DECOMTEC DECOMTEC Departamento de Competitividade e Tecnologia A situação econômica atual do Brasil e as expectativas para a indústria em 2015 Renato Corona Fernandes Gerente SEESP - Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo 22 / 06 / 2015 1 Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - FIESP PRESIDENTE Paulo Skaf Departamento de Competitividade e Tecnologia – DECOMTEC DIRETOR TITULAR José Ricardo Roriz Coelho DIRETOR TITULAR ADJUNTO Pierangelo Rossetti DIRETORIA Almir Daier Abdalla Cassio Jordão Motta Vecchiatti Cláudio Grineberg Cláudio Sidnei Moura Denis Perez Martins Eduardo Berkovitz Ferreira Eduardo Camillo Pachikoski Elias Miguel Haddad Fernando Bueno Francisco Florindo Sanz Esteban Jorge Eduardo Suplicy Funaro Luiz Carlos Tripodo Manoel Canosa Miguez Marcelo José Medela Marco Aurélio Militelli Mario William Esper Mauricio Marcondes Dias de Almeida Olívio Manuel de Souza Ávila Rafael Cervone Netto Robert Willian Velásquez Salvador (Representante do CJE) Ronaldo da Rocha Tarsis Amoroso Walter Bartels EQUIPE TÉCNICA – Departamento de Competitividade e Tecnologia GERENTE Renato Corona Fernandes EQUIPE TÉCNICA Adriano Giacomini Morais Albino Fernando Colantuono André Kalup Vasconcelos Caio de Paiva Garzeri Célia Regina Murad Daniele Nogueira Milani Débora Bellucci Módolo Egídio Zardo Junior Érica Marques Mendonça Fernando Momesso Pelai Juliana de Souza Luís Menon José Luiz Fernando Castelli Paulo Sergio Pereira da Rocha Silas Lozano Paz Vinicius Rena Pereira ESTAGIÁRIO Gustavo Dimas de Melo Pimenta Gustavo Manzotti Simões APOIO Maria Cristina Bhering Monteiro Flores 2 Objetivos DECOMTEC 1. Demonstrar os determinantes da importância da indústria de transformação para o desenvolvimento econômico 2. Expor as causas e consequências do Custo Brasil e da sobrevalorização cambial na indústria de transformação 3. Abordar perspectivas para a economia brasileira nos próximos anos 3 Estrutura DECOMTEC 1 Comparativos internacionais: Indústria e Desenvolvimento 2 4 Desempenho recente da ind. transformação brasileira Custo Brasil, Sobrevalorização Cambial e Diferencial de Preços Consequências do Custo Brasil 5 Expectativas para 2015 3 4 Estrutura DECOMTEC 1 Comparativos internacionais: Indústria e Desenvolvimento 2 Desempenho recente da ind. transformação brasileira 3 Custo Brasil, Sobrevalorização Cambial e Diferencial de Preços 4 Consequências do Custo Brasil 5 Expectativas para 2015 5 Por que a Indústria é importante para o desenvolvimento? DECOMTEC Os países desenvolvidos se desindustrializaram “naturalmente”, quando o PIB per capita atingiu um valor médio de US$19,5 mil (PPC a preços constantes de 2005). A desindustrialização no Brasil começou, em 1985, com um PIB per capita de US$7,6 mil (PPC a preços constantes de 2005). 6 Por que a Indústria é importante para o desenvolvimento? Crescimento VA Ind. transformação (% Crescimento PIB per capita (PPC) (% a.a. 2001 - 2011) a.a. 2001 - 2011) China 12,8% 9,7% Índia 8,1% 5,9% Polônia 7,6% 3,9% Rep. Tcheca 7,1% 2,8% Coréia do Sul 6,5% 3,8% Chile 5,9% 3,0% Argentina 5,2% 3,1% Turquia 4,7% 2,9% Indonésia 4,6% 5,3% Tailândia 4,6% 3,3% Filipinas 3,8% 2,8% Malásia 3,7% 4,7% Rússia 3,7% 5,0% Colômbia 3,5% 4,3% Hungria 2,8% 2,2% Brasil 2,7% 2,5% África do Sul 2,5% 3,5% Venezuela 1,0% 3,2% México 0,8% 0,7% Grécia -3,1% 1,2% Fontes: Banco Mundial, FMI e IBGE. Elaboração DECOMTEC/FIESP DECOMTEC PIB da Indústria (% PIB Total - 2012) 31,8% 14,1% 18,0% 24,9% 31,0% 11,4% 16,7% 17,7% 24,0% 34,0% 20,5% 24,2% 14,9% 13,2% 22,6% 13,0% 12,1% 13,9% 17,9% 8,1% 7 Por que a Indústria é importante para o desenvolvimento? DECOMTEC Crescimento do PIB da Indústria de Transformação X Crescimento do PIB per capita (2000 - 2011) Crescimento médio do PIB per capita (PPC) 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% -2% -4% 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% Crescimento médio do PIB da Indústria de Transformação Fontes: Banco Mundial, FMI e IBGE. Elaboração DECOMTEC/FIESP China Índia República Tcheca Polônia Coreia Chile Argentina Turquia Tailândia Filipinas Rússia Hungria Brasil México Indonésia Malásia Colombia África do Sul Venezuela Grécia 8 DECOMTEC 1 Comparativos internacionais: Indústria e Desenvolvimento 2 Desempenho recente da ind. transformação brasileira 3 Custo Brasil, Sobrevalorização Cambial e Diferencial de Preços 4 Consequências do Custo Brasil 5 Expectativas para 2015 9 De 1995 a 2014, o PIB da indústria transformação cresceu menos da metade do crescimento do PIB Total DECOMTEC PIB indústria de transformação = 30,6% (somente 1,4% a.a.) PIB total = 73,2% (2,9% a.a.) Evolução do PIB Total e do PIB da Indústria de Transformação. 