F. Gondim
Entidades Fin. não Bancárias: Raimundo Danés
Securitárias: Milton Fernandes
Energia e Meio Ambiente: José A. de Almeida Filippo
Agronegócio: Felício Cintra do Prado Jr.
Logística: Antonio Bernardes Morey
CONSELHO FISCAL EFETIVO
Sebastião Carlos Ribeiro,Fernando Magano
Henriques,Maurício Juni Ferreira,Carolina C.
Castelnovo (suplente),Raimundo Besel N. Baptista
(suplente) e Helen de Oliveira Coelho (suplente)
CONSELHO CONSULTIVO
José Roberto Morato (Presidente)
Amílcar Amarelo, Francisco José Danelon, Antonia
Maria Zogaeb e Antonio Sanches Filho
COORDENADORES DE COMISSÕES
Tributário: Octávio Teixeira Brilhante Ustra
Empresas Familiares: José Luis Finocchio Jr.
Controladoria: Líris C. Molena Marchiori
Tesouraria: Regina Coeli Velten
Crédito/Cobrança: Gislaine Heitmann
Tecnologia da Informação: Daniel Maçano Jr.
Adm. e Freqüência: José Florêncio da Costa
Social / Ética/ Resp. Social: Antonio Sanches Fº,
João Carlos Pinto e Arnaldo Rezende
IBEF EM REVISTA
Tiragem: 1.000 exemplares
Publicação bimestral do Ibef-Campinas
R. Barão de Jaguara, 1481 – 11° andar – conj. 113
Campinas – SP CEP – 13.015-910
Fones: (19) 3233-0902 e 3233-1851/Fax: 3232-7365
Site: www.ibefcampinas.com.br
E-mail: [email protected]
Coordenação Editorial: Antônio Horácio Klein
Jornalistas Responsáveis:
Edécio Roncon (MTb 16.114) e Vera Graça (MTb 17.485)
Apoio: Sonia Milan e Eliane M. Regina
Produção Editorial: Roncon & Graça Comunicações
Site: www.rongra.com.br
E-mail: [email protected]
Editorial
ENTUSIASMO,
PRAZER
E DESAFIOS
Marcos Haaland- Presidente Ibef-Campinas
É
com muito prazer e
entusiasmo que inauguro
esta seção do nosso jornal.
Prazer por estar assumindo a
presidência para a gestão 20072009, dando continuidade ao
trabalho da gestão anterior, que
muito fez para fortalecer o Ibef na
região. Entusiasmo por estarmos
entrando em um momento com
grandes perspectivas para a
entidade e por poder contar com
uma forte diretoria para me apoiar
nessa jornada.
Gostaria de agradecer à diretoria
anterior e em especial ao Roberto
Morato, por todo o apoio ao trabalho
desenvolvido como vice-presidente do Ibef na gestão 2005-2007.
Agradeço a orientação e aconselhamento, que espero poder
continuar contando através do
Conselho Consultivo. Agradeço
também a disposição e dedicação
da nova Diretoria, que engrandece
e fortalece o Ibef para os planos
traçados para esse biênio.
Estamos iniciando essa gestão
com uma nova pesquisa junto
aos associados, para levantar a
percepção das mudanças realizadas e entender as demandas e
necessidades junto ao Ibef. Essa
pesquisa servirá de guia para traçar
e refinar as ações da entidade,
buscando sempre agregar valor
ao associado através do aprendizado, relacionamento e entretenimento nas nossas ações
sociais e esportivas.
O Ibef estará atento para as
grandes questões e desafios dentro
da área econômica do País e
região, trazendo ao associado
debates e discussões para
aprofundar a sua percepção dos
principais temas. Continuará com o
forte desenvolvimento dos Grupos
de Trabalho, apoiando, fortalecendo
e até ampliando os temas para
atender ao princípio da troca de
experiência e enriquecimento do
conhecimento do associado.
Fortalecerá também o relacionamento entre associados, com
atividades sociais e esportivas,
integrando a todos e suas famílias.
São muitas as perspectivas e
grandes as expectativas para
contribuir com o desenvolvimento
do Ibef-Campinas. Espero poder
contar com o apoio de todos os
Ibefianos nesse processo.
Um bom ano a todos.
MUDANÇAS EM 2007
Antonio Horácio Klein - Coordenação Editorial
Esta é a primeira edição de 2007
do Ibef em Revista e com ela vem uma
mudança fundamental no conceito
da nova diretoria do Ibef-Campinas.
O Ibef-Campinas, a partir deste ano
irá proceder a mudanças significativas de conceitos, pois se faz
necessário que a entidade passe a
praticar os ditames de responsabilidade sócio-ambiental.
