A TEORIA DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA: CONTRIBUIÇÕES PARA A APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA BRANDT, Célia Finck [email protected] TOZETTO, Annaly Schewtschik [email protected] CRISTIAN, Marcele [email protected] PONTES, Helaine [email protected] ESLOMPO, Marli Ribeiro Maia [email protected] MILDENBERG, Adriane [email protected] DIONIZIO, Fátima Aparecida Queiroz [email protected] KLÜPPEL, Gabriela Teixeira [email protected] VOLTOLINI, Lílian Thereza Christina [email protected] CNOSSEN, Jennifer [email protected] FERREIRA, Francine [email protected] DORADA, Rosana [email protected] STELLE, Gláucia [email protected] Resumo A importância de se fazer pesquisa em grupo está na possibilidade de se buscar diversos temas de um fenômeno e interpretá-los sob um mesmo referencial teórico, além da produção de conhecimento novo. O Grupo de Estudo e Pesquisa em Aprendizagem da Matemática (GEPAM) foi constituído nesse sentido. Procuramos saber quais as diferentes possibilidades de subsidiar o campo da Educação Matemática à luz de teorias de conhecimento. Objetivamos interpretar e avaliar as contribuições da Teoria de Registros de Representação Semiótica para o campo da Educação Matemática, especificamente no processo de ensino-aprendizagem de Matemática nos diferentes graus de ensino. Para tanto, desenvolvemos diversas pesquisas de abordagem qualitativa, incluindo o estado da arte de pesquisas desenvolvidas sob esta teoria, que estaremos aqui apresentando. Resultados parciais nos revelam a importância do desenvolvimento de pesquisas coletivas 392 à luz de um quadro teórico que vem ao encontro da superação de diversas dificuldades frente à Matemática. Palavras-chave: Pesquisas; Representações Semióticas; Educação Matemática. Introdução A importância de se fazer pesquisa está na possibilidade da disseminação do conhecimento novo. Para tanto, é necessário que ela se volte para uma ação investigativa que garanta a fidedignidade dos fatos, a coerência dos pesquisadores, a vigilância epistemológica, o rigor e a qualidade (ANDRÉ, 2001). A isso se voltam os quatro polos de uma pesquisa, interpretado segundo Martins e Theóphilo (2007): o polo epistemológico, no qual se faz pela vigilância crítica necessária que garante a cientificidade da pesquisa; o polo teórico, que norteia o trabalho e que tem como a principal função explicar por que, como e quando os fenômenos ocorrem; o polo metodológico, que se refere ao modo pelo qual o trabalho é conduzido, contemplando os métodos e as técnicas a serem utilizados para se captar o fenômeno investigado. Segundo os autores, dentro de uma linha epistemológica, considera-se que a metodologia está voltada para “os procedimentos lógicos e epistemológicos do saber” (IBIDEM, p.37). Por fim, o polo técnico que se volta para o delineamento, planejamento e estruturação de uma pesquisa. O trabalho de pesquisa deve se comprometer a construir um saber, um conhecimento pelo esforço de um pesquisador ou de um grupo de pesquisa (LUDKE e ANDRÉ, 1986) nas mais diferentes áreas, mas com observações rigorosas por meio dos quatro polos que garantem a sua qualidade. A Educação Matemática é uma dessas áreas, cujo objeto de conhecimento é o processo de ensino-aprendizagem da Matemática. Pesquisar esse processo é de suma importância uma vez que se pode refletir sobre os diversos modos pelos quais ele é conduzido em sala de aula Nesse sentido, constituímos um Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Matemática (GEPAM), sob a coordenação de uma professora do Programa de PósGraduação em Educação da Universidade Estadual de Ponta Grossa. O grupo é formado por pesquisadores (doutores, mestres e mestrandos), professores do Ensino Fundamental e Médio e licenciandos em Matemática. Fazem parte do grupo 14 componentes. 393 Os grupos de pesquisa são importantes, pois, muitas vezes, é por meio deles que jovens pesquisadores são iniciados num processo de pesquisa e construção de conhecimento. Também porque “Um trabalho em grupo permite que diversos focos sejam escolhidos, diversos procedimentos sobre o mesmo foco sejam utilizados, proporcionando uma perspectiva mais global de um fenômeno estudado.” (BORBA & ARAUJO, 2006).” O nosso grupo tem essas características, estando seus componentes interessados em fazer pesquisa e produzir conhecimento, buscando, para isso, diversos focos na Educação Matemática (EM), que serão analisados à luz de uma Teoria dos Registros de Representação Semiótica (RRS). Constituído sob esse propósito, buscamos responder: Quais as diferentes possibilidades de subsidiar o campo da Educação Matemática à luz de uma teoria de representações semióticas? Na busca de resposta a esta questão, outras nos são necessárias, para tanto, indagamos: Como os Registros de Representação Semiótica podem contribuir para a compreensão do processo de ensino-aprendizagem em matemática? Quais são as problemáticas enfrentadas na Educação Matemática que se utilizam os Registros de Representação Semiótica no sentido de interpretá-las e compreendê-las? O grupo tem por objetivo