Dicas de Segurança Infantil
UNIMED
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Como proteger uma criança de um afogamento.......................................................................................... 5
Como proteger uma criança de um acidente com brinquedos..................................................................... 6
Como proteger uma criança de uma intoxicação (envenenamento)........................................................... 9
Como prevenir quedas.................................................................................................................................11
Como proteger uma criança de uma queimadura......................................................................................14
Como proteger uma criança de um engasgo ou sufocamento...................................................................17
Como transportar uma criança com segurança em um automóvel............................................................19
Atropelamentos...........................................................................................................................................22
Armas de fogo..............................................................................................................................................23
Referências...................................................................................................................................................24
Apresentação
Logo após a concepção de um bebê, a preocupação primária de todo pai e toda mãe é como educar o
novo integrante da família e como protegê-lo de qualquer mal. Para facilitar o cuidado, são importantes
os conhecimentos de algumas informações pertinentes a cada fase do desenvolvimento dos pequenos.
Conhecer cada fase e suas características auxiliam os pais na prevenção de acidentes infantis.
Os acidentes são causas importantes de hospitalização e morte de crianças e adolescentes. Muitos
imaginam que os acidentes são inevitáveis e involuntários, no entanto, nota-se que de fato os acidentes
na sua grande maioria poderiam ser evitados com medidas simples de prevenção. Alguns acidentes
podem realmente ser inevitáveis, porém é possível adotar medidas de segurança para minimizar
maiores consequências (SANTORO, M. JR., 2001).
Preocupada com o bem-estar físico-psico-emocional de toda a família, a Unimed Curitiba reuniu dicas
importantes para a prevenção de acidentes na infância. Confira!
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Como proteger uma criança de um afogamento
Um adulto deve supervisionar de forma ativa e constante as crianças e os adolescentes, onde houver
água, mesmo que saibam nadar ou que os lugares sejam considerados rasos:
Esvaziar baldes, banheiras e piscinas infantis depois do uso e guardá-los sempre virados para baixo e
longe do alcance das crianças.
Grande parte dos afogamentos com bebês acontece em banheiras. Na faixa etária até dois anos, vasos
sanitários e baldes podem ser perigosos. Nunca deixe as crianças, sem vigilância, próximas a pias,
vasos sanitários, banheiras, baldes e recipientes com água.
Conservar a tampa do vaso sanitário fechada, se possível lacrado com algum dispositivo de segurança
“à prova de criança” ou a porta do banheiro trancada.
Manter cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos trancados ou com alguma proteção
que não permita “mergulhos”:
Piscinas devem ser protegidas com cerca de no mínimo 1,5
m que não possam ser escaladas e portões com cadeados ou
trava de segurança que dificultem o acesso dos pequenos.
Alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas
não eliminam o risco de acidentes. Esses recursos devem ser
usados em conjunto com as cercas e a constante supervisão
dos adultos.
Evitar brinquedos e outros atrativos próximos à piscina e
aos reservatórios de água.
Tenha um telefone próximo à área de lazer e o número da
central de emergência.
Saiba quais os amigos ou vizinhos têm piscina em casa e,
quando seu filho for visitá-los, certifique-se de que será
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supervisionado por um adulto enquanto brinca na água.
Bóias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa segurança. Eles podem estourar ou virar a
qualquer momento e ser levado pela correnteza. O ideal é usar sempre um colete salva-vidas quando
próximos a rios, mares, lagos e piscinas.
Sempre usar colete salva-vidas aprovado pela guarda costeira quando estiver em embarcações em
praias, rios, lagos ou praticando esportes aquáticos.
Crianças devem aprender a nadar com instrutores qualificados ou em escolas de natação. Se os pais ou
responsáveis não sabem nadar, devem aprender também.
Muitos casos de afogamento aconteceram com pessoas que achavam que sabiam nadar. Não
superestime a habilidade natatória de crianças e adolescentes.
No mar: a vala é o local de maior correnteza, que aparenta uma falsa calmaria que leva para o alto mar.
Se entrar em uma vala, nade transversalmente a ela até conseguir escapar ou peça imediatamente
socorro.