Já nesta primeira etapa, serão
substituídos por papéis reciclados o Ibef
em Revista e os cartões de visita dos
diretores e no decorrer do ano serão
também trocados os demais impressos utilizados pela Instituição.
A intenção com a mudança é que o
associado se conscientize e passe
2 IBEF EM REVISTA
também a implementá-la em seu
ambiente de trabalho.
Outra mudança significativa
aconteceu na secretaria do Ibef. Após
nove anos juntos aos nossos
associados, a sra. Liê D’Ottaviano
deixou a entidade e partiu para outros
projetos profissionais. Com sua
determinação, cordialidade e dedicação, ajudou-nos a fazer crescer o IbefCampinas. Gostaria de deixar aqui em
meu nome e em nome de todos os
associados do Ibef, os nossos
agradecimentos e o nosso carinho.
Informamos também que para o
lugar da sra. Liê foi contratada a sra.
Eliane Montingelli Regina, que inicia
suas atividades na entidade.
Uso do Papel Reciclado
MEDIDAS PRÁTICAS PARA
PRESERVAR O MEIO AMBIENTE
U
m pequeno passo. Uma grande idéia. É o início de
uma série de ações práticas que o Ibef-Campinas
pretende realizar dentro da sua proposta de
responsabilidade social empresarial. O diretor-secretário da
entidade, Antonio Horácio Klein é um dos maiores entusiastas do projeto de uso do papel reciclado nos diversos produtos impressos da entidade. A publicação – o Ibef Em Revista,
a partir desta edição está
totalmente sendo impressa em
papel reciclado.Os cartões de
visitas dos diretores também já
estão sendo impressos em papel reciclado, o que em breve
será estendido para toda a
papelaria do Ibef-Campinas.
ESCOLA - Para a produção
do Ibef Em Revista, desde o
final de 2006, quando o projeto
foi colocado em prática, Klein se
reuniu com a empresa responsável pela impressão da
publicação, a Citygráfica Editora,
para avaliação do tipo e
gramatura do papel reciclado a
ser usado. Esses detalhes
técnicos são importantes para
uma edição totalmente colorida.
O apoio dado pela Citygráfica
ao projeto da impressão com
papel reciclado foi fundamental, inclusive porque o Ibef
Em Revista é a primeira publicação com essas características de jornal empresarial
institucional que foi impressa em
papel reciclado pela Citygráfica.
Klein mostra os cartões
“De certa forma estamos fazendo em papel reciclado
escola, uma vez que o Ibef Em
Revista passa também a ser referência para outras publicações
empresariais desse tipo, que queiram adotar o papel reciclado”,
explica Klein.
COMPETÊNCIAS – O diretor-secretário do Ibef-Campinas avalia que ao difundir a responsabilidade social entre
os seus associados e a entidade ao colocar em prática
essas novas tarefas, como toda a papelaria em papel reciclado, desenvolve um conjunto de competências, que não são
assimiladas da noite para o dia, mas são geradoras de uma
atitude positiva, como nesse caso, contribuindo para a
preservação do meio ambiente.
Klein avalia que dentro do conceito de desenvolvi-
mento sustentável (que é o tema central da entrevista
da página 12 desta edição), a entidade tem um papel
importante como formadora de opinião e deve trazer essa
discussão sobre responsabilidade social empresarial para a
reflexão dos seus associados, ao mesmo tempo em que
promove ações práticas, como a adoção do papel reciclado.
“É preciso deixar claro, que essa postura é o resultado de
um processo de conscientização que o Ibef vem
adotando ao longo dos últimos
anos”, acrescenta o diretor.
FUTURO – A diretoria do
Ibef garante que, medidas
dessa natureza, focadas na
sustentabilidade estão apenas no seu início. Ao adotar a
bandeira da responsabilidade social, questões como
ética nos negócios, balanço
social, preservação do meio
ambiente, aquecimento global
e energia limpa, entre outras,
entraram definitivamente na
pauta do dia da entidade e
seus associados, abrangendo de forma positiva
outros grupos envolvidos.
Engrossada por outras
ações externas já em curso
em todos os países, essa
massa de idéias e ações em
transformação, devem ser
determinantes para a definição do futuro das gerações e do próprio planeta Terra.
Exagero?
Nem tanto, se imaginarmos que há muito
pouco tempo, conceitos como ecoeficiência e lucro sustentável
eram expressões totalmente distantes do
mundo dos negócios e
das pessoas em geral.
A propósito, alguma
vez já pensou em
produzir o seu cartão
de visita com papel
reciclado?
IBEF EM REVISTA
3
Grupos de Trabalho
PLURALIDADE NOS TEMAS
INCENTIVA PARTICIPAÇÃO
O
s grupos de trabalho têm apresentado para os
associados uma intensa programação, com temas
de interesse para os participantes de cada área.
