Março de 2009 1 Objetivo: DECOMTEC Elaborar propostas para o aumento da competitividade do Setor da Pesca no Estado de São Paulo, a partir da sistematização dos indicadores de mercado e de performance e da apresentação de desafios e oportunidades identificadas. 2 Cadeia Produtiva do Pescado DECOMTEC 3 São Paulo - Fluxograma do Pescado DECOMTEC Produção Intermediação Indústria Pesca Marítima Supermercados Ceagesp 50% Enlatados Pesca Continental Aquicultura Marinha Comércio Restaurantes Frigorífico/ Distribuidor 50% Filetados Feiras Outros Processamentos Aquicultura Continental Pesque-Pague Peixarias Consumidor Final Alevinos Exportação Importação Outros Estados 40% São Paulo - SP 60% Fonte: Instituto da Pesca. Elaboração DECOMTEC. 4 DECOMTEC/FIESP DECOMTEC 5 77% da produção mundial (crescimento de 1,4% a.a, 98-03) destina-se ao consumo humano (crescimento de 1,5% a.a, 98-03). Os 23% restantes, referem-se à ração, à farinha de peixe e a perdas. O consumo per capita médio é de 13kg/ano. DECOMTEC Evolução do Consumo Humano e Produção de Pescados Relação Consumo / Produção: 77% Consumo Médio: 98 milhões de t./ano Crescimento: 9,6% (1,5% a.a, 97-03) Produção Média: 128 milhões de t./ano Crescimento: 8,4% (1,4% a.a, 97-03) Produção Total Consumo Humano Consumo per capita 160 14 140 14 Milhões de Toneladas 12 133 118 100 80 134 131 13 93 95 97 99 102 101 9 101 6 60 40 3 20 0 1997 1998 Fonte: FAO; Elaboração DECOMTEC/FIESP 1999 2000 2001 2002 2003 6 0 Kilograma per Capita 127 123 13 12 131 12 120 15 14 No Brasil, o consumo per capita médio é de 4,6kg/ano, sendo que as importações participam com 16% da oferta (prod-expo+import) DECOMTEC Disponibilidade interna (prod-export+importação) e Consumo do Pescado 1.200.000 40% 35% Taxa de Crescimento Média Anual (1998-2006) em t.: Demanda: 1,4% a.a. Produção: 4,1 % a.a. Importação: -1,6% a.a. Exportação: 11,3% a.a. (29 mil t em 1997, para 77 mit t em 2006) 35% 1.000.000 29% 29% 30% 28% toneladas 800.000 24% 25% 26% 24% 600.000 20% 21% 14% 400.000 15% 13% 10% Disponibilidade interna consumo humano ração, farinha de peixe, consumo fora de casa, perda 200.000 Produção para Mercado Interno, Importação e Outros - 1.000.000 0% 1997 900.000 produção para mercado interno 800.000 importação ração, farinha de peixe, consumo fora de casa, perda 1998 973.670 84% 180.374 16% 200.000 156.346 17% 300.000 209.089 23% 400.000 298.813 26% 600.000 702.836 77% toneladas 700.000 500.000 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Apesar do consumo per Capita no Estado de São Paulo (2,1kg) ser o 4º menor do Brasil, o consumo total de peixes do estado é o 3º maior do Brasil, devido a sua população 100.000 7 1997 2006 5% Fonte: IBAMA, IBGE. Elaboração DECOMTEC. Variação no Paridade de Poder de Compra per Capita - 1996-2003 O aumento do consumo per capita de peixes relaciona-se ao crescimento do poder de compra per capita Tendência Variação no Consumo per Capita de Peixe 1996-2003 Fonte: FAO e FMI. Elaboração: Decomtec/FIESP 8 No mix de carnes consumidas, o “peixe” representa 30% no mundo, enquanto que no Brasil esse valor é de 5%. MUNDO participação 2003 Peixes Suína Aves Bovina 30,3% 29,3% 22,4% 18,0% Fonte: FAO e IBGE. Elaboração: DECOMTEC/FIESP DECOMTEC BRASIL participação 2003 var 98-03 1,5% 3,0% 4,3% 0,8% Bovina Aves Suína Peixes 39,9% 38,8% 15,9% 5,4% var 98-03 0,8% 5,9% 1,2% 1,5% 9 DECOMTEC/FIESP DECOMTEC 10 A evolução da produção de pescados sustenta-se pelo crescimento da AQUICULTURA que representa 36% da produção. DECOMTEC 11 12 Países com participação relevante na aquicultura têm crescimento da produção superior à média. DECOMTEC 50% Sete países representam 61% da produção mundial China: Δ% AQ: 78,2 P:8,7 40% 33,2% 66,8% Participação 2006 30% Peru Δ% AQ: 263,7 P: -10,8 20% Chile Δ% AQ: 194,6 P: -28,3 Índia: Δ% AQ: 67,5 P: 9,4 0,4% 55,3% 10% 21,3% 8,6% Indonésia: Δ% AQ: 95,1 P: 25,5 16,1% Japão Δ% AQ: -9,2 P: -29,2 -60% 14,8% 85,2% -40% Fonte: FAO. Elaboração DECOMTEC. 83,9% -20% 99,6% EUA Δ% AQ: 6,1 P: -2,5 91,4% 44,7% 0% 0% 20% Crescimento da Produção 1997-2006 25,7% 78,7% Brasil: Δ% AQ: 209,9 P: 20,9 74,3% 40% 60% 12 80% A taxa de crescimento da Produção Brasileira (4,1%a.a.) é superior à mundial (1,8%). Apesar da participação da aquicultura ser menor no Brasil (26% x 36%), seu crescimento é mais acelerado (13,4% x 6,8%) DECOMTEC 13 14 Mundo e Brasil: Perspectiva da Produção da Pesca e da Aquicultura ORIGEM DA PRODUÇÃO MUNDIAL DE PESCADO 2006 ORIGEM DA PRODUÇÃO MUNDIAL DE PESCADO 2015 Total: 143,65 milhões de t. Total: 183,06 milhões de t. Aquicultura 36% Pesca 64% Aquicultura 51% ORIGEM DA PRODUÇÃO BRASILEIRA DE PESCADO 2006 ORIGEM DA PRODUÇÃO BRASILEIRA DE PESCADO 2015 Total: 1,05 milhões de t. Total: 1,78 milhões de t. Aquicultura 26% Pesca 74% Fonte: FAO. Projeção DECOMTEC. Pesca 49% Pesca 53% DECOMTEC Aquicultura 47% 14 DECOMTEC 15 A participação do Brasil (0,5%, em US$) e o crescimento (48,1%, 2000-06) são inferiores as médias mundiais. 