VENTILAÇÃO MECÂNICA
POR VOLUME
israel figueiredo junior
VM VOLUMÉTRICA
VANTAGENS
• VC fornecido varia pouco quando a complacência
e/ou resistência se alteram
• Variações no PIP gerada alertam para alterações
na mecânica pulmonar e/ou nas via aérea
artificial
• Tubos com balonetes : pode-se calcular as
complacências estática e dinâmica (úteis para
identificar a causa da dificuldade respiratória)
VM VOLUMÉTRICA
DESVANTAGENS
 são aparelhos complexos e custo elevado
 poucos modelos adequados para RN e
lactentes - parte do VC que é perdido no
sistema (respirador – circuito), é
significativo na ventilação do paciente
pediátrico ( alta complacência interna e do
circuito)
VM VOLUMÉTRICA
CARACTERÍSTICAS DO MODELO
• FASE INSPIRATÓRIA : termina no
momento que o volume de gás, préselecionado, é fornecido ao paciente. Na fase
inspiratória, o PIP desenvolvido no circuito
e taxa de F podem variar de um ciclo para o
outro. O único parâmetro que permanece
constante é o volume pré-determinado
VM VOLUMÉTRICA
CARACTERÍSTICAS DO MODELO
• MECANISMO DE CICLAGEM : pode ser
pneumático ou operado eletronicamente
• PICO DE PRESSÃO INSPIRATÓRIA : não é
pré-estabelecido e a pressão é aquela para
fornecer o VC desejado ao paciente (relação
direta com a complacência pulmonar,
resistência das vias aéreas e da complacência
do sistema respirador-circuito)
VM VOLUMÉTRICA
CARACTERÍSTICAS DO MODELO
Aumento da PIP
- Diminuição da Complacência - Obstrução no circuito do
respirador (condensação ou
acotovelamento do tubo)
- Oclusão ou má posição do tubo
- Aumento da Resistência da VA(secreções / broncoespasmo)
- Alterações na posição do
paciente
Diminuição da PIP
Diante do Aumento da
Complacência Pulmonar
Perdas (escapes) de gás
no circuito
Perdas ao redor do tubo
traqueais sem balonetes
Perdas através de
fístulas broncopleurais
VM VOLUMÉTRICA
CARACTERÍSTICAS DO MODELO
 COMPLACÊNCIA
- Para chegarmos a complacência real pulmonar,
o escape deve ser eliminado. A utilização de
balonete no tubo seria imperativo
- COMPLACÊNCIA DINÂMICA e ESTÁTICA
úteis para identificar a causa do desconforto
respiratório agudo e para fornecer um valor de
referência na monitorização do paciente
VM VOLUMÉTRICA
CARACTERÍSTICAS DO MODELO
 COMPLACÊNCIA
Complacência Dinâmica = volume corrente
PIP – PEEP
Complacência Estática = volume corrente
Platô de Pressão - PEEP
O Platô de Pressão é verificado durante a oclusão da via
aérea no fim da inspiração – Platô de 1 a 2 segundos
VM VOLUMÉTRICA
CARACTERÍSTICAS DO MODELO
 COMPLACÊNCIA DO SISTEMA RESP-CIRCUITO
Complacência do = volume corrente determinado (VCvent)
Sistema (Cvent)
PIP gerado pelo sistema
(VIA PÇ OCLUÍDA)
• Quando a PEEP está sendo utilizada, o cálculo da complacência é :
Cvent = Vcvent
PIP – PEEP
VM VOLUMÉTRICA
CARACTERÍSTICAS DO MODELO
VOLUME PERDIDO NO CIRCUITO :
conhecendo a complacência do sistema,
podemos calcular o volume perdido no circuito
e umidificador, enquanto o respirador estiver
conectado ao paciente
Volume Perdido (VP) = complacência do
sistema (Cvent) x (PIP – PEEP)
VM VOLUMÉTRICA
CARACTERÍSTICAS DO MODELO
VOLUME CORRENTE REAL : é aquele obtido
quando subtraímos o volume perdido no circuito
do volume corrente pré-determinado
VC real = VC - VP
VM VOLUMÉTRICA
CARACTERÍSTICAS DO MODELO
FASE INSPIRATÓRIA (Tempo Inspiratório)
• SE mecanismo propulsor gerar uma pressão 5
vezes a pressão desenvolvida na ventilação
mecânica do paciente, a taxa de fluxo se manterá
constante (respiradores de fluxo contínuo) e a
duração da fase inspiratória não é afetada,
enquanto o PIP variará de acordo com as
condições do pulmão.