Desde o início do ano, as reuniões têm se sucedido,
sempre com temas que buscam trazer uma discussão
aprofundada para o associado do Ibef-Campinas, dos
assuntos mais relevantes do universo da finanças .
A reciprocidade no relacionamento entre a área comercial
e crédito e cobrança foi o tema que o grupo de Crédito e
Cobrança trouxe para discussão no dia 12 de fevereiro. No
dia 19 de março, seria a vez do grupo de Tecnologia da
Informação abordar as formas de maximização do uso do
Excel e ferramentas Microsoft e a geração de valor para as
empresas.
As exportações também estão na ordem do dia das
empresas brasileiras, qualquer que seja o seu tamanho e
focando nesse tema, o grupo Tributário trouxe no dia 10 de
abril, o tema linha azul – a agilização nos processos aduaneiros
e a simplificação do comércio exterior. No dia 17 de abril, as
transações financeiras internacionais e suas implicações
foram amplamente debatidas pelo grupo Tesouraria.
O grupo Empresas Familiares apresentou no dia 23 de
abril, como as mudanças e quebras de paradigmas afetam as
empresas familiares e como elas podem sobreviver e crescer
no mundo globalizado. Outro ponto importante para o dia-dia
das corporações é o relacionamento profissional. Dentro desse
tema, o grupo Controladoria abordou no dia 24 de abril, o
assédio sexual e moral e a responsabilidade civil e trabalhista.
Os grupos continuam na sua programação de estudos e
debates e a participação efetiva do associado tem sido
fundamental para o sucesso dessa iniciativa. Veja também as
imagens registradas das reuniões dos grupos. Todas essas
reuniões têm o patrocínio do Bradesco e o apoio da Lemos
e Associados Advocacia, Microsiga e CPFL.
Coordenadores dos grupos de trabalho do Ibef-Campinas
Participantes do grupo Tributário
Palestra do grupo de Tecnologia da Informação
Grupo de Crédito e Cobrança
Reunião do grupo de Tesouraria
Grupo de Controladoria
4
IBEF EM REVISTA
Responsabilidade Social
DOAÇÕES DE KITS ESCOLARES E
APOIO A 230 CRIANÇAS CARENTES
O
Ibef-Campinas, dentro da preocupação com responsabilidade
social e como entidade de utilidade pública, vem a alguns anos
auxiliando através de doações, duas entidades assistenciais de Campinas: a Creche
Estrelinha do Oriente e a Conferência
Vicentina São Domingos. Essas doações
são realizadas graças à arrecadação
feita com a venda dos convites para o jantar
de entrega do prêmio Equilibrista, que
anualmente escolhe o executivo de finanças que mais se destacou.
A Creche Estrelinha do Oriente, que
atende aproximadamente 230 crianças
carentes da comunidade, através de sua
representante Encarnación Lao, mais
conhecida como sra. Helena, recebeu a doação em dinheiro para projetos na entidade. A
doação para a creche foi realizada no dia 11
de dezembro de 2006, no hotel New Port.
Amílcar
Para a Conferência São Domingos,
com
através do seu representante, Eurides Luiz, o
Ibef-Campinas doou 90 kits com material
escolar para serem entregues às crianças inscritas no
Lar dos Vicentinos. A entrega dos kits escolares foram
feitas na manhã do dia 11 de março de 2007, na sede
do Convento das Irmãs Vicentinas, em Campinas.
Estiveram presentes nessas doações, os diretores
do Ibef-Campinas, Marcos Haaland, José Roberto Morato, Saulo Duarte Pinto Junior e Amílcar Amarelo. Nesta página, as imagens dos momentos em
que foram feitas as doações para as duas entidades
assistenciais.
Amarelo e José Roberto Morato e as crianças beneficiadas
os kits de material escolar, doados pelo Ibef-Campinas
Marcos Haaland, José Roberto Morato, Encarnación Lao e Saulo
Duarte Pinto Junior, na entrega da doação para Estrelinha do Oriente
Famílias inscritas na Conferência São
Domingos com kits de material escolar
Lemos e Associados Advocacia
Tel.: (19)
Fax: (19)
Av. José de Souza Campos, 619
Cep: 13025-320 • Campinas • São Paulo • Brasil
3755-7100 3251-2986
E-mail: [email protected]
www.lemosassociados.com.br
IBEF EM REVISTA
5
Nova Gestão
PRESIDENTE DESTACA IMPORTÂNCIA
DO IBEF PARA A SUA CARREIRA
O
novo presidente do Ibef-Campinas, Marcos Casado com Érika, que é arquiteta, Haaland tem uma
Haaland, há mais de duas décadas é filha de 12 anos.