14% Exportações Mundiais de Peixes mundiais, com 11,3% das exportações mundiais Tailândia: 0,54% das importações do Brasil 10% Participação em 2006 (US$) China: 0,25% das importações do Brasil 9 países representam 50,5% das exportações China lidera as exportações mundiais 12% EUA: 0,20% das importações do Brasil Noruega: 33,31% das importações do Brasil Chile: 22,46% das importações do Brasil 8% Dinamarca: 0,01% das importações do Brasil 6% DECOMTEC Dentre os países que cresceram, destacam-se: China (143,8%) Vietnã (134,2%) Chile (125,9%) Vietnã: 0,0% das importações do Brasil 4% Canadá: 0,20% das importações do Brasil 2% Espanha: 0,40% das importações do Brasil Brasil 0% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Crescimento 2000-2006 (US$) Fonte: COMTRADE. Elaboração DECOMTEC. 76% das importações brasileiras são oriundas da Argentina (20,2%), Chile 180% 120% 140% 160% (22,5%) e Noruega (33,3%) 16 Obs.: O tamanho da circunferência é igual ao valor das exportações (US$) Houve crescimento do valor médio importado pelo Brasil, em parte decorrente da alteração do mix de produtos DECOMTEC Preço Médio de Importação 3,0 2,63 2,5 2,29 2,16 Brasil US$/Kg 2,0 Noruega 1,5 1,05 1,35 1,0 China 0,80 0,5 1997 1998 1999 2000 Principais produtos importados, 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Fonte: COMTRADE. Elaboração DECOMTEC. Principais produtos importados, 2008 22,2% 47,1% 41,5% 35,4% 3,7% 10,0% 13,4% 15,3% Bacalhau e Salmão com 50,7% da Importação em 2008 11,4% bacalhaus e outros peixes secos filés de merluza congelados outros bacalhaus e outros peixes secos salmões-do-pacifico files de peixes congelados files de merluza congelados sardinhas congeladas outros 17 Fonte: MDIC. Elaboração Decomtec. EUA, Espanha e França respondem por 27,75% das exportações brasileiras. No entanto, a participação do Brasil nesses mercados é baixa: 0,95%, 1,15% e 1,56%, respectivamente DECOMTEC Importação Mundial de Peixes 20% Participação nas exportações do Brasil Participação do Brasil nas importações do país Participação em 2006 (US$) 15% EUA: 12,92% ; 0,95% Japão: 1,67% ; 0,12% Espanha: 7,21% ; 1,15% 9 países representam 67,7% das importações mundiais 10% França: 7,62% ; 1,56% Itália: 0,51% ; 0,11% China: 0,08% ; 0,02% 5% Reino Unido: 0,45% ; 0,13% Brasil Alemanha: 0,66% ; 0,17% Rep. Da Coréia: 0,46% ; 0,17% 0% -30% 20% 70% Crescimento 2000-2006 (US$) Fonte: COMTRADE. Elaboração DECOMTEC. 120% 170% 18 Obs.: O tamanho da circunferência é igual ao valor das importações (US$) O preço médio das exportações brasileiras cresceu no período (3,1% a.a, 98-07) e é superior ao preço de seus concorrentes. Entre os seus principais produtos estão lagostas (32%) e camarões (21,0%) DECOMTEC Preço Médio de Exportação 4,8 4,45 4,5 4,3 Brasil 4,0 3,8 US$/kG 3,5 3,34 3,18 3,3 3,0 3,29 3,13 China 2,8 2,5 2,3 1,91 Fonte: COMTRADE. Elaboração DECOMTEC. Noruega 2,0 1,8 1,5 1997 1998 1999 2000 2001 Principais produtos exportados, 2000 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Principais produtos exportados, 2008 9,1% 20,6% 21,2% 32,0% 44,0% 21,0% 25,6% camarão congelado peixes congelados, frescos ou refrigerados lagostas congeladas outros 26,4% lagostas congeladas peixes congelados, frescos ou refrigerados camarão congelado outros Lagostas e Camarões com 53% das exportações em 2008 Fonte: MDIC. Elaboração DECOMTEC. 19 Mesmo com maior valor agregado e participação em mercados importantes, o saldo da balança comercial é negativo. Destaca-se que a balança comercial do setor é altamente sensível aos movimentos de depreciação e apreciação cambial. DECOMTEC 20 Fonte: MDIC e BCB. 21 DECOMTEC/FIESP DECOMTEC 21 A participação do Estado de São Paulo, que era de 8,7% em 1997, foi para 6,1% em 2006 (queda de 2,6 p.p) DECOMTEC 10 Estados representam 80% da produção total do Brasil, em 2006 19% Santa Catarina Δ1998-2006 a.a.: AQ: 8% P: 0,03% 17% 22,5 15% Participação 2006 13% Rio de Janeiro Δ1998-2006 a.a.: AQ: 23% 11% P: -1,2% 9% 92,4 7,6 7% 77,5 1,6 98,4 Rio Grande do Sul Δ1998-2006 a.a.: AQ: 4% P: -0,1% Estados com maior produção 37,3 SC: 62,7 15,7% 81,7 PA : 14,5% 18,3 98,4 Pará Δ1998-2006 a.a.: AQ: 13% P: 8,7% Estados com maiores taxas de crescimento Pesca RN: 14,1% a.a Aquicultura CE: 10,1% a.a Bahia Δ1998-2006 a.a.: AQ: 16% P: 2,5% 40,9 90,3 59,1 66,8 33,2 5% São Paulo Δ1998-2006 a.a.:3% AQ: 9% P: -2,3% 1% -3% -1% -1% 9,7 1,6 Amazonas Δ1998-2006 a.a.: AQ: 43% P: 1,9% Maranhão Δ1998-2006 a.a.: AQ: 10% P: 0,6% 1% Fonte: IBAMA. Elaboração DECOMTEC. 3% 5% 7% Crescimento da Produção 1997-2006 56,1 Ceará Δ1998-2006 a.a.: AQ: 61% P: -0,1% 9% 43,9 Rio Grande do Norte Δ1998-2006 a.a.: AQ: 41% P: 5,1% 11% 13% 22 23 15% O aumento das unidades produtivas (embarcações) coincide com a redução da produção extrativa marinha DECOMTEC SÃO PAULO - EVOLUÇÃO DAS Estado UNIDADES PRODUTIVAS E DA PRODUÇÃO EXTRATIVA MARINHA de São Paulo Evolução das Unidades Produtivas e da Produção Extrativa 2800 40.000 -37% 2600 2200 30.000 2000 25.000 1800 unidades produtivas 1600 produção (T) produção (toneladas) unidades produtivas 35.000 2400 Não contempla as unidades produtivas de outros estados do centro-sul (p. ex. SC) que pescam em SP 20.000 1400 +69% 1200 15.000 1998 unidades produtivas produção produçãou/ nidade prod. 1999 2000 1998 1.458 37.595,5 26 2001 1999 1.761 25.588,5 15 Fonte: Instituto da Pesca. Elaboração DECOMTEC. 