interpretar e avaliar as contribuições de uma Teoria de Registros de Representações Semióticas para o campo da Educação Matemática, especificamente o processo de ensino-aprendizagem de Matemática nos diferentes graus de ensino: Educação Básica e Ensino Superior. Sob esse referencial teórico o grupo pretende pesquisar: - o processo de formação de professores que ensinam Matemática do Ensino Fundamental ao Superior; - a aprendizagem docente, no que se refere aos conteúdos e conhecimentos da Matemática; - a aprendizagem dos alunos, seus processos de pensamento e suas dificuldades; - a condução de um processo de ensino voltado para a compreensão dos conceitos matemáticos; - o discurso e a linguagem empregados na Educação Matemática. Para tanto, o grupo se encontra uma vez por semana para estudar as pesquisas de Raymond Duval (1988, 1993, 1995, 1996, 1999, 2003) referentes à contribuição dos Registros de Representação Semióticos para a conceitualização de objetos matemáticos, bem como para promover orientações, discussões e reflexões sobre as pesquisas que desenvolvemos na EM, à luz dessa teoria. 394 Para o desenvolvimento dessas pesquisas foram organizados cinco pequenos grupos, cada um com uma problemática dentro de uma temática de investigação. O primeiro grupo estará promovendo uma pesquisa sob o estado da arte das pesquisas que envolvem os RRS; o segundo grupo estará se voltando para os problemas aditivos e multiplicativos no processo de ensino aprendizagem no Ensino Fundamental; o terceiro grupo buscando investigar a contribuição de jogo Tangram para a compreensão do conceito de área; o quarto grupo busca a relação entre significantes e significados e os processos de acomodação e assimilação na produção de materiais didáticos para a Educação a Distância; e o quinto grupo analisa a reversibilidade operatória e sua relação com a operação cognitiva de tratamento e com registros de representação do número. Assim, diversas pesquisas estão sendo desenvolvidas pelo grupo, a fim de serem analisadas e interpretadas à luz da Teoria de RRS, de Raymond Duval. Apresentamos, neste texto, os grupos e as pesquisas por eles desenvolvidas. Para tanto, o texto foi organizado em três partes. Na primeira parte apresentamos o quadro teórico dos RRS, na perspectiva de Raymond Duval, especificamente em relação às contribuições para a conceitualização dos objetos matemáticos. Na segunda parte especificamos cada uma das pesquisas desenvolvidas pelo grupo GEPAM, no que diz respeito à problemática, aos objetivos, à metodologia e aos resultados parciais. Por fim, concluímos o texto considerando a importância do desenvolvimento de pesquisas coletivas à luz de um quadro teórico que vem ao encontro de diversas dificuldades frente à Matemática. 1. A Teoria de Raymond Duval: Registros de Representação Semiótica Duval (2003) procura descrever um funcionamento cognitivo que possibilite ao aluno compreender, efetuar e controlar a diversidade dos processos matemáticos que a ele são propostos em situação de ensino. Duval (2003) se reporta à especificidade da complexidade do funcionamento cognitivo subjacente à atividade matemática e em relação às exigências metodológicas, quando se trata de pesquisa sobre a aprendizagem da Matemática. São essas exigências metodológicas sugeridas e as orientações necessárias que estarão sendo levadas em conta no desenvolvimento desta investigação. Em se tratando da atividade cognitiva requerida pela Matemática, deve-se considerar a importância das representações semióticas pelos seguintes motivos: em 395 relação às possibilidades de tratamento (não é qualquer tipo de registro de representação que permite um determinado tipo de tratamento), pelo fato de que os objetos matemáticos não são diretamente observáveis, visto que eles não têm existência física e sua apreensão só é possível por meio de registros de representação; igualmente pelo fato de que existe uma grande variedade de representações semióticas possíveis para serem utilizadas em Matemática (língua natural, gráficos, linguagem algébrica, figuras geométricas, entre outras). Para desenvolver e aprofundar a atividade cognitiva requerida pela matemática, Duval (2003) aprofunda as análises em relação aos diferentes registros de representações semióticas, uma vez que eles são de naturezas distintas. Tais naturezas são importantes como objeto de análise, visto que estarão no centro do processo de conversão de registros de representação. Segundo o autor, existem os registros multifuncionais cujos tratamentos não são algoritmizáveis, caracterizados como uma representação discursiva, a língua natural, ou não discursiva, as figuras geométricas. Existem os registros monofuncionais, cujos tratamentos são algoritmizáveis e também são de natureza discursiva como no caso dos sistemas de escrita (numéricas, algébricas ou simbólicas) ou não discursiva, como no caso dos gráficos cartesianos. Para contemplar as relações existentes entre significantes, significado e significação (atribuídas pelo sujeito aprendente), tendo por referência o objeto alvo da aprendizagem, isto é, o