Guia de Boas Prática de Limpeza e Desinfecção Tendo em conta o risco de patogénicos que podem ser transmitidos via ambiental (ou seja, mãos ou superfícies/equipamentos) a Diversey Care compilou um conjunto de Boas Práticas de Limpeza e Desinfecção para ajudar unidades não-hospitalares a lidarem com o risco associado à transmissão ambiental destes microrganismos. Programa de Prevenção de Infecções para unidades nãohospitalares – Elementos Base: Em baixo encontra uma lista de elementos que devem ser incluídos em Programas de Prevenção de Infecções. Esta lista foi desenvolvida tendo em mente as necessidades de unidades não-hospitalares. A. Análise de Risco/Preparação. Os melhores programas de prevenção de infecções são desenvolvidos antes dos momentos de crise. Ter uma equipa, que reúne regularmente e tem capacidade de tomar decisões relativamente à unidade, é crítico para identificar potenciais falhas nas respostas a desafios particulares, como sejam surtos de Gripe, Ébola ou MERS (Middle East Respiratory Syndrome – coronavírus). Após a realização da análise de risco, a equipa deverá fazer recomendações, que podem originar alterações às unidades, tais como adicionar estações de higiene das mãos ou stock adicional de materiais associados à prevenção de infecções. Modificações desta natureza levam tempo, pelo que planear antes do surto é essencial. As recomendações incluem também ter stock extra, para usar em caso de surto, de desinfectantes, toalhitas desinfectantes, produtos para higiene das mãos, lenços faciais, papel higiénico e caixotes do lixo. B. Vacinação. Quando possível, providenciar e/ou solicitar o comprovativo da vacinação ajuda a proteger os funcionários e a prevenir a transmissão de patogénicos para os clientes. As unidades de cuidados de saúde, em muitos casos, estão já a requisitar aos seus funcionários que tenham a vacina da gripe em dia. Onde seja possível, recomenda-se a adopção desta boa prática para outros sectores. C. Materiais de Comunicação. Se uma unidade deseja que os seus clientes/hóspedes se comportem de um certo modo, como por exemplo, utilizem desinfectantes para as mãos, é necessário ter sinalética e outro tipo de materiais de comunicação preparados para o efeito. Tal irá conferir a formalização necessária aos processos e ajudar na conformidade dos mesmos. D. Fornecedores e stocks. Quando estamos na presença de um surto ou aparece um novo patogénico, é importante saber antecipadamente que tipo de fornecedores iremos precisar e qual o seu tempo de entrega, de modo a que a unidade possa estar preparada convenientemente. Fornecimentos a rever são: equipamentos de protecção individual (EPI), desinfectantes, produtos de higiene das mãos, lenços de papel, papel higiénico, sacos de lixo, utensílios e panos de limpeza, luvas, máscaras, batas, materiais descartáveis, recolhas de lixo mais frequentes, etc. O plano deverá identificar o que se espera ser necessário, qual o acréscimo de stock a encomendar e quando. E. Higiene das mãos. A forma mais simples e económica de prevenir a propagação de microrganismos patogénicos é através da lavagem frequente das mãos. Estudos realizados nas áreas de Cuidados de Saúde indicam que o acesso facilitado a pontos de lavagem das mãos é o indicador mais favorável relativamente a se as pessoas vão realizar a tarefa frequentemente ou não. Verifique que os produtos para a higiene das mãos que utiliza são efectivamente eficazes contra o patogénico que quer combater. F. Limpeza e Desinfecção de Superfícies. Uma vez que, se as mãos limpas tocam em superfícies sujas vão neutralizar o efeito positivo da higienização das mãos, ter e utilizar correctamente na unidade uma gama de produtos de limpeza, desinfectantes e utensílios de limpeza (panos microfibras, mopas, garrafas doseadoras, etc.) é uma parte fundamental da operação diária de limpeza e da prevenção de surtos. Na iminência de um surto ou emergência de um novo patogénico é necessário rever e, provavelmente, elevar os padrões de higiene relativamente ao tipo de produtos e materiais, aos métodos implementados e as quantidades a utilizar. G. Práticas e Padrões de Limpeza. Todas as unidades devem ter práticas de limpeza instituídas através de um plano de higiene realizado à medida de cada unidade. Os planos devem incluir, pelo menos: a. Produtos e materiais necessários. b. Métodos de limpeza a usar. c. Superfícies/equipamentos a serem limpos e/ou desinfectados e com que frequência. d. Em iminência de um surto, o plano deverá acautelar possíveis alterações às frequências, produtos ou concentração dos mesmos. e. Listas de tarefas e outras ferramentas de gestão devem estar preparadas de modo a realçar a higiene das instalações, para que não haja dúvida em como e quando fazer. f. Os procedimentos de limpeza devem incluir recomendações fundamentais como: i. Mantenha um fluxo contínuo de limpeza das salas de modo a evitar a contaminação de superfícies limpas. ii. Efectue a higienização das mãos antes e depois de limpar um espaço. iii.Utilize EPIs para proteger o trabalhador dos produtos de limpeza (caso necessário) e para proteger o trabalhador dos patogénicos que possam estar em meio ambiente. iv.Limpe de cima para baixo, sempre que possível. v. Limpe os secos antes dos húmidos, sempre