2002 2003 2000 1.984 27.892,5 14 2004 2001 2.210 25.846,0 12 Crescimento aquicultura em SP (1998 a 2005): 88% 2005 2002 2.232 26.441,0 12 2003 2.618 27.256,0 10 2004 2.448 27.702,0 11 2005 2.459 23.824,0 10 23 São Paulo participa com 53,6% do VTI da Indústria de A&B. No entanto, com apenas 8,6% da Indústria de Pescado DECOMTEC Valor da Transformação Industrial (R$1000) Preparação e preservação do pescado e fabricação de conservas de peixes, crustáceos e moluscos (CNAE 1514) Fabricação de produtos alimentícios e bebidas (CNAE 15) Participação do Segmento na Produção de Alimentos São Paulo Brasil 43.954 508.983 Participação do Estado Brasil 8,6% 45.851.013 85.478.451 0,10% 0,60% 53,6% Fonte: PIA. Elaboração DECOMTEC. 24 O porte médio dos estabelecimentos é menor em São Paulo DECOMTEC 25 Estabelecimentos da Indústria da Pesca DECOMTEC 26 27 Trabalhadores Empregados pela Indústria da Pesca DECOMTEC 27 28 Receita Bruta da Indústria da Pesca DECOMTEC 28 29 Os custos e despesas da Indústria da Pesca decresceram em 73%, enquanto a sua receita bruta decresceu 80% DECOMTEC 29 30 Total do Gasto de Pessoal da Indústria da Pesca DECOMTEC 30 31 Gasto de Pessoal Mensal da Indústria da Pesca DECOMTEC 31 32 Gastos com Impostos e Taxas da Indústria da Pesca DECOMTEC 32 33 Investimentos da Indústria da Pesca DECOMTEC 2003 • Criação da SEAP 33 34 Lucro Médio por Empresa, 1998-2006 DECOMTEC Lucro em R$ 1.000 por empresa Variação no período: Estado de São Paulo = -95% (-31,2% a.a) Demais Estados da Federação = +97% (+8,8% a.a) 34 35 Fonte: PIA/IBGE. Elaboração DECOMTEC/FIESP. Participação % no Lucro DECOMTEC A partir de 1989 Ordenamento pesqueiro passou a ter um enfoque mais ambientalista e conservacionista 1994 e 2003 Incentivos Fiscais em Santa Catarina 1998 Promulgação da Lei de Crimes Ambientais 1998 Duplicidade e conflitos entre os órgãos do Governo regulamentadores do Setor (MMA – MAPA) 2005 Redução da base de cálculo - primavera tributária 35 Fonte: PIA/IBGE. Elaboração DECOMTEC. 36 2. DESAFIOS DO SETOR DECOMTEC 2.1 - Governança 2.2 - Meio Ambiente 2.3 – Sanidade - Fiscalização Sanitária 2.4 - Incentivos Fiscais 2.5 - Políticas Públicas e Instituições de Apoio 2.6 - Matérias-Primas 2.7 - Frota e Infraestrutura 2.8 - Capacitação de Mão de Obra 2.9 - Produto 36 2.1 - Governança do Setor DECOMTEC •Em geral o setor reage às medidas/exigências governamentais, portanto é preciso dinamizar a articulação e ação dos sindicatos (SIPESP, SAPESP) junto às instituições públicas (estaduais e federais), afim de construir uma agenda de propostas de políticas públicas para o setor. •Algumas instituições realizam ações isoladas que surtem pouco efeito na defesa destas políticas. •Um Exemplo disso é o fato da Câmara Setorial da Pesca no Estado de SP que não se reúne desde 2004. 37 2.2 – Institucional DEAGRO / DMA • Esfera Federal SEAP/PR – Secretaria Especial da Pesca MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MMA – Ministério do Meio Ambiente IBAMA – Inst. Bras.do Meio Ambiente e dos Recurs. Naturais Renov. ICM – Instituto Chico Mendes ANA – Agência Nacional de Águas • Esfera Estadual SMA – Secretaria do Meio Ambiente Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental DEPRN – Departamento de Proteção dos Recursos Naturais FF – Fundação Florestal 38 39 Fonte e Elaboração: DMA e DEAGRO 2.2 – Institucional DEAGRO / DMA 39 2.2 – Fóruns Deliberativos e Consultivos: participação do setor privado DEAGRO / DMA • Esfera Federal Conape – Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca (CNI faz parte) Conabio – Comissão Nacional de Biodiversidade Conama – Conselho Nacional do Meio Ambiente Conselho Nacional de Recursos Hídricos • Esfera Estadual Câmaras Ambientais da SMA Câmara Setorial do Pescado da SAA (inativa desde março/2004) Conselho Gestor das APA’s Conselho Estadual de Recursos Hídricos Comitê de Bacias • Normatização Técnica ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 40 Fonte e Elaboração: DMA e DEAGRO 2.2 – Meio Ambiente – Regulamentos Federais DMA ATIVIDADE PESQUEIRA Principais Regulamentos Federais Lei Federal 10.183/03 – cria a SEAP/PR Decreto Federa 4.895/03 - dispõe sobre a autorização de uso dos espaços físicos de corpos d’água de domínio da união para fins da aquicultura Lei 9.985/98 - Lei de Crimes Ambientais e seus respectivo regulamentos - 41 2.2 – Meio Ambiente – Regulamentos Estaduais DMA ATIVIDADE PESQUEIRA Principais regulamentos Estaduais Lei Estadual 11.165 /02 - Código de Pesca Lei Estadual 11.221/02 •Decreto Estadual 53.526/06 – APA Litoral Centro; •Decreto Estadual 53.527/06 – APA Litoral Sul •Decreto Estadual 53.525/08 APA Litoral Norte; •Decreto Estadual 53.528/08 – Mosaico de Ilhas e Áreas Marinhas Protegidas do Litoral Paulista Lei Estadual 10.019/98 – Gerenciamento Costeiro Decreto Estadual 49.215/04 – ZEE Litoral Norte; Minuta de Decreto – ZEE Baixada Santista Lei Estadual 997/76 Decreto Estadual 8468/76 42 2.2 – Meio Ambiente – Regulamentos Estaduais DMA 43 2.2 – Meio Ambiente – Regulamentos Estaduais DMA Restrições da APA • Este Decreto será regulamentado por Resolução do Secretário de Estado do Meio Ambiente, mediante proposta do Conselho Gestor da APA, ouvidos em especial o Instituto de Pesca da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, para disciplinar, entre outras, – ...... – IV – a implantação ou alteração de estruturas físicas e o exercício de atividades econômicas no interior desta APA; – V – a implantação ou ampliação de atividades de