SND, será necessário, segundo Duval (1995), considerar as operações cognitivas de formação, de tratamento e conversão. De acordo com o autor, a formação de uma representação é uma operação cognitiva realizada com utilização da língua materna, desenhos, figuras ou fórmulas, com signos próprios de uma ciência. Há que se considerar, no entanto, que esta não acontece independentemente do conteúdo a representar e nem deve deixar de respeitar regras. Podemos citar, como exemplo, a formação de diferentes registros de representação do número, palavra e numeral arábico, que deverão contemplar a estrutura do SND, organizado em torno de base e valor posicional. O tratamento é uma operação cognitiva que vai compreender uma transformação da representação, no interior do mesmo sistema semiótico, mobilizando apenas um só registro de representação. Por exemplo: 8 ou 5 + 3; 23 ou 2 x 10 + 3. A conversão é uma operação cognitiva, porém, de outra natureza, e também compreende a transformação de uma dada representação em outra, só que, agora, pertencente a um outro sistema semiótico, de modo a conservar a totalidade ou parte da 396 representação inicial, sendo necessária ser efetuada pelo sujeito aprendente, sem caracterizar uma tradução ou decodificação. Essa operação não é uma operação trivial e nem cognitivamente neutra, segundo nos alerta Duval (1995). Exemplo: “um número positivo” (língua materna) e “x > 0” (linguagem algébrica). De acordo com Duval (1995), é na conversão das representações de um sistema semiótico a outro que haverá uma operação cognitiva que pode ser descrita como uma mudança de forma, que possibilitará a conceitualização dos objetos matemáticos pelos sujeitos aprendentes. Isso não significa relativizar a importância da forma, visto que é ela que possibilita a diversidade (diferentes registros de representação para um mesmo objeto matemático, pertencentes a diferentes sistemas semióticos de representação), além de apresentar vantagens, tais como: a economia (que é dependente do tipo de registro utilizado numa operação cognitiva de tratamento), por permitir a superação dos limites de uma representação e a rapidez na representação das relações entre objetos; a complementaridade de registros, por compreender os elementos informativos ou comunicacionais que a representação torna possível No tocante à conceitualização, Duval (1993) apresenta uma estrutura por meio da qual o funcionamento da representação semiótica é compreendido: FIGURA 1 - ESTRUTURA DA REPRESENTAÇÃO EM FUNÇÃO DA CONCEITUALIZAÇÃO Conceito, objeto cognitivo representado Registro de representação A Registro de representação B Tratamento sobre Tratamento sobre FONTE: DUVAL, 1993, p. 51. Essa estrutura, segundo o autor, baseia-se na crença de que a compreensão conceitual exige a coordenação de ao menos dois registros de representação, oportunizada pela operação cognitiva de conversão. Nessa estrutura as flechas significam as transformações internas oriundas da operação de tratamento e as externas, oriundas da operação de conversão, fazendo-nos lembrar que elas não são naturais ou espontâneas. Terão de ser provocadas, levando à distinção entre o representante e o representado, e 397 impedindo o enclausuramento de um único registro de representação. Segundo Duval (1995), a conversão, que é necessária para a conceitualização, vai, por sua vez, enfrentar o fenômeno de congruência ou de não-congruência entre as representações semióticas de sistemas diferentes de um mesmo objeto que está relacionado aos sucessos ou aos insucessos dos alunos frente às questões que implicam uma mudança de sistema semiótico de representação. Existem três condições a serem satisfeitas para que dois sistemas semióticos de representação sejam congruentes: correspondência semântica entre unidades significantes que as constituem; mesma ordem possível de apreensão destas unidades, nas duas representações; conversão de uma unidade significante da representação de partida a uma só unidade significante na representação de chegada. No caso dos registros de representação do número, podemos proceder com análises, para verificar o grau de congruência entre os dois registros que estão sendo contemplados na nossa investigação: a palavra e o numeral arábico. Neste caso, será necessário primeiramente identificar as unidades significantes dos dois registros. Segundo Duval (1999), será necessário adotar os seguintes procedimento: 1. Submeter um registro de representação a todas as variações possíveis, sendo que as representações formadas, após as variações, devem ainda ter sentido. 