PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores André Augusto Moreira Antunes FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO Gestão de Obra André Augusto Moreira Antunes Dissertação submetida para satisfação parcial dos requisitos do grau de licenciado Em Engenharia Electrotécnica e de Computadores (Área de Especialização de Energia) Dissertação realizada sobre a supervisão de: Professor Doutor António Machado e Moura, do Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Porto, Julho de 2007 Resumo O presente relatório vêm na sequência de um estágio realizado na Painhas S.A. no Âmbito do acompanhamento da construção de uma linha de muito alta tensão, nomadamente a linha Parque Eólico Alto Minho I Pedralva a 150 kV. Os objectivos iniciais para o referido estágio eram os seguintes: Compreensão do Caderno Encargos Estudo e Quantificação de Materiais a incorporar em obra Planeamento da Execução da Obra Análise, Compreensão e Acompanhamento das diferentes fases da Prestação de Serviços Para além do cumprimento dos objectivos propostos inicialmente, foram também elaborados, um manual de apoio á execução de fundações e outro de apoio á execução de protecções para cruzamentos e travessias. Devido á duração relativamente reduzida deste estágio não foi possível acompanhar todas as fases de prestação de serviços, pelo que apenas descreverei aquelas que acompanhei e com isso apreendi conhecimentos que me permitissem descreve-las. O estágio decorreu maioritariamente no estaleiro da referida obra, situado na freguesia de São Vicente da Ponte – Vila Verde, o que proporcionou um acompanhamento muito próximo da mesma e uma interacção muito positiva com os seus intervenientes. A obra em causa tem uma particularidade muito interessante, que se prende com o facto de ser propriedade de uma entidade privada, Ventominho (Empreendimentos Eólicos Vale do Minho, S.A.), tendo como entidade supervisora a REN. III Prefácio Queria deixar aqui os meus sinceros agradecimentos aos colaboradores da Painhas que graças á sua dedicação paciência e boa vontade tornaram este estágio num processo pedagogicamente enriquecedor e um marco importante na minha carreira profissional ali iniciada. Ao Augusto Queirós, Marcelino Barros, Carlos Barros, Filipe, André Minas, ao Engenheiro Nuno Silva e ao Engenheiro Paulo Rodrigues. Um muito obrigado ao Professor Doutor Machado e Moura, porque sem a sua ajuda e disponibilidade este estágio não seria possível. Uma palavra de apreço também á minha família que esteve sempre lá para mim. Aos meus amigos Filipe Magalhães e Edgar Sousa, um abraço muito especial. E é claro á minha mais que tudo Alexandra Lopes para qual não existem palavras no mundo para lhe mostrar o meu agradecimento e apreço. IV Índice 1- Introdução ............................................................................................. 1 2- A Painhas S.A. ....................................................................................... 3 3- Apresentação da Linha em construção ........................................... 5 3.1 - Aspectos Técnicos da Linha ............................................................... 6 4- Fornecimento de Materiais................................................................ 7 5- Prestação de Serviços ....................................................................... 10 5.1 - 5.1.1 - Instalação ................................................................................... 10 5.1.2 - Preparação .................................................................................. 12 5.2 - Fundações ......................................................................................... 14 5.2.1 - Marcação de caboucos ................................................................ 16 5.2.2 - Abertura de Caboucos ................................................................ 17 5.2.3 - Regulação de bases ..................................................................... 19 5.2.4 - Betonagem .................................................................................. 21 5.2.5 - Terraplanagem e ligação á terra ............................................... 23 5.3 - 6- Instalação, Preparação e Topografia ............................................... 10 Estruturas metálicas ........................................................................ 24 5.3.1 - Assemblagem .............................................................................. 25 5.3.2 - Levantamento de apoios ............................................................ 26 Trabalhos Complementares .............................................................. 32 6.1 - Manual de Fundações....................................................................... 32 6.2 - Manual de Protecções ....................................................................... 37 6.3 - Cálculo de amortecedores ................................................................. 41 7- Referências ........................................................................................... 48 8- Conclusões ............................................................................................ 49 V Índice de figuras Ilustração 1 - Cronograma de trabalhos da Linha Parque Eólico Alto Minho I - Pedralva a 150 kV ]P77 a P104] .................................................................. 2 Ilustração 2 - Protocolo de recepção ................................................................. 9 Ilustração 3 - Vista geral do estaleiro ............................................................ 11 Ilustração 4 – Zonas anexas ao estaleiro ....................................................... 11 Ilustração 5 – Escritórios do adjudicatário .................................................... 11 Ilustração 6 – Escritórios do dono de obra ..................................................... 11 Ilustração 7 – Placar de Identificação ............................................................ 11 Ilustração 8 – Exemplo de piquetagem de um apoio de alinhamento .......... 12 Ilustração 9 – Exemplo de piquetagem de um apoio de ângulo .................... 12 Ilustração 10 – Topografo (Filipe) em trabalho de piquetagem .................... 13 Ilustração 11 – Relatório de verificação topográfica...................................... 13 Ilustração 12 – Reconhecimento da obra ....................................................... 14 Ilustração 13– Exemplo de sinalização de apoios .......................................... 14 Ilustração 14– Maciço de fundação do tipo DRN ........................................... 15 Ilustração 15– Maciço de fundação do tipo DRNR ........................................ 15 Ilustração 16– Maciço de fundação do tipo DRE ........................................... 15 Ilustração 17– Diagrama de marcação de caboucos do poste 103 ................. 16 Ilustração 18– Exemplo de marcação de caboucos de um apoio em alinhamento .................................................................................................... 17 Ilustração 19 – Exemplo de marcação de caboucos de um apoio de ângulo . 17 Ilustração 20 – Diagrama de abertura de caboucos do apoio 103 ................. 18 Ilustração 21 – Abertura de caboucos P95 ..................................................... 19 Ilustração 22 – Diagrama de regulação de bases do apoio 96 ....................... 20 Ilustração 23 – assentamento de lajetas ........................................................ 20 Ilustração 24 – Montagem de bases ............................................................... 21 Ilustração 25 – Montagem de bases ............................................................... 21 Ilustração 26 – Betonagem P101.................................................................... 21 Ilustração 27 – Cofragem P101 ...................................................................... 22 Ilustração 28 – Interior da CofragemP101 .................................................... 22 Ilustração 29 – Vibração P94.......................................................................... 22 Ilustração 30 – Terraplanagem ...................................................................... 23 Ilustração 31 – Ligação à terra ...................................................................... 23 Ilustração 32 – Transporte de Apoio .............................................................. 24 Ilustração 33 – Exemplo de colocação de troços no terreno para assemblagem a mastro ................................................................................... 25 Ilustração 34 – Assemblagem do P99............................................................. 26 Ilustração 35 – Exemplo de colocação da grua .............................................. 26 Ilustração 36 Levantamento do P93 .............................................................. 27 Ilustração 37 – levantamento da base do P100 ............................................. 28 Ilustração 38 - Exemplo ilustrativo do levantamento do mastro de carga ... 28 Ilustração 39 - Exemplo ilustrativo da elevação do mastro de carga ........... 30 Ilustração 40 - Exemplo ilustrativo do levantamento de troços com mastro de carga ........................................................................................................... 31 Ilustração 41 – Levantamento do apoio a mastro de carga ........................... 31 Ilustração 42 - Exemplo do dossier de maciços de fundação da REN ........... 