III SIMPÓSIO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Local: Centro Universitário São Camilo Data: 21 a 23 de maio de 2015. ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR EM ALTA DE PACIENTES COM ALIMENTAÇÃO ENTERAL OLIVEIRA, Thaís L. ; SILVA, Alexsandro M. 1 2 Estudante do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo, SP. [email protected] 2 Docente do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo, SP. 1 Palavras-chave: Alta do paciente. Medicina hospitalar. Nutrição enteral. INTRODUÇÃO A Terapia Nutricional é legislada pela Portaria nº 272, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, e pela Resolução nº 63, da ANVISA, em que estabelece suas definições (CASTRAO; FREITAS; ZABAN, 2009). A terapia nutricional (TN) pode ser entendida como um conjunto de procedimentos terapêuticos com o objetivo de manter ou recuperar o estado nutricional e clínico do paciente por meio da nutrição enteral (NE) ou nutrição parenteral. A Nutrição Enteral ou NE segundo o Ministério da Saúde do Brasil designa todo e qualquer alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. A nutrição enteral ofertada em ambiente domiciliar caracteriza a terapia de nutrição enteral domiciliar (TNED). O uso da TNED facilita a recuperação do estado de saúde do paciente, pois diminui o risco de infecções; contribui para a melhora do estado nutricional; melhora a resposta terapêutica; reduz a incidência de complicações; humaniza o cuidado, reintegrando o paciente ao convívio social; e ainda, apresenta menor custo quando comparada à nutrição enteral hospitalar (NOVAES; ZABAN, 2009). O processo da alta hospitalar é uma exigência da Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organization (JCAHO). Estudos sugerem a necessidade de um Planejamento para a alta padronizado a fim de obter maior eficácia e qualidade com o intuito de garantir a continuidade do cuidado domiciliar, proporcionando aos pacientes informações e recursos necessários para terapêutica. OBJETIVO Realizar a revisão bibliográfica para analisar a necessidade de atuação interdisciplinar e institucional na alta do paciente, a fim de beneficiar a terapêutica do paciente que faz uso de nutrição enteral. METODOLOGIA Trata-se de uma revisão da literatura, do tipo narrativa, tendo como base livros especializados na área, bem como acesso a artigos publicados em periódicos indexados e disponibilizados em bases de dados como, por exemplo, SciELO, PubMed, de 1990 – 2015. Os descritores usados foram: alta do paciente, equipe multidisciplinar e nutrição enteral. DISCUSSÃO A nutrição enteral é definida como sendo a provisão de nutrientes ao trato gastrointestinal através de uma sonda de cateter quando a quantidade de ingestão oral é inadequada. Com o aumento da expectativa de vida, a sobrevida de pacientes com doenças crônicas degenerativas, doenças neurológica, incapacitante de deglutição e a difusão de serviços de assistência domiciliar o uso simultâneo de dieta enteral concomitante ao uso de medicamentos de ação prolongada tem sido cada vez mais frequente (CASTRAO; FREITAS; ZABAN, 2009). O "plano de alta", segundo a Joint Realização III SIMPÓSIO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Local: Centro Universitário São Camilo Data: 21 a 23 de maio de 2015. Commission on Accreditation of Healthcare Organization (JCAHO), como garantia da continuidade da assistência do paciente após sua hospitalização, pode ser uma saída e deve-se considerar a importância do envolvimento da família em todas as etapas do plano, devendo para isso, ser orientada e compreender o estado de saúde e necessidades do paciente. A adequada educação do paciente sobre regime terapêutico medicamentoso e nutricional na alta hospitalar contribui para a continuidade do tratamento e efetividade deste. A orientação segura e efetiva após a hospitalização tem estrita relação com o processo de trabalho da equipe multidisciplinar. A segurança do paciente e a eficácia no tratamento reforçam a necessidade de desenvolvimento de processos de prevenção a fim de minimizar riscos a terapêutica, e evitar danos ao paciente além de garantir uma economia com gastos que poderiam ser evitados ao sistema de saúde. CONCLUSÃO O desenvolvimento de atividades de cuidado ao paciente em alta pela equipe hospitalar e ação destas equipes de saúde integradas podem contribuir diretamente na segurança do paciente, no uso adequado da alimentação enteral e consequentemente reflete no sucesso da terapêutica. É fundamental a compreensão do paciente, familiar e/ou cuidador sobre o Planejamento de Alta e a interação dos profissionais de saúde. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Resolução da Diretoria Colegiada nº 63, de 06 de julho de 2000. Aprovar O Regulamento Técnico Para Fixar Os Requisitos Mínimos Exigidos Para A Terapia de Nutrição Enteral. Disponível em: <http://www.sbnpe.com.br/resolucao-da-diretoria-colegiada-rdc-no-63-de-06-dejulhode-2000>.Acesso em: 23 fev. 2015. CARVALHO, Alyne Mara R. et al. Análise da prescrição de pacientes utilizando sonda enteral em um hospital universitário do Ceará. Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde, São Paulo, v. 1, n. 1, p.17-21, dez. 2010. Disponível em: <http://www.sbrafh.org.br/rbfhss/public/artigos/RBFHSS_01_art03.pdf>. Acesso em: 03 abr. 2015. CASTRAO, Deyse Lucy Luis e; FREITAS, Magda Marques de; ZABAN, Ana Lúcia Ribeiro Salomon.Terapia nutricional enteral e parenteral: complicações em pacientes críticos - uma revisão de literatura. Comunicação em Ciências da Saúde, Brasília, v. 20, n. 1, p.65-74, jun. 2009. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/111962373/Enteral-e-Parenteral>. Acesso em: 03 dez. 2014. CUNHA, S.F.C. et al. Terapia Nutrológica Oral e Enteral em Pacientes com Risco Nutricional. 2008. Disponível em: <http://www.projetodiretrizes.org.br/8_volume/38-Terapia.pdf>. Acesso em: 23 fev. 2015. NOVAES, MRCG; ZABAN, ALRS Nutrição enteral domiciliar: um novo modelo de gestão econômica no Sistema Único de Saúde [Dissertação]. Brasília: Faculdade de Ciências da Saúde, UNB; 2009. Disponível em: <http://www.epublicacoes.uerj.br/index.php/demetra/article/viewFile/10527/10931>. Acesso em: 12 abr. 2015. Realização