2. Tomar dois registros de representação associados entre si e submeter um deles às variações que provoquem variações no outro. As variações serão cognitivamente pertinentes quando uma variação D2 num registro D provoque uma variação D3 no registro associado D1 tendo como referência objetos diferentes. É este princípio de variação que está na base da atividade de conversão. Uma variação cognitiva sempre vai consistir numa mudança de sentido. Duval (1999) afirma que a compreensão do sentido provoca automaticamente a compreensão do objeto. Importante será considerar também o que nos afirma Duval (1988): entre duas representações de informação, há duas relações independentes a considerar: a relação de equivalência referencial e a relação de congruência semântica. Duas expressões diferentes podem ser referencialmente equivalentes sem que sejam semanticamente congruentes (p. 8). Esta afirmação leva em conta a teoria de representações que relaciona os significantes e o significado a uma conceitualização. Duval (1995) nos apresenta uma estrutura triádica e diádica da significância de um signo, na qual essas relações podem ser 398 de representação ou de referência entre os elementos constitutivos dessa significância (significante, significado, objeto). Elas serão de representação do objeto para signos constituídos por uma referência instituída tais como vetores, operadores,... e não possuem significação. Elas serão de referência ao objeto para os signos aos quais será atribuída uma significação determinada, pelo sistema da língua, ao relacionar o significante e o significado. A relação ao objeto, neste caso, é apenas assegurada no plano do discurso. A figura 10 explicita essas relações e a estrutura, tanto diádica como triádica da significância. FIGURA 10 - ESTRUTURA DIÁDICA E TRIÁDICA DA SIGNIFICÂNCIA referência Significado Significação Significante Objeto representação FONTE: DUVAL, 1995, p.63 2. Apresentando as pesquisas do GEPAM Nesta seção apresentamos as pesquisas do GEPAM, que se encontram em andamento, no que se referem aos objetos das pesquisas, suas problemáticas, seus objetivos, suas metodologias e seus resultados parciais. 2.1 Pesquisa do Grupo 1 – O estado da arte das pesquisas desenvolvidas à luz da Teoria de Representações Semióticas em Educação Matemática Compreendendo a importância de uma teoria de Registros de Representação Semiótica para a Educação Matemática, queremos, com esta pesquisa, fazer um inventário descritivo e analítico da produção acadêmica nessa área, que lança mão dessa teoria. Os dados empíricos serão buscados em publicações de artigos; comunicações científicas em encontros internacionais, nacionais e regionais; dissertações e teses; a partir do ano de 2000. 399 Buscamos responder à seguinte questão: Quais temáticas do campo da Educação Matemática que se valem da Teoria dos Registros de Representação Semiótica para compreender e interpretar as diversas problemáticas encontradas no processo de ensinoaprendizagem da Matemática? Nosso objetivo é evidenciar a utilização da Teoria de Registros de Representação Semiótica nas diversas temáticas do campo da Educação Matemática. Buscando atingir esse objetivo, precisamos responder a outras questões: Estão sendo desenvolvidas pesquisas em Educação Matemática que contemplem os Registros de Representação Semiótica para compreender e interpretar o processo de ensino-aprendizagem da Matemática? Qual é o foco dessas pesquisas? A pesquisa que apresentamos é meta-analítica qualitativa que, segundo Rodrigues (2002, p.26), “procura identificar, através de determinadas categorias, semelhanças e controvérsias numa quantidade de estudos da mesma área de pesquisa”(SIC). Sendo assim, as informações quantitativas serão interpretadas qualitativamente, a fim de se produzir um diagnóstico das produções acadêmicas, na área da Educação Matemática, no que diz respeito à utilização da Teoria dos Registros de Representação Semiótica nas diversas temáticas da área pesquisada. A pesquisa, ainda em andamento, nos mostra, com resultados parciais, que a Teoria de Registros de Representação Semiótica vem ganhando espaço na Educação Matemática e que diferentes temáticas estão sendo contempladas por esta teoria, bem como, igualmente, os processos de ensino e de aprendizagem e também de formação de professores. O quadro a seguir contempla algumas das temáticas e possibilita vislumbrar o alcance desta teoria para compreender as dificuldades da aprendizagem em matemática. Pesquisa Representação, compreensão e problemas aditivos Revisitando os problemas Vergnaud, de 1976 Registros de representação racionais O ensino de vetores e os representação semiótica O conceito de probabilidade registros de representação Registros de representação Autor resolução de Regina Fleming Danm aditivos de João Carlos Passoni e Tânia Maria Mendonça Campos e números Maria Cristina S.A. Maranhão e Sonia B. Camargo Igliori registros de Marilena Bittar condicional: Benedito Antonio da Silva semiótica e Saddo Ag Almouloud 400 compreensão de conceitos geométricos Registros de representação na produção de provas na passagem da aritmética para a álgebra A translação como recurso no esboço de curvas por meio da interpretação global de propriedades figurais Contribuições dos registros de representação semiótica na conceituação do sistema de numeração O processo de discretização do raciocínio matemático na tradução para o raciocínio computacional: um estudo de caso no ensino-aprendizagem de algoritmos Representações semióticas no ensino: contribuições para reflexões acerca dos currículos de matemática escolar Estudo das formas de negação no ensino de matemática: ponto de encontro com os registros de representação semiótica José Luiz Magalhães de Freitas Méricles Thadeu Moretti Celia Finck Brandt Mariângela de Oliveira Gomes Setti Janecler Aparecida Amorin Colombo Patrícia Lanzini Franco Contudo, os resultados finais demandam um maior esforço ao serem interpretados para que então possamos chegar a uma conclusão em relação às contribuições de uma teoria de representações semióticas para a conceitualização de objetos matemáticos. 