33 VI Ilustração 43– Protecção do tipo A ................................................................. 40 Ilustração 44 – Programa de Cálculo de Amortecedores............................... 47 VII Índice de tabelas Tabela 1 – Dados gerais da Linha .................................................................... 6 Tabela 2 – Base de dados dos Maciços de Fundação ..................................... 34 Tabela 3 – Cálculo volumétrico dos maciços de fundação ............................. 35 Tabela 4 – Cálculo do comprimento das de varas de aço .............................. 36 VIII PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores 1- Introdução Este estágio foi executado no âmbito da disciplina, Projecto Seminário ou trabalho Final de Curso (PSTFC), relativa ao 5º ano curricular da Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores. Tendo como título a Gestão de Obra, a realização deste estágio foi dividida entre o departamento de Muito Alta Tensão (DMAT) da referida empresa e o estaleiro da obra acompanhada que adiante será apresentada. Dada a janela temporal disponível para a realização deste estágio ser relativamente reduzida, quando comparada com o tempo de execução de uma obra, como a construção de uma linha de muito alta tensão (adiante designada por LMAT), não me foi possível acompanhar todas as fases relativas á construção da linha. Pelo que passo a descrever esquemática e sucintamente todas as diferentes etapas relativas á prestação de serviços da construção da Linha Parque Eólico Alto Minho I - Pedralva a 150 kV ]P77 a P104], para que seja possível uma melhor compreensão e enquadramento por parte do leitor: Prestação de serviços: 1. Instalação, Preparação e Topografia 1.1. Instalação 1.2. Preparação 2. Fundações 2.1. Abertura de caboucos 2.2. Maciços de Fundação 3. Estruturas Metálicas 3.1. Assemblagem de apoios 3.2. Levantamento de Apoios 3.3. Reaperto de Apoios 4. Cabos Condutores e de Guarda 4.1. Desenrolamento 4.2. Regulação 4.3. Amarração 4.4. Fixação 5. Balizagem 6. Comissionamento e recepção 6.1. Comissionamento Tal como se pode verificar no cronograma de seguida disposto (Ilustração 1) e dada a data de término do referido estágio (31 de Maio), só me foi possível acompanhar a construção da linha até o ponto nº3 (Estruturas Metálicas), incluindo a assemblagem e levantamento de apoios. André Antunes 1 Ilustração 1 - Cronograma de trabalhos da Linha Parque Eólico Alto Minho I - Pedralva a 150 kV ]P77 a P104] André Antunes PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores 2- A Painhas S.A. A empresa está instalada num edifício construído de raiz para o efeito, composto por áreas de armazenagem e escritórios, adequado às actividades da empresa. A empresa encontra-se situada no sector eléctrico da Zona Industrial 2ª fase, lote 11 em Viana do Castelo. A Painhas & Arieira, Lda. foi constituída a 16 de Janeiro de 1980. O objectivo inicial da Sociedade nessa data era a indústria de sistemas de utilizações e reparações eléctricas, podendo no entanto a empresa dedicar-se a outras actividades. O negócio principal da Empresa tornou-se rapidamente na prestação de serviços nas áreas de instalações eléctricas e de telecomunicações, sendo actualmente uma das três únicas Empresas deste Sector de actividade do Norte do País trabalhando na instalação de subestações de Energia Eléctrica, com recurso a desenvolvimento e concepção de projecto, tanto a nível da EDP – distribuição, como da Rede Eléctrica Nacional (REN). De igual modo, a Empresa desenvolveu competências nas instalações eléctricas em mini hídricas e em projectos de utilização de energia. Para o desenvolvimento deste leque de actividades a Painhas & Arieira, Lda. teve de se apetrechar de meios e recursos adequados aos objectivos de negócio e à satisfação das exigências dos seus clientes, designadamente das empresas dos Grupos EDP e REN – que claramente representam a maior fatia do volume de negócios da Empresa (aproximadamente 60 %) – e da Portugal Telecom, que ocupa a segunda posição no volume de negócio da Empresa (com mais de 20%), encontrandose qualquer outro cliente a grande distância destes. Para conseguir responder ao crescimento do complexo volume de equipamento inerente à sua actividade, além das instalações administrativas que integram a Sede e que ocupam uma área de cerca de 1000 m2, em 1992 a Painhas & Arieira, Lda. teve a necessidade de passar a dispor de um Estaleiro com cerca de 3000 m2, sedeado na freguesia da Meadela, com capacidade para albergar a totalidade da frota e com áreas reservadas a depósito de materiais de várias unidades orgânicas da empresa. Este estaleiro tem sido igualmente utilizado para formação profissional em prática simulada. Respondendo às exigências do mercado, em 1999, a Painhas & Arieira, Lda. viu o seu Sistema da Qualidade certificado pela APCER de acordo com as normas NP EN ISO 9001. Em 2002 fez a adaptação do seu Sistema da Qualidade à nova norma NP EN ISO 9001:2000. Em 2003 a Painhas & Arieira, Lda. passou para Painhas S.A. Actualmente a Painhas S.A. tem uma nova sede, que integra as instalações administrativas, uma nave e um parque que ocupam uma área total de cerca de 4500 m2, nela se concentram todos os departamentos da empresa. André Antunes 3 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores A Painhas S.A. tem acompanhado atentamente e previsional mente a evolução das exigências normativas e técnicas que regulamentam e orientam este sector de negócio, que por sua vez influência tão fortemente a economia e a qualidade de vida das populações, controlando e minimizando o risco que impede sobre os profissionais que trabalham no sector. Por isso a Painhas S.A. dispõe de profissionais credenciados pelos seus clientes para o desempenho de determinadas funções (Trabalhos em tensão – TET- BT/MT/AT), bem como de estruturas físicas, mecânicas e tecnológicas capazes de dar resposta às solicitações de colaboração por parte dos seus clientes A organização da empresa não se tem comportado como um esqueleto fixo e imutável. A Painhas S.A. é uma empresa que apresenta uma estrutura maleável que se adapta na medida em que a qualidade, produtividade e competitividade assim o justificam. Neste momento, a Painhas S.A. tem um quadro de pessoal adequado às suas actividades, comportando um total de 260 efectivos. André Antunes 4 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores 3- Apresentação da Linha em construção A linha a 150 kV Parque Eólico Alto Minho I . Pedralva, entre a subestação que a EEVM (Empreendimentos Eólicos Vale do Minho, S.A.) pretende construir na zona de .Mendoiro. (concelho de Monção) e a futura subestação da REN, S.A. de .Pedralva. (concelho de Braga). Esta linha insere-se no âmbito global da determinação da União Europeia, expressa na Resolução de 8 de Junho de 1998 de, até 2010, o consumo interno bruto de energia na Comunidade corresponder a electricidade, aquecimento e combustíveis biológicos provenientes de fontes renováveis. Com esta determinação Portugal deverá, até ao ano referido, instalar novas capacidades produtivas, a partir de fontes de limpas, renováveis, que atinjam cerca de 39 por cento do nosso consumo energético. A esta determinação da comunidade não é alheio o facto que se prevê que entre 1998 e 2020 o consumo total de energia aumente cerca de 20 por cento, enquanto a produção de dióxido de carbono tende a crescer em 14 por cento. Com o parque eólico que a EEVM, S.A., pretende construir contribuirá para este objectivo, sendo da linha Parque Eólico Alto Minho I Pedralva a 150 kV a responsabilidade do transporte da energia produzida pelos geradores eólicos para os centros consumidores, reduzindo desta forma as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera e aumentando a cota produzida, através de fontes de energia limpas, em Portugal. O traçado da linha Parque Eólico Alto Minho I - Pedralva a 150 kV desenvolve-se nos distritos de Braga e Viana do Castelo e nos Concelhos de Amares (frequesia de Sequeiros, Caldelas, Paranhos, Paredes Secas, Caires, Dornelas e Figueiredo), Arcos de Valdevez (frequesias de Sistelo, Loureda, Cabreiro, Sá, Vilela, São Cosme e São Damião, Gondoriz, Couto, Ázere, Vale, Arcos de Valdevez/São Paio e São Jorge), Braga (frequesias de São Mamede Este, Pedralva e Sobreposta) , Monção (freguesias de Merufe e Anhões), Ponte da Barca (freguesias de Vila Nova de Muia, Touvedo São Lourenço e Sampriz), Póvoa de Lanhoso (freguesias de Monsul, Águas Santas, Ferreiros, Covelas e Povoa de Lanhoso), Terras do Bouro (freguesia de Souto) e Vila Verde (freguesias de Aboim da Nóbrega, Gomide, Oriz/Santa Marinha e Oriz/São Miguel). O traçado completo da linha continha inicialmente 125 apoios e ficou dividido em cinco lotes (A, B, C, D e E). Os lotes adjudicados ao consórcio Meci, Painhas e Mateace foram os lotes D e E. Sendo que a Meci, líder de consórcio, ficou com a adjudicação do lote E e á Painhas S.A. foi-lhe adjudicado o lote D, do qual fazem parte 28 apoios, desde o poste 78 ao 104, designado da seguinte maneira, ]P77a P104]. O apoio 77 foi incluído na designação do lote D, uma vez que, apesar deste apoio pertencer ao lote C, a fixação dos cabos condutores do apoio 78 é feita através de uma cadeia de suspensão, pelo que foi incluído o poste 77 de forma a definir um cantão de desenrolamento. André Antunes 5 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores 3.1 - Aspectos Técnicos da Linha A linha Parque Eólico Alto Minho I - Pedralva a 150 kV é dupla, com um condutor por fase, com dois circuitos trifásicos suportados por apoios em esteira vertical. Do ponto de vista técnico a linha é constituída pelos elementos estruturais normalmente usados em linhas do escalão de tensão de 150 kV, nomeadamente: 1 Cabo condutor por fase, em alumínio-aço, do tipo ACSR 485 (Zebra). 