B IOSSEGUR ANÇA
NA ESTÉT ICA
BIOSSEGUR ANÇA PODE SER DEFINIDA COMO O CONJUNTO DE AÇÕES
VOLTADAS PAR A A PREVENÇÃO E PROTEÇÃO DO TR ABALHADOR,
MINIMIZAÇÃO DE RISCOS INERENTES ÀS ATIVIDADES DE PESQUISA,
PRODUÇÃO, ENSINO, DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS, VISANDO A SAÚDE DO HOMEM, DOS ANIMAIS, A
PREVENÇÃO DO MEIO AMBIENTE E A QUALIDADE DOS RESULTADOS
(TEIXEIR A & VALLE, 1996).
CO N C E I TO S
Conhecimento técnico, atendimento personalizado,
produtos de qualidade, são alguns dos atributos que
fazem um profissional de estética se destacar no
mercado. Mas, além deles, há uma outra importante
questão que deve ser priorizada: os cuidados
básicos de higiene, manipulação e conservação de
produtos, materiais e equipamentos existentes no
espaço de trabalho.
com um cosmético, a água, os extratos e matériasprimas existentes em sua composição podem servir
de fonte de crescimento para sua proliferação.
Em qualquer ambiente estamos constantemente em
contato com poeira e sujeiras em geral, provenientes
do ar, solo e do próprio homem. Juntamente com
elas estão vários micro-organismos, como fungos,
bactérias, vírus, etc. Estes micro-organismos,
dependendo do lugar onde se encontram, podem
ser benéficos ou não. Por exemplo, na nossa pele
existem vários micro-organismos de defesa, os
quais, se retirados, podem ser prejudiciais, pois
diminuem o sistema de defesa da pele. Porém,
se estes mesmos elementos entrarem em contato
O mesmo acontece com os micro-organismos
que vivem no ambiente. Quando o produto fica
muito exposto, aberto por muito tempo, os microorganismos entram em contato com o cosmético
proliferando-se da mesma maneira como ocorre
na pele humana. Com isso, uma pessoa que
entra em contato com o cosmético contaminado
pode apresentar diferentes reações alérgicas. E,
dependendo do local onde o produto é aplicado, podem
ocorrer consequências mais graves, por exemplo,
em áreas mais sensíveis como os olhos e mucosas.
Além da reação da pessoa, o próprio cosmético pode
sofrer alterações de acordo com a bactéria ou fungo
que o contaminou. As alterações podem variar desde
mudança de cor e cheiro do produto, até alterações
em sua viscosidade e eficiência.
Isso não quer dizer, entretanto, que um cosmético dever ser isento
de micro-organismos. De acordo com a resolução da Anvisa, os
cosméticos podem ter determinado limite de bactérias e fungos,
porém, devem ter ausência de micro-organismos patogênicos.
Já nos materiais e bancada de trabalho é necessário utilizar um papel
toalha ou uma gaze de algodão. É muito importante a assepsia
do cliente após fazer a limpeza e antes de iniciar o tratamento para
melhorar a penetração de ativos.
Por todos esses motivos deve-se evitar entrar em contato direto com
o produto do frasco. O ideal é usar materiais devidamente limpos e
assépticos ou descartáveis para retirar o produto da sua embalagem.
EPI’S – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Um cosmético não precisa ser isento de contaminantes, por esse
motivo não é preciso fazer esterilização de materiais e de ambientes.
É necessário sim que o ambiente esteja o mais limpo e asséptico
possível para diminuir a carga microbiana, mas não isento de microorganismos. Para isso pode-se usar álcool 70% para assepsia de
materiais ou da pele. Porém, este tem a desvantagem de ressecar
a pele, tendo como alternativa o álcool 70% glicerinado que ajuda
na umectação da pele. Outro excelente antisséptico é a clorhexidina,
muito eficaz contra fungos e bactérias.
ÆÆ LUVAS – devem ser utilizadas em todos os procedimentos
e ser descartadas ao final de cada um deles. Não dispensa
a lavagem (higienização) das mãos e devem ser calçadas
de maneira a sobrepor os punhos do jaleco e, uma vez
colocadas, não se deve tocar em outros objetos.