2.2 Pesquisa do Grupo 2 – Uma formação continuada de professores dos anos iniciais sobre problemas aditivos e multiplicativos. A presente pesquisa é uma replicação do trabalho desenvolvido por Leonora Pilon Quintas (QUINTAS, 2007), o qual analisa o processo de educação continuada de professoras polivalentes de uma escola pública de Cubatão-SP. A pesquisa também se debruça sobre a formação continuada de professores polivalentes (dos anos iniciais), no mesmo sentido dado pela autora citada, tendo como objeto a formação de professores polivalentes. Nesse sentido, busca saber: Como uma formação continuada para estes professores pode contribuir para a superação das dificuldades do ensino e da aprendizagem dos problemas aditivos e multiplicativos em sala de aula? Pretendemos, com essa pesquisa, explicitar a contribuição de uma formação continuada no sentido de uma mudança da prática docente no trabalho com os problemas aditivos e multiplicativos. 401 O universo se limita a duas escolas da rede municipal de ensino de Ponta Grossa, Paraná, sendo proposto o trabalho para as professoras que lecionam nas turmas do 5º ano (4ª série) do Ensino Fundamental. Os procedimentos referentes à coleta de informações foram propostos por estes três encaminhamentos que seguem. I – Um Programa de Formação Continuada em Educação Matemática, organizado e ministrado pelas pesquisadoras com encontros quinzenais, in loco, com duração total de 18 horas, ao longo de quatro meses, dirigidos a 4 (quatro) professoras e 2 (duas) coordenadoras pedagógicas, das respectivas escolas, propostos na forma de oficinas. II – Duas avaliações realizadas com, em média, 140 alunos dessas professoras participantes. A primeira avaliação realizada antes do primeiro encontro do Programa de Formação Continuada e a segunda, após o término deste. III – Oito alunos das professoras participantes selecionados para reaplicação da avaliação inicial com intervenção das pesquisadoras. O critério utilizado para a seleção desses alunos foi os que apresentaram soluções errôneas na avaliação inicial. Para a elaboração das provas foram utilizados os problemas propostos nas pesquisas desenvolvidas por Terezinha Nunes (NUNES, MAGINA & BRYANT, 2005), adequando-os ao objetivo da pesquisa. A coleta de dados com os alunos teve como finalidade verificar as dificuldades destes em resolver problemas envolvendo estruturas aditivas em cálculos relacionais, e não em cálculos numéricos, e as dificuldades de leitura do problema. As análises dos dados serão feitas à luz da Teoria de Registros de Representação Semiótica, de Raymond Duval, que se mostra a mais favorável para nossos propósitos. Alguns problemas aditivos apresentados por Vergnaud foram utilizados por Duval para ilustrar a congruência e a não-congruência entre dois sistemas semióticos de representação; um na língua materna e a sua conversão para um outro que utiliza a escrita da equação aritmética. Problema 1: Ganho 3 bombons e ganho 6. Fico com 9 bombons. (ganha) 3 + (ganha) 6 = (ganha) 9 Nesse caso há correspondência semântica ( ganhar → +), mesma ordem de apreensão das unidades nas duas representações (ganha 3, ganha 6, ganha 9 → 3, 6, 9) e conversão de uma unidade significante na representação de partida em uma só unidade significante na representação de chegada (ganha 3 → +3, ganha 6 → + 6, ganha 9 → + 9). 402 Já não é o caso do próximo problema. Problema 2: Ganha 3 bombons e perde 6 bombons. Perde 3. (ganha) 3 + (perde) 6 = (perde) 3 Nesse caso, os verbos portadores de informação semântica são antônimos (ganhar/perder) e, portanto, não há mais identidade semântica terminal, o que vai significar que as duas representações semióticas não serão congruentes, pois uma das condições não foi verificada. Esse segundo problema é mais difícil para os alunos quando se tratar de conversão. Ou o caso do problema “Ganhou algumas, ganhou 3, no total ficou com 8. A ordem tem que ser invertida: (ganhou) 8 ? (ganhou) 3 = ..... Se esse problema for resolvido por um procedimento da diferença, a ordem tem que ser invertida e não há nenhuma informação semântica no enunciado em língua natural que indique a subtração exigida para o mesmo. Se o problema for resolvido pelo procedimento do complemento, a ordem também tem que ser invertida, pois a comutatividade é uma exigência: (ganhou) 3 + (ganhou) ... = (ganhou) 8. Nos dois últimos exemplos não existe congruência entre os dois sistemas semióticos de representação e, segundo resultados de pesquisas, as taxas de sucesso ou insucesso dependem do maior ou menor grau de não-congruência. A primeira