O rápido socorro é fundamental para o salvamento da criança que se afoga, pois a morte por asfixia
pode ocorrer em apenas 5 minutos. Por isso, é tão importante que pais, responsáveis, educadores e
outras pessoas que cuidam de criança aprendam técnicas de Reanimação Cardiopulmonar (RCP).
Como proteger uma criança de acidentes com brinquedos
Supervisão é um importante fator para manter as crianças seguras de acidentes com brinquedos.
Envolver-se com a brincadeira de seu filho, em vez de supervisionar à distância, lhe dá a oportunidade
de tomar conta com mais cuidado. As crianças adoram quando os adultos participam de seus jogos.
Brincar com o seu filho é uma forma de aprender mais sobre ele e ensinar-lhe importantes lições. Além
disso, você se diverte enquanto o protege:
Quando selecionar os brinquedos, considere a idade, o interesse e o nível de habilidade da criança. Siga
as recomendações do fabricante e procure brinquedos com selo do Inmetro.
Inspecione os brinquedos regularmente à procura de danos – que podem ocorrer durante a brincadeira
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ou enquanto a criança manuseia o brinquedo – e potenciais riscos, tais como pontas afiadas e arestas.
Conserte o brinquedo imediatamente ou mantenha-o fora do alcance da criança.
Considere utilizar um testador para determinar aquelas partes pequenas de brinquedos que oferecem
risco de engasgamento em crianças de até 3 anos. Crianças na chamada “fase oral” estão explorando o
mundo e tendem a fazê-lo colocando brinquedos e outros objetos na boca. Dica: utilize uma embalagem
plástica de filme fotográfico como referência, pois ela possui o diâmetro aproximado da garganta da
criança e poderá alertar para o risco de forma bastante visual.
Evite utilizar balões de látex (bexigas). Se realmente precisar utilizá-los, guarde-os fora do alcance das
crianças e supervisione-as durante toda a brincadeira. Não permita que crianças encham bexigas e tenha
muito cuidado com os pedaços de bexigas estouradas, pois podem ser acidentalmente ingeridos pelas
crianças e ocasionar sérias consequências. Após o uso, esvazie as bexigas e descarte-as juntamente
com eventuais pedaços.
Evite brinquedos com pontas e bordas afiadas, que
produzem sons altos e que apresentem projéteis,
como dardos e flechas.
Brinquedos com correntes, tiras e cordas com mais
de 15 cm devem ser evitados para reduzir o risco de
estrangulamento.
Brinquedos elétricos podem causar queimaduras.
Evite brinquedos com elementos de aquecimento –
baterias, tomadas elétricas – para crianças com menos
de 8 anos.
Certifique-se de que os brinquedos serão usados em
ambientes seguros. Brinquedos dirigidos pela criança
não devem ser usados próximos a escadas, rua,
piscina, lago etc.
Ensine as crianças a guardarem seus brinquedos após
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a brincadeira. Um local seguro para guardar previne quedas e outros acidentes. Brinquedos para crianças
maiores podem ser perigosos para os menores e devem ser guardados separadamente.
Presentes como bicicletas, patins, patinetes e skates são boas oportunidades para ensinar às crianças
sobre segurança na diversão. Presenteie seu filho com os equipamentos de segurança necessários, tais
como capacete, joelheira, cotoveleira, luvas e buzina.
Fique atento ao recall de brinquedos – divulgado pela mídia – e siga as orientações do fabricante.
Saiba mais
Quedas e engasgos são os principais responsáveis pelos acidentes e mortes relacionados com brinquedos.
Um dos principais culpados de engasgos são as bexigas/balões de látex.
Crianças de até 3 anos são mais propensas a sofrer engasgamento do que as maiores, porque elas têm
tendência a colocar pequenas coisas na boca. No entanto, crianças mais velhas também correm riscos
de se engasgar com bexigas e sacos plásticos.
Brinquedos dirigíveis, principalmente bicicletas, estão associados a mais acidentes que qualquer outro
grupo de brinquedos. A maioria dos acidentes com brinquedos dirigíveis ocorre quando as crianças
caem dos brinquedos.
