FARMACOLOGIA APLICADA A ENFERMAGEM FARMACOLOGIA Podem calar minha voz, mas não os meus pensamentos! Podem acorrentar meu corpo, mas não a minha mente! Não serei platéia dessa sociedade doente; Serei autor da minha história! Os fracos querem controlar o mundo; Os fortes, o seu próprio ser! Os fracos usam armas; Os fortes as idéias! Divisões da farmacologia Farmacodinâmica: mecanismo de ação. Farmacocinética: destino do fármaco. Farmacognosia (gnósis = conhecimento): estudo das substâncias ativas animais, vegetais e minerais no estado natural e sua fontes. Farmacotécnica: arte do preparo e conservação do medicamento em formas farmacêuticas. Farmacovigilância: controla a validade, concentração, apresentação, eficácia farmacológica, industrialização, comercialização, custo, controle de qualidade de medicamentos já aprovados e licenciados pelo Ministério da Saúde. Conceitos Básicos de Farmacologia Droga: qualquer subst. que altere a fisiologia de um organismo vivo com ou sem intenção benéfica. Fármaco: é uma droga bem conhecida, com estrutura química definida, podendo ter efeito benéfico ou não e uso experimental. Medicamento: é um fármaco com efeito benéfico, comprovado cientificamente, produzido comercialmente para uso terapêutico. Remédio: qualquer coisa que faça o indivíduo se sentir melhor, como clima, terapia, fisioterapia, massagem, etc, inclusive medicamento Placebo (placeo = agradar): tudo o que é feito com intenção benéfica para aliviar o sofrimento: fármaco/medicamento/droga/remédio (em concentração pequena ou mesmo na sua ausência), a figura do médico (feiticeiro). Nocebo: efeito placebo negativo. O "medicamento" piora a saúde. Fonte:http://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/681/farmacologia-conceitos-basicos#ixzz2kMYEJKbl Conceitos Básicos de Farmacologia Posologia: Ë o estudo da dosagem ou o sistema de dosagem. medicamentos. Dose: Quantidade de um fármaco administrada no organismo capaz de produzir o efeito terapêutico. Dose Eficaz: A DE é dose capaz de produzir o efeito terapêutico desejado, podendo ser classificada em mínima eficaz e máxima tolerada. Dose Tóxica: Dose Letal: Quantidade que ultrapassa a dosagem causando perturbações nocivas no organismo (efeitos adversos e toxicidade). Quantidade de medicamento que provoca morte. Janela terapêutica: faixa entre a dose mínima eficaz e máxima eficaz Ação das drogas no organismo Local: medicamento de uso externo agem no local onde são aplicadas. Ex: anti-sépticos, antibióticos tópicos, anestésicos locais. Sistêmico: necessitam cair na circulação geral e através desta atingir os órgãos, tecidos e células. Ex : antibióticos, analgésicos, anti-térmicos, etc. Local Geral: ação simultânea. Ex: epinefrina – mucosa nasal para epistaxe cai na corrente circulatória produzindo vasoconstrição. FORMAS FARMACÊUTICAS FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS Comprimidos : É a compressão de uma ou mais substâncias químicas na forma de pó ou grânulo. Podem ser: sublinguais/efervescentes/mastigaveis/revestidos/libera ção prolongada. Drágeas são comprimidos recobertos por várias camadas de açúcar , amido e talco para melhorar a deglutição e aparência. Cápsulas É o armazenamento de uma ou mais substâncias químicas em recipientes de gelatina que pode ser mole (armazenando líquidos, semi-sólidos e sólidos) ou duro (armazenando sólidos). Pastilha: é um preparo sólido, com princípio ativo unido a um excipiente constituído por açúcar e FORMAS FARMACÊUTICAS FORMAS FARMACÊUTICAS SEMI-SÓLIDAS Pomadas ou Unguentos: A substância química sólida é geralmente inserida em uma base oleosa. São usadas em regiões com poucos pelos por serem muito oleosas. Supositórios: são formas semi-sólidas que se fundem a temperatura corporal liberando a substância química. Emulsões ou cremes: preparações fluídas e leitosas. Podem