É possível encontrar esse princípio ativo em cosméticos especialmente
desenvolvidos para a higienização da pele do cliente e do próprio
profissional de estética. Além da função antisséptica, esses produtos
também possuem substâncias hidratantes que auxiliam nos
tratamentos estéticos e podem ser aplicados diretamente na pele,
sem uso de algodão, gaze ou papel toalha.
São materiais de uso individual e muitos são descartáveis, não
devendo ser utilizados mais de uma vez, mesmo que seja o mesmo
cliente a tratar.
ÆÆ TOUCA – o emprego da touca pelo profissional previne
contaminação cruzada do profissional para o cliente
por micro-organismos que possam estar presentes no
cabelo, sendo assim uma possível fonte de contaminação.
Também é uma forma de proteção para o profissional contra
uma possível contaminação dos cabelos por secreções
que possam ocorrer conforme o procedimento estético a
ser realizado. Protege o cliente também dos cosméticos
utilizados, principalmente quando este tiver cabelos longos.
CO N C E I TO S
ÆÆ JALECO – o mais adequado é o de cor branca, mangas
longas e punhos. Existem aventais descartáveis para
profissionais, porém não muito utilizados. Os jalecos
de tecidos devem ser trocados diariamente e somente
utilizados nos espaços de atendimento (sala, cabine,
consultório ...).
ÆÆ ÓCULOS – protegem os olhos dos profissionais,
principalmente no momento de extração quando não se
utiliza a lupa. Os olhos são áreas de fácil contaminação.
ÆÆ MÁSCARA – protetor da boca e nariz do profissional, áreas
de mucosas que também podem contaminar-se facilmente,
deve ser descartável e/ou trocada a cada período.
mesmo tipo de produto, não é aconselhado passar de uma para
outra. Os produtos devem ser bem fechados após o uso para evitar
contaminação por micro-organismos provenientes do ambiente.
Além disso, dependendo do produto, se permanecer muito tempo
aberto em contato com o ar pode oxidar, ficar com cheiro rançoso
e ter sua cor alterada. Geralmente o cosmético oxidado vai ficando
amarelado com o tempo.
Após o uso, as tampas, bem como a boca do frasco, devem ser
devidamente limpas e de preferência feita assepsia com produtos
à base de clorhexidina ou outro similar existente no local de trabalho.
Para retirar os cosméticos dos potes deve-se utilizar espátulas, de
preferência descartáveis, mas se não for possível, usar espátulas
limpas e assépticas. Nunca retirar do frasco diretamente com as
mãos, nem que seja para remover apenas o que está na tampa,
pois conforme exposto anteriormente, a nossa flora cutânea possui
bactérias que, ao entrarem em contato com o produto, podem vir a
contaminar o mesmo.
A aparência do frasco também é muito importante. Embalagens sujas
externamente pelo próprio produto ou qualquer outra substância,
podem não oferecer risco de contaminação do conteúdo, mas
deixam um péssimo aspecto. Por isso é muito importante mantê-los
limpos e, com isso, contribuir com a boa imagem do ambiente.
ÆÆ CALÇADO FECHADO – durante a manipulação dos
instrumentos e utensílios nos tratamentos estéticos, há
grande risco de derrubá-los, se contaminados podem ser
prejudiciais.
Importante ressaltar também que os lençóis que recobrem a maca e
o cliente devem estar sempre limpos e impecáveis, assim como todo
o ambiente de atendimento, demonstrando o quanto o profissional
se importa com a saúde e higiene.
Outro ponto importante é com relação aos produtos. A melhor forma
de armazená-los é na sua embalagem original. Deve-se evitar a troca
da mesma devido ao risco de contaminação, mesmo que seja do
CRITÉRIOS DE BIOSSEGUR ANÇA
QUE DEVEM SER SEGUIDOS NA ÁREA DE ESTÉTICA
Os materiais devem estar muito bem limpos e assépticos. Tomar cuidado com o produto que você está utilizando
no seu cliente, se este é realmente indicado para a pele dele. A manutenção preventiva e corretiva dos aparelhos,
macas e demais equipamentos do local de trabalho é de suma importância para a segurança do profissional
e do cliente. O uso dos EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) adequados também é importante para a
proteção do produto, para evitar a contaminação do mesmo, do cliente e do próprio profissional.
CO N C E I TO S
Download

Clique aqui e faça o do arquivo