O selo do Inmetro garante que o brinquedo passou por testes que comprovam sua segurança e
qualidade. Os materiais utilizados na fabricação dos brinquedos devem ser atóxicos.
Cuidados com a criança no playground:
Os acidentes em playground podem causar desde lesões leves até lesões mais sérias, como: trauma
craniano, fraturas, rupturas de órgãos, perda dos sentidos. Antes de deixar uma criança em um
playground, observar cuidados com a segurança:
Prefira playground com “superfícies seguras”, ou seja, que tornam menos provável uma lesão mais
grave, pois absorvem melhor o impacto em caso de quedas. Superfícies seguras são aquelas de tecido
ou ainda de borrachas especiais. Essas superfícies necessitam de manutenção constante para manter
suas características e sua higiene, prevenindo outros riscos.
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Assegure-se da adequada manutenção dos equipamentos do playground e de que eles não tenham
espaços em que as crianças possam inadvertidamente colocar as mãos, os pés ou qualquer outra parte
do corpo e ficarem presas.
Cuidado com superfícies de plástico e, principalmente, com as de metal ao sol: poderão estar aquecidas
e queimar a criança. Verifique a temperatura do equipamento antes de colocá-las ali.
Observe se ao redor do brinquedo não há pedras, pedaços de galhos, brinquedos ou outras crianças
que possam oferecer riscos.
Verifique se o equipamento é apropriado ao estágio de desenvolvimento psicomotor e ao tamanho de
sua criança.
Como proteger uma criança de uma intoxicação (envenenamento)
Guarde todos os produtos de higiene, limpeza e medicamentos trancados, fora da vista e do alcance
das crianças.
Mantenha os produtos em suas embalagens
originais. Nunca coloque um produto tóxico
em outra embalagem que não a sua. Poderá
ser confundido com algo sem perigo.
Saiba quais produtos domésticos são tóxicos.
Produtos comuns como enxaguantes bucais
podem ser nocivos se a criança engolir em
grande quantidade.
Dê preferência a embalagens de segurança.
Tampas de segurança não garantem que a
criança não abra a embalagem, mas podem
dificultar bastante, a tempo que alguém
intervenha.
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Nunca deixe produtos venenosos, sem atenção enquanto os usa.
Não crie novas soluções de limpeza misturando diferentes produtos designados para outro fim. Esta
nova mistura pode ser nociva.
Sempre leia os rótulos e bulas, siga corretamente as instruções para dar remédios às crianças, baseado
no peso e idade, e use apenas o medidor que acompanha as embalagens de medicamentos infantis.
Nunca se refira a um medicamento como doce. Isto pode levar a criança a pensar que não é perigoso
ou que é agradável de comer. Como as crianças tendem a imitar os adultos, evite tomar medicamentos
na frente delas.
Saiba quais plantas dentro e ao redor de sua casa são venenosas, remova-as ou deixe-as inacessíveis
para as crianças. Veja quais os vegetais tóxicos mais comuns.
Quando adquirir um brinquedo para a criança, certifique-se que ele é atóxico, ou seja, não contém
componentes tóxicos.
Jogue fora medicamentos com data de validade vencida e outros venenos potenciais. Procure em sua
garagem, porão e outras áreas de armazenamento por produtos de limpeza ou de trabalho que você
não utiliza e desfaça-se deles.
Mantenha telefones de emergência próximos aos aparelhos de telefone de sua casa. Peça para os
avós, parentes e amigos fazerem o mesmo.
Em caso de intoxicação, entre em contato imediatamente com o pronto-socorro ou Centro de Controle
de Toxologia de sua cidade para receber orientações adequadas.
Crianças com até 2 anos de idade correm maior risco de um envenenamento não intencional. Produtos
de limpeza e medicamentos são riscos significantes. Os bebês também podem se envenenar respirando
a fumaça de cigarros.
Saiba mais
As crianças mais novas estão naturalmente em maior risco e a maior frequência de casos ocorre entre
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as crianças até 4 anos, pois exploram os ambientes com seus sentidos – olfato, paladar, tato, visão e
audição. Além disso, não possuem a noção de risco desenvolvida.