VM VOLUMÉTRICA
CARACTERÍSTICAS DO MODELO
FASE INSPIRATÓRIA (Tempo Inspiratório)
• SE a geração for de pressão constante, nos
respiradores que a pressão gerada não é
suficiente para manter um fluxo contínuo, a
diminuição na complacência pulmonar e/ou
aumento da resistência de vias aéreas, causará
um aumento da fase inspiratória. Nessas
circunstâncias, o tempo inspiratório é
restaurado por um aumento da taxa de fluxo
VM VOLUMÉTRICA
CARACTERÍSTICAS DO MODELO
FASE INSPIRATÓRIA (Tempo Inspiratório)
• SE o aparelho for de fluxo contínuo (maioria
dos respiradores volumétricos utilizados na
infância, quando um tempo inspiratório é
solicitado, deveremos utilizar a seguinte
fórmula :
FLUXO (ml/seg)=
volume corrente
tempo inspiratório
VM VOLUMÉTRICA
CARACTERÍSTICAS DO MODELO
FASE INSPIRATÓRIA (Tempo Inspiratório)
• SE for ciclado a volume terá um fluxo
intermitente, tendo um fluxo de gás durante a
fase inspiratória
• Esses aparelhos possuem um reservatório que
libera o fluxo quando uma válvula de demanda
é aberta (pressão negativa no circuito, pelo esforço
inspiratório do paciente)
• Esta sistema poderá aumentar muito o trabalho
respiratório da criança sob VMI
VM VOLUMÉTRICA
CARACTERÍSTICAS DO MODELO
FASE INSPIRATÓRIA (Tempo Inspiratório)
• SE for de fluxo contínuo ciclado por tempo, a
fase inspiratória termina quando o TI é
atingido, não importando se o VC foi ou não
atingido
• Dependendo do fluxo e do TI, o VC pode não ser
fornecido
• Desvantagem na falta de manutenção do VC,
quando ocorrem alterações na complacência
e/ou resistência de VA
VM VOLUMÉTRICA
CONTROLES E MODO DE OPERAR
• INÍCIO DA VENTILAÇÃO : selecionar
VOLUME CORRENTE
FLUXO
FREQÜÊNCIA
FiO2
VM VOLUMÉTRICA
CONTROLES E MODO DE OPERAR
• O tempo inspiratório é determinado
indiretamente por ajuste na taxa de fluxo e
pode ser estimado nos geradores de fluxo
constante :
Tinsp. (seg.) = volume corrente (ml) + Platô inspiratório
Fluxo (ml/seg.)
VM VOLUMÉTRICA
CONTROLES E MODO DE OPERAR
• A Relação I:E é uma função do volume
corrente predeterminado, da taxa de fluxo,
da freqüência respiratória e do platô
inspiratório, sendo portanto , resultante
das variações desses parâmetros
VM VOLUMÉTRICA
CONTROLES E MODO DE OPERAR
• Adjuntos ventilatórios : respiração periódica
profunda (suspiro), PEEP, platô (pausa)
inspiratório, retardo expiratório. São utilizados
para melhorar a distribuição de gás inspirado
durante o processo de ventilação, reduzindo o
shunt intrapulmonar, evitando o colapso
prematuro das vias aéreas e a retenção de gás
VM VOLUMÉTRICA
MODOS DE VENTILAÇÃO
 Ventilação Mecânica Controlada
A respiração do paciente é realizada
exclusivamente através de ventilações por
pressão positiva
É freqüente a necessidade de hiperventilar
para inibir as respirações expontâneas e
manter em controlada. Ter cuidado com a
alcalose ventilatória resultante
VM VOLUMÉTRICA
MODOS DE VENTILAÇÃO
 Ventilação Assistida
Em lactentes é necessário que o respirador seja
capaz de deflagrar a ventilação a partir de
pequenas pressões negativas (0,1 cm/H2O) geradas
pelo paciente no circuito
É importante que o tempo de resposta do
respirador ao esforço inspiratório do paciente seja
curto (em crianças a resposta deve ser em torno de 36
milisegundos; nos de adulto podem levar 434 milisegundos)
VM VOLUMÉTRICA
Ventilação Assistida
•
•
•
•
•
DESVANTAGENS
VANTAGENS
aumentar a
• hiperventilação
coordenação entre o
desnecessária
paciente e a
(paciente ansioso)
insuflação mecânica • tolerância diminuída
aumento do VC
a modelos
respiratórios rápidos e
diminui o
exaustão
barotrauma por
diminuição do PIP
• alto limiar de pressão
negativa, aumentando
melhora da
o trabalho ventilatório
oxigenação
( ativação da válvula
paciente controla a
de
demanda)
sua taxa respiratória
VM VOLUMÉTRICA
MODOS DE VENTILAÇÃO
 Ventilação Controlada/Assistida
• O paciente aciona o aparelho e controla a
freqüência das ventilações (ventilação assistida),
desde que a freqüência das inspirações seja
maior que o número de ventilações controladas.