2 Cabos de guarda, um convencional, em alumínio-aço, do tipo ACSR 130 (Guinea) e outro, do tipo OPGW, possuindo características mecânicas e eléctricas idênticas ao primeiro. Cadeias de isoladores e acessórios adequados ao escalão de corrente de defeito máxima de 20 kA e 31.5 kA. Apoios reticulados em aço da família CW e DL. Fundações dos apoios constituídas por quatro maciços independentes formados por uma sapata em degraus e uma chaminé prismática. Circuitos de terra dos apoios dimensionados de acordo com as características dos locais de implantação. DADOS GERAIS ALTURA Nº TIPO TOTAL FIXAÇÃO VÃO (m) (m) 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 89A 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 TOTAL CWA2 CWR3s CWA3 CWR4s CWT3 DLR4 DLA6+1 DLA5 CWR3 CWA3 CWR3 CWR2 CWS4 CWA2 CWA2 CWS3 CWA3 CWA3 CWLS2 CWT1 CWA2 CWA1 CWA1 CWA3 CWA3 CWA3 CWA3 CWR2s DLR5 45,45 51,45 51,45 57,45 51,45 56,17 63,17 60,17 51,45 51,45 51,45 45,45 56,65 45,45 45,45 50,65 51,45 51,45 44,65 39,45 45,45 39,45 39,45 51,45 51,45 51,45 51,45 45,45 60,17 389,64 416,90 412,80 345,82 594,14 694,98 659,10 543,92 219,04 817,31 479,18 318,92 454,00 329,75 503,43 313,26 481,32 378,25 410,90 630,12 754,22 429,64 1.016,20 369,32 375,42 649,16 214,96 1.005,66 C. Cond. C. Guarda1 C. Guarda2 GUINEA OPGW A S A S A A A A A A A A S A A S A A S A A A A A A A A S A A S A S A A A A A A A A S A A S A A S A A A A A A A A S A AD SD AD SS AD AD AD AD AD AD AD AD SD AD AD SS AD AD SS AD AD AD AD AD AD AD AD SD AD 14.207 Tabela 1 – Dados gerais da Linha André Antunes 6 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores 4- Fornecimento de Materiais Como líderes de consórcio, a Meci foi responsável pelas negociações com os fornecedores, fazendo as encomendas de todos os materiais e respectiva negociação dos prazos de entrega. Apesar de não ser líder de consórcio, a Painhas S.A. desempenhou também um papel activo e preponderante na negociação como os fornecedores. O não cumprimento dos prazos por parte dos fornecedores, pode prejudicar seriamente o normal decurso da obra. Tal facto foi verificado no fornecimento de estruturas metálicas, em que a Metalogalva (empresa responsável pelo fabrico e fornecimento de estruturas metálicas), alegando um défice de matéria-prima, não consegui cumprir com os prazos de entrega inicialmente estabelecidos. Este atraso no fornecimento de estruturas metálicas (apoios e respectivas pernas), veio introduzir um significativo atraso no programa de execução da obra. O não comprimento dos prazos de entrega da obra, resultam não só num prejuízo directo para o adjudicatário, uma vez que implica uma presença prolongada e não contemplada de mão de obra, mas também por sanções impostas contratualmente pelo dono da obra (Ventominho), as quais passo a citar: A Adjudicatária será obrigada a suportar penalidades se as datas-chave definidas no programa contratual não forem respeitadas, salvo outras condições definidas em Contrato ou em caso de atraso contratual justificável e aceite pelo Dono da Obra. O valor base das penalidades será o valor total da adjudicação. Se a Adjudicatária não concluir a obra no prazo contratualmente estabelecido, acrescido das prorrogações legais ou graciosas a que haja eventualmente lugar, ser-lhe-á aplicada uma multa por cada dia completo de atraso, no montante de 0,7% (zero vírgula sete por cento) do valor dos trabalhos contratados, até ao limite de dez por cento daquele valor. A requerimento da Adjudicatária ou por iniciativa do Dono de Obra, as multas contratuais poderão ser reduzidas a montantes adequados, sempre que se mostrem desajustadas em relação aos prejuízos reais sofridos pelo Dono de Obra, e serão anuladas quando se verifique que as obras foram bem executadas e que os atrasos no cumprimento de prazos parciais foram recuperados, tendo a obra sido concluída dentro do prazo global do Contrato. Posto isto, e uma vez que o atraso no fornecimento de estruturas metálicas iria implicar um não cumprimento dos prazos contratuais, o consórcio viu-se obrigado a renegociar os prazos de entrega das referidas estruturas, evitando assim uma aplicação das sanções acima citadas. Outro aspecto importante, relativo ao fornecimento de materiais, diz respeito às recepções de material a incorporar em obra, tais como: Estrutura Metálicas: - Bases - Postes - Pernas André Antunes 7 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores - Parafusos As recepções de todas as estruturas metálicas foram realizadas nas instalações da empresa Metalogalva S.A. Acessórios de cabos: - Pinças de amarração; - Pinças de suspensão; - Charneiras; - Isoladores; - Amortecedores; - Esferas de balizagem; - BFD`s; - Esferas de balizagem As recepções de todos os acessórios de cabos foram realizadas nas instalações da SKELT. Cabos: - Zebra; - Guineia; - OPGW – Acessórios. Neste caso, a recepção dos cabos para a execução da obra foi efectuado em duas firmas distintas, a Solidal e a WDI (Alemanha). No processo de recepção dos materiais além de uma inspecção visual do material é seleccionada uma amostra representativa de cada lote, estipulada pelo dono de obra (Ventominho) com a finalidade de fazer um controlo, mediante a realização de diferentes ensaios, tais como: • • • • • Ensaios dimensionais; Ensaios de tracção; Ensaios de compressão; Continuidade de cabos; Atenuação de sinal na fibra óptica. No final deste processo são elaborados “protocolos de recepção” onde são afixados os resultados dos ensaios realizados, assim como, as características técnicos do material recebido. No anexo 2 segue o mapa de materiais a incorporar em obra com a respectiva descrição quantitativa. André Antunes 8 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores Ilustração 2 - Protocolo de recepção André Antunes 9 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores 5- Prestação de Serviços Neste capitulo serão descritas todas as fases de prestação de serviços por mim acompanhadas durante o decorrer do estágio, desde os trabalhos de instalação e preparação até aos trabalhos relacionados com estruturas metálicas. 5.1 - Instalação, Preparação e Topografia 5.1.1 - Instalação Esta fase consiste essencialmente na escolha de uma local para a implantação do estaleiro e respectiva preparação do mesmo, segundo os requisitos do dono de obra (Ventominho). O local para a implantação do estaleiro deve ser central relativamente á localização de todos os apoios da obra em causa, assim como deverá ser um local com bons acessos bem como deverá ter o espaço necessário para cumprir como os requisitos de seguida expostos, os quais passo a citar: Deverão ser previstos escritórios separados para o Dono da Obra e para a Adjudicatária. 2 Os escritórios do Dono da Obra terão a área mínima de 60 m , a dividir por duas zonas distintas, nomeadamente, “Gabinete para o Dono da Obra/Fiscalização” e “Sala de Reuniões”. As instalações deverão ser providas do seguinte equipamento fundamental: Iluminação, tomadas e ar condicionado; 2 Instalações sanitárias com área mínima de 4 m (providas de lavatório, sanita e todo o equipamento acessório necessário). Instalação de equipamento de água mineral refrigerada e máquina de café para consumo (com fornecimento de consumíveis durante todo o período da Empreitada); Mobiliário de escritório (duas secretárias com gavetas, uma mesa de reuniões com capacidade para doze pessoas, duas cadeiras rotativas, catorze cadeiras normais, três armários de arquivo e quatro placares de parede); Fax, telefone e Internet (via GSM, incluindo o fornecimento do equipamento acessório necessário ao correcto funcionamento das comunicações); Equipamento informático (um computador do tipo PENTIUM 4) com ligação à Internet. As janelas dos escritórios a instalar no estaleiro da obra deverão dispor de grades metálicas rigidamente fixadas. Em zona anexa ao estaleiro da Obra, deverão ser previstas zonas para armazenagem e depósito de materiais. Poderão igualmente ser definidas na área da Empreitada zonas adicionais para depósito de material sobrante. Todas as zonas de armazenagem e depósito terão que ser convenientemente identificadas e vedadas com rede sinalizadora. Cumprindo com todas as exigências estabelecidas pelo dono de obra o estaleiro ficou situado na freguesia se São Vicente da Ponte – Vila Verde. André Antunes 10 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores Ilustração 3 - Vista geral do estaleiro Ilustração 5 – Escritórios do adjudicatário Ilustração 4 – Zonas anexas ao estaleiro Ilustração 6 – Escritórios do dono de obra O estaleiro deve igualmente possuir um placar de identificação da Empreitada, com toda a informação relativa aos intervenientes na mesma. Ilustração 7 – Placar de Identificação André Antunes 11 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores 5.1.2 - Preparação A fase de preparação é constituída essencialmente por três etapas: Verificação da piquetagem Reconhecimento da obra Sinalização de acessos aos apoios A verificação da piquetagem da linha permite ao adjudicatário (Painhas S.A.) para além