Proteome analysis of X-ray irradiated human erythroleukemia cells Eleuterio, E.; Di Giuseppe, F.; Sulpizio, M.; Di Giacomo, V.; Rapino, M.; Cataldi, A.; Di Ilio, C.; Angelucci, S. Biochimica et Biophysica Acta 1784 (2008) 611-620 Kelly Tino Letícia Oyamada Thays Nogueira nº USP: 5413841 nº USP: 5672034 nº USP: 5414157 Introdução Radioterapia atingir o máximo de controle do tumor com o mínimo de complicações para os tecidos normais Radioterapia apresenta um efeito deletério em sistemas biológicos tratamento de câncer Dose normal: 20-30 frações de 2-3 Gy cada, durante 5 a 6 semanas Principal complicação da radioterapia dano do tecido normal ROS interagem com DNA e proteínas morte celular Efeitos radioresistentes Alteração da expressão de proteínas – reparo de DNA, apoptose, controle do ciclo celular, resposta a estresse oxidativo Objetivo Identificação de proteínas envolvidas na resistência à radiação. Modelo: linhagem celular humana K562 de eritroleucemia radioresistente Mecanismo de resistência: oncoproteína com atividade tirosina quinase (PTK) desregulada envolvida na inibição da indução da apoptose e morte celular promovendo sobrevivência dessas células Desenho do estudo Linhagem K562 submetida a 6 Gy de raio-X Dose subótima protocolo de tratamento tumoral com radioterapia em humanos Análise de alterações no ciclo celular e microscopia 1 hora após tratamento análise proteômica Identificação de proteínas relacionadas e sua expressão: Proteína stress-70 Glutationa transferase pi e ômega Complexo mitocondrial de síntese de ATP Método Cultura celular e tratamento com radiação ionizante Células K562 foram cultivadas em suspensão em meio RPMI 1640, suplementada com SFB, glutamina, HEPES, penicilina/estreptomicina em atmosfera controlada, a temperatura ambiente Irradiação com 6 Gy Método Avaliação do ciclo celular e apoptose prematura Após 24h após irradiação 2-5 x 105 células centrifugação, (200g/10min/4ºC), fixação com etanol, ressuspensão, RNAse Ciclo celular Citometria de Fluxo Avaliação da apoptose tardia DNA subdiploide calculado e expresso em porcentagem de células apoptóticas versus não apoptóticas Detecção de células em apoptose precoce – Ensaio Annexin V - translocação de resíduo de fosfatidilserina para a parte externa da membrana plasmática Resultados 4,6 % células apoptóticas confluência de células na transição G2/M Resultados 14,2% apoptose precoce Método Microscopia eletrônica Fixação, desidratação, adição de resina e polimerização com UV, corte ultrafino e fixação com acetato de uranila e citrato de chumbo preservação da morfologia Fotografia com microscópio eletrônico Resultados Não tratada Apoptose precoce: Condensação da cromatina e emarginação do núcleo (seta) Apoptose tardia: retração da membrana, separação de vesículas e cromatina densa Método Preparação da amostra para Eletroforese Bidimensional (2DE) Suspensão de células foi centrifugada (1200 g), lavada com SFB gelado (3x) Extração das proteínas de 107 células com tampão de lise Sonicação do extrato (3 x/20 s), centrifugação, incubação com endonuclease, purificação Determinação da concentração de proteína 2D Quantin kit Métodos Eletroforese bidimensional Triplicata das amostras 1ª dimensão: separação das proteínas de acordo com seu pI em fita de 18cm, pH 3-10 2ª dimensão: separação das proteínas por massa molecular (gel com gradiente de 9-16% de poliacrilamida) Coloração Géis analíticos - nitrato de prata amoniacal Géis para espectrometria – prata sem glutaraldeído Método Análise das imagens Proteínas marcadoras: proteína de choque térmico Hsp 90-alfa, Peroxiendoxina 1, Subunidade beta tipo 3 de Proteosoma (distribuídas nos géis e identificadas por espectrometria de massa) 3 géis para cada condição