maricultura; – do Brasil; – VII – a pesca sustentável; • Fica proibida, na área abrangida por esta Área de Proteção Ambiental, a pesca industrial de arrasto com a utilização de barcos de grande porte tais como aqueles que operam em parelha. • Caberá à Secretaria de Meio Ambiente, ouvido o Conselho Gestor da APA, definir os parâmetros técnicos que estabelecem a proibição referida 44 2.2 – Meio Ambiente – Regulamentos Estaduais DMA Z5M Z2M E Z2 M Z3 M Z4 M 45 2.2 – Meio Ambiente – Regulamentos Estaduais DMA / DEAGRO Artigo 53 - Na Z3M são permitidos, além daqueles estabelecidos para a Z1M e Z2M, os seguintes usos e atividades: I. aqüicultura; II. pesca industrial e pesca de arrasto para camarões; e III. estruturas náuticas classe B. Artigo 48 - Na Z2 M são permitidos, além daqueles estabelecidos para a Z1M, os seguintes usose atividades: I. aqüicultura de baixo impacto ambiental; II. pesca artesanal ; e III. estruturas náuticas classe A Artigo 50 – Para efeito deste Decreto, fica estabelecida a sub zona Z2M E – Zona 2 Marinha Especial, cujas características, diretrizes, usos e metas são as mesmas da Zona 2 Marinha,sendo vedada a atividade de pesca de arrasto motorizado 46 2.2 – Meio Ambiente – Regulamentos Estaduais DMA / DEAGRO • • • • • • Artigo 44 - Na Z1M são permitidos os seguintes usos e atividades: I. pesquisa científica voltada à conservação ambiental; II. educação ambiental ; III. extrativismo de subsistência; IV. ecoturismo; V. manejo sustentável dos recursos marinhos, condicionado à elaboração de plano específico; • VI. pesca artesanal, exceto arrasto motorizado • Artigo 57 - Na Z4M são permitidos, além daqueles estabelecidos para a Z1M, Z2M e Z3M, os • seguintes usos e atividades: • I. estruturas náuticas classe C. • Artigo 61 - Na Z5M são permitidos além daqueles estabelecidos para a Z1M, Z2M, Z3M e Z4M os • seguintes usos e atividades: • I. estruturas portuárias. 47 2.2 – Meio Ambiente – Licenças Aquicultura DMA Aprovação/Regularização de Projetos Aquícolas Fluxo de Tramitação EMPREENDEDOR 1 2 FEDERAL SEAP/PR/SP SEAP/PR IBAMA MARINHA SEAP/PR/SP SPU/MP SEAP/PR SEAP/PR/SP EMPREENDEDOR DEPRN 3 EMPREENDEDOR ANA ESTADUAL DAIA EMPREENDEDOR •Atualmente encontra-se em discussão no CONAMA uma proposta de Resolução sobre o licenciamento ambiental da aquicultura 48 Áreas fechadas para pesca comercial ao largo do litoral de Santa Catarina x São Paulo. Áreas fechadas para pesca comercial ao largo do litoral de Santa Catarina x São Paulo. 2.3 – Sanidade - Fiscalização Sanitária DEAGRO Inspeção Sanitária – Federal, Estadual, Municipal Leis 1.283 (18/12/1950) e 7.889 (23/11/1989) No caso dos pescados, a fiscalização dar-se-á nos seguintes estabelecimentos: entrepostos de recebimento, distribuição e fábricas de pescados. O estabelecimento que desejar comercializar produtos de origem animal, deverá requerer autorização perante ao órgão competente, de acordo com a sua área de comercialização: - Serviço de Inspeção Federal (SIF) – MAPA: comércio interestadual ou internacional - Serviço de Inspeção Estadual – Secretaria de Agricultura do Estado: comércio dentro do estado - Serviço de Inspeção Municipal – Departamentos de Agricultura do Município: comércio municipal 51 2.4 – Incentivos Fiscais DEJUR Informalidade • A carga tributária para o Setor da Pesca São Paulo tem contribuído para o deslocamento de empresas para outros estados, e com o aumento da informalidade que, segundo alguns empresários, chega a ser de 90%. • A informalidade começa na pesca, segue pela distribuição e por toda cadeia. • Isso dificulta a rastreabilidade e reduz a qualidade do produto. A seguir será apresentado o atual panorama fiscal de SP e de outros estados. 52 2.4 – Incentivos Fiscais DEJUR Atual panorama fiscal no Estado de São Paulo Redução de base de cálculo do ICMS de forma que a carga tributária resulte em 7% para pescados não enlatados ou cozidos (Cesta Básica) (art. 3º, VIII, Anexo II, RICMS); e 12% para peixes e crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos (art. 39, I, Anexo II, RICMS, até 31.12.09); Diferimento: Nas operações com pescados em estado natural, resfriados, congelados, salgados, secos, enviserados, filetados, postejados ou defumados para conservação, desde que não enlatados ou cozidos, o ICMS fica diferido para o momento em que ocorrer a saída do produto para outro estado, exterior, saída do estabelecimento varejista ou na saída dos resultantes de sua industrialização (art. 391 do RICMS); Substituição Tributária: Preparações e conservas de peixes; caviar e seus sucedâneos preparados a partir de ovas de peixe (16.04) e crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos, preparados ou em conservas (16.05) (IVA-ST - Portarias CAT-16/09 e 47/09 – a partir de 1º.03.2009) 53 2.4 – Incentivos Fiscais DEJUR Panorama fiscal em outros Estados Santa Catarina Redução de base de cálculo em 41,667% para Cesta Básica: peixe (exceto adoque, bacalhau, congrio, merluza, pirarucu e salmão): (art. 11, I, “n”, Anexo II, RICMS/SC - Convênio ICMS 128/94); Crédito Presumido: peixes, crustáceos ou moluscos nos seguintes percentuais (art. 21, VI, “a” e “b”, Anexo II, RICMS – Decreto nº 842/03): Indústria: 89,412% (17%); 85% (12%) e; 74,286% (7%); Outros (exceto varejista): 64,70% (17%); 50% (12%); 