1995-2014 Base 100: 1995 180 PIB Total 173,2 PIB - Indústria de Transformação 160 140 130,6 120 100 2014 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 80 Fonte: Sistema de Contas Trimestrais. Ref. 2010. (IBGE). Elaboração: DECOMTEC/FIESP. 10 Nem mesmo o dinamismo do consumo foi capaz de recuperar a produção industrial ... DECOMTEC O incremento do consumo interno foi abastecido majoritariamente por importações ... E não foi acompanhado pela produção industrial De 2003 a 2014, o volume das vendas no comércio aumentou 110,5%, enquanto a produção física da indústria de transformação cresceu somente 15,7% Participação dos importados no crescimento do consumo de bens industriais: 2008 e 2010 = 40% 2011 = 100% 2013 = 89,3% Base: média de 2003 = 100 Fonte: PIM; PMC - Série dessazonalizadas. (IBGE). Elaboração: DECOMTEC/FIESP. Fonte: Banco Central do Brasil Relatório de inflação: junho/2012, e Derex/FIESP -Coeficientes de Exportação e Importação, fev./2014. 11 A produção nacional está sendo substituída pelas importações, ou seja, perdendo o mercado interno Em 2003, a cada dez produtos industriais vendidos no Brasil, um e meio era importado Fonte: FUNCEX Indústria de Transformação – Coeficiente de penetração das importações DECOMTEC Em 2014, a cada dez produtos industriais vendidos no Brasil, dois foram produzidos fora do país 12 A indústria também perdeu participação nas exportações do país DECOMTEC As exportações da Indústria passaram de 86% da pauta em 2000 para 64% em 2014 Fonte: FUNCEX. The Economist. Elaboração DECOMTEC/FIESP. 13 Impacto do Custo Brasil e do Câmbio Sobrevalorizado no comércio de manufaturados DECOMTEC Em 2008, o déficit de manufaturados era de US$ 39,8 bilhões. Em 2013, o déficit de manufaturados foi de US$ 105,0 bilhões, decorrente de anos seguidos com elevado Custo Brasil e câmbio sobrevalorizado. Em 2014: déficit de US$ 109,4 bilhões no comércio de produtos manufaturados Fonte; SECEX(MDIC). Custo Brasil(DECOMTEC/FIESP). Elaboração: DECOMTEC/FIESP 14 A indústria de transformação também apresentou queda de participação no emprego da economia DECOMTEC Em trinta anos, o emprego industrial perdeu mais de 10 pontos percentuais de participação no total de empregos da economia, passando de 27,7% em 1986 para 16,6% em 2014 15 ...com isso, a indústria de transformação participação no PIB desindustrialização perdeu DECOMTEC Como resultado de anos de câmbio apreciado e do Custo Brasil, a participação da Indústria no PIB caiu para 10,9% em 2014, e poderá chegar em 10,6% em 2015, o menor patamar nos últimos 68 anos. Se nada for feito, a participação da indústria poderá reduzir ainda mais, e chegar a apenas 5,2% do PIB em 2029. 2013 = 11,5 2014 = 10,9 2015 = 10,5 2016 = 10,0 Projeção p/ 2029, perante o cenário atual de perda de competitividade Fonte: IBGE; elaboração: FIESP/DECOMTEC, DEPECON 16 Por que a Indústria é importante para o desenvolvimento? É a maior dinamizadora da economia: Para cada R$ 100,00 produzidos pela indústria de transformação são gerados mais R$ 109,00 indiretamente na economia. No setor de serviços, por exemplo, para cada R$ 100,00 produzidos por esse setor são gerados mais R$ 50,00 indiretamente na economia. Contribui para o desenvolvimento do emprego: É a maior massa salarial dentre os setores privados (equivalente a R$ 215 bilhões em 2013). Paga melhores salários conforme aumenta o grau de escolaridade, dentre os grandes empregadores. Maior número de empregos acima de 5 salários mínimos, salário médio de entrada das economias desenvolvidas. DECOMTEC Contribui para o aumento da produtividade do trabalho: É a principal produtora e difusora de inovações: É a maior realizadora de investimentos produtivos do setor privado: Permite aliviar pressões no balanço de pagamentos: No Brasil, a produtividade do trabalho da Indústria de Transformação é de 11% a 75% maior que a dos demais setores produtivos (exclusos a administração pública e os setores com menos de 2% do pessoal ocupado) e a produtividade da economia é, em média, apenas 76% da produtividade da Indústria de Transformação. No setor privado a indústria de transformação realiza 70% dos gastos com Pesquisa & Desenvolvimento e 77% dos demais gastos com atividades inovativas. Realiza cerca de 30% do total do investimento produtivo feito pelo setor privado (excluso setor público e famílias). Porque os produtos da indústria de transformação são comercializáveis. 17 Estrutura 1 Comparativos internacionais: Indústria e Desenvolvimento 2 4 Desempenho recente da ind. transformação brasileira Custo Brasil, Sobrevalorização Cambial e Diferencial de Preços Consequências do Custo Brasil 5 Expectativas para 2015 3 DECOMTEC 18 Apresentação DECOMTEC 1. Custo Brasil São custos vigentes na economia brasileira decorrentes de deficiências em diversos fatores relevantes à competitividade, que são menos expressivos quando se analisa o ambiente de negócios em outras economias. Independe de estratégias das empresas, pois decorre de deficiências em fatores sistêmicos, que somente podem ser mitigadas com políticas de Estado. 