Brahier Derikson, Danilo Rosa, Diego Garcia, Felipe Silva, Gustavo Tavares, Heldson Carlos, Marcelo Salomão, Paulo Frederico, Serena Rocha, Uerdilaine RICARDO, Valdor Neto, Victor Lima. O fumante pode ser entendido como o individuo que tem disposição duradoura e repetição frequente do ato de fumar cigarro. O fumo do tabaco é constituido por mais de 4.500 substâncias incluindo o arsênico, monóxido de carbono, alcatrão e nicotina, que acabam matando prematuramente os fumantes NOBRE (2007). O tabaco pode causar e/ou propiciar doenças locais e sistêmicas. Gengivites: Não há alteração óssea, pois a inflamação só atinge a gengiva. Periodontites: leva à reabsorção do osso alveolar, podendo levar à perda do dente. São causadas por microorganismos cujo metabolismo produz substratos como o pus e substâncias mal-cheirosas (CARRANZA, NEWMAN, 1997). Segundo NOBRE (2007), o monóxido de carbono reage quimicamente com a hemoglobina formando uma ligação estável, consequentemente diminuindo a concentração de O2 no organismo. Desta forma, as elevadas concentrações de monóxido de carbono destroem os mecanismos de defesa. Demonstrou-se que o tabagismo incrementa o risco de infecção subgengival com patógenos periodontais destacandActinobacillus actinomycetemcomitans, Bacteroides forsythus e Porphyromonas gingivalis.o-se entre eles: Há relatos de que o fumo pode ser um dos mais significantes fatores de risco no desenvolvimento da doença periodontal. Tem sido documentado que os componentes do fumo podem induzir ou exacerbar várias formas de doenças periodontais por dano local direto aos tecidos periodontais e/ou pela alteração de nossa resposta imunológica, que prejudicaria a neutralização da infecção e facilitaria a destruição dos tecidos do periodonto. Os tecidos em reparação apresentam alta atividade metabólica necessitando de um grande suprimento sanguíneo e uma grande disponibilidade de oxigênio (RÉUS et al., 1984). A nicotina promove uma diminuição do suprimento sanguíneo pela liberação de catecolaminas que resultam numa vasoconstrição e conseqüente diminuição da perfusão tecidual (RÉUS et al., 1984). Em 1997, no Charles Clifford Dental Hospital (Inglaterra), comparou-se um grupo de 20 fumantes com outro de 20 não fumantes com similar nível de doença periodontal (Periodontite de Adulto Moderada para Severa) e verificouse que há uma significante variação de temperatura em sítios subgengivais entre fumantes e não fumantes. Os fumantes apresentavam os sítios subgengivais 0,4 graus Celsius mais quentes, tanto para os sítios sadios como para os sítios doentes5. A importância do estudo é entendida uma vez que a elevação da temperatura do sítio subgengival acima de 35,5 graus Celsius pode ser um indicativo de futura perda de inserção, e que também induz a maiores proporções de patógenos periodontais como: Prevotella intermedia, Peptostreptococcus micros, Prophiromonas gingivalis e Actinobacillus actinomycemcomitans. Mais importante que tratar é prevenir, orientar o paciente dos riscos para sua saúde e dos que o cercam, e orientá-lo a parar de fumar. O dentista tem que estar ciente de sua importância como profissional de saúde na colaboração em campanhas antitabagistas , e no diagnóstico precoce de lesões bucais, aumentando a chance de cura dos pacientes e diminuindo as sequelas dos tratamentos. O fumante deve realizar visitas ao dentista periodicamente, fazendo um acompanhamento dos dentes, gengivas e principalmente da mucosa bucal. Existem tratamentos periodontais e restauradores para limitar os danos causados pelo cigarro e pela má higiene bucal. As manchas nos dentes podem ser removidas por limpeza profissional e clareamento dental, desde que o paciente pare de fumar. Parar de fumar reduz consideravelmente riscos sérios para sua saúde. Em um estudo recente, 11 anos após parar de fumar, a probabilidade de ex-fumantes apresentarem doença periodontal não era significativamente diferente daquela de indivíduos que nunca fumaram. • • • A progressão da doença periodontal é acelerada quando associado ao tabagismo; A doença periodontal é mais exarcebada nos fumantes que não apresentam higiene adequada; Os efeitos vasoconstritores da nicotina propiciam o desenvolvimento da doença periodontal; • • O fumo está associado ao desenvolvimento do câncer oral, leucoplasias, palatite nicotínica, comprometimento do sangramento gengival e na doença periodontal; O hábito de fumar pode afetar a resposta do hospedeiro à placa bacteriana, bem como a alteração da cicatrização, nutrição dos tecidos e oxigenação. CARRANZA, F.A., NEWMAN, M.G. Periodontia clínica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara. Googan, 1997. CATTANEO, V. et al. Volatile components of cigarette smoke: effect of acrolein and acetaldehyde on human gingival fibroblasts in vitro. 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