da confirmação do correcto posicionamento do apoio, de acordo com as coordenadas do projecto, bem como permite já nesta fase, ligeiras alterações posicionais do apoio, no caso de haver algum impedimento á colocação deste no local previamente determinado pelas coordenadas do projecto. Tais alterações são sujeitas a aprovação por parte do projectista da linha. Alinhamento Ilustração 8 – Exemplo de piquetagem de um apoio de alinhamento Na piquetagem de um apoio de alinhamento, apenas é necessária a colocação de três estacas, uma para o centro do apoio (estacão central) e as outras duas para a definição do alinhamento com o apoio seguinte e o anterior. Na (ilustração 8) o estacão central está definido a azul, as estacas de alinhamento a vermelho e a linha verde representa uma linha imaginária que define o alinhamento com o apoio seguinte e o apoio anterior. Bissectriz Perpendicular á bissectriz Alinhamento Ilustração 9 – Exemplo de piquetagem de um apoio de ângulo Na piquetagem de um apoio de ângulo, são necessárias sete estacas. Quatro para definirem a bissectriz e a perpendicular á bissectriz, que estão assinaladas a vermelho na (ilustração 9). O centro do apoio (estacão central) é definido apenas por uma estaca representada a azul, sendo que as outras duas estacas representam a definição dos alinhamentos com o apoio André Antunes 12 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores seguinte e o anterior, estando estas representadas a preto. A linha a verde representa duas linhas imaginárias que definem os alinhamentos com o apoio seguinte e o apoio anterior, já as linhas a vermelho representam duas linhas imaginárias, a bissectriz e a perpendicular á bissectriz. Todo este processo acima descrito, o qual se define como escareamento, é um procedimento que requer uma precisão milimétrica pelo que qualquer erro daí resultante ir-se-á reflectir no processo de marcação de caboucos, processo esse mais adiante estudado. Durante esta fase é também necessária a medição dos desníveis em Ilustração 10 – Topografo (Filipe) relação ao centro geométrico dos apoios em trabalho de piquetagem dos pontos de afloramento das bases. Quando o terreno for muito desnivelado serão medidos também os desníveis referentes aos cantos do cabouco de maior e menor desnível. Este processo dá-se por concluído após a execução de um relatório de piquetagem onde são mencionadas as coordenadas dos vértices e dos apoios de alinhamento referidos à RGN (Rede Geodésica Nacional), indicadas em metros com duas casas decimais (meridiana, perpendicular e cota). Ilustração 11 – Relatório de verificação topográfica André Antunes 13 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores O reconhecimento da obra é outra das tarefas a desenvolver durante esta fase. O reconhecimento é também um elemento de importância chave, uma vez que o conhecimento da localização exacta dos apoios, é essencial para uma correcta e acertada definição do plano de trabalhos. No caso particular desta obra, com um perfil acidentado e sinuoso do terreno, tornou o acesso a determinados apoios bastante complicado. Daí um bom reconhecimento inicial do terreno ser uma grande mais-valia, uma vez que permite um planeamento correcto da abertura de acesso por forma a não provocar atrasos no decorrer da obra. Ilustração 13– Exemplo de sinalização de apoios Ilustração 12 – Reconhecimento da obra Outro dos aspectos importantes a desenvolver nesta fase de preparação, é a sinalização dos apoios, para esta tarefa devem ser colocadas placas indicativas desde a saída do estaleiro e ao longo de todo o trajecto elegendo os acessos mais adequados para o processo de montagem. Estas placas indicativas devem estar situadas em cruzamentos, desvios e entradas de propriedades, com o fim de facilitar ao máximo a chegada aos locais de trabalho tanto das pessoas envolvidas no processo de construção e maquinaria, assim como, dos responsáveis da fiscalização. 5.2 - Fundações As fundações dos apoios são constituídas por quatro maciços de betão independentes. Existem três tipos de fundações, as DRN as DRNR e as DRE. As DRN são constituídas por uma sapata em degraus, chaminé prismática, tal como podemos observar (Ilustração 14). Já as do tipo DRNR são constituídas por uma sapata em degraus, chaminé prismática com armadura em aço, tal como podemos observar (Ilustração 15). As do tipo DRE são constituídas por uma sapata única e chaminé prismática reforçadas com armação em aço, tal como se pode observar na (Ilustração 16). André Antunes 14 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores Ilustração 14– Maciço de fundação do tipo DRN Ilustração 15– Maciço de fundação do tipo DRNR Ilustração 16– Maciço de fundação do tipo DRE André Antunes 15 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores 5.2.1 - Marcação de caboucos Para a marcação de caboucos no terreno é necessária a previa execução do diagrama de marcação de caboucos (DMC). Para a elaboração deste diagrama o gestor de obra necessita de ter conhecimento do tipo de apoio a implementar e dos desníveis obtidos conforme mencionado no capítulo anterior. Num DMC o executante tem todas as informações necessárias para a marcação dos caboucos, tal como se pode observar na (Ilustração 17). Ilustração 17– Diagrama de marcação de caboucos do poste 103 André Antunes 16 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores Tendo em sua posse o DMC o executante materializa no terreno a marcação dos quatro cantos dos quatro caboucos, com estacas de madeira (16 unidades). Esta operação é executada com um teodolito. P3 P2 P1 Ilustração 18– Exemplo de marcação de caboucos de um apoio em alinhamento P2 P1 P3 Ilustração 19 – Exemplo de marcação de caboucos de um apoio de ângulo Tal como se pode verificar nas (Ilustrações 18 e 19) existe uma diferença significativa na marcação dos caboucos entre um apoio em ângulo e um em alinhamento. Pelo que o executante responsável pela marcação dos caboucos, deverá estar familiarizado com a representação de cada estaca do escareamento, para que seja possível uma correcta orientação dos caboucos. Qualquer erro resultante deste processo traduzir-se-á num enorme prejuízo para a adjudicatária. 5.2.2 - Abertura de Caboucos Tal como no ponto anterior, a abertura de caboucos pressupõe a prévia execução de um diagrama, que neste caso é o de abertura de caboucos (DAC). A execução deste é simultânea com a execução do DMC e com a do diagrama de regulação de bases (DRB). A execução destes diagramas, é um processo relativamente complexo e automatizado, para o qual são necessários os seguintes dados: Tipo de apoio Tipo de fundação Desníveis do terreno Tipo de terreno no qual o apoio é implementado André Antunes 17 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores Tendo estes dados em sua posse o gestor de obra pode iniciar elaboração dos respectivos diagramas. O diagrama chave é o de abertura de caboucos, pois este condiciona todos os outros, uma vez que nele estão inseridos o cálculo dos afloramentos, os quais obedecem aos seguintes requisitos: O valor do afloramento é medido desde o topo da chaminé da fundação, não entrando em conta a altura do capeamento. em terrenos de cultivo o limite inferior do afloramento permitido é de 25 centímetros. As cabeças dos maciços de fundação devem ter um afloramento acima da superfície do solo entre 15 e 55 centímetros. Caso o desnivelamento do terreno não permita o afloramento acima descrito, serão admitidos os seguintes valores: • Entre 55 e 65 centímetros - utilizando uma fundação armada (fundação tipo DRE ou Reforçada DRN (R). • Entre 65 e 90 centímetros - recorrendo a bases mais compridas (+40 centímetros) e utilizando uma fundação armada tipo DRE. Ilustração 20 – Diagrama de abertura de caboucos do apoio 103 André Antunes 18 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores Em terrenos muito desnivelados, e tendo em conta as limitações para o valor dos afloramentos, é necessária a aplicação de pernas suplementares ao apoio, do tipo (-3, -2, -1, +1, +2, +3). As pernas permitem a compensação de desníveis entre os -3 e os 3 metros, com a excepção de alguns tipos de apoios, que por motivos técnicos não existe toda a gama completa de pernas. A execução dos respectivos diagramas trata-se portanto do conciliar de um conjunto de opções condicionantes e regras, que permitam no final obter um apoio nivelado e o menos dispendioso possível. Após a execução do DAC dá-se então inicio á abertura dos caboucos para maciços de fundação. A escavação pode ser efectuada manualmente utilizando pás e picaretas etc., ou através de meios mecânicos: retroescavadora, compressor com martelos, etc. Antes de iniciar a escavação o executante deverá: Verificar a marcação de caboucos já materializada no terreno; Ilustração 21 – Abertura de caboucos P95 Posicionar um nível no Centro do apoio. À medida que se vai escavando, a profundidade dos caboucos será controlada através de uma mira taqueométrica com a base colocada no fundo do cabouco. Logo que as quatro leituras de mira correspondentes aos quatro caboucos forem iguais às medidas indicadas no Diagrama de Abertura de Covas, os trabalhos de escavação estão concluídos. As paredes das covas devem ser planas e verticais e os fundos das covas planos e perpendiculares às paredes. As dimensões da fundação devem ser respeitadas para se evitarem gastos suplementares de betão. 