associado à entidade. Formou-se em
GESTÃO - Marcos Haaland disse que na sua
Engenharia Mecânica pela Unicamp em 1987, com gestão pretende ampliar a atuação da entidade
mestrado nos Estados Unidos e fez ainda mestrado na área de Responsabilidade Social Empresarial
em Administração de Empresas pelo Insead, na (RSE), promovendo a segunda pesquisa sobre
França. Haaland atualmente é diretor-geral da o tema no âmbito da região de Campinas. A primeiNutriplant, empresa do setor de agribusiness, sediada ra foi realizada em 2006. Outro ponto importanem Paulínia, SP.
te nessa nova gestão
FORMAÇÃO - Começou no
é ampliar a atuação
mundo das finanças em 1990,
dos grupos de trabaatuando no início da sua
lho do Ibef-Campinas.
carreira em uma empresa de
Já na gestão anterior,
consultoria em São Paulo, com
ocupando a vice-presiatividades em diversos setod ê n c i a d a entidares dessa organização. Em
de, Haaland se dediseguida, passou a atuar na
cou muito para a impleindústria, especificamente em
mentação desses gruquestões operacionais e
pos, que hoje são um
depois também na busca de
dos pontos de destacapital de giro e investimentos
que para a atuação
para as corporações em que
dos associados dentro
atuou, equalizando esses
da entidade.
recursos, conforme ele próprio
PESO IMPORTANTE
afirmou, “vivenciando na
- O novo presidente
prática o funcionamento da
também foca a atuação
engenharia financeira, prinda entidade nos tecipalmente em empresas em
mas da comunidade. O
fase de crescimento muito
Ibef-Campinas atualrápido”.
mente é o quarto maior
Haaland afirma que saiu da
do País, tendo à frente,
Engenharia Mecânica, fez o
os Ibefs do Paraná, Rio
curso de Administração, se
e São Paulo e o maior
reciclou e depois aprendeu na
sediado fora de uma
prática. “Eu gosto de falar que
capital. Sendo assim, a
Marcos Haaland no primeiro discurso como
os meus professores foram os
opinião da entidade dos
presidente do Ibef-Campinas, ressaltou papel
grandes economistas e arexecutivos de finanças
da entidade na sua formação profissional
ticulistas que escreveram nos
da região de Campinas
jornais e revistas, onde aprendi
tem peso importante no
muito sobre economia e
cenário nacional. Evenfinanças e depois na prática, para você ver que nem tos com grandes nomes nacionais e seminários com
tudo que está escrito no livro funciona na realidade, temas de interesse geral dos executivos de finanças
“
os grandes economistas
e articulistas...
mas você aprende da maneira mais dura, mas é o
aprendizado que fica”.
LEITURA E ÁGUA - Haaland, que é corintiano,
também gosta muito de ler, tanto livros de
negócios, como de literatura em geral. Gosta de
praticar tênis e de todas as atividades esportivas
ligadas à água, como nadar e esportes à vela.
6
IBEF EM REVISTA
A opinião do
“
Ibef-Campinas tem peso
importante no
cenário nacional.
“
“Meus professores foram
também estão na pauta dessa nova gestão. Sem
esquecer aspectos práticos de atualização
profissional dos associados, mas ao mesmo tempo fazendo com que a entidade esteja presente
nos temas que mobilizam a comunidade regional
são na sua opinião, as metas principais desse início de gestão.
Cerimônia no Tênis Clube
TOMA POSSE NOVA DIRETORIA
PARA O PERÍODO 2007-2009
D
escontração e muita animação foram os destaques da
cerimônia de posse da nova diretoria do Ibef-Campinas
para o período 2007-2009, que aconteceu na noite de
27 de abril, na boate do Tênis Clube, em Campinas. Com a
boate lotada de associados e convidados, a mestre de
cerimônia do evento, Lúcia Duarte Pinto, chamou os diretores, coordenadores de comissões e conselheiros para a
posse oficial e para o devido registro dos fotógrafos. O presidente Marcos Haaland recebeu a presidência de José Roberto Morato, que passa ocupar a presidência do Conselho
Consultivo da entidade nessa nova gestão. O vice-presidente
da nova gestão é Saulo Duarte Pinto Jr.
Nas primeiras palavras, já oficialmente como presidente,
Haaland afirmou que se considera um produto do Ibef,
uma vez que é associado à entidade desde 1985. Citando a
importância de cada um, para se conseguir grandes objetivos,
ele mencionou uma frase do físico Albert Einstein: “As coisas
valiosas da vida vêm rastreadas por uns poucos indivíduos
criativos”. Em seguida ao rápido discurso, os associados e
seus convidados continuaram no coquetel e depois tomaram
a pista de dança da boate até a madrugada. O patrocínio
da festa de posse foi do BicBanco.
