Categoria:9 Título: MOBILIDADE URBANA: FAIXAS DE ÔNIBUS VERSUS BRT Professor(a) Orientador(a): PROF. SILVIO JOSE ROSA Coordenador(a) Responsável pelo Parecer: PROF AUGUSTO TOLEDO Aluno(s): Lisandra Brito Silva Pereira Aline da Silva Souza Levi Barbosa Soares Data Início:18-09-2014 Data Término:21-03-2015 Pesquisa para Comitê de regulamentação Científica Justificativa: O exame das faixas exclusivas de ônibus, implantadas como uma das soluções aos problemas do transporte coletivo pela Prefeitura de São Paulo, pode fornecer informações sobre deficiências e potenciais melhorias, passíveis de serem acrescidas ao sistema. A identificação destes pontos pode servir de parâmetro para uma posterior análise do sistema, a fim de torná-lo mais atrativo em relação ao carro, ao colaborar para a diminuição dos congestionamentos urbanos e incrementar a qualidade de vida dos usuários e residentes em seu entorno. Apenas com a segregação das faixas, houve um aumento médio de 68,7% de velocidade dos coletivos nas faixas exclusivas implantadas (PAULO, 2014), porém esta melhoria não é sustentável. Continua-se com a circulação de coletivos sobrecarregados, apesar da numerosa quantidade de veículos em operação, o que acaba por congestionar o próprio corredor exclusivo. Sob o aspecto logístico, as características do atendimento no sistema de ônibus podem ser visualizadas conforme a lei da oferta e demanda. A demanda inicial, neste caso, é de usuários que o aguardam, e a oferta, os lugares disponíveis nos veículos em circulação. Pode-se entender, a partir desta ótica, que os veículos em operação constituem o estoque de lugares por hora e por sentido, sendo que sua programação de frequência deve ser adequada, de forma a maximizar o atendimento da demanda com o menor custo possível. O investimento em infraestrutura busca melhorar indicadores que podem ser encontrados no rol logístico, dos quais pode-se citar como exemplos os seguintes: dimensionamento da frota como gestão de estoque, os canais de atendimento e informação e satisfação do usuário. Objetivo: Objetivo geral Este trabalho tem como objetivo geral a comparação entre faixas exclusivas e corredores de ônibus, sendo que para este último serão utilizados também os conceitos aplicados no sistema BRT, com destaque para as vantagens e desvantagens das faixas implantadas na Cidade de São Paulo. Objetivos específicos • Apresentar o conceito de faixas exclusivas e corredores de ônibus; • Apresentar os modelos de faixas exclusivas implantadas na Cidade de São Paulo; • Pontuar as qualificações identificadas nos exemplos examinados com base nas exigências estabelecidas no Manual BRT; • Apresentar resultados obtidos com a implantação de faixas exclusivas na Cidade de São Paulo. Cronograma: início da estruturação do Trabalho: 18/09/14 a 18/10/14 pesquisa bibliográfica: 19/10/14 a 18/12/14 validação dos dados: 19/12/14 a 18/01/15 formatação do trabalho: 19/01/15 a 06/03/15 revisão e conclusão: 07/03/15 a 21/03/15 Recursos: - Acesso a Bibliotecas: pesquisa bibliográfica em revistas e livros especializado; trabalhos acadêmicos; - Micro computador e acesso a "internet": páginas eletrônicas da rede mundial de computadores; - Acesso a empresas do setor: estudo de caso de um Operador de Transporte Multimodal (OTM); Fontes Bibliográficas: ANDRADE, Antônio Maria Claret dos Reis; ATOBE, Brazil Itirou. CAPACIDADE DE TRANSPORTE POR MODO. 2014. Tabela tipos de ônibus. Disponível em: <ie.org.br/site/ieadm/arquivos/arqnot29025.pdf>. Acesso em: 07 abr. 2015. FERRAZ, Antônio Clóvis “Coca” Pinto; TORRES, Isaac Guillermo Espinosa. Transporte Público Urbano. 2. ed. São Carlos: Rima, 2004. FOLHAPRESS (Brasil). Velocidade nos corredores de ônibus está aquém do divulgado. 