2. Sobrevalorização Cambial Desestimula as exportações e ao mesmo tempo incentiva as importações, pois torna o produto importado mais barato do que o nacional. 19 Apresentação DECOMTEC O Custo Brasil e a sobrevalorização cambial são responsáveis pelo diferencial de preços entre os produtos da indústria nacional e os produtos importados. 20 Fatores do Custo Brasil DECOMTEC O Custo Brasil é composto por seis grupos de fatores do ambiente de negócios (fatores sistêmicos), que são relevantes para a competitividade, e têm potencial de melhoria por políticas públicas Custo Brasil: fatores do ambiente de negócios Custo de capital de giro Tributação (Carga e Burocracia) Custos de serviços non tradables Custo Brasil Custos de energia e matérias primas Custos extras de serviços a funcionários Custos da infraestrutura logística 21 Aspectos não considerados DECOMTEC A análise não contempla outros elementos que favoreceram, de forma espúria e não isonômica a redução dos preços de produtos importados no mercado interno: Subsídios e outras medidas de incentivo à produção e à exportação dos países de origem das importações Desvios das taxa de câmbio dos países de origem das importações Incentivos ilegais concedidos por estados brasileiros, que agem como redutores da tributação para importados 22 Países selecionados como benchmark DECOMTEC O Custo Brasil calcula a diferença entre o custo de se produzir no país em comparação com o custo dos principais países parceiros comerciais, que respondem, em média, por 75% da pauta de importação de bens industrializados (semimanufaturados e manufaturados). • Alemanha, Argentina, Canadá, Chile, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Japão, México, Reino Unido e Suíça 23 Países selecionados como benchmark DECOMTEC 1. Parceiros: Alemanha, Argentina, Canadá, Chile, China, Coréia do Sul, Espanha, EUA, França, Índia, Itália, Japão, México, Reino Unido e Suíça. 2. Desenvolvidos: Alemanha, Canadá, Coréia do Sul, Espanha, EUA, França, Itália, Japão, Reino Unido e Suíça. 3. Emergentes: Argentina, Chile, China, Índia e México. 4. China: principal país na pauta de importação 24 Estrutura DECOMTEC 1 Comparativos internacionais: Indústria e Desenvolvimento 2 Desempenho recente da ind. transformação brasileira Custo Brasil, Sobrevalorização Cambial e Diferencial de Preços e burocracia) 3.1 Tributação (carga Consequências do Custo Brasil 3 4 5 3.2 Capital de giro Expectativas 2015primas matérias 3.3 Energia epara 3.4 Infraestrutura logística 3.5 Custos extras de serviços a funcionários 3.6 Serviços non tradables 3.7 Diferencial de Preços 25 3.1 Tributação: carga e burocracia DECOMTEC O Custo Brasil com a Tributação é constituído por três elementos: 1) Tributos diretos1 na produção, referente a carga mais elevada de IRPJ, CSLL, INSS, dentre outros. 2) Tributos irrecuperáveis na indústria: tributos que se acumulam devido às restrições de aproveitamento de créditos. 3) Burocracia para pagar tributos: gastos com preparação e recolhimento de tributos. 1 Os tributos considerados são os incidentes sobre o lucro e sobre a folha de pagamentos. A alíquota dos tributos de cada um dos países parceiros teve como fontes o Banco Mundial (Doing Business) e o relatório “Worldwide corporate tax guide 2013” da Ernst & Young. 26 3.1 Tributação - Total DECOMTEC A Tributação é o principal item do Custo Brasil. Os três componentes da tributação (carga dos tributos diretos e irrecuperáveis, e burocracia para preparar e pagar tributos) geraram um acréscimo de 13,8% nos preços dos produtos nacionais em 2013. Impacto da tributação no Custo Brasil (2013), de acordo com o conjunto de países Fonte: DECOMTEC/FIESP. 27 Estrutura DECOMTEC 1 Comparativos internacionais: Indústria e Desenvolvimento 2 Desempenho recente da ind. transformação brasileira Custo Brasil, Sobrevalorização Cambial e Diferencial de Preços e burocracia) 3.1 Tributação (carga Consequências do Custo Brasil 3 4 5 3.2 Capital de giro Expectativas 2015primas matérias 3.3 Energia epara 3.4 Infraestrutura logística 3.5 Custos extras de serviços a funcionários 3.6 Serviços non tradables 3.7 Diferencial de Preços 28 3.2 Capital de Giro DECOMTEC O custo de capital de giro no Brasil é o mais alto dentre os principais parceiros comerciais do país. Isso se deve, em parte, à taxa de remuneração dos depósitos (cuja referência é a taxa básica de juros: Selic) e, especialmente, ao spread bancário. A taxa de juros exerce efeito fundamental na operação das empresas industriais: o Trata-se de fator determinante no crescimento de longo prazo das empresas, estimulando ou inibindo investimentos. o A taxa de juros também impacta diretamente a atividade das empresas no curto prazo, ao afetar tanto o custo do capital de giro proveniente de terceiros (financiamento bancário, por exemplo), quanto o custo de oportunidade do capital próprio. 