Crianças podem ser envenenadas por muitos produtos domésticos comuns, incluindo produtos de
limpeza, cosméticos, plantas, corpos estranhos, brinquedos, pesticidas, produtos de arte, tintas, álcool,
medicamentos e vitaminas.
As tintas do berço e da parede de sua casa podem conter substâncias tóxicas como chumbo e monóxido
de carbono, as quais fazem mal à saúde da criança, por isso preste atenção à composição das tintas
utilizadas em sua residência.
Como prevenir quedas
Quedas são a principal causa de internação por acidentes, entre crianças e adolescentes de 1 a 14
anos no Brasil, ou seja, caracterizam-se como os acidentes mais comuns que geram hospitalização
de nossas crianças. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2005, 75.504 crianças de até 14 anos
foram hospitalizadas vítimas de quedas.
Algumas características físicas próprias do desenvolvimento da criança podem favorecer as quedas, como
o tamanho e o peso da cabeça em relação ao seu corpo, que acabam facilitando o desequilíbrio.
As quedas podem causar sérias lesões, como os traumatismos cranianos.
Atenção à altura da base do berço: se a criança já consegue ficar em pé, pode cair por cima da grade.
Quando ela já tiver idade para dormir na cama, escolha um modelo com grade protetora de ambos os
lados.
Crianças com menos de 6 anos não devem dormir em beliches. Se não tiver escolha, coloque grades
de proteção nas laterais.
As crianças devem brincar em locais seguros. Escadas, sacadas e lajes não são lugares para brincar.
Use portões de segurança no topo e no pé das escadas. Caso sua escada seja aberta, instale redes ao
longo dela.
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Instale grades ou redes de proteção nas janelas, sacadas e mezaninos.
Se possível, bloqueie o acesso com grades às áreas de risco da casa, como cozinha, lavanderia e área
externa.
Mantenha camas, armários e outros móveis
longe das janelas, pois podem facilitar que
crianças os escalem e se debrucem. Além
disso, verifique se os móveis e o tanque da
lavanderia estão estáveis e fixos.
Ao andar de bicicleta, skate ou patins, o
capacete é o equipamento fundamental. Ele
pode reduzir o risco de lesões na cabeça em
até 85%.
Cuidado com pisos escorregadios e coloque
antiderrapante nos tapetes.
Crianças devem ser sempre observadas
quando estiverem brincando nos parquinhos.
O risco de lesão é quatro vezes maior se a
criança cair de um brinquedo com altura
superior a 1,5 m. Verifique se os brinquedos
estão em boas condições e se são adequadas
à idade da criança.
Na escola, as crianças devem ser separadas
por faixa etária na hora do recreio.
Esqueça os andadores! Por causa da gravidade das lesões relacionadas a esse tipo de equipamento, eles
são contraindicados pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Outros traumas frequentemente associados
aos andadores são lesões nas unhas, nos dedos e até mesmo nos tornozelos do bebê.
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Nunca deixe o bebê sozinho, principalmente na cama e no trocador, mesmo que ele ainda não consiga
rolar. Um segundo de descuido durante a troca de fraldas, por exemplo, é o suficiente para ele cair. Por
isso, mantenha sempre uma das mãos na criança.
Crianças não devem brincar próximas às barreiras e barrancos.
Primeiros Socorros
Em primeiro lugar, mantenha a calma. Tenha sempre à mão o número do telefone de emergência do
Pronto Socorro mais próximo de casa. Ligue para o pediatra e, se for o caso, leve a criança ao Pronto
Socorro.
Os recém-nascidos sempre devem ser levados ao pronto-atendimento ao sofrer uma queda. Já as
crianças maiores, depende da situação. Por isso, é importante falar com o pediatra antes. Ele vai avaliar
questões como altura da queda, área do corpo que recebeu o primeiro impacto, tipo de superfície
ou obstáculos no trajeto e como a criança reagiu.