5.2.3 - Regulação de bases Á semelhança das tarefas anteriores, a regulação de bases pressupõe a prévia execução do DRB. O DRB possui a informação da posição das quatro bases, quer no topo quer no fundo da base, assim como as inclinações laterais e frontais das respectivas bases, como se pode observar na (Ilustrações 22). André Antunes 19 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores Ilustração 22 – Diagrama de regulação de bases do apoio 96 Antes da montagem das bases devem ser assentes as lajeta com massa no fundo da cova, como se pode observar na (Ilustrações 23). Deste modo, ficará fixada a posição da base na parte inferior do cabouco. Ilustração 23 – assentamento de lajetas André Antunes 20 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores A montagem das bases dos apoios deve ser cuidadosamente efectuada, tendo em atenção o seu correcto posicionamento em relação ao centro do apoio e ao eixo da linha. Para tal devem ser feitas medições das distâncias frontais, laterais e de cruzamento entre o topo das bases e das respectivas inclinações das faces. No caso de haver maciços armados, o aço das armaduras tem que ser do tipo A 235 NR. Uma vez terminadas as montagens das bases e armações das quatro pernas, o chefe de equipa (executante responsável por uma equipa de trabalhadores) verificará as medidas e inclinações de modo a que não sejam superadas as tolerâncias permitidas. Para esta verificação serão utilizadas fitas métricas, inclinómetro digital e o teodolito. As medidas obtidas deverão sempre ser comparadas com os valores do DRB. Ilustração 24 – Montagem de bases Ilustração 25 – Montagem de bases 5.2.4 - Betonagem Uma vez montadas as bases e verificada rigorosamente a sua implementação proceder-se-á à betonagem dos maciços de betão. A colocação do betão na obra é feita através de auto-betoneiras de modo a evitar a segregação, a desagregação e o deslavamento, e ainda, em condições de temperatura e humidade que permitam que a presa e endurecimento do betão se realizem normalmente. Ilustração 26 – Betonagem P101 O sistema de transporte entre a betoneira e o local de vazamento do betão deve ser previsto de modo a evitar o início da presa antes da betonagem. Nos locais de melhor acesso o vazamento é feito de modo directo utilizando caleiras. Nos locais de pior acesso o vazamento é feito com recurso a dumpers e tractores com atrelado adaptado para o efeito. O betão só é vazado na cova caso o tempo decorrido desde o início da sua amassadura seja inferior a duas horas, o que implica um planeamento André Antunes 21 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores cuidado de modo a sincronizar as encomendas de betão com a necessidade do mesmo em obra de forma a garantir os timings especificados. Uma vez colocado em obra, antes do seu vazamento, proceder-se à recolha de amostras, com o objectivo de se efectuarem posteriores ensaios laboratoriais. Por cada apoio são recolhidos 8 provetes, quatro para o dono de obra e quatro para a Painhas S.A., quatro Ilustração 27 – Cofragem P101 para obter resultados aos 7 dias e outros quatro para obter resultados aos 28 dias. o betão utilizado nos maciços é do tipo B25 30, caracterizado pela sua resistência à compressão aos 28 dias de 25 a 30 MPa (valor característico). Devem ser tomadas precauções para que não ocorram alterações da posição inicial das bases, comprovando continuamente a sua orientação, nivelamento e inclinação. O betão deve ser colocado por camadas não além dos 40 cm e cuidadosamente vibrado. A vibração não deve prolongar-se exageradamente, o vibrador mecânico deve ser colocado e mantido verticalmente e retirado Ilustração 28 – Interior da CofragemP101 lentamente de maneira a permitir o preenchimento do espaço por ele ocupado. O maciço de cada “perna” deve ser executado de uma só vez. Em casos excepcionais em que o maciço de uma perna tenha de ser executado em duas vezes a superfície da betonagem deve ser inteiramente picada e lavada antes de se reiniciar a betonagem. As cofragens metálicas, para a execução da “chaminé” do maciço devem deixar as superfícies completamente lisas e desempenadas. A parte do maciço saliente do terreno será terminada em pirâmide – ponto de diamante – para evitar a acumulação de águas, particularmente no ângulo interior dos montantes. Ilustração 29 – Vibração P94 André Antunes 22 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores No caso de fundações alagadas, a altura da camada de água é inicialmente reduzida por bombagem ao mínimo possível. O betão utilizado passa a ser do tipo B40 e é executado com um mínimo de água na amassadura. A sua colocação no fundo da cova deve ser feita de modo a evitar o deslavamento do betão. As cofragens usadas na construção dos maciços de cada poste, assim como, outros dispositivos de fixação das bases, não podem ser retiradas antes de decorrido o prazo de 48 horas, depois de concluído o maciço de cada perna. Após decorridas 48 horas depois da betonagem, os provetes são transportados parar um laboratório qualificado para a realização dos respectivos ensaios a 7 e 28 dias. O resultado destes testes é posteriormente enviado para a Painhas S.A. 5.2.5 - Terraplanagem e ligação á terra Após a descofragem é feita uma inspecção visual por parte do dono de obra, e caso estejam satisfeitas todas as especificações, dá-se inicio aos trabalhos de terraplanagem. O aterro das covas deve fazer-se por camadas para facilitar um bom acomodamento da terra, de modo a possibilitar uma boa compactação do terreno, condição fundamental para Ilustração 30 – Terraplanagem assegurar às fundações a necessária resistência ao arrancamento. Durante o processo de terraplanagem é ligado o circuito de terras do apoio, e para melhorar a resistência do terreno pode-se actuar na resistividade do solo colocando terra vegetal natural nas camadas mais próximas dos eléctrodos de terra Os eléctrodos de terra são executados de acordo com um determinado conjunto de normas, as quais eu passo a citar: Ilustração 31 – Ligação à terra André Antunes Em zonas não frequentadas ou pouco frequentadas os eléctrodos de terra serão constituídos por quatro estacas tipo copperweld de 16 x 2100 mm, cravadas verticalmente no solo, no fundo de cada cova e ligadas aos montantes através de um cabo nu (Ø = 9 mm) com cerca de 5 m de comprimento; Em zonas frequentadas os eléctrodos de terra serão complementados com um anel de um cabo nu (Ø = 9mm) enterrado horizontalmente a cerca de 80 cm de profundidade, interligando as quatro estacas e 23 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores rodeando os postes a cerca de 1 m; Em zonas públicas a constituição de eléctrodo de terra será analisada caso a caso. As armaduras dos maciços de fundação, quando de betão armado, não serão consideradas na formação dos eléctrodos de terra. Os cabos de ligação das bases aos eléctrodos de terra ficarão embebidos no betão em cerca de 1m, procurando-se que não estabeleçam contacto com as bases no interior do betão. 5.3 - Estruturas metálicas A primeira tarefa a ser realizada relacionada com as estruturas metálicas, é o transporte das mesmas. Nem sempre é possível efectuar o transporte da estrutura metálica directamente do fornecedor para o seu local de aplicação, pelo que na maior parte dos casos, as estruturas metálicas são descarregadas no estaleiro, e no momento oportuno são levadas para a frente de obra, o que implica um maior número de manobras de carga e descarga. As operações de carga, transporte e descarga dos apoios metálicos são feitas com todas as precauções mediante Ilustração 32 – Transporte de Apoio a utilização de meios de transporte adequados. São utilizadas caixas, barrotes de madeira de modo a evitar a deterioração do revestimento de zinco. O local onde vão ser descarregados os postes no estaleiro é antecipadamente preparado para que o parqueamento se faça de forma adequada. Para tal, são tomadas as seguintes medidas: Escolher um local plano Limpar o local de qualquer objecto que possa danificar o galvanizado, pedras e etc. Colocar entre o solo e os atados barrotes de madeira para se poder libertar os estropos e evitar o contacto das peças com o solo. No processo de descarga é verifica-se se o atado está em conformidade com as normas de embalagem e confirmar-se se o número e tipo de poste, assim como, as embalagens de parafusos, porcas e anilhas correspondem à guia de remessa. Na carga e transporte para o local de implementação do apoio serão tomadas as mesmas precauções, prestando especial atenção à colocação das peças no camião de modo a evitar deslizamentos. André Antunes 24 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores 5.3.1 - Assemblagem A assemblagem do poste consiste, como o próprio nome indica, na assemblagem de todas as peças que no seu conjunto dão origem ao poste propriamente dito. Os postes são assemblados por troços, de forma a facilitar o seu posterior levantamento. Para a execução deste processo o chefe de equipa tem necessariamente que ter em sua posse o desenho do poste fornecido pelo fabricante. Sempre que possível, a assemblagem dos diferentes troços é feita, na proximidade do apoio. Operações Elementares: Preparação das ferramentas, acessórios e planos de assemblagem. Classificar todo o material do apoio de acordo com os planos de assemblagem, colocando as peças por ordem de numeração e do seu posicionamento no apoio. Nos casos em que se prevê um levantamento do apoio a mastro, o processo de assemblagem tem necessariamente que obedecer a um conjunto de regras: Sempre que possível, a assemblagem dos diferentes troços é feita, nas zonas laterais à do posicionamento do mastro de carga que inicialmente é levantado paralelamente ao eixo da linha. A cabeça do apoio deve ser assemblada, na zona mais elevada. A assemblagem dos troços é feita no lado oposto aquele em se pretende armar o mastro de carga e com a parte Ilustração 33 – Exemplo de colocação de troços no superior virada para o terreno para assemblagem a mastro lado das sapatas da base. A base do apoio, normalmente, arma-se por painéis ou levanta-se peça a peça. André Antunes 25 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores Ilustração 34 – Assemblagem do P99 Em todos os troços que se assemblam completos no solo, sobre suportes adequados, os parafusos devem ser ajustados. No caso de troços de estrutura débil, são colocados travamentos de madeira, para reforço de estrutura para que não sofram deformações ao serem elevados. 