ser óleo em água ou água em óleo. Utilizadas em regiões extensas do corpo e também com pêlos . Óvulos supositório vaginal com excipiente em geral de glicerina solidificada com gelatina. Possui ação local. FORMAS FARMACÊUTICAS FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS Fontes: Soluções orais: São preparações em que há um ou mais fármacos dissolvidos em certa quantidade de solvente, normalmente água. As soluções orais, necessitam de componentes que dêem cor e sabor ao líquido para tornar o medicamento mais agradável ao gosto. Xaropes: preparações aquosas, onde são dissolvidos os medicamentos. Elixires: preparações líquidas hidroalcoólicas, açucaradas ou glicerinadas, destinadas a uso oral , contendo substâncias aromáticas e medicamentosas. Suspensões: As suspensões são preparações em que as substâncias químicas não estão totalmente dissolvidas no meio líquido. Geralmente têm baixa capacidade de dissolução, por isso depositam-se no fundo do recipiente. É essencial agitar antes de administrá-la. »Site:http://www.fcf.usp.br/Departamentos/FBF/Disciplinas/Farmacotecnica/FORMAS1.htm Acessado em: 10/02/2006. »Site: http://www.sinprafarmas.org.br/index.htm Acessado em: 29/09/2006 »Site: http://www.opas.org.br/medicamentos/docs/uso-med-acs.pdf Acessado em:20/10/2006 »Livro: Farmacologia Básica e Clínica – Bertram G. Katzung – Oitava Edição. Nome dos Fármacos – Nome Químico: descrição exata de sua composição e sua estrutura molecular. – Nome Genérico: o 1° fabricante da droga fornece o nome genérico ou não registrado. Torna-se o nome oficial. – Nome Comercial: marca ou propriedade registrada pelo fabricante N-acetil-para-aminofenol cloridrato de etíl l-metil4-fenilisonipecotato Meperidina Dolantina® Acetaminofeno Tylenol® – (POTTER e PERRY, 2005, p. 869) Classificação dos medicamentos Indica o seu efeito no organismo Os efeitos desejados Os sintomas que são aliviados Ex: anti-histamínico, antidepressivos, hipoglicemiante, antiinflamatórios, analgésicos, antibióticos e etc. Aspirina: analgésica, antipirética e antiinflamatória (POTTER e PERRY, 2005, p. 869) 1. Analgésicos, Antipiréticos e medicamentos para alívio da enxaqueca Analgésicos não opióides e antipiréticos: são indicados para dores leves e moderadas, podem apresentar incoveniências como gastrite, facilidade a sangramentos, reações alérgicas, hepatotoxicidade. Ex. ácido acetilsalicílico, dipirona, paracetamol e ibuprofeno. Analgésicos opióides: são indicados para alívio de dores moderadas a intensas (visceral). Ex. Fosfato de codeína e sulfato de morfina. Alívio da enxaqueca: pode ser para tratamento agudo ou preventivo. Ex. Amitriptilina, propanolol, AAS e paracetamol. 2. Antiinflamatórios e tratamento da gota Antiinflamatórios não esteróides – AINES: Atuam reduzindo a síntese de prostaglandinas (inibem COX1 e COX2). Todos eles podem provocar efeitos adversos gastrintestinais. Ex. AAS, ibuprofeno, diclofenaco e nimesulida. Antiinflamatórios esteroidais: AI esteróide ou corticosteróides podem ser chamados assim, exerce potente efeito AI (glicocorticoide) e sua ação mineralocorticóide deve ser considerada (hipertensão, hipopotassemia). Ex. Betametasona, dexametasona, hidrocortisona, prednisolona,prednisona e budesonida. 2. Antiinflamatórios e tratamento da gota Antiinflamatórios para o tratamento de gota: A crise aguda de gota resulta de reação inflamatória induzida por depósitos de cristais de urato de sódio em articulações de indivíduos com hiperuricemia. Ex. Ibuprofeno e alopurinol (tratamento intercrises). 3. Antialergicos e medicamentos usados em anafilaxia. São denominados de antialérgicos por atuarem em casos clínicos de asma, dermatite atópica, urticária, angioedema, alergia a medicamentos, rinoconjuntivite alérgica, alimentos, picadas de insetos, vacinas, fatores ambientais. Antihistamínicos: prometazina, desclorfeniramina e loratadina. Vasocontritores: epinefrina, efedrina e feniefrina. Glicocorticídes: prednisona, hidrocortisona, beclometasona. 