Normalmente, uma freqüência de apoio (2 a 3
ventilações por minuto abaixo da freqüência do paciente)
é determinada (evita um aumento da PCO2 se o
paciente parar de deflagrar o aparelho)
VM VOLUMÉTRICA
MODOS DE VENTILAÇÃO
 Ventilação Mandatória Intermitente (VMI)
VMI
FLUXO CONTÍNUO
FLUXO de DEMANDA
Sincronizada ou não
VM VOLUMÉTRICA
MODOS DE VENTILAÇÃO
 Ventilação Mandatória Intermitente
Sistema de Fluxo Contínuo : um alto
fluxo de gás é mantido constante pelo
circuito durante todo o ciclo respiratório,
o que permite a respiração espontânea
entre as ventilações por pressão positiva
VM VOLUMÉTRICA
MODOS DE VENTILAÇÃO
 Ventilação Mandatória Intermitente
Sistema de Fluxo por Demanda : é necessário
que uma válvula seja aberta pelo esforço
inspiratório do paciente, para fornecer o fluxo
de gás. A resistência a respiração espontânea
deve ser mínima, para não aumentar o
trabalho respiratório (evitar aumento do consumo
de O2 e maior produção de CO2 e diminuir a
intolerância ao sistema)
VM VOLUMÉTRICA
MODOS DE VENTILAÇÃO
 Ventilação Mandatória Intermitente
VMI Sincronizada : a pressão positiva é
fornecida imediatamente no início do esforço
inspiratório espontâneo do paciente, o qual é
detectado como uma pequena flutuação de
pressão negativa no circuito do respirador.
Diminui a assincronia entre as respirações
espontâneas e as respirações por PP fornecidas
pelo respirador, diminuindo o trauma
VM VOLUMÉTRICA
MODOS DE VENTILAÇÃO
 Volume Minuto Mandatório
Semelhante ao IMV e utilizado em desmame. O
operador determina um volume minuto desejado e
se as respirações espontâneas do paciente não
forem suficientes para atingir o volume minuto
predeterminado, o respirador complementará com
ventilação por pressão positiva. Mantém um nível
de ventilação constante
VM VOLUMÉTRICA
MODOS DE VENTILAÇÃO
 Pressão de Suporte
Uma predeterminada pressão positiva constante é
mantida durante toda a fase inspiratória da
respiração espontânea. Nessa modalidade o
paciente deve deflagrar o respirador. Diminui o
consumo de oxigênio e conforme o desmame
progride, o nível de suporte de pressão é diminuído
VM VOLUMÉTRICA
PARÂMETROS VENTILATÓRIOS
 . VOLUME CORRENTE
Em pacientes pediátrico o VC é de 6 a 8 ml/kg
O volume no respirador deve ser em torno de 10 a
15 ml/kg para compensar 3 situações :
• Qualquer aumento associado ao espaço
morto
• Aumento na produção de CO2 que
acompanha a falência ventilatória
• Compensar o Volume Perdido (VP) no
sistema
VM VOLUMÉTRICA
PARÂMETROS VENTILATÓRIOS
• Verificação do Volume Corrente oferecido
Cânulas com Balonetes – medir o volume
expirado através de um espirômetro (Wright),
conectado entre a cânula endotraqueal e o
circuito do respirador
Cânulas sem Balonetes – em crianças abaixo de
8 anos, devemos calcular a complacência do
sistema e o volume perdido, para se chegar ao
volume corrente que realmente é oferecido
VM VOLUMÉTRICA
 Verificação do Volume Corrente oferecido
Criança pesando 4 kg – VC = 24 ml (6ml/kg)
Complacência do sistema – Cvent = divisão do
volume predeterminado na máquina (24 ml),
pelo PIP gerado (60 cm H2O), quando a via de