Parâmetros de comparação: % volume para quantificar os spots média (entre o menor limite de uma classe e o maior limite de outra classe) Resultados Não tratadas – 1430 ± 79 proteínas Irradiadas – 1590 ± 98 proteínas 83 % de proteínas coincidentes – coeficiente de correlação: 0,9 Método Análise por Western-Blot As proteínas das amostras controle e tratadas foram separadas em eletroforese uni e bidimensional e transferidas para membranas de nitrocelulose. Anticorpos primários diluídos 1:1000 Anticorpos secundários diluídos 1:3000 Medidas das bandas mono e bidimensionais Resultados 5,4 6,2 EXPERIMENTOS MONO E BIDIMENSIONAIS – resultados semelhantes à análise do proteoma Método Digestão de proteínas e MALDI-TOFEspectrometria de Massa Recorte dos spots do gel 2-DE Análise por mass finger printing (PMF) com MALDI-TOFespectrômetro de massa Comparação com banco de dados Resultados 39 proteínas foram expressas diferentemente nas células não tratadas e nas tratadas 29 super-reguladas 10 sub-reguladas Resultados 5,4 6,2 EXPRESSÃO CELULAR – análise do proteoma Discussão Análise Annexin V evidências de radioresistência Proliferação celular mais lenta (porcentagem de G2/M aumentada) Sensibilidade celular diminuída em situação de estresse Resposta apoptótica à radiação baixa (14,2 %) se comparada com outras linhagens celulares Análise proteômica Diferenças entre as proteínas expressas nos grupos estudados Associação dessas proteínas com atividades celulares importantes Metabolismo energético, motilidade do citoesqueleto, biossíntese proteica, detoxicação, entre outros. Super expressão de proteínas envolvidas no metabolismo de carboidratos Discussão PROTEÍNA EXPRESSÃO ATIVIDADE OBSERVAÇÃO 3 isoformas dos fatores de elongação (EF1A1) AUMENTADA Crescimento celular/ inibição da apoptose/ tumorigênese/ regulação do citoesqueleto Relato de resistência à cisplatina de células de câncer de cabeça e pescoço Proteínas de choquetérmico (Hsp) – Stress-70 e proteínas 1 do complexo T AUMENTADA Atuam como chaperonas para reconhecimento de proteínas com conformação anormal / defesa celular em condições de estresse RESITÊNCIA / SOBREVIVÊNCIA / PROLIFERAÇÃO CELULAR Enzimas conjugadas da Fase II (Glutationa transferase P1-1 e O1-1) AUMENTADA Resistência a fármacos quimioterápicos (etoposide, cisplatina, docetaxol, tamoxifeno) Aumentadas em células radioresistentes – fator indicativo de dificuldades no tratamento quimioterápico DJ-1 AUMENTADA Proteção celular contra ROS Proteção contra radioterapia Discussão PROTEÍNA EXPRESSÃO ATIVIDADE OBSERVAÇÃO Creatina Quinase B AUMENTADA Transferência de fosfato entre o ATP e fosfógenos RADIORESISTÊNCIA 2 comp. do complexo mitocondrial ATP sintase DIMINUÍDA Síntese ATP também encontrada em células resistentes de câncer de cólon RADIORESISTÊNCIA Proteína Actin-like 3 / tropomiosina cadeia alfa 3 AUMENTADA / DIMINUÍDA Polimerização da actina / ligação aos filamentos de actina e estabilização do citoesqueleto Desorganização do citoesqueleto/aumento da plasticidade = RESISTÊNCIA RuvB like2 AUMENTADA Helicase dependente de ATP – reparo da dupla fita de DNA após exposição à radiação Proteção da célula tumoral contra radiação (observada no estudo) Conclusão Identificação de inúmeras proteínas com alteração da expressão após radiação Stress-70, Glutationa transferase e ATP sintase Também relacionadas à resistência a fármacos antitumorais Mecanismo de radio e farmacoresistência podem ser semelhantes Análise proteômica ferramenta simples e útil para identificação de biomarcadores da resistência celular Novas investigações com as proteínas descritas Novas estratégias para o tratamento de câncer Tratamentos radio e quimioterápicos combinados na terapia de leucemia humana