DIRETORIA – A diretoria executiva da entidade (gestão
2007-2009) tem a seguinte composição: presidente – Marcos
Mello Mattos Haaland, vice-presidente – Saulo Duarte Pinto
Jr., diretor-secretário – Antonio Horácio Klein, diretor-tesoureiro – Nildo Bortoliero, diretor de admissão e freqüência –
Antonio Rubbo, diretora-técnica – Flávia Crosara Gomes
Andrade, diretor de desenvolvimento – Edmir Bertolaccini e
diretor-jurídico – Arthur Pinto de Lemos Netto.
Diretoria Executiva do Ibef-Campinas para 2007-2009
Diretores Vogais
Coordenadores de Comissões
Conselho Fiscal Efetivo
Associados
tomaram
a pista de
dança
da boate
do Tênis
Grupo
do
BicBanco
Continua nas páginas 8 e 9
IBEF EM REVISTA
7
ASSOCIADOS E CONVIDADOS
PRESTIGIARAM EVENTO SOCIAL
Érika Haaland (à direita), entrega flores a Mônica
Gondim (centro). Ao lado, Lúcia Duarte Pinto
(mestre de cerimônia) e Sérgio Bezerra de Menezes
8
Mafalda e José Carlos Amadi, Glaucy e Raimundo
Baptista e Flávia e Luciano Andrade
Felício Cintra, Dante e Carolina Stopiglia e
Bianca, Fátima e Augusto Assunção
José Antonio e Luciana Filippo e Márcia Regina e
Rubens Della Volpe
Sinval e Nerli Dorigon
Carlos Haas, Antonio Rubbo e
Raimundo Danes
Lúcia Duarte Pinto, Sueli Fernandes, Marisa Morato,
Fátima Sorrentio e Lurdinha Palma
Adauto Emerenciano e representando
a ACIC, Adriana Flosi
IBEF EM REVISTA
FESTA DESCONTRAÍDA E ANIMADA
MARCOU A CERIMÔNIA DO IBEF
Cida Coimbra, José Roberto Barros
Guimarães e Romeu Santini
Paula Stefanini, Maria José Klein e Silvana Priviatto
Salem B. Maluf, Emília e Nildo Bortoliero
Edmir e Maria Inês Bertolaccini
João Augusto e Célia Gil Martins
Luis Yabiku e Eduardo Shira
Pixú e Henrique Valente
João Batista Pereira Jr., Paulo Stefanini, Álvaro Priviatto,
João Carlos Pinto e Milton Fernandes
IBEF EM REVISTA
9
Opinião
UM PLANO DE METAS PARA
A CARREIRA APÓS OS 50
Adriana Gomes e Edison Bochemi
Dois artigos em busca de um mesmo objetivo. Como o executivo, na faixa dos 50 anos, pode redirecionar de forma
planejada a sua carreira? A especialista Adriana Gomes, mestre em Psicologia e pós-graduada em Psicologia
Clínica, com 19 anos de atuação nas áreas organizacional e clínica (Psicoterapia e Orientação de Carreira) aborda
sobre o aumento do tempo de carreira dos executivos, que buscam nessa fase da vida novos projetos profissionais.
O executivo e associado Edison Bochemi, graduado em Ciências Contábeis e pós-graduado em Administração
Financeira, com mais de 20 anos de carreira nos setores administrativo e financeiro, atualmente consultor financeiro
e organizacional da Kassai Consultores Associados, comenta sobre a necessidade do profissional ter um projeto
claro que contemple os seus conhecimentos, habilidades e interesses, para que o leve ao lugar desejado.
NOVOS DESAFIOS
Edison Bochemi
Adriana Gomes
Se houver real interesse do executivo, é sempre possível
Tendo em vista que a expectativa de vida dos brasileiros subiu
para 71,3 anos em 2004, quando em 1980 era de 62,6 anos redirecionar a carreira, mas é preciso que suas ações sejam
e que segundo dados do IBGE houve um aumento da participa- precedidas de um projeto, exatamente como agia nas empreção de pessoas com mais
Foto Divulgação sas, após a fase de
planejamento estrade 50 anos no mercado
tégico. É preciso evitar
de trabalho, é possível
tiros para todos os lados
dizer que os profissionais
– o que acabará levanestão permanecendo mais
do ao lugar indesejado
tempo ativos. Quanto ao
ou a lugar nenhum.
gerenciamento da carO projeto deve
reira do executivo, essa
considerar sua expeidade começa a ser mais
riência, conhecimenlimitante para a prostos e habilidades,
pecção de um emprego
enfim, seus pontos
formal, com carteira
fortes, além dos
assinada, mas é nessa
interesses pessoais.
idade também que o
Como administrador
profissional sente-se mais
profissional, seu novo
maduro, qualificado e
sucesso depende mecom amplo domínio da sua
nos do ramo em que
área de atuação.