Sonolência, desorientação, estrabismo, pupilas
desiguais, saída de líquido claro pelo nariz ou ouvidos
e vômitos, por exemplo, são sinais graves.
O ideal é que a criança não durma após uma queda,
simplesmente porque assim fica mais difícil observar
como ela vai reagir depois do acidente. Por isso, se a
queda coincidir com o horário do sono da criança, devese acordá-la a cada duas ou três horas para verificar
se ela responde aos estímulos normalmente.
Saiba mais
Entre as principais associações de quedas com bebês
estão móveis, escadas e andadores. Este último é
responsável por mais acidentes que qualquer outro
produto infantil destinado a crianças entre 5 e 15
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meses – a maior parte das lesões resulta de quedas em escadas ou simplesmente por tropeços quando
estão no andador. Não use andador com rodas, prefira o cercado (chiqueirinho). Instale telas ou grades
nas janelas e sacadas. Nunca coloque berços ou outros móveis próximos de uma janela. Mantenha
uma mão em seu bebê enquanto você troca as fraldas e não deixe o bebê sozinho em mesas, camas
ou outros móveis.
Como proteger uma criança de uma queimadura
As crianças devem ficar longe da cozinha e do fogão, principalmente durante o preparo das refeições.
Cozinhar nas bocas de trás do fogão e sempre com os cabos das panelas virados para trás para evitar
que as crianças alcancem e entornem os conteúdos sobre elas.
Evite carregar as crianças no colo enquanto mexe
panelas no fogão ou manipula líquidos muito quentes.
Até um simples cafezinho pode provocar graves
queimaduras na pele de um bebê.
Quando estiver tomando ou segurando líquidos
quentes, fique longe das crianças.
Nada de toalhas de mesa compridas ou jogos
americanos. As mãozinhas curiosas podem puxá-las,
causando escaldadura ou queimadura de contato.
Banho do bebê: colocar a água fria primeiro e verificar
a temperatura da banheira com um termômetro ou
mesmo com o cotovelo ou o dorso da mão.
Não deixe as crianças brincarem por perto quando
você estiver passando roupa nem largue o ferro
elétrico ligado sem vigilância. Cuidado com os fios dos
outros eletrodomésticos. Se possível, mantenha-os no
alto.
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Fogos de artifícios devem ser manipulados por profissionais e NUNCA por crianças. Nas festas juninas,
não permita brincadeiras com balões ou de saltar fogueira.
Eletricidade
As tomadas devem estar protegidas por tampas apropriadas, esparadrapo, fita isolante ou mesmo
cobertas por móveis.
Fios elétricos devem estar isolados e longe do alcance da mão das crianças.
Só permitir que as crianças empinem pipas em campos abertos com boa visibilidade. Sem a presença
de fios e postes de eletricidade. Orientar a não usar cerol, nem retirá-las caso o brinquedo se enrosque
na rede.
Orientar sobre os perigos de entrar nas áreas das estações de distribuição ou nas de torres de
transmissão.
Orientar as crianças a não colocar objetos metálicos (facas, garfos etc.) dentro de equipamentos
elétricos.
Considere a instalação de um dispositivo de proteção residual (DR), no quadro de distribuição de
energia elétrica, que tem a função de cortar a vazão de corrente elétrica que causa choque.
Inflamáveis
Não deixe fósforos, isqueiros e outras fontes de energia ao alcance das crianças.
Guarde todos os líquidos inflamáveis fora da casa e trancados longe do alcance das crianças.
Muito cuidado com álcool. Ele é responsável por um grande número de queimaduras graves em crianças.
Guarde o produto longe do alcance delas. Não deixe que ele faça parte da brincadeira, principalmente
quando já houver alguma fogueira ou chama por perto.
O mais seguro é substituir qualquer versão de álcool por outros produtos de limpeza doméstica.
Tire todos os aquecedores portáteis do alcance das crianças.
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Como escapar de um incêndio:
Um pequeno incêndio pode se tornar fatal em
questão de minutos. Para ajudar a evitar uma
tragédia, inspecione minuciosamente a sua casa
para eliminar riscos potencial. Prepare a sua casa
para uma emergência e ensine para a sua família os
perigos de um incêndio e como escapar dele.