29 3.2 Custo de capital de giro DECOMTEC O custo de capital de giro gerou acréscimo de 4,1% nos preços dos produtos nacionais em 2013. Impacto do custo de capital de giro no Custo Brasil (2013), de acordo com o conjunto de países Fonte: DECOMTEC/FIESP. 30 Estrutura DECOMTEC 1 Comparativos internacionais: Indústria e Desenvolvimento 2 Desempenho recente da ind. transformação brasileira Custo Brasil, Sobrevalorização Cambial e Diferencial de Preços e burocracia) 3.1 Tributação (carga Consequências do Custo Brasil 3 4 5 3.2 Capital de giro Expectativas para 2015primas matérias 3.3 Energia e 3.4 Infraestrutura logística 3.5 Custos extras de serviços a funcionários 3.6 Serviços non tradables 3.7 Diferencial de Preços 31 3.3 Energia e matérias primas DECOMTEC A ampla dotação de recursos naturais do Brasil poderia assegurar oferta a preços competitivos de insumos e matérias primas à indústria nacional, o que favoreceria a agregação de valor no país. Todavia, isso não acontece. O custo com matérias primas e energia gerou um acréscimo de 3,0% nos preços dos produtos nacionais em 2013. Impacto da energia e matérias primas no Custo Brasil (2013), de acordo com o conjunto de países Fonte: DECOMTEC/FIESP. 32 Estrutura DECOMTEC 1 Comparativos internacionais: Indústria e Desenvolvimento 2 Desempenho recente da ind. transformação brasileira Custo Brasil, Sobrevalorização Cambial e Diferencial de Preços e burocracia) 3.1 Tributação (carga Consequências do Custo Brasil 3 4 5 3.2 Capital de giro Expectativas 2015primas matérias 3.3 Energia epara 3.4 Infraestrutura logística 3.5 Custos extras de serviços a funcionários 3.6 Serviços non tradables 3.7 Diferencial de Preços 33 3.4 Infraestrutura Logística DECOMTEC As deficiências da infraestrutura logística do país geraram um acréscimo de 1,5% nos preços dos produtos nacionais em 2013. Impacto da infraestrutura logística no Custo Brasil (2013), de acordo com o conjunto de países Fonte: DECOMTEC/FIESP. 34 Estrutura DECOMTEC 1 Comparativos internacionais: Indústria e Desenvolvimento 2 Desempenho recente da ind. transformação brasileira Custo Brasil, Sobrevalorização Cambial e Diferencial de Preços e burocracia) 3.1 Tributação (carga Consequências do Custo Brasil 3 4 5 3.2 Capital de giro Expectativas 2015primas matérias 3.3 Energia epara 3.4 Infraestrutura logística 3.5 Custos extras de serviços a funcionários 3.6 Serviços non tradables 3.7 Diferencial de Preços 35 3.5 Custos extras de serviços a funcionários DECOMTEC Apesar da elevada carga tributária, diversos serviços públicos têm oferta insuficiente ou com qualidade inadequada. Por isso, muitas empresas suprem com recursos próprios alguns serviços cujo provimento pelo Estado é precário (serviços de saúde, previdência, assistência, dentre outros). O custo com serviços extras aos funcionários geraram um acréscimo de 0,7% no preço do produto nacional em 2013. Impacto dos custos extras de serviços a funcionários no Custo Brasil (2013), de acordo com o conjunto de países Fonte: DECOMTEC/FIESP. 36 Estrutura DECOMTEC 1 Comparativos internacionais: Indústria e Desenvolvimento 2 Desempenho recente da ind. transformação brasileira Custo Brasil, Sobrevalorização Cambial e Diferencial de Preços e burocracia) 3.1 Tributação (carga Consequências do Custo Brasil 3 4 5 3.2 Capital de giro Expectativas 2015primas matérias 3.3 Energia epara 3.4 Infraestrutura logística 3.5 Custos extras de serviços a funcionários 3.6 Serviços non tradables 3.7 Diferencial de Preços 37 3.6 Serviços non tradables DECOMTEC • A indústria é uma grande demandante de serviços, cujos preços são elevados no Brasil em comparação com os principais parceiros comerciais: Aluguéis, Arrendamentos e Serviços prestados por terceiros (consultoria, auditoria, advocatícios, contabilidade, despachante, limpeza, vigilância, informática, etc). • O preço desses serviços foi comparado com o dos países selecionados com base nos dados do “Competitive Alternatives” da KPMG, apontando um acréscimo de 0,3% no preço do produto nacional. Impacto dos custos dos serviços non tradables no Custo Brasil (2013), de acordo com o conjunto de países Fonte: DECOMTEC/FIESP. 