5.3.2 - Levantamento de apoios O levantamento de apoios foi na sua grande maioria realizado com recurso a uma auto-grua. Nos locais de difícil acesso onde era tecnicamente impossível a utilização da grua, o levantamento foi realizado como recurso á técnica de levantamento a mastro. Levantamento com auto-grua A preparação dos trabalhos para o levantamento com autogrua consiste em arranjar os acessos da grua ao local de levantamento do poste, tal passa por uma análise conjunta, da equipa de levantamento da Painhas S.A. e do Encarregado Geral com o Operador da grua. cabendo a decisão final ao Operador da grua, que tem a obrigação de conhecer as características do equipamento, condições de acesso, irregularidades do terreno, consistência do solo, etc. A grua posicionados com a parte traseira junto das bases do André Antunes Ilustração 35 – Exemplo de colocação da grua 26 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores poste, ficando a cabina na zona mais baixa, se o terreno for desnivelado. A elevação dos troços do apoio é feita tendo em conta o cumprimento de determinadas regras, as quais passo a citar: Ilustração 36 Levantamento do P93 Colocar estropos e fixar o gancho de elevação na parte superior do troço a levantar, de forma que ao eleválo tome a posição vertical; -Colocar duas cordas na parte inferior dos troços a levantar para que sirvam de guia durante a elevação; Fazendo sair o braço da grua ou com o seu guincho, elevar o suficiente o troço a ser montado; Uma vez posicionado o troço, apertar todas as porcas das peças de interligação. Levantamento a Mastro de Carga A primeira operação a ser realizada neste processo, é a elevação do mastro de carga que é realizado da seguinte forma: O mastro é previamente armado no solo, com os troços necessários para uma altura compatível com a do troço a levantar em frente aos troços assemblados. Com estacas de ancoragem ou outros meios (contrapesos, pernas, etc.), a base do mastro é ancorada paralelamente ao eixo da linha e junto às bases das fundações. A resistência do terreno pode ser reforçada com a utilização de barrotes de madeira, chapas ou outros meios. São Espetadas estacas de ancoragem no solo em quatro pontos, formando ângulos de 90º entre si, a uma distância em relação à base do mastro de carga não inferior a uma vez e meia da altura do apoio a levantar. As estacas de ancoragem são espetadas na direcção das diagonais das bases de fundação. São Espetadas estacas de ancoragem no solo para fixação do cabo de tracção do guincho, na zona à retaguarda do mastro de carga, a uma distância não inferior a uma vez e um quarto da altura do mastro. O guincho é fixado às suas estacas de ancoragem e são preparadas as roldanas de elevação, fixando a superior na cabeça do mastro de carga e a inferior nas estacas de elevação. A roldana de reenvio é fixada na base do mastro de carga e por ela é passado o cabo de tracção do guincho; A cabeça do mastro é estropada às estacas anteriormente espetadas, para tal, são utilizados “tirfors” para ajuste de cada cabo de estropamento; André Antunes 27 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores A partir da cabeça do mastro procede-se ao seu levantamento, à mão, até uma altura igual a aproximadamente um quarto do seu comprimento. Um colaborador vigia o ponto de ancoragem para levantamento do mastro e três executantes manejam o guincho e os dois estropos traseiros do mastro de carga. Traccionando-se o cabo tensor com o guincho, levanta-se o mastro, guiando-se com os cabos até á verticalidade. Uma vez posicionado o mastro, traccionamse as quatro espias de ancoragem utilizando-se “tirfors”; Terminada a operação, afrouxa-se Ilustração 37 – levantamento da o cabo tensor do guincho e retirabase do P100 se a roldana inferior do ponto de ancoragem utilizado para levantamento do mastro. Ilustração 38 - Exemplo ilustrativo do levantamento do mastro de carga André Antunes 28 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores Após o levantamento do mastro de carga, procede-se ao levantamento da base do poste. O Levantamento da base do poste, é realizado por painéis ou peça a peça. Em qualquer dos casos, é utilizado o mastro de carga para elevações dos painéis ou dos montantes. Uma vez terminado o levantamento da base, ajustam-se e apertam-se os parafusos para interligação das várias peças. Estando completamente montada a base do poste, dá-se início ao levantamento do mastro de carga de forma a possibilitar o levantamento dos troços seguintes. A elevação do mastro de carga é composta pelas seguintes etapas: A roldana superior de elevação, é retirada da cabeça do mastro e é fixada na parte superior do último troço ou painel levantado, por meio de dois estropos, de forma a ficar centrada com a face do apoio e os dois montantes possam trabalhar simetricamente. A roldana inferior é fixada à base do mastro de carga. A roldana de reenvio que estava na base do mastro, é fixada na base do apoio, de forma a ficar centrada com a roldana superior. Cinco executantes manejam o guincho e as quatro espias do mastro no seu ponto de fixação. Puxando com o guincho, eleva-se o mastro verticalmente, guiando-o com as suas quatro espias, até à segunda fase de levantamento. Com dois estropos iguais ou por outros meios, a base do mastro de carga é fixada no apoio, de forma a que os dois montantes trabalhem simetricamente. O cabo do guincho é afrouxado e uma vez verificada a posição do mastro, procede-se ao seu espiamento através de quatro espias de fixação, cada uma tendida com o seu “tirfor”; Terminada a operação, muda-se de novo a roldana superior para a cabeça do mastro e solta-se a inferior para se poder continuar a elevar troços. André Antunes 29 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores Ilustração 39 - Exemplo ilustrativo da elevação do mastro de carga Finalizada a elevação do mastro de carga, dá-se início ao processo de levantamento dos troços, processo esse que é composto pelas seguintes etapas: São espetadas estacas para retenção dos troços na zona em frente do mastro e a uma distância não inferior a duas vezes a altura do apoio (parte já levantada). Coloca-se um estropo na parte superior do troço a elevar e é fixado ao mesmo a roldana inferior de elevação. São fixadas espias de retenção ao troço a elevar que permitam guiar o troço, aquando da sua elevação. O troço é elevado próximo do apoio e com especial atenção para que não bata nos troços já montados ou nos acessórios de estropagem. Uma vez colocado o troço no local definitivo, colocam-se os respectivos parafusos de fixação e procede-se ao seu ajuste. André Antunes 30 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores Ilustração 40 - Exemplo ilustrativo do levantamento de troços com mastro de carga Ilustração 41 – Levantamento do apoio a mastro de carga André Antunes 31 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores 6 - Trabalhos Complementares Para além do acompanhamento e compreensão da gestão de obra, neste estágio tive a oportunidade desenvolver trabalhos que levassem ao melhor funcionamento da mesma. Nomeadamente, criei um manual de apoio á execução de fundações e outro de apoio á montagem de protecções sobre obstáculos a transpor durante a passagem de cabo. A principal premissa pela qual me guie durante o desenvolvimento destes manuais, foi a compilação da informação estritamente necessária ao desenvolvimento das respectivas tarefas, mas de uma forma muito simples, clara e descompilada de maneira a facilitar a sua compreensão por parte dos executantes. Este trabalho foi desenvolvido de uma forma continua ao longo de todo o estágio, e em sintonia com os principais intervenientes como o encarregado geral da Painhas S.A. (Marcelino Barros), aliando todo o seu conhecimento, que tantos anos de experiência lhe conferem, á minha vontade de aprender e de poder fazer a diferença, facilitando a vida daqueles que diariamente trabalham no terreno. 