IMPORTAÇÕES DE COCO RALADO
BOLETIM MENSAL
outubro DE 2015
Neste informativo mensal são apresentadas estatísticas relativas às
importações de coco ralado, de "cocos frescos" e de suposta água de coco
ocorridas entre janeiro e setembro de 2015. A fonte dos dados é o
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Adota-se a expressão "suposta água de coco" em razão de ela está
incluída em um código que reúne produtos genericamente denominados
Sucos (sumo) de outras frutas, não fermentado, sem adição de açúcar até
Sucos (sumo) de outras frutas, não fermentado, sem adição de açúcar.
Admite-se, pelas informações de mercado, que o produto oriundo das
Filipinas incluído nesse código seja água de coco.
Coco ralado: importações de setembro crescem 75%
As importações de coco ralado do mês de setembro de 2015
cresceram 75% em relação às do mês de agosto do mesmo ano (figura 1).
Figura 1 - Coco ralado: importações de agosto e de setembro de 2015, em kg
1.500.000
1.000.000
1.266.500
723.031
500.000
0
ago_2015
Set_2015
Coco ralado: importações entre janeiro e setembro de 2015 caem 60%
Observa-se uma queda de 60% nas importações ocorridas entre
janeiro e setembro de 2015 quando comparadas ao mesmo período de 2014
(figura 2).
Figura 2 - Coco ralado: importações de janeiro-setembro de 2015 e
janeiro-setembro de 2014, em kg
19.000.268
20.000.000
15.000.000
10.000.000
7.638.440
5.000.000
0
2014:jan-set
2015:jan_set
Coco ralado: Importações de setembro de 2015 são as maiores do ano
Ao se analisar os dados de importações de coco ralado entre janeiro e
setembro de 2015 observa-se que elas caíram sistematicamente entre março
e agosto e tiveram um incremento extraordinário entre agosto e setembro,
da ordem de 75%, como foi assinalado acima (figura 3).
Figura 3 - Coco ralado: evolução das importações entre janeiro e setembro
de 2015, em kg
1.400.000
1.200.000
1.000.000
800.000
600.000
400.000
200.000
0
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
Coco ralado: preços médios FOB em declínio
Como demonstra a figura 4, os preços FOB médio apresentaram
declínio nos últimos três meses. Conquanto esses preços médios sejam um
indicador interessante, deve-se dar maior atenção aos preços FOB e de
internação por estado que serão expostos mais adiante (figura 4).
2
Figura 4 - Coco ralado: evolução dos preços médios FOB, em
US$/kg
3,00
2,39
2,36
2,50
2,10
2,00
2,23
2,30
2,02
1,92
2,06
2,02
ago
set
1,50
1,00
0,50
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
Coco ralado: Espírito Santo liderou as importações de setembro
O Espírito Santo, com 430.500 kg, correspondentes a 34% do total,
foi o estado que mais importou coco ralado no mês de setembro de 2015
(figura 5).
Figura 5 - Coco ralado: importações do mês de setembro de 2015, por
estado, em kg
500.000
430.500
400.000
260.000
300.000
200.000
100.000
70.500
89.000
106.500
CE
PR
SC
152.000
158.000
PB
SP
0
AL
ES
Coco ralado: preços de internação variam mais de 100% entre estados
Os preços FOB e de internação das importações de coco ralado
ocorridas no mês de setembro de 2015 variaram mais de 100% entre os
estados, como consta da tabela 1, abaixo. Enquanto o menor preço FOB foi
de 1,19 dólar por quilo e o maior foi de 2,61 dólares por quilo, o menor
preço de internação foi R$ 8,30 e o maior foi de R$ 16,92 por quilo. Chama
atenção o predomínio dos baixos preços FOB, que para cinco dos sete
estados importadores ficaram aquém de 2,00 dólares por quilo.
3
Tabela 1 - Coco ralado: estatísticas das importações de setembro de 2015,
por estado.
