GERAL
REGIÃO CARBONÍFERA, SEXTA-FEIRA, 02 DE DEZEMBRO DE 2011
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nhar com a expansão da Celulose Riograndense, principalmente, em quatro aspectos:
- Fornecimento de mão de
obra, instalação de empresas
sistemistas, fornecimentos de
serviços e produtos. Ainda,
com a silvicultura, com áreas
destinadas ao reflorestamento! - projeta.
PERSPECTIVAS COM A RETOMADA
Rodrigo Ramazzini e
Viviane Bueno
Há três anos, quando foi
feito o anúncio da expansão
da unidade de Guaíba da então Aracruz Celulose, hoje
Celulose Riogradense, na ordem de 2,5 bilhões de dólares
e com a possibilidade de gerar 2,5 mil empregos, um
frisson se instalou na Região
Carbonífera com os possíveis
efeitos do empreendimento,
devido à proximidade com
Guaíba.
Meses depois, ainda no
ano de 2008, o projeto acabou
suspenso e o assunto arrefeceu. No entanto, no início
dessa semana, a retomada do
aumento da capacidade de
produção de celulose na uni-
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dade fabril voltou a ser ventilado, depois que a empresa
realizou uma apresentação
sobre a futura linha de produção, que deverá produzir 1,3
milhões de toneladas, para
potenciais fornecedores e
compradores.
Apesar de não haver uma
confirmação oficial da empresa, pois ainda há a necessidade de passar pela avaliação
dos acionistas, a perspectiva
é que o investimento comece
definitivamente a sair do papel no início do próximo ano,
já que uma área ao lado da
atual unidade está sendo preparada com obras viárias.
De acordo como presidente da Celulose Riograndense,
Walter Lídio Nunes, em declaração ao jornal Zero Hora
(ZH), a revisão do projeto original, apresentado pela
Aracruz em 2008, já passou
das etapas iniciais, quando se
concluiu que valia a pena ir
em frente. Um dos sinais da
retomada é o grau de planejamento da obra: no
detalhamento, está previsto o
início da produção para agosto de 2014, o que significa que
a nova unidade teria de ser
construída em 24 meses.
Para alcançar esse objetivo o presidente já está planejando a contratação de mão
de obra, pois o número de
operários no canteiro de
obras chegará a 7,5 mil no
pico da movimentação:
- Queremos evitar os inconvenientes que grandes
projetos têm com a importa-
ção de trabalhadores. Com
mão de obra local, não precisaremos de alojamentos. Prefiro colocar ônibus percorrendo 70 quilômetros, trazendo
gente de áreas como a Região
Carbonífera - disse Nunes, ao
jornal ZH.
Com as perspectivas novamente reacendidas com a
possível retomado do investimento e seus efeitos na Região Carbonífera, com o auxílio do coordenador e professor do Curso de Administração do Campus da Ulbra São
Jerônimo, Álvaro Werlang, a
reportagem do Portal de Notícias projetou os impactos que
o empreendimento poderá
causar nos municípios.
De acordo com o coordenador, a região poderá ga-
1/12/2011, 20:21
DIVULGAÇÃO
Como a região pode ganhar
com o projeto de expansão da
Celulose Riograndense
Detalhes dos efeitos
Em relação à mão de obra,
Werlang faz a ressalva visando à futura capacitação de
profissionais:
- É preciso qualificar as
pessoas para as funções e o
perfil exigido pela empresa.
Quem fizer isso primeiro sairá
na frente em relação aos demais municípios. É concorrência - alerta.
O coordenador observa,
também, que a região, caso
esteja preparada, poderá receber empresas sistemistas
de nível 3 (de uma escala que
varia de 1 a 3), que são fornecedores diretos com possibilidade de ficarem a cerca de 70
km da unidade.
Atualmente, algumas empresas da região já prestam
serviços ou fornecem produtos para a Celulose
Riograndense, o que só deverá aumentar com o projeto
de expansão, com possível
aumento nos seus respectivos quadros de funcionários.
Com o possível aumento
da silvicultura (plantação de
eucalipto) na região para o
fornecimento da matéria-prima para a produção da celulose, Álvaro Werlang, adverte:
- É preciso plantar observando aspectos ambientalmente corretos - recomenda.
A empresa e a produção
A Celulose Riograndense
pertence ao grupo chileno
CMPC, que no Brasil controla, também, a Melhoramentos
Papéis, do segmento de toalhas e guardanapos. O destino da futura produção de celulose com a expansão será
destinada para a exportação.
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CARVÃO MINERAL
Comissão
realiza
audiência
em Brasília
Está marcada para a próxima terça-feira, 6, uma reunião da comissão "Eu apoio
o carvão", com as bancadas
gaúcha e catarinense da Câmara dos Deputados, em
Brasília, para tratar do futuro do mineral, que permanece indefinido. Na quarta-feira, 7, um encontro com o senador gaúcho Paulo Paim
(PT) também,está agendado
para falar sobre o tema.
Na última segunda-feira,
28 de novembro, o presidente do Sindicato dos Mineiros, Oniro Camilo, e o presidente do Sindicato de
Candiota, Wagner Pinto, estiveram conversando com o
governador do Estado,
Tarso Genro, no Palácio
Piratini, em Porto Alegre,
durante uma reunião das
centrais sindicais gaúchas,
onde cobraram maior agilidade do Executivo estadual
para encaminhar o assunto
e agendar uma audiência com
a presidente Dilma Rousseff,
que definirá o futuro do carvão.
Relembre o caso
Os mineiros da Região
Carbonífera e do Estado reivindicam a manutenção do
subsídio da Conta do Desenvolvimento Energético
(CDE) as termelétricas e a
inclusão do carvão nos leilões de energia, bem como a
injeção de investimentos na
ordem de US$ 6,5 bilhões na
construção de novas usinas termelétricas a carvão
no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Diversas manifestações já foram realizadas
nesse sentido.
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