14,29% (7%). Tocantins Isenção: operações internas com pescado de água doce (até 31.12.2015 – art. 5º, V, do RICMS – Decreto nº 2.934/07) Crédito Presumido: 5% da base de cálculo nas saídas interestaduais com pescado de água doce (art. 9º, VI, “b” do RICMS – Lei nº 1.303/02) 54 2.4 – Incentivos Fiscais DEJUR Panorama fiscal em outros Estados Rio Grande do Norte Isenção: operações internas com pescado ou lagosta (art. 34 do RICMS); Crédito Presumido: 30% do ICMS devido em relação as saídas de pescado ou lagosta (art. 35, RICMS) e, para contribuinte inscrito no Cadastro de Contribuintes que exerça atividade de produção ou industrialização de camarão, 100% do ICMS devido nas operações internas e 100% no ICMS incidente nas saídas interestaduais com camarão industrializado (art. 44-B, I e II, RICMS – Decreto nº 18.813/05). Pará Isenção: nas saídas internas de peixe com destino ao consumidor final (art. 155, do Anexo I, do RICMS) e peixes, crustáceos, moluscos e rãs criados em cativeiro (art. 157, do Anexo I, do RICMS). 55 2.4 – Incentivos Fiscais DEJUR Panorama fiscal em outros Estados Diferimento: Fica diferido o pagamento do ICMS incidente na primeira operação interna com pescado (art. 152, Anexo I, RICMS); Crédito Presumido: Indústria: na saída, interna ou interestadual, do estabelecimento industrial, de pescado submetido a processo de industrialização, de forma que a carga tributária resulte em 4%; Outros: saída interestadual de peixe, de forma que a carga tributária resulte em 7% (arts. 153 e 156, Anexo I, RICMS – Decreto nº 4.850/01). Mato Grosso do Sul Isenção: Programa PEIXE VIDA: operações internas ou interestaduais destinadas ao consumidor final (15 quilos); Redução de base de cálculo em 58,824% para peixes frescos, resfriados ou congelados (art. 52, VIII, Anexo I, RICMS; art. 43, Lei nº 1.810/97 e Conv. ICMS 128/94); Diferimento: operações internas com peixes de quaisquer espécies; Programa PEIXE VIDA: destinado ao produtor rural: incentivo fiscal equivalente a 50% do ICMS incidente nas operações com peixe fresco (art. 8º, Res. Conj. SERC/SERPROTUR nº 34/08). 56 2.5 – Instituições de Apoio e Política Pública DECOMTEC Santa Catarina • • • • • • • O Estado de Santa Catarina conta com grande apoio à atividade de pesca e aqüicultura: Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) com mais de 2000 funcionários, técnicos e pesquisadores. Universidade do Vale do Itajaí (Univali) com um centro voltado à pesca e maricultura Universidade Federal de Santa Catarina Sindicato das Indústrias de Pesca de Itajaí e Região (SINDIPI) engloba Itajaí e Navegantes - atuando com cerca de 250 armadores e 700 embarcações. Apoio do Governo do estado de SC e disposição de infraestrutura foram fundamentais para a atração de investimentos de empresas. Exemplo: Grupo espanhol Calvo que produz 1.000.000 de enlatados/dia (atum e sardinha) e investiu R$ 62 milhões, somados a outros R$ 31 milhões do BNDES. O Governo de SC também dá apoio de outras formas (isenção de IPTU para estaleiros e empresas, diesel isento de tributação, capacitação da mão de obra, e estrutura para fornecedores e estaleiros). Portanto, o êxodo das empresas de SP para SC não se limita a questão da diferença de imposto, mas sim de infra-estrutura e apoio. 57 2.5 – Instituições de Apoio e Política Pública DECOMTEC São Paulo • • • • • • Instituto de Pesca (APTA/SAA) Instituto Oceanográfico (pesquisa científica) UNESP em Jaboticabal - Centro de Aquicultura (CAUNESP) da voltado a aquicultura continental UNESP em São Vicente voltado a pesquisa marinha SIPESP e sindicato dos armadores Secretaria de Agricultura e Abastecimento: – Coordenadoria da Assistência Técnica Integral – CATI; – Coordenadoria do Abastecimento – CAB; – Instituto de Economia Agrícola – IEA; – Instituto de Cooperativismo e Associativismo – ICA; – Instituto de Tecnologia de Alimentos – ITAL. O setor produtivo e intituições de apoio têm se articulado satisfatoriamente? O setor produtivo tem demandado políticas públicas em SP? 58 2.6 – Matéria-Prima DECOMTEC 2.6.1 Aquicultura • Entre 1998 e 2006 a aquicultura cresceu 8,6% a.a em SP enquanto que no Brasil cresceu com taxa maior (13,4%) e no Mundo cresceu a taxa anual menor (6,8% ). • Há poucos incentivos para criação de fazendas de aqüicultura sendo realizados pelo Governo de SP, que esbarram na falta de definição clara quanto a legislação e dificuldade de obtenção de licenças. • Há preocupações sobre a poluição de águas nas fazendas de pescado com antibióticos e hormônios que escapam dessas áreas, e a contaminação de peixes em áreas naturais. • Além disso, há o os conflitos quanto ao uso de áreas, tanto continental (os rios e represas do Estado de SP disputam espaço com setores como turismo e especulação imobiliária) quanto marítima (prospecção sísmica voltada ao setor de petróleo e gás). 