38 Estrutura DECOMTEC 1 Comparativos internacionais: Indústria e Desenvolvimento 2 Desempenho recente da ind. transformação brasileira Custo Brasil, Sobrevalorização Cambial e Diferencial de Preços e burocracia) 3.1 Tributação (carga Consequências do Custo Brasil 3 4 5 3.2 Capital de giro Expectativas 2015primas matérias 3.3 Energia epara 3.4 Infraestrutura logística 3.5 Custos extras de serviços a funcionários 3.6 Serviços non tradables 3.7 Diferencial de Preços 39 A sobrevalorização do real não terminou DECOMTEC Apesar da desvalorização ocorrida desde meados de 2011, o real segue sobrevalorizado Fonte: The Economist. 40 Impacto da Sobrevalorização Cambial DECOMTEC Para calcular o diferencial de preços entre o produto nacional e o importado é necessário acrescentar o efeito que a sobrevalorização cambial acarreta nos preços dos produtos estrangeiros. O desalinhamento de câmbio foi ajustado pelo Índice Big Mac, que é calculado periodicamente pela revista The Economist, que registrou uma sobrevalorização de 16% do real em relação ao dólar em julho de 2013. 41 Demais componentes do Preço: Tributos indiretos e Custos de Importação DECOMTEC 1. Produto nacional: a) ICMS, IPI, PIS/COFINS 2. Produto Importado: a) ICMS, IPI, PIS/COFINS b) Custos de Importação: i. Fretes e seguros ii. Imposto de Importação, com alíquota média de: 10,2% para países Parceiros; 11,1% para os países Desenvolvidos; 8,4% para os países Emergentes; 12,6% para a China. 42 Diferencial de Preços DECOMTEC Diferencial de preços entre o produto nacional e o importados devido ao Custo Brasil e à Sobrevalorização Cambial Diferencial de Preços Grupo de Preço País Comparado países Preço COM desvio do câmbio brasileiro 86,2 Brasil Brasil Preço sem Custo Brasil = 100 ICMS, IPI, PIS/COFINS, II, Fretes e Seguros Custo Brasil 23,4 ICMS, IPI, PIS/COFINS 43 Diferencial de preços: países PARCEIROS - 2013 DECOMTEC Os componentes do diferencial de preços entre o produto industrializado nacional e o importado dos principais Parceiros comerciais indicam que o Custo Brasil e a Sobrevalorização Cambial reduzem a competitividade da indústria de transformação nacional. Componentes do Custo Brasil com os principais Parceiros Comerciais 1 Custo Brasil 1.1 Tributação: Carga e Burocracia 1.2 Juros sobre Capital de Giro 1.3 Energia e matérias primas 1.4 Infraestrutura Logística 1.5 Custos extras de serviços a funcionários 1.6 Serviços non tradables 2 Sobrevalorização Cambial 3 Outros componentes* Total Diferencial de Preços (Em %) 23,4 13,8 4,1 3,0 1,5 0,7 0,3 16,0 -5,7 33,7 Fonte: DECOMTEC/FIESP. * Compreende os Custos de Importação (Imposto de Importação, fretes e seguros), e a diferença entre a tributação indireta (ICMS, IPI e PIS/COFINS) proveniente da aplicação de fórmulas distintas de apuração entre o produto industrializado no país e o importado e de suas diferentes bases de cálculo. 44 Diferencial de preços: países PARCEIROS - 2013 DECOMTEC Os componentes do diferencial de preços entre o produto industrializado nacional e o importado dos principais Parceiros comerciais indicam que o Custo Brasil e a Sobrevalorização Cambial reduzem a competitividade da indústria de transformação nacional. Componentes do Custo Brasil com os Diferencial de Preços principais Parceiros Comerciais (Em %) 1 Custo Brasil 23,4 2013, a indústria de transformação 1.1Em Tributação: Carga e Burocracia 13,8 contribuiu mais de 30% da carga tributária, 1.2 Juroscom sobre Capital de Giro 4,1 apesar de representar apenas 11,5% do PIB 1.3 Energia e matérias primas 3,0 1.4 Infraestrutura Logística 1,5 1.5 Custos extras de serviços a funcionários 0,7 1.6 Serviços non tradables 0,3 2 Sobrevalorização Cambial 16,0 3 Outros componentes* -5,7 Total 33,7 Fonte: DECOMTEC/FIESP. * Compreende os Custos de Importação (Imposto de Importação, fretes e seguros), e a diferença entre a tributação indireta (ICMS, IPI e PIS/COFINS) proveniente da aplicação de fórmulas distintas de apuração entre o produto industrializado no país e o importado e de suas diferentes bases de cálculo. 45 Diferencial de preços: países PARCEIROS - 2013 DECOMTEC Os componentes do diferencial de preços entre o produto industrializado nacional e o importado dos principais Parceiros comerciais indicam que o Custo Brasil e a Sobrevalorização Cambial reduzem a competitividade da indústria de transformação nacional. Componentes do Custo Brasil com os Diferencial de Preços principais Parceiros Comerciais (Em %) 1 Custo Brasil 23,4 Em jul./2014, o spread bancário brasileiro era 1.1 Tributação: Carga e Burocracia 13,8 9,9 vezes maior que o spread médio da Itália, 1.2 Juros sobre Capital de Giro 4,1 Japão, Chile, Noruega e Malásia 1.3 Energia e matérias primas 3,0 21,38 p.p. ante 2,14 p.p. 1.4 Infraestrutura Logística 1,5 1.5 Custos extras de serviços a funcionários 0,7 1.6 Serviços non tradables 0,3 2 Sobrevalorização Cambial 16,0 3 Outros componentes* -5,7 Total 33,7 Fonte: DECOMTEC/FIESP. * Compreende os Custos de Importação (Imposto de Importação, fretes e seguros), e a diferença entre a tributação indireta (ICMS, IPI e PIS/COFINS) proveniente da aplicação de fórmulas distintas de apuração entre o produto industrializado no país e o importado e de suas diferentes bases de cálculo. 