Objetivos PPGCF e PPGQ da UNIFAL-MG Disciplina QUI022 PREPARO DE AMOSTRAS PARA ANÁLISE DE COMPOSTOS ORGÂNICOS Fornecer aos alunos do curso de PPGQ e PPGCF conhecimentos básicos sobre as principais técnicas e estratégias de preparo de amostras destinadas à análise de compostos orgânicos. Prof. Dr. Eduardo C. Figueiredo [email protected] www.unifal-mg.edu.br/latf Outline da disciplina Introdução ao Preparo de amostras Extração líquido-líquido Microextração em fase líquida Extração por fluido supercrítico Extração por Soxhlet Extração em fase sólida Microextração em fase sólida Extração sortiva em barra de agitação Microextração em sorbente empacotado Preparo de amostras empregando polímeros de impressão molecular Preparo de amostras empregando meios de acesso restrito Filtração e diálise Headspace QuEChers Extração por micro-ondas Extração por ultrassom Column swiching Microextração em fase sólida no capilar Por quê é necessário o preparo da amostra?? Amostra coletada HPLC, LC-MS/MS,... Critérios de Avaliação Prova teórica (P): 10 pontos Relatórios de aulas práticas (R): 5 pontos Trabalho (T): 10 pontos Nota final = (P+R+T)/2,5 Datas: Entrega do trabalho: 06-05-2013 Prova teórica: 20-05-2013 Resultado final: 24-05-2013 Etapas do procedimento analítico saída entrada Resultado analítico Informação inicial processo Preparo de amostra Amostra = não apropriada para a análise...POR QUE?? • Muito “suja” – contém outros componentes na matriz que interferem com a análise • Muito diluída – analitos não estão concentrados suficientemente para perimitir a detecção • Matriz não compatível ou perigosa para a coluna/sistema cromatográfico, ou outras metodologias analíticas Amostragem Preparo de amostra Identificação e/ou quantificação Análise dos dados HPLC; GC; CE; MS 1 Amostragem Coleta de amostras representativas do material a ser analisado Preparo das amostras Eliminação de interferentes e isolamento dos analitos de interesse Fontes de erro em cromatografia Contaminação (4%) Introdução da amostra (6%) Cromatografia (7%) Colunas (11%) Integração (6%) Identificação e/ou quantificação Separação, identificação e quantificação dos analitos Análise dos dados Métodos algébricos/ estatísticos para estimar quantidades e incertezas Instrumento (8%) Operador (19%) Calibração (9%) Avaliação dos resultados Processamento da amostra (30%) Decisão sobre ações a serem tomadas em face aos resultados Erros X Equívocos Tempo gasto na análise • Erros sempre existem e são tratados estatísticamente Tratamento dos dados (27%) • Equívocos provem da falta de conhecimento de analistas destreinados, devem ser banidos. Coleta (6%) “... em laboratórios de química analítica, o preparo de amostra não é reconhecido como uma etapa importante em todo o esquema analítico e freqüentemente é dado para os analistas menos treinados...” Análise (6%) Processamento da amostra (61%) Método idealizado de preparo de amostra Analitos orgânicos PREPARO DE AMOSTRAS: FUNDAMENTOS interferente analito matriz Separar analitos quantitativamente dos interferentes da matriz Processo suave Volume da amostra Vam contendo n gramas de analito Identificar/ quantificar n g de analito concentrados em um volume Vfinal Vfinal << Vam Cfinal >> Cam Concentração = Cam 2 A M O S T R A Método idealizado de preparo de amostra Analitos inorgânicos (metais) interferente analito matriz 1. Purificação (clean up) da amostra Queimar a matéria orgânica (matriz) Identificar/ quantificar Processo drástico Volume da amostra Vam contendo n gramas de analito Finalidades do preparo de amostras n g de analito concentrados em um volume Vfinal - eliminação a matriz e interferentes que possam danificar o sistema cromatográfico ou que possam interferir na identificação e/ou quantificação dos analitos. 2. Pré concentração dos analitos Vfinal << Vam Cfinal >> Cam Concentração = Cam Benefícios do preparo de amostras Benefícios do preparo de amostras 1. Tornar a matriz compatível com a técnica de análise. 3. Remover interferências: 2. Proteger o sistema e coluna cromatográfica de contaminação por partículas e material de elevado peso molecular: - simplificando a extração; - diminuindo o tempo de análise; - aumentando a sensibilidade. - aumento da vida útil da coluna; - menor gasto com manutenção; - menos problemas operacionais. 4. Concentrar componentes de interesse: - aumentando a sensibilidade (detectabilidade); - aumentando a reprodutibilidade. Preparo de amostras biológicas Materiais biológicos são complexos: contêm proteínas, sais, bases, lipídeos, carboidratos e compostos orgânicos, às vezes similares quimicamente aos analitos. Analitos: presentes em quantidades muito pequenas na amostra e ainda ligados às proteínas. COMO SEPARAR ANALITOS, MATRIZ E INTERFERENTES? 1. Propriedades físico-químicas dos constituintes da amostra - analitos, interferentes e matriz são voláteis? - polares? apolares? - amostra: sólida? líquida? gasosa? - analitos são quimicamente e/ou termicamente estáveis? 2. Concentração de analitos e interferentes na amostra - Quais as concentrações esperadas de analitos e de interferentes na amostra? 