4. Anti-infectantes 4.1 Antibacterianos Agem inibindo o crescimento bacteriano inibindo a síntese proteica (bacteriostático) ou destruindo-os (bactericida) desestabilizando a parede celular e/ou membrana plasmática. 4.2 Antifúngicos Agem inibindo a síntese de parede celular 4.3 Antivirais Agem inibindo a replicação de DNA ou RNA viral. 4.1 ANTIBACTERIANOS O sucesso na terapêutica antibacteriana depende de 3 elementos: o fármaco, hospedeiro e microorganismo. Dados nacionais e mundiais mostram que é muito grande o número de prescrições desnecessárias ou inadequadas desses medicamentos. Estimulando a resistência bacteriana aos antimicrobianos 4.1 Antibacterianos 4.1.1 Penicilinas Foram os primeiros antibióticos utilizados na terapêutica. Possuem amplo espectro de ação e são bactericidas. Reações alérgicas são comuns e ocorrem entre 1% a 10% dos casos, enquanto anafilaxia em 0,05%. Ex. Benzilpenicilina (penicilina G) Ampicilina, Amoxicilina e Amoxicilina + Clavulanato 4.1 Antibacterianos Teste de alergia à penicilinas 4.1 Antibacterianos 4.1.2 Cefalosporinas Grande grupo, derivam da cefalosporina C, são compostas por um anel betalactâmico e um anel dihidrotiazínico. Por serem muito semelhantes as penicilinas apresentem características em comuns: bactericidas, elevada toxicidade, 1% a 3% dos pacientes podem apresentar reações alérgicas.São classificadas em gerações devido o seu espectro de atividade. 4.1 Antibacterianos 4.1.3 Aminoglicosídeos Possuem pequeno espectro, utilizados principalmente em infecções graves contra bactérias gramnegativas aerobias (pseudomonas). Possuem pequeno risco de alergias e baixo custo Casos de ototoxicidade e nefrotoxicidade são relatados em pacientes internados com infecções graves. Ex. Amicacina, estreptomicina, tobramicina, neomicina e gentamicina 4.1 Antibacterianos 4.1.3 Sulfonamidas De origem sintética partir de 1935, são bacteriostáticos e possuem toxicidade seletiva. Ex. Nitrofurantoína: utilizado principalmente em infecções urinárias. Sulfadiazina: utilizada em infecções urinárias não complicadas e na toxoplasmose . Sulfametoxazol+trimetoprima: possue grande espectro de ação em bactérias gram positivas e gram negativas. Utilizadas para várias doenças: pneumonia, gonorréia, otite, bronquite aguda, salmonelose, diarréia dos viajantes. 4.1 Antibacterianos 4.1.4 Macrolídeos De origem natural a eritromicina é o representante do grupo, são bacteriostáticos ou bactericidas dependendo da concentração. Podem ser usados em pacientes alérgicos a betalactâmicos. Ex. Eritromicina (efeitos gastrintestinais: dor epigástrica, diarréia, náuseas e vômitos), Azitromicina e claritromicina (semi-sintéticos). 4.1 Antibacterianos 4.1.5 Fluorquinolonas Ativo contra bacilos e cocos gram negativos aeróbios. Menos ativos contra cocos gram positivos (S. aureus e S. pneumoniae. Possuem meias vidas prolongadas. Grupo com maior número de efeitos colaterais, debilitantes, portanto não devem ser usadas como 1º linha de tratamento. Ex. ciprofloxacino: amplo espectro, boa biodisponibilidade, boa penetração. Utilizado em infecções geniturinárias, respiratórias, cutâneas, óssease articulares. Levofloxacino: 3º geração, infecções urinárias, sinusites. 4.1 Antibacterianos 4.1.6 Tetraciclinas São bacteriostáticas, usadas principalmente no tratamento de infecções por Ricketsia, Clamydia e Micoplasma. E uma variedade de bactérias atípicas gram negativas. Podem apresentar alterações dentárias e de crescimento ósseo, rara hepatotoxicidade. Não recomendado uso em grávidas e crianças com menos de 8 anos. Ex. Tetraciclina Doxiciclina: apresenta vantagens de farmacocinética, menor toxicidade, maior adesão ao tratamento. Não apresenta interferência com os alimentos. 