Designe uma saída de emergência, desta forma
todos os membros da família podem ser contados
rapidamente.
O ideal é instalar detectores de fumaça em todos
os andares de sua casa e em toda área de dormir.
Os equipamentos devem ser testados mensalmente
para comprovar o seu bom funcionamento.
Ensine a criança
Muitas mortes são causadas pela fumaça e pelos
gases tóxicos: durante um incêndio, arrastar-se
embaixo da fumaça evita intoxicação.
Tocar nas portas antes de abrí-las. Se a porta estiver quente, use uma saída alternativa.
Nunca volte para um prédio em chamas. As crianças devem ser lembradas para não parar ou voltar
por razão alguma, como um brinquedo ou para ligar para o número de emergência. A ligação para a
emergência deve ser feita depois de deixar o edifício ou a casa.
“Pare, caia e role”. Se pegar fogo nas roupas da criança pare, faça-a cair no chão e rolar de um lado
para o outro rapidamente para extinguir as chamas.
Caso a casa tenha detectores de fumaça, as crianças devem conhecer o som do aparelho.
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Saiba mais
As crianças são mais vulneráveis
à queimadura pelas seguintes
características: Pele mais fina que
adultos. As crianças mais velhas
sofrem queimaduras a temperaturas
mais baixas e mais rápido que
atinge maior profundidade e maior
superfície do corpo; Têm habilidade
reduzida para escapar do perigo.
O fogo exerce uma atração quase
mágica na infância. A “brincadeira”
tende a começar no quarto, quando
estão sozinhos com fósforos ou
isqueiros, e se transformar em um
incêndio de grande proporção.
As crianças que vivem em áreas rurais também correm risco de sofrer incêndios residenciais devido ao
uso de candeeiro e fogão a lenha.
Como proteger uma criança de um engasgo ou sufocamento
Crianças devem dormir em colchão firme de barriga para cima, cobertas até a altura do peito com
lençol ou manta que estejam presos embaixo do colchão. O colchão deve estar bem preso ao berço
(não mais que dois dedos de espaço entre o berço e o colchão) e sem qualquer embalagem plástica.
Seja especialmente cauteloso em relação ao berço escolhido. Procure berços certificados conforme as
normas de segurança do Inmetro. Fique atento aos espaços das grades de proteção do berço, elas não
devem ter mais que 6 cm de distância entre elas.
Remova todos os brinquedos e travesseiros do berço quando o bebê estiver dormindo, para reduzir o
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risco de asfixia.
Muita atenção com mosquiteiro: se o recém-nascido enrolar-se nele, estará sujeito à asfixia.
O próprio vômito do bebê pode provocar seu sufocamento. Não é recomendável que o bebê durma
de bruços, essa posição de dormir está relacionada ao aumento do número de casos da “Síndrome de
Morte Súbita do Lactente”.
Nunca dê a criança, com menos de 4 anos de idade, amendoins ou pequenos alimentos, com os quais
possa se engasgar.
Chupeta, na hora da compra, prefira as marcas conhecidas e preste atenção se ela não tem partes
destacáveis, pois pode representar risco de asfixia. Nunca prenda a chupeta a um cordão, o bebê pode
se machucar ou até mesmo se estrangular com ele.
Compre somente brinquedos apropriados para a criança. Brinquedos pequenos e partes de brinquedos
podem provocar engasgamentos – verifique as
indicações de idade do selo do Inmetro. Considere
utilizar um testador de brinquedos para determinar
se ele apresenta risco para crianças pequenas. Dica:
utilize uma embalagem de filme fotográfico como
referência.
Tenha certeza de que o piso está livre de objetos
pequenos como botões, colar de contas, bolas de gude,
moedas, tachinhas. Tire esses e outros pequenos itens
do alcance do bebê.
Considere a compra de cortinas ou persianas sem
cordas para evitar que crianças menores corram o
risco de estrangulamento.
Vista seu filho com roupas macias e confortáveis, sem
cordões no pescoço, pois eles podem sufocá-lo.