avaliação nos mostrou as dificuldades dos alunos para resolver problemas aditivos e multiplicativos. Nos encontros do Programa de Formação Continuada observamos que as discussões teórico-metodológicas e os conhecimentos específicos dos problemas possibilitaram às professoras uma reflexão sobre os processos envolvidos no trabalho com os problemas aditivos e multiplicativos e uma postura favorável ao desenvolvimento do trabalho. A segunda avaliação ainda será desenvolvida, mas os resultados parciais já nos apontam para uma possível e significativa mudança no trabalho com os problemas aditivos e multiplicativos em sala de aula. 2.3 Pesquisa do Grupo 3 - A contribuição do Jogo Tangram para aprendizagem do conceito de área. Essa pesquisa tem como objeto de estudo o jogo Tangram e busca responder à questão: Quais as contribuições que o jogo Tangram oferece para a aprendizagem do 403 conceito de área? E, nesse sentido, busca evidenciar a importância desse jogo para a construção desse conceito. Para tanto, está sendo realizada uma pesquisa com alunos da sétima série de uma escola da Rede Estadual de Ensino, especificamente em duas turmas que doravante serão identificadas como Turma A e Turma B. É importante explicar que o conteúdo de área já havia sido explicado pela professora de Matemática destas turmas e que a utilização do jogo se propunha à pesquisa em si. Os procedimentos metodológicos de coleta de informações qualitativas foram a aplicação do jogo nas duas turmas e o preenchimento de um questionário após a aplicação deste, para a verificação do aproveitamento do jogo na aprendizagem deste conceito. O procedimento de análise das informações qualitativas (dados empíricos) será realizado segundo a Teoria dos Registros de Representação Semiótica, de Raymond Duval. O jogo foi desenvolvido (aplicado) em momentos distintos e com objetivos diferentes. Na Turma A o jogo foi aplicado antes da avaliação de Matemática da turma, sob a forma de complemento da aprendizagem. Na Turma B o mesmo jogo foi aplicado após a avaliação de Matemática desta turma, de forma lúdica. Feito isso, aplicamos para os alunos um questionário no qual constavam perguntas sobre a facilidade e/ou dificuldade na realização da prova de Matemática sobre o conteúdo área, em relação ao jogo ter sido desenvolvido antes ou depois dela, com o propósito de constatar ou não o aproveitamento do jogo na aprendizagem do conceito de área. Nossos resultados parciais mostram uma melhora significativa da aprendizagem da Turma A em relação à aprendizagem da Turma B. Contudo, para chegarmos a uma conclusão, faz-se necessário concluir as análises das informações coletadas à luz da Teoria dos Registros de Representação Semiótica para identificar as operações cognitivas que foram colocadas em jogo nas duas formas de encaminhamento. 2.4 Pesquisa do Grupo 4 - A relação entre significantes e significados e os processos de acomodação e assimilação na produção de materiais didáticos para a Educação a Distância. A Educação a Distância é um processo de ensino-aprendizagem em que professores e alunos estão separados espacial ou temporalmente e a não frequência de sessões em salas de aula é a característica fundamental desta experiência de aprendizagem. 404 Por mais que isso ocorra, professor e aluno podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a internet, e também podem ser utilizados o rádio, o correio, o vídeo, o telefone e tecnologias semelhantes, com ou sem a orientação de um tutor ou mentor. O ensino aberto (pode-se assim dizer) refere-se a situações em que os alunos utilizam recursos de forma flexível para alcançarem as respectivas metas de aprendizagem. A Educação a Distância (EAD) pode acontecer nos mesmos níveis que o Ensino Presencial (Ensino Fundamental, Médio, Superior e Pós-Graduação). É mais indicado para a educação de adultos, principalmente para aqueles que já possuem experiência consolidada de aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece no ensino de graduação e pós-graduação. Há, nesta modalidade, uma grande preocupação em se articular conteúdos, objetivos, e sua característica fundamental é a iniciativa do educando. Cientes dessa constatação, há uma forte atenção ao processo de elaboração do material didático, que deve ser bem articulado, convidativo e de fácil compreensão. Com relação ao material didático a ser utilizado, no instante de sua elaboração o docente deve estar preocupado em promover a aprendizagem construtivista, proporcionando ao aluno momentos de reflexão e criação, resgatando os referenciais teóricos citados, inserindo atividades que levem o aluno ao mundo do conhecimento de forma mais atraente. A proposta pedagógica utilizada precisa estar bastante clara, de forma que o processo de ensino-aprendizagem possa realmente se concretizar. A Teoria dos Registros de Representações Semióticas, de Raymond Duval, utilizada em pesquisas referentes à aquisição de conhecimento e à organização de situações de aprendizagem, fazse essencial na elaboração dos materiais didáticos voltados para a EAD. As atividades com vários tipos de registros de representações semióticas instigam, provocam questionamentos, favorecem a aprendizagem dos conceitos trabalhados e permitem observar se esses conceitos foram absorvidos realmente pelo aluno. Há que se considerar, igualmente que, segundo Piaget (1976), o conhecimento se constrói na interação entre sujeito e objeto, resultante das sucessivas transformações de esquemas (formas de pensar ou resolver problemas). Esta interação coloca em jogo a acomodação e assimilação, que ora podem estar em desequilíbrio, tendendo para a imitação representativa (quando o desequilíbrio for a favor da acomodação) ou para o jogo simbólico (quando o desequilíbrio for a favor da assimilação). No entanto, em equilíbrio elas tendem para a representação cognitiva. 