46 Diferencial de preços: países PARCEIROS - 2013 DECOMTEC Parceiros = 33,7% Fonte: DECOMTEC/FIESP. 47 Diferencial de preços: países PARCEIROS - 2013 DECOMTEC Parceiros = 33,7% Diferencial de preços médio de 2008 a 2013 foi de 34,4% Fonte: DECOMTEC/FIESP. 48 Diferencial de preços: países DESENVOLVIDOS - 2013 DECOMTEC Desenvolvidos = 29,9% Fonte: DECOMTEC/FIESP. 49 Diferencial de preços: países EMERGENTES - 2013 DECOMTEC Emergentes = 36,9% Fonte: DECOMTEC/FIESP. 50 Diferencial de preços: CHINA - 2013 DECOMTEC China = 32,3% Fonte: DECOMTEC/FIESP. 51 Estrutura DECOMTEC 1 Comparativos internacionais: Indústria e Desenvolvimento 2 Desempenho recente da ind. transformação brasileira 3 Custo Brasil, Sobrevalorização Cambial e Diferencial de Preços 4 Consequências do Custo Brasil 5 Expectativas para 2015 52 Queda nas vendas (internas e externas) reflete no resultado da indústria DECOMTEC Devido ao Custo Brasil e ao Câmbio Sobrevalorizado a Indústria de transformação brasileira está perdendo participação no mercado interno e, simultaneamente, apresenta redução em suas exportações. ↓ vendas no mercado interno ↓ Exportações ↓ Lucros 53 Queda das margens de lucro da indústria, 2008 - 2012 DECOMTEC A margem líquida apresenta queda desde 2009, reduzindo o lucro líquido por unidade de receita, o que reduz disponibilidade de recursos para novos investimentos, além de influir negativamente nas expectativas dos empresários A margem líquida de 2,6% do ano de 2012 é praticamente três vezes menor do que a de 2010 É o pior desempenho na série, sendo inferior à margem de 2008. 54 As quedas da rentabilidade e da margem de lucro foram acompanhadas pela redução dos investimentos em relação à RLV DECOMTEC Investimentos* da Indústria de Transformação sobre a receita líquida de vendas (RLV) Segundo a Intenção de investimento transformação 6,50% 6,36% 6,31% Pesquisa FIESP de Investimento 2015, o total da indústria de cairá 32,7% nesse ano 6,19% 5,97% 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte: Pesquisa Industrial Anual (IBGE). Elaboração DECOMTEC/FIESP * Investimentos líquidos provenientes da soma entre as aquisições e melhorias, deduzindo-se as baixas. 55 Consequências sobre o retorno sobre o investimento industrial DECOMTEC De 2008 a 2012, o retorno acumulado da indústria foi de 47%, inferior ao do mercado financeiro. Por exemplo, a Renda Fixa gerou rendimentos de 62% no mesmo período. Em 2012, a rentabilidade da indústria foi inferior, inclusive, à rentabilidade de 2008, ano de início da crise financeira internacional na economia brasileira. Rentabilidades das Aplicações e do Patrimônio Líquido, 2008-2012 Renda Fixa * (%) 62% 10,9 8,9 10,0 10,6 10,6 Rentabilidade Patrimonial (%) 47% 13,3 Referenciado DI * (%) 11,2 5,7 6,2 54% 10,3 8,7 8,4 10,1 4,0 7,3 Inflação - IPCA (%) 32% Curto Prazo * (%) 53% 10,5 08 8,4 09 8,2 10 9,8 11 5,9 4,3 5,9 6,5 5,8 08 09 10 11 12 7,2 12 Fonte: ANBIMA; IBGE; Receita Federal do Brasil. Elaboração FIESP. (*) Descontado I.R. de 15% As informações do ROE constantes neste relatório foram extraídas da DIPJ (Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica) pela Receita Federal do Brasil. Sendo assim, os valores consideram informações de PL atualizadas. 56 Rentabilidade líquida acumulada entre 2008 e 2012 Retorno na Indústria 47% R$ 469 milhões DECOMTEC Retorno Renda Fixa R$ 624 milhões Investimento R$ 1 bilhão Fonte: RFB. ANBIMA. Elaboração DECOMTEC/FIESP. Valores nominais: não considera a inflação de 32%, segundo o IPCA. 62% Investimento R$ 1 bilhão 57 Em síntese, o Custo Brasil e a sobrevalorização cambial prejudicam o desempenho das vendas, reduzindo os investimentos e a produtividade da indústria DECOMTEC ↑ Importações Custo Brasil ↓ vendas internas e exportações ↓ Rentabilidade e margem ↓ Recursos disponíveis Sobrevalorização Cambial ↓ Produtividade Valor adicionado ↓ Queda nas expectativas ↓ Investimentos da Indústria de Transformação Máquinas e Equipamentos P&D Gestão Pessoal ocupado 58 A produtividade industrial nos demais países cresceu em média 2,6% a.a, mas no Brasuk, ficou estagnada (+0,1% a.a.) DECOMTEC Crescimento % anual médio da produtividade do trabalho (VA/PO) na ind. transformação (2004 a 2012, US$ preços constantes) China* Argentina* 6.5% 5.3% Coreia 5.1% Suiça 3.4% Estados Unidos 3.3% Espanha 3.0% Alemanha 2.1% França Japão Chile* 1.9% 1.8% Reino Unido México* 1.7% 1.4% Índia* 1.0% Canadá 0.9% Itália 0.2% Brasil 0.1% 0.0% Os demais países em desenvolvimento tiveram crescimento da produtividade industrial, em média, de 3,2% ao ano. 1.9% 1.0% Média = 2,6% a.a. 2.0% 3.0% 4.0% Fonte: FIESP/DECOMTEC com base em PNAD, OCDE, OIT e UN. *PED´s: Países em desenvolvimento. 