3 COMO SEPARAR ANALITOS, MATRIZ E INTERFERENTES? Preparo de amostras 3. Características da instrumentação disponível Quesitos para um eficiente preparo da amostra: -O detector é sensível? seletivo? específico? para o analito - Algum componente do sistema é incompatível com constituintes da amostra ou reagentes usados? 4. Requisitos técnico-gerenciais - Existe metodologia oficial a ser seguida? - Quantas amostras serão analisadas por dia? a) Perda mínima da amostra e boa recuperação do analito; b) Interferentes da amostra devem ser removidos eficientemente; c) O procedimento deve ser feito de forma conveniente e rápida; d) O custo da análise deve ser baixo. - Existe pessoal capacitado para cumprir estas demandas? Preparo de amostras: tipos de técnicas Preparo de amostras: tipos de técnicas Trabalho aqui Trabalho aqui 1) Exaustivas 2) Não-exaustivas Na fase extratora O objetivo é a remoção completa dos analitos da matriz e sua transferência para a fase extratora. baseadas em princípios de equilíbrio Na amostra Na fase extratora 2.1 Pequeno volume da fase extratora: SPME, LPME - técnicas flow trough (SPE), Na amostra extração em fluido supercrítico (SFE), Soxhlet Extração de 100% 2.2 Baixa constante de distribuição amostra/fase extratora: headspace mesmo ser no equilíbrio? ? Precisa Técnicas de preparo “on-line“ Preparo de amostras x calibração ???? Calibração para análise de amostras biológicas? Padrão interno!? O que fazer??? plasma bco padrão de fármaco plasma de paciente Como calibrar?? Orgânicos x Inorgânicos = ou ≠ ? 4 Tratamento prévio de amostras Precipitação de proteínas Desproteinização requer: Análise química Preparo de amostra Curva ideal (a) temperaturas elevadas (b) alteração da força iônica ou osmótica ou do pH; (c) agentes orgânicos de precipitação; (d) enzimas proteolíticas. Tratamento prévio de amostras Precipitação de proteínas Tratamento prévio de amostras Precipitação de proteínas PROBLEMAS VANTAGENS (a) Simplicidade (b) Baixo custo (c) Facilidade de automação Tratamento prévio de amostras Precipitação de proteínas - precipitação incompleta das proteínas (e algumas globulinas podem permanecer no sobrenadante e passarem para o sistema de detecção); - diluição da amostra (mais usado para concentrações mais elevadas de analitos); - geração de picos no CLAE ou interferência na leitura espectrofotométrica devido ao agente precipitante usado. Tratamento prévio de amostras Precipitação de proteínas Teoria de precipitação Análise de fármacos em amostras biológicas: Leite, soro, plasma, urina, ... Proteoma: precipitação seletiva de proteínas de cereais trangênicos,. Estruturas primária, secundária, terciária e quaternária Interação com íons, solventes, compostos orgânicos, ... Principais aplicações Análise de toxicantes em alimentos: MP, micotoxinas, inceticidas,... Análise de proteínas em amostras biológicas: Leite, soro, plasma, urina, ... As interações podem ocorrer na superfície ou no interior. Qualquer modificação na estabilidade da proteína no meio pode causar precipitação 5 Tratamento prévio de amostras Precipitação de proteínas Tratamento prévio de amostras Precipitação de proteínas Teoria de precipitação Teoria de precipitação Fatores que estabilizam as proteínas Complexidade na estrutura + Complexidade da amostra ⇓ Dificuldade em explicar mecanismos de precipitação Processos de precipitação Modificação do pH Ligações íon-íon Modificação da força iônica Ligações íon-dipolo Modificação da temperatura Ligações de hidrogênio Adição de sais Ligações dipolo-dipolo Adição de solventes (acetona, metanol, acetonitrila,..) Interações hidrofóbicas Adição de cátions (Zn2+, Cd2+, Ba2+) Natureza do meio Adição de ânions (picrato, tungstato, molibidato,...) Alguns processos causam desnaturação das proteínas Tratamento prévio de amostras Precipitação de proteínas Tratamento prévio de amostras Precipitação de proteínas Método Plasma Agentes precipitantes mais comuns empregados em amostras biológicas Agente precipitante Coletar Sobrenadante ⇓ Análise Agitação Centrifugação Acetona, metanol, etanol, acetonitrila, ácido trifluoracático, ácido tricloroacético, acido tricloroacético, dentre outros Principal mecanismo de precipitação ⇓ Mudança na camada de solvatação (água) das proteinas Tratamento prévio de amostras Precipitação de proteínas Tratamento prévio de amostras Precipitação de proteínas 6 Tratamento prévio de amostras Tratamento prévio de amostras HIDRÓLISE DE CONJUGADOS HIDRÓLISE DE CONJUGADOS (a) Específica ou enzimática, onde são utilizadas enzimas como as β-glicuronidases e as aril-sulfatases (a) Específica ou enzimática, onde são utilizadas enzimas como as β-glicuronidases e as aril-sulfatases Fontes: Helix pomatia (tbém sulfatases) e a Patella vulgata, Helix aspersa e a Escherichia coli. - mais lenta, porém, menos vigorosa e mais seletiva, e não degrada os analitos; - exige que a atividade da enzima seja avaliada periodicamente, através do estudo de sua eficiência no processo de hidrólise; além disto, a atividade da enzima pode ser inibida por componentes da matriz. Tratamento prévio de amostras HIDRÓLISE DE CONJUGADOS b) Não-específicos, utilizando-se a hidrólise ácida ou alcalina. - utiliza condições extremas de pH e de temperatura; - formação de produtos que interferem na extração e derivatização, ou no perfil cromatográfico dos analitos. 7