4.1 Antibacterianos 4.1.7 Imidazólicos Metronidazol: agente antibacteriano e antiprotozoário Ampla atividade contra bactérias anaeróbias. Raramente desenvolvem resistência. Deve ser utilizado com restrições na gravidez e lactação por apresentar carcinogenicidade e ser excretado no leite materno. 4.2 Antifúngicos 4.2.1 Sistêmicos Anfotericina B: quase insolúvel em água é preparado na forma de suspensão para administração intravenosa. Estima-se que a nefrotoxicidade ocorra em 80% dos pacientes. Fluconazol: Pode ser usado por via oral ou tópica. Eficaz para várias doenças fúngicas (candidíase), tão eficaz quanto cetoconazol e clotrimazol, tendo a vantagem de ser administrado em dose única. Substitui a Anfotericina B em vários casos 4.2 Antifúngicos 4.2.1 Sistêmicos Itraconazol: Tem amplo espectro de atividade que inclui dermatófitos e leveduras. A absorção é melhorada junto com alimentos ou soluções ácidas. A concentração na pele é ligeiramente maior que a plasmática. 4.2.2 Tópicos Utilizados para infecções superficiais da pele, cabelo e unhas. Na prática a maioria dos fármacos tópicos necessita ser continuado por 2 semanas após o desaparecimento dos sintomas. 4.2 Antifúngicos Cetoconazol: utilizado no tratamento de de infecções por Malassezia furfur resistentes ao fluconazol, terbinafina e itraconazol. Estudos mostram que o uso tópico oferece melhor resposta antimicótica que o uso oral. Nistatina: Não é absorvida pelo TGO, e é aplicada localmente como suspensão para tratar infecções fúngicas da boca. Miconazol: Antifúngico utilizado no tratamento da candidíase superficial, dermatofitose e pitiríase versicolor. 4.3 Antivirais O tratamento das infecções virais dispõe de muito menos alternativas que a terapia antibacteriana, e é realizado com fármacos que inibem eventos relacionados a replicação viral e adesão celular. Ex. Aciclovir, Didanosina, Lamivudina, Zidovudina,Efavirenz, etc. MEDICAMENTOS QUE ATUAM SOBRE O SISTEMA NERVOSO CENTRAL E PERIFÉRICO 5.0 Anticonvulsivantes A epilepsia é uma síndrome cerebral crônica caracterizada pelas convulsões. A caracterização clínica e classificação das crises orientam o correto tratamento. Logo os anticonvulsivantes são prescritos para prevenir a recorrência das crises. O tratamento pode ser em momoterapia ou politerapia. Carbamazepina: é um bloqueador de canal de cálcio, é agente de primeira escolha em crises parciais simples e complexas. Tem menos efeitos adversos que fenitoína e fenobasbital. 5.0 Anticonvulsivantes Clonazepam e diazepam: são benzodiazepínicos utilizados para emergências nos casos de mal epilético e em crianças. Sua administração devem ocorrer em 30 a 60 min do início da crise. Fenitoína: bloqueador de canal de calcio, eficaz no tratamento de crises simples e complexas, monioramento de seus efeitos adversos. Fenobarbital: è um barbitúrico utilizado em quase todos os tipos de crise epilética, possui um potente efeito sedativo, não é mais utilizado como primeira escolha. 5.0 Anticonvulsivantes Valproato de sódio ou ácido valpróico: è considerado de primeira escolha nas crises generalizadas primarias, de ausência, mioclônicas e espasmos infantis. Nas crises mioclônicas exerce efeito em 70 a 90% dos pacientes. Os anticonvulsivantes estão associados a más formações fetais, especialmente carbamazepina, valproato de sódio e fenitoína. O uso em gestantes deve ser feito com cautela. (folato como prevenção de danos neurais). 6.0 Antidepressivos e estabilizadores de humor Transtornos afetivos constituem um grupo de condições mentais caracterizadas por alterações no humor. Diversas apresentações da doença depressiva não parecem condicionar diferenças no tratamento terapêutico. A depressão na infância e na adolescente apresenta alto grau de remissão dos sintomas espontâneamente. Há evidências de comportamentos suicidas na adolescência. O tratamento na gravidez e no pós parto requer tratamento farmacológico. Os ISRS aumenta os riscos de má formações congênitas e idéias suicidas. 