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Se tivermos essa mesma quantidade em 12 pontos de acesso, a economia seria de 600 segundos, ou seja, 10 minutos; uma redução de 16,67% de tempo em uma viagem de 1 hora. Reduzido este tempo, viagens poderiam ser feitas em menores tempos e contribuiriam inclusive para diminuir a quantidade de veículos em circulação. Um fator determinante para a melhoria do tempo total de viagem de ônibus é a otimização da velocidade operacional. Segundo definição de Ferraz e Torres (2004 p. 163), denomina-se velocidade operacional como a velocidade média em viagem, obtida pela relação entre a distância percorrida e o tempo de percurso. Pode se referir a um sentido da viagem ou ao ciclo ida e volta. A performance da velocidade está diretamente relacionada à velocidade máxima do percurso, às acelerações, frenagens e tempo de parada nas estações de embarque e desembarque e quando for o caso, nas interferências de trânsito (Ferraz e Torres, 2004). Uma alternativa para melhorar o desempenho da velocidade operacional seria aumentar a distância física entre estações de embarque e desembarque. O estudo tem como base o movimento de um ônibus em uma via separada do tráfego geral, considerando velocidade máxima de 50 km/h, aceleração de 0,9m/s² e desaceleração de 1,3 m/s². Para o caso apresentado, em um trecho onde as estações possuem um intervalo de 300m, a velocidade comercial é de cerca de 20 km/h e o tempo parado, em torno de 20s. Ao duplicar essa distância entre estações para 600m obtém-se um aumento da velocidade para cerca de 25 km/h (aumento de 25%). É importante considerar que a exclusão do ponto intermediário fará com que as pessoas se distribuam nos dois pontos restantes, logo, o tempo de embarque e desembarque aumentará para 30s em cada estação, considerando a hipótese de que jumetade dos passageiros se distribua em cada ponto restante. Para ser acessível à maioria das pessoas da área, o intervalo típico é de 300 a 700 metros, de acordo com o Manual BRT (2008 p. 252). No caso de São Paulo, existe uma demonstração de certa incipiência no processo de adoção do conceito BRT. Caso em que a iniciativa se resume a criação de faixa segregada e a operação de veículo de alta capacidade (ônibus articulados). Como o Trabalho Será Exposto?: Utilização de sala para exposição oral, com equipamentos de multimídia, para apresentação de "slides". Em caso de uso de "banner" é preciso de local apropriado que permite a interação entre os interessados e os expositores. Projeto de Continuidade: NÂO Pareceres: Coordenação: Devido há algumas décadas de sucesso do BRT implantado no Brasil em Curitiba, o modelo sempre pareceu definitivo para aplicação em qualquer outro ponto do Brasil. No entanto, a necessidade de grande investimento na infraestrutura, abertura de espaço com desapropriações em cidades com vias mais apertadas do que Curitiba, e etc., acabou gerando a necessidade de adaptações ou modificações do modelo original BRT. Na cidade de São Paulo, e também nas regiões metropolitanas do Estado de São Paulo, foram realizados vários experimentos de investimento público os quais construídos já há algum tempo agora permitem que sejam pesquisados, analisados e obtenha-se conclusões que podem servir para aperfeiçoamento. Assim sendo, o presente projeto tem um enorme potencial para reunir e divulgar informações e conclusões sobre estes experimentos frente ao modelo BRT, de maneira que possa orientar políticas públicas e dar subsídios para aprofundamento do conhecimento na área. Direção: O projeto sob o título MOBILIDADE URBANA: FAIXAS DE ÔNIBUS VERSUS BRT, proposto pelos alunos Lisandra Brito Silva Pereira, Aline da Silva Souza e Levi Barbosa Soares, sob orientação do Prof. Silvio José Rosa, visa comparar as faixas exclusivas e os corredores de ônibus, aplicando conceitos do sistema BRT. A pesquisa, de caráter qualitativo, prevê a obtenção de dados descritivos mediante contato direto e interativo do pesquisador com a situação objeto de estudo. Ressalta-se a importância do estudo sobre o transporte coletivo do município de São Paulo e Região Metropolitana, pois além de discutir as deficiências e as potenciais melhorias para a mobilidade urbana, estes dados poderão embasar as políticas públicas e influenciar no direcionamento adequado dos futuros investimentos no setor. Sendo assim recomendamos a aprovação do projeto, extremamente relevante à área de Logística e Transportes. O estudo também proporcionará aos participantes atualizações, capacitações e contatos com novos conhecimentos técnicos, teóricos e práticos na área da pesquisa científica tecnológica, de interesse acadêmico e de atuação profissional.