vai atuar e mais dos
A volta ao banco das
requisitos acima.
escolas por pessoas
Na faixa dos 50
mais maduras, é também Adriana Gomes e Edison Bochemi: preocupação com o que move o
executivo no redirecionamento da carreira e a necessidade de
cada vez mais comum. um plano estratégico, preparado pelo profissional que busca anos, ainda estão ao
seu alcance diretorias
Sem dúvida alguma, uma novos desafios após os 50 anos
ou gerências na sua
grata surpresa e um
indício de que voltar aos estudos mais do que uma neces- especialidade, principalmente em empresas ou outras
instituições que realmente estejam precisando dele para
sidade está sendo um grande prazer.
A atualização constante independe da idade, mas não se levá-las a um novo estágio, em qualidade, produtividade e
deve perder de vista o equilíbrio entre o trabalho, a família, as principalmente, lucratividade. As oportunidades estão em
relações sociais (que vão além das relações de trabalho) e o empresas de crescimento rápido e em geral, desorganizadas.
autoconhecimento. Identificar os seus pontos fortes, pelo que Em qualquer região do Brasil, há empresas procurando o
é reconhecido e valorizado pelos pares, superiores e colegas, homem certo para o lugar e hora exatos.
Auxiliadas por headhunter, as empresas separam os
quais são as competências em que mais se destaca
positivamente, bem como o que gosta de fazer e projetos de executivos que desejam cargos daqueles que apresentam
vida, são fundamentais. Ter uma visão de futuro para si facilita segurança diante de novos desafios. O executivo que se
a identificação de alternativas para a jornada que segue após manteve atualizado poderá tornar-se membro de um
os 50 anos. Essa reflexão poderá ser útil para a identificação conselho de administração, o que está se tornando
de alternativas de novas oportunidades e desafios profissionais. necessidade até em empresas familiares, após a primeira
O mais importante é conseguir identificar o que te move. geração. Também poderá transformar-se em consultor,
Quais são as suas motivações e valores pessoais e apro- trabalhando para terceiros ou na sua própria consultoria.
ximá-los de seus projetos de vida. O trabalho poder ser uma Neste caso, deve ter poupança suficiente para independer
grande fonte de satisfação. Devido ao grande espaço que dos resultados iniciais do negócio.
Se for um estudante permanente e já tinha projeto de ocupar uma
toma em nossas vidas, se conseguirmos fazer desse tempo
um tempo mais agradável, melhor. Vale lembrar, como costumo nova função, pode estar pronto para ela. Caso contrário, deverá ter
dizer, que não separamos a vida no trabalho das demais condições de se manter durante o período da preparação, que pode
esferas de nossas vidas, portanto o cuidado com a saúde incluir, entre outras ações o aprendizado de outro idioma e um MBA.
é importantíssimo para a continuidade de uma vida produ- Não faltam oportunidades no mercado brasileiro. Porém, é preciso
estar em condições, ter vontade e disposição para agarrá-las.
tiva e de realizações.
O QUE TE MOVE?
10 IBEF EM REVISTA
ANIVERSARIANTES
Março
Abril
1 – Geraldo José Bragion
1 – José Luis Finocchio Júnior
2 – Antonio Sergio Domingues Silva
3 – Oswaldo Martinez Collado
3 – Milton Fernandes
4 – Leonildo Rossini Júnior
5 – Carlos José Barreiro
5 – Harley do Carmo Lima
6 – Fernando Barbosa da Silva
6 – Rionaldo Victorino dos Santos
7 – Walter Rosa Filho
7 – Marco Flávio Chaves Braga
8 – Helio Wellichen
10 – Christian Canezin
12 – Luiz Paulo Ribeiro
12 – Octávio T.B. Ustra
16 – Vito Frugis Neto
17 – Francisco José Danelon
19 – José Fernando Fracca
20 – Paulo César Adani
22 – Raimundo de Toledo Leme
23 – Paulo Rogério S. Caetano
23 – José Carlos Amadi
24 – Ricardo Luiz Elias
24 – Paulo H.A.S.Montenegro
25 – Amauri Pazzini
25 – Eduardo Corrêa Fazoli
27 – Antonio Gualberto Diniz