405 Em virtude do exposto, a presente pesquisa se volta para a explicitação das operações cognitivas de formação, tratamento e conversão de objetos matemáticos que coloca em jogo os significantes ligados a um significado, tendo por referência um objeto matemático, e relacionados ao jogo duplo de acomodações e assimilações em que a acomodação constitui os significantes e a assimilação fornece os significados. A questão que buscamos responder é: Quais os desafios cognoscitivos a serem contemplados em atividades propostas em materiais didáticos para a Educação a Distância, que favorecem o equilíbrio entre assimilação e acomodação, relacionadas aos significantes, significados e significações, tendo por referência um objeto matemático? Temos por objetivo associar as operações cognitivas de formação, tratamento e conversão de registros de representação semióticos de objetos matemáticos ao equilíbrio progressivo entre assimilação e acomodação, presentes em formas do pensamento representativo que se manifestam. A presente investigação volta-se para a elaboração de um mapa conceitual que leve em conta esta associação e todas as operações cognitivas colocadas em ação e ao pensamento operatório que, graças a reversibilidade, caracteriza o equilíbrio de uma acomodação e uma assimilação generalizadas, ultrapassando o nível dos pré-conceitos e das intuições primeiras. O referido mapa conceitual partirá do seguinte esquema: referência Significado Fornecido pela assimilação Significação Constituídos pela acomodação Significantes representação Objeto matemático contemplado no material didático para EaD 2.5 Pesquisa do Grupo 5 – Reversibilidade e operação cognitiva de tratamento com registros de representação do número. 406 No processo de ensino e aprendizagem da Matemática muitas vezes nos deparamos com crianças que sabem manipular os algoritmos utilizados para a realização da adição e subtração de números naturais, mas não atribuem significado aos empréstimos e às reservas. Um dado empírico curioso, obtido em situação de sala de aula, refere-se aos alunos que separam 14 unidades ou dezenas, por exemplo, resultantes de adições que ultrapassam 10, em 9 + 5, para fazer as substituições das unidades ou dezenas excedentes a dez por dezenas ou centenas no ábaco, respectivamente. Ao invés de uma decomposição em 10 + 4 e a substituição das 10 unidades ou dezenas por uma dezena ou centena, respectivamente, as crianças apoiam-se na regra do nunca dez, acreditando ser necessária a retirada de 5 para deixar 9. O que acontece, entretanto, é que as crianças não sabem como proceder, visto que olham as 9 unidades ou dezenas restantes e sabem que não podem trocar por 10, o mesmo acontecendo com as 5 que ficam em suas mãos. Consideramos ser este um obstáculo pedagógico que se formou por consequência da regra do nunca dez. Até nove pode. Neste sentido, buscamos apoio teórico na Teoria Piagetiana e nos estudos desenvolvidos relacionados à gênese do número. Neste estudo são investigadas as relações entre parte e todo, isto é, segundo Piaget (1975), “a reunião aritmética das partes num mesmo todo, no domínio das coleções numéricas, constitui uma das operações fundamentais que engendram o próprio número: a adição.” (p. 254) Organizamos, por este motivo, algumas atividades, a semelhança das provas piagetianas, apresentadas nesta obra, para identificar se a criança é capaz de compreender a identidade de um todo por meio das diferentes composições aditivas das partes: 14 = 1 + 13, 2 + 12, 3 + 11, 4, + 10, 5 + 9, 6 + 8, 7 + 7 e suas comutativas. As diferentes composições serão precedidas de registros de representações semióticas e, para tanto, utilizaremos o numeral arábico e o ábaco, intermediando uma representação específica que converte a adição 10 + 4 ou 4 + 10 em 1 dezena mais quatro unidades e no numeral arábico 14. Acreditamos que assim procedendo estaremos investigando a mobilidade e a fecundidade de seu pensamento, propondo um jogo de adições e subtrações combinadas, problemas com estrutura de equalização e de repartição, que exigirão que ela estabeleça relações entre parte e todo e permitirão verificar se os procedimentos de resolução dos 407 problemas são intuitivos ou realizados por procedimentos de correspondência e composição operatória. Dado o exposto nesta pesquisa, buscamos responder à seguinte questão: A invariância do total e a reversibilidade da composição aditiva podem ser contempladas nas operações cognitivas de formação, tratamento e conversão de registros de representação semióticas do número para compreensão da estrutura do Sistema de Numeração Decimal? Temos por objetivo apontar os caminhos a serem trilhados em situações de processos de ensino nas quais obstáculos didáticos podem ser gerados. As rupturas necessárias demandam estudo e aprofundamento teórico para sustentar as ações e analisar as respostas dos alunos e seus procedimentos de resolução de problemas. Conclusão Pesquisas em grupos são desenvolvidas principalmente porque permitem abranger diversos focos para um olhar mais amplo do fenômeno estudado. Corroboramos com essa importância de se fazer pesquisas em grupo uma vez que buscamos contribuir com o crescimento da ciência e com a construção do conhecimento novo. O GEPAM vem, por meio de suas pesquisas, avaliar os modos pelos quais os RRS contribuem para a interpretação e explicação das problemáticas encontradas no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que esse quadro teórico veio ao encontro das diversas dificuldades frente à complexidade da aprendizagem de Matemática. As pesquisas estão contemplando o processo de formação de professores, a compreensão de conceitos matemáticos, os processos de ensino-aprendizagem da Matemática, o discurso e a linguagem empregados na Educação Matemática. Todos os temas puderam ser subsidiados pela Teoria de RRS, de Raymond Duval, pois, segundo Machado (2003): A maneira matemática de raciocinar e de visualizar está intrinsecamente ligada à utilização das representações semióticas, e toda comunicação em matemática se estabelece com base nessas representações.. Assim, a abordagem cognitiva adotada por Duval, desenvolvida em estreita relação com o ‘funcionamento’ matemático, no que tem de específico, torna sua teoria operatória, por excelência. (p. 8) Temos convicção de que as diferentes leituras possibilitadas pela Teoria de Representações Semióticas, desenvolvida por Raymond Duval, no campo da Educação Matemática, contribuirão para a superação das inúmeras dificuldades que se apresentam no 408 processo de ensino e aprendizagem desta disciplina nas escolas e também para a contribuição em processos de formação de professores que ensinam Matemática. Igualmente, que a teoria de registros de representações semióticas constitui importante instrumento de pesquisa para ajudar a compreender a complexidade da aprendizagem da Matemática. Referências ANDRÉ, M. Pesquisa em educação: buscando rigor e qualidade. In.: Cadernos de Pesquisa, n.113 p.51-64, julho, 2001. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/cp/n113/a03n113.pdf . Acesso em 22 jun. 2009. BORBA, M.C. & ARAÚJO,J.L. (org.). Pesquisa Qualitativa em Educação Matemática. 2ª ed. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2006. 118p. DUVAL, Raymond. Écarts sémantiques et chhérence mahtématique. Annales de Didactique et de Siences Cognitivas. 1988. vol. 1, pp. 7- 25. _________________. Registres de representation sémiotique et fonctionnement cognitif de la pense. Annales de Didactique et de Siences Cognitivas. IREM de Starsbourg, n. 5, 37-65, 1993. __________________. Semíósis et Pensée Humaine; registres sémiotiques et apprentissages intellectuels. Berna: Peter Lang, 1995. __________________. Quel cognitif retenir en didactique des mathématiques? Recherches em didactique des mathématiques. La pensée Sauvage, 1996. v. 16/3, n. 48, p. 349-380. __________________. Cours PUC. São Paulo: Février, 1999. Documento datilografado. __________________. Registros de Representações Semióticas e Funcionamento Cognitivo da Compreensão em Matemática. In.: MACHADO, S.D.A. (org.) Aprendizagem em matemática: registros de representação semiótica. São Paulo: Papirus, 2003. LÜDKE, M. e ANDRÉ, M.E.D.A. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. 99p. MACHADO, S. D. A. (org.) Aprendizagem em matemática: registros de representação semiótica. São Paulo: Papirus, 2003. 409 MARTINS, G.A. e THEÓPHILO, C.R. Metodologia da investigação cientifica para ciências sociais aplicadas. São Paulo: Editora Atlas, 2007. 225p. NUNES, T.; CAMPOS, T.; MAGINA, S.; BRYANT, P. Introdução à Educação Matemática: Números e Operações. São Paulo: Ed. PROEM, 2001. PIAGET, Jean. A gênese do número na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1975. ____________. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1976. QUINTAS, Leonora Pilon. Formação continuada de professores e a resolução de problemas. In.: IX Encontro Nacional de Educação Matemática. Belo Horizonte, Anais... Belo Horizonte: SBEM, 2007. Disponível em http://www.sbem.com.br/files/ix_enem/Comunicacao_Cientifica/Trabalhos/CC082361538 35T.doc. Acesso em 13 mai. 2008. RODRIGUES, C. A abordagem processual no estudo da tradução: uma meta-análise qualitativa. In.: Cadernos de Tradução: vol.2, n.10, Florianópolis: UFSC, 2002. Disponível em http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/traducao/article/view/6143/5701. Acesso em 12 dez. 2008. 410