GLOSSÁRIO Análogos de vitamina D - Compostos derivados da vitamina D com a finalidade de acentuar seus efeitos benéficos e minimizar os indesejáveis. Arquitetura trabecular – Padrão de organização, tamanho e espessura das trabéculas assim como da distância que guardam entre si. Calcificações vasculares – Caracteriza-se por um processo patológico ativo célula-dependente favorecido por inúmeros fatores tradicionais e não-tradicionais comuns à DRC. Entre eles estão a dislipidemia, tabagismo, sobrecarga de cálcio, níveis elevados de fósforo sérico, etc. Além disso, a deficiência de inibidores da calcificação também pode ser um fator responsável. Nesse processo, células musculares lisas da camada média dos vasos sangüíneos têm seu fenótipo alterado e passam a ter o comportamento de uma célula osteoblasto-símile, capaz de promover a formação de matriz colágena e posterior mineralização. Calcimiméticos – Drogas capazes de atuar no receptor de cálcio modificando sua sensibilidade ao cálcio sérico com conseqüente redução da síntese e secreção de paratormônio. Calcitriol – Denominação dada a forma ativa da vitamina D, ou seja, a 1,25-dihidroxi vitamina D. Densidade mineral óssea – Quantidade em gramas (g) de tecido ósseo mineralizado presente por área de secção transversal (cm2). Distúrbios mineral e ósseo da doença renal crônica (DMO-DRC) – Alterações sistêmicas do metabolismo mineral e ósseo em pacientes com DRC, manifestada pela presença de uma ou mais complicações: 1) anormalidades do cálcio, fósforo, PTH e metabolismo da vitamina D; 2) anormalidades na remodelação, mineralização, volume, crescimento e resistência ósseos e 3) calcificações vasculares e de outros tecidos. Doença óssea adinâmica – Caracteriza-se por um defeito na formação óssea associada à baixa taxa de remodelação. Doença óssea mista – Caracteriza-se pela associação entre alta taxa de remodelação e defeito na mineralização óssea. Escore de calcificação – Medida do grau de calcificação coronária e aórtica fornecida pela tomografia computadorizada. Formação óssea – Processo de síntese da matriz colágena (osteóide) pelos osteoblastos, seguida de mineralização dessa matriz, através de um processo de deposição de cristais de hidroxiapatita. Normalmente, a formação está acoplada à reabsorção óssea. Fosfatoninas – Peptídeos que atuam no túbulo renal proximal inibindo a síntese da proteína carreadora Na-P e a 1-α hidroxilase, promovendo a fosfatúria e a redução da síntese de calcitriol. 2 Osteíte fibrosa – Caracteriza-se por elevada taxa de remodelação óssea, associada a aumentos da formação e reabsorção ósseas além de fibrose medular. Cursa com níveis séricos elevados de paratormônio. Osteodistrofia renal – Alterações na remodelação e arquitetura ósseas de pacientes com DRC diagnosticadas através de biópsia óssea. Osteomalácia – Caracteriza-se por grave defeito na mineralização óssea com excesso de formação de matriz osteóide. Paratireoidectomia – Ato cirúrgico para a retirada das glândulas paratireóides. Paratireoidectomia farmacológica – Consiste na injeção tópica de drogas (etanol ou vitamina D) com o objetivo de reduzir a secreção de paratormônio. Quelantes de fósforo – Drogas capazes de impedir ou minimizar a absorção intestinal do fósforo presente nos alimentos. Reabsorção óssea – Processo de desmineralização e degradação da matriz osteóide executada pelos osteoclastos. Remodelação óssea – Processo de renovação óssea determinado pela reabsorção e formação ósseas. Vitamina D – termo genérico usado para todas as formas da vitamina que incluem o ergocalciferol (vitamina D2), o colecalciferol (vitamina D3), o 25-hidroxi colecalciferol (calcidiol), 1-25 di hidroxi colecalciferol (calcitriol) e 1α hidroxi colecaciferol (alfacalcidol). J Bras Nefrol 2008;30(Supl 1):1-2