6.1 - Manual de Fundações A base de criação deste manual teve origem no dossier de maciços de fundação da REN, onde constam apenas as medidas do maciço e o tipo de aço a usar em cada uma delas se assim for o caso. Tal como se pode verificar na (Ilustrações 42). O principal objectivo para a execução deste manual, era o de incorporar o maior numero informação possível relacionada com as fundações, com o volume de betão e o comprimento dos ferros da estrutura em aço, mas de uma maneira individual. Ou seja, individualizar cada tipo de fundação e completa-la com a informação necessária á sua execução, tendo sempre salvaguardado o compromisso com a simplicidade clareza e objectividade requeridos para este manual. A primeira etapa a ser desenvolvida, foi a de criar uma base de dados contendo todos os tipos de maciços de fundação e as suas respectivas medidas, tal como pode ser observado na (Tabela 2). Tendo como objectivo a indicação do volume de betão de cada maciço, foi também criada uma tabela com a descrição detalhada dos volumes de betão necessários para cada troço dos maciços, desde os degraus até á chaminé, tal como se pode verificar na (Tabela 3). André Antunes 32 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores Ilustração 42 - Exemplo do dossier de maciços de fundação da REN André Antunes 33 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores Tabela 2 – Base de dados dos Maciços de Fundação André Antunes 34 Tabela 3 – Cálculo volumétrico dos maciços de fundação André Antunes 35 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores Para além da informação das medidas dos maciços e do volume de betão, foi também necessário calcular os comprimento das varas de aço a utilizar na construção dos maciços, melhorando assim o seu tempo de execução e permitindo um melhor planeamento dos trabalhos e uma maior precisão no processo de fornecimento do respectivo aço de diferentes espessuras. Para tal foi também criada uma tabela que de forma automática calcula os comprimentos das diferentes varas utilizadas, de acordo com o tipo de fundação pertencido, tal como se pode observar na (Tabela 4). Tabela 4 – Cálculo do comprimento das de varas de aço Finalmente toda a informação foi reunida e apresentada tal como se pode ver n0 anexo 3 onde está disponível o manual. André Antunes 36 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores 6.2 - Manual de Protecções A elaboração deste manual vem também numa lógica de disponibilizar a informação aos executantes de forma a facilitar a sua interpretação. Para a sua execução tive como base um conjunto de normas teóricas, presente nas Fichas de procedimentos de seguranças da REN elaboradas para o efeito, as quais passo a citar: Características dos materiais As protecções para travessias de obstáculos são pórticos constituídos genericamente por prumos e travessas devidamente espiados. Os prumos devem ser encastrados no terreno por intermédio dum cabouco com uma profundidade mínima de um metro, e a sua secção, a menor possível, deve estar adaptada à secção do prumo. Se os caboucos se situarem em terreno rochoso não devem ser abertos com explosivos, mas sim um martelo pneumático. A altura máxima dos prumos não deve exceder os 25 met ros. Se o obstáculo a transpor tiver uma altura maior deve ser estudado caso a caso. Os prumos montados junto de vias de comunicação devem ser sinalizados, com faixas a vermelho e branco, até pelo menos 1,5 metros de altura. As travessas devem ser preferen cialmente em varas de eucalipto, com diâmetro suficiente de modo a que na zona de ligação ao prumo tenha no mínimo 10 centímetros. Excepcionalmente e com o acordo do Dono da obra, as travessas podem ser de cabo de aço revestido de material isolante. Cruzamentos de Linhas de Alta Tensão (LAT) e Linhas de Caminho de Ferro Electrificadas (Protecção da Classe A) Serão montados obrigatoriamente dois pórticos, um de cada lado da linha a proteger . Nestas protecções os prumos dos pórticos são obrigatoriamente t orres metálicas, montadas com intervalos não superiores a 6 metros. Serão instalados tantos prumos quantos forem necessários, de modo que a travessa ultrapasse em, pelo menos, 1 metro a posição dos condutores exteriores da linha em montagem. As extremidades das torres metálicas que ficam embutidas no terreno devem ser envolvidas em chapa metálica para melhorar a resistência ao derrubamento. A ligação da travessa ao prumo deve ser feita com cabo de aço flexível de diâmetro de 6 a 8 milímetros. A distância dos prumos aos condutores exteriores da linha a cruzar, nas condições de flecha máxima e desviados pelo vento, não deve ser inferior ao definido no Art. 110 do RSLEAT, com um mínimo de 3 metros. André Antunes 37 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores As travessas devem ficar montadas acima da linha a proteger a uma distância não inferior ao estabelecido no Art. 109 do RSLEAT, com um mínimo de 2,5 metros. Se os pórticos tiverem alturas diferentes, o mais alto deve ser montado do lado do poste mais próximo da linha em construção. As sobreposições das pontas das tr avessas devem ser amarradas entre si com corda. Os pórticos, depois de devidamente montados, são espiados com cabo de aço flexível de 8 milímetros de diâmetro, do seguinte modo: travamento transversal entre pórticos, com as espias envolvendo os prumos e a travessa e prolongando -se longitudinalmente para ambos os lados, devidamente esticadas e amarradas com nó e serra -cabos a estacas de aço cravadas no solo; espiamento longitudinal de cada pórtico (no sentido das travessas) do mesmo modo do ponto anterior. A ligação entre prumos permite proteger a travessa de eventuais choques violentos com os condutores em desenrolamento, pelo que deve ficar colocada debaixo das travessas nos cruzamentos superiores e por cima nos inferiores. Nas protecções de linhas AT o travamento entre pórticos, sobre a linha a cruzar, deve ser feito com corda sintética. Entre as travessas dos pórticos é montado um tecto protector sobre a linha a proteger, que pode ser constituído ou por rede de corda sintética ou pela disposição de cordas sintéticas em “X”. Travessias de Auto-estradas ou vias com características equiparadas (Protecção da Classe A) Serão montados obrigatoriamente três pórticos, um de cada lado da via a proteger e um terceiro na faixa separadora. A configuração e o travamento dos pórticos e do conjunto são feitas do mesmo modo que em 2. As travessas devem ser montadas de maneira a garantir uma distância mínima ao solo de, pelo menos, 8 metros. Para a localização dos pórticos relativamente às faixas de rodagem consultar a entidade exploradora da via. Travessias de Estradas Nacionais (EN), Estradas Municipais (EM) e Linhas de Caminho de Ferro não Electrificadas. (PROTECÇÃO DA CLASSE B) Serão montados obrigatoriamente dois pórticos um de cada lado do obstáculo a proteger e um terceiro no caso de ser necessário (vias com separador central com largura suficiente) Nestas Protecções os prumos dos pórticos são torres metálicas ou postes de madeira tratados com um diâmetro mínimo, na zona da ligação à travessa, de 15 centímetros. As regras de montagem relativamente à distância entre prumos, dimensões e fixação das travessas e espiamento dos pórticos são as mesmas que em 2. As travessas devem ficar montadas de modo a que no pórtico mais baixo fiquem, pelo menos, a 8 metros do solo. André Antunes 38 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores Cruzamentos de Linhas de Baixa Tensão (BT), Linhas de Telecomunicações e Transposição de Edifícios (PROTECÇÃO DA CLASSE C) Serão montados no mínimo dois pórticos, um de cada lado do obstáculo a proteger. Nestas Protecções os prumos dos pórticos são torres metálicas, postes de madeira tratados e/ou varolas de eucalipto com u m diâmetro mínimo na zona da ligação à travessa de 15 centímetros. As regras de montagem relativamente à distância entre prumos, dimensões e fixação das travessas e espiamento dos pórticos são as mesmas exigidas em 2. As travessas devem ficar montadas de modo a que no pórtico mais baixo fiquem, pelo menos, 1,5 metros acima do obstáculo a transpor. Transposição de terrenos cultivados e de caminhos rurais (PROTECÇÃO DA CLASSE D) São montados tantos pórticos quantos os que forem necessários para proteger a zona em causa. Nestas Protecções os prumos dos pórticos podem ser postes de madeira tratados e/ou varolas de eucalipto com um diâmetro mínimo na zona da ligação à travessa de 15 centímetros. As regras de montagem relativamente à distância entre prumos, dimensões e fixação das travessas e espiamento dos pórticos são as mesmas exigidas em 2. O espiamento pode no entanto ser feito com corda de nylon. As travessas devem ficar montadas de modo a que fiquem, pelo menos, 1 metro acima do obstáculo a transpor. André Antunes 39 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores PROTECÇÃO DE CLASSE A Cruzamento de LAT e linhas de caminhos de ferro eléctrificadas VISTA FRONTAL Espia em cabo de aço flexível de 8mm <6m <6m >30⁰ H<25m D >1m Recomenda-se D=1,5H VISTA LATERAL >2,5m >3m VISTA DE TOPO >1m LINHAS EM CONSTRUÇÃO LINHAS A CRUZAR Corda sintética Devem ser montados obrigatoriamente dois pórticos, um de cada lado da linha a proteger. Os porticos deverão ser constituidos por tantos prumos quantos forem necessários, de modo a que a travessa ultrapasse em, pelo menos, 1 metro a posição dos condutores exteriores da linha de montagem. Ilustração 43– Protecção do tipo A Todas as representações gráficas que no seu conjunto formam o manual de protecções estão presentes no Anexo 4. André Antunes 40 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores 6.3 - Cálculo de amortecedores O cálculo de amortecedores para aplicação em linhas de muito alta tensão foi outro dos trabalhos desenvolvidos durante este estágio. Este cálculo veio no seguimento da uniformização de critérios de aplicação de amortecedores para os cabos ZEBRA, ZAMBEZE e BEAR. Para a automatização deste cálculo foi desenvolvido