6.0 Antidepressivos e estabilizadores de humor A escolha dos antidepressivos não se baseia apenas em eficácia, mas também fatores como segurança, tolerabilidade, toxocidade, adaptabilidade, custo, etc. O início do tratamento é lento, sendo necessário até 4 semanas para avaliar a adequação do paciente a determinados fármacos. Pode-se optar por associações de fármacos. Os antidepressivos mais utilizados são: Amitriptilina, clomipramina, nortriptilina são classificados como tricíclicos. 6.0 Antidepressivos e estabilizadores de humor A amitriptilina é o que causa mior sedação, cloipramina apresenta menor cardiotoxicidade e apresenta eficácia no distúrbio do pânico. A nortriptilina é a que causa menor hipotensão postural. Fluoxetina e Paroxetina são ISRS, indicados em monoterapia e apresentam menor efeitos adversos. Carbonato de lítio ainda é utilizado em depressão bipolar (episódios de depressão e mania). 6.1 Antipsicóticos e adjuvantes Psicoses englobam esquizofrenia e síndromes relacionadas, possuem múltiplas causas. A doença caracteríza-se por episódios de surtos periodicamente em 75% dos casos. Os antipsicóticos diferem nos seus efeitos adversos, e não nos efeitos antipsicóticos. Os convecionais incluem as fenotiazínas como a clorpromazina, utilizada para a fase aguda, quando há necessidade de sedação, e as butirofenonas como haloperidol, para a fase de manutenção da doença. A clorpromazina possue efeitos de hipotensão e o haloperidol distúrbio de movimentos 7.0 Medicamentos que atuam no sistema cardiovascular e renal A insuficiência cardíaca (IC) é caracterizada como uma síndrome clínica complexa. Definida como disfunção cardíaca que causa deficiência no suprimento sanguíneo para atender as necessidades metabólicas e tissulares. (sistólica e diastólica). A principal etiologia da IC é a cardiopatia isquêmica crônica associada a hipertensão arterial(HÁ). Classificação: Classe I: ausência de sintomas(dispinéia) limitações a atividades do cotidiano. 7.0 Medicamentos que atuam no sistema cardiovascular e renal Classe II: sintomas desencadeados por atividades cotidianas. Classe III: sintomas desencadeados por atividades menos intensas que as cotidianas ou pequenos esforços. Classe IV: sintomas desencadeados em repouso. A prevenção da IC consiste no controle dos fatores de risco. O tratamento farmacológico é baseado de acordo com a condição clínica e deve melhorar os sintomas e aumentar a soprevida. O tratamento não farmacológico é parte integrante e indispensável no conrole da IC. 7.1 Medicamentos antiarrítimicos Constituem um grupo diverso de medicamento que afeta a condução dos impulsos elétricos no coração. Betabloqueadores: seletivos e não seletivos reduz a frequência e contratilidade cardíaca. Ex. propranolol, metoprolol, atenolol. Bloqueadores dos canais de potássio: diminui a fase de repolarização e prolonga a duração da ação potencial. Ex. amiodarona, Bloqueadores dos canais de calcio: Ex. verapamil, nifedipino, anlodipino. 7.2 Antihipertensivos Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a mais frequente doença cardiovascular no brasil e no mundo. É o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares (DCV). Fatores de risco para HAS: idade, gênero, etnia, fatores socioeconômicos, ingestão de sal, obesidade, uso de bebidas alcoólicas e sedentarismo. 7.3 Hipolipemiantes A dislipidemia consiste em um distúrbio no metabolismo dos lipídios. Que pode resultar na alteração dos lipídios séricos com elevação do colesterol total CT, colesterol ligado as lipoproteínas de baixa densidade LDL e lipoproteínas de alta densidade HDL. Estes são considerados fatores de risco para aterosclerose e DCV (doenças cardiovasculares) em associação com estilo de vida (sedentarismo, etilismo, tabagismo, alimentação rica em gorduras. 