saída do circuito para o paciente estiver ocluída :
Cvent = 24 ml = 0,4 ml/cm H2O
60 cm H2O
VM VOLUMÉTRICA
• Verificação do Volume Corrente oferecido
Ao conectar o respirador ao paciente a pressão
atingida é de 25 cm/H2O, para fornecer um volume
de 24 ml; portanto, o volume perdido (Vp) é obtido
multiplicando-se a complacência de sistema pelo
pico de pressão gerada :
Vp = 0,4
x
25 cm H2O = 10 ml/cm H2O
VM VOLUMÉTRICA
• Verificação do Volume Corrente oferecido
Portanto, para se manter um VC de 24 ml devese aumentar o volume predeterminado para 34
ml. Esse procedimento deve ser repetido se esse
novo valor do volume predeterminado produzir
uma elevação na pressão anterior gerada e,
dessa forma, aumentar o volume perdido na
sistema
VM VOLUMÉTRICA
Verificação do Volume Corrente oferecido
Aumento do Vp
Diminuição do Vp
 Complacência pulmonar  Complacência
diminuída - a pressão
pulmonar
que o respirador deve
aumentada – um
gerar para fornecer o
volume menor fica
volume corrente
retido no circuito e o
aumenta, fazendo com
Vc que o paciente
que exista um aumento
recebe aumenta
do volume perdido
VM VOLUMÉTRICA
Verificação do Volume Corrente oferecido
Variações no Volume perdido : alterações na complacência
do sistema
 Mudança no nível de água do umidificador
 Troca do circuito (complacência varia com o
comprimento, diâmetro, espessura e
composição da parede dos tubos)
 Alterações na taxa de fluxo e/ou freqüência das
respirações por pressão positiva
VM VOLUMÉTRICA
VC EM CÂNULAS SEM BALONETES
• Geralmente não é o VC que o paciente recebe,
devido ao escape de ar ao redor da cânula
• Escape varia inversamente com a complacência
do pulmão
• Torna-se imprescindível a avaliação clínicogasométrica (boa expansibilidade pulmonar, submissão a
ventilação, boa entrada de ar, sinais de boa oxigenação, além de
uma boa PaCO2)
para ajustar o valor do VC e da FR
VM VOLUMÉTRICA
PARÂMETROS VENTILATÓRIOS
 . TAXA DE FLUXO
• Determina a rapidez que o volume corrente é
fornecido ao paciente
• É um dos fatores que determinam o tempo
inspiratório
• Variações no fluxo alteram a relação entre os
TI e TE, quando o VC e a FR são mantidos
constantes
VM VOLUMÉTRICA
TAXA DE FLUXO
Respiradores de fluxo constante, estimar :
Taxa de Fluxo =
ml/seg
VC (ml)
Tempo inspiratório (seg.)
Nos ciclados a volume, o fluxo é selecionado;
em alguns pode ser determinada indiretamente
por ajustes na FR, VM e percentagem do TI
VM VOLUMÉTRICA
PARÂMETROS VENTILATÓRIOS
 . FREQÜÊNCIA RESPIRATÓRIA
 A freqüência das ventilações é selecionada
 Determina o tempo do ciclo respiratório tempo
no qual tanto a inspiração e a expiração
ocorrem
 Ex. a FR de 20 rpm determina 3 segundos para
cada ciclo respiratório. É fundamental no
cálculo do volume minuto – Vmin = VC x FR
VM VOLUMÉTRICA
PARÂMETROS VENTILATÓRIOS
 . RELAÇÃO I/E
• É determinada indiretamente nos respiradores
ciclados a volume. É função do volume corrente
predeterminado, da taxa de fluxo, da
freqüência respiratória e da pausa inspiratória.
Geralmente, para se obter uma dada relação
I/E são realizados ajustes na taxa de fluxo.