5.0% 59 6.0% 7.0% 59 Estrutura DECOMTEC 1 Comparativos internacionais: Indústria e Desenvolvimento 2 Desempenho recente da ind. transformação brasileira 3 Custo Brasil, Sobrevalorização Cambial e Diferencial de Preços 4 Consequências do Custo Brasil 5 Expectativas para 2015 60 DECOMTEC 61 BOLETIM FOCUS (expetativas de mercado) DECOMTEC A divulgação das primeiras expectativas de mercado do Boletim Focus (BACEN) revelam otimismo ou pessimismo em relação ao ano corrente e/ou ao próximo ano; De modo geral, ainda que não acertem exatamente os números, as expectativas indicam a tendência. 62 PIB Total e PIB Industrial Expectativa versus Efetivo DECOMTEC PIB Expectativa de Mercado X Efetivo Produção Industrial Expectativa de Mercado X Efetivo 8,00 12,00 7,57 7,00 6,01 5,66 5,02 5,00 4,00 4,00 3,00 2,74 3,92 3,15 2,00 1,76 1,00 0,15 -0,23 6,00 4,00 2,00 2,08 2,81 2,70 3,08 0,00 0,41 -2,00 -2,30 -6,00 -3,18 -7,12 -8,00 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 1ª projeção no ano 5,92 -4,00 0,00 -1,00 10,22 8,34 8,00 % de crescimento % de crescimento 6,00 10,00 Efetivo (*) 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 1ª projeção no ano Efetivo Fonte: IBGE, Banco Central; elaboração: FIESP/DECOMTEC; (*) série nova 63 Inflação e Taxa Selic Expectativa versus Efetivo DECOMTEC IPCA Expectativa de Mercado X Efetivo Meta Taxa Selic - Fim de Período Expectativa de Mercado X Efetivo 19,00 9,00 7,60 8,00 5,84 6,41 5,91 5,69 4,46 4,00 13,75 11,75 13,00 13,25 11,00 10,00 11,25 9,00 4,31 3,00 17,75 15,00 % a.a. % 5,00 6,50 5,90 7,00 6,00 17,00 5,91 18,00 3,14 10,75 8,75 7,00 7,25 2,00 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 1ª projeção no ano Centro da Meta Efetivo Limite Superior da Meta 11,00 5,00 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 1ª projeção no ano Efetivo Fonte: IBGE, Banco Central; elaboração: FIESP/DECOMTEC 64 Taxa de Câmbio e Saldo da Balança Comercial Expectativa versus Efetivo DECOMTEC Taxa de Câmbio - Média de Período Projeção Boletim Focus (BACEN) X Efetivo Balança Comercial Expectativa de Mercado X Efetivo 3,30 50,0 3,10 2,93 40,0 33,8 44,9 46,5 40,0 2,90 29,8 30,0 2,35 2,50 2,30 2,10 2,16 2,43 1,95 2,18 1,90 2,00 1,95 1,70 US$ bilhões R$/US$ 2,70 20,0 25,3 19,4 24,9 20,2 10,0 2,4 1,76 1,67 0,0 1,83 -3,9 -10,0 1,50 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 1ª projeção no ano Efetivo 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 1ª projeção no ano Efetivo Fonte: Banco Central, MDIC; elaboração: FIESP/DECOMTEC. 65 DECOMTEC 66 2015 -3,14 -2,80 -2,49 -2,80 24/abr/15 -2,04 -2,04 -2,24 -2,24 22/mai/15 -2,48 -2,48 -2,26 19/jun/15 -3,14 1,80 1,80 1,80 1,80 1,65 1,50 1,50 1,48 1,23 1,23 1,28 1,05 1,10 1,10 0,75 0,90 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,75 2016 27/mar/15 -2,00 -2,00 -2,01 0,83 0,50 0,49 0,33 0,19 -0,30 -0,55 -0,62 -1,10 1,80 1,80 1,80 1,54 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50 1,40 1,30 1,20 1,05 1,10 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,90 PIB Total (% de crescimento) 27/fev/15 30/jan/15 02/jan/15 19/jun/15 22/mai/15 -0,42 -0,50 -0,58 -0,66 -0,78 -0,83 -1,00 -1,01 -1,01 -1,03 -1,10 -1,18 -1,20 -1,20 -1,24 -1,27 -1,3 -1,35 0,50 0,40 0,38 0,13 0,03 0,00 2015 24/abr/15 27/mar/15 27/fev/15 30/jan/15 02/jan/15 PIB Total e PIB Industrial: expectativas pessimistas e em deterioração DECOMTEC PIB Indústrial (% de crescimento) 2016 Fonte: Banco Central/Sistema de Expectativas de Mercado; elaboração: FIESP/DECOMTEC. Obs.: não existe expectativa de mercado para o PIB da Indústria de Transformação. 67 Fonte: Banco Central/Sistema de Expectativas de Mercado; elaboração: FIESP/DECOMTEC. 19/jun/15 22/mai/15 2015 24/abr/15 8,79 2016 27/mar/15 27/fev/15 7,77 7,93 8,12 8,13 8,20 8,13 8,23 8,25 8,26 8,29 8,31 8,37 8,39 8,46 12,50 12,50 12,50 12,50 12,50 12,50 12,75 12,75 13,00 13,00 13,00 13,00 13,25 13,25 13,25 13,25 13,25 13,50 13,50 13,50 13,75 14,00 14,00 14,00 6,99 7,01 7,15 7,27 7,33 7,47 11,50 11,50 11,50 11,50 11,50 11,50 11,50 11,50 11,50 11,50 11,50 11,50 11,50 11,50 11,50 11,50 11,50 11,50 11,63 11,75 12,00 12,00 12,00 12,00 6,56 6,60 6,67 IPCA (%) 30/jan/15 02/jan/15 19/jun/15 22/mai/15 5,70 5,70 5,70 5,60 5,60 5,60 5,60 5,60 5,50 5,51 5,60 5,61 5,60 5,60 5,60 5,60 5,60 5,60 5,51 5,50 5,50 5,5 5,5 5,5 2015 24/abr/15 27/mar/15 27/fev/15 30/jan/15 02/jan/15 Inflação e da Taxa Selic: expectativas de alta em 2015 DECOMTEC Meta Taxa Selic - Fim de Período (% a.a.) 2016 68 Fonte: Banco Central/Sistema de Expectativas de Mercado; elaboração: FIESP/DECOMTEC. 