59 2.6 – Matéria-Prima DECOMTEC 2.6.2 Pesca Marinha • Águas mais frias (Chile e Peru) são mais produtivas que as quentes do atlântico (Brasil). O ambiente portanto estabelece um limite de quantidade de vida marinha. • O número de unidades produtivas têm crescido a taxas elevadas, indicando excessivo esforço pesqueiro. Entre 1998 e 2005 houve um aumento de 68% no número de unidades no litoral paulista. • Além deste aumento no número de embarcações também se soma o aumento no número de barcos de SC que vêm ao litoral paulista para realizar a pesca. • Os principais produtos da pesca no Estado são de superfície (corvina, sardinha, camarão e pescado). Estas espécies atingiram o limite de pesca no litoral paulista, sendo até ultrapassado (sobrepesca). • O processo da sobrepesca provoca a redução na produção. Em 1960 o estado pescava cerca de 60 mil t/ano. Em 70 com a SUDEPE saltou para 100 mil t/a. Em 2005 caiu para 23,8 mil t/ano. 60 2.6 – Matéria-Prima DECOMTEC 2.6.2 Pesca Marinha (cont.) • Além da redução da produção, sobrepesca está provocando a redução do comprimento médio dessas espécies. Isso pode levar a uma nanificação dessas populações, fazendo com que venham a reproduzir cada vez mais cedo correndo o risco de redução substancial da pesca. • Ao longo dos últimos anos espécies que eram descartadas passaram a contribuir na amortização das despesas de armação das embarcações o que acelerou o processo. • Em algumas pescarias como o arrasto, cerca de 40% do que é capturado se trata de espécies sem interesse comercial. • Há espaço para a aplicação de técnicas de seletividade de captura, que são utlizadas em boa parte do mundo (“pescar melhor”). • Embora o limite da pesca de superfície no litoral paulista esteja comprometido,há espaço para a pesca de profundidade, possível apenas com embarcações mais robustas que não possuímos significativamente no estado de SP. 61 2.7 – Frota e Estrutura Portuária DECOMTEC Frota • A frota de SP está na média do país, mas abaixo de SC que recebeu apoio nos anos 80. • O Estado de SP possui poucos barcos próprios para pesca de profundidade, como em SC. • Embora a frota paulista seja considerada tecnologicamente defasada, a maior parte dos recursos pesqueiros se encontra explorada acima de sua possibilidade (sobrepesca). Estrutura Portuária • Muitos barcos de SP foram para SC aproveitando a estrutura portuária (Itajaí e Navegantes). • A estrutura Porto de Santos para barcos de maior porte é mais cara e obsoleta. 62 2.8 – Capacitação de Mão de Obra e Tecnologia DECOMTEC Mão de Obra • Faltam cursos de capacitação e conscientização do trabalhador de SP quanto a qualidade, higiene e conservação. Tecnologia • Pouca utilização pelo setor do Instituto da Pesca que realiza pesquisas científicas e tecnológicas, desenvolvendo projetos nas áreas da pesca e da aqüicultura, com ênfase em novas estratégias e tecnologias destinadas à melhoria do agronegócio do pescado e a sustentabilidade da qualidade ambiental. • Falta integração entre as instituições de ensino e pesquisa com o setor produtivo. Um bom exemplo que está sendo realizado é o da Escola do Senai Mario Amato e o Sipesp, que iniciaram contato para realizar estudo sobre viabilidade de aproveitamento dos subprodutos do setor (disposição de resíduos). 63 2.9 – Produto DECOMTEC Qualidade • Ausência de rastreabilidade da produção pesqueira. • Baixa qualidade do pescado (falta estrutura de armazenamento, transporte e treinamento dos pescadores). • Baixa exigência do consumidor nacional (faltam campanhas sobre como identificar produtos de qualidade). • Alto teor de água no pescado: o necessário é em torno de 5%. O peso do pescado no mercado leva em média de 15% a 20% de água. Em alguns casos chega a ser cerca de 30% (falta a regulamentação da quantidade de água permitida no pescado e fiscalização). • A qualidade no pescado é exigida, principalmente, quando os clientes são empresas do exterior que importam. 64 2.9 – Produto DECOMTEC Marketing e Cultura do Consumo • Falta realizar campanhas de incentivo ao consumo (consumo sazonal) e esclarecimento sobre o produto (exigência pela qualidade). • Nomenclatura: por não existir uma nomenclatura única ocorre a venda de espécies peixes diferentes com mesmo nome, porém que possuem qualidade e preço distintos. Isso prejudica o estabelecimento de preços e de critérios de qualidade no mercado. • A cultura do consumo de produtos do pescado não é desenvolvida a ponto de permitir o desenvolvimento de produtos derivados (sopas, caldos e biscoitos) 65 3. OPORTUNIDADES DECOMTEC Mercado Local SÃO PAULO - PROJEÇÃO PARA 2015 CENÁRIO OTIMISTA (em Toneladas) (1) CENÁRIO CONSERVADOR (em Toneladas) (2) CONSUMO HUMANO 247.290 PRODUÇÃO 80.093 PRODUÇÃO DESTINADA AO CONSUMO HUMANO 61.672 EXPORTAÇÃO 9.339 IMPORTAÇÃO (3) 19.925 DISPONIBILIDADE INTERNA PARA CONSUMO HUMANO (PROD-EXP+IMP) 72.258 DISP. INTERNA-CONSUMO (175.032) (1) A partir do consumo per capita do Brasil de 7,0 kg/hab em 2008, segundo divulgado pelo Ministro da Pesca. (2) A partir do consumo per capita de São Paulo de 2,1 kg/hab em 2003, segundo IBGE (POF). (1) e (2) Exportação e importação a partir de taxa histórica de crescimento 1998 a 2006. (3) Estima-se que do total importado, 60% ficam no Estado. 