VM VOLUMÉTRICA
PARÂMETROS VENTILATÓRIOS
RELAÇÃO I/E
• Aumento na taxa de
Fluxo – diminui o
tempo necessário
(tempo inspiratório)
para fornecer o
volume corrente
desejado
• Diminuição do
Volume Corrente
diminui o tempo
inspiratório, se a taxa
de fluxo for mantida
constante
VM VOLUMÉTRICA
PARÂMETROS VENTILATÓRIOS
RELAÇÃO I/E
• O tempo inspiratório normal recomendado
durante a ventilação mecânica varia de 0,4
segundos no recém-nascido a 1,5 segundos
no paciente adulto
• A relação I/E é importante porque a
exalação é usualmente um processo passivo
VM VOLUMÉTRICA
PARÂMETROS VENTILATÓRIOS
RELAÇÃO I/E
Tempo Expiratório Curto – problemas
• PEEP inadvertido ou indesejável : exalação
incompleta - hiperinsuflação e distensão alveolar
• Utilização de músculos acessórios para tornar
mais rápida a exalação
• TE curto pode ser prejudicial em asma ou
doença pulmonar obstrutiva
VM VOLUMÉTRICA
PARÂMETROS VENTILATÓRIOS
RELAÇÃO I/E
Tempo Inspiratório Longo
• Aumenta a pressão aérea média.
• A maioria dos aparelhos ciclados a volume, pp/
de adulto, não suportam relação I/E maiores que
1/1 e quando o TI ultrapassa o valor do TE, um
alarme de relação inadequada é ativado.
VM VOLUMÉTRICA
PARÂMETROS VENTILATÓRIOS
 . PAUSA (PLATÔ) INSPIRATÓRIA
• As máquinas cicladas a volume possuem um
dispositivo que retarda a abertura da válvula de
exalação, por tempo predeterminado (até 2 seg),
após o fornecimento do VC selecionado,
aumentando o TI e determinando uma pausa
inspiratória (curva quadrada)
• A pausa inspiratória mantém o pulmão insuflado
por um período de tempo predeterminado, após o
VC ter sido fornecido
VM VOLUMÉTRICA
PAUSA (PLATÔ) INSPIRATÓRIA
Vantagem
Desvantagem
• útil em doenças onde
• submete unidades
existem alvéolos com
alveolares, com constantes
constante de tempo
de tempo normais, a
prolongadas (alvéolos
prolongados períodos de
lentos)
pressão positiva,
• a pausa permite uma
aumentando o risco de
melhor distribuição do gás
barotrauma, bem como o
a áreas pobremente
comprometimento do
ventiladas do pulmão
débito cardíaco.
VM VOLUMÉTRICA
PARÂMETROS VENTILATÓRIOS
 . SUSPIROS
• São respirações periódicas profundas
• Hiperinsuflam os pulmões, com um volume que
corresponde a 2 vezes o VC predeterminado no
respirador
• Tenta simular a respiração normal – durante a
ventilação o suspiro ocorre aproximadamente 6
a 10 vezes por hora e aproximadamente 2 vezes
em 1 hora durante o sono
VM VOLUMÉTRICA
SUSPIROS
• Vantagens – pode funcionar como uma defesa
contra a atelectasia; está relacionado a
diminuição do grau de shuntagem e melhora da
oxigenação. A eficácia do suspiro mecânico não
está comprovada. Além disso, tem sido
sugerido que o uso de 10 a 15 ml/kg de volume
corrente torna desnecessária a respiração
periódica profunda
VM VOLUMÉTRICA
PARÂMETROS VENTILATÓRIOS
 . PEEP/CPAP
• A pressão expiratória final positiva e a
pressão contínua em positiva em vias
aéreas são dois adjuntos respiratórios
que aumentam a capacidade residual
funcional e melhoram a oxigenação, o
que permite a diminuição da FiO2
VM VOLUMÉTRICA
PARÂMETROS VENTILATÓRIOS
 . RETARDO EXPIRATÓRIO
• Introduz uma resistência ao fluxo expiratório,
para evitar o colapso das vias aéreas e a
retenção de ar em pacientes com doença
obstrutiva de vias aéreas.