um programa em Excel com recurso á programação em VBA, onde foram tidos em conta, o comprimento do vão e o tipo de fixação de condutores bem como a sua sequência. Os critérios de aplicação de amortecedores foram os especificados pela REN, os quais passo a citar: Os amortecedores a fornecer pelo adjudicatário deverão obedecer ao PL 10326 da Especificação Técnica – EQPJ/ET ACE04 (Rev. C) e serão montados nos cabos de acordo com o seguinte critério: • Amarrações a tracção plena com vão superior a 800 metros - 2 amortecedores junto a cada pinça de amarração; • Amarrações a tracção plena com vão inferior a 800 metros - 1 amortecedor junto a cada pinça de amarração; • Suspensões com vãos superiores a 800 metros – 4 amortecedores por vão (2 em cada extremo); • Suspensões com vãos entre 300 e 800 metros – 2 amortecedores por vão (1 em cada extremo); • Suspensões com vãos inferiores a 300 metros – 1 amortecedor por vão (em vãos consecutivos devera existir um amortecedor junto a cada apoio); Os amortecedores a instalar no cabo OPGW deverão obedecer aos critérios especificados pelo fabricante. Cumprindo como todas as especificações acima mencionadas, foi então criado um programa com o seguinte código: André Antunes 41 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores '### Amortecedores P/ Zebra / Zambese / Bear #### Private Sub CommandButton1_Click() For i = 1 To 400 If (Cells(i + 8, 2) = "AP") Then Cells(8 + i, 6) = 0 Cells(8 + i, 7) = 0 ElseIf (Cells(8 + i, 5) >= 800) Then Cells(8 + i, 7) = 6 Cells(9 + i, 6) = 6 ElseIf (Cells(8 + i, 5) >= 300) And (Cells(8 + i, 5) < 800) Then Cells(8 + i, 7) = 3 Cells(9 + i, 6) = 3 ElseIf (Cells(8 Cells(9 + i, 2) Cells(8 + i, 7) Cells(9 + i, 6) + = = = i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And "AD")) Then 3 0 ElseIf (Cells(8 + Cells(9 + i, 2) = 2) = "SS")) Then Cells(8 + i, 7) = Cells(9 + i, 6) = i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And Cells(9 + i, ElseIf (Cells(8 + Cells(9 + i, 2) = 2) = "AD")) Then Cells(8 + i, 7) = Cells(9 + i, 6) = i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And "AD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 3 0 3 0 ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SS")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 2) = "SS")) Then Cells(8 + i, 7) = 0 Cells(9 + i, 6) = 3 ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And (Cells(9 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SS")) Then Cells(9 + i, 6) = 3 Cells(10 + i, 7) = 3 End If Next i End Sub André Antunes 42 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores '## Amortecedores P/ Zebra / ZABEZE / BEAR LINHA DUPLA ## Private Sub CommandButton8_Click() For i = 1 To 400 If (Cells(i + 8, 2) = "AP") Then Cells(8 + i, 6) = 0 Cells(8 + i, 7) = 0 ElseIf (Cells(8 + i, 5) >= 800) Then Cells(8 + i, 7) = 12 Cells(9 + i, 6) = 12 ElseIf (Cells(8 + i, 5) >= 300) And (Cells(8 + i, 5) < 800) Then Cells(8 + i, 7) = 6 Cells(9 + i, 6) = 6 ElseIf (Cells(8 Cells(9 + i, 2) Cells(8 + i, 7) Cells(9 + i, 6) + = = = i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And "AD")) Then 6 0 ElseIf (Cells(8 + Cells(9 + i, 2) = 2) = "SS")) Then Cells(8 + i, 7) = Cells(9 + i, 6) = i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And Cells(9 + i, ElseIf (Cells(8 + Cells(9 + i, 2) = 2) = "AD")) Then Cells(8 + i, 7) = Cells(9 + i, 6) = i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And "AD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 6 0 6 0 ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SS")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 2) = "SS")) Then Cells(8 + i, 7) = 0 Cells(9 + i, 6) = 6 ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And (Cells(9 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SS")) Then Cells(9 + i, 6) = 6 Cells(10 + i, 7) = 6 ElseIf (Cells(i + 8, 2) = "AP") Then Cells(8 + i, 6) = 0 Cells(8 + i, 7) = 0 End If Next i End Sub André Antunes 43 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores '#Amortecedores P/Zebra/ZAMBEZE/BEAR LINHA DUPLA GEMINADA## Private Sub CommandButton5_Click() For i = 1 To 400 If (Cells(i + 8, 2) = "AP") Then Cells(8 + i, 6) = 0 Cells(8 + i, 7) = 0 ElseIf (Cells(8 + i, 5) >= 800) Then Cells(8 + i, 7) = 18 Cells(9 + i, 6) = 18 ElseIf (Cells(8 + i, 5) >= 300) And (Cells(8 + i, 5) < 800) Then Cells(8 + i, 7) = 9 Cells(9 + i, 6) = 9 ElseIf (Cells(8 Cells(9 + i, 2) Cells(8 + i, 7) Cells(9 + i, 6) + = = = ElseIf (Cells(8 + Cells(9 + i, 2) = 2) = "SS")) Then Cells(8 + i, 7) = Cells(9 + i, 6) = ElseIf (Cells(8 + Cells(9 + i, 2) = 2) = "AD")) Then Cells(8 + i, 7) = Cells(9 + i, 6) = i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And "AD")) Then 9 0 i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And Cells(9 + i, 9 0 i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And "AD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 9 0 ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SS")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 2) = "SS")) Then Cells(8 + i, 7) = 0 Cells(9 + i, 6) = 9 ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And (Cells(9 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SS")) Then Cells(9 + i, 6) = 9 Cells(10 + i, 7) = 9 ElseIf (Cells(i + 8, 2) = "AP") Then Cells(8 + i, 6) = 0 Cells(8 + i, 7) = 0 End If Next i End Sub André Antunes 44 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores '######## Amortecedores P/ Guinea ################# Private Sub CommandButton2_Click() For i = 1 To 400 If (Cells(8 + i, 5) >= 800) Then Cells(8 + i, 9) = 2 Cells(9 + i, 8) = 2 ElseIf (Cells(8 + i, 5) >= 300) And (Cells(8 + i, 5) < 800) Then Cells(8 + i, 9) = 1 Cells(9 + i, 8) = 1 ElseIf (Cells(8 Cells(9 + i, 2) Cells(8 + i, 9) Cells(9 + i, 8) + = = = i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And "AD")) Then 1 0 ElseIf (Cells(8 + Cells(9 + i, 2) = 2) = "SS")) Then Cells(8 + i, 9) = Cells(9 + i, 8) = i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And Cells(9 + i, ElseIf (Cells(8 + Cells(9 + i, 2) = 2) = "AD")) Then Cells(8 + i, 9) = Cells(9 + i, 8) = i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And "AD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 1 0 1 0 ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SS")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 2) = "SS")) Then Cells(8 + i, 9) = 0 Cells(9 + i, 8) = 1 ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And (Cells(9 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SS")) Then Cells(9 + i, 8) = 1 Cells(10 + i, 9) = 1 End If Next i End Sub André Antunes 45 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores '####################### RESET ######################### Private Sub CommandButton4_Click() For i = 1 To 400 Cells(8 + i, Cells(8 + i, Cells(8 + i, Cells(8 + i, Cells(8 + i, Cells(8 + i, Next i 6) = "" 7) = "" 8) = "" 9) = "" 10) = "" 11) = "" End Sub End Sub André Antunes 46 Ilustração 44 – Programa de Cálculo de Amortecedores André Antunes 47 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores 7 - Referências 1. Martins de Matos, Linha Parque Eólico Alto Minho I – Pedralva, Memória Descritiva-Projecto Executivo 2. REN, IO-140 EQCT, Piquetagem de Linhas de MAT. 3. REN, IO-142 EQCT, Abertura de caboucos. 4. REN, IO-143 EQCT, Betonagem de maciços de fundação. 5. REN, IO-144 EQCT, Ligações à terra. 6. REN, IO-145 EQCT, Transporte de postes metálicos. 7. REN, IO-146 EQCT, Transporte de postes com mastro de carga. 8. REN, IO-147 EQCT, Montagem de postes com gruas. 9. REN, IO-148 EQCT, Instalação de protecções e estruturas auxiliares para montagem de cabos em linhas aéreas de MAT. 10. REN, IO-150 EQCT, Estropamento e espiamento de cabos. André Antunes 48 PSTFC Engenharia Electrotécnica e de Computadores 8 - Conclusões A gestão de uma obra desta Natureza é um processo complexo envolvente e muito activo. Pelas suas características, é um processo que implica uma permanência praticamente constante na frente de obra, o que pessoalmente me agrada muito e contribuiu largamente para a minha adaptação e consequente sucesso deste estágio. O processo de aprendizagem foi altamente produtivo na medida em que foram cumpridos e superados todos os objectivos propostos. O contacto diário com os intervenientes da obra em causa potenciou uma boa aprendizagem e absorção de informação. A elaboração dos manuais de apoio á execução de maciços de fundação e outro de protecções para travessias e cruzamentos, só foi possível graças a esse contacto directo que permitiu uma compreensão das suas necessidades durante a execução das referidas tarefas. Um ponto importante no que se refere á gestão de uma obra, é a importância e peso das relações humanas entre gestor e os diversos intervenientes. O único ponto negativo a assinalar no decorrer deste estágio, foi o facto de não ter sido possível o acompanhamento de todas as fases da obra, pelo que espero ser possível faze-lo num futuro próximo, noutro capítulo da minha carreira profissional. Por último, considero também de significativa significância neste processo pedagógico, todas as reuniões quinzenais que ocorreram durante a obra, onde estavam presentes representantes da Ventominho, REN e Tecnoplano, entidade responsável pela fiscalização da obra. André Antunes 49 ANEXO 1 Desenho do Traçado da Linha ANEXO 2 Mapa de Quantidades e Resumo de Obra ANEXO 3 Manual de Apoio á Construção de Fundações ANEXO 4 Manual de Apoio á Execução de Protecção para a Passagem de Cabo