90.150 80.093 61.672 9.339 19.925 72.258 (17.892) Elaboração: DECOMTEC/FIESP “O Ministro da Pesca (Gregolin) afirmou que o governo vai impulsionar seu plano para aumentar a produção em 35% até 2011 e alcançar 1,4 milhão de toneladas de pescado.” Jornal Valor Econômico de 05.03.2009 66 3. OPORTUNIDADES DECOMTEC 3.2 – Produção de Matéria-prima ORIGEM DA PRODUÇÃO BRASILEIRA DE PESCADO 2006 Total: 1,05 milhões de t. Projeção de Aquicultura e Pesca (BR) Projeção de Aquicultura e Pesca (SP) Aquicultura 26% Pesca 74% “Segundo o Ministro da Pesca (Gregolim) o governo vai ceder este ano mais 10 reservatórios de hidrelétricas e fazendas marinhas nas costas de quatro Estados ORIGEM DA PRODUÇÃO BRASILEIRA DE PESCADO Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo 2015 e Bahia - para produção familiar e Total: 1,78 milhões de t. empresas.” Jornal Valor Econômico de 05.03.2009 Pesca 53% Aquicultura 47% ORIGEM DA PRODUÇÃO PAULISTA DE PESCADO 2006 ORIGEM DA PRODUÇÃO PAULISTA DE PESCADO 2015 Total: 64,5 mil t. Total: 80,1 mil t. Pesca 67% Aquicultura 33% Pesca 44% Aquicultura 56% 67 3. OPORTUNIDADES DECOMTEC 3.3 – Instituições de Apoio SP (Capacitação e Tecnologia) – 4 Institutos de Pesquisa e Tecnologia – 2 Universidades – 3 Instituições de Fomento – 2 Sindicatos 68 3. OPORTUNIDADES DECOMTEC 3.4 – Novos Produtos Aproveitamento de subprodutos do pescado – Sopas, Biscoitos, Caldos, Ração, Etc Desenvolvimento de produtos de alto valor agregado – Carcinicultura (camarão) – Malacocultura (Ostras e Mariscos) – Moluscoss (Polvo) – Lagosta – Macroalgas – Isca Vivas, etc 69 3. OPORTUNIDADES DEAGRO 3.5 – Linhas de Financiamentos a) Principais Linhas do Ministério da Agricultura - MAPA - Moderagro (BNDES): crédito para investimentos imobilizados ou semi e/ou projetos de adequação sanitária ou ambiental. Para 2008-09, recursos totais de R$ 850 milhões, com limites de R$ 250 mil / R$ 750 mil (individual / coletivo), com uma taxa de juros de 6,75% a.a.. Pagamento em até 8 anos, com 3 de carência. MCR 13-4. - Finame Agrícola Especial (BNDES): um dos objetivos da linha de crédito consiste na aquisição, manutenção ou recuperação de sistemas de beneficiamento e conservação de pescados oriundos da aqüicultura. O prazo de operação foi encerrado em 2008. MCR 13-2. - Crédito de Comercialização (BB): visa melhorar o escoamento da produção agropecuária, incluídos os pescados. Operacionalizados através da Linha Especial de Crédito (LEC) e Empréstimos do Governo Federal (EGF), possuem limite de R$ 20 milhões por indústria que comprove instrumentos à aquisição das mercadorias. Juros mínimos de 6,75% a.a. e prazo de 70 pagamento de 120 dias. MCR 3-4. 3. OPORTUNIDADES DEAGRO 3.5 – Linhas de Financiamentos b) Principais Linhas da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca / SEAP - Crédito de Comercialização: para as empresas produtoras de pescado, associações ou cooperativas de pescadores, de acordo com preços préestabelecidos por pescado, para aquisição do bem in natura no mercado interno, diretamente de quem realizou a captura. O limite é de R$ 2 milhões por beneficiário, com prazo de até 7 meses (incluídos 3 de carência). Mix de juros MCR 4-3. - Profrota Pesqueira (BNDES): • Limite máximo de até 90% do valor do bem, variando de acordo com o objetivo do crédito. • Objetiva promover a renovação e ampliação da frota pesqueira brasileira. • Financiamento com parâmetros diferenciados de acordo com o objetivo do tomador: seja para construção; modernização da embarcação, aquisição de embarcações usadas (até 5 anos). • Taxas variando entre 12% a 7% ao ano. Prazos de pagamento até 18 anos, considerando carência para algumas operações. • O período de 2005 a 2015 com recursos totais anuais de R$ 300 milhões, do Fundo da Marinha Mercante (FMM), Fundo de Financiamento do Norte (FNO) e Fundo de 71 Financiamento do Nordeste (FNE). 3. OPORTUNIDADES DEAGRO 3.5 – Linhas de Financiamentos c) Principais Linhas da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP FEAP – Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista - Piscicultura em Tanques-Rede: Itens Financiáveis: aquisição de tanques-rede; material para fixação dos tanques-rede; aquisição de barco e acessórios ou de aeradores; aquisição de alevinos e aquisição de ração. Beneficiários: produtores rurais e pescadores artesanais. Teto de financiamento: até R$ 40 mil Prazo de pagamento: até 5 anos, inclusa a carência de 18 meses. Taxa de juros: 3% ao ano. piscicultura convencional em viveiros e barragens - Piscicultura Convencional em Viveiros e Barragens: • Itens Financiáveis: reforma, adequação e/ou ampliação de viveiros. • Beneficiários: produtores paulistas • Teto de financiamento: até R$ 61 mil • Prazo de pagamento: até 5 anos, inclusa a carência de 18 meses. • Taxa de juros: 3% ao ano. 72 Para aproveitar as Oportunidades de crescimento no consumo e produção mundial e nacional... DECOMTEC ... o Setor de Pesca no Estado de São Paulo deve: • Desenvolver uma visão de futuro do setor • Elaborar um plano estratégico • Fortalecer a governança (defesa da criação de uma política pública para o setor) 73 4. Propostas para o Setor DECOMTEC 4.1 - Governança 4.2 - Meio Ambiente 4.3 - Incentivos Fiscais 4.4 - Políticas Públicas e Instituições de Apoio 4.5 - Matérias-Primas 4.6 - Frota e Infraestrutura 4.7 - Produto 4.8 - Capacitação Gerencial e de Mão de Obra 74 4. Propostas para o Setor DECOMTEC Área Propostas Prazo Início Curto Reoperacionalizar o funcionamento da Câmara Setorial da Pesca no Estado de SP. X Respon sável Médio SIPESP Instituto da Pesca e Demais Instituições Setor SIPESP Governo do Estado, Secretaria de Meio Ambiente, Orgãos de Fiscalização Governança Ampliar a representatividade do setor de pesca nas