29 – Aparecido Donizete C. Serradilha
30 – José Ricardo Bueno Mendes
2 – Sidney Luiz Pompeo
3 – Marcos Francisco R.Sousa
4 – Givaldo Franco Alves
6 – Moacir Teixeira Dias
6 – Roberta Freire Arruda
7 – Marcelo Jordão Motta
7 – Abelardo Pinto de Lemos Neto
8 – Mauricio Juni Ferreira
9 – Antonio Wellington da C. Lopes
9 – Leonardo Pavesi
10 – Celso Luiz Marquesini
13 – Diva Teruel
15 – Fernando C.Figueiredo Torres
16 – Werner Wilhelm Albus
17 – Antonio Roberto Raven
17 – Carlos Francisco Rosa
18 – Marcio Roberto Mello
18 – Alexandre A.F. de Almeida
18 – Alessandro Ribeiro Walter
19 – Osvaldo Godoy
20 – Antonio L.Arruda F. da Silva
20 – Nelson Alves de Oliveira
21 – Hélcio Vicente Alves
21 – Sergio Luis de Souza
21 – Ricardo Martelliti Genin
23 – Álvaro Priviatto
25 – Benedito O. Mazon
25 – Agnaldo Alves
25 – Eduardo Garcia de Lima
25 – Marcelo Tomoni
26 – Valmir Píton
27 – Fernando Alves Perches
28 – Salem Bechara Maluf
28 – Flauzino Alves Ferreira Neto
30 – Franco Baccin
Maio
1 – Marcio Funcia Sarmento
1 – João Augusto Gil Martins
1 – Elcias de Sousa
3 – Geraldo de Figueiredo Filho
3 – Elizabete de Souza Lima Neves
3 – Wanderley Rodrigues
4 – Ana Lucia Pereira
5 – Dimas Tadeu Beato
8 – Maria Stella P.de Q.Martins
9 – Fabiana Bressani Costa
11 – Luis Gustavo Tomasi Dias
11 – Carlo Gramani
13 – Vanderlei de Araújo
13 – José Ceballos Albanez
13 – Cristiane Teixeira
14 – José Antonio Scomparin
15 – Ana Maria Cajueiro Toffolo
15 – Ederaldo Miquilini
16 – Luiz Antonio Furlan
17 – Rogério Santo Biegask
18 - Floriano de Lima Barreto
22 – Jorge Carlos Bahia
22 – Donisete Pereira
22 – Mauricio Gil Amarelo
24 – Antonio Bernardes Morey Jr.
25 – Carlos Roberto Kassai
26 – Maria Letícia de Barros Gonçalves
27 – Karim Samra
29 – Luiz Fernando Giudci
29 – René Pechta
30 – Aloísio C. da C. Menegazzo
31 – Paulo Rogério S. Oliveira
NOVOS SÓCIOS
• Renato Fazolari - Renato Fazolari Consultoria
• Elezir Jose da Silva Jr - Gran Sapore Br. Brasil S.A.
• Thelma Piccolo Rosalen - Deloitte T. Tohmatsu
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Marco Flavio C.Braga - Minasfec Soc. Fomento Mercantil Ltda.
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Marcel Chaves Braga - Minasfec Soc. Fomento Mercantil Ltda.
Bianca de Almeida Sales - Plastipak Packaging do Brasil
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Clodoaldo Fioravante - Equipar Tecnologia Industrial Ltda.
Felício Cintra do Prado Junior - Usina Açucareira Ester S. A
Antonio Carlos de Oliveira - Assoc. Com. e Ind. de M. Mirim
Ramon Molez Neto - Garibe e Molez Neto Adv. Associados
Fabio Garibe - Garibe e Molez Neto Adv. Associados
José Roberto Cardillo - Evidência Cons. e Tecnol. e Gestão
Roberto de A. Marques - Evidência Cons. e Tec. e Gestão
Adauto Silva Emerenciano - Icamp Marcas e Patentes Ltda.
Ibef-Campinas - Entidade de Utilidade Pública Municipal
IBEF EM REVISTA 11
Entrevista
DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
Ana Lúcia Delgado Assad
Já plantou uma árvore? Implantou a coletiva seletiva de lixo na sua
casa ou na sua empresa? Quando compra um produto, seja um alimento
ou uma peça de vestuário, se interessa em saber por quem e em que
condições eles foram produzidos? Desenvolvimento sustentável é uma
expressão familiar no seu dia-dia ou não? Para falar desse tema,
entrevistamos Ana Lúcia Delgado Assad, pesquisadora associada ao
Grupo de Estudos sobre Organização da Pesquisa e da Inovação (Geopi)
da Unicamp. Economista formada pela Universidade Católica de
Brasília, Ana Lúcia tem doutorado em Política Científica e Tecnológica
pela Unicamp (2000), já ocupou diversos cargos no Ministério de Ciência
e Tecnologia e atualmente assessora o Sistema Paulista de Parques
Tecnológicos, entre outras atividades de pesquisa e ensino.
Ibef- O que significa desenvolvimento sustentável?
