GERAL REGIÃO CARBONÍFERA, SEXTA-FEIRA, 02 DE DEZEMBRO DE 2011 [email protected] - (51) 3651.4041 nhar com a expansão da Celulose Riograndense, principalmente, em quatro aspectos: - Fornecimento de mão de obra, instalação de empresas sistemistas, fornecimentos de serviços e produtos. Ainda, com a silvicultura, com áreas destinadas ao reflorestamento! - projeta. PERSPECTIVAS COM A RETOMADA Rodrigo Ramazzini e Viviane Bueno Há três anos, quando foi feito o anúncio da expansão da unidade de Guaíba da então Aracruz Celulose, hoje Celulose Riogradense, na ordem de 2,5 bilhões de dólares e com a possibilidade de gerar 2,5 mil empregos, um frisson se instalou na Região Carbonífera com os possíveis efeitos do empreendimento, devido à proximidade com Guaíba. Meses depois, ainda no ano de 2008, o projeto acabou suspenso e o assunto arrefeceu. No entanto, no início dessa semana, a retomada do aumento da capacidade de produção de celulose na uni- Portal_446.p65 3 dade fabril voltou a ser ventilado, depois que a empresa realizou uma apresentação sobre a futura linha de produção, que deverá produzir 1,3 milhões de toneladas, para potenciais fornecedores e compradores. Apesar de não haver uma confirmação oficial da empresa, pois ainda há a necessidade de passar pela avaliação dos acionistas, a perspectiva é que o investimento comece definitivamente a sair do papel no início do próximo ano, já que uma área ao lado da atual unidade está sendo preparada com obras viárias. De acordo como presidente da Celulose Riograndense, Walter Lídio Nunes, em declaração ao jornal Zero Hora (ZH), a revisão do projeto original, apresentado pela Aracruz em 2008, já passou das etapas iniciais, quando se concluiu que valia a pena ir em frente. Um dos sinais da retomada é o grau de planejamento da obra: no detalhamento, está previsto o início da produção para agosto de 2014, o que significa que a nova unidade teria de ser construída em 24 meses. Para alcançar esse objetivo o presidente já está planejando a contratação de mão de obra, pois o número de operários no canteiro de obras chegará a 7,5 mil no pico da movimentação: - Queremos evitar os inconvenientes que grandes projetos têm com a importa- ção de trabalhadores. Com mão de obra local, não precisaremos de alojamentos. Prefiro colocar ônibus percorrendo 70 quilômetros, trazendo gente de áreas como a Região Carbonífera - disse Nunes, ao jornal ZH. Com as perspectivas novamente reacendidas com a possível retomado do investimento e seus efeitos na Região Carbonífera, com o auxílio do coordenador e professor do Curso de Administração do Campus da Ulbra São Jerônimo, Álvaro Werlang, a reportagem do Portal de Notícias projetou os impactos que o empreendimento poderá causar nos municípios. De acordo com o coordenador, a região poderá ga- 1/12/2011, 20:21 DIVULGAÇÃO Como a região pode ganhar com o projeto de expansão da Celulose Riograndense Detalhes dos efeitos Em relação à mão de obra, Werlang faz a ressalva visando à futura capacitação de profissionais: - É preciso qualificar as pessoas para as funções e o perfil exigido pela empresa. Quem fizer isso primeiro sairá na frente em relação aos demais municípios. É concorrência - alerta. O coordenador observa, também, que a região, caso esteja preparada, poderá receber empresas sistemistas de nível 3 (de uma escala que varia de 1 a 3), que são fornecedores diretos com possibilidade de ficarem a cerca de 70 km da unidade. Atualmente, algumas empresas da região já prestam serviços ou fornecem produtos para a Celulose Riograndense, o que só deverá aumentar com o projeto de expansão, com possível aumento nos seus respectivos quadros de funcionários. Com o possível aumento da silvicultura (plantação de eucalipto) na região para o fornecimento da matéria-prima para a produção da celulose, Álvaro Werlang, adverte: - É preciso plantar observando aspectos ambientalmente corretos - recomenda. A empresa e a produção A Celulose Riograndense pertence ao grupo chileno CMPC, que no Brasil controla, também, a Melhoramentos Papéis, do segmento de toalhas e guardanapos. O destino da futura produção de celulose com a expansão será destinada para a exportação. 3 CARVÃO MINERAL Comissão realiza audiência em Brasília Está marcada para a próxima terça-feira, 6, uma reunião da comissão "Eu apoio o carvão", com as bancadas gaúcha e catarinense da Câmara dos Deputados, em Brasília, para tratar do futuro do mineral, que permanece indefinido. Na quarta-feira, 7, um encontro com o senador gaúcho Paulo Paim (PT) também,está agendado para falar sobre o tema. Na última segunda-feira, 28 de novembro, o presidente do Sindicato dos Mineiros, Oniro Camilo, e o presidente do Sindicato de Candiota, Wagner Pinto, estiveram conversando com o governador do Estado, Tarso Genro, no Palácio Piratini, em Porto Alegre, durante uma reunião das centrais sindicais gaúchas, onde cobraram maior agilidade do Executivo estadual para encaminhar o assunto e agendar uma audiência com a presidente Dilma Rousseff, que definirá o futuro do carvão. Relembre o caso Os mineiros da Região Carbonífera e do Estado reivindicam a manutenção do subsídio da Conta do Desenvolvimento Energético (CDE) as termelétricas e a inclusão do carvão nos leilões de energia, bem como a injeção de investimentos na ordem de US$ 6,5 bilhões na construção de novas usinas termelétricas a carvão no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Diversas manifestações já foram realizadas nesse sentido.