discussões sobre a regulamentação ambiental, fiscalização e definição de políticas públicas. X Interlocução 75 4. Propostas para o Setor DECOMTEC Prazo Início Área Propostas Curto Médio Respon sável Interlocução SIPESP Federal: SEAP/PR /ANA/ MMA e CNRH; Estadual: (SMA/DEPRN); Articulação técnicoinstitucional com a SMA/FF ; IO, SAA/IP SIPESP Estadual: Articulação técnicoinstitucional com a SMA/FF ; IO, SAA/IP; Articulação técnico-institucional com ABNT Aquicultura: aperfeiçoamento dos procedimentos para aprovação/regularização dos projetos aquícolas Proposição de novos regulamentos; Meio Ambiente Acompanhamento das discussões sobre a cobrança do uso da água Participação efetiva do setor nos Comitês de Bacia Regulamentação dos Decretos das APA’s Marinhas Formulação de uma proposta de regulamentação Participação efetiva do Setor no Conselho Gestor da APA PESCA: Regulamentação dos Decretos das APA’s Marinhas Formulação de uma proposta de regulamentação Participação efetiva do Setor no Conselho Gestor da APA. Proposição de Normas Técnicas Específicas, compreendendo os aspectos de controle de poluição e aproveitamento dos resíduos. X X 76 75 4. Propostas para o Setor DECOMTEC Prazo Início Área Propostas Curto Manutenção dos benefícios fiscais já concedidos: (Redução de base de cálculo e diferimento) Incentivos Fiscais X Médio Respons ável Interlocução SIPESP Secretaria Fazenda Concessão de Crédito Presumido: Nas saídas internas de PESCADOS em estado natural, resfriados, congelados, salgados, secos, enviserados, filetados, postejados ou defumados para conservação, desde que não enlatados ou cozidos, nos mesmos percentuais concedidos em outros Estados (Ex. Santa Catarina). X SIPESP Secretaria Fazenda, CNI e Assembléia Legislativa Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) Propositura de ADI pelo Estado de São Paulo perante o STF, visando a declaração de inconstitucionalidade dos decretos concessores de benefícios fiscais editados fora do âmbito do CONFAZ (guerra fiscal); Santa Catarina: Decreto nº 842/03 Rio Grande do Norte: Decreto nº 18.813/05 Tocantins: Decreto nº 2.9324/07 e Lei nº 1303/02 Pará: Decreto nº 4.850/01 X SIPESP Secretaria Fazenda 77 76 4. Propostas para o Setor DECOMTEC Área Programas Prazo Início Curto Políticas Públicas e Instituições de Apoio Matérias-Primas Respon sável Interlocução Médio Identificar Oportunidades de Desenvolvimento de Programas (reuniões, seminários, etc) X SIPESP Instituições de Ensino e Pesquisa Utilizar-se de mecanismos de desenvolvimento tecnológico (Lei do Bem, Lei da Inovação, etc). X SIPESP MCT SIPESP Sebrae, Secretaria de Desenvolvimento Criar no estado de SP um APL de pesca e aqüicultura, trabalhando todos os elos da cadeia, possibilitando a inserção do produto “pescado paulista” no mercado nacional e internacional. X Incentivar os programas de repovoamento de espécies comprovadamente ameaçadas X SIPESP IBAMA e Instituto da Pesca Regulamentar o uso dos produtos químicos e farmacológicos em aqüicultura X SIPESP IBAMA e Instituto da Pesca SIPESP IBAMA e Instituto da Pesca Pesquisar alternativas para reduzir o custo da ração balanceada, dos implementos e dos equipamentos para aquicultura. X 78 77 4. Propostas para o Setor DECOMTEC Prazo Início Área Programas Curto Conhecer e Utilizar as Linhas de financiamento disponíveis para modernização e renoção da frota. Respon sável Interlocução SIPESP BNDES e Ministério da Agricultura Governo do Estado e Nossa Caixa Investimento CODESP Médio X Solicitar a Complementariedade das linhas federais (equalização, aval, etc) pelo Governo de SP. X Câmara Setorial Adequar e/ou implantar estruturas de desembarque, incluindo, entre outras coisas, logística, adequação sanitária da estrutura, estocagem frigorificada, instalação de fábricas de gelo. X SIPESP Frota e Infraestrutura 79 78 4. Propostas para o Setor DECOMTEC Prazo Início Área Programas Curto Produto Médio Respon sável Interlocução Dar maior sustentabilidade à produção do pescado, aumentando a eficiência da produção de acordo com as exigências ambientais (“pescar melhor”). X SIPESP Câmara Setorial da Pesca Criação de um selo de qualidade (a exemplo de produtos da Agricultura Café). X SIPESP Secretaria da Agricultura e Abastecimento Incentivar o desenvolvimento e consumo de produtos e subprodutos com maior valor agregado. X SIPESP ABRAS Implantar programas de conscientização do consumidor quanto à qualidade do pescado, ao valor nutricional e formas de preparo das diversas espécies e às práticas mais freqüentes que lesam o consumidor. X SIPESP ABRAS 80 79 4. Propostas para o Setor DECOMTEC Prazo Início Área Programas Curto Processo: Criar Cursos de capacitação de todos os agentes da cadeia produtiva (produtores, processadores, inspetores, comerciantes, etc) e técnicas de processamento que visem o aproveitamento integral do pescado. Capacitação Gerencial e da Mão de Obra Gestão: Criar Cursos de marketing, vendas, finanças, administração, legislação, etc. Mão de Obra: Criar Cursos de Produtividade, Qualidade e Fatores fitosanitários (boas práticas de manipulação e conservação). X X X Respon sável Interlocução SIPESP Senai e Instituições de Ensino e Pesquisa SIPESP Sebrae e Instituições de Ensino SIPESP Senai e Instituições de Ensino e Pesquisa Médio 81