Cenários para a escola de
amanhã
OCDE, BIE e outros contributos
Ana Benavente © Maputo 2006
O futuro não é uma fatalidade. Somos nós
que o construímos a partir das tendências
do presente.
Os cenários são instrumentos estratégicos
para
reflectirmos,
debatermos
e
orientarmos a acção.
Os cenários são antecipações do futuro para
podermos intervir em função da nossa “visão”,
do que é desejável e do que é possível...
…a partir das vontades, das realidades, dos
factos e das tendências que se podem observar
no presente
Para além das diferenças entre os
nossos países há questões e
desafios que são comuns:
Como orientar a mudança?
Como resolver os problemas de acesso, de
equidade e de qualidade educativa na
educação para todos?
Que fazer com o insucesso e o abandono
escolares?
Os cenários
De que se trata?
De uma perspectiva para orientar e “pilotar” a
mudança
Os cenários
A partir de quê?
• Da realidade e dos diagnósticos que somos
capazes de fazer, das tendências, das
oportunidades, da nossa leitura do mundo, da
avaliação das dinâmicas e das nossas
esperanças e dos nossos desejos...
Os cenários
Porquê e para quê?
• Para agir, para tomar decisões, para fazer
escolhas, para reflectir de modo descentrado
sem estarmos sempre dominados (e só...) pelo
imediato.
Os seis cenários da OCDE
organizados em “três famílias”
1. O status-quo
•
•
•
Manter e reforçar as características da escola
que herdámos
Melhorar sem mudança a nível da centralização
e da burocracia (cenário 1 A),
Crise de professores, indisciplina – a escola
impossível de governar (cenário 1B)
Nesta primeira família de cenários, partimos do
que herdámos e procuramos melhorar sem
grandes mudanças: consegue-se... ou não
2. a re-escolarização
• Nesta perspectiva, partimos das “boas práticas”
e procuramos refundar a escola que herdámos
inscrevendo-a no centro das (cenário 2A)
• Ou, noutra perspectiva procuramos tornar as
escolas em centros de inteligência, mais
autónomas, organizações “que aprendem”
(cenário 2B)
Nesta segunda família de cenários, partimos da
escola que herdámos e orientamos mudanças
qualitativas de modo deliberado: rompemos
“tabus” da escola tradicional e partimos das
inovações que apontam o caminho do futuro.
3. A des-escolarização:
• Diante das dificuldades da escola actual,
acabamos com este modelo; seja propondo
outras redes de aprendizagem (TIC, p. ex)
(cenário 3A),
• Seja tornando a educação um bem submetido
(como outros) às leis do mercado (cenário 3B)
Nesta terceira família de cenários, considera-se
que a escola que conhecemos é um modelo
ultrapassado e que são precisas outras
respostas: dispositivos formais e informais de
aprendizagem, ou então as leis do mercado
(escolas de línguas, de informática, etc.) O
Estado abandona o seu compromisso com a
escola que se compra e se vende como qualquer
outro bem.
Evidentemente, estes cenários situam-se de
modo muito diferente quanto ao acesso, à
equidade e à qualidade da EPT, quanto ao
estatuto dos professores e a todas as outras
dimensões da vida educativa.
Não são todos igualmente desejáveis e
prováveis.
De que depende a nossa avaliação?
- da nossa visão da escola, das suas funções
sociais e do seu papel no desenvolvimento
sustentável, na luta contra a pobreza, na coesão
social e na paz.
Para
debate:
• Como classificam os cenários de tipo 1
quanto
a
“desejável/indesejável”
e
“provável/improvável”?
• Porquê?
• E os de tipo 2?
• Porquê?
• E os de tipo 3?
• Porquê?
• Quais são então as consequências das
vossas “previsões”?
• O desejável mais provável? Como?
Outros elementos para debate:
• Quais as tendências que existem no
vosso país para o reforço da escola
tradicional?
• E
em relação
re-escolarização?
aos
cenários
de
em relação aos
des-escolarização?
cenários
de
•E
. Que será necessário fazer desde já para
alcançar cenários de tipo 2 – re-escolarização?
. Que prioridades?
. Que obstáculos?
. Quais são os “perigos” (dificuldades/
bloqueios) da situação escolar no vosso
país?
. E as oportunidades?
Ana Benavente© - Maputo 2006
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Porquê?