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Nunca deixe o bebê mamando sozinho.
Como transportar uma criança com segurança em um automóvel
A melhor proteção para as crianças no carro é o uso de cadeiras e assentos de segurança. O cinto de
segurança é projetado para adulto com no mínimo 1,45 m de altura e por isso não protege as crianças
dos traumas de um acidente.
Entretanto, não basta apenas comprar um desses artigos para garantir a segurança do seu filho. É
importante usar cadeiras certificadas que sejam apropriadas ao tamanho e ao peso da criança e que se
adaptem devidamente ao seu veículo. É importante instalá-la de acordo com as instruções do manual,
pois a maioria das cadeiras e assentos de segurança é instalada de forma incorreta.
Recém-nascidos devem ser transportados em cadeirinhas chamadas “conchinhas”, especialmente
desenvolvidas para eles, possuem um formato especial, o qual impede que seu corpo sofra com o
impacto de freadas ou mesmo com as turbulências ocasionadas pela má pavimentação de via pública.
Essas cadeirinhas vêm equipadas com acessórios que firmam o pescoço do bebê. Necessitam ser
colocadas no banco traseiro, de costas para o painel do carro, e devem ser fixadas pelo cinto de
segurança do banco do automóvel.
As mantas e os cobertores, deverão ser colocados depois de fixar-se o cinto de segurança.
A mãe ou um acompanhante, deve ficar sentado no
banco ao lado do bebê. Também com o uso do cinto de
segurança.
A cadeirinha deve ficar no meio do banco traseiro.
Jamais leve o bebê no colo, no caso de uma colisão, você
poderá esmagar o bebê, ou se vier a ficar inconsciente,
o bebê será jogado de suas mãos.
Nunca leve o bebê nos cestinhos, ou moisés, mesmo
que estejam no banco traseiro.
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Crianças de até 1 ano de idade (até 9 kg) devem ser transportadas no banco traseiro, com a cadeirinha
de costas para o painel do veículo, e, acima desses limites, devem ser transportadas viradas para a
frente do carro.
As crianças devem ficar em uma cadeirinha de segurança comum até que se tornem pequenas: em
geral, elas servem até 4 anos ou 18 kg. Após esse limite, deverá ser usado um assento ajustável, para
que ela possa ficar na posição mais elevada.
O uso do assento ajustável correto é necessário, pois as crianças ainda não têm altura suficiente para
usar somente o cinto de segurança.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, as crianças devem sentar no banco traseiro até 10
anos de idade e utilizar os dispositivos de retenção para criança em veículos (cadeira e assento de
segurança) até 7 anos e meio. No entanto, são necessárias diversas outras práticas de segurança.
Nunca saia de carro com crianças sem estes sistemas de retenção, mesmo que seja para ir até a
esquina.
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Muitas colisões acontecem perto de casa. A maioria também ocorre em ruas com baixos limites de
velocidade, por isso é importante usar a cadeira mesmo em pequenas distâncias.
Lesões dentro do carro
Se a temperatura exterior estiver alta, dentro do carro o calor quase dobra. Nessas condições, as crianças
podem sofrer sérias lesões em poucos minutos, pois seu corpo não suporta altas temperaturas.
Outro alerta importante é em relação aos vidros elétricos. Muito cuidado, pois as crianças podem
sufocar-se, caso feche a janela de forma acidental enquanto está com a cabecinha para fora.
Por estas razões, nunca deixe uma criança sozinha no carro ou o veículo aberto, pois ela pode entrar e
não conseguir mais sair.
Evite este tipo de acidente:
NUNCA deixe o seu filho sozinho dentro do carro.
Antes de trancar o carro, certifique-se de que as chaves estão com você e deixe-as longe do alcance
da criança.
Ensine o seu filho a não brincar dentro ou perto de carros.
Mantenha os bancos de trás travados para impedir que o seu
filho entre no porta-malas por dentro do carro.
Enquanto você dirige:
Caso seu veículo seja 4 portas, enquanto estiver dirigindo
com crianças no banco de trás, assegure-se de alguns itens:
Trave as portas traseiras. Os veículos possuem uma trava
manual, para impedir que o passageiro do banco de trás não
possa abrir a porta internamente.