7.3 Hipolipemiantes Tratamento farmacológico: Estatinas (sinvastatina): são inibidoras da HMG CoA redutase, enzima que regula a síntese de colesterol, é de primeira escolha na redução do LDL. Fibratos (fenobibrato e ciprofibrato): derivados do ácido fíbrico, possuem ação mais dirigida na redução dos TG, como monoterapia qdo teores de TG estão elevados e baixos níveis de HDL. 8.0 Medicamentos que atuam sobre o sistema digestivo. Estão relacionados nessa classe os antiácidos e antissecretores e antieméticos. Atuam sobre os receptores localizados no estomago e também por vias dopaminérgica (metoclopramina). 8.1 Antiácidos e antissecretores Antiácidos: Atuam neutralizando o pH ácido do suco gástrico, promovendo alívio dos sintomas de úlcera péptica e refluxo gastroesofágico não erosivo. Ex. Hidroxido de alumínio e Hidroxido de magnésio. Antissecretores: Reduzem a secreção de ácido gástrico bloquando receptores H2 (ranitidina) ou inibindo a bomba de prótons (omeprazol). Antissecretores devem ser usados com cautela pois podem mascarar sintomas de câncer gástrico. 8.2 Antieméticos A ocorrência de episódios de vômito não requer necessariamente terapia antiemética, pois pode ser autolimitado e até resolutivo de alguma agressão externa. Metoclopramida: sua ação antisserotonérgica contribui para seu efeito antiemético, aumentando a pressão do esfíncter esofágico inferior, diminuindo a regurgitação e aspiração do conteúdo gástrico. É eficaz também contra nauseas e vômitos decorrentes de procedimento cirúrgico, quimioterapia e radioterapia. 9.0 Medicamentos que atuam sobre o sistema respiratório Antiasmáticos Asma é uma enfermidade crônica das vias aérias que se caracteriza pela inflamação das mesmas, uma resposta exagerada a uma grande variedade de estímulos e uma obstrução bronquial reversiva. A asma pode ser assintomática por longos períodos de tempo até anos, ou pode ser sintomática manifestando-se com episódios de tosse, dispinéia, sibilâncias ou pressão torácica limitando o fluxo aéreo. 9.0 Medicamentos que atuam sobre o sistema respiratório Antiasmáticos Brometo de ipratrópio e bromidrato de fenoterol: Tem sido utilizados para tratamento da asma aguda ou crônica, são agentes agonistas B2-adrenérgicos. O início de ação do ipratrópio é mais lento e seus efeitos menos pronunciados que o fenoterol. Corticosteóides: Tem se mostrado eficazes no tratamento da asma, por suas mutiplicidade de atividades antiinflamatórias. Corticosteróides inalatórios são indicados como primeira escolha de tratamento. Ex. Beclometasona, Budesonida, Fluticasona. 10.0 Medicamentos utilizados na prevenção da osteoporose Osteoporose é uma doença esquelética sistêmica progressiva caracterizada por baixa densidade óssea e deterioração do tecido ósseo, consequentemente aumento da fragilidade e susceptibilidade a fraturas. É uma doença relacionada com a idade que pode afetar ambos os sexos, mas acontecem mais em mulheres pós menopausa e pacientes que utilizam corticóides por períodos prolongados. 10.0 Medicamentos utilizados na prevenção da osteoporose Alendronato de sódio: è um bifosfonato utilizado na prevenção de faturas osteoporóticas. A dose de 70mg/semanal apresenta vantagens relacionadas a comodidade e segurança. Carbonato de calcio + colecalciferol: A suplementação de associação de cálcio e vitamina D mostrou reduzir o número de fraturas de quadril e outras fraturas num estudo com 10.376 idosos. Calcitriol: Análogo da vitamina D, é utilizado em pacientes com insuficiência renal. Pois a vit D requer hidroxilação por via renal para ser ativada. A sabedoria de um ser humano não está no quanto ele sabe, mas no quanto ele tem de consciência de que não sabe. Voces possuem essa consciência?