19/jun/15 22/mai/15 10,50 9,95 9,95 9,95 4,30 4,17 4,02 10,00 10,00 10,00 10,00 3,10 10,35 10,00 3,00 3,00 10,00 9,45 11,24 11,00 10,00 3,00 3,00 3,00 12,00 11,00 10,40 13,00 12,00 10,02 10,51 10,00 10,00 4,30 4,02 4,00 3,50 3,00 4,00 5,00 4,40 5,00 5,00 5,00 4,50 5,00 5,00 2015 24/abr/15 27/mar/15 27/fev/15 30/jan/15 02/jan/15 Balança Comercial: em 2015, recuo nas exportações menor (-10% em 12/06) que o recuo nas importações (-14% em 12/06) DECOMTEC Balança Comercial (US$ bilhões) 2016 69 Fonte: Banco Central/Sistema de Expectativas de Mercado; elaboração: FIESP/DECOMTEC. 19/jun/15 22/mai/15 2,90 2,80 3,06 3,11 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,3 3,3 3,3 3,20 3,20 3,20 3,20 3,20 3,2 3,2 3,2 3,30 3,25 3,21 3,30 3,23 3,20 3,25 3,20 3,15 3,00 3,00 2,91 2,95 3,00 2,90 2,93 2,90 2,80 2,90 2,90 2,85 2,83 2,80 2,80 2,80 2015 24/abr/15 27/mar/15 27/fev/15 30/jan/15 02/jan/15 2,80 Taxa de Câmbio DECOMTEC Taxa de Câmbio - Fim de Período (R$/US$) 2016 70 Efeitos da desvalorização cambial de 32,6% esperada para 2015: encarece os produtos importados, mas seu impacto nos preços da ind. transformação nacional é menor, contribuindo para a recuperação da sua competitividade Preços no mercado interno (em R$) = + 6,2% = - 15,4% 2014 - com câmbio R$ 2,35/US$ Hipótese: produto nacional de R$ 250 é 6,2% mais caro que importado de US$ 100 2015 – com câmbio R$ 3,12/US$ O mesmo produto nacional se torna 15,4% mais barato que importado de US$ 100 Fonte: IBGE, Funcex, Banco Central do Brasil. Elaboração: DECOMTEC/FIESP. DECOMTEC Estima-se que a desvalorização esperada para 2015 aumente preços da indústria de transformação nacional em 5,5%, no agregado do setor, uma vez que somente 9,9% dos custos são de bens importados; O efeito da desvalorização é muito maior nos preços dos produtos importados: 32,6%; Por isso, o produto nacional que tinha desvantagem de preço de 6,2%, passa a ser mais barato que o importado em 15,4%; Logo, a desvalorização cambial favorece a recuperação da indústria local, ao devolver parte da competitividade comprometida pela sobrevalorização de anos anteriores; Entretanto, a desvalorização não elimina ou diminui o Custo Brasil, portanto, não dá isonomia competitiva para a produção nacional. 71 Alguns fatos observados que contribuem para a deterioração das expectativas para os próximos anos DECOMTEC Inflação em elevação (aumento dos preços dos insumos, tais como energia elétrica); Altas taxas de juros; Taxa de desemprego em crescimento; Consumo interno em queda; Valor das exportações continuam menores (preços das commodities em baixa e perda de competitividade dos produtos manufaturados nacionais), apesar da desvalorização do real; Divergências políticas aumentam as dificuldades do governo e retardam a implementação das medidas de ajuste fiscal que visem a retomada do crescimento econômico (contingenciamento de R$ 69,9 bi do Orçamento da União foi aprovado somente no final de maio); Efeitos negativos decorrentes da Operação Lava-Jato. 72 Apêndice DECOMTEC Atividades inovativas e emprego nas áreas de engenharia na indústria de transformação 73 O gasto per capita em P&D da I.T. brasileira é proporcionalmente alto considerando o V.A. industrial per capita do país, isto é, se o Brasil investisse em P&D o montante proporcional ao seu V.A. industrial per capita, o gasto em P&D per capita seria 73% menor, equivalente ao do México Fonte: Banco Mundial, FMI, IBGE. Elaboração: DECOMTEC/FIESP. DECOMTEC 74 Emprego industrial nas áreas de engenharia no Brasil DECOMTEC Desde 1996 a indústria mais do que dobrou os empregos em engenharia, de modo que a área aumentou em 25% sua participação no emprego total do setor Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DECOMTEC/FIESP. 75 Emprego industrial nas áreas de engenharia no Brasil DECOMTEC O crescimento na intensidade de uso da mão de obra engenheira pela indústria também é perceptível pelo crescimento na proporção de engenheiros por estabelecimento Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DECOMTEC/FIESP. 76 Emprego industrial nas áreas de engenharia no Brasil DECOMTEC A participação da engenharia na massa salarial da indústria atingiu 3,9% em 2013, um aumento de 35% desde 1996 (10 p.p. maior do que o aumento de participação no emprego), indicando que o crescimento de salário dos engenheiros foi maior que o dos demais trabalhadores. Os indicadores referentes ao emprego e salários de engenheiros na indústria evidenciam o empenho do setor para aumento de eficiência, por exemplo, com melhorias na gestão e processos, e, também, o crescente esforço inovador Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DECOMTEC/FIESP. 77 DECOMTEC Obrigado! Renato Corona Fernandes Gerente do DECOMTEC - FIESP [email protected] 78