Estado
kg
%
US$/kg R$/kg
CE
70.500
5,6
1,19
8,30
PR
89.000
7,0
1,59
10,73
SC
106.500
8,4
1,25
8,66
PB
152.000
12,0
1,85
12,31
SP
158.000
12,5
2,61
16,92
AL
260.000
20,5
1,73
11,58
ES
430.500
34,0
2,44
15,89
Totais
1.266.500
100,0
Importações de "cocos frescos"
Causa estranheza a ocorrência de importações do produto descrito
pela Nomenclatura Comum do Mercosul como "cocos frescos", com
código específico para ele. Esse questionamento se fundamenta no fato de
que a descrição dos produtos do código que engloba coco ralado é a
seguinte: "cocos, frescos ou secos, dessecados"; ou seja, esse código já
inclui "cocos frescos". Portanto, não parece fazer sentido ter outro código
exclusivo para "cocos frescos". De outra parte, os países que exportaram
"cocos frescos" para o Brasil são os mesmos que exportaram "cocos,
frescos ou secos, dessecados"; os preços FOB dos produtos dessas duas
descrições e as quantidades exportadas são da mesma ordem de grandeza.
Diante disso é pertinente perguntar: esses "cocos frescos" não seriam de
fato coco ralado? Se a resposta for positiva, conclui-se que estaria entrando
coco ralado com alíquota de 10% em lugar da alíquota de 55%, uma vez
que o coco ralado está na lista de exceções do Mercosul. A seguir, são
apresentadas duas tabelas, uma tratando das importações de "cocos frescos"
por país de origem e outra, por estado importador. Os custos de internação
apresentados na tabela 3 foram calculados com alíquota de 10% do imposto
de importação.
4
Tabela 2 - Cocos frescos: importações ocorridas entre janeiro e setembro
de 2015, por país, em kg
País
Jan-set set
Indonésia 477.500 49.000
Vietnã 34.250
Totais 511.750 49.000
Tabela 3 - Cocos frescos: importações ocorridas entre janeiro e setembro
de 2015, por estado.
Jan-set
Setembro
País
US$/kg
R$/kg
US$/kg R$/kg
(kg)
(kg)
2,05
9,67 49.000
Indonésia 477.500
1,84 8,76
34.250
2,44
11,35
Vietnã
Totais
511.750
49.000
Suposta água de coco: importações de setembro de 2015 caem 46%
As importações da suposta água de coco no mês de setembro foram
46% menores do que as de agosto do mesmo ano (figura 6).
Figura 6 - Suposta água de coco: importações de agosto e setembro de 2015,
em kg.
400.000
333.520
300.000
180.480
200.000
100.000
0
Agosto_2015
Setembro_2015
Suposta água de coco: importações crescem 35% em 2015
As importações da suposta água de coco foram 35% mais elevadas
entre janeiro e setembro de 2015 do que em igual período de 2014 (figura
7).
5
Figura 7 - Suposta água de coco: importações entre janeiro e setembro de
2015 e de igual período de 2014, em kg
3.500.000
3.070.923
3.000.000
2.282.846
2.500.000
2.000.000
1.500.000
1.000.000
500.000
0
jan_set (2014)
jan_set (2015)
Suposta água de coco: importações em queda nos últimos meses
Após atingirem o pico em julho de 2015, as importações da suposta
água de coco declinaram nos últimos dois meses (figura 8).
Figura 8 - Suposta água de coco: evolução das importações entre janeiro e
setembro de 2015, em kg
600.000
500.000
400.000
300.000
200.000
100.000
0
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
Suposta água de coco: preços médios FOB atingem pico em setembro
Nesses nove primeiros meses de 2015 os preços médios FOB da
suposta água de coco oscilaram relativamente pouco, 7,7%, alcançando o
maior valor no mês de setembro: 3,54 dólares por quilograma figura 9).
Figura 9 - Suposta água de coco: evolução dos preços médios FOB, em US$/kg
4,00
3,00
2,62
2,85
3,09
jan
fev
mar
2,42
2,78
3,54
3,03
2,96
2,85
jun
jul
ago
2,00
1,00
abr
mai
set
6
Suposta água de coco: apenas dois estados importaram em setembro
O Ceará e a Paraíba foram os únicos estados que importaram a
suposta água de coco no mês de setembro de 2015 (tabela 4).
Tabela 4 - Suposta água de coco: importações do mês de setembro de 2015, por
estado.
Estado
kg
% US$/kg R$/kg
CE
66.000 36,6 2,44 11,35
PB
114.480 63,4 4,17
18,8
Totais 180.480 100,0
7
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Boletim Mensal - Outubro de 2015