Em caso de vidro elétrico traseiro, trave a abertura das
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janelas. Os veículos que contém este opcional possuem uma trava que impede o passageiro de abrir
as janelas.
Ensine a criança
Olhar para os dois lados várias vezes antes de atravessar a rua. Atravessar quando a rua estiver livre e
continuar olhando para os lados enquanto atravessa.
Utilizar a faixa de pedestres sempre que disponível. Mesmo na faixa, a criança deve olhar várias
vezes para os dois lados e atravessar em linha reta. Quando não houver faixa de pedestre, a criança
deve procurar outros locais seguros para atravessar, seja na esquina ou em passarelas ou próximo a
lombadas eletrônicas.
Entender e obedecer aos sinais de trânsito.
Não atravessar a rua por entre carros, ônibus, árvores e postes.
Nunca correr para a rua sem antes parar e olhar – seja para pegar uma bola, o cachorro ou por qualquer
outra razão. Correr precipitadamente para a rua é a causa da maioria dos atropelamentos fatais com
crianças.
Em estradas ou vias sem calçadas, caminhar de frente para o tráfego (no sentido contrário aos veículos)
para as crianças verem e serem vistas.
Fazer contato visual com o motorista ao atravessar a rua para ter certeza de ser visto.
Observar os carros que estão virando ou dando ré.
Sempre que estiver com mais crianças, é preciso caminhar em fila única.
Ao desembarcar do ônibus, esperar que o veículo pare totalmente e aguardar que ele se afaste para
atravessar a rua.
Saiba mais
A grande maioria das crianças menores de 10 anos de idade não consegue lidar seguramente com o
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trânsito. Aqui estão as razões:
Crianças têm dificuldade de julgar a que velocidade os carros estão se movendo, a qual distância eles
estão e de que direção os sons do trânsito estão vindo.
Crianças pequenas muitas vezes têm opiniões erradas sobre carros. Elas pensam que os carros podem
parar instantaneamente ou que, se elas podem ver o motorista, ele também pode vê-las.
Crianças menores estão em crescente risco de morte e lesão por atropelamento nas entradas de
garagem. Principalmente quando o veículo está dando ré.
Alto volume de tráfego, alto número de veículos estacionados na rua, limites altos de velocidade
estabelecidos, ausência de uma rodovia dividida e poucos dispositivos de segurança de pedestres, como
passarelas e lombadas eletrônicas, são fatores que aumentam a probabilidade de atropelamentos.
Armas de fogo
Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2005, 40 crianças de até 14 anos morreram vítimas de
acidentes com armas de fogo e 567 foram hospitalizadas.
Como proteger uma criança das armas de fogo:
1. De preferência, não tenha armas. A menos que a sua profissão exija este tipo de equipamento,
desarme-se.
O que os portadores de armas podem fazer:
Sempre guarde as armas de fogo descarregadas, travadas e fora do alcance das crianças; Guarde as
munições em um lugar separado e trancado.
Mantenha armas guardadas com chaves e lacres de combinação escondidos em lugares separados.
Faça um curso de uso, manutenção e armazenamento seguro de armas.
Saiba mais
Até 8 anos de idade, as crianças não
conseguem distinguir entre armas reais e
de brinquedo ou entender completamente
as consequências de suas ações.
Crianças de 3 anos de idade, são fortes o
suficiente para puxar o gatilho de muitos
revólveres.
Quase todos os tiros fatais não intencionais
em crianças ocorrem em casa ou na
vizinhança. A maioria dessas mortes
envolve armas guardadas, carregadas e
acessíveis para as crianças.
Vale lembrar que as crianças até 10 anos
de idade não têm capacidade de fazer
bons julgamentos sobre como segurar uma
arma e, consequentemente, seguir regras
de segurança.
Referências:
Criança Segura Brasil: dicas de prevenção. Armas de Fogo. Disponível em: http://www.criancasegura.
org.br/dicas_armas.asp. Acesso em 4/2/2010.
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