que possível. vi.Limpe dos menos sujo para o mais sujo, para minimizar o risco de contágio para as superfícies mais limpas. Uma vez que as superfícies que comummente encontramos num determinado espaço podem, ou não, estar contaminadas com patogénicos que se poderão transmitir por contacto, é melhor treinar os funcionários para que realizem uma higiene eficaz e regular das mãos, para usarem luvas durante a limpeza, para que tratem qualquer derrame que lhes pareça um fluído corporal (sangue, urina, fezes, vómito) como potencialmente infectados e para que procedam à desinfecção dos mesmos. Durante surtos/epidemias/pandemias ou em alturas de preocupações anormais face a um patogénico específico, as unidades devem ter a capacidade de elevar os seus padrões de higiene e desinfecção, a fim de incorporarem a prevenção de infecções no seu dia-a-dia. No que respeita ao risco de transmissão em unidades que não de Cuidados de Saúde, não existem muitos estudos feitos ou análises realizadas. Portanto, o aumento dos padrões de higiene é efectuado tendo por base experiência, bom senso e por analogia ao que ocorre nas unidades de Cuidados de Saúde. H. Equipamento de Protecção Individual (EPI). No que respeita ao contacto com patogénicos os trabalhadores devem usar luvas, roupas de protecção, máscaras e protecções oculares. Tal como outros elementos do plano de prevenção da unidade, também este ponto deve ser planeado antecipadamente para que não haja dúvidas sobre que EPIs usar, em que circunstância. Os trabalhadores irão necessitar de treino para saberem colocar e retirar correctamente os EPIs e entenderem que antes e depois de usarem o EPIs é muito importante efectuarem a higiene das mãos. I. Monitorização e Conformidade. Muitas unidades de Cuidados de Saúde possuem programas que monitorizam a conformidade de tarefas como a higiene das mãos, a limpeza das superfícies ou o uso de EPIs. Deste modo, chamam a si a responsabilidade de, não só terem um plano definido, mas também de o seguirem. Igualmente, em unidades que não de Cuidados de Saúde é relevante garantir que os trabalhadores estão a executar determinadas tarefas, tal como esperado. C. D. E. F. sujidade. Enquanto a presença de sujidade grosseira requer sempre efectuar um passo de limpeza prévia, a maioria das superfícies têm sujidades ligeiras e a limpeza e desinfecção podem ser feitas num só passo, usando um detergente-desinfectante. Outros produtos vão necessitar sempre de um passo de limpeza prévia face à desinfecção e esses são apenas considerados desinfectantes. Instruções do Rótulo. Todos os desinfectantes devem ser usados de acordo com as instruções que são dadas no rótulo ou na ficha de informação técnica do produto. A utilização correcta inclui respeitar os métodos de aplicação preconizados, os tempos de contacto e, claro, as dosagens. Dosagem Recomendadas. Quando é suposto efectuar a diluição de um desinfectante, o rótulo e/ou ficha técnica irá especificar o intervalo de dosagem recomendado no qual o produto irá actuar como um desinfectante efectivo. Usar uma dosagem que não a recomendada poderá fazer com que o produto não seja efectivo e aumentar o risco para a saúde. Tempo de Contacto. O rótulo e/ou ficha técnica irá especificar o tempo de contacto recomendado que o produto necessitará para actuar como um desinfectante efectivo. Não respeitar o tempo de contacto poderá impedir o desinfectante de ser eficaz em determinados microrganismos. Higiene e Segurança. Os rótulos e/ou as Fichas de Dados de Segurança providenciam informações relevantes de Higiene e Segurança face ao uso dos desinfectantes. É por isso muito importante ler o rótulo e a Ficha de Dados de Segurança antes do uso. A utilização de EPIs pode ser recomendada, se assim for, os EPIs a usar estarão indicados na Ficha. Use sempre os EPIs recomendados para evitar risco pessoal para o utilizador. Caso tenha questões, por favor contacte a seu representante comercial da Diversey Care. www.sealedair.com Utilização de Desinfectantes: antes de realizar qualquer tarefa de limpeza ou desinfecção é crítico ter disponíveis os utensílios, equipamentos e produtos químicos adequados. Seguidamente encontrará recomendações dedicadas ao uso dos desinfectantes. A. Use apenas produtos de eficácia comprovada. Em cada país existem sistemas de notificação e/ou registo às autoridades locais. Usar produtos notificados aumenta a confiança na performance dos produtos. B. Limpeza e Desinfecção num só passo. Alguns desinfectantes são testados na presença de resíduos orgânicos para garantir que irão actuar conforme o esperado, quando tiverem na presença desse tipo de Este material é fornecido com o único propósito de informar e é, pela sua natureza, apenas um sumário de boas práticas. As orientações detalhadas estão disponíveis através da Organização Mundial de Saúde (WHO – World Health Organization) ou do Centro de Controlo de Doenças (CDC – Centers for Disease Control), unidades reconhecidas como fontes fidedignas de informação e orientação relativamente ao Ébola e sua prevenção. Este material está sujeito a alteração a qualquer momento, pelo que para a versão actualiza deverá recorrer a www.diversey.com/ebolaoutbreak © 2014 Sealed Air Corporation. All Rights Reserved. 27419 pt 11/14