Ana Lúcia Delgado Assad - Esse é um conceito que vem
sendo utilizado principalmente a partir da década de 70. Vem
de uma idéia que se tem que preparar o mundo para as
gerações futuras, não somente pelas questões ambientais,
mas o bem estar da população, responsabilidade social e
conservação ambiental. É um conceito muito amplo, mas onde
mostra que todos podem participar desse cuidado.
Ibef - Como as empresas, independentemente do seu
porte, enxergam esse conceito?
Ana Lúcia - Esse é um conceito muito novo, então temos
empresas que já incorporaram isso no seu dia-a-dia. Principalmente
aquelas que o seu bem principal vem da natureza, como plantas e
derivados de animais, assim como aquelas que trabalham com
produção de papel e celulose ou cosméticos, por exemplo. As
pequenas empresas, de maneira geral estão incorporando, mas
esse é um caminho muito longo para todas.
Ibef - Como o executivo de finanças pode no seu dia-adia ajudar no desenvolvimento sustentável?
Ana Lúcia - Existem maneiras muito simples. Desde coleta
seletiva de lixo nas empresas, usando o padrão internacional,
com as lixeiras coloridas. Esse lixo pode ser encaminhado
para uma entidade de ação social ou uma associação de
coletores. Podemos reduzir o número de impressão de e-mails.
No final do dia podemos apagar a luz. Transformar o carro em
transporte coletivo, onde cada semana, ou cada dia um se
encarrega de levar e trazer dois ou três colegas. São todas
ações muito pequenas, mas que passam por um processo de
educação. Para o executivo de finanças, que é responsável
por gerar rendimentos para a empresa, com essas pequenas
ações, ele pode agregar valor às empresas, já que ele
demonstra que aquela é uma empresa que atua com
responsabilidade e com sustentabilidade.
Ibef - Como a ética e a responsabilidade social entram
dentro desse conceito de desenvolvimento sustentável?
Ana Lúcia - A ética e a responsabilidade são componentes
do desenvolvimento sustentável. Tanto as ações éticas, como os desenvolvimentos éticos, principalmente se vierem da
direção da empresa, são componentes do gestor de
responsabilidade social.
Ibef - Como as empresas podem se auto-avaliar e saber
se estão fazendo o correto, respeitando o desenvolvimen-
12 IBEF EM REVISTA
to sustentável?
Ana Lúcia - Existem alguns trabalhos internacionais que
já estão sendo aplicados no Brasil. Um exemplo é o cálculo
de quanto à empresa gasta de papel e quanto ela terá que
replantar de árvores. Isso é um indicador que pode ajudar a
mensurar a questão da sustentabilidade. A empresa pode saber
dos seus funcionários, como cada um enxerga a
sustentabilidade, avaliando a questão do clima. Esses são
indicadores que já estão em construção e vêm sendo utilizados.
A empresa primeiramente é que tem que “comprar” o conceito
da sustentabilidade, para que depois todos os funcionários
sejam partícipes do desenvolvimento sustentável.
Ibef - Em relação a outros países, como está o Brasil?
Ana Lúcia - Tudo isso é um processo em construção. Várias
empresas internacionais já estão avançadas nesse conceito, até porque
a própria sociedade está cobrando isso. Hoje as pessoas querem
comprar as coisas que vem com selo de qualidade, o ciclo de vida do
produto, se é produzido respeitando a sustentabilidade ambiental.
Isso foi incorporado ao dia-a-dia de várias empresas e se tornou
uma agregação de valor ao produto. Isso dá retorno financeiro,
porque foi agregado valor ao produto. Uma empresa que comercializa
madeira, por exemplo, demonstra que aquele produto está certificado,
por selo internacional, o que garante que todo o processo produtivo foi
feito dentro do conceito de respeito ao desenvolvimento sustentável.
Ibef - Tudo começou com filantropia, depois veio o
balanço social e agora desenvolvimento sustentável. Antes se fazia filantropia e não se acompanhava a destinação
dos recursos, isso mudou?
Ana Lúcia - Isso mudou muito, porque ao fazer uma doação
filantrópica, a empresa também está querendo ver o resultado
daquilo. Por exemplo, se a empresa deu uma bolsa de estudos
para um aluno de escola técnica, ela quer saber como está o
desenvolvimento daquele aluno e como está sendo a inserção
daquela pessoa na sociedade. Isso muda aquele conceito de
fazer uma doação, mas não acompanhar a sua aplicação.
Ibef - O desenvolvimento sustentável existe como disciplina para ser ensinado nas escolas?
Ana Lúcia - Não existe uma disciplina específica, mas ele pode
ser abordado e incorporado em várias outras, como geografia e
história, entre outras. Com o ensinamento disso na base, talvez não
precisássemos estar discutindo essa questão hoje, pois isso seria
naturalmente incorporada ao dia-a-dia do aprendizado e do respeito
do ser humano com o seu próximo e com tudo o que o cerca.
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