• Eficácia questionada. Ao contrário do
PEEP/CPAP, permite-se que a pressão aérea
positiva retorne gradualmente ao nível da
pressão atmosférica no fim da expiração
VM VOLUMÉTRICA
PARÂMETROS VENTILATÓRIOS
 . PICO DE PRESSÃO INSPIRATÓRIA (PIP)
• O PIP NÃO é limitado pelo operador nos
respiradores ciclados a volume
• A pressão necessária para insuflar é uma
função do : volume de gás fornecido (volume
corrente), tempo na qual é oferecido,
resistência de vias aéreas, complacência dos
pulmões e tórax do paciente
VM VOLUMÉTRICA
PICO DE PRESSÃO INSPIRATÓRIA
Alarme de Alta Pressão
 Geralmente selecionado a 10 cm/H2O acima do
PIP corrente, alerta para aumentos súbitos na
pressão gerada e despreza o restante do volume
predeterminado, quando o limite de pressão de
alarme é atingido.
 O paciente em ventilação que atinge o limite de
pressão do alarme necessita de avaliação
VM VOLUMÉTRICA
Possíveis causas de aumento da PIP
 Dobra do tubo traqueal ou oclusão por secreções
• Aumento da resistência das vias aéreas por
broncoespasmo
• Turbilhonamento de gás por aumento da taxa de
fluxo (em cânulas de calibre reduzido)
• Pneumotórax (principalmente o hipertensivo)
• Intubação seletiva/migração da cânula traqueal
• Diminuição da complacência pulmonar (fibrose
progressiva, aumento da água pulmonar)
VM VOLUMÉTRICA
PICO DE PRESSÃO INSPIRATÓRIA
Alarme de Baixa Pressão
 Selecionar 5 cm/H2O abaixo do PIP corrente
 É ativado quando ocorre diminuição brusca da
pressão gerada por vazamentos no circuito ou
ao redor da cânula
 A melhora da complacência pulmonar e/ou da
resistência das vias aéreas também acarreta
diminuição do PIP
VM VOLUMÉTRICA
VENTILAÇÃO EM PEDIATRIA
 PACIENTE SEM DOENÇA PULMONAR
(grande cirurgia, síndrome Guillain – Barré, TCE) complacência normal, baixa resistência e boa relação
ventilação/ perfusão
• Volume corrente (VC) : 5 a 10 ml/kg
• Volume Minuto : VC x FR
• Limite de TI : de acordo com a idade ( 0,6 a 1
seg) ou conforme o VC e o fluxo corrente
• FR : normal para a idade (15 a 30 mpm)
• PEEP : 0 a 3 cm/H2O
• FiO2 : próxima a 25%
VM VOLUMÉTRICA
VENTILAÇÃO EM PEDIATRIA
 PACIENTE COM DOENÇA OBSTRUTIVA
DE VIAS AÉREAS (asma, bronquiolite,
mucoviscidose, displasia broncopulmonar, etc.)
Apresentam uma elevada resistência pulmonar
(constante de tempo ins e expiratória altas),
alterações na relação ventilação – perfusão,
hipoxemia e alteração na ventilação (aumento
da PaCO2 por hipoventilação obstrutiva)
VM VOLUMÉTRICA
• DOENÇA OBSTRUTIVA
• Volume Corrente (VC) : 6 a 10 ml/kg – gerará altas
pressões (PIP) em razão do quadro obstrutivo
• Volume Minuto : em torno de 75% do VM normal
(VC x FR reduzida)
• TI longo (+ 1,0 segundo) conforme o VC e o Fluxo
• FR : diminuída, em razão de TI e TE longos (14 a 20
ciclos por minuto)
• PEEP : 0 a 3 cmH2O – já existe PEEP intra-alveolar
ocasionando aumento da capacidade residual
• FiO2 : em torno de 50% ou mais
VM VOLUMÉTRICA
VENTILAÇÃO EM PEDIATRIA
 PACIENTES COM DOENÇA QUE DIMINUI A
COMPALCÊNCIA (SARA, pneumonia
intersticial, etc.)
Apresentam baixa complacência pulmonar
(baixas constantes de tempo ins e expiratórias)
e comprometimento na relação ventilaçãoperfusão (hipoxemia grave)
VM VOLUMÉTRICA
DIMINUIÇÃO DA COMPLACÊNCIA
• Volume Corrente : 6 a 10 ml/kg – gerará altas PIP, em
razão da baixa complacência; Evitar VC alto (acima de 15
ml/kg) devido ao volutrauma
• Volume Minuto : normal ou reduzido até 75% do VM
habitual para idade
• TI : curto (0,5 a 0,8 segundo) conforme o VC e o
Fluxo corrente
• FR : normal – em casos graves, reduzir a FR para evitar
dano de parênquima (hipoventilação permissiva)
• PEEP : 5 a 15 cm/H2O - manter uma proporção entre a
FiO2/PEEP
• FiO2 : não ultrapassar 60 – 70%. Tolerar saturação de
80 a 85%
VM VOLUMÉTRICA
MANUSEIO DO RESPIRADOR
 VENTILAÇÃO– a ventilação alveolar é uma
expressão do VM, que é produto do VC pela FR
HIPERVENTILAÇÃO
FR
VC
VM VOLUMÉTRICA
HIPERCAPNIA PERMISSIVA (Hickling,-1990)
• Modalidade onde procura-se evitar altas
pressões em vias aéreas e a hiperdistensão
alveolar, permitindo um aumento dos níveis de
PaCO2 (> 50 – 100 mmHg) acima dos valores
considerados para normocarbia;
• Limitação deliberada de parâmetros de
ventilação (VC=5 – 8 ml/kg) na tentativa de
prevenir ou reduzir a gravidade da lesão
pulmonar induzida pela ventilação mecânica
VM VOLUMÉTRICA
HIPERCAPNIA PERMISSIVA
• PaCO2 < 50 mmHg - aceitável (normocapnia)
• PaCO2 entre 51 e 60 mmHg - em caso de risco
de lesão pulmonar com aumento do VC
• PaCO2 > 60 mmHg - aceitável se pHa > 7,25,
função cardiovascular adequada e o aumento do
PIP adiciona um risco de lesão pulmonar
• PaCO2 > 60 mmHg e pHa < 7,25 - aceitável se
os riscos de lesão pulmonar determinam um
maior risco à sobrevida do que os riscos da
acidose tecidual induzida
VM VOLUMÉTRICA
VENTILAÇÃO
• Diminuir PaCO2 em TCE – aumentar o VC
(retorno venoso do sangue cerebral ao tórax, durante a
ventilação mecânica, ocorre na fase expiratória e de
forma passiva) - manter o VM as custas de um
alto VC e de uma FR menor - permissividade
de longos TE para favorecer drenagem venosa
cerebral
• A melhor maneira de aumentar o VC é
aumentando-se a PIP - em situações com
longas constantes de tempo (doenças
obstrutivas), pode-se aumentar o VC
aumentando-se o TI
VM VOLUMÉTRICA
MANUSEIO DO RESPIRADOR
OXIGENAÇÃO
PEEP
TI
Doenças obstrutivas
PIP
Suspeitas de hipoventilação
(baixa complacência ou
resistência elevada)
Esses três componentes determinam a pressão média em VA
VM VOLUMÉTRICA
OXIGENAÇÃO
• RN com MH – a PEEP é mais eficiente do que a
PIP ou o TI em provocar a melhora na PaO2
para um dado aumento da MAP
• A PIP e o TI podem resultar em mais trauma
do que a PEEP para uma mesma MAP
• Se o paciente estiver também hipercapnêmico
(hipoventilado), aumentos do VC, TI ou da PIP
são mais efetivos do que aumentos da PEEP
VM VOLUMÉTRICA
HIPOXEMIA PERMISSIVA (Shapiro – 1994)
• Utilizada em lesão pulmonar grave em que se
tolere um PaO2 de 50 a 59 mmHg
• Evitar os efeitos deletérios dos altos níveis de
FiO2 e da aplicação de PEEP/CPAP
• O nível aceitável de hipoxemia tem que ser
determinado por meio da avaliação clínica
• Ver riscos/benefícios entre a lesão pulmonar
induzida pela ventilação (altas FiO2 e PEEP) e os
riscos da hipoxia tecidual induzida
VM VOLUMÉTRICA
HIPOXEMIA PERMISSIVA
 PaO2 > 60 mmHg - aceitável (normoxemia)
 PaO2 entre 50 e 59 mmHg - aceitável se a
função cardiovascular está adequada e o
aumento da FiO2 e PEEP adiciona um risco de
lesão pulmonar
 PaO2 < 50 mmHg - aceitável se o aumento da
FiO2 e PEEP determina um maior risco de óbito
do que os riscos da